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Siderurgia

Um mundo de aço
Produção Mundial
Histórico

É um fato conhecido por muitos séculos que os minérios de ferro misturados


com carvão sob temperaturas elevadas são reduzidos para ferro metálico

Fe ligado ao oxigênio +CO = Fe

Oxidação Redução
Usina integrada de fabricação de aço
Usina integrada de fabricação de aço
Macroprocesso de Redução
Beneficiamento das Matérias Primas

1) Oxido de Ferro

Magnetita (Fe2O4) Hematita (Fe2O3)


72,36 % 69,94%

Requisitos de qualidade :

1) Teor: Reduzir a quantidade de Sílica misturada aos óxidos

2) Tamanho: Entre 6-50 mm para viabilizar o uso em fornos com


corrente passante de gás
Beneficiamento das Matérias Primas

Etapas básicas do tratamento de minérios

1) Extração 2) Britagem / Moagem


Beneficiamento das Matérias Primas

Etapas básicas do tratamento de minérios

3) Separação 4) Concentração
Beneficiamento das Matérias Primas
Beneficiamento das Matérias Primas

Produtos:

-Minério Granulado (25 - 6 mm)

-Sinter Feed : (6,35 - 0,15 mm)

-Pellet Feed : (< 0,15 mm)


Beneficiamento das Matérias Primas

5) Aglomeração de minérios

Processo de sinterização
-Sinter Feed : (6,35 - 0,15 mm)
Beneficiamento das Matérias Primas

5) Aglomeração de minérios

Processo de sinterização
Beneficiamento das Matérias Primas

5) Aglomeração de minérios
Beneficiamento das Matérias Primas

5) Aglomeração de minérios

Processo de pelotização
-Pellet Feed : (< 0,15 mm)
Beneficiamento das Matérias Primas

Formação da pelota
Beneficiamento das Matérias Primas

Forno de pelotização
Beneficiamento das Matérias Primas
Fonte de Carbono

2) Carvão vegetal
Beneficiamento das Matérias Primas

2) Coque
Beneficiamento das Matérias Primas

2) Fundentes
O minério de ferro e o coque metalúrgico apresentam impurezas não
metálicas que devem ser separadas do metal reduzido.

FUNDENTES: São compostos minerais adicionados no alto forno com o


objetivo de abaixar o ponto de fusão das impurezas (ganga) presentes
no minério, gerando a escória.

Hoje em dia, para a produção de 1000 kg de gusa são utilizados


aproximadamente 330 Kg de material fundente.
Alto-forno

Minério

Carvão/Coque Fundentes (CaCO 3 , MgO)


Alto-forno
Alto-forno
Alto-forno

Principais reações

Gusa fundido (Fe c/ 3-5% C)

Escoria SiO2
Alto-forno

Reação de Redução
Companhia Siderúrgica de Tubarão Treinamento

ZONAS DO ALTO FORNO


Companhia Siderúrgica de Tubarão Treinamento

ZONA DE RESERVA TÉRMICA

ZONA DE COESÃO
ZONAS DOS AFs

ZONA DE GOTEJAMENTO

RACEWAY

REDUÇÃO ÓXIDOS DO FERRO

REDUÇÃO ÓXIDOS DA GANGA

REAÇÃO CARBONO x O2

RESUMO REAÇÕES QUÍMICAS


Treinamento

RACEWAY - ZONA DE COMBUSTÃO

O princípio de funcionamento de um Alto-Forno é o carregamento de


matérias primas pelo topo e o sopro de ar pelas ventaneiras. Dessa
maneira, as regiões e as reações que surgem no seu interior encontram-se
definidas.

Então, à partir das ventaneiras temos as seguintes reações:

1) O ar soprado pelas ventaneiras reage com o carbono do coque segundo;


Companhia Siderúrgica de Tubarão

C + O2 → CO2

2) Devido a alta temperatura, o CO2 formado reage com o carbono:


CO2 + C → 2CO
Pela lei de Hess temos: 2C + O2 → 2 CO, que é uma reação exotérmica

