Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
São Paulo
2011
LADISLAO ROGER TICONA MELO
São Paulo
2011
LADISLAO ROGER TICONA MELO
Área de Concentração:
Engenharia de Estruturas
Orientador:
Prof. Dr. Túlio Nogueira Bittencourt
São Paulo
2011
Este exemplar foi revisado e alterado em relação à versão original, sob
responsabilidade única do autor e com a anuência de seu orientador.
FICHA CATALOGRÁFICA
incentivo e carinho.
AGRADECIMENTOS
A Deus, por todas as coisas maravilhosas que me deu na vida, na hora certa e no
momento certo.
A meus avôs e tios Clodoaldo, Julio e à memória de minha tia Julia, os quais sempre
me incentivaram e acreditaram em mim.
Ao Prof. Alfredo Pinto da Conceição Neto pela amizade, orientação, apoio e ensino
da análise experimental de estruturas, os quais foram fundamentais na minha
formação profissional.
Aos amigos especiais que fizeram com que minha estada no Brasil fosse agradável
e me apoiaram durante o desenvolvimento desta pesquisa Marina, Edielce, Filino,
Paulo, Melquiades, André e Ricardo.
One of the models constructed of aluminum was used to study the behavior of
Suaçuí river bridge, as well as calibrate the theoretical models on the basis of
experimental data of the real structure and the reduced model and to establish a
relationship between them. The other two models built in microconcrete were used to
study the behavior of structures in the nonlinear phase and fracture, for which they
were subjected to incremental loads. The bridge of microconcrete was tested in order
to verify the variations the rigidity of their cross section and the construction of an
experimental relationship for the moment-curvature. The beams with minimum
flexural reinforcement were tested in three-point bending to failure, in order to verify
that his behavior depends on various parameters such as reinforcement ratio, the
beam size, shape of cross section and steel-concrete adherence.
ABSTRACT
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 1
1.1 GENERALIDADES .................................................................................................................. 1
1.2 JUSTIFICATIVA ..................................................................................................................... 6
1.3 OBJETIVOS.......................................................................................................................... 7
1.4 METODOLOGIA ................................................................................................................... 8
1.4.1 Escopo do Trabalho Experimental ........................................................................ 8
1.4.2 Modelos físicos a serem estudados ..................................................................... 8
1.4.3 Instrumentação dos modelos ............................................................................. 10
1.4.4 Ambiente de desenvolvimento do trabalho laboratorial e de monitoração ..... 11
1.5 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ............................................................................................... 11
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS............................................................................................................184
ANEXO A – FABRICAÇÃO DE MODELOS EM ESCALA REDUZIDA...............................…......190
ANEXO B – CARACTERIZAÇÃO DOS MATERIAIS................................................................212
ANEXO C – RESULTADOS EXPERIMENTAIS DOS MODELOS FÍSICOS................................. 231
ANEXO D – DIMENSIONAMENTO DA PONTE DE MICROCONCRETO.................................239
1
Capítulo
1 Introdução
INTRODUÇÃO
1
1.1 Generalidades
1
RIOS, J. L. P. Modelos matemáticos em hidráulica e no meio ambiente. Simpósio Luso –
Brasileiro sobre simulação e Modelação em Hidráulica. APRH - LNEC. Lisboa, 1986.
3
2
BERGMEISTER, K.; SANTA, U. Global monitoring concepts for bridges. Structural Concrete, vol.
2, nro 1, p. 29-39. ISSN 1464-4177. 2001.
4
Figura 1.1 - Usina Hidrelétrica de Tucurui, localizada em Belém, no estado de Pará construída
entre os anos 1976-1984 (Fonte: Wikipédia).
(a) (b)
Figura 1.2 - Pilar do vertedouro da barragem – Ilha Solteira. (a) Pilar instrumentado para ensaio, (b)
modelo físico reduzido – Laboratório de Engenharia de Estruturas – EESC – USP.
3
MARTINELLE, D.A.O. Eu me recordo... Concreto colloquia 2003. EESC-USP. São Carlos – SP,
2003.
5
eficácia dos modelos reduzidos em escala 1:5 para realizar estudos de carbonatação,
com exceção de estudos na posição da fissura. Mas não se verificou se essa
limitação também ocorre para escalas maiores (Figura 1.3).
(a) (b)
Figura 1.3 - (a) Aplicação do carregamento na viga de concreto armado em escala natural, (b)
Aplicação do carregamento em vigas em escala reduzida.
Outra importante obra monitorada foi a laje de fundo da estação metroviária
Alto do Ipiranga, instrumentada pela equipe do Laboratório de Estruturais e Materiais
(LEM), da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, e pela equipe da Gavea
Sensors. O objetivo desta monitoração era determinar as pressões na cota da face
inferior da laje, as deformações no concreto e nas armaduras e a temperatura no
concreto (ASSIS, 2007). Nessa monitoração, os resultados obtidos tinham um caráter
mais qualitativo do que quantitativo, uma vez que os sensores utilizados não foram
apropriadamente calibrados, mas tendo em vista as análises que puderam ser
extraídas dos resultados dos sensores de deformação, tem-se uma mostra do que
pode ser constatado em termos de comportamento estrutural mediante o emprego da
monitoração (Figura 1.4).
(a) (b)
Figura 1.4 - (a) Vista geral da obra Estação metroviária Alto do Ipiranga, (b) Representação
esquemática dos sensores instalados na laje.
6
1.2 Justificativa
1.3 Objetivos
Esta pesquisa tem como objetivo geral estudar o comportamento estrutural dos
modelos físicos construídos usando recursos de monitoração, quando submetidos a
diferentes tipos de solicitações de carga.
1.4 Metodologia
Nesta pesquisa, foram estudados três modelos, dos quais dois foram
construídos em microconcreto e um em alumínio e são descritos a seguir:
(a) (b)
(c) (d)
Figura 1.5 - (a) Ponte do rio Suaçui, (b) Modelo em escala reduzida da Ponte Suaçui, (c) Modelo
reduzido da ponte de microconcreto, (d) Vigas levemente armadas de microconcreto.
10
Capítulo
2
MONITORAÇÃO DE ESTRUTURAS
Monitoração de Estruturas
2
2.1 Definição de Monitoração de estruturas
Sensores Fusão de
multiplexados e Monitoração de
sensores
rede de trabalho Rotina
Dano
Prognóstico
Estrutura
Monitorada Monitoração da saúde
e uso das estruturas
Condições da Monitoração de uso
Organização da Manutenção
Registro de dados
acumulados Gestão da Saúde da
Estrutura
Dano e leis de
comportamento Gestão da Saúde de todo o
sistema
• Redes de sensores
• Sistema de aquisição de dados
16
• Sistema de comunicação
• Controle da aquisição e tratamento de dados
• Modelo de avaliação e detecção de danos
• Sistema de gestão e de decisão.
Muitos sensores produzem sinais que não podem ser transferidos com
segurança em qualquer distância, sem degradação. Alguns sensores necessitam de
fontes de alimentação específica e de alta qualidade ou outras formas de excitação.
Em outros casos, a saída de um dispositivo não é de uma forma que é facilmente
interpretada pelo equipamento de monitoração: a faixa ou o estilo de saída do sensor
pode ser incompatível com a entrada exigida pelos equipamentos de monitoração.
Além disso, o sinal pode variar rapidamente para ser devidamente registrado. A
obrigação de fazer a saída de um sensor compatível com os meios de transferência e
a entrada para o equipamento de monitoração geralmente é atendida pelo
condicionador do sinal.
Todo sistema de aquisição de dados tem como função o controle dos dados, os
quais devem ser capturados, salvos e exibidos. Sinais analógicos podem ser tratados
como analógicos ou convertidos para digital. Os sinais analógicos convertidos para
digital depois de tratados, serão exibidos num formato gráfico quase analógico para
facilitar o entendimento.
• Testes de comportamento
Testes
• Testes de diagnóstico.
Estáticos:
• Ensaios de Carga.
• Testes de identificação modal (frequências naturais, modos
Testes
de vibração e coeficiente de amortecimento).
Dinâmicos:
• Testes de determinação do fator de amplificação dinâmica.
Monitoração • Inclui os testes experimentais estáticos e dinâmicos.
Periódica • Testes para determinar alterações na resposta estrutural.
Monitoração • Monitoração Ativa.
Contínua • Monitoração Passiva.
19
Ou em outra forma:
VA k
= (ε 1 − ε 2 + ε 3 − ε 4 ) (2.5)
VE 4
26
Princípio de funcionamento
Precisão e Linearidade
Isso vai ocorrer justamente nos extremos de sua trajetória, ou seja, quando
os deslocamentos nos dois sentidos se aproximam e passam do máximo.
Nessas condições a frequência deve ser pelo menos 10 vezes maior que a
frequência do deslocamento do núcleo do transformador. Nesse caso, o sinal da
saída do circuito é convertido numa tensão contínua passando por um circuito
condicionador (BRAGA, 2009).
30
2.6.1.1 O Sinal
V IN
T s = 1 / F s
V IN X S
FS-MIN = 2 . FIN-MAX
Desde que essa regra seja cumprida, toda a informação sobre o sinal é
guardada, e, é assim possível, voltar a reconstituir integralmente o sinal amostrado
(MARTINS, 2006).
2.6.1.4 Ruído
Análise de Fourier
Transformada de Laplace
Transformada Z
Filtros Lineares
Existem vários tipos de filtros lineares, entre eles: filtro passa-baixa, filtro
passa-alta, filtro passa-faixa, filtro rejeita-faixa e filtro passa-tudo.
Onde:
A/D.- Analógico – Digital
ADC.- Conversor Analógico – Digital – dispositivo eletrônico, que converte uma
tensão de voltagem para um número digital.
FIFO (First-in-first-out). - Primeiro a entrar, primeiro a sair.
DAQ (Data Acquisition).- aquisição de dados - coleta e medição de sinais
elétricos a partir de sensores, transdutores e sondas de teste ou equipamentos
e processamento de dados de medição utilizando um computador.
PFI (Programmable function input).- Entrada de função Programáveis.
STC (System timing controller).- Sistema controlador de tempo.
• 10 Hz filtro lowpass.
• Ganho da entrada analógica de 42 V / V.
• Software controlável de calibração shunt.
• Acessórios disponíveis para o SCXI-1521 / B:
Acessórios Descrição
SCXI-1317 Bloco de terminais montado com parafuso na frente do módulo SCXI-
1521 / B e proporciona fácil acesso ao terminal de conexões da fiação
do campo.
SCXI-1310 Conector e casca de montagem, dispõe de 96 terminais tipo olhal para
fácil encaixe e solda do sinal de conexão e personalizada conectividade
de terminação.
Figura 2.14 - Diagrama de circuito de quarto de ponte, usando extensômetros com dois e três fios.
Onde:
- R1 e R2 são resistores de meia ponte.
- R3 é o resistor de quarto de ponte (resistor fictício).
- R4 é o elemento de medição ativa.
- Rscal é o resistor shunt de calibração.
- VEX é a voltagem de excitação.
- RL é a resistência da ligação.
- VAI é a voltagem medida.
(a) (b)
Figura 2.15 – (a) Quarto de ponte, (b) Meia ponte.
40
(a) (b)
Figura 2.16 – (a) Ponte completa tipo I; (b) ponte completa tipo II.
Onde:
- R1 e R2 são resistores de meia ponte.
- R3 é o resistor de quarto de ponte em figura 2.15(a).
