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TEMA 1 O SENTIDO DAS COISAS


"Nem toda palavra é
Aquilo que o dicioná rio diz
Nem todo pedaço de pedra
Se parece com tijolo ou com pedra de giz
[...]

Descobrir o verdadeiro sentido das coisas


é querer saber demais
Querer saber demais
[...]"

O TEATRO MÁ GICO. Sonho de uma flauta. In: ______. O Teatro Mágico: segundo ato. [S.l.]: independente, 2008. 1 CD. Faixa 9. Disponível em:
<http://www.vagalume.com.br/o-teatro-magico/sonho-de-uma-flauta.html>. Acesso em: 9 fev. 2016.

Marcos Hermes/Acervo OTM

Fernando Anitelli em apresentação do grupo O Teatro Mágico, em São Paulo, SP, em 2012.

Durante a busca motivada pelo interesse em compreender algo, em saber os sentidos das coisas, geralmente
encontramos vá rios caminhos. Podemos procurar explicaçõ es ló gicas, científicas, baseadas em nossa vivência ou em
nossas crenças.

Em meio a tanta diversidade, como explicar o que é arte? Ao nos dizer, na letra de sua mú sica, que “Nem toda
palavra é aquilo que o dicioná rio diz”, o grupo O Teatro Má gico pode nos indicar algumas pistas sobre esse tema.

Uma palavra, por pertencer a uma linguagem, pode ser manipulada pelo autor de uma obra, como um poeta ou
um escritor, por exemplo, e assumir muitos usos e diversas interpretaçõ es. Em um espetá culo de arte contemporâ nea,
como o do grupo O Teatro Mágico, encontramos a arte de bailarinos, atores, poetas, mú sicos e artistas circenses, além de
programadores visuais, iluminadores, sonoplastas e tantos outros artistas dos bastidores, que têm sua importâ ncia na
construçã o de um produto cultural, nesse caso, um show. Essas mú ltiplas linguagens sã o reunidas no mesmo palco para
mostrar, contar e cantar algo, para transmitir mensagens por meio das linguagens da arte.

Arte contemporânea: expressã o que usamos para nos referir à s produçõ es artísticas que vã o da segunda metade do sé culo XX até nossos dias.

Para o filó sofo italiano Luigi Pareyson (1918-1991), a arte é uma linguagem que se reinventa constantemente
para construir, conhecer e expressar questõ es dos seres humanos (Pareyson apud BOSI, 1989). Entretanto, realizada de
diversos modos e formas, a arte, muitas vezes, faz e provoca perguntas em vez de apresentar respostas prontas. O
artista cria com base em suas ideias e intençõ es, mas quem aprecia a obra também cria por meio de suas interpretaçõ es.
Nã o podemos estabelecer uma verdade absoluta sobre o que as obras de arte querem dizer porque sempre há a
interpretaçã o de quem as olha, prova, toca ou ouve, ou seja, o espectador, o apreciador de arte.

Para compreender a arte, precisamos nos deixar levar pelo seu teor poético, pelo que ela nos provoca, e entrar no
universo de sentimentos, pensamentos e sensaçõ es que ela nos propõ e, desprovidos de respostas esquematizadas e
verdades preestabelecidas. Conhecer arte é observar, sentir e nos permitir descobrir o inesperado.
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A arte de O TEATRO MÁ GICO


Com elementos de circo, mú sica e artes cênicas, entre outras linguagens artísticas, o grupo O Teatro Má gico,
conhecido como OTM, tem se apresentado em vá rios espaços culturais desde 2003. Sua origem é paulista, da cidade de
Osasco. A proposta do grupo de artistas, criado pelo ator, mú sico e compositor paulista Fernando Anitelli (1974-), é
apresentar poesia, mú sica, dança e filosofia em espetá culos que utilizam linguagens diversificadas, efeitos visuais e
tecnologias aliados à singeleza da linguagem circense. Seus componentes misturam sons e gêneros musicais originá rios
de diversos contextos culturais.

O OTM acredita na acessibilidade de mú sicas e vídeos via internet, por meio da flexibilizaçã o do direito autoral.
Na visualidade de seus shows, há mú sicos, atores e bailarinos vestidos de palhaço, com maquiagem e roupas que
exploram a ideia de que cada um de nó s tem um personagem escondido, um clown, um poeta a se revelar por meio da
arte.