3) Em frente a ventaneira tem-se também a reação de formação do gás


ZONAS DOS AFs

dágua:
H2O (umidade do sopro) + C (coque) → CO (gás) + H2

Com isso tem-se na Zona de Combustão : N2, CO, H2 a temperaturas de


± 2.400oC

4) Também encontra-se em frente a ventaneira a presença do gás SiO,


oriundo da reação:
SiO2(S)CZ + C(S) → SiO(V) + CO(g)
Treinamento

ZONA DE COESÃO, AMOLECIMENTO E GOTEJAMENTO

A Zona de Coesão, que compreende a Zona de Amolecimento e a Zona de


Gotejamento, é uma região que contém em seu meio sólido (minério + coque),
gás (CO, N2, H2) e um material pastoso resultante do início de fusão de escória.
Na Zona de Coesão temos basicamente uma reação:
FeO + C → Fe + CO
FeO + H2 → Fe + H2O
O FeO é indesejável mas presente devido não ocorrer a complete redução dos
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óxidos (material não elaborado).

Na região compreendida entre a Zona de Gotejamento e as Ventaneiras tem-se


a presença de líquido (metal e escória), gás (CO, N2, H2) e sólido (coque). É
nessa região que se iniciam as reações metal-escória:

(FeO)(e) + C → Fe + CO
ZONAS DOS AFs

SiO2 + C → [Si] + CO
(MnO) + C → [Mn] + CO
P2O5 + 5C → 5[P] + 5CO
CaO + S + C → (CaS) + CO(g)

Todas são reações endotérmicas;


Treinamento

ZONA DE RESERVA TÉRMICA E PRÉ AQUECIMENTO

Acima da Zona de Coesão há uma região, chamada de Zona de Reserva


Térmica, onde a temperatura, tanto da carga como do gás é constante
(±1.000oC). É onde se dá a reação de redução direta do ferro, representada
da seguinte maneira:

3Fe2O3 + CO → 2Fe3O4 + CO2


2Fe3O4 + 2CO → 6FeO + 2CO2
6FeO + 6CO → 6Fe + 6CO2
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Pela Lei de Hess: 3Fe2O3 + 9CO → 6Fe + 9CO2


REAÇÕES QUÍMICAS NOS AFs

Pela Lei de Prost: Fe2O3 + 3CO → 2Fe + 3CO2

Como há excesso de carbono e alta temperatura:

3CO2 +3C → 6CO

Então faremos: Fe2O3 + 3C → 2Fe + 6CO

Acima dessa região, com o abaixamento da temperatura interna do forno,


a reação de Boudoard cessa, havendo então a geração do gás CO2 restando
a reação:
Fe2O3 + 3CO → 2Fe + 3CO2
Mais acima as reações químicas cessam, em virtude da baixa temperatura.
Esta região é chamada de Zona de Pré-Aquecimento.

Assim, no interior do Alto-Forno todas as regiões são comandadas por


interações térmicas e químicas, de modo que o seu entendimento torna-se
muito fácil.
Treinamento

REAÇÕES QUÍMICAS / ZONA

REAÇÕES DA ZONA DE RESERVA TÉRMICA


Fe2O3 + CO → 2FeO + CO2
Fe3O4 + CO → 3 FeO + CO2
FeO + CO → Fe + CO2
(2CO → CO2 + C)

REAÇÕES NA ZONA DE COESÃO


FeO + C → Fe + CO
Tubarão

FeO + H2 → Fe + H2O
AFs

REAÇÕES ENTRE AS ZONAS DE GOTEJAMENTO E COMBUSTÃO


NOS

(C + CO2 → 2CO)
QUÍMICASde

FeO + C → Fe + CO
Siderúrgica

Mn3O4 + CO → 3 MnO + CO2


CaCO3 → CaO + CO2
MnO + C → Mn + CO
SiO2 + 2C → Si + 2CO
REAÇÕES
Companhia

P2O5 + 5C → 2P + 5CO

REAÇÕES NA ZONA DE COMBUSTÃO


CO2 + C → 2CO
C + O2 → CO2
H2O + C → H2 + CO
Treinamento

REDUÇÃO DOS ÓXIDOS FERROSOS


Óxidos de ferro na carga metálica encontram-se na forma Fe2O3 e FeO, ou em uma mistura com constituintes de
ganga.
É estável ou quase estável na temperatura ambiente. Para iniciar a reação de redução para eliminar oxigênio do
óxido de ferro é necessário o uso de agentes redutores como CO e gás H2 ou carbono sólido, que tenham maior
afinidade por oxigênio que o ferro.
A seguinte reação fornece este agente redutor no Alto-Forno.
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1) C no coque;
REAÇÕES QUÍMICAS NOS AFs