- R3 é o elemento de medição ativo de compressão devido ao efeito
Poisson (-νε) figura 2.15(a)
- R4 é o elemento de medição ativa de tensão de tração (+ε).
- VEX é a voltagem de excitação.
- RL é a resistência da ligação.
- VCH é a voltagem medida.
(a) (b)
Figura 2.17 - (a) Painel frontal; (b) diagrama de blocos.
43
2.6.3.2 DIAdem
Figura 2.18 – Área de trabalho do programa DIAdem, onde mostra-se os dados obtidos da
monitoração da ponte do rio Suaçui.
46
Capítulo
3
MODELOS FÍSICOS EM ENGENHARIA
ESTRUTURAL
3.1.1 Introdução
3.1.2 Definição
3.1.3 Classificação. -
Tabela 3.1 – Classificação dos modelos fiscos reduzidos. Fonte: ACI-444 (1987).
Modelo Indireto O carregamento e os materiais não têm relação direta aos usados no
protótipo. Cargas e deformações são aplicadas para obter linhas ou
superfícies de influencia utilizando o principio de Muller-Breslau.
Tensões nos protótipos são deduzidas a partir dos diagramas de
influencia obtidos nos ensaios dos modelos, e consequentemente
somente o comportamento elástico linear pode ser determinado.
Modelo Direto O modelo é carregado na mesma maneira que o protótipo, tal que as
tensões e as deformações sejam similares as do protótipo.
Modelo do efeito Há vários modos de classificar esse modelo. Pode-se utilizar modelo
do Vento de forma ou rigidez, nos quais a força total ou pressão do vento na
estrutura pode ser medida. Enquanto que no modelo aeroelástico,
ambas as propriedades, a forma e a rigidez do protótipo estrutural são
modeladas em métodos para medir o vento induzindo tensões e
deformações e a interação dinâmica da estrutura com o vento.
Modelo dinâmico Esses modelos são usados para estudos de vibração e efeito de
carregamento dinâmico em estruturas. Pode ser testado em tabelas de
oscilação para estudar o efeito de terremoto ou em túnel de vento para
estudar o efeito aeroelástico. Modelos dinâmicos podem também ser
usados para estudar o efeito de explosão interna ou externa ou o efeito
de impacto nas estruturas.
49
Estrutura
Prototipo
Desenvolver ANÁLISE
Modelo Experimental
Resposta Analítica Estimativa
TESTE
Programas de Teste
e Carga
Instrumentação
Aquisição de Dados
ANÁLISE
Avaliação da Resposta
3.3.1 Vantagem
3.3.2 Limitações
considerações de ordem prática, muitas vezes sugerem que o modelo físico seja
usado só para verificar um "quase finalizado" projeto (HARRIS, SABNIS, 1999).
3.4.1 Introdução
A = F C1 LC2 T C3 (3.2)
Onde:
A = Variáveis dependentes.
Onde:
F ( X 1 , X 2 ,..., X n ) = 0 (3.4)
54
G (π 1 , π 2 ,..., π n ) = 0 (3.5)
Onde:
Xi = Grandezas físicas.
πi = Pi – Termo (Termos adimensionais).
m = Número de produtos adimensionais (π – termos).
n = Número total de grandezas envolvidas.
r = Número de dimensões básicas ou fundamentais.
Assim ,por exemplo:
⎛ lσ ⎞
1.- F (q, l,σ ) = 0 → G⎜⎜ ⎟⎟ = 0
⎝q⎠
⎛ u q ρl 2 ⎞
2.- F (u, E, l , t , q, ρ ) = 0 → G⎜⎜ , , 2 ⎟⎟ = 0
⎝ l El Et ⎠
utilizados nos experimentos (SOUZA, 2004). A Análise dimensional pode ser usada
pelo engenheiro de duas formas distintas:
Primeiro, ela pode ser útil em deduzir alguns resultados teóricos sobre o
comportamento de um fenômeno físico a partir de observações experimentais. Tal
situação pode ocorrer se eram conhecidas as variáveis físicas relevantes, que
afetaram o estado de alguma outra variável física, mas não se conhecia a relação
matemática que vinculava essas variáveis.
A fim de aplicar a análise dimensional, apenas tem-se que saber com que
tipo de fenômeno físico se está tratando, e quais são as variáveis que entram na
equação; não tem-se que escrever as equações de modo explícito, nem muito
menos resolvê-las.
4
BRIDGMAN, P.W. Dimensional Analysis, Yale University Press, New Haven, CT, 1922.
56
2 2
lp l Ap ⎛ d p ⎞ ⎛ lp ⎞
= m ⇒ = ⎜⎜ ⎟⎟ = ⎜⎜ ⎟⎟
d p dm Ap ⎝ d m ⎠ ⎝ lm ⎠
Denota-se:
lp
O fator de escala do comprimento: SL =
lm
O fator de escala da área: SA = SL2
dm
dp lm
lp
lp dp
Vê-se no caso de semelhança distorcida, Sl = ≠ Sd =
lm dm
l Q M σ ε a δ υ E
F 0 1 1 1 0 0 0 0 1
L 1 0 ‐1 ‐2 0 1 1 0 ‐2
T 0 0 2 0 0 ‐2 0 0 0
A equação 3.12, pode ser expressa como produto contínuo das quantidades
acima listadas:
Q = kl a M bσ cε d a eδ f ν g E h (3.13)
A equação 3.14 tem sete incógnitas, e pode ser resolvida arbitrariamente para
a, e e h em termos de b, c, e f, da seguinte forma:
Q = kl 2 − 2b − f M bσ cε d a bδ fν g E1− b − c (3.15)
Ou
⎛ Q ⎞ ⎡⎛ Ma ⎞b ⎛ σ ⎞c d ⎛ δ ⎞ f g ⎤
⎜ 2 ⎟ = k ⎢⎜ 2 ⎟ ⎜ ⎟ (ε ) ⎜ ⎟ (v ) ⎥ (3.16)
⎝ El ⎠ ⎢⎣⎝ El ⎠ ⎝ E ⎠ ⎝l⎠ ⎥⎦
3.5.1 Caso 1
O modelo de estudo foi desenvolvido pela firma Wiss, Janney, Elstner and
Associates of Northbrook, II.
(a) (b)
Figura 3.4 – (a) Modelo Elástico da Estrutura TWA em escala 1:50. (b) Modelo em microconcreto em
escala 1:10 para estudar a estrutura até a ruptura.
3.5.2 Caso 2
Figura 3.5 - Vista do modelo a escala 1:5 na mesa vibratória da Universidade de Berkeley.
5
BERTERO, V. V.; AKTAN, A. E.; CHARNEY, F. A.; and SAUSE, R. U.S. – Japan Cooperative Earthquake
Research Program: Earthquake Simulation Tests and Associated Studies of a 1/5- Scale model of a 7-Story
Reinforced Concrete Test Structure, Earthquake Engineering Research Center, Report No. UCB/EERC-84/05,
University of California, Berkeley, 1984
6
PERDIKARIS, P. C.; BEIM, S. R. and BOUSIAS, S. Slab continuity effect of ultimate and fatigue strength or
R/C bridge deck models, ACI Struct. J. 86(4), 1989.
63
Capítulo
4
MONITORAÇÃO DA PONTE DO RIO SUAÇUI
EM ESCALA REAL E REDUZIDA
As treliças, com altura de 7,80 m, são interligadas na sua região inferior por
tabuleiro constituído por transversinas com aproximadamente 4 m de comprimento,
conectadas à parte inferior dos montantes, e longarinas que, ligando-se às
transversinas, se desenvolvem longitudinalmente em pares. Sobre as longarinas
apóiam-se os dormentes de madeira e sobre esses os trilhos de perfis TR68 da
ferrovia, cuja bitola é métrica, havendo também contratrilhos. Na parte superior as
treliças são interligadas por vigas travessas e barras de contraventamento em X
unindo os seus montantes. As ligações nodais são constituídas de chapas de aço
rebitadas, conforme pode ser observado na figura 4.1.
(a) (b)
Figura 4.2 – (a) Detalhe do aparelho de apoio deslizante; (b) Aparelho de apoio fixo.
S-2 Tipo de
Seção
S-2 S-2 S-2 S-2 (C6) Nome
(B4) (B3) (B2) (B1) da Barra
S-3
S-3
S-3
S-3
S-3
(M5)
(M4)
(M3)
(M2)
(M1)
S- 3)
S- (D1
(D -2
(D S-6
7,49
S - 5)
(D -4
(D
(D
6
6)
4)
S
2 )
S
4
2)
S-1 S-1 S-5 S-5 S-1 S-1
(C6) (C5) (C4) (C3) (C2) (C1)
6,83 6,83 6,83 6,83 6,83 6,83
41,00
91,44
83,82
38,10
30,48 30,48 31,11 31,11 30,48
12 1/2" x 12" x 3/8" 8" x 12" x 3/8" 10" x 12 1/4" x 3/8" 12 7/8" x 12 1/4" x 5/8" 2 L 3 1/2" x 12" x 3/8" 12" x 36" x 1" 11" x 33" x 3/4"
2 L 3 1/2" x 15" x 1/2"
S-1 S-2 S-3 S-4 S-5 S-6 TRANSVERSINA LONGARINA
O modelo reduzido foi projetado a uma escala (SL) de 1:30. A dimensão dos
elementos estruturais do modelo foi determinada multiplicando-se o fator de escala
geométrica às dimensões reais da ponte (figura 4.4b). Na tabela 4.3 e 4.4,
apresenta-se um resumo dos principais dimensões do protótipo e do modelo.
69
(a) (b)
Figura 4.4 - (a) Ponte do Rio Suaçui - Protótipo, (b) Modelo em escala reduzida..
S-2 Tipo de
Seção
S-2 S-2 S-2 S-2 (C6) Nome
(B4) (B3) (B2) (B1) da Barra
S-1
S-1
S-1
S-1
S-1
(M5)
(M4)
(M3)
(M2)
(M1)
S- 3 )
S- (D1
(D -2
(D S-3
0,25
S- 5)
(D -1
(D
(D
6)
4)
3
S
2 )
S
1
2)
1,58 1,58
25,40
32,40
25,40
12,70
Treliça 1
E1
S1
S2 Treliça 2
S3
S4
S5
E2
Características Especificação
Serie Kyowa KFG-5-120-C1-23
Resistência elétrica 120Ω
Fator de calibração (Gage fator) 2,01
Temperatura de funcionamento -10°C a 80°C
Comprimento de Grelha 5 mm
T1‐D5
T1‐M4
T1‐M3
T1‐C3
Cabos ligados aos sensores
C2 a T2-C2i
C3 2 corda – inferior T2-C3i
o
B2 3 corda – inferior T2-B2s
a
M1 2 banzo – superior T2-M1e
a
M2 1 montante – esquerdo T2-M2e
M3 a T2-M3e
2 montante – esquerdo
o
3 montante – esquerdo
o
S3 3 transversina – superior S3-Tvs
o
S3 3 transversina – inferior S3-Tvi
Tabuleiro
o
S3-S2 3 longarina – superior L3s-S3-S2
o
S3-S2 3 longarina – inferior L3i-S3-S2
S2-S1 a L2s-S2-S1
2 longarina – superior
S2-S1 a
2 longarina – inferior L2i-S2-S1
B4 B3 B2 B1
2
D
D
6
M2
M4
D
1
M3
4
D
M5
D
3
D
M1
5
C6 C5 C4 C3 C2 C1
E2 S5 S4 S3 S2 S1 E1
TRANSVERSINA
LONGARINA LONGARINA LONGARINA LONGARINA
LONGARINA
E2 S5 S4 S3 S2 S1 E1
LVDT‐2
LVDT‐1
(a) (b)
Figura 4.10 – (a) Transdutores de medição instalados no modelo, (b) LDVT sendo suportado pela
base magnética.
