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MARINGÁ – PR
2013
1
Apostila contendo as Notas de Aula sobre:
CATÁLISE E REATORES CATALÍTICOS HETEROGÊNEOS
PREFÁCIO
As Notas de Aula desta Apostila são baseadas nos cursos já ministrados há vários
anos, pelo Prof. Flávio Faria de Moraes, no Departamento de Engenharia Química da
Universidade Estadual de Maringá, nas disciplinas de “Engenharia das Reações Químicas”,
do curso de graduação em Engenharia Química, e “Análise de Reatores Heterogêneos” do
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química. Os cursos se fundamentam nos livros
didáticos utilizados como material de estudo nestas disciplinas e estas Notas de Aula não têm
o objetivo de substituir os livros nos quais são baseadas, mas tão somente apresentar de forma
resumida os conceitos, como apresentados em sala de aula, e por isso a Bibliografia de
referência é indicada a seguir, sendo sua leitura expressamente recomendada, visando a
melhor qualidade da aprendizagem e o desenvolvimento do hábito de leitura dos livros
técnicos. Também foram usados como referência alguns artigos científicos da área, que são
mencionados no texto, conforme surgem.
A transposição das Notas de Aula para o texto digitado da Apostila foi uma
gentileza, graciosamente realizada, pela Eng. Arielle Cristina Fornari, mestranda do Programa
de Pós-Graduação em Engenharia Química, a quem muito agradeço.
2
BIBLIOGRAFIA
1. CARBERRY, J.J. Chemical and Catalytic Reaction Engineering. New York, McGraw-Hill
Book Co., 1976.
2. DORAISWAMY, L.K. & SHARMA, M.M. Heterogeneous Reactions: Analysis, Examples and
Reactor Design, vol. 1 e 2. John Wiley & Sons, 1984.
4. FROMENT, G.F. & BISCHOFF, K.B. Chemical Reactor Analysis and Design, 2nd. ed. New
York, John Wiley & Sons, 1990.
5. HILL, C.G. An Introduction to Chemical Engineering Kinetics and Reactor Design. John
Wiley & Sons, New York, 1977.
6. HORAK, J. & PASEK, J. Design of Industrial Chemical Reactors from Laboratory Data.
London, Heyden & Son Ltd., 1978.
8. LEVENSPIEL, O., Engenharia das Reações Químicas, 2ª e 3ª Ed., Editora Edgard Blucher
Ltda, 1974 e 2000.
10. SMITH, J.M. Chemical Engineering Kinetics, 3rd ed. New York, McGraw-Hill Book Co.,
1981.
11. TABHAN, M.O. Catalytic Reactor Design. New York, McGraw-Hill Book Co., 1983.
12. TRAMBOUZE, P.; VAN LANDEGHEN, H. & WANQUIER, J.P. Chemical Reactors:
Design/Engineering/Operation. Paris, Editons Technip, 1988.
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CAPÍTULO 1:
VISÃO PANORÂMICA DE PROCESSOS, REATORES E CATALISADORES
HETEROGÊNEOS
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TABELA 1. ALGUNS EXEMPLOS DE REAÇÕES CATALÍTICAS INDUSTRIAIS *
Condições do processo
Processo Catalisador Pressão Reação Reator
Temperatura (ºC)
(atm)
Leito fixo adiabático; calor
Molibdato de cobalto
Dessulfurização dos estoques produzido depende parte do tipo
suportado em alumina e óxido 340 – 400 20 – 100 Exotérmica
de petróleo de enxofre e parte do composto
de zinco
em si.
Craqueamento catalítico Zeólitas 450 – 550 1 Endotérmica Leito móvel
Remoção de ceras Co.Mo/Al2O3 450 – 550 20 – 50 Exotérmica Leito fixo
Extremamente
Síntese de Fischer-Tropsch Fe.K2O/SiO2 300 – 400 10 – 50 Leito fixo e leito fluidizado
exotérmica
Até 850ºC para
Níquel suportado em alumina
Reforma a vapor do metano reforma primária e
ou magnésia com promotores Até 30 atm Endotérmica Leito fixo
ou nafta até 1000ºC para
(tais como CaO, SiO2, K2O)
reforma secundária
Misturas de Fe3O4 e Cr2O3 350 – 450ºC (altas
Reação de conversão de CO (para altas temperaturas); temperaturas); Exotérmica Leito fixo com arranjo para
1 – 30
(“shift” de água e gás) misturas de CuO, ZnO e Al2O3 200 – 250ºC (baixas Reversível resfriamento entre zonas do reator
(para baixas temperaturas) temperaturas)
Leito fixo com trocador de calor
Ferro com promotores (tais
interno por meio de tubos de
Síntese de amônia como K2O, CaO, MgO, Al2O3, 300 – 450 100 – 300 Exotérmica
resfriamento incorporados no
SiO2, TiO2, V2O5, ZrO3)
catalisador
Metanol a partir do gás de Óxido de zinco-cromo com ou Exotérmica Leito fixo com arranjo para
320 – 370 100
síntese sem cobre Reversível remoção de calor
Leito fixo com trocador de calor
interno por meio de tubos de
Platina suportada ou V2O5
Oxidação do dióxido de resfriamento incorporados no
suportado com promotor metal 400 – 450 1 Exotérmica
enxofre catalisador ou reatores adiabáticos
alcalino
com resfriamento externo entre
estágios
Isopreno a partir do
Cr2O3 – Al2O3 Acima de 600ºC 0,2 – 0,3 Endotérmica Leito fixo adiabático
isopentano ou 2-metil buteno
5
Condições do processo
Processo Catalisador Pressão Reação Reator
Temperatura (ºC)
(atm)
Etil benzeno a partir da ZSM-5 Extremamente
350 – 450 10 – 30 Leito fixo com “quench”
alquilação do benzeno zeólita exotérmica
580 – 610ºC (reator
isotérmico); Reatores adiabáticos ou
Desidrogenação do etil- Fe2O3 promovido com Al2O3 e
580 – 650ºC (reator 1 Endotérmica isotérmicos (com trocador de
benzeno a estireno sais de potássio
adiabático) em presença calor do tipo casco e tubo)
de vapor
Metil-etil-cetona a partir do
álcool sec-butílico (por ZnO ou latão 400 – 500 1 Endotérmica Leito fixo adiabático
desidrogenação)
MVP (metil-vinil-piridina) a
Fe2O3 promovido com Cr2O3 e 500 – 800ºC Leito fixo adiabático ou
partir de MEP (metil-etil- Em presença de N2 e 1 – 10 Endotérmica
KOH vapor
isotérmico
piridina) por desidrogenação
Acetona a partir da oxidação
Ag ou Cu 450 – 550 1 Endotérmica Leito fixo multitubular
parcial do isopropanol
Acetona a partir da
desidrogenação do ZnO ou Cu e suas ligas 450 – 550 1 Endotérmica Leito fixo multitubular
isopropanol
Formaldeído a partir do
Tela de Ag ou Cu 450 – 650 1 Exotérmica Leito fixo adiabático
metanol
Leito recheado com camadas da
Oxidação da amônia Tela de Pt-Rh 850 – 900 1–8 Exotérmica
tela do catalisador
Pt-mordenita-Al2O3; zeólita Levemente
Isomerização de xilenos 350 – 550 1 – 10 Leito fixo adiabático
ZSM-5 exotérmica
Isomerização de Pt-SiO2-Al2O3 (contendo cloro
450 – 550 30 – 40 Endotérmica Leito fixo adiabático
hidrocarbonetos alifáticos ou flúor)
Mudanças no
400 – 450ºC calor envolvido
Isobuteno a partir do n-buteno Al2O3 fluorado Em presença de N2 ou 1 Leito fixo adiabático
H2
são
desprezíveis
Pt-Re(Ir)-Al2O3 (contendo
Reforma catalítica da nafta 450 – 550 1 – 10 Endotérmica Leito fixo adiabático
cloro); zeólita ZSM-5
6
Condições do processo
Processo Catalisador Pressão Reação Reator
Temperatura (ºC)
(atm)
Redução do nitrobenzeno a
anilina e nitrotoluenos a CuCrO3 180 – 250 1 Exotérmica Leito fixo multitubular
toluidinas
620 – 700ºC
Fosfato de Ca-Ni estabilizado Vapor/buteno: 8-20/1 60 – 80
Butadieno a partir de n-buteno Endotérmica Leito fixo adiabático
com Cr2O3 Velocidade espacial: mmHg
300-500
Butadieno a partir do butano Cr2-Al2O3 Acima de 600ºC 0,2 Endotérmica Leito fixo adiabático
Cu suportado ativado por
Butadieno a partir do etanol
Cr2O3, TaO em sílica gel, 250 ou 350 1 Endotérmica Leito fixo adiabático
em processo de duas etapas
Al2O3, etc.