Clown: termo usado para se referir à figura do palhaço, um arqué tipo que faz as pessoas rirem.

Palavra do artista

“Nó s queremos brincar com essas mais variadas expressõ es artísticas e simplificar as coisas que acontecem
dentro de um sarau. [...] Nascemos com essa proposta. A ideia do projeto era justamente mesclar variadas expressõ es
artísticas.”

Fernando Anitelli

O QUE pensa o líder do Teatro Má gico. SelesNafes.Com, 2 ago. 2014.

José de Holanda/Divulgaçã o OTM

Foto do artista Fernando Anitelli, vocalista de O Teatro Mágico, com o rosto pintado.

Luiza Prado/Acervo OTM


O grupo O Teatro Mágico brinca com as linguagens da arte em suas apresentações. Foto de 2013.

Ofício da arte

Produtor(a) cultural

A profissã o de produtor cultural tem muita importâ ncia para a arte, pois é ele quem planeja, elabora e executa
projetos artísticos. Também busca recursos para as produçõ es, organiza a agenda dos artistas e exerce outras funçõ es
que permitem ao grande pú blico ter acesso à arte e à cultura.

Há muitos campos de atuaçã o para esse profissional: organizaçã o de espetá culos de mú sica, teatro, artes visuais,
dança, festas populares, entre outros. Alguns artistas ou grupos fazem sua pró pria produçã o cultural; outros contratam
profissionais, formados nas mais diferentes á reas, para realizar esse trabalho.
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A linguagem e a poética do palhaço


O palhaço é um personagem criado há mais de 4 mil anos. Em cada lugar e cultura, sua figura aparece associada
aos mais diversos sentimentos e características humanas.

A imagem do palhaço nos remeterá ora a pessoas engraçadas, sensíveis e espertas, ora à figura do trapalhã o, de
pessoas desajeitadas ou até mesmo ingênuas.

Muitos atores vestiram-se de palhaço, desenvolveram habilidades, aprofundaram saberes e criaram personagens
em vá rias linguagens artísticas.

O ator inglês Charles Chaplin (1889-1977) estudou a linguagem gestual, a poética do clown e a pantomima dos
palhaços para construir alguns de seus personagens, entre eles, o palhaço Calvero do filme Luzes da Ribalta, 1952 (o
personagem aparece em cena do filme, na imagem ao lado). Ele costumava se caracterizar até mesmo nos ensaios para
esse filme, no qual atuou como ator e diretor.

Charles Chaplin criou muitos personagens, o mais famoso é Carlitos, presença marcante em muitos filmes.

Hulton Archive/Getty Images

Cena do filme Luzes da Ribalta, 1952, em que Charles Chaplin interpreta o personagem Calvero, que aparece em frente a um espelho se caracterizando de
palhaço.

Outro ator que incorporou à sua arte os gestos do palhaço e a linguagem nã o verbal da mímica foi o francês
Marcel Marceau (1923-2007). Assim como Chaplin, ele estudou os gestos e a poética do palhaço, preocupou-se com a
estética, usou técnicas de maquiagem e compô s um figurino singular para criar o personagem Bip, um palhaço que ficou
conhecido por usar camisa listrada e chapéu amassado com uma flor espetada, e ter o rosto coberto de branco com os
lá bios bem marcados em vermelho e os olhos com contornos em preto.

Marcel Marceau e Charles Chaplin inspiraram e continuam inspirando muitos atores que, como eles, escolheram
trabalhar com a estética e a poética do palhaço para expressar sentimentos por meio de gestos e da mímica, construindo
uma linguagem silenciosa com um intenso trabalho corporal.
Michel Boutefeu/Getty Images

O personagem Bip, criado por Marcel Marceau, elevou a mímica a uma forma de arte suprema.

A figura do palhaço já sofreu diversas transformaçõ es e recebeu vá rios nomes ao longo da histó ria, em diferentes
idiomas: bobo da corte, bufã o, clown, arlequim, gleeman, jongleurs...