77
D
M2
M4
D
1
M3
4
2
D
D
D
M5
M1
3
C6 C5 C4 C3 C2 C1
E2 S5 S4 S3 S2 S1 E1
(a) (b)
Figura 4.12 – (a) Sistema de aquisição da National Instruments da linha SCXI, (b) Instalação de fios
no módulo SCXI 1317.
78
Ambiente 1
Ambiente 2
Ambiente 3
Ambiente 4
Figura 4.14 - Módulo para controle da aquisição de dados (Dados experimentais: força e
deslocamentos).
80
Figura 4.15 - Principal código gráfico gerado no LabVIEW para o controle da aquisição de dados.
Figura 4.16 - Código gráfico do VI para calcular os deslocamentos usando o método das rigidezes.
81
E2 E1
(a) (b)
Figura 4.18 – (a) Sistema de carregamento, (b) Aplicação da carga no modelo.
Assim, a fim de estudar o comportamento da estrutura foram definidos três
casos de carga, que são detalhados a seguir.
D
M2
M4
D
1
4
2
D
M3
3
D
D
5
M5
M1
S5 S4 S3 S2 S1
C5 C4 C3 C2 C1
E2 E1
P +Δ P P +Δ P
D1
D6
D
M2
M2
M2
M4
M4
M4
D
D
D
D3
1
4
D2
D2
D4
2
D
D5
D5
M3
M3
M3
D
D
5
M5
M5
M5
M1
M1
M1
S5 S4 S3 S2 S1 S5 S4 S3 S2 S1 S5 S4 S3 S2 S1
E2 C6 C5 C4 C3 C2 C1
E1 E2
C6 C5 C4 C3 C2 C1
E1 E2
C6 C5 C4 C3 C2 C1
E1
B4 B3 B2 B1 B4 B3 B2 B1 B4 B3 B2 B1
6
D1
D6
D
M2
M2
M2
M4
M4
M4
D
D
D
D3
1
D
D2
D5
D2
D5
D4
2
M3
M3
M3
3
3
D
D
5
M5
M5
M5
M1
M1
M1
S5 S4 S3 S2 S1 S5 S4 S3 S2 S1 S5 S4 S3 S2 S1
E2 E1 E2 E1 E2 E1
C6 C5 C4 C3 C2 C1 C6 C5 C4 C3 C2 C1 C6 C5 C4 C3 C2 C1
6
D
D
M2
M2
M4
M4
D
D
D
1
4
2
D
D
M3
M3
3
3
D
D
5
5
M5
M5
M1
M1
S5 S4 S3 S2 S1 S5 S4 S3 S2 S1
E2 E1 E2 E1
C5 C4 C3 C2 C1 C5 C4 C3 C2 C1
6
D
D
M2
M2
M4
M4
D
D
D
1
2
2
4
4
D
D
M3
M3
3
3
D
D
5
5
M5
M5
M1
M1
S5 S4 S3 S2 S1 S5 S4 S3 S2 S1
E2 E1 E2 E1
C5 C4 C3 C2 C1 C5 C4 C3 C2 C1
4.3.3.1 Deformações
100E-06 T1-D6
B4 B3 B2 B1
T1-D5i
D
6
M2
M4
D
1
D
2
M3
D
D
5
M5
M1
T1-D4s
S5 S4 S3 S2 S1
T1-C4s
C5 C4 C3 C2 C1
E2 E1
75E-06
P +Δ P P+Δ P T1-C4i
P=347,5 N T1-C5s
P=320,5 N T1-C5i
50E-06 P=266,5 N T1-B4
P=212,5 N T1-M3e
Deformação (m/m)
T1-M3d
T1-M4e
25E-06
T1-M4d
T1-M5e
T2-D1d
0E00 T2-D1e
T2-D2s
T2-D3s
T2-D3i
-25E-06
T2-C2i
T2-C3i
T2-B2i
-50E-06 T2-M1d
T2-M2d
T2-M3d
-75E-06
0 50 100 150 200 250 300 350
Tempo (s)
40E-06 B4 B3 B2 B1
T1-D6
Posição 4 T1-D5i
Posição 3
D
6
M2
M4
D
D3
1
D4
2
D5
M3
D
M5
M1
S5 S4 S3 S2 S1
E2 E1 T1-D4s
Posição 2
C6 C5 C4 C3 C2 C1
30E-06
P=417,5 N T1-C4s
10E-06
T1-M4e
T1-M4d
T1-M5e
0E00
T2-D1d
T2-D1e
T2-D2s
-10E-06
T2-D3s
T2-D3i
T2-C2i
-20E-06
T2-C3i
T2-B2i
T2-M1d
-30E-06
T2-M2d
T2-M3d
-40E-06
0 100 200 300 400 500
Tempo (s)
75E-06 T1-D6
B4 B3 B2 B1
T1-D5i
Posição 4 T1-D4s
D1
D6
M2
M4
D3
D5
D4
D2
M3
M5
M1
S5 S4 S3 S2 S1 T1-C4s
E2 E1
C5 C4 C3 C2 C1
T1-C4i
50E-06 P=374,5 N P=374,5 N T1-C5s
T1-M3d
25E-06
T1-M4e
T1-M4d
T1-M5e
T2-D1d
T2-D1e
0E00
T2-D2s
T2-D3s
T2-D3i
T2-C2i
T2-C3i
-25E-06
T2-B2i
T2-M1d
T2-M2d
T2-M3d
-50E-06
0 50 100 150 200 250
Tempo (s)
0.3
0.16
LVDT-1
0.25 0.14
LVDT-1 LVDT-2
0.12
LVDT-2
0.2
Deslocamento (mm)
Deslocamento (mm)
0.1
0.15 0.08
0.06
0.1
0.04
0.05 0.02
0
0
0 100 200 300 400 0 100 200 300 400 500
Tempo (s) Tempo (s)
‘
(a) (b)
Figura 4.25 – Deslocamento medidos nos LVDT’s: (a) Estudo de caso I, (b) Estudo de caso II.
86
0.3
LVDT-1
0.25
LVDT-2
0.2
Deslocamento (mm)
0.15
0.1
0.05
0
0 50 100 150 200 250
Tempo (s)
Figura 4.26 - Deslocamento medidos nos LVDT’s para o estudo de caso III.
(a) (b)
400
350
300
250
Carga (N)
Elem. Barra 2D
200
Elem. Barra 3D
150
Elem. Chapa 2D
100
Elem. Chapa 3D
50
Experimental
0
0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3
Deslocamento no meio do vão (mm)
Assim, a elevada rigidez dos modelos teóricos iniciais pode ser devido às
ligações das barras como pórticos e que não estão sendo apropriadamente
representadas, pois o modelo real mostra-se muito menos rígido e os nós estão
compostos por chapas. A fim de simular melhor as ligações entre barras, os nós
foram representados por elementos finitos, os quais mostraram resultados muito
mais próximos ao real.
(a) (b)
Figura 4.29 – Modelo numérico de barras e elementos finitos: (a) em 2D, (b) em 3D.
0.1
0.05
0
S5 S5‐S4 S4 S3 S2 S2‐S1 S1
Posição de Carga
Figura 4.30 – Comparação dos deslocamentos teóricos e experimentais obtidos no meio do vão para o
estudo do caso II.
Elem. Barra 2D
0.3 Elem. Barra 3D
Elem. Chapa 2D
Deslocamento (mm)
0.15
0.1
0.05
0
S5 S1 S4 S2
Posição de Carga
Figura 4.31 – Comparação dos deslocamentos teóricos e experimentais obtidos no meio do vão para o
estudo do caso III.
Tabela 4.10 – Deformações teóricos e experimentais nos elementos estruturais do modelo reduzido.
⎛ ε exp − ε teor. ⎞
O erro foi calculado da seguinte forma: Erro (%) = ⎜⎜ ⎟ ×100
⎟
⎝ ε exp ⎠
50
40
Def. teórico
30
Def. Experimental
20
Deformações (με)
10
0
‐10
‐20
‐30
‐40
‐50
T1‐C6
T1‐C5
T1‐C4
T2‐C3
T2‐C2
T2‐C1
T1‐B4
T1‐B3
T2‐B2
T2‐B1
T1‐D6
T1‐D5
T1‐D4
T2‐D3
T2‐D2
T2‐D1
T1‐M5
T1‐M4
T1‐M3
T2‐M2
T2‐M1
E xtensômetro
Figura 4.32 – Comparação de deformações teóricos e experimentais obtidos no nas barras para o
estudo do caso III posição 4.
92
Treliça 2 Treliça 1
T1‐B4
T1‐M5
T1‐D6 T1‐D5
T1‐C6
C6 T1-C6i
a
B4 6 corda – inferior T1-B4s
a
B4 4 banzo – superior T1-B4i
a
M5 4 banzo – inferior T1-M51
M3 a T1-M3a
5 montante
o
3 montante
E1 a E1-Tvi
Enc. 1 transversina – inferior
S1 a
1 transversina – inferior S1-Tvi
E1-S1 a E1-S1-L1s
1 longarina – superior
E1-S1 a E1-S1-L1i
1 longarina – inferior
E1-S1 E1-S1-L2s
Tabuleiro
a
E1-S1 2 longarina – superior E1-S1-L2i
a
S1-S2 2 longarina – inferior S1-S2-L1s
a
S1-S2 1 longarina – superior S1-S2-L1i
S1-S2 a S1-S2-L2s
1 longarina – inferior
S1-S2 a S1-S2-L2i
2 longarina – superior
a
2 longarina – inferior
D1
D6
M2
M4
M3
D4
M5
D3
D5
M1
C6 C5 C4 C3 C2 C1
E2 S5 S4 S3 S2 S1 E1
2a-2b
TRILHO B 2c-1d
2d 2b
2c-2a 2a-2c
cabo B cabo D
cabo C
cabo A
A C B D 1b-1d 1a 1c 1d-1b
1d-2c
TRILHO A
1a-1b
1b 1d 1c-2d
1a-1c 1c-1a
Lado 1
(a) (b)
Figura 4.35 - (a) Extensômetros bidirecionais instalados nos trilhos, (b) Esquema de instalação de
extensômetros para medição de carga.
(a) (b)
Figura 4.36 - (a) Dispositivo para calibrar o sistema de medição de cargas, (b) Medição de carga
da roda do trem em tempo real.
95
(a) (b)
Figura 4.37 - (a) Posicionamento da maquina Plasser na ponte (sentido Belo Horizonte BH - Vitoria V);
(b) Trem com carregamento de operação normal na via.
4.4.2.2 Casos de Carga
Neste caso a passagem dos trens sobre a ponte foi similar às condições de
operação normal da via.
utilizado apenas para a detecção dos eixos do trem permitindo, uma vez conhecidas
as distâncias entre eixos da locomotiva, estimar as velocidades médias efetivas
durante as passagens da composição.
150E-06 10
T1_D6i
T1_D6s LVDT1_S3_2
T1_D5a
100E-06 8
T1_M51
T1_M3a
T1_C6s
50E-06 T1_C6i 6
Deslocamento (mm)
Deformação (m/m)
T1_B4s
T1_B4i
0E00 4
-50E-06 2
-100E-06 0
-150E-06 -2
0 25 50 75 100 125 0 25 50 75 100 125 150
Tempo (s) Tempo (s)
(a) (b)
Figura 4.39 – Medições durante passagem do Trem Viliato a 5 km/h: (a) Deformações nos elementos
estruturais da ponte, (b) Deslocamento no meio do vão.