2) CO oriundo da combustão de coque na frente da ventaneira:


C(coque) + 1/2 O2 (ar de sopro) → CO (gás)

3) CO2 e H2: Oriundo da reação da umidade do sopro com o coque:


H2O (umidade do sopro) + C (coque) → CO (gás) + H2

A redução dos óxidos de ferro por estes agentes pode ser expressa pelas seguintes fórmulas:

Redução pelo gás CO: Redução pelo H2: Redução pelo carbono sólido:
(redução indireta - exotérmica) (redução direta - endotérmica) (redução direta - endotérmica)
3Fe2O3 + CO → 2Fe3O4 + CO2 3Fe2O3 + H2 → 2Fe3O4 + H2O FeO + C → Fe + CO
Fe3O4 + CO → 3 FeO + CO2 Fe3O4 + H2 → 3FeO + H2O
FeO + CO → Fe + CO2 FeO + H2 → Fe + H2O
Treinamento

REDUÇÃO DOS ÓXIDOS FERROSOS

A redução dos óxidos de ferro se dá de duas maneiras:

Fe2O3 → Fe3O4 → Fe (metálico) (T< 570oC);

Fe2O3 → Fe3O4 → FeO → Fe (T>570oC); CO2


CO
Companhia Siderúrgica de Tubarão
REAÇÕES QUÍMICAS NOS AFs

Fe
Na figura ao lado é mostrado esquematicamente como uma
partícula de óxido de ferro é reduzida pelo gás CO.

Fe FeO
A partícula esférica é reduzida sucessivamente a partir da
camada mais externa. A interface metal-óxido avança em Fe3O4
direção ao centro da partícula e no estágio final, a partícula Fe2O3
inteira é reduzida a ferro metálico.
Treinamento

REDUÇÃO DOS ÓXIDOS DA GANGA

•Redução do Silício (Si):


SiO2(S) + C → SiO(g) + CO (esta reação se dá em frente à ventaneira, onde a temperatura é elevada)
SiO(g) + C → [Si] + CO

(SiO2) + 2C → [Si] + 2CO


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[Si] + 2(FeO) → (SiO2) + 2 Fe


REAÇÕES QUÍMICAS NOS AFs

•Reações do Enxofre (S):


Scoque → 1/2 S2(g)
1/2S(g) → S (na forma de FeS)
[Mn] + [FeS] → (MnS) + Fe

•Redução do Manganês (Mn):


(MnO) + C → [Mn] + CO (que é uma reação endotérmica)

•Redução do Fósforo (P): (Essa é uma reação importante, pois o [P] se configura como um elemento
(P2O5) + 5C → 2[P] + 5CO dos mais nocivos do aço)
Treinamento

REAÇÃO ENTRE O CARBONO E OXIGÊNIO

Como uma reação entre CO, CO2 e C sob a existência de carbono sólido, há a reação de Boudoard:
CO2(gás) + C(coque) → 2CO(gás);
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No sistema C-O, quando a temperatura e pressão do gás são determinadas, a composição do gás (CO e CO2) é
determinada e um equilíbrio é mantido. Esse equilíbrio não é confinado no sistema CO somente, ele coexiste em
REAÇÕES QUÍMICAS NOS AFs

todos os outros sistemas Fe-C-O.

CO2 + C → 2CO - reação de perda por solução (endotérmica);


2CO → CO2 + C - reação de deposição de carbono (exotérmica)
Alto-forno Equipamentos Auxiliares

1) SISTEMA DE CARREGAMENTO:
Os pequenos altos fornos são alimentados com carga sólida por meio de skipers e
os grandes por meio de correias transportadoras. Estando no topo, a carga pode
ser introduzida no alto fomo através de sistema de cones ou por calha giratória.
Alto-forno Equipamentos Auxiliares
Alto-forno Equipamentos Auxiliares
Alto-forno Equipamentos Auxiliares
Alto-forno Equipamentos Auxiliares
Alto-forno Equipamentos Auxiliares

4 - ANEL DE VENTO:
Se trata de um anel tubular que envolve o alto fomo na altura da rampa, que
recebe o ar quente dos regeneradores e o distribui para o interior do alto fomo
pelas ventaneiras.
Alto-forno Equipamentos Auxiliares

