Engenharia de

Processos Industriais
Metalurgia e Siderurgia 1
Professor
Paulo Luiz Santos Junior
E-mail: pauloluiz@pucminas.br
Telefone: +55 (31) 9 91985734
 CONTEÚDO
Unidades de Ensino
1. Processo de conversão de gusa por oxigênio; aço bruto; refino secundário
dos aços,
2. Lingotamento dos aços.

Obs.1: Normas em processos metalúrgicos e siderúrgicos. Incluído nas aulas de

pelotização;
Obs.2: Siderurgia e o meio ambiente. Incluído dentro dos outros tópicos.
Convertedor
 Introdução
• Histórico
• Produção
• Processo

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 Notação

• Processo LD , ( Linz-Donawitz)
• BOF ( Basic Oxygen Furnace)
• BOP ( Basic Oxygen Process)

Sinônimos
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 Breve Histórico
• Primeiro sopro com O2 : Dezembro de
1952
• Capacidade 35 ton
• Local : Linz / Austria (Voest Alpine)

• Brasil : 1957 - Belgo Mineira - Monlevade

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Conversor LD

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Conversor LD

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Conversor

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 Processo LD
• Vaso
• Projeto
• Etapas do processo
• Periféricos
• Revestimento
• Técnicas de manutenção
• Tendências

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 Campanha ~ 5000 corridas

Vaso

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 Projeto
Boca
Abrasão,
Volume de gases e particulados

Canal de vazamento
Desgaste por
movimentação (arraste)
Temperatura

Linha de Escória
Munhão Ataque químico,
Deformação Alta movimentação
nfiltração Temperatura
Muito verificada
Linha de Metal
Ataque químico muito menor que a
LE
Temperatura

T inicio de campanha <= 220ºC

T fim de campanha =< 380 a 420ºC
Região de impacto
Impacto
Choque térmico
Resistência elevada

Projeto otimizado para finalizar

com a mesma espessura em
todas as regiões (2/3 do
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dimensão original).
Etapas do processo de operação

• Carregamento
• Sopro
• Vazamento de aço
• Vazamento de escória
• Manutenção refratária
• Forragem

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• Carregamento de carga sólida :
Canaletas:
Sucata de aço
Sucata de ferro fundido ou gusa sólido

Fundo: Sucata Intermediaria

Meio: Sucata Pesada
Ponta: Sucata Leve

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Rendimento – aumento de produção
Ajuste de Balanço Térmico
Carregamento (Carga Líquida)

• O carregamento de carga líquida é

feito através da panela de gusa.
• Gusa líquido :
Temperatura 1350 A 1450 OC
• Carbono : 4,3 %
Si:0,2% a 0,8%
P : 0,05 a 0,08%
• Aço retornado (excepcionais).

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 Sopro
• O sopro é processo de conversão da
carga em aço líquido.

• Composição química (C,P,S)

• Temperatura

• Inicia-se o sopro injetando oxigênio

através da lança
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CLASSIFICAÇÃO DO DOCUMENTO: INTERNO
 Sopro
Faz-se a adição dos escorificantes e fundentes visando otimizar as
reações de refino e reduzir a agressividade da escória :

Cal calcítica CaO: Fazer o ajuste da basicidade da escória

Criar o Ca(P2O5 )2que facilita a desfosforação
B2= CaO/SiO2

Cal dolomítica CaO.MgO : Saturar a escória em MgO visando-

a tornar menos agressiva ao refratário
Refratário Básico = MgO

Minério de ferro Feo, Fe2O3, Fe3O4 : Agilizar a formação de

e sinter escória e fornecer oxigênio para as reações

Ajuste do Balanço Térmico

Dolomita CaO.MgO : Fonte de MgO para saturação da

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escória
 Escória Gusa -> Aço

Primeira etapa
Formar escória – lança alta – Oxidar o Si – Afinidade com O2, reação exotérmica;
banho para formar FeO C – Afinidade com O2, reação exotérmica;
Segunda etapa C vis fim de sopro= 0,022~ 0,038%;
Oxidação do Carbono – lança Mn – diminui e depois aumenta;
intermediária – aumento o volume de Fase liquida oxida e a temperature isso
escória e faço a diluição do CaO acarreta em mudança da termodinâmica da
Terceira etapa reação;
Finalizar oxidação – lança fica baixa – Temperatura de fim de sopro=
aumento agitação – chego equilibrio do 1575~1630ºC;
C – oxidar o Fe – aumentar FeO na Vazamento é necessário desoxidar o aço
escória Aço acalmado ao Al ou acalmado ao Si.
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Volume de escória varia durante a
corrida
 Sopro
S (calor latente do gusa + sucata + matérias primas + reações exotérmicas)