98
O peso das rodas do trem foram medidas pelo sistema de medição de carga
instalado no trilho “A”, cujos valores nominais são apresentados na figura 4.40 e
4.41.
120
100
80
Carga de Roda (kN)
60
40
20
-20
60 80 100 120 140
Tempo (s)
f ( F , P, q, E , A, l , δ ) = 0 (4.1)
100
F = f ' ( P , q, E , A, l , δ ) (4.2)
F = KP a q b E c Ad l eδ f
(4.3)
⎝L⎠ ⎝L ⎠ (4.4)
F :a +b +c =1
L : −b − 2c + 2d + e + f = 0 (4.5)
a = 1− b − c (4.6)
e = b + 2c − 2 d − f
ql A
π1 = π3 =
P l2
(4.9)
El 2 δ
π2 = π4 =
P l
101
lp qp Ep
= SL = SQ = SE (4.10)
lm qm Em
Figura 4.42 – Peso por roda do trem equivalente utilizado no estudo do modelo reduzido.
103
pelas ordenadas da linha de influência nos pontos de aplicação das cargas. O valor
máximo calculado foi δ’m = 0,1393 mm.
0.0012
LI Teórica
0.001
LI Experimental
Deslocamento (mm/N)
0.0008
0.0006
0.0004
0.0002
0
0.000 0.228 0.456 0.683 0.911 1.139 1.367
Figura 4.43 – Linha de influência teórica e experimental para o deslocamento no meio do vão do
modelo.
O deslocamento obtido para um modelo perfeitamente semelhante: δm =
0,293 mm, é maior que o calculado em nosso modelo δ’m = 0,1393 mm. Essa
diferença deve-se ao fato que o modelo se comportou muito mais rígido que o
esperado. Essa rigidez pode ser atribuída ao tamanho das seções do modelo que
são muito maiores que as seções do modelo perfeitamente semelhante. Essa
diferença foi advertida na etapa de projeto e fabricação do modelo.
Figura 4.44 – Posição da carga equivalente onde se produz o máximo deslocamento no meio do vão
do modelo.
4.5.2.3 Comparação de deformações nos elementos estruturais
Diagonal T1-D6
T1-D6 ‐0.02
10E-06 T2-D1d
T2-D1e ‐0.04
0E00 ‐0.06
Deformação (m/m)
‐0.08
-10E-06
με/N
‐0.10
‐0.12
-20E-06
‐0.14 LI Teórica
-30E-06 ‐0.16 LI Experimental
‐0.18
-40E-06
0 100 200 300 400 500 Comprimento da Ponte (m)
Tempo (s)
(a) (b)
Figura 4.45 - (a) Deformações experimentais nas diagonais do modelo para o estudo do caso II,
(b) Linha de influência teórica e experimental da deformação da diagonal T1-D6.
106
Figura 4.46 – Posição da carga equivalente onde se produz a máxima solicitação na diagonal T1-D6.
Banzo T1-B4
20E-06
BANZOS 0.000 0.228 0.456 0.683 0.911 1.139 1.367
T1-B4 0.00
10E-06
T2-B2i ‐0.02
‐0.04
0E00
Deformação (m/m)
‐0.06
με/N
-10E-06 ‐0.08
‐0.10
-20E-06
‐0.12
LI Teórica
‐0.14
-30E-06
LI Experimental
‐0.16
-40E-06 ‐0.18
0 100 200 300 400 500
Tempo (s)
Comprimento da Ponte (m)
(a) (b)
Figura 4.47 - (a) Deformações experimentais nos banzos do modelo para o estudo do caso II,
(b) Linha de influência teórica e experimental da deformação do banzo T1-B4.
Figura 4.48 – Posição da carga equivalente onde se produz a máxima solicitação no banzo T1-B4.
Corda T1-C6
30E-06 0.10
CORDAS
T1-C5s 0.09
25E-06 T1-C5i LI Teórica
T2-C2i 0.08
20E-06
LI Experimental
0.07
0.06
Deformação (m/m)
15E-06 με/N
0.05
10E-06
0.04
5E-06
0.03
0.02
0E00
0.01
-5E-06 0.00
‐0.01
-10E-06 0.000 0.228 0.456 0.683 0.911 1.139 1.367
0 100 200 300 400 500
Tempo (s) Comprimento da Ponte (m)
(a) (b)
Figura 4.49 - (a) Deformações experimentais nas cordas do modelo para o estudo do caso II, (b) Linha
de influência teórica e experimental da deformação da corda T1-C6.
Figura 4.50 – Posição da carga equivalente onde se produz a máxima solicitação na corda T1-C6.
150E-06 10
T1_D6i
T1_D6s LVDT1_S3_2
T1_D5a
100E-06 8
T1_M51
T1_M3a
T1_C6s
50E-06 T1_C6i 6
Deslocamento (mm)
Deformação (m/m)
T1_B4s
T1_B4i
0E00 4
-50E-06 2
-100E-06 0
-150E-06 -2
0 25 50 75 100 125 0 25 50 75 100 125 150
Tempo (s) Tempo (s)
(a) (b)
Figura 4.51 – Medições durante passagem do trem Viliato: (a) Deformações nos elementos
estruturais da ponte real, (b) Deslocamento no meio do vão.
T1‐M3
T1‐C6 0.075
0
T1‐B4
0.05
T1‐C4
‐10
T1‐D4 0.025
‐20 0
‐30 ‐0.025
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5
(a) (b)
Figura 4.52 - Grandezas físicas calculadas a partir do modelo numérico (a) Deformações, (b)
Deslocamentos no meio do vão.
110
4.6 Conclusões
Capítulo
5
MODELOS REDUZIDOS DE MICROCONCRETO
Entre os modelos físicos a serem estudados tem se: uma ponte (pórtico de
concreto armado) a fim de se verificar o comportamento devido às solicitações de
carga incremental no meio do vão e vigas levemente armadas com o objetivo de se
conhecer o comportamento em fratura.
5.2.1 Generalidades
dessa região foi instrumentada ao longo de sua altura com extensômetros colados
no aço e no microconcreto. Na figura 5.1 ilustra-se o modelo reduzido montado
sobre o pórtico de ensaios.
5.2.2.1 Definição
Concreto
⎧ ⎡ ⎛ εc ⎞ ⎤
2
⎪⎪0,85 f cd ⎢1 − ⎜1 − ⎟ ⎥ ; 0 ≤ ε c ≤ 0,002
σc = ⎨ ⎣⎢ ⎝ 0,002 ⎠ ⎦⎥ (5.1)
⎪
⎪⎩ 0,85 f cd ; 0,002 ≤ ε c ≤ 0,0035
Onde σC é a tensão no concreto, εc a deformação no concreto e fcd a
resistência de cálculo à compressão do concreto.
σc
0,002 0,0035 εc
Figura 5.2 – Diagrama tensão-deformação para o concreto comprimido.
117
⎧− f yd ; − 0,010 ≤ ε s ≤ −ε sy
⎪
σ s = ⎨E sε s ; − ε sy ≤ ε s ≤ ε sy (5.2)
⎪
⎩ f yd ; ε sy ≤ ε s ≤ 0,010
fyd
-0 ,0 1 0 − εsy
ε sy 0 ,0 1 0 εs
-f yd
εc
+
(ε − ε 0 )
yc
ε0 y>0
d h y<0
ys
εs
d ' −
No concreto
1 εc − εo yc (5.4)
= ⇒ εc = εo +
r yc r
Na armadura
1 εs −εo ys
= ⇒ εs = εo + (5.5)
r ys r
Com os diagramas de tensão-deformação conhecidos tanto do aço quanto
do concreto, ficam determinadas as tensões:
119
⎛ yc ⎞ (5.6)
σ c = f ϕ1 ⎜ ε o , ⎟
⎝ r ⎠
⎛ ys ⎞
σ s = f ϕ2 ⎜ε o , ⎟ (5.7)
⎝ r ⎠
⎛ y ⎞ ⎛ y ⎞
M = ∫ σ c .dAc . y c + Σσ s As . y s ⇒ M = ∫ ϕ1 ⎜ ε o , c ⎟.dAc . y c + Σϕ 2 ⎜ ε o , s ⎟. As . y s (5.9)
⎝ r ⎠ ⎝ r ⎠
yi N
j
fs
i
Tração
fc
Esforço normal:
nc
(σ xi ,b + σ xi ,t ) nb
N =∑ .bi .hi + ∑ σ sj . Asj (5.10)
i =1 2 j =1
Momento fletor:
nc
(σ xi ,b + σ xi ,t ) nb
M = ∑ yi . .bi .hi + ∑ y j .σ sj . Asj (5.11)
i =1 2 j =1
Adota-se um valor de εo
εo < εo máx
εo=εomáx
Figura 5.6 – Fluxograma implementado no programa para cálculo de M-1/r (FUSCO, 1986).
5 Ø6,3mm
150,00
22,63 22,63
25,00
13,85
Ø3,2mm
57,85
85,00
3 Ø8mm
60,00
12,00
Aço CA-50
fyk = 500 MPa (Resistência característica ao escoamento do aço)
Es = 210 GPa (Modulo de elasticidade do aço)
As = 1,508 cm2 (Aço na parte inferior da seção: 3 φ 8mm)
A’s = 1,5586 cm2 (Aço na parte superior da seção: 5 φ 6,3mm)
Parâmetros de Aproximação:
Número de lamelas na mesa: 10
Número de lamelas na alma: 20
Os intervalos de variação considerados para a curvatura (h/r) e a deformação
(ε), com o fim de calcular a força normal N e o momento resistente M, são:
Curvatura h h
0,0005 ≤ ≤ 0,008 → Δ = 0,00025
r r
Deformação − 0,004 ≤ ε ≤ 0,004 → Δε = 0,0002
5 5
4 4
Momento (kN‐m)
Momento (kN‐m)
3 3
2 2
MC Teórica: PUENFLEX
Momento‐Deformação
1 1
MC Teórica: SAP2000 no centro geométrico
0 0
0
0.001
0.002
0.003
0.004
0.005
0.006
0.007
0.008
0.009
‐0.0014
‐0.0012
‐0.001
‐0.0008
‐0.0006
‐0.0004
‐0.0002
h/r εo
(a) (b)
Figura 5.9 – (a) Relação Momento-curvatura da seção, (b) Relação Momento-deformação εo
no centro geométrico da seção.
124
Momento (kN-m)
h/r
Puenflex SAP2000
0 0,000 0,000
0,00025 0,287
0,0005 0,526 0,511
0,00075 0,764
0,001 1,010 1,025
0,00125 1,258
0,0015 1,505 1,536
0,00175 1,751
0,002 1,996 2,034
0,00225 2,238
0,0025 2,477 2,536
0,00275 2,714
0,003 2,949 3,035
0,00325 3,182
0,0035 3,413 3,518
0,00375 3,643
0,004 3,819 3,932
0,00425 3,891
0,0045 3,898 3,957
0,00475 3,906
0,005 3,916 3,974
0,00525 3,924
0,0055 3,928 3,988
0,00575 3,934
0,006 3,942 4,001
0,00625 3,946
0,0065 3,950 4,012
0,00675 3,956
0,007 3,962 4,022
0,00725 3,964
0,0075 3,967 4,031
0,00775 3,972
Da tabela 5.1 e a figura 5.9 (a), pode-se observar que os momentos obtidos
no aplicativo são muito próximos aos calculados pelo SAP2000. As diferenças de
aproximação podem ser atribuídas ao fato de usar modelos constitutivos diferentes.