CASA DE CORRIDA: :
É a área em volta do cadinho destinada às corridas de ferro gusa e escória. Na CST, os
furos de corridas são abertos com perfuradores pneumáticos e fechados por canhões
hidráulicos para projeção de massa
Alto-forno Equipamentos Auxiliares

CASA DE CORRIDA: :
Alto-forno Equipamentos Auxiliares

SEPARAÇÃO DO GUSA E DA ESCÓRIA: :


O gusa e a escória saem juntos por um único furo no cadinho, chamado furo de
gusa. A separação do gusa e da escória se faz por diferença de densidade no
canal de corrida principal.
Alto-forno Equipamentos Auxiliares

REGENERADORES OU COWPERS:
São trocadores de calor que recebem o ar na temperatura ambiente, o aquece a
cerca de 1200°C e envia para o anel de vento do alto fomo.
Redução Direta

Injeção direta de CO para a redução do


oxido de Ferro.
Carro torpedo
Carro torpedo(Trasporte e
dessulfuração)

A mistura dessulfurante, na média, é composta por 50% de carbureto, 38% de


calcário e 12% de coque. Esse último tem a função de garantir a atmosfera
redutora necessária para que as reações ocorram.
Macroprocesso de Refino
Usina Integrada
Fluxograma do Macroprocesso de
Refino
Pré Tratamento do Gusa

Dessulfuração: 2 S + 2 CaO = 2 CaS + O2


Pré Tratamento do Gusa

Dessulfuração: 2 S + 2 CaO = 2 CaS + O2

KR
Pré Tratamento do Gusa

Dessulfuração: 2 S + 2 CaO = 2 CaS + O2


Conversor LD
Aciaria
Conversor LD
Convertedor LD
Aciaria

Produto = Aço < 2% C


Geralmente < 1 %
Si +O2 = SiO2
Convertedor LD

As vantagens dos processos a oxigênio são:


a) rapidez na transformação do gusa em aço;
b) o reaproveitamento da sucata de recirculação, (gerada na própria usina) e que
corresponde a 20% do aço bruto. Esta sucata é isenta das impurezas que a sucata
externa externa (ferro velho ).

Matérias primas do LD

1- OXIGÊNIO
Deve-se ter no mínimo 99,5% de pureza. Os restantes 0,2 a 0,3%
consistem em: 0,2% de argônio e 0,005% máximo de nitrogênio,.
A vazão de O2 deve ser a velocidades supersônicas para penetrar na
camada de escória e, também, para evitar o entupimento dos bocais da
lança.
Convertedor LD

2- GUSA
Contém: 4,0 a 4,5% de C, 0,5 a 1 ,5% de Si, 0,3 a 2,0% de Mn, 0,03 a 0,05% de S
e 0,05 a 0,15% de P.

3- SUCATA
São usadas: tanto a sucata interna, (pontas de lingotes, de placas ou blocos, de
tarugos ou de corte de chapas), como a externa, (sucata de operações industriais:
de estamparia ou prensagem, ou de obsolescência: ferro-velho). Com a sucata
externa, há o risco de contaminação, (metais não ferrosos, tintas, etc.).

4- ESCORIFICANTES
Usa-se cal, dolomito calcinado e fluorita. Na cal, procura-se alta porosidade e
elevada reatividade.

O consumo de cal dolomítica é da ordem de 30 a 35 kg por t de aço. A fluorita


promove a dissolução da cal e baixa o ponto de fusão, alem de estimular a
fluidificação da escória.
Fluxograma – Usina Integrada

Produção de aço Mundial:


•1,6 Bilhões de Toneladas
por ano
•~70% Em Convertedor LD
Sistema de
captação e
limpeza de
gases

Carcaça
metálica Lança para
sopro de
oxigênio

Objetivo pricipal: C, P e temperatura


Produção de aço (Brasil)
convertedor LD:

•30-340 toneladas de
aço/corrida
Composição Química Típica dos
Principais Elementos (%)*

* Exceto enxofre
A Evolução da Mn T

Composição
Química Durante o P
S
Sopro Si

•Fase 1:
-Oxidação do Si
Mn e P
•Fase 2:
-Descarburação
máxima
-Reversão do P e Mn
•Fase 3:
- P e Mn voltam a
oxidar
-Composição química
de fim de sopro
• O CO é mais estável à
temperatura de processo
do que o CO2 ;
• A sílica é o primeiro óxido
a se formar;
A composição Química da Escória
O Vazamento do Aço