Butadieno a partir do etanol Reator de leito fluidizado ou
ZnO-Al2O3 (40:60) 425 1 Endotérmica
em processo de uma etapa reator de leito fixo adiabático
Fosgênio a partir de monóxido
Carvão vegetal ativado Abaixo de 300ºC 1 Exotérmica Leito fixo multitubular
de carbono
Dimetil sulfeto a partir de
γ-Al2O3 (contendo tungstato de
metanol e sulfeto de Acima de 300ºC 1
K) ou tório em pedra-pomes
hidrogênio
Dicloroetano por Cloreto de Cu, K ou La em um
Exotérmica
oxiclorinação do etileno suporte
Oxidação do etileno a óxido 250 – 300ºC Extremamente
Ag suportada com promotores Tempo de contato: 1 a 10 – 30 Leito fixo multitubular
de etileno 4s
exotérmica
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Condições do processo
Processo Catalisador Pressão Reação Reator
Temperatura (ºC)
(atm)
Óxidos suportados de Mo, V,
Furano a partir do butadieno 400 – 600 1 Exotérmica Leito fixo multitubular
Sb, Bi (com P ou Pb)
Molibdatos multicomponentes
Acrilonitrila por
(contendo Ni, Co, Fe, Bi, P, K 400 – 480 1 Leito fluidizado
amonioxidação do propileno
e Mo) suportados em SiO2.
Sólidos acidificados (como
Hidrodealquilação do tolueno Al2O3 fluorinado ou Acima de 500ºC 10 – 50 Endotérmica Leito fixo adiabático
SiO2.Al2O3)
Desproporcionamento do Pt.SiO2-Al2O3, merdenite, 300 – 500ºC
20 – 40 Leito fixo adiabático
tolueno zeólita ZSM-5 Em presença de H2
Ácido fosfórico num suporte 300ºC
Etanol a partir do etileno 66 Exotérmica Leito fixo
inerte H2O/C2H4: 0.6/1.0
Desidratação do etanol Al2O3 275 – 350 1 Endotérmica Leito fixo adiabático
Dimetilanilina a partir da
Al2O3 ácida ou bauxita 250 – 300 1 Endotérmica Leito fixo multitubular
anilina e metanol
Monoetilanilina a partir da
Bauxita tratada 270 1 Leito fluidizado
anilina e etanol
Difenilamina a partir da Al2O3 ou Al2O3 contendo
450 – 550 6–8 Endotérmica Leito fixo
anilina fluoborato de amônia
Metilaminas a partir do
Al2O3 ou silicato de Al 450 1 Endotérmica Leito fixo adiabático
metanol e amônia
HgCl2 em carvão ativado (com
Cloreto de vinila a partir do
promotores como KCl ou sais 80 – 250 1 Exotérmica Leito fixo multitubular
acetileno
de metais pesados)
Clorometanos a partir do
metano, principalmente CCl4 Carbono ativado 250 – 350 1 Leito fluidizado
e CHCl3
Acetato de vinila a partir do
Acetato de zinco ou sais de Cd 180 – 210ºC
suportados em carbono ativado Acetileno/ácido acético: 1 Exotérmica Leito fixo multitubular
acetileno e ácido acético 4-5/1
ou SiO2 ou Al2O3
Metil pirole a partir do furano
Al2O3 400 1
e metilamina
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Lista das reações da Tabela 1
Dessulfurização do petróleo: Reação típica: C4H4S + 3H2 ↔ C4H8 + H2S
Síntese de Fischer-Tropsch: CO + H2 → Hidrocarbonetos
CH4 + H2O ↔ CO + 3H2
Reforma a vapor do metano ou nafta: CnH2n+1 + nH2O → nCO + (2n+1) H2
CO + H2O ↔ CO2 + H2
Reação de conversão de CO: CO + H2O ↔ CO2 + H2
Síntese de amônia: N2 + 3H2 ↔ 2NH3
Metanol a partir do gás de síntese: CO + 2H2 ↔ CH3OH
Oxidação do dióxido de enxofre: SO2 + ½ O2 → SO3
CH3CH(CH3)-CH2CH3 → CH2=C(CH3)-CH=CH2 + 2H2
Isopreno a partir do isopentano ou 2-metil buteno
CH2=C(CH3)-CH2CH3 → CH2=C(CH3)-CH=CH2 + H2
Etil benzeno a partir da alquilação do benzeno: C6H6 + C2H4 →C6H5C2H5
Desidrogenação do etil-benzeno a estireno: C6H5CH2CH3 → C6H5CHCH2 + H2
Metil-etil-cetona a partir do álcool sec-butílico (por desidrogenação): CH3CH2CH(OH)CH3 → CH3CH2COCH3 + H2
Acetona a partir da oxidação parcial do isopropanol: CH3CH(OH)CH3 + ½ O2 → CH3COCH3 + H2O
Acetona a partir da desidrogenação do isopropanol: CH3CH(OH)CH3 → CH3COCH3 + H2
Formaldeído a partir do metanol: CH3OH + ½ O2 → HCHO + H2O
Oxidação da amônia: 4NH3 + 5O2 → 4NO + 6 H2O
Isobuteno a partir do n-buteno: CH3CH=CHCH3 ↔ (CH3)2C=CH2
C6H5NO2 + 3H2 → C6H5NH2 + 2 H2O
Redução do nitrobenzeno a anilina e nitrotoluenos a toluidinas:
C6H4(CH3)NO2 + 3H2 → C6H4(CH3)NH2 + 2H2O
Butadieno a partir de n-buteno: C4H8 ↔ C4H6 + H2
Butadieno a partir do butano: C4H10 ↔ C4H6 + 2H2
(i) C2H5OH → CH3CHO + H2
Butadieno a partir do etanol em processo de duas etapas:
(ii) C2H5OH + CH3CHO → C4H6 + 2H2O
Butadieno a partir do etanol em processo de uma etapa: 2C2H5OH → C4H6 + H2 + 2H2O
Fosgênio a partir de monóxido de carbono: CO + Cl2 → COCl2
Dimetil sulfeto a partir de metanol e sulfeto de hidrogênio: 2CH3OH + H2S → CH3SCH3 + 2H2O
Dicloroetano por oxiclorinação do etileno: C2H4 + 2HCl + ½ O2 → ClCH2CH2Cl + H2O
Oxidação do etileno a óxido de etileno: C2H4 + ½ O2 → C2H4O
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Oxidação do benzeno a anidrido maléico: C6H6 + 9/2 O2 → C2H2(CO)2O + 2CO2 + 2H2O
Oxidação do tolueno a benzaldeído: C6H5CH3 + O2 → C6H5CHO + H2O
Anidrido ftálico a partir do o-xileno: C6H4(CH3)2 + 3O2 → C6H4(CO)2O + 3H2O
Anidrido ftálico a partir do naftaleno: C10H8 + 9/2 O2 → C6H4(CO)2O + 2H2O + 2CO2
Furano a partir do butadieno: C4H6 + O2 → C4H4O + H2O
Acrilonitrila por amonioxidação do propileno: NH3 + C3H6 + 3/2 O2 → CH2=CHCN + 3H2O
Hidrodealquilação do tolueno: C6H5CH3 + H2 → C6H6 + CH4
Desproporcionalização do tolueno: 2C6H5CH3 → C6H4(CH3)2 + C6H6
Etanol a partir do etileno: CH2=CH2 + H2O → CH3CH2OH
Desidratação do etanol: CH3CH2OH → CH2=CH2 + H2O
Dimetilanilina a partir da anilina e metanol: C6H5NH2 + 2CH3OH → C6H5N(CH3)2 + 2H2O
Monoetilanilina a partir da anilina e etanol: C6H5NH2 + C2H5OH → C6H5NH(C2H5) + H2O
