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GRUPO SER EDUCACIONAL

CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU-UNINASSAU


GRADUAÇÃO BACHAREL EM FARMÁCIA
CAREN VICTORIA MOTA SALES
JOSÉ ARISTIDES DE MATOS

A EFICIÊNCIA DO MEDICAMENTO FITOTERÁPICO GINKGO BILOBA:


NO TRATAMENTO E PREVENÇÃO DE PATOLOGIAS, COMO ALZHEIMER,
LABIRINTOPATIAS E CEFALÉIAS.

Fortaleza/CE
2024
CAREN VICTORIA MOTA SALES
JOSÉ ARISTIDES DE MATOS

A EFICIÊNCIA DO MEDICAMENTO FITOTERÁPICO GINKGO BILOBA:


NO TRATAMENTO E PREVENÇÃO DE PATOLOGIAS, COMO ALZHEIMER,
LABIRINTOPATIAS E CEFALÉIAS.

Projeto de Pesquisa apresentado como


critério avaliativo para aprovação na
disciplina TCC 1 – Trabalho de Conclusão
de Curso 1, na graduação em Bacharel em
Farmácia. Orientador :Ronaldo Belchior

Fortaleza/CE
2024
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.............................................................................................................4
1 TEMA.........................................................................................................................7
1.1 Delimitação do Tema..............................................................................................7
1.2 Problematização.....................................................................................................8
1.3 Justificativa.............................................................................................................8
2 OBJETIVOS..............................................................................................................9
2.1 Objetivo Geral.........................................................................................................9
2.2 Objetivos Específicos..............................................................................................9
REFERÊNCIAS..........................................................................................................10
1. INTRODUÇÃO

A população brasileira cresceu significativamente nos últimos anos, sendo o


número projetado em março de 2024: 228.286.347 pessoas. No último censo
demográfico de 2022, pode-se identificar um desdobramento expressivo dos números.

Dentro desse contexto, se estabelece uma atenção canalizada em relação à


saúde dos brasileiros devido ao número populacional que cresce em grandes
proporções.
A seguir, no quadro de dados do Plano Nacional de Saúde de 2024 a 2027, é
possível identificar que do ano de 2010 a 2020, entre as principais causas de óbito
estão doenças isquêmicas do coração, doenças e cerebrovasculares.

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Dessa forma, se torna necessária a intensificação nas pesquisas, explorações
e estudos sobre formas de intervir nessa problemática. Dentro dessa perspectiva,
propriedades farmacêuticas em espécies vegetais passam a ser notórias e
significativas.

O Brasil desponta como o terceiro país que mais produz conhecimento


científico em número de publicações sobre plantas medicinais, de maneira
constante ao longo dos anos, ficando para trás somente da China e da Índia.
Entre as Instituições no Brasil que mais contribuem com pesquisas, destaca-
se a Universidade de São Paulo. A ESALQ se sobressai entre as unidades
da USP que possuem grupos de pesquisas com publicações relevantes na
área. Além da clara aplicação quanto à ação terapêutica de moléculas
presentes nas plantas, os estudos estão ainda associados à preservação da
cultura brasileira. Os produtos naturais ou seus derivados representam
aproximadamente 60% de todos os agentes quimioterápicos aprovados pela
agência americana Food and Drug Administration (FDA). O uso global de
medicamentos fitoterápicos (incluindo medicamentos fitoterápicos,
suplementos dietéticos e alimentos funcionais) está em plena expansão com
uma taxa de cerca de 6% ao ano, segundo estimativas. Com o crescimento
cada vez Plantas medicinais e fitoterapia: Tradição e ciência mais aceleradas
da população humana, aumentam também os índices de doenças que afetam
a humanidade, bem como o número de patógenos, colocando em risco a
saúde e o bem-estar dos seres humanos. Nessa perspectiva, e levando em
consideração a riqueza de propriedades farmacêuticas em espécies vegetais,
é evidente a necessidade de recorrer a pesquisas e estudos sobre os efeitos
terapêuticos das plantas. As plantas documentadas pelo relatório do Royal
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Botanical Gardens Kew foram classificadas de acordo com o tipo de uso pelos
humanos, a exemplo de “matéria-prima”, “combustíveis” e “alimento”.
(Vitorello, 2023 p. 15 e 16).

Dentro dessa perspectiva, apesar do crescimento relacionado ao interesse por


medicamentos naturais no Brasil, o estudo científico sobre plantas e a possibilidade
de se tornarem medicamentos ainda é deficiente, “O Brasil é um país conhecido por
suas riquezas e biodiversidade, principalmente no que diz respeito à sua flora e,
apesar disso, o estudo científico acerca de suas plantas com potencial medicinal é
escasso” (Vitorello, 2023 p. 43).
Assentado ainda a esse contexto, identificou-se a relevância da exploração
sobre uma medicação em potencial para dessa forma contribuir com os saberes atuais
a respeito da medicação ginkgo biloba.