Em função à comparação feita, os valores calculados no aplicativo podem ser
considerados como confiáveis.
125
16,00
124,50
189,00 160,00
40,00
32,50
160,00
21,43 6,07 105,00 6,07 21,43
A B
2,50
5,00
A B
15.00
24,47 111,07 24,47
2.50
40,00 8.50
26,50
6.00
6,00
6,00
15.00
21,43 6,07 105,00 6,07 21,43
3,00
8.50
9,00 15,00
3,00
4.50 6.00 4.50
160,00
4,50 4,50
15,00 6,00
SAPATA PLANTA (cm) 6,00 15,00
4,50 4,50
118,77
10,00 10,00
Ø3,2mm Ø6.3mm
150,00 150,00
5,00 3,00
25,00 25,00
57,85
85,00 85,00
31,29
60,00 Ø3,2mm 60,00
60,00
35,01
6,30
35,01
Ø6.3mm
31,70
ferros dos pilares para o interior de cada sapata de acordo com a facilidade na
execução. Na figura 5.13 é apresentado o detalhamento e a disposição da
armadura no modelo. Nelas mostram-se a locação das barras longitudinais, a
distribuição dos estribos e a forma das ancoragens.
160,00
2,26
3,82
15,00
3,82
2,26
5 Ø6,3mm 5 Ø6,3mm
6.77 6.77
8.50 8.50
6.00 6.00
3.00 2.00 5.00 2.00 3.00 3.00 2.00 5.00 2.00 3.00
Extensômetro no
microconcreto
Extensômetro
no aço dentro do
Amplificador
para LVDT”s
Servoatuador
Pórtico de
Ensaios
Computador de
controle
Central
Hidráulica
Chassis National
Instrument
LVDT’s
Fio dos
extensômetros Computador de
controle
os extensômetros foram ligados através de fios à placa NI SCXI 1521B, SCXI 1317
e SCXI 1001. No total foram instrumentados extensômetros em três seções da
estrutura. O aplicativo de controle do sistema foi o software LabView, o mesmo que
permitiu monitorar e salvar todos os dados experimentais com uma frequência de
amostragem de 1000 Hz.
Realização do ensaio
Deformações
0.006
0.005
0.004
Deformação
0.003
0.002
0.001
-0.001
0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500 5000 5500
0.0006 Tempo (seg)
0.00045 Extensômetros na Seção 2
A2-E3s
Deformação
0.0003 A2-E4i
A2-E5i
0.00015
A2-E6i
0 C2-E5s
C2-E6s
-0.00015 C2-E7l
0 10 20 30 40 50 C2-E8l
Tempo (seg) C2-E9i
C2-E10i
0.0015
0.00125
0.001
Deformação
0.00075
0.0005
0.00025
-0.00025
0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500 5000 5500
Tempo (seg)
0.0002
Extensômetros no aço
Deformação
0.0001
Tração ‐ Compressão
0 A2-E3s
A2-E4i
-0.0001 A2-E5i
A2-E6i
-0.0002
0 10 20 30 40 50
Tempo (seg)
0.0001
-0.0001
Deformação
-0.0002
-0.0003
-0.0004
-0.0005
-0.0006
-0.0007
0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500 5000 5500
0.0001 Tempo (seg)
Extensômetros no microconcreto
Deformação
0 Compressão
C2-E5s
-0.0001 C2-E6s
C2-E7l
C2-E8l
-0.0002
0 10 20 30 40 50
Tempo (seg)
0.006
0.005
0.004
Deformação
0.003
0.002
0.001
-0.001
0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500 5000 5500
0.00075 Tempo (seg)
Extensômetros no microconcreto
Deformação
0.0005
Tração
C2-E9i
0.00025
C2-E10i
0
0 10 20 30 40 50
Tempo (seg)
Deslocamento vertical
2.5
ΔP
2.25
2
δ
1.75
Deslocamento (mm)
1.5
1.25
LVDT-01
1
0.75
0.5
0.25
0
0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500 5000 5500
Tempo (seg)
35
30
25 ΔP
20 δ
Carga (kN)
15
Curva Experimental
10
Curva Teórica: SAP2000
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Deslocamento (mm)
⎛ δ exp − δ teor. ⎞
Erro (%) = ⎜ ⎟ × 100
⎜ δ ⎟
⎝ exp ⎠
O modelo reduzido não foi ensaiado até a ruptura, pois o objetivo do estudo
era verificar o comportamento não linear da estrutura em suas primeiras fases e
determinar a relação momento-curva de forma experimental.
5 ΔP P = 3,89 kN
8 P = 4,94 kN
4 P = 5,61 kN
P = 6,32 kN
3 P = 6,82 kN
P = 6,95 kN
15,00
6 P = 7,33 kN
2,50 P = 8,02 kN
P = 9,00 kN
P = 9,90 kN
8,50
P = 10,93 kN
Altura (cm)
6,00
4 P = 11,85 kN
P = 12,78 kN
P = 13,09 kN
2,00 5,00 2,00
P =13,56 kN
P = 14,06 kN
P = 14,22 kN
2
2 P = 15,67 kN
P = 17,25 kN
P = 18,39 kN
P = 19,16 kN
1
0
‐1000 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000
Strain (μ)
P 1 2
(kN) ε teórico. ε exper. Erro ε teórico. ε exper. Erro
(μ) (μ) (%) (μ) (μ) (%)
0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
3,89 479,43 408,50 -17,36 369,81 190,00 -94,64
4,94 607,56 529,00 -14,85 468,06 264,00 -77,29
5,61 688,65 734,00 6,18 530,32 335,00 -58,31
6,32 778,03 965,50 19,42 599,16 410,67 -45,90
6,82 839,60 1135,00 26,03 646,49 459,67 -40,64
6,95 856,28 1211,00 29,29 659,31 483,67 -36,32
7,33 902,98 1342,00 32,71 695,18 521,33 -33,35
8,02 989,15 1695,00 41,64 761,29 614,33 -23,92
9,00 1110,92 2339,50 52,51 854,61 739,33 -15,59
9,90 1223,02 2793,00 56,21 940,37 854,67 -10,03
10,93 1351,61 3340,50 59,54 1038,81 984,33 -5,53
11,85 1466,77 3837,00 61,77 1126,91 1093,00 -3,10
12,78 1583,76 4343,50 63,54 1216,34 1207,00 -0,77
13,09 1622,20 4533,50 64,22 1245,70 1248,33 0,21
13,56 1682,25 4761,50 64,67 1291,53 1293,67 0,17
14,06 1745,63 4977,50 64,93 1339,90 1337,67 -0,17
14,22 1765,98 5145,50 65,68 1355,42 1379,67 1,76
15,67 1949,85 5801,50 66,39 1495,63 1543,67 3,11
17,25 2150,15 6428,50 66,55 1648,06 1708,67 3,55
18,39 2295,51 7050,50 67,44 1758,47 1846,67 4,78
19,16 2394,66 7694,50 68,88 1833,68 1970,67 6,95
142
P 3 4 5
(kN) ε teórico. ε exper. Erro ε teórico. ε exper. Erro ε teórico. ε exper. Erro
(μ) (μ) (%) (μ) (μ) (%) (μ) (μ) (%)
0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
3,89 -77,11 -81,73 5,65 -87,27 -75,98 -14,86 -188,84 -122,50 -54,16
4,94 -100,70 -98,98 -1,74 -113,63 -104,38 -8,86 -242,89 -162,50 -49,47
5,61 -115,18 -116,00 0,71 -129,85 -126,50 -2,65 -276,55 -202,50 -36,57
6,32 -130,08 -128,00 -1,62 -146,65 -148,00 0,91 -312,39 -242,00 -29,09
6,82 -140,82 -132,00 -6,68 -158,71 -162,00 2,03 -337,64 -264,50 -27,65
6,95 -143,74 -135,00 -6,47 -161,99 -169,50 4,43 -344,50 -275,50 -25,05
7,33 -152,02 -143,00 -6,30 -171,27 -185,00 7,42 -363,82 -297,00 -22,50
8,02 -167,71 -149,00 -12,56 -188,83 -191,50 1,40 -399,96 -332,50 -20,29
9,00 -190,38 -165,00 -15,38 -214,13 -219,50 2,45 -451,63 -387,00 -16,70
9,90 -211,97 -173,00 -22,53 -238,16 -268,50 11,30 -500,06 -434,00 -15,22
10,93 -236,52 -192,00 -23,19 -207,53 -302,50 31,39 -555,35 -479,00 -15,94
11,85 -258,74 -210,00 -23,21 -290,24 -334,50 13,23 -605,16 -522,00 -15,93
12,78 -281,61 -221,00 -27,43 -315,65 -363,00 13,04 -656,10 -560,00 -17,16
13,09 -289,30 -228,00 -26,89 -324,19 -376,50 13,89 -673,05 -574,00 -17,26
13,56 -301,43 -233,00 -29,37 -337,63 -387,50 12,87 -699,67 -590,50 -18,49
14,06 -314,25 -236,00 -33,16 -351,85 -397,00 11,37 -727,79 -604,50 -20,40
14,22 -318,44 -240,00 -32,68 -356,48 -406,00 12,20 -736,91 -616,50 -19,53
15,67 -356,26 -257,00 -38,62 -398,35 -446,00 10,68 -819,23 -675,50 -21,28
17,25 -398,96 -274,00 -45,61 -445,48 -483,00 7,77 -910,71 -727,50 -25,18
18,39 -431,06 -295,00 -46,12 -480,82 -526,00 8,59 -978,44 -773,50 -26,50
19,16 -453,47 -311,00 -45,81 -505,45 -566,00 10,70 -1025,26 -821,50 -24,80
143
⎛ ε exp − ε teor. ⎞
O erro foi calculado da seguinte forma: Erro (%) = ⎜⎜ ⎟ ×100
⎟
⎝ ε exp ⎠
Cálculo do momento
15,00
ε' c 5
1,10 εc 9
2,50 0,40 ε'c4 εc8
ε' s 3
εc7
εc6
8,50 5,40 εc5
εc4
6,00
εc 3
ε' s 2 εc 2
1,60 εc 1
ε'c1
2,00 5,00 2,00 Deformações medidas Deformações para
pelos extensometros (ε) cada camada (ε)
Por conceito teórico, a curvatura de uma seção pode ser definida como a
diferença entre duas de suas deformações, dividida pela distância entre elas.
O cálculo da curvatura experimental da seção foi realizada usando os
conceitos teóricos (equação 5.3), com a diferença que ao invés de usar as
deformações teóricas, foram usados as deformações experimentais.
Assim, as cinco deformações experimentais medidas na seção permitiram
determinar quatro curvaturas para cada caso de carga. Os valores calculados das
curvaturas eram próximos entre si, a exceção da curvatura calculada entre a zona
1 e 2, razão pela qual, teve que ser desconsiderada na estimativa da curvatura.
Portanto, a curvatura da seção foi determinada como média das três curvaturas
experimentais restantes.
Na figura 5.27, apresenta-se a relação momento-curvatura, gerada a partir
dos dados experimentais e as hipóteses de cálculo adotadas.