Difenilamina a partir da anilina: 2C6H5NH2 → C6H5NHC6H5 + NH3
Metilaminas a partir do metanol e amônia: CH3OH + NH3 → CH3NH2 + H2O
Cloreto de vinila a partir do acetileno: C2H2 + HCl → CH2CHCl
Acetato de vinila a partir do acetileno e ácido acético: C2H2 + CH3COOH → CH3COOCH=CH2
Metil pirole a partir do furano e metilamina: C6H4O + CH3NH2 → C6H4NCH3 + H2O
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TABELA 2. PRINCIPAIS PROCESSOS CATALÍTICOS
Catalisador / Condição de
Processo Reações Reator
operação
1940 – SiO2.Al2O3
Craqueamento catalítico (FCC) 1960 – zeólitas
CnH2n+2 → CmH2m + CpH2p+2
Objetivo: produzir gasolina a MOD – zeólitas a) Leito fluidizado
n=m+p
partir de frações pesadas de 1 a 10 ppm de Pt b) Leito de arraste
14 ≤ n ≤ 22
petróleo. T = 500 – 560ºC (520 – 540ºC)
P = 2 a 3 atm
a) Desidrogenação:
1930 – Cr2O3.Mo2O3/Al2O3
Reforma catalítica 1940 – Pt (<1%)/Al2O3.Cl2
Objetivo: 1960 – Pt-Re.Al2O3.Cl2
a) aumentar o índice de octanas 3 a 4 vezes mais ativo b) Desidraciclização: Leito fixo, multiestágio, com
na gasolina; > estabilidade troca térmica
b) produzir hidrocarbonetos T = 460 – 525ºC (480 – 500
aromáticos. ºC)
P = 8 a 50 atm
c) Isomerização:
n-heptano → iso-heptano
Síntese de Fischer-Tropsch 100 Fe / 5 K2O / 25 SiO2 Reator de leito fixo
Objetivo: produção de H2/CO: 2,4 – 2,8 Reator de arraste ou transporte
nCO + 2nH2 → (-CH2-)n + nH2O
hidrocarbonetos sintéticos T = 320 – 340 ºC SASOL/KELLOGS
(gasolina sintética) P = 20 – 23 atm 260000 ton/ano
A partir da nafta:
CnHm + nH2O → nCO + (n+m/2) H2
Reforma com vapor 1930 – Ni/Al2O3
CO + H2O ↔ CO2 + H2
Objetivo: produção de misturas T = 500 – 850 ºC Leito fixo adiabático
CO + 3H2 ↔ CH4 + H2O
de CO, H2, (CO2, CH4). P = 30 atm
A partir do gás natural:
CH4 + H2O → CO + 3H2
11
8% V2O5/diatomácea
K2SO4 promotor
Produção de SO3 K/V = 3
Reator multiestágio, adiabático,
Objetivo: produção de ácido T = 420 – 600 ºC SO2 + ½ O2 ↔ SO3
com resfriamento entre estágios
sulfúrico (SO3 + H2O → H2SO4) P = 1 atm
Gás de entrada: 9% de SO2, o
restante é ar
Reator multiestágio, adiabático
Fe.K2O/Al2O3
com resfriamento entre leitos e
Produção de amônia T = 430 – 600ºC (480 – 500ºC) N2 + 3H2 ↔ 2NH3
uma conversão de 12 a 14% por
P = 150 – 300 atm
passe
Produção de NO
Tela de Pt
Objetivo: produção de ácido
T < 1000ºC
nítrico 4NH3 + 5O2 → 4NO + 6H2O Reator de tela de Pt-Rh
P = 1 atm (810 – 850 ºC)
(NO + ½ O2 → NO2
8 atm (920 – 940 ºC)
3NO2 + H2O → 2HNO3 + NO)
12
CAPÍTULO 2:
CONCEITOS BÁSICOS SOBRE CATALISADORES HETEROGÊNEOS
13
Reação catalítica alterando o catalisador:
4 NH3 + 5 O2 → 4 NO + 6 H2O
ΔH = – 227 kJ/mol NH3
14
2.3 – TIPOS DE CATÁLISE
a) Homogênea: Reagentes e catalisador numa só fase. Ex.:
15
b) Catalisador mássico
O próprio material já é a fase ativa.
Oxidação: →
16
b) ÓXIDOS
Oxidação: oxigênio facilmente adicionado ou retirado da estrutura. Ex.: V2O5,
BiO3.MoO3, Fe(MoO4).
Desidrogenação: oxigênio fortemente ligado ao metal, não reduz. Ex.: Fe2O3, ZnO,
Cr2O3/Al2O3.
c) ÁCIDOS
Hidratação / Desidratação: Al2O3, resinas de troca iônica.
Ex.: ↔
Polimerização: H3PO4/suporte (SiO2.Al2O3)
Ex.: ↔
Craqueamento: SiO2.Al2O3, zeólitas
Isomerização de parafinas: →
Cadeia linear Cadeia ramificada
17
Cristal de zeólita:
75 µm
CRISTAL DE ZEÓLITA
- Substância com terras
raras (Ce, La)
- 5µm
- 35%
MATRIZ INERTE - Craqueia as partículas
- Caulim menores
- ~ 5 µm
- 35%
MATRIZ ATIVA, Al2O3
- Porosidade controlada
- Teor e dp do cristal
também controlados
- 0,2 µm; 20%
LIGANTE - Craqueia as partículas
- Sol de sílica maiores
- 10%
18
Tabela 2.1. Classificação dos catalisadores heterogêneos de acordo com as principais funções*. Fonte: SATTERFIELD, 1980.
Metais Óxidos metálicos Ácidos Metal + ácido
Função Exemplos Função Exemplos Função Exemplos Função Exemplos
Complexos de Resina de troca Isomerização de Pt / suporte
Hidrogenação Hidratação
Ni, Pd Oxidação molibdatos metálicos; iônica ácida parafinas acidificado
Pt (Cu) parcial Composições de
Hidrogenólise† Polimerização H3PO4 em suporte Hidrogenólise† Pd / zeólita
óxidos multimetálicos
Fe2O3, ZnO,
Oxidação Ag, Pt Desidrogenação Craqueamento
Cr2O3/Al2O3 SiO2-Al2O3,
Transferência de zeólitas na forma
hidrogênio‡ ácida
Desproporcionamento§
* Algumas reações são tão complexas que não podem ser simplesmente classificadas. Isso inclui reações do gás de síntese, a introdução de
grupos aminas ou nitrilas, hidrodessulfurização e hidrodenitrogenação, entre outras.
† Hidrogenólise é a adição de hidrogênio através de uma ligação simples para causar a divisão em duas moléculas, por exemplo, C 2H6 + H2 →
2CH4, também chamado de hidrocraqueamento. Pode ocorrer em um metal por si só ou, mais rapidamente, em um catalisador de função dupla.
‡ A transferência de hidrogênio envolve prótons ou íons hidretos, formados pela ruptura de uma ligação C – H, sendo transferidos para outra
molécula, por exemplo: C2H4 + C4H10 ↔ C2H6 + C4H8.
§ Um exemplo de desproporcionamento é:
19
M Principais metais usados na catálise
20
HIDRÓLISE ENZIMÁTICA
ENZIMAS = Proteínas com atividade catalítica
ELEVADA ESPECIFICIDADE AO SUBSTRATO → NÃO FORMA SUBPRODUTOS
CONDIÇÕES SUAVES DE REAÇÃO → REDUZ CONSUMO DE ENERGIA
Exemplo:
21
3) PROMOTORES: Substâncias adicionadas em pequenas quantidades para melhorar as
propriedades do catalisador.