-
S ( Calor latente aço + calor latente dos gases + perdas térmicas)

=
>0
Usar refrigerante ( Dolomita crua ,Minério de ferro,etc...)
ou TFS > desejada
Refrigerar

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 Sopro
S (calor latente do gusa + sucata + matérias primas + reações exotérmicas)

-
S ( Calor latente aço + calor latente dos gases + perdas térmicas)

=
<0
Usar energéticos ( Coque , FeSi , SiC) ->
aumento custo
ou TFS < desejada
Ressopro

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 Vazamento de Aço
• Caso a temperatura e composição (%C) estejam OK
inicia-se o vazamento.
• Evita-se passagem de escória do convertedor para a
panela de aço.

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 Vazamento
de Aço
O aço é feito na panela –
ajuste composição
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química
Vazamento de aço – acerto de CQ

Super Heat
T inicio de
solidificação
T visada = Tis +
35ºC
SH = >15ºC e
<45ºC

T solidificação = 1575ºC
T visada de vazamento
= 1575 +35 =1610ºC

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 Vazamento
de Escória
• Banho de escória
• Slag splash
Banho de escória = basculamento/
movimentação do Convertedor para
aplicação da escória.
• Vantagem= rápido e sem investimento
• Desvantagem = só aplica na região
onde a escória passa.
Slag splash = sopro de gás inerte para
aplicação de escória.
• Vantagem = aplica em todas as
paredes.
• Desvantagem = investimento

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 Periféricos
• Lança
• Adição de fundentes e ligas
• Despoeiramento principal
• Despoeiramento secundário
• Sopro combinado
• Sublança
• Sistema de retenção de escória

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 Lança

• Objetivo : Injeção de oxigênio para se

realizar as reações de oxidação

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 Lança

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 Lança

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 Adição de fundentes e ligas

• Silos aéreos com sistema de balanças e vibradores controlados

por PLC´s.
• Faz-se a adição de agentes escorificantes, refrigerantes e
energéticos

• Sistemas mais modernos fazem a adição em automático,

conforme programa do computador de processo

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 Despoeiramento principal

• Evitar que material particulado (poeiras ) seja disperso na

atmosfera.
Este material é agregado pelo sistema em lama ou pelotas.

• A água será usada na recirculação

• Recuperação do gás para reutilização (CO) como energético

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 Tocha para queima do gás

Torre do venturi

Chaminé refrigerada

Gasômetro

Capuz móvel

Exaustor

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 Despoeiramento Secundário
• Evitar emissão de material particulado durante o carregamento e
vazamento

• Recolher emissões que fogem ao primário

CLASSIFICAÇÃO DO DOCUMENTO: INTERNO

 Sopro combinado
Permitir melhor energia de mistura evitando formação de
zonas mortas e possibilitando que as reações ocorram
de forma mais homogênea .

• Aumento de rendimento
• Menor nível de oxidação para mesmo % de carbono.
• Temperatura fim de sopro mais homogênea.
• Redução do consumo de ferro ligas.

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Sopro combinado

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 Sub-Lança
• Permitir controle dinâmico do sopro, melhorando o acerto
combinado de temperatura e carbono .

• Medição feita quando faltam ~ 15% para o fim do sopro

prevendo como evoluirá a temperatura e o carbono para o fim
do sopro e indicando quando finalizar o processo.

• Agilizar a retirada de amostra e temperatura no final de sopro

(reduzindo perdas térmicas e aumentando a produtividade)

• Fazer uma correta aferição da distância lança-banho

CLASSIFICAÇÃO DO DOCUMENTO: INTERNO
 Sub-
Lança

CLASSIFICAÇÃO DO DOCUMENTO: INTERNO

Sistema de retenção de escória
• Evitar a passagem de escória do convertedor para a panela de
aço.

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Forno Elétrico
FEA – Forno Elétrico

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PUC Minas - Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

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CLASSIFICAÇÃO DO DOCUMENTO: INTERNO
CLASSIFICAÇÃO DO DOCUMENTO: INTERNO
 Aciaria integrada Aciaria elétrica

Sucata / ferro-esponja /
Insumos Minério de ferro / coque
gusa

100 mil a 1 milhão de t /

Capacidade de produção 2 a 10 milhões de t / ano
ano

Investimento +++ ++

Impacto ambiental +++ +

Consumo de energia
+ +++
elétrica (kWh/t)

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 Etapas do processo

Tipologia padronizada
Carregamento para textos. O corpo
Fusão Refinopode variar de acordo
Vazamento Açocom Vazamento
o volume Escória
de informação

