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DESCARGA ELETROSTÁTICA

• O que é descarga eletrostática?


• Definição de ESD
• Geração de ESD
• Efeitos da ESD
• Controle de ESD Professor: Fernando Guevara
INTRODUÇÃO
Com estas informações, você pode
implementar práticas preventivas
similares em seus laboratórios.
Como resultado, ocorrências de ESD
poderão ser minimizadas.
OBJETIVO
• Mostrar problemas ocasionados pelas ESD;
• Alertar e orientar equipes técnicas sobre a
importância do controle ESD;
• Descrever os mecanismos, as influências e as
sensibilidades de alguns componentes quando
submetidos a essas descargas;
• Sugerir procedimentos e meios de proteção.
DEFINIÇÃO
ESD (Electrostatic Discharge) ou Descarga Eletrostática
É a súbita e rápida transferência de carga elétrica
de um objeto para outro com diferentes potenciais
eletrostáticos.
Essa descarga também pode ocorrer
quando os corpos estão muito próximos
ou quando estão em contato direto.
O fenômeno pode ser visto na natureza
em forma de raios.
Ou quando estamos potencialmente
carregados, essa eletricidade estática é
descarregada quando tocamos em algum
objeto metálico, como a maçaneta de uma
porta.
Cargas eletrostáticas nos rodeiam a todo o
momento.
Cargas eletrostáticas são tipicamente geradas
por pessoal sem proteção individual.
Componentes eletrônicos são muito sensíveis
às descargas elétricas.
Um chip CMOS, pode ser afetado com
uma descarga eletrostática de 250 volts.
Uma pessoa caminhando num carpete,
dependendo da taxa de umidade do ar,
pode acumular mais de 1.500 volts.
GERAÇÃO DE ESD
A descarga eletrostática pode ser gerada
essencialmente por três meios:
• Fricção entre duas superfícies (tribo-eletrificação);
• Transferência de carga de um material isolante a um
material condutor pelo contato direto ou indução;
• A aproximação de dois materiais com potenciais diferentes.
A quantidade de carga acumulada por
geração tribo-elétrica é afetada,
principalmente, pela área de contato,
velocidade da separação e umidade relativa.
O nível de umidade relativa do ar no ambiente
interfere nas tensões eletrostáticas.

TIPOS DE AMBIENTES:
• Ambientes com baixos níveis de umidade produzem
maiores tensões;
• Ambientes com altos níveis de umidade produzem
menores tensões.
Potencial eletrostático (Volts)
10 a 20% 65 a 90%
Meios de geração da estática
umidade relativa umidade relativa
Caminhar sobre carpete 35.000 1.500

Caminhar sobre piso de vinil 12.000 250


Envelope de vinil com manual de
7.000 600
instruções
Técnico na bancada 6.000 100
Pegar um saco de polietileno 20.000 1.200
Levanta-se de uma cadeira com
18.000 1.500
espuma de poliuretano
EFEITOS DA ESD
Os efeitos da ESD sobre componentes eletrônicos são
invariavelmente destrutivos.
Após uma descarga eletrostática, o componente pode
apresentar:
• Falha total;
• Degradação de desempenho;
• Redução da expectativa de vida;
• Operação errática.
O PREJUÍZO DE ESD PARA COMPONENTES
ELETRÔNICOS FALHAS
PASSIVAS OU CATASTRÓFICAS.

• Falha passiva – a descarga não é potencialmente


alta para danificar o equipamento, mas suficiente
para causar falhas no sistema, panes, travamentos,
falta de desempenho.
O PREJUÍZO DE ESD PARA COMPONENTES
ELETRÔNICOS FALHAS
PASSIVAS OU CATASTRÓFICAS.

• Falha catastrófica direcional – quando o


componente é danificado no momento da descarga
e a falha é identificada no teste.
O PREJUÍZO DE ESD PARA COMPONENTES
ELETRÔNICOS FALHAS
PASSIVAS OU CATASTRÓFICAS.
• Falha catastrófica oculta – quando a falha não
chega a danificar o componente no momento da
descarga, continuando a
funcionar por um tempo.
Geralmente a falha total ocorre
quando o equipamento já está
em uso com o cliente.
CONTROLE
O modo básico de proteção contra ESD é
conseguido através:
• Combinação de métodos de prevenção do
acúmulo de cargas;
• Mecanismos de remoção de cargas
existentes.
04 REGRAS BÁSICAS DE PROTEÇÃO:

1. Estações de trabalho (local de trabalho,


bancada, ambiente e prevenção pessoal);
2. Transporte e armazenamento;
3. Ensaios periódicos;
4. Fornecedores.
REGRA 1 - ESTAÇÕES DE TRABALHO E AMBIENTE
Manter as estações de trabalho protegidas, onde os
componentes sensíveis só podem ser manuseados
nesta área.
Para proteção, utiliza-se dispositivos como:
• Pulseiras • Tapetes ou pisos com
• Calcanheiras dissipativas tratamento dissipativo e
• Ionizadores controle da umidade relativa
• Superfícies dissipativas do ar.
• Mantas
Os pisos dissipativos são eficientes no sentido de
minimizarem a geração de cargas estáticas,
através do deslocamento pela sala de pessoas ou
carrinhos de transporte de materiais.
• Os IONIZADORES são equipamentos que lançam
ÍONS NEGATIVOS e POSITIVOS no ambiente, de
forma a neutralizar as cargas acumuladas nos
objetos sob sua área de proteção.
IMPORTÂNCIA DO ATERRAMENTO
Levando em consideração que cargas elétricas não podem
ser destruídas ou eliminadas, devemos ter em mente que a
única forma de controle será o seu desvio para a terra, que
constitui um depósito infinito de cargas.
A qualidade do sistema de terra e sua eficiência são fundamentais
para a implementação de programas de controle de ESD realmente
funcional.
• Todas as áreas contendo componentes sensíveis devem ser
consideradas para instalação de piso dissipativo ou condutivo.
• Cuidados especiais na manutenção e limpeza do piso tratado
contra ESD é essencial para a duração útil do piso .
• Cera ESD pode ser considerada e utilizada com bons resultados
em pisos não tratados para ESD, o lado negativo deste método é
que requer reaplicações periódicas.
CONTROLANDO A ÁREA DE
TRABALHO
Nas bancadas de trabalho existem
diversos itens que devem ser verificados
quando da implementação de um controle
ESD.
O primeiro item é a superfície da mesa.
A preocupação deve ser com a sua capacidade de acumular
cargas, e sua capacidade de drenar cargas dos objetos
colocados sobre sua superfície.
O acúmulo de cargas deve ser o mínimo e sua
capacidade de drenar cargas deve ser eficiente e segura.
Os materiais usados para controle de ESD
normalmente são classificados como:
• CONDUTIVOS
• DISSIPATIVOS
• ANTIESTÁTICOS.
A UNIDADE OHM/QUADRADO
As superfícies dissipativas são ideais, pois
apresenta m resistividade entre 105 e 109
ohms/quadrado.
Materiais condutivos não devem ser utilizados
podem danificar os componentes eletrônicos.

Formam correntes muito altas devido às descargas muito rápidas!


O cabo de uma chave de fenda em
plástico não condutivo poderá atingir
um nível de 1700 volts.
PINCEIS E ESCOVAS para limpeza deverão ser
escolhidos com muito cuidado, visto que sua
utilização implica em forte geração de cargas.
CONTROLANDO AS CARGAS DO CORPO HUMANO

A pele de um técnico ou operador deve ser sempre


aterrada, mas em conformidade com os requisitos de
proteção pessoal.
Essas pulseiras conectam a pele com o terra
através de um resistor de 1 Mohm,
garantindo que o escoamento das cargas
acumuladas não atinja correntes excessivas
e, ao mesmo tempo, evitando os riscos de
choques elétricos.
TÉCNICAS DE MANUSEIO DE COMPONENTES
O técnico deve estar sempre consciente do fato
que cargas estáticas sempre estarão presentes
e evite tocar diretamente terminais e
componentes.
Uma forma de minimizar esse problema é a
utilização de luvas ou dedeiras dissipativas.
Na falta de equipamento adequado, é importante
descarregar a eletricidade estática do corpo antes de
manusear componentes sensíveis.

Tocando a fonte de alimentação ou a carcaça metálica


interna do computador.

É recomendável repetir a descarga a cada 10 ou 15 minutos!


Roupas são elementos a se considerados
cuidadosamente. Tecidos sintéticos acumulam cargas
que não podem ser facilmente descarregadas.

JALECOS ESD desenvolvidos para dissipação de cargas,


possuem fibras condutoras entremeadas no tecido.
Elimine também materiais isolantes não
essenciais de todas as áreas onde os componentes
sensíveis são expostos ou manuseados.
Exemplos de isolantes não essenciais tipicamente
encontrados em auditorias

Fita adesiva Borrachas Pastas


PARA INICIAR UM PROCESSO DE CONTROLE DE
ESD, SUGERIMOS VERIFICAR OS SEGUINTES ITENS
• Examinar suas instalações e procedimentos
• Identificar que componentes ou placas sensíveis a ESD
são utilizados
• Obter o apoio do todos
• Documentar as medidas e procedimentos
• Treinar todo o pessoal
• Rever, analisar e melhorar os procedimentos
CONCLUSÃO
Estabelecer um programa de controle de ESD
efetivo não é um objetivo simples, embora a
maioria das medidas necessárias o seja.

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