Ex.: Síntese da amônia: Fe/Al2O3.K2O
→ Fe: Fase ativa;
→ Al2O3: promotor estrutural, maior área superficial (Sg), menor sinterização;
→ K2O: promotor da atividade, cede elétrons para o ferro, aumenta a velocidade de
reação (-rA).
4) INIBIDORES: substâncias adicionadas em pequenas proporções para inibir reações
indesejadas.
Ex.: Craqueamento catalítico com SiO2.Al2O3. Ocorre desativação por entupimento
com coque, formado sobre Ni que vem da carga. Adição de Sb inibe a formação de
coque.
80%
R1 R2 R3 Tr
Tf
t0 t1 t2 t3 t4 Tempo
22
ti = tempo de cada campanha
vida = ∑
Ri = Regenerações; Tr = Troca
OBS: Para manter a produção é comum aumentar temperatura e aumentar pressão.
4. RESISTÊNCIA MECÂNICA: Está associada à resistência ao esmagamento no leito e
à resistência ao manuseio (abrasão).
5. CUSTO: O preço de mercado do catalisador. Quanto maior a atividade, maior a
seletividade, maior a estabilidade, maior a resistência mecânica → maior o custo.
⇔ ⇔ ⇔
A* → Complexo ativado
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Reação Com Dois Reagentes:
a) Mecanismo com adsorção de ambos
Modelos de Langmuir-Hinshelwood
A + S1 ↔ A*S1 adsorção de A
B + S2 ↔ B*S2 adsorção de B
A*S1 + B*S2 ↔ AB*S1S2 reação química
AB*S1S2 ↔ C + D + S1 + S2 dessorção de C e D
Onde S1 e S2 são sítios ativos.
b) Mecanismo Eley-Rideal
Somente um dos reagentes é adsorvido.
A reação química ocorre entre um dos reagentes que vem da fase gasosa e o outro que
está adsorvido.
B + A*S1 ↔ AB*S1 reação química
SÍNTESE DA AMÔNIA: ⇔
Mecanismo:
Passo 1: N2 + 2 S* ↔ 2 NS* quimissorção de N2
Passo 2: 3 H2 + 6 S* ↔ 6 HS* quimissorção de H2
Passo 3: 2 NS* + 6 HS* ↔ 2 NH3 + 8 S* reação química na superfície
Obs.: – O passo 1 é a etapa mais lenta e por isso controla a velocidade de síntese.
– Os passos 2 e 3 são formados de vários sub-passos.
24
SÍNTESE DO SO3: ⇔
Mecanismo:
Passo 1: O2 + 2 S* ↔ 2 OS* quimissorção de O2
Passo 2: SO2 + S* ↔ SO2S* quimissorção de SO2
Passo 3: SO2*S + OS* ↔ SO3 + 2 S* reação química na superfície
Obs.: – O passo 1 é a etapa mais lenta e por isso controla a velocidade de síntese.
– Na quimissorção do O2 e SO2 o catalisador cede 2 elétrons a cada O e ao SO2.
⇒
n = m + p; 14 ≤ n ≤ 22
Mecanismo: Principais reações
Formação de íon carbônium no sítio ácido
- Com olefinas:
- Com parafinas:
25
2.11 – JUSTIFICATIVA DO AUMENTO DA VELOCIDADE DA REAÇÃO
Exemplo: ⇒
rhomogênea = 1027 e–43000/RT (sem catalisador)
rheterogênea = 2.1027 e–13000/RT (com catalisador)
Ou seja:
Ea homogênea = 43000 cal/mol
Ea heterogênea = 13000 cal/mol
.: a 600K ou 327ºC:
Reação química:
26
Ex.: ⇔
27
1. ISOTERMAS DE ADSORÇÃO (T = cte)
BIBLIOGRAFIA:
- Adsorption, Surface Area and Porosity. S. J. GREGG and K. S. W. SING. 2nd edition,
Academic Press, 1982.
- Physical Chemistry of Surfaces. ARTHUR W. ADAMSON. 5th edition, John Wiley & Sons,
1990.
- Heterogeneous Catalysis in Practice. CHARLES N. SATTERFIELD. 1st edition, McGraw-
Hill, New York, 1980.
28
CAPÍTULO 3:
CONCEITOS BÁSICOS SOBRE REATORES CATALÍTICOS HETEROGÊNEOS
29
3.2 – VISÃO PANORÂMICA DAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
REF.
Reagentes
30
3. Multiestágio com troca térmica
a) Com trocador de calor - Procura manter o Reações reversíveis com caminho
caminho ótimo de ótimo de temperatura. Exemplo:
4o estágio
temperatura para reações produção de ácido sulfúrico
T.C. reversíveis → > XA
⇔
- Leitos menores no início
T.C. → < ΔT
- Maior dp no início para
T.C.
1o estágio evitar entupimento
31
Principais vantagens e desvantagens do leito fixo
1. VANTAGENS
Maior XA porque DTR se aproxima do PFR;
Menor custo (capital e operacional), porque é mais simples e exige sistemas de
controle mais simples.
2. DESVANTAGENS
Mau condutor de calor, podendo ocorrer “pontos quentes”, perda do catalisador e até
explosão;
Em conseqüência de 1, leito fixo não é adequado para reações altamente exotérmicas;
Para evitar ΔP muito elevada, exige dp grande (3mm a 6mm) que dá menor fator de
efetividade no catalisador;
Não permite a regeneração contínua do catalisador, logo, não é adequado para reações
cujo catalisador desativa rapidamente;
Pode entupir com uma certa facilidade.
32
33
34
~ 8% SO2
420oC
600oC
540oC
∆T = 60oC ∆T = 10 - 15oC
∆T = 5oC
XA = 99.7%
35
Fonte: SATTERFIELD, 1980.
36
37
Fonte: SATTERFIELD, 1980.
38
Fonte: SATTERFIELD, 1980.
39
Fonte: SATTERFIELD, 1980.
40
3.2.2 – REATORES DE LEITO FLUIDIZADO
FCC
Modelo
41
Vantagens e desvantagens do leito fluidizado
Vantagens Explicações
1. Possibilidade de regeneração contínua do
1. Deve-se ao comportamento como se fosse
catalisador. um líquido.
2. Tem excelente TC que torna o reator 2. Deve-se à mobilidade das partículas
isotérmico. causada pelas bolhas.
3. Deve-se:
3. Também tem excelente TM que favorece
a) ao pequeno diâmetro das partículas;
altas taxas de reação.
b) ao movimento da partícula.
4. Porque ΔP é constante para Ug acima de
4. Permite o uso de dp pequeno.
Umf.
42
Desvantagens Explicações
1. Todo gás acima da vazão de Umf passa na forma de bolhas.
1. “By pass” causado
Estas bolhas têm velocidade no leito maior do que o gás que
pelas bolhas, diminui a
passa por essa fase particulada e portanto reduz ̅, diminuindo
conversão.
XA.
2. Vários aspectos são difíceis de modelar:
2. Difícil de “scale up” a) tamanho da bolha;
(ampliar a escala). b) coalescência, “splitting”;
c) troca de gás entre a bolha e a fase particulada.
3. Erosão das linhas. 3. Atrito das partículas com a parede do tubo causa erosão.
43
2) Reator de Leito Gotejante (Trickle Bed)
É usado principalmente para tratamento das frações mais pesadas do petróleo que têm
elevado ponto de ebulição.
O reator não é inundado como uma piscina;
Geralmente o catalisador tem a forma de anéis de Raschig e o líquido escoa em forma
de película neles;
O interesse nacional neste modelo reside na possibilidade de maior produção de diesel
no hidrocraqueamento.
44
3.3 – DESATIVAÇÃO DE CATALISADORES
(Resumo do artigo: Bartholomew, C. H., "Catalyst Deactivation", Chemical Engineering, Nov. 12, 1984 .)
45
Definição: Desativação é a perda de atividade do catalisador ao longo do tempo.
1. ENVENENAMENTO
No envenenamento há uma adsorção química forte no sítio ativo do catalisador de
alguma substância que é chamada de veneno e que bloqueia ou modifica a ação catalítica.