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 Possíveis Rotas Aciaria Elétrica

127 t 110 t
02
660 t/dia

5 veios

130mm x 130mm
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CLASSIFICAÇÃO DO DOCUMENTO: INTERNO
FEA – Injeção de Oxigênio

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Processo Consteel

CLASSIFICAÇÃO DO DOCUMENTO: INTERNO

FEA – Componentes Principais

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CLASSIFICAÇÃO DO DOCUMENTO: INTERNO
Refino Secundário
 Metalurgia de Panela
Após o refino, o aço ainda não se encontra em
condições de ser lingotado. O tratamento a ser feito
visa os acertos finais na composição química e na
temperatura. Portanto, situa-se entre o refino e o
lingotamento contínuo na cadeia de produção de
aço carbono.
Desta forma o FEA ou o conversor LD pode ser
liberado, maximizando a produção de aço.
- Forno de panela
- Desgaseificação

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Forno panela - conceitos

CLASSIFICAÇÃO DO DOCUMENTO: INTERNO

Forno panela - conceitos

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Forno de Panela

Forno na metalurgia de panela

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 Forno panela - conceitos
Liberar a corrida para o lingotamento no tempo certo, na
temperatura correta, e com a composição química ajustada as
especificações.

Escória no FP
Cobrir o arco elétrico e proteger o aço
Absorver os óxidos oriundos da desoxidação

Si SiO2
Mn + n[O] = MnO
2Al Al2O3

Dessulfurar
CaO + S = CaS + [O]
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Lingotamento Contínuo
 Lingotamento

Toda a etapa de refino do aço se dá no estado

líquido. É necessário, pois, solidificá-lo de forma
adequada em função da sua utilização posterior.
O lingotamento do aço pode ser realizado de três
maneiras distintas:
- DIRETO: o aço é vazado diretamente na lingoteira;
- INDIRETO: o aço é vazado num conduto vertical
penetrando na lingoteira pela sua base;
- CONTÍNUO: o aço é vazado continuamente para
um molde de cobre refrigerado à água.

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Lingotamento Contínuo

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 Lingotamento Contínuo
O lingotamento contínuo é um processo pelo qual o
aço fundido é solidificado em um produto semi-
acabado, tarugo, perfis ou placas para subseqüente
laminação.
Antes da introdução do lingotamento contínuo, nos
anos 50, o aço era vazado em moldes estacionário
(lingoteiras).

Seções possíveis no
lingotamento
contínuo (mm)

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 Conformação
 A grande importância dos metais na tecnologia
moderna deve-se, em grande parte, à facilidade com
que eles podem ser produzidos nas mais variadas
formas, para atender a diferentes usos.
 Os processos de fabricação de peças a partir dos
metais no estado sólido podem ser classificados em:
- Conformação Mecânica: volume e massa são
conservados;
- Remoção Metálica ou Usinagem: retira-se material
para se obter a forma desejada;

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 Conformação
 Os processos de conformação mecânica podem ser
classificados de acordo com o tipo de força aplicada
ao material:
- Compressão direta: Forjamento, Laminação;
- Compressão indireta: Trefilação, Extrusão,
Embutimento;
- Trativo: Estiramento;
- Dobramento: Dobramento;
- Cisalhamento: Corte.

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 Tipos de Conformação

 Extrusão: Processo no qual um bloco de metal tem

reduzida sua seção transversal pela aplicação de
pressões elevadas, forçando-o a escoar através do
orifício de uma matriz.
 Trefilação: Processo que consiste em puxar o metal
através de uma matriz, por meio de uma força de
tração a ele aplicada na saída dessa mesma matriz.

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 Tipos de Conformação

 Forjamento: Processo de transformação de metais por

prensagem ou martelamento (é a mais antiga forma de
conformação existente).
 Laminação: Processo de deformação plástica no qual
o metal tem sua forma alterada ao passar entre rolos e
rotação. É o de maior uso em função de sua alta
produtividade e precisão dimensional. Pode ser a quente
ou a frio.

CLASSIFICAÇÃO DO DOCUMENTO: INTERNO

 Tipos de Conformação
Forjamento

Laminação

Dobramento
Extrusão

Trefilação

Matriz 
Embutimento
Estiramento Profundo Cisalhamento

CLASSIFICAÇÃO DO DOCUMENTO: INTERNO

Lingotamento e Laminação

CLASSIFICAÇÃO DO DOCUMENTO: INTERNO

CLASSIFICAÇÃO DO DOCUMENTO: INTERNO
CLASSIFICAÇÃO DO DOCUMENTO: INTERNO