Nativa da Coréia, China e Japão, a Ginkgo biloba (Gb) é uma árvore que
chega a 40 metros de altura e pode viver 4 mil anos, tendo sido considerada
por Charles Darwin um "fóssil vivo". Sua longevidade deve-se à grande
capacidade de suportar insultos tóxicos e à resistência a infecções. Extratos
das folhas de Gb encontram-se na farmacopeia chinesa antiga e atual para o
tratamento de disfunções cardiopulmonares, bem como para promover a
longevidade. Na Europa (particularmente França e Alemanha) e nos Estados
Unidos, os extratos de Gb figuram entre os produtos botânicos mais
comercializados, embora nem sempre sob a fiscalização de agências
reguladoras. As indicações mais comuns são o tratamento e a prevenção das
condições médicas relacionadas ao envelhecimento, em particular para
melhorar a memória e as funções cognitivas correlatas, bem como no
tratamento de labirintopatias (zumbidos e vertigens) e cefaleias (Orestes,
2003 apud Luo, 2001 p. 03)

Considera-se de extrema pertinência, medicamentos que tratem doenças


correlacionadas à memória, às funções cognitivas, às labirintopatias e às cefaleias,
haja vista, como já mencionado anteriormente, dentre as patologias que mais levam
os brasileiros ao óbito, estão as doenças cerebrovasculares. Abaixo, de forma mais
minuciosa, observa-se os objetivos da medicação Ginkgo biloba.

Como fitoterápico, ela é obtida através do extrato da planta, e segundo a


Farmacopeia Brasileira, indicada terapêuticamente para indivíduos que
apresentam vertigem e zumbidos resultantes de distúrbios circulatórios, além
de ser usada para prevenção de condições médicas relacionadas ao
envelhecimento, como a memória e funções cognitivas correlatas. (Luo,
2001). Seus princípios ativos consistem em ginkgoflavonoides (derivados da
quercetina, kaempferol e isoramnetina) e terpenolactonas (ginkgolídeos e
bilobalídeos), que são os responsáveis pelo efeito terapêutico da planta, no
caso da Ginkgo biloba, destacam-se os flavonoides e as terpenolactonas. A
diferente combinação de princípios ativos presente no extrato promove um
aumento do suprimento sanguíneo cerebral, pela vasodilatação e redução da
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viscosidade do sangue, além de reduzir a densidade de radicais livres de
oxigênio nos tecidos nervosos. (Oliveira, 2022).

Estudos científicos têm sugerido que o Ginkgo biloba pode ser eficaz no
tratamento de condições neurológicas, como demência e doença de Alzheimer,
graças às suas propriedades neuroprotetoras e à capacidade de melhorar o fluxo
sanguíneo cerebral. Além disso, seu uso tem sido associado à melhoria da função
cognitiva e da memória em adultos saudáveis e em pacientes com comprometimento
cognitivo leve. (Oliveira, 2022).
Diante desse cenário, pesquisar de forma minuciosa sobre a Ginkgo biloba, sua
eficiência, contraindicações, além disso identificar estudos científicos que corroborem
e apoiem seu uso, será de extrema relevância para contribuir com a sociedade
brasileira, dentro dessa perspectiva do aumento populacional e dos índices de
doenças que levam ao óbito, como as patologias cerebrovasculares.

1.1 Delimitação do Tema

Atualmente, com o mundo globalizado, as informações sobre qualquer tipo de


assunto estão nas mãos das pessoas, sendo necessário apenas utilizar-se do celular
para buscar informações em alguma ferramenta de pesquisa digital. Sabe-se que
como consequência dessa facilitação, surgiram também as “fake News” que são as
informações falsas, tendo em vista que qualquer pessoa pode elucidar sobre um tema
e compartilhá-lo sem nenhum referencial teórico, tomando-o veraz.
Dessa forma, se torna cada vez mais necessária a realização de obras técnicas
cientificas com fundamentação teórica para subsidiar todos os argumentos.
Mediante às pesquisas bibliográficas citadas na introdução deste trabalho,
identificou-se que o ginkgo biloba é utilizado no tratamento e prevenção de doenças
como como alzheimer, labirintopatias e cefaleias, levando em consideração ainda que
doenças cerebrovasculares estão entre as que mais levam os brasileiros ao óbito,
despontou-se o tema: A eficiência do medicamento fitoterápico ginkgo biloba no
tratamento e prevenção de patologias, como alzheimer, labirintopatias e cefaleias.
Acredita-se na possibilidade de contribuir com a sociedade brasileira com esse
trabalho, pois quanto mais estudos e pesquisas sobre o tema, mais ele se torna
conhecido, podendo assim incentivar de alguma forma a inicialização de mais estudos
técnicos científicos sobre a temática.
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1.2 Problematização