Ex.: Adsorção de H2S no Ni, que afeta vários processos industriais importantes de
grande escala: hidrogenação, metanação, reforma com vapor, síntese de Fischer-Tropsch.
46
Hidrogenação do CO derivado
Níquel, cobalto, ferro H2S; COS; As; HCN
de gases combustíveis
Cobalto Hidrocraqueamento NH3; S; Se; Te; P
Oxidação de etileno a óxido de
Prata Etano
etileno
Óxido de vanádio Oxidação As
Síntese da amônia, O2; H2O; CO; S; C2H2; Bi; Se; Te;
Ferro
hidrogenação, oxidação P; VSO4
Oxidação automotiva de CO e
Platina, paládio Pb; P; Zn
hidrocarbonetos
Sulfetos de cobalto e Hidrotratamento de resíduos de
Asfaltenos; compostos de N; Ni; V
molibdênio petróleo
47
2. ENTUPIMENTO
Na desativação por entupimento há uma deposição física de substâncias formadas a
partir da fase fluida, que passam a bloquear os sítios ativos e os poros do catalisador. Ex.:
Formação de coque nos catalisadores de FCC.
48
2.a) Prevenção do Entupimento
a) Escolher condições de reação que favoreçam a gaseificação do depósito formado.
Ex.: No caso de formação de coque, aumentar a proporção de H2:
C + 2H2 → CH4
b) Adicionar promotores que desfavoreçam a formação do depósito. Ex.: No caso do
coque, se a fase ativa for:
óxidos: adicionar óxidos básicos, MgO, K2O → reduz sítios ácidos;
metais: adicionar cobre em Ni (muda o diâmetro dos microcristais); adicionar Pt
em Ni (diminui a solubilidade do C).
3. DEGRADAÇÃO TÉRMICA
A desativação por degradação térmica pode ocorrer por 3 processos:
a) Redução da área da fase ativa pelo crescimento de seus cristais, via migração e
coalescência:
Muito rápida
dc < 5nm,
e T > 500ºC
Migração Coalescência
49
c) Formação de compostos inativos pela reação entre a fase ativa e o suporte:
Ex.: Ni + Al2O3 + ½ O2 → NiAl2O4
Ativo inativo
50
Ni(CO)4, Fe(CO)3, RuO3, MoS2
51
Vidas úteis de catalisadores comercialmente importantes. Bartholomew, C. H., "Catalyst Deactivation", Chemical Engineering, Nov. 12, 1984 .
Condições de Vida típica, Fatores que afetam a vida do Propriedade do
Reação Catalisador
operação anos catalisador catalisador afetada
Fe com promotor
450 – 550 ºC
Síntese da amônia (K2O) e estabilizador 5 – 10 Lenta sinterização Atividade
200 – 500 atm
(Al2O3)
Metanação (plantas de amônia 250 – 350 ºC Lento envenenamento (S e As) de
Ni suportado 5 – 10 Atividade
e hidrogênio) 30 atm perturbações nas plantas
Hidrogenação do acetileno 30 – 100 ºC Lenta sinterização, aumento da
Pd suportado 5 – 10 Atividade, seletividade
(“front end”) 50 atm temperatura
420 – 600 ºC Sulfatos de V e K em Queda de pressão,
Ácido sulfúrico 5 – 10 Lenta deterioração física (desgaste)
1 atm sílica transferência de massa
Síntese do metanol (baixa 200 – 300 ºC Cu em Zn e óxidos de
2–8 Lenta sinterização Atividade
temperatura) 50 – 100 atm Al
Atividade,
Hidrodessulfurização de 300 – 400 ºC Sulfetos de Co e Mo Lenta formação de coque, depósito de
2–8 transferência de massa,
hidrocarbonetos 30 atm em alumina metal nos resíduos
queda de pressão
Reação de “shift” de monóxido 200 – 250 ºC Cu em Zn e óxidos de Lento envenenamento, e sinterização
2–6 Atividade
de carbono a baixa temperatura 30 atm Al acelerada pelos venenos
Reação de “shift” de monóxido 350 – 500 ºC Lenta sinterização, quebra dos pellets Atividade, queda de
Fe3O4 em cromita 2–4
de carbono a alta temperatura 30 atm devido à condensação da água pressão
Sinterização, envenenamento por S,
500 – 850 ºC Ni em aluminato de Atividade, queda de
Reforma a vapor do gás natural 2–4 formação de carbono, e quebra dos
30 atm cálcio ou α-alumina pressão
pellets devido a perturbações nas plantas
Oxidação parcial do etileno a 200 – 270 ºC Ag em α-alumina Lenta sinterização, aumento da
1–4 Atividade, seletividade
óxido de etileno 10 – 20 atm com promotores temperatura do leito
Óxidos de V e Mo
Oxidação do benzeno a 350 ºC Formação irreversível de uma fase de V
com promotores em 1–2 Atividade, seletividade
anidrido maléico 1 atm inativa
α-alumina
220 – 270 ºC Atividade, queda de
Redução de aldeídos a alcoóis Cu em óxido de Zn 0.5 – 1 Lenta sinterização, quebra dos pellets
100 – 300 atm pressão
52
Oxidação parcial do metanol a 600 – 700 ºC Envenenamento (Fe), alguma formação
Grânulos de prata 0.3 – 1 Seletividade
formaldeído 1 atm de coque devido aos venenos
Cloretos de Cu em
Oxiclorinação do etileno a 230 – 270 ºC Perda por atrito, e outras causas Estado fluidizado,
alumina (leito 0.2 – 0.5
dicloreto de etileno 1 – 10 atm resultantes das perturbações nas plantas atividade
fluidizado)
800 – 900 ºC Gaze de liga de Rugosidades superficiais, perda de Pt,
Oxidação da amônia 0.1 – 0.5 Seletividade
1 – 10 atm platina venenos
30 – 100 ºC Formação de coque e óleo (possível
Hidrogenação do acetileno Pd suportado 0.1 – 0.5 Transferência de massa
50 atm regeneração)
Reforma catalítica de 460 – 525 ºC Ligas de Pt em Formação de coque (depende da pressão Atividade,
0.01 – 0.5
hidrocarbonetos 8 – 50 atm alumina tratada de H2), regeneração frequente transferência de massa
Craqueamento catalítico do 500 – 560 ºC Zeólitas sintéticas Formação muito rápida de coque Atividade,
0.000002
petróleo 2 – 3 atm (leito fluidizado) (regeneração contínua) transferência de massa
53
3.4 – ESTRATÉGIAS DE OPERAÇÃO DE REATORES CATALÍTICOS COM
DESATIVAÇÃO
3. ↓ dpartícula → ↑ ε → ↑ atividade → ↑ XA
PORÉM:
↓ dpartícula → ↑ ΔP (perda de carga) → ↑ custo de operação das bombas
54
CAPÍTULO 4:
ANÁLISE DOS PRINCIPAIS FENÔMENOS DE TRANSPORTE EM REATORES
CATALÍTICOS HETEROGÊNEOS
Tcf
Tci
Fenômenos de Transporte:
– axial – Da
TM – dispersão de massa no escoamento
a) Intra-reator – radial – Dr
(interno ao) – axial – Kefa
TC – dispersão de calor no escoamento
– radial – Kefr
55
b) Intra-partícula TM – difusão nos poros Def → ε
(interno a) TC – condução na matriz porosa Kp → ΔTp = TC – TS
c) Inter-partícula TM – convecção na camada gasosa Kg → ΔCCG = CAG – CAS
(externo a) TC – convecção na camada gasosa h → ΔTCG = TS – TG
Onde:
Kefa = condutividade efetiva axial
Kefr = condutividade efetiva radial
Def = difusividade efetiva
ε = efetividade
Kp = condutividade da matriz porosa
Kg = coeficiente de transferência de massa na camada gasosa
h = coeficiente de transferência de calor por convecção na camada gasosa
TG = temperatura do gás
TS = temperatura na superfície da partícula
TC = temperatura no centro da partícula
CAG = concentração no seio do gás
CAS = concentração na superfície da partícula
TM TC IMPORTÂNCIA
Difusão no interior dos poros da
Dispersão radial de calor no reator Maior
partícula
Dispersão radial de massa no Convecção de calor na camada
Intermediária
reator gasosa
Convecção de massa na camada Dispersão axial de calor no reator
gasosa Condução de calor no interior da Menor
Dispersão axial de massa no reator partícula
56
4.3 – VELOCIDADE DE REAÇÃO GLOBAL E INTRÍNSECA
DEFINIÇÕES:
a) Velocidade de reação intrínseca (IV): É a velocidade de reação na ausência das
resistências à difusão na camada gasosa e nos poros. Ela inclui somente as resistências
à adsorção, reação química na superfície do poro e dessorção (coletivamente
chamados de fenômenos de superfície).
b) Velocidade de reação global (I, II ou III): É a velocidade de reação na presença das
resistências difusionais e dos fenômenos de superfície.