3
Momento (kN‐m)
1
MC Experim. S/Extens. E9i, E10i
MC Experim. C/ Extens. E9i, E10i
0
0.002
0.004
0.006
0.008
0.01
0.012
0
h/r
4
Momento (kN‐m)
MC Teórico: PUENFLEX
1
MC Experim. S/Extens. E9i, E10i
MC Experim. C/ Extens. E9i, E10i
0
0.002
0.004
0.006
0.008
0.01
0.012
0
h/r
O modelo ao ser submetido a uma força P (figura 5.29 a), para pequenos
valores de P, enquanto a tensão de tração foi inferior à resistência do
microconcreto à tração na flexão, a viga não apresentou fissuras, ou seja, as suas
seções permaneceram no Estádio I. Nessa fase, originou-se um sistema de
tensões principais de tração e de compressão.
Fissura
L1
(a) (b)
Figura 5.29 – (a) Modelo submetido a ensaio de flexão, (b) Formação das primeiras fissuras.
Fissura Fissura
L2 L3
(a) (b)
Figura 5.30 – Aparecimento de fissuras na medida em que incrementa a carga.
5.2.6 Conclusões
5.3.1 Generalidades
5.3.2.1 Introdução
ELASTICO LINEAR
σ ft
σ=0 σ=f(w)
F (b)
(a)
Figura 5.33 – (a) Fissura coesiva (RUIZ, 1998), (b) Função de amolecimento
(CARPINTERI et al, 2002).
6 6 6
Nervurado ρ=0,13%
5 5 5
ρ=0,171%
P (kN)
P (kN)
P (kN)
4 4 Liso 4
ρ=0,065%
3 3 3
ρ=0,098% D=150mm
2 2 2 Nervurado
P P P
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5
δ (mm) δ (mm) δ (mm)
(a) (b) (c)
Figura 5.34 – Curvas carga-deslocamento: (a) Ensaio de Hededal e Kroon (1991), (b) e (c) Ensaios de
Gonzalo Ruiz (1998).
10 10
8 8
6 6
P (kN)
P (kN)
4 4
R2H T1H (150mm)
T2H (150mm) T2H (150mm)
2 T2H (300mm) 2
T4H (150mm)
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6
δ (mm) δ (mm)
(a) (b)
Figura 5.35 – Curvas carga-deslocamento de Jacinto Ruiz (2006): (a) Vigas T com comprimentos de
mesa variável, (b) Vigas tipo T com taxa de armadura variável.
do aço. Se o aço tem uma transição entre sua resposta elástica - linear e seu
comportamento perfeitamente plástico, o pico D suaviza-se e a curva apresenta
uma curvatura suave representada pela linha de traços CD’E.
P P
Py
ρ > ρmin
Pf Dúctil
B Py
ρ = ρmin
A D E Frágil
C D' Py
ρ < ρmin
O O
δ δ
(a) (b)
Figura 5.36 – (a) Curva carga-deslocamento de uma viga levemente armada, (b) Transição frágil-dúctil
numa viga armada em função da taxa de armadura (RUIZ, 1998).
quantidade mínima de aço a ser colocada na viga para que em nenhum caso
rompa de modo frágil. Essa quantidade de aço costuma ser expressa como a razão
entre a área de aço que se coloca na zona tracionada, As, e a área da seção do
concreto, Ac. Essa razão denomina-se taxa de armadura e, normalmente, é
representada pela letra ρ. Então, chamam-se vigas levemente armadas, às vigas
que tem uma quantidade de aço próxima a esse mínimo.
(a)
(b) (c)
Figura 5.37 – Viga retangular armada: (a) Valores de abertura de fissura (mm), (b) Elementos
danificados (com fissura ativa), (c) região de perda de aderência.
163
10 12
8 10
R‐2b
R‐1b T‐2b
8
Carga (kN)
Carga (kN)
2
2
0 0
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6
(a) (b)
Figura 5.38 – Curva carga-deslocamento das vigas de seção retangular (a) e seção T (b) para
diferentes taxas de armadura.
12 12
10 10
R‐1b R‐2b
8 8
Carga (kN)
T‐2b
Carga (kN)
T‐1b
6 6
4 4
2 2
0 0
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6
Deslocamento (mm) Deslocamento (mm)
(a) (b)
Figura 5.39 – Curva carga-deslocamento das vigas de seção retangular e seção T com uma armadura
(a) e duas armaduras (b).
164
Foram escolhidos dois tipos de seções, uma retangular e outro tipo T com
duas taxas de armadura diferentes, executadas com um microconcreto com
tamanho máximo de agregado de 4,8 mm. As armaduras escolhidas possuíam
seções suficientemente pequenas para que as vigas armadas se situem na zona de
transição dúctil-frágil. O diâmetro nominal da armadura foi de 3,215 mm.
B
4D
4,5 D
P
ρ1 0,108% ρ2 0,216%
5,00 5,00
60,00
67,50
(a) (b)
Figura 5.41 – Viga retangular (a) com uma barra de reforço R-1b, (b) com duas barras de reforço R-2b.
ρ3 0,065% ρ4 0,130%
P 15,00 15,00
5,0 5,0 5,0 5,0 5,0 5,0
5,00 5,00
Figura 5.42 – Viga tipo T (a) com uma barra de reforço T-1b, (b) com duas barras de reforço T-2b.
P
0,35
15,00
0,35
7,50 7,50
3,75
7,50
7,50
15,00
P
Servoatuador
Pórtico de
ensaios
Apoio
Apoio LVDT
(a) (b)
Figura 5.45 – Ensaio de flexão em três pontos (a) Viga retangular, (b) Viga tipo T.
Sistema de monitoração
Realização do ensaio
Esse fato torna o controle desses ensaios bastante complicado e, como tal,
exige que as condições de realização do ensaio estejam otimizadas.
configuração. Por esse motivo perderam-se quatro corpos de prova (R-1b-1, R-1b-
2, R-2b-3 e T-2b-3).
10
10
8
8
R‐1b‐01 R‐2b‐01
Carga (kN)
6 R‐2b‐02
Carga (kN)
6 ρ=0,216%
4 4
ρ=0,108%
2 2
0 0
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6
Deslocamento (mm) Deslocamento (mm)
(a) (b)
Figura 5.46 – Curva carga-deslocamento das vigas de seção retangular: (a) ρ = 0,108%,
(b) ρ = 0,216%.
171
12 12
10 10
T‐1b‐01
T‐2b‐01
T‐1b‐02 8
8 T‐2b‐02
T‐1b‐03
Carga (kN)
Carga (kN)
6 6
ρ=0,065% ρ=0,13%
4 4
2 2
0 0
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6
Figura 5.47 – Curva carga-deslocamento das vigas de seção T: (a) ρ = 0,065%, (b) ρ = 0,13%.
10 12
T‐1b‐01
10 T‐1b‐02
8 R‐1b‐01
T‐1b‐03
R‐2b‐01
8 T‐2b‐01
R‐2b‐02
6 T‐2b‐02
Carga (kN)
ρ=0,216% ρ=0,13%
Carga (kN)
6
4 ρ=0,065%
4
ρ=0,108%
2 2
0 0
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6
Figura 5.48 – Influencia da taxa de armadura no comportamento das vigas levemente armadas.
173
12 12
Pico secundário
10 10
R‐2b‐01
R‐1b‐01 8 R‐2b‐02
8
T‐1b‐01 T‐2b‐01
Carga (kN)
Carga (kN)
T‐1b‐02 T‐2b‐02
6 6
4 4
2 2
Pico secundário
0 0
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6
Figura 5.49 – Influencia da forma da seção no comportamento das vigas levemente armadas.
174
Nas curvas da figura 5.50 e 5.51 percebe-se que o modelo teórico prediz a
carga máxima com bastante exatidão. O comportamento posterior à carga máxima
de fissuração das curvas analíticas também se ajustam razoavelmente às bandas
dos resultados experimentais.
10 10
ρ=0,216%
Carga (kN)
4 ρ=0,108% 4
2 2
0 0
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6
Deslocamento (mm)
Deslocamento (mm)
(a) (b)
Figura 5.50 – Comparação teórico experimental das curvas de carga- deslocamento das vigas de
seção retangular.
12 12
Curva Teórica Pico secundário Curva Teórica
10 10
T‐1b‐01 T‐2b‐01
T‐1b‐02 T‐2b‐02
8 8
T‐1b‐03
ρ=0,13%
Carga (kN)
Carga (kN)
6 6
ρ=0,065%
4 4
2 2
Pico secundário
0 0
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6
(a) (b)
Figura 5.51 – Comparação teórico experimental das curvas de carga- deslocamento das vigas de
seção T.
vigas retangulares quanto nas vigas de seção T, conforme se ilustra na figura 5.52
e 5.53.
5.3.6 Conclusões
Capítulo
6
CONCLUSÕES E TRABALHOS FUTUROS
Monitoração de estruturas
A escolha dos fatores de escala deve ser feita levando-se em conta muitas
considerações. Modelos muito pequenos requerem cargas leves, mas são difíceis de
fabricar, enquanto modelos maiores são mais fáceis de fabricar, mas exigem
equipamentos de carga muito mais pesados. Portanto, a seleção dos fatores de
escala depende da disponibilidade de recursos no laboratório (espaço, dispositivos de
carregamento, etc.).
sobe até a mesa da seção, fazendo com que a viga se comporte como uma viga
retangular maior.
Nos ensaios dessas vigas, também se teve a influencia das condições do apoio
no comportamento inicial, pois para vigas com características semelhantes, a curva
carga-deslocamento apresentou inclinações diferentes.
convencional com boa resistência e trabalhabilidade, para que possam ser usadas em
regiões onde exista alta concentração de armaduras e espaços pequenos.
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6118:2003: Projeto de
estruturas de concreto – procedimento.
AKIMOVS, E.; PAEGLITIS, A. Load Testing of New Bridges in Latvia, Latvia 2008.
ENEY, W.J. New deformeter apparatus. Eng. News-Record, 122 (7), 16, 221, 1939.
ISIS CANADA. Guidelines for Structural Health Monitoring. Design Manual No. 2,
Canada, 2001.
PORTELA, A.; SILVA A. Mecânica dos Materiais, Editora Platano, Lisboa, 1996.
189
Anexo
A.1
FABRICAÇÃO DE MODELOS EM ESCALA
REDUZIDA
91.80
SEÇÃO TIPO III SEÇÃO TIPO III SEÇÃO TIPO III SEÇÃO TIPO III
SE
III
PO
31.80
Ç
S
IV
SEÇÃO TIPO I
SEÇÃO TIPO I
ÃO
EÇ
TI
I
O
SEÇÃO TIPO I
SEÇÃO TIPO I
SEÇÃO TIPO I
O
EÇ
ÃO
T IP
O
TIP
TIP
Ã
ÃO
Ç
TIP
O
ÃO
24.98
SE
ÃO
22.81 23.63
III
TIP
O
Ç
EÇ
SE
30.35
IV
29.77
O
S
I
NODO I NODO III NODO V NODO III NODO V NODO III NODO I
SEÇÃO TIPO II SEÇÃO TIPO II SEÇÃO TIPO II SEÇÃO TIPO II SEÇÃO TIPO II SEÇÃO TIPO II
3.38 3.38
5.00
TRANSVERSINA
TRANSVERSINA
TRANSVERSINA
LONGARINA LONGARINA LONGARINA LONGARINA
15.00 5.00
LONGARINA LONGARINA LONGARINA LONGARINA
5.00
3.38 3.38
1.58
3.25
12.70
6.29
1.58
19.05
20.00 20.00 7.50
2.32
3.30 3.90
1.00
12.70
1.00
3.90 3.30
2.32
7.50
20.00
1.00
1.58 20.00 20.00
20.00
39.18
9.54 12.7014.70
7.50
1.58
1.00
7.50 7.50
2.32 1.00 1.00 2.32
3.30 3.90 12.70 3.90 3.30
1.00
20.00
39.15 39.15
9.54 12.7014.70
7.50
1.58
1.00
33.75 33.75
Figura A.3 - Detalhamento das seções transversais das barros do modelo (Unidade: cm).
