A 27 de fevereiro, no Agrupamento de Escolas de Canelas, a companhia de teatro
trouxe a peça original “Farsa de Inês Pereira” feita e representada por Alexandre Sá, entrou pelas portas da escola e arrasou, deixando os alunos eufóricos! O ator interpretou todas as personagens da peça, fazendo várias pausas para explicar o que decorria nas cenas apresentadas. Conseguindo despertar a emoção do público e até a sua atenção, misturando a linguagem/vocabulário e postura medieval com a linguagem moderna. A sua postura, variava de acordo com as personagens, destacando-se entre elas: Inês Pereira, a sua Mãe e Lianor de Vaz. Tendo um único ator no palco, com ajuda de um aluno e um dispositivo eletrónico, para avisar as sucessivas partes da Obra de Gil Vicente. O ator tinha vários acessórios, várias entoações de voz e até uma postura corporal para que cada personagem se destacasse. O ator, para as personagens femininas, utilizou: um lenço de renda preto para a Mãe, um laço preso a uma bandolete rosa para Inês e para Lianor foi utlizada outra bandolete e um cão eletrónico. Já para as figuras masculinas utilizou: um boné para Pêro Marques, fantoches para representar os Judeus, uma guitarra e um chapéu de cowboy para o Escudeiro, uma fantasia castanha para o Ermitão e, por último, o Moço que não tinha nenhum acessório, pois a descrição da sua personagem não tinha nada. As cenas mais significativas/ engraçadas foi com a chegada de Lianor com o seu tom de voz específico, as partes que Inês ouvia Rock com a sua atitude de mimada e sarcástica com a sua Mãe e os seus pretendentes, a forma desastrada de Pêro e as expressões faciais da Mãe ao ver Inês com a sua postura. A forma do ator interagir com o público foi significativamente engraçada, havendo numa parte, um festejo do casamento escrita na peça e o ator aproveitou a sua deixa e atirou um buquê de rosas ao público. De forma a interromper a peça para a sua breve explicação, ele utilizava um flamingo que automaticamente, fazia barulho para despertar ainda mais a atenção do público. A originalidade do ator estava bem presente, ao ponto de deixar os alunos às gargalhadas com a sua postura. A sua forma de representar as personagens criadas por Gil Vicente, de há muito tempo atrás, é impressionante e maravilhoso; e é muito bom que Portugal tenha impulsionado esta magnifica obra, para que as gerações seguintes consigam entender e ver como é que era tudo antes do mundo contemporâneo. Tudo isto é graças a partir de uma frase “mais quero asno que me leve, que cavalo que me derrube”. As vantagens desta peça teatral foram muitas, uma vez que, é um apoio para o nosso estudo e uma aprendizagem diferente. Isto é, estas peças cativam os alunos a perceberem melhor esta obra de Gil Vicente sem dúvida, conseguindo ter outra perceção que antes nós não podíamos ter, antes de ver esta representação teatral.