57
CAPÍTULO 5:
MODELOS CINÉTICOS PARA A TAXA DE REAÇÃO INTRÍNSECA
5.1 – INTRODUÇÃO
5.2 – CORRELAÇÕES EMPÍRICAS, TIPO “POWER LAW”
5.3 – MODELOS CINÉTICOS FORMAIS DE LANGMUIR-HINSHELWOOD
5.4 – COMPARAÇÃO DOS MODELOS, VANTAGENS E DESVANTAGENS
5.1 – INTRODUÇÃO
Correlações de velocidade de reação → Modelo matemático que represente os dados.
Objetivo:
Engenharia → Prever performance do reator, em função das variáveis de operação.
Fundamental → Velocidade de reação × Componentes do catalisador →
Relacionar com propriedades físico-químicas → Desenvolver novos catalisadores.
Caso geral:
58
Fonte: HILL, 1977.
59
TESTES PARA DETERMINAÇÃO DE CONTROLE POR TM.
60
Estudo da cinética da reação na ausência de limitações de transferência de massa.
→ Usar altas velocidades de fluido, e pequeno diâmetro de partícula.
Ex.: →
Onde:
Só é útil, caso k0, E, a e b não são f(T) ou g(C);
Validade na faixa de teste;
Extrapolação não recomendada;
A simplicidade funcional dos modelos PL é útil:
Para projeto de reatores industriais;
Análise de tendências em catalisadores similares, ou reagentes relacionados.
Modelos mais complexos, às vezes, podem ser reduzidos a expressões do tipo PL.
61
Ex.:
a) →
⇔ ⇔ ⇔
b) →
I– →
⇔ ⇔ ⇔
No estado estacionário,
Etapas em série → taxa da reação intrínseca (etapa mais lenta) = r3 e r1 = r2 = r3
II – →
62
5.3.1 – MODELOS DE LANGMUIR-HINSHELWOOD (LH)
As hipóteses utilizadas na derivação da isoterma de adsorção de Langmuir são mantidas:
1. As espécies adsorvidas estão localizadas em sítios ativos individuais;
2. A energia de adsorção não depende da extensão de cobertura da superfície →
(superfície uniforme, ausência de interação lateral);
3. A adsorção máxima corresponde a uma monocamada;
4. Taxa de adsorção =
Sendo θA a fração da superfície coberta e (1 – θA) a fração de sítios vazios.
5. Taxa de dessorção =
No equilíbrio → taxa de adsorção = taxa de dessorção:
Onde:
+ : :
(∑ )( ∑ ) ∑
∑
∑ ( ∑ )
∑ ∑
Daí:
63
∑
∑
E assim por diante.
Hipóteses Adicionais:
6. A reação envolve, pelo menos, uma espécie adsorvida;
Ex.: Modelo Langmuir-Hinshelwood:
64
a) →
Como:
b)
Somente A e C são mais fortemente adsorvidas.
65
Exemplo: co-hidrogenação de p-xileno e tetralina.
→
Assumindo:
A, B, e C são apreciavelmente adsorvidas;
Não há dissociação de A;
Reação inversa é desprezível;
Mecanismo: (sítio duplo = dual site)
A + * → A*
A* + * → B* + C* (R.L.S.)
B* → B + *
C* → C + *
R.L.S. = Rate Limiting Step = etapa controladora da reação, mais lenta.
Daí:
( ∑ )
Como:
( ∑ )
∑ ∑
(–rA)0
Ordem negativa:
1ª ordem
0
0 PA
66
Caso 3. Adsorção com dissociação
a) A2 + 2* ↔ 2A* → produtos + 2*
No equilíbrio:
√
√
Se houver outros componentes que são adsorvidos mas não dissociam:
√
√
A reação química na superfície pode ser:
√
√
( √ )
b) A2 + 2* ↔ 2A*
B + * ↔ B*
2A* + B* ↔ C + 3*
Assumindo que a adsorção de C é desprezível:
( √ )
Se a adsorção de A2 é pequena comparada a de B:
67
Onde λ é a energia de ativação da adsorção/dessorção e é sempre positivo.
Em geral, quando são válidas as expressões completas dos modelos LH, caso se tente
forçar o ajuste pelo PL então → Ea = f(T,C).
Daí:
{ [ ]}
{ }
Caso λA > Es e como KA e KB ↓ com ↑T → | → MÁX.
⃡
Mecanismo:
68
⃡ Etapa lenta, controladora.
Reação reversível
⃡
⃡
A adsorção de A é lenta, logo a reação química atinge o equilíbrio na superfície do
catalisador:
( )
Como a velocidade da reação intrínseca é limitada pela adsorção, resulta que (-rA) é
igual à diferença de velocidade entre a adsorção e a dessorção de A:
( )
69
( )
Eq. II.1, Controle pela adsorção de A
T1
T2 T1 < T2 < T3
T3
⃡
Mecanismo:
Reação reversível
⃡
⃡
A velocidade da reação intrínseca é igual à velocidade da etapa controladora, a
dessorção de R:
70
A reação química é relativamente rápida e atinge o equilíbrio na superfície do
catalisador:
( )
( )
( )
( )
( )
Eq. II.2, Controle pela dessorção de R
71
(–rA)0
T1
T1 > T2 > T3
T2
T3
Ptot
⃡
Deduzir os casos de controle pela reação química, controle pela adsorção de A e
controle pela dessorção de R.
Comparar com os dados experimentais de Franckaerts e Froment (1964), concluir
sobre a etapa que é controladora e obter os parâmetros cinéticos e de adsorção, em função da
temperatura.
Solução:
As equações de velocidade de reação para os casos de controle pela adsorção de A e
dessorção de R já foram deduzidas como os casos 1 e 2 da Categoria II. Para o caso de
controle pela reação química assume-se:
Todas as espécies são adsorvidas;
O mecanismo da reação é o de “sítio duplo”.
Mecanismo:
A + * ↔ A*
A* + * ↔ R* + S* ETAPA CONTROLADORA
R* ↔ R + *
S* ↔ S + *
A velocidade da reação intrínseca é igual à velocidade da etapa controladora, a reação
química:
72
Da dedução da isoterma de adsorção de varias espécies foram obtidas as seguintes
equações:
∑
Onde Ki = constante de equilíbrio de adsorção da espécie i.
∑
∑
Substituindo θA, θR, θS e θV na velocidade de reação:
T1
T2
(–rA)0
T3
Ptot
Figura 1. Ex. Controle pela reação química.
73
DADOS DE XA EM FUNÇÃO DE W/FA0
74
Os dados de (–rA)0 × Ptot da Figura 2.4.2-3 (dados de Franckaerts e Froment, 1964)
comportam-se como a Figura 1. Ex. Controle pela Reação Química, por isso concluímos que
a reação intrínseca da desidrogenação do etanol sobre Cu.Co/amianto é controlada pela
Reação Química nas condições dos ensaios realizados.
√ √ √
√
√ √
y = a + b . x
O gráfico de y × x é linear e permite obter k1 e KA. Veja a Figura 2.4.2-4.