192
40.00
5.00
10.00 10.00 10.00
49.22 7.
8
5.55
3
3.25
3.04 4.77
0
.0
10
3.25
.0 .0 0
30.81
6
"
10 4 5
8.1
3 .3
0
'3
°21
4
2
13
0
.0
0
.0
14.50
10
10
54.97
10
.
5.00
00
0
5.00
7.63
.0
65.00
10
55.72
10.00
15.25
22
0
7.63
30.00
.0
.0
28.00
0
10
10.00
5.00 32 6
.2 .8
35.00
4 35
2.40
5.00
5.00
10.00 10.00
20.00 20.00
3.85
2.46
20.00
75.00
5.00
10.00 10.00 12.50 12.50 10.00 10.00
26 5.00 2 9.
26
10.00
10.00
29.
10.00
47.43
56
3
26
2 .1
20.00 .8 5.00
.
10.00
30
57.43
26
.
5.00
78
8
42.97
7.93
32.97
10
10.00
.0
. 00
10
0
10
.0
35.00
. 00
10
7.93
45.72
10
0
30.50
.0
.0
10
0
10
0
.0
10.00
.0
10
7.32
0
5.00 5.00
14.64
10.00
9 .2
28
2.40
9.
8
7.32
5.00
7.96
27.50 20.00 27.50
2.40
10.00 10.00 12.50 12.50 10.00 10.00
5.00 5.00
75.00
Uma vez terminada a fabricação das barras da treliça, iniciou-se o corte das
chapas de alumínio, as quais posteriormente uniram as barras para formar os nós de
encontro. Cada um dos nós possui sua própria geometria, suas dimensões e
disposição de rebites (figura A.4). Antes do processo de furação e colocação dos
rebites, as chapas e as barras foram pré-montadas, a fim de verificar se as peças da
estrutura estavam com as dimensões corretas. A figura A.4 ilustra o processo de
fabricação das peças.
Figura A.4 - Esquerda: Barras e chapas do modelo. Direita: Fixação das barras para montagem.
Figura A.5 - Esquerda: Fixação de barras e nós na mesa de madeira. Direita: Rebite de um nó.
Figura A.9 - Esquerda: Montagem das duas treliças. Direita: Rebite de transversinas.
Para a ligação das transversinas com as treliças, foram utilizadas pequenas
cantoneiras feitas de chapas de alumínio de uma 1mm de espessura. Estas peças
foram fixadas em cada elemento usando rebites e parafusos pequenos. Para definir
a posição exata da localização das transversinas foi necessária a execução de uma
pré-montagem. A necessidade de se fazer a montagem foi devido ao pequeno
espaço para rebitar as cantoneiras com as transversinas e os nós da treliça, devido
à quantidade de rebites colocados. Na figura A.10 é apresentada a montagem final
do modelo.
160,00
21,43 6,07 105,00 6,07 21,43
A B
2,50
5,00
A B
15.00
24,47 111,07 24,47
2.50
40,00 8.50
26,50
6.00
6,00
6,00
15.00
21,43 6,07 105,00 6,07 21,43
3,00
8.50
9,00 15,00
3,00
4.50 6.00 4.50
160,00
4,50 4,50
15,00 6,00
SAPATA PLANTA (cm) 6,00 15,00
4,50 4,50
118,77
10,00 10,00
Ø3,2mm Ø6.3mm
150,00 150,00
5,00 3,00
25,00 25,00
57,85
85,00 85,00
31,29
60,00 Ø3,2mm 60,00
60,00
35,01
6,30
35,01
Ø6.3mm
31,70
Figura A.12 – Disposição das armaduras de aço na viga tabuleiro e nos pilares.
160,00
2,26
3,82
15,00
3,82
2,26
5 Ø6,3mm 5 Ø6,3mm
6.77 6.77
8.50 8.50
6.00 6.00
3.00 2.00 5.00 2.00 3.00 3.00 2.00 5.00 2.00 3.00
P
0,35
15,00
0,35
7,50 7,50
3,75
Figura A.14 – Viga sem armadura de altura variável para medir a energia de fratura.
15,00 2,00
Ø 3,215mm15,00
1,50
Ø 3,215mm
2,25 2,25
5,00 5,00
60,00
67,50
(a) (b)
Figura A.15 – Viga retangular (a) com uma barra de reforço R-1b, (b) com duas barras de reforço R-
2b.
P 15,00 15,00
5,0 5,0 5,0 5,0 5,0 5,0
5,00 5,00
Figura A.16 – Viga tipo T (a) com uma barra de reforço T-1b, (b) com duas barras de reforço T-2b.
f cj = f ck + 1,65S d (A.1)
Onde:
( mm) H%
4,8 10,00
2,4 10,90
1,2 13,00
Em porcentagem ter-se-á:
1
Para o cimento: .100(%) (A.3)
1+ a
Para o agregado: a (A.4)
.100(%)
1+ a
Onde:
X = Abscissa.
D = Diâmetro do agregado máximo (D=4,8mm; D=2,4mm e D=1,2mm).
Y = Ordenada.
K = Parâmetro de correção função do tipo grão do agregado (arredondado)
e consumo de cimento fornecido pela tabela A.2.
Tabela A.2 – Parâmetro de correção.
Consumo de K
cimento em kg/m3
600 -10
550 -8
500 -6
450 -4
400 -2
350 0
300 +2
203
Tabela A.3 – Definição dos parâmetros da curva granulométrica segundo o método de Gorisse.
A avaliação dos traços foi feita em função dos resultados obtidos nos
ensaios de resistência a compressão simples e trabalhabilidade.
(a) (b)
Figura A.17 - (a) Ensaio de resistência à compressão; (b) Ensaio de espalhamento “Flow Test”.
2 unidades de cada
3.10
160.00 1.20
2.50
105.00 0.60
3.80
3.600,20
0.60
103.80
0,20
103.80 0.60
1 unidade
6.26
103.79 0.60
Lataral do pilar (6mm) Apoio próximo ao pilar Lateral de seção retangular (6mm) (2 unidades de cada)
Fechamento das pontas (12mm)
(4 unidades) (12mm ou mais) (2 unidades) Atenção! o lado de face é plastificado.
(2 unidades)
18,60 0,09 3,60
4,37 9,86
3,10 Esquema das seções 6,32
71,57°
1,80 6,60
36,90
24,30 6,32
24,58 6,60
0,60
71,57°
ESCALA : 1/5
98,58°
ESCALA : 1/5 4,50
1,10
6,14 6,14
4,10 14,20
21,72
0,20
6,07
Cada uma das peças de madeira cortadas foi codificada para facilitar a
montagem da forma, tal como se mostra na figura A.21.
Largura: B = 5,00 cm
D1: D = 7,50 cm
D
D2: D = 15,00 cm 0,5 D
B
4,5 D
207
Corpos de prova com reforço: Flexão em três pontos (figura A.15 e A.16)
arame na parte mais profunda ficou um 6.5% menor que o diâmetro original,
enquanto a outra parte ficou um 8,25% mais grossa.
Figura A.24 – Dobragem dos estribos do tabuleiro e do pilar da ponte em escala reduzida.
Sensor (straingage)
Reforço
Forma da
ponte
Mesa vibratória
(a) (b)
Figura A.26 - (a) Forma instalada acima da mesa vibratória, (b) Concretagem da sapata.
Fios de sensor
instalados no aço
(a) (b)
Figura A.27 - (a) Concretagem do tabuleiro, (b) Final da concretagem.
210
Vigas tipo T
5 x 15 x 67,5 cm
Viga Retangular
5 x 7,5 x 33,75
Viga Retangular
5 x 15 x 67,5 cm Corpo de prova para
Ensaio de aderência
7,5 x 7,5 x 15 cm
Mesa vibratória
(a) (b)
Figura A.28 - Concretagem das vigas: (a) Seção retangular, (b) Seção tipo T e retangulares.
(a) (b)
Figura A.29 – (a) Desforma do tabuleiro e pilares, (b) Estrutura suspensa fora da forma.
211
O tipo de cura adotado para cada modelo foi diferente. No caso da ponte
foi coberta com panos molhados e uma plástica longa (figura A.30), para envolver a
estrutura de corpo inteiro e assim não deixar escapar a umidade que foi
diariamente aplicada durante um período de 28 dias.
Figura A.30 – Ponte coberto com pano molhado e uma capa de plástico.
212
Anexo
B.
B.1
CARACTERIZAÇÃO DOS MATERIAIS
Introdução
B
Todos os materiais usados nesta pesquisa foram caracterizados de acordo
com as especificações da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT.
200 3.5
9 9
50 82 50
12.5
20
20
R12.7 R12.7
Extensômetro Elétrico
Corpo de prova
de alumínio
(a) (b)
Figura B.2 – (a) Ensaio na prensa universal EMIC, (b) Corpo de prova depois do ensaio.
214
250
200
Tensão (MPa)
150
Deform. Longitudinal
100
Deform. Transversal
50
0
‐0.01 ‐0.005 2E‐17 0.005 0.01
Deformação transversal Deformação longitudinal
Tabela B.2 – Valores de resistência a compressão dos corpos de prova das vigas.
Nesse ensaio a carga foi aplicada a uma velocidade de 0,30 MPa/seg, sendo
um valor dentre os intervalos recomendados pela norma.
Corpo de prova
(a) (b)
Figura B.4 – (a) Corpos de prova de 50 x 100mm, (b) Ensaio de compressão
simples.
217
Corpo de prova
(a) (b)
Figura B.5 – (a) Ensaio na prensa universal EMIC, (b) Corpo de prova depois
do ensaio.
O cálculo da resistência à tração de cada corpo de prova foi realizado com a
seguinte expressão:
2F
f t, D =
π .d .L (B.1)
Tabela B.4 – Valores de resistência à tração dos corpos de prova das vigas.
Tabela B.6 - Valores do módulo de elasticidade dos corpos de prova das vigas.
B.3.4.1 Definição
Corpo de prova
(a) (b)
Figura B.7 – (a) Ensaio de arrancamento aço - microconcreto, (b) Corpo de
prova depois do ensaio.
221
B.3.4.3 Resultados
F = 2. As .E s .τ c . p.u (B.2)
Fo uo Ff uf a b τc F máx.
(N) (mm) (N) (mm) (mm) (mm/N) (MPa) (N)
EA-CP1 1695,62 0,0544 2715,86 0,1262 0,008534 1,60E-08 3,33 3174,80
EA-CP2 1364,40 0,0348 2833,80 0,1371 0,003864 1,66E-08 3,20 3272,00
EA-CP3 1447,55 0,0466 2740,14 0,1425 0,009476 1,77E-08 3,00 3250,00
Media 3,18 MPa
D. Padrão 0,17 MPa
3.50
3.00
2.50
1.50 F
1.00 u
Curva Experimental ‐ EA‐CP1
0.50
Curva de Ajuste u = a+bF2
0.00
0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35
Deslizamento u (mm)
Figura B.8 – Curva força-deslizamento F-u, do ensaio experimental e curva de ajuste baseado na lei
tensão de aderência-deslizamento rígido-plástica do EA-CP1.