Adição de elementos
desoxidantes: Al e Si
Refino secundário

Fluxograma Geral da Aciaria


Refino secundário

Fornos Panela no Brasil


Refino secundário

Fornos Panela
Refino secundário
Principais Adições
Refino secundário
Principais Adições
Refino secundário

Adições de ligas no Forno Panela


Refino secundário

Faixa de temperatura de fusão de ligas do refino secundário


Refino secundário

Injeção de ligas em arames


Refino secundário

Injeção de ligas em arames


Refino secundário

Linhas de Fluxo do Agitador Eletromagnético


Refino secundário

Injeção de gases por tijolo poroso localizado no centro da panela


Refino secundário

Forno Panela
Refino secundário

Forno Panela
Refino secundário

Desempenho operacional Forno Panela


Refino secundário

Custo operacional Forno Panela


Refino secundário

Os processos de fabricação do aço são processos oxidantes, portanto, a


quantidade de oxigênio no mesmo supera em muito teores admissíveis para
alguns produtos. Durante o vazamento ocorre também a absorção de alguns
gases como nitrogênio e hidrogênio. Depois do vazamento, com a perda de
temperatura a solubilidade desses gases no aço diminui drasticamente, formando
bolhas e inclusões
Refino secundário

Sistema de desgaseificação a vácuo RH. 2.2. desgaseificação com recirculação


. São usados, não apenas para remover o hidrogênio e diminuir as inclusões não
metálicas, mas também, na descarbonetação, para produzir aços de bem baixo
teor de carbono e para controlar rigidamente a composição e a temperatura de
lingotamento.
Refino secundário

Relação entre o oxigênio dissolvido no aço e as inclusões formadas no


Lingotamento Contínuo
Solidificar o Aço

Lingotamento convencional
Solidificar o Aço

Lingotamento Contínuo
Solidificar o Aço

Lingotamento Contínuo
Macroprocesso de Refino
Usina Semi Integrada
Aciaria Elétrica
Forno Elétrico a Arco (FEA)
Forno Elétrico a Arco (EAF)

Objetivo: fundir sucata metálica, convertendo-a


em aço líquido, utilizando energia elétrica,
convertida em calor através de radiação de arcos
elétricos criados entre o(s) eletrodo(s) e peças de
sucata sólida (Metalurgia Primária).
Após a fusão, a composição do aço é ajustada
no processo subseqüente de
“Metalurgia Secundária” ou
“Metalurgia de Panela” .
Reciclador de Sucata por Excelência
Desenvolvimento do Processo

Século 19: primeiros desenvolvimentos do uso de arcos voltáicos


1810: Sir Humphry Davy demonstrou uso do arco elétrico para
fundir ferro
1815: Pepys usa o arco elétrico para solda
1853: primeira tentativa de desenvolvimento de um forno de
fusão elétrico
1978/9: patente para um forno elétrico a arco por Sir William
Siemens
1907: é instalado nos EUA o primeiro forno elétrico a arco comercial
por Paul Héroult
Após II Guerra:
Investimento em uma usina integrada:1.000 US$/t
capacidadeInvestimento em uma mini-stee
l(EAF): 140 – 200 US$/t cap.
Alta demanda de aço e grande disponibilidade
de sucata no após guerraSurgem empresas
siderúrgicas
na Europa a base de EAF para concorrer com
as grandes usinas integradas americanas
(Bethlehem Steel, US Steel)
para produção de produtos longos a
menor custo
Planta Siderúrgica
Mini-Aciaria (EAF Mini-Steel):

Processo reciclador de sucata por excelência; não há restrição para


proporção de sucata na carga.
FLUXOGRAMA GERAL DE UMA USINA SEMI-INTEGRADA
Principais Equipamentos Elétricos do FEA
Principais equipamentos do FEA
CICLO DE OPERAÇÃO DE UM FORNO ELÉTRICO:

Primeiro Carregamento – É realizado com a abóbada totalmente


aberta para permitir que o primeiro carregamento de sucata seja
posicionado exatamente sobre o forno.
Carregamento por Esteira
Forno é então ligado, iniciando a perfuração da carga. Abre-se
arco entre os eletrodos e a carga metálica, furando a carga metálica
até o fundo, formando então a primeira poça de aço líquido.