Para se obter os outros parâmetros, lineariza-se a equação de velocidade de reação
com controle pela reação química completa:
Onde:
√
√
√ √
√ √
A constante de equilíbrio da reação, Kr, é calculada pela Termodinâmica. Utilizando-
se ajustes lineares chega-se nos resultados da Figura 2.4.2-6.
75
76
TABLE 3.1
Some Examples of Langmuir-Hinshelwood Rate Equations
77
78
79
5.4 – COMPARAÇÃO DOS MODELOS PL × LH
PL PRÓS PL CONTRAS
Mais fácil
Não tem suporte físico
Menor número de parâmetros
Menor poder interpretativo
Em alguns casos, mesma % de erros que
Não admite Ea variável
LH
Não admite expoente variável
Isoterma de Freundlich sugere a forma
Não admite máximo para rA = f(T)
PL
LH PRÓS LH CONTRAS
Mais próximo à realidade Mais difícil
Maior poder interpretativo Maior número de parâmetros
Maior confiança na extrapolação Muitos parâmetros facilitam o ajuste, o
Explica Ea variável que pode não ter realidade física
Modelos com superfícies não ideais → Ajuste satisfatório do modelo não garante
Eq. semelhantes a realidade física das hipóteses
Somente sítios ativos com energia Hipóteses diferentes levam a modelos
intermediária participam das reações matemáticos idênticos
É bastante utilizado em reações Superfícies de adsorção não são ideais
industrialmente importantes Constantes de adsorção obtidas sem
Explica máximo em rA = f(T) reação não concordam com reação
80
CAPÍTULO 6:
FENÔMENOS DE TRANSPORTE EXTERNOS
81
(I) Modelagem da resistência à difusão na camada gasosa (vol. 2 – Levenspiel)
Gradientes Térmicos
(II)
Em que: = coeficiente de transferência de calor; = superfície; = temperatura do gás;
= temperatura da superfície.
82
6.2 – TESTES PARA VERIFICAR SE HÁ RESISTÊNCIA À DIFUSÃO NA CAMADA
GASOSA
1º) XA × ̅ a constante.
XA3 XA4
XA2
XA1
Região 1: Região 2:
CAS < CAG CAS ≈ CAG
Regiões:
1. Resistência à difusão na C.G. é relativamente grande chegando a limitar a velocidade
da reação.
2. Resistência à difusão na C.G. é desprezível.
83
CAPÍTULO 7:
FENÔMENOS DE TRANSPORTE INTERNOS
7.1.1 – TC
Cálculo do ∆TP = gradiente térmico na partícula
84
7.1.2 – TM + REAÇÃO
(II) Modelagem das resistências à difusão e reação no interior dos poros
A difusão não está relacionada de uma maneira simples com as resistências da camada
gasosa ou superfície → Série / Paralelo
- Fenômenos de superfície (p. 387-391, Levenspiel)
85
Dedução da curva de concentração de A no interior do poro
86
Entra por difusão = sai por difusão + reage na parede
( ) ( )
Daí:
( ) ( )
( )
Daí:
De (I) tem-se:
87
Substituindo esta expressão em (II):
De (III) e (I):
( )
[ ]
[ ]
[ ]
[ ]
88
7.2 – FATOR DE EFETIVIDADE (ε)
Velocidade de reação no poro: ̅
Definição do fator de efetividade = ε
̅
̅
A → B, 1ª ordem (caso em estudo)
̅ [∫ ]
89
[ ]
[∫ [ ] ] [ ]
[ ]
Na região I, ε ≈ 1 → CRQ
Na região II, deve-se usar a equação completa: → CRQ/CDIP
Na região III, → CDIP
90
Sendo: CRQ = controle pela reação química; CDIP = controle pela difusão interna nos poros.
91
̅
Onde:
Substituindo em ε:
Cilindro L = R/2
Esfera L = R/3 ( )
Qualidade da aproximação:
αL < 0,5 ou αL > 5 → ótima
0,5 < αL < 5 → maior desvio = 18%
92
√
Em que:
XAe = conversão no equilíbrio e
[ ∫ ]
93
94
95
7.3 – FALSIFICAÇÃO DOS PARÂMETROS CINÉTICOS OBSERVADOS NA
PRESENÇA DE ALTA RESISTÊNCIA À DIFUSÃO NOS POROS
Como:
⁄
√
kobs CASmobs
CONCLUSÃO:
Reação de ordem real = n Vai parecer reação de ordem m = (n+1)/2
1 ..................................................................... 1
2 .................................................................... 1,5
0 .................................................................... 0,5
[ ]
( ) [ ( ) ]
96
Como em geral Edif << Ereal:
97
Fonte: P. B. WEISZ e J. S. HICKS, Chem. Eng. Sci., 17, 269 (1962).
Atenção: para conduzir os testes de resistência à difusão nos poros é preciso primeiro
certificar-se que se está trabalhando em condições onde a resistência à difusão na camada
gasosa é desprezível, ou seja, CAS = CAG.
98
Teste 1 – Medir a velocidade de reação contra diâmetro da partícula
2) A resistência à difusão nos poros é grande, isto é, estamos na região III do gráfico
ε × αL → ε ≈ 1/(αL)
Da equação:
99
Teste 2 – Critério de Weisz-Prater
Observe-se que CAS = CAG, isto é, a resistência à difusão na camada gasosa deve ser
desprezível.
DEDUÇÃO:
Então:
100
Se ϕ < 1, resistência à difusão nos poros desprezível
Se ϕ > 1, resistência à difusão nos poros é forte
Para o caso de , se a reação for de ordem n, isto é: ,
então:
Verificar se é importante:
a) Resistência à difusão na C. G.
b) Resistência à difusão nos poros
CALCULAR:
c) ΔTCG – gradiente térmico na camada gasosa
d) ΔTP – gradiente térmico na partícula
Dados para uma situação típica:
Reação A → B, 1ª ordem
ΔH = – 40 kcal/mol (exotérmica)
CAG = 20 mol/m³ (1 atm, 330 ºC)
(-rA) = 105 mol/h.m³ cat
Catalisador: partícula esférica, dp = 2,4 mm
101
De = 5.10-5 m³/h.mcat
Kef = 0,4 kcal/h.mcat.K
C.G: h = 40 kcal/h.m²cat.K; Kg = 300 m³/h.m²cat
c) Cálculo do ΔTCG
102
Logo a temperatura do seio do gás e da superfície da partícula diferem por 40ºC.
d) Cálculo do ΔTP
Será necessário:
a) Balanço de massa
b) Balanço de energia
a) Balanço de massa:
(entra por difusão em r+Δr) – (sai por difusão em r) = (taxa de consumo pela reação química)
[ ] [ ]
103
Com as C. C.:
1. Em r = R → C = CS
2. Em r = 0 → dC/dr = 0
b) Balanço de energia
(energia que sai por condução em r+Δr) – (energia que entra por condução em r) = (energia
liberada pela reação)
[ ] [ ]
Com as C. C.:
1. Em r = R → T = TS
2. Em r = 0 → dT/dr = 0
Número de Arrhenius:
A solução numérica foi obtida por Weisz & Hicks (1962), Chem. Eng. Sci, 17, 265.
Eliminando-se k.ρp.C entre as equações 1 e 2:
104
( ) ( )
( ) ( )
Gráfico do fator de efetividade para reação de 1ª ordem, em partículas esféricas, com γ = 20.
105
FONTE: Hill, 1977.
106
7.5 – EFEITOS DA ALTA RESISTÊNCIA À DIFUSÃO NOS POROS SOBRE A
SELETIVIDADE DAS REAÇÕES
1) Um só reagente
A → R (desejado),
Para resistência à difusão nos poros
A → S (indesejado), desprezível
Substituindo as equações 3 e 4 em 1:
OBS: No caso de ordens iguais (a1 = a2), incluindo 1ª ordem, as equações 5 e 6 são
iguais: Rend R = e portanto a resistência à difusão nos poros não afeta o rendimento.
107
2) Dois reagentes
A → R (desejado),
B → S (indesejado),
Daí o rendimento de R:
a) Resistência desprezível → ε1 ≈ 1, ε2 ≈ 1.