Para a construção desse projeto, foi levantada uma pesquisa bibliográfica,


através de livros, artigos, sites na internet e vídeos, porém não foi uma busca
facilitada, muitos textos não tinham fundamentação teórica, deixando a desejar no
embasamento para evidenciação das informações.
Mesmo em ferramentas de pesquisas digitais, direcionadas a artigos
científicos, como o “google acadêmico”, a busca demandou mais tempo do que o
previsto.
Diante desse contexto, entende-se que informações concretas sobre o
Ginkgo biloba no tratamento e prevenção de doenças como alzheimer, labirintopatias
e cefaleias devem ser mais acessíveis a todos que a procuram. São muitos os
brasileiros que sofrem com essas enfermidades e que obviamente anseiam por um
tratamento comprovadamente eficiente.
Então a pergunta que se faz problemática nesse trabalho é: o uso do
medicamento fitoterápico ginkgo biloba no tratamento e prevenção de patologias,
como alzheimer, labirintopatias e cefaleias é comprovadamente eficiente?

1.3 Justificativa

Estudar sobre a eficiência no uso do medicamento fitoterápico ginkgo biloba no


tratamento e prevenção de patologias, como alzheimer, labirintopatias e cefaleias se
justifica pelas seguintes razões:
As doenças cerebrovasculares estão entre as que mais levam brasileiros ao
óbito, então todo tipo de tratamento que possa intervir, seja como prevenção ou
tratamento, deve ser considerado essencial.
É necessária a realização de mais pesquisas técnicas cientificas sobre o tema,
para que mais pessoas tenham acesso a essas informações comprovadas
cientificamente.
Uma análise crítica é fundamental para promover a prática baseada em
evidências e garantir o uso responsável e seguro dessa planta na medicina tradicional
e complementar.

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2. OBJETIVOS

2.1 Objetivo geral

Identificar se existe eficiência no uso do medicamento fitoterápico ginkgo biloba no


tratamento e prevenção de patologias, como alzheimer, labirintopatias e cefaleias

2.2 Objetivos específicos

• Constatar o atual estado das evidências científicas que apoiam o uso


terapêutico do Ginkgo biloba no tratamento de doenças como alzheimer,
labirintopatias e cefaleias.
• Averiguar se existem resultados positivos comprovados de pacientes que
usaram ginkgo biloba no tratamento de doenças como alzheimer,
labirintopatias e cefaleias.
• Verificar se existe alguma contraindicação sobre o uso de ginkgo biloba no
tratamento de doenças como alzheimer, labirintopatias e cefaleias.

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REFERÊNCIAS

ANVISA. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Formulário de


Fitoterápico: Farmacopeia Brasileira. 2 ed. Brasília, 2021

BRASIL, Ministério da saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de


Atenção Básica. Práticas integrativas e complementares: Plantas medicinais e
fitoterapia na atenção básica. Ministério da Saúde – Brasília, 2012.

BRASIL, Ministério da Saúde. Plano nacional de saúde 2024-2027.Brasília, 2024.

FLICK, U. Introdução à pesquisa qualitativa. Trad. Joice Elias Costa. 3. ed., Porto
Alegre: Artmed. 2009.

FONSECA, J. J. S. Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC, 2002.

GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas,
2008.

GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas,
2010

GUZEN, Fausto Pierdoná. Ginkgo biloba e seus efeitos no tratamento dos


transtornos cognitivos relacionados ao aprendizado e memória. São Paulo, 2008.

JUVINO, Ellen Onara Rodrigues dos Santos. O uso de ginkgo biloba para o
tratamento de distúrbios neurológicos: uma revisão integrativa. Campo Grande,
2012.

LIMA, Telma Cristiane Sasso de. MIOTO, Regina Célia Tamaso. Procedimentos
metodológicos na construção do conhecimento científico: a pesquisa
bibliográfica. 2007.

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MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Metodologia Científica. 5ª ed. São Paulo: Atlas,
2011.

OLIVEIRA, Larissa. Ginkgo biloba. Rio de Janeiro, 2022. Disponível em <


https://crimufrjmacae.wixsite.com/crim-ufrj-macae/single-post/ginkgo-biloba> Acesso
em: 10 Mar 2024.

ORESTES, V. Forlenza. Ginkgo biloba e memória: mito ou realidade? São Paulo,


2003.

VITORELLO, Claudia Barros Monteiro et al. Plantas medicinais e fitoterapia:


tradição e ciência. São Paulo, 2023.

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