Continuamente essa poça de aço é aumentada até que toda a


carga metálica seja derretida. Ainda com alguma sucata dentro do
forno, faz-se o segundo carregamento e dá-se prosseguimento ao
térmico da fusão. Quando a sucata estiver toda fundida com
temperatura do aço líquido por volta de 1570°C, inicia-se o período
de refino.

Conhece-se por refino o trabalho com aço líquido onde se objetiva


a limpeza do aço em termos de inclusões e acerto de composição
química; esse período é acompanhado pela elevação de
temperatura no forno e formação de escórias que ajudam a proteger
o forno contra a radiação térmica. Essas escórias também
colaboram na limpeza do aço.
Sequência de operações:

Carregamento Fusão Refino Vazamento Aço Vazamento da


e escória
Processo de Fabricação
Fusão Através do Elétrodos

ignição do arco penetração eletrodos formação do banho


líquido
arco curto arco longo
arco longo
baixa tensão alta tensão
alta tensão
alta corrente baixa corrente
baixa corrente
Balanço Químico do Elementos na
Fusão do FEA
Comportamento
Grupo Elemento
Termodinâmico

Elementos que são Ca, Mg, Si, Al, Zr,


I
incorporados à escória Ti, B

Elementos que se
II dividem entre aço e Mn, P, S, Cr, Nb, V
escória

Elementos que são Cu, Ni, Sn, Sb, Mo,


III
incorporados ao aço Co, As, W

Elementos que são


IV Zn, Cd, Pb
vaporizados
Refino do Aço

1. Atingir o nível de carbono especificado para o aço a ser produzido


2. Reduzir o teor de fósforo no aço líquido abaixo da especificação
(usualmente abaixo de 0,015%)
3. Homogeneizar a composição e temperatura do aço
4. Aquecer o aço líquido até a temperatura necessária para o vazamento.
• Refino e Vazamento.
Vazamento
Vazamento com EBT
Vazamento com Bica
(Eccentric Bottom Taping)
Basculamento do Metal

Uma vez o aço na panela, se tem dois caminhos mais


usuais que são:
Metalurgia de Panela
Após o refino, o aço ainda não se encontra em condições de ser lingotado. O
tratamento a ser feito visa os acertos finais na composição química e na
temperatura. Portanto, situa-se entre o refino e o lingotamento contínuo na
cadeia de produção de aço carbono.
Desta forma o FEA pode ser liberado, maximizando a produção de aço.
- Forno de panela
- Desgaseificação
Desgaseificação
Em casos de aciaria que não possuem forno panela, mas
possui desgaseificador, a temperatura de vazamento deve ser a mais alta
possível e antes de fazer os ajustes finais de composição química, a panela
é enviada para o desgaseificador por um período pré-estabelecido, somente
então que a composição química e corrigida, ajustada a temperatura por
borbulhamento de argônio e então enviada para o lingotamento. Se não
possuir desgaseificador, este passo no processo não é realizado, passando
diretamento para os ajustes de composição e temperatura.

Esquema de
Desgaseificação por Lança
Funcionamento RH
Forno Panela
No caso de um Forno Panela existente, é
muito importante soprar rápido e vazar a corrida
do FEA com muito pequeno acerto da
composição química, deve-se deixar para realizar
os acertos no forno panela. A temperatura de
vazamento do forno elétrico passa a ser menos
importante, pois esse aquecimento será
realizado no forno panela. Apenas o trabalho de
desfosforação deve ser realizado no forno
elétrico, no qual reuni as condições
termodinâmicas mais favoráveis para diminuição
desse elemento químico.
Forno Panela
LINGOTAMENTO
Em seguida o aço líquido é lingotado na forma de lingotes, ou então transferida
a panela de aço líquido para o lingotamento contínuo para produção de barras
com comprimentos e seção transversal pré-estabelecidos.

Lingotamento Convencional
Lingotamento em Lingotes Lingotamento Contínuo Continuo
Lingotamento barras ou placas
Lingotamento Convencional
Lingotamento Continuo
Solidificar o Aço

Lingotamento Contínuo
Produtos
Produtos longos (Blocos, Tarugos ou Fio-máquina) =Semi-acabados

Planos no caso de Placas ou Chapas Grossas.


Produtos Gerdau
Produtos Gerdau
Produtos Gerdau

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