√ ( )
Então:
( ) ( )
( )
( )
( )
OBS: Para reações de 1ª ordem (a = b = 1), com alta resistência à difusão nos poros e
tomando DeA ≈ DeB:
( )
Para reações de 1ª ordem (a = b = 1), com resistência à difusão nos poros desprezível e
tomando DeA ≈ DeB:
Exemplo:
108
Butano → buteno,
Propano → propeno,
Com k1 > k2:
( )
→ →
impermeável
∫ ∫
( )
∫ ∫
( ) ( )
( )
109
Para o caso de alta resistência à difusão nos poros e DeA = DeR:
( ) √
√ √
√
110
CAPÍTULO 8:
MODELAGEM DA REAÇÃO GLOBAL NA PRESENÇA DE RESISTÊNCIAS
INTER-FASE E INTRA-FASE
Reação:
A →B
( )
111
Para partícula esférica de raio R:
( )
Em que:
[ ]
Então obtenha:
112
CAPÍTULO 9:
MICRORREATORES PARA ESTUDO DE REAÇÕES CATALÍTICAS
HETEROGÊNEAS
CA W.CA0/FA0
a) Vantagens: a) Vantagens:
- Fácil de construir e econômico; - Também é fácil de construir e econômico,
- Fácil de obter isotermicidade, porque W é só usa mais massa de catalisador;
pequeno; - Alta XA → Grandes diferenças entre CA0 e
- Obtém-se × CA diretamente a partir CA e por isso torna mais fácil a sua medida
dos dados experimentais. com precisão aceitável.
b) Desvantagens: b) Desvantagens:
- Baixa XA; - Difícil de obter isotermicidade;
- Que exige equipamento sensível para - Cinética precisa ser postulada e comparada
análise. com os dados.
113
MODELO DE MICRORREATOR DIFERENCIAL
FONTE: “Estudo da Interação de Cobre com os Suportes ZnO, TiO2 e Nb2O5 e Efeitos sobre
a Reforma do Metanol”. Tese de doutorado da Profª. Nádia Regina C. F. Machado,
COPPE/UFRJ, 1995.
114
MODELO DE MICRORREATOR INTEGRAL
FONTE: “A model for the rate of catalytic oxidation of methanol in a fixed bed reactor”.
Sohrabi, Dabir e Mozaffari, Chem. Eng. Technol., 14, pp. 96 – 100.
115
116
117
CAPÍTULO 10:
MODELOS MATEMÁTICOS DE REATORES CATALÍTICOS HETEROGÊNEOS
LEITURAS RECOMENDADAS:
Froment & Bischoff, 2ª Ed., p. 403 a 508
Hill, p. 474 a 539
b) HETEROGÊNEOS
É feita distinção entre os valores de temperatura e concentração no fluido e no
sólido.
Por isso, são escritas equações de balanço de massa e balanço de energia para o
fluido e para o sólido.
c) UNIDIMENSIONAIS
Não há variação radial de temperatura e concentração, só axial.
Logo a seção reta do reator é considerada uniforme, tendo em quaisquer de seus
pontos a mesma temperatura e concentração.
118
d) BIDIMENSIONAIS
Admite variação axial e radial de temperatura e concentração.
Equações:
[ ]
119
a) MODELO UNIDIMENSIONAL
b) MODELO BIDIMENSIONAL
C.C.:
- z = 0, r → CA = CA0
T = T0
- r = 0, r = R, z:
- r = 0, z:
- r = R:
120
EXEMPLO: o-xileno + oxigênio → anidrido ftálico
Reação altamente exotérmica: ΔH = – 1,3.106 J/mol
Reator multitubular isotérmico:
2500 tubos, L = 3m, dt = 1 in
Produção: 1650 ton/ano → G = 4684 kg/m².h
dp = 3 mm, V2O5/SiO2, ρB = 1300 kg/m³
ρg = 1293 kg/m³ → uS = 3600 m/h = 1 m/s
Cp = 0,992 kJ/kg.K
% o-xileno < 1% molar → evitar explosões
U = 0,096 kJ/m².s com TW = 352 ºC
,
Limite de temp.
aceitável
121
10.3 – MODELO PSEUDO-HOMOGÊNEO BIDIMENSIONAL
→ Para reações bastante exotérmicas.
Permite analisar a ocorrência de hot-spot na região central do reator.
É mais preciso que o modelo unidimensional.
Maior esforço computacional.
Equações:
( )
( )
+O2
+O2 B C
k1 k2
A
k3
+O2 C Obs.: grande excesso de O2, pt = 1 atm.
[ ]
[ ]
122
̅ e ̅ em função de z; ̅ = conversões médias radiais.
123
Redução do rendimento de anidrido ftálico pela maior severidade do hot-spot quando T0 ↑.
Exemplos:
1) Síntese da amônia: ΔTCG = 2,3 a 0,4ºC
2) Síntese do metanol: ΔTCG = ~ 1ºC
3) Reoxidação de Ni/Al2O3: ΔTCG ≈ 100ºC
Neste último caso a aplicação do modelo é importante.
( )
124
( )
P/ SÓLIDO:
( )
( )
Condições de contorno: z = 0 → C = C0, T = T0.
( )
( )
P/ SÓLIDO:
( )
( )
Condições de contorno:
z = 0 → C = C0, T = T0
r=0→ = 0, =0
r = R →:
( )
( )
( ) ( )
125
( ) ( )
( )
( ) ( )
3) r = R, z →:
126
[ ] √
B. Het.
B. PH.
U. Het.
U. PH.
127
Modelo unidimensional, heterogêneo com gradiente de concentração interno à
partícula.
AR = 1 m²; L = 0,8 m; dp = 4,6 mm; 20% Cr2O3 – 80% Al2O3.
Purga e regeneração
( )
t, h
OBS.: Dados da modelagem de Dumez e Froment (1976). T0 = 600 ºC, TfL ≈ 570 ºC.
Reação exotérmica.
128
10.7 – MODELO HETEROGÊNEO, UNIDIMENSIONAL, ISOTÉRMICO, TIPO PFR
CONDIÇÕES DE APLICAÇÃO:
CAG pode ser = ou ≠ de CAS. Logo, admite-se a possibilidade de resistência à
transferência de massa na C.G.;
ΔHr relativamente pequeno, de forma que tanto a partícula de catalisador como o
reator podem ser considerados isotérmicos;
Dispersão axial desprezível;
Uniformidade de T e C na seção reta;
Perfil de escoamento uniforme.
TIPOS DE REAÇÕES:
Isomerizações: A → B;
Reações com enzimas imobilizadas;
Outras reações com ΔHr pequeno.
BALANÇO MATERIAL:
Como:
129
Integrando de x = 0 até x = L:
Onde:
W = massa total de catalisador no reator
VTP = volume total das partículas do leito catalítico
ρp = densidade aparente da partícula de catalisador
Substituindo (5) em (4):
( )
∫
[ ]
130
Então pode-se obter k pela relação:
[ ] √
E a equação 8 se simplifica:
→
a) 1ª ordem, reversível, A ↔ B
∫
⁄
[ ]
[( ) ]
131
√ √ ⁄
[ ]
OBS.:
Note que ϕ e ε são funções de XA, logo, não podem ser tirados para fora do sinal
da integral.
O cálculo neste caso, com estas expressões de ϕ e ε, incorre num erro de até 15%
na região de ϕs intermediários entre 0,5 e 5.
Para n = 0, o erro seria maior, porém neste caso ε tem solução exata:
ϕ≤1→ε=1
ϕ > 1 → ε = 1/ϕ
RELAÇÕES ENTRE:
W = massa total de catalisador no leito
VTP = volume total das partículas de catalisador
εi = porosidade intersticial do leito
εp = porosidade da partícula de catalisador
ρp = densidade aparente da partícula de catalisador
ρs = densidade absoluta da matriz porosa
ρb = densidade do leito catalítico
Vi = volume intersticial do leito catalítico
VL = volume total do leito catalítico
H = altura do leito catalítico
AR = área da seção reta do reator
( )
132