3.50
3.00
2.50
Força (kN)
2.00
1.50 F
1.00 u
Curva Experimental ‐ EA‐CP2
0.50
Curva de Ajuste u = a+bF2
0.00
0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4
Deslizamento u (mm)
Figura B.9 – Curva força-deslizamento F-u, do ensaio experimental e curva de ajuste baseado na lei
tensão de aderência-deslizamento rígido-plástica do EA-CP2.
3.50
3.00
2.50
2.00
Força (kN)
1.50 F
1.00 u
Curva Experimental ‐ EA‐CP3
0.50
Curva de Ajuste u = a+bF2
0.00
0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4
Deslizamento u (mm)
Figura B.10 – Curva força-deslizamento F-u, do ensaio experimental e curva de ajuste baseado na lei
tensão de aderência-deslizamento rígido-plástica do EA-CP3.
224
B.3.5.1 Definição
parâmetros. Motivo pela qual, a energia de fratura real do concreto foi calculada
usando o método simplificado proposto por Karihaloo et al (2003), o qual se baseia
no modelo de fratura local desenvolvido por Hu et al (2000) e consiste na obtenção
da energia de fratura RILEM (Gf) para profundidades relativas de entalhe diferente.
Com os valores de Gf obtidos para cada profundidade de entalhe e com a
aplicação da equação B.7 se obtém o valor da energia de fratura real GF
independente do tamanho da zona do ligamento.
para caa
⎧G F x < D − a − al
⎪
g f ( x) = ⎨ ⎡ x − ( D − a − al ) ⎤
⎪G F ⎢1 − ⎥ x > D − a − al
⎩ ⎣ al ⎦ (B.7)
D −a
G f (a / D) =
∫0
g f ( x)dx
D−a
LVDT 2
LVDT 1
Figura B.12 – Ensaio de flexão em três pontos em vigas entalhadas para determinar a energia de
fratura, o LVDT 1 permitiu medir o deslocamento da viga e o LVTD 2 a abertura da fissura.
Esta zona inicial se caracteriza por ser uma curva com inclinação crescente
que se estabiliza numa linha reta ao crescer a carga até o momento da ruptura.
Este tipo de ensaios se caracteriza por apresentar ruptura frágil. Na figura B.13
apresenta-se a evolução da fissura durante a o ensaio de flexão em três pontos.
B.3.5.3 Resultados
Para calcular a energia de fratura real foi usada a equação B.8, com a qual
se montou um sistema de duas equações cujas incógnitas foram o GF e a l. Por
exemplo, a primeira equação foi elaborada com dados do corpo de prova GF-D1-1
Gf(0,5) = 71,04 N/m e a segunda equação com os dados do corpo de prova GF-D2-1
Gf(0,5) = 72,13 N/m.
⎧ ⎛ a /D ⎞
⎪G F ⎜⎜1 − l ⎟⎟ 1 − α < al / D
⎪
G f (α ) = ⎨ ⎝ 2.(1 − α ) ⎠
(B.8)
⎪G 1− α
1 − αx > al / D
⎪⎩ F 2.al / D
1 1
GF‐D1‐1 GF‐D1‐2
Pmáx = 0,96 kN Pmáx = 0,98 kN
Gf = 71,04 N/m Gf = 61,27 N/m
0.75 0.75
Carga (kN)
Carga (kN)
0.5 0.5
0.25 0.25
0 0
-0.40 -0.30 -0.20 -0.10 0.00 0.10 0.20 0.30 0.40 0.50 0.60 -0.40 -0.30 -0.20 -0.10 0.00 0.10 0.20 0.30 0.40 0.50 0.60
CMOD (mm) Deslocamento (mm) CMOD (mm) Deslocamento (mm)
1.5 1.5
GF‐D2‐1 GF‐D2‐3
Pmáx = 1,43 kN Pmáx = 1,50 kN
1.25 1.25
Gf = 72,13 N/m Gf = 66,45 N/m
1 1
Carga (kN)
Carga (kN)
0.75 0.75
0.5 0.5
0.25 0.25
0 0
-0.40 -0.30 -0.20 -0.10 0.00 0.10 0.20 0.30 0.40 0.50 0.60 -0.40 -0.30 -0.20 -0.10 0.00 0.10 0.20 0.30 0.40 0.50 0.60
CMOD (mm) Deslocamento (mm) CMOD (mm) Deslocamento (mm)
Tensão máx.
Módulo de de Tensão de
Elasticidade Resistência fu Escoamento fy
(GPa) (MPa) (MPa)
210,00 550,00 500,00
O arame recozido usado nos modelos físicos foi ensaiado à tração com
deformação controlada segundo a norma ASTM E8M:2000 e a norma NBR
6207:1982. O interesse de caracterizá-lo foi para conhecer as propriedades
229
Arame recozido
de 3,125mm.
450
400
350
300
Tensão (Mpa)
CP1 ‐ 3,215mm
250
CP2 ‐ 3,215mm
200
CP3 ‐ 3,215mm
150
100
50
0
0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025
Deformação (ε)
Figura B.17 – Gráfico de tensão - deformação das barras de aço com diâmetro de 3,215mm.
231
Anexo
C.
C.1
RESULTADOS EXPERIMENTAIS DOS
Introdução
MODELOS FÍSICOS
C
Este anexo apresenta em forma detalhada alguns resultados experimentais
obtidos durante a execução dos ensaios nos modelos reduzidos.
100E-06
CORDAS
T1-C5s
80E-06 T1-C5i
T1-C4s
T1-C4i
60E-06
T2-C2i
T2-C3i
Deformação (m/m)
40E-06
20E-06
0E00
-20E-06
-40E-06
10E-06
0E00
-10E-06
Deformação (m/m)
-20E-06
BANZOS
T1-B4
-30E-06
T2-B2i
-40E-06
-50E-06
0 50 100 150 200 250
Tempo (s)
40E-06
30E-06
20E-06
10E-06
Deformação (m/m)
0E00
DIAGONAIS
-10E-06
T1-D6
T1-D5i
T1-D4s
-20E-06
T2-D3s
T2-D3i
T2-D2s
-30E-06
T2-D1d
T2-D1e
-40E-06
0 50 100 150 200 250
Tempo (s)
60E-06
MONTANTES
50E-06
T1-M5e
T1-M4e
40E-06
T1-M4d
T1-M3e
30E-06
T1-M3d
T2-M3d
Deformação (m/m)
20E-06
T2-M2d
T2-M1d
10E-06
0E00
-10E-06
-20E-06
-30E-06
-40E-06
0 50 100 150 200 250
Tempo (s)
10
EF‐R‐1B‐01
Pmáx = 8,20 kN
15,00
Ø 3,215mm
6 2,25
Carga (kN)
5,00
0
0.00 0.10 0.20 0.30 0.40 0.50
Deslocamento (mm)
10
EF‐R‐2B‐01
Pmáx = 8,30 kN
15,00 2,00
1,50
6 2,25
Carga (kN)
5,00
0
0.00 0.10 0.20 0.30 0.40 0.50 0.60 0.70 0.80 0.90 1.00
Deslocamento (mm)
10
EF‐R‐2B‐02
Pmáx = 8,07 kN
15,00 2,00
1,50
2,25
6
Carga (kN)
5,00
0
0.00 0.10 0.20 0.30 0.40 0.50 0.60
Deslocamento (mm)
12
EF‐T‐1B‐01
Pmáx = 10,70 kN
15,00
10
5,00 5,00 5,00
5,00
8
15,00
10,00 Ø3,215mm
Carga (kN)
2,25
6
0
0.00 0.10 0.20 0.30 0.40 0.50
Deslocamento (mm)
12
EF‐T‐1B‐02
Pmáx = 10,12 kN
15,00
10 5,00 5,00 5,00
5,00
8
15,00
10,00 Ø3,215mm
Carga (kN)
2,25
6
0
0.00 0.10 0.20 0.30 0.40 0.50 0.60 0.70 0.80
Deslocamento (mm)
12
EF‐T‐1B‐03
Pmáx = 10,25 kN
15,00
10 5,00 5,00 5,00
5,00
8
15,00
10,00 Ø3,215mm
Carga (kN)
2,25
6
0
0.00 0.10 0.20 0.30 0.40 0.50 0.60
Deslocamento (mm)
12
EF‐T‐2B‐01
Pmáx = 10,50 kN
15,00
10 5,00 5,00 5,00
5,00
8
2,00 15,00
1,50
10,00
Carga (kN)
2,25
6
0
0.00 0.10 0.20 0.30 0.40 0.50 0.60 0.70 0.80 0.90
Deslocamento (mm)
12
EF‐T‐2B‐02
Pmáx = 10,65 kN
15,00
10 5,00 5,00 5,00
5,00
8 2,00 15,00
1,50
10,00
2,25
Carga (kN)
0
0.00 0.10 0.20 0.30 0.40 0.50
Deslocamento (mm)
10
EF‐R‐2B‐02
Correção zero em Pmáx = 8,07 kN
deslocamento
8
15,00 2,00
1,50
Linha Projetada a
partir da zona linear
2,25
6
Carga (kN)
5,00
0
0.00 0.10 0.20 0.30 0.40 0.50 0.60
Deslocamento (mm)
Anexo
DIMENSIONAMENTO DA PONTE DE
MICROCONCRETO
Forças solicitantes
Md = 405,0 KN.cm (Momento máximo)
Vd = 11,25 KN (Cortante máximo)
t ⎛ h
2
h .
f h⎟
⎞ hf
a3 = w ⎜ − + h.d + h f .d + + t w (d − ) + b w d
f
⎜
hw ⎝ 3 3 ⎠ ⎟ 3
t w .h f .h ⎛ h f ⎞ ⎛ 2 hf ⎞ hf Md
a4 = ⎜ − d ⎟⎟ + t w .h f ⎜ − d ⎟ + h f .(b f − b w ).( d − ) −
h w ⎜⎝ 3 ⎠ ⎝ 3 ⎠ 2 0,85 f cd
⎡ hf y t ⎛ (h − h + y lim ) ⎞⎤
M wd = 0,85 f cd ⎢h f (b f − bw )(d − ) + y lim .bw ( d − lim ) + w ( y lim − h f )⎜ ( h − y lim )(2d − h f − y lim ) + w (3d − 2h f − y lim ) ⎟⎥
⎣ 2 2 h w ⎝ 3 ⎠⎦
Vco = 3,39 KN (Força cortante resistida pelo concreto) Vc = Vco = 0,6 fctd bw d
V
τc = 0,097 KN/cm2 (Tensão de cisalhamento resistida pelo concreto) τc = c
bw d
τsw = 0,225 KN/cm2 (Tensão de cisalhamento absorvida pelo estribo) τ sw = τ wd − τ c
É necesario o uso de estribos
1,11.τ sw 1
ρ sw = 0,0083 (Taxa geométrica de armadura trans.) ρ sw = .
f yd senα .( senα + cosα )
(Resistência a tração direta) f ctm = 0,3.( f ck )
2/3
fctm = 3,228 Mpa
0 , 20 . f ctm
ρ min 0,0214 (Taxa geométrica de armadura trans. mínima)ρ min =
f yk
Asw = 0,16 cm2 (Área da seção transversal dos estribos)
242
St,max = 4,20 cm Ø
ev
Ø
(c) Espaçamento entre as barras ev
⎪ Ø
eh,min2 = 0,80 cm eh,min = 2,00 cm eh ,mín ≥ ⎨φl
eh,min3 = 0,58 cm ⎪1,2d
⎩ máx , agr