Mesmo sendo um personagem muito antigo, o palhaço está presente no trabalho de vá rios artistas
contemporâ neos brasileiros, como vimos na trupe de O Teatro Má gico.

Estudar a poética do palhaço é coisa séria, na opiniã o das atrizes Paola Musatti e Vera Abbud, da companhia de
teatro Las Ventanas. O palhaço faz parte da experiência de criaçã o artística dessas duas atrizes que pesquisam essa
linguagem nascida no circo, mas que tem migrado constantemente para os palcos de teatro.

Ao falar sobre o processo de criaçã o do espetá culo Pelo cano (2013), a atriz Paola Musatti diz: “A construçã o de
um personagem como o palhaço passa pelo processo de descobrir a si mesmo. O ator precisa perceber sua comicidade,
seu ridículo, descobrir um modo de como as pessoas podem rir desse personagem, encontrar o tom da comédia. Há
muitas formas de aprender a linguagem do palhaço, desde a tradiçã o dos circos, em que isso era passado de pai para
filho, muitas vezes, ou até mesmo na escola.”.

Pintar o rosto, vestir roupas engraçadas, convidar as pessoas a rir, a sonhar, a poetizar... Esse é o objetivo de vida
dos palhaços, que ainda encantam plateias de todas as idades.

Cena do espetá culo Pelo cano. 2012. Direção Paola Mussati e Vera Abbud.

As atrizes Vera Abbud e Paola Musatti, em cena do espetáculo Pelo cano.


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O que é arte?
Esse questionamento que move nosso estudo neste capítulo é feito até mesmo por artistas. Na 29ª Bienal de Arte
de Sã o Paulo, em 2010, o pernambucano Paulo Bruscky (1949-) fez essa pergunta ao pú blico. Na obra O que é a arte?
Para que serve?, de 1978, o artista multimídia e poeta questiona a todos sobre a funçã o da arte. Para muitos pode
parecer estranho um artista fazer esse tipo de indagaçã o, pois é comum as pessoas acreditarem que os artistas sempre
sabem o que é arte e qual é sua funçã o na sociedade. Contudo, além de os artistas em geral se questionarem
constantemente sobre os significados e as dimensõ es da arte, ela tem mudado tanto nos ú ltimos tempos que mesmo um
artista pode fazer essa pergunta sem causar espanto. Fazer perguntas a si mesmo e aos outros é natural nos seres
humanos, que buscam tentar compreender todas as coisas, o que inclui a arte.

Na contemporaneidade, as maneiras de criar arte sã o ainda mais variadas. Responder à s questõ es feitas pelo
artista Paulo Bruscky requer investigar como os seres humanos produzem arte e cultura. Assim como as pessoas, a
cultura está em constante movimento, em fluxos de pensamentos, valores e gostos.

Ao longo dos tempos, criamos diferentes modos de fazer arte, por razõ es diversas. O papel da arte nã o é o mesmo
em cada época, lugar ou cultura. A maneira como nos relacionamos com a arte também está sempre em mudança.
Encontrar respostas para esse tipo de questionamento pode parecer difícil, mas é possível perceber algumas pistas
observando a pró pria arte.

Paulo Bruscky. 1978. Ampliaçã o fotográfica em preto e branco sobre papel fotográfico fosco. Galeria Nara Roesler

O que é a arte? Para que serve?, de Paulo Bruscky, 1978. Documentação de ação da impressão em papel fotográfico fosco, 40 cm × 29 cm. Na imagem, uma das
quatro fotografias expostas na 29ª. Bienal de Arte de São Paulo, em 2010.
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A arte de PAULO BRUSCKY

Paulo Bruscky. 1978. Ampliaçã o fotográfica em preto e branco sobre papel fotográfico fosco. Galeria Nara Roesler

Outra fotografia exposta na 29ª Bienal de Arte de São Paulo, em 2010. Documentação de ação da impressão em papel fotográfico fosco, 29 cm × 40 cm.

Paulo Bruscky criou a obra O que é a arte? Para que serve? para provocar uma reflexã o sobre o tema. Ele escreveu
essas duas perguntas em um cartaz de papelã o e “vestiu” o material como um homem-sanduíche. O termo “homem-
sanduíche” é usado para identificar pessoas que trabalham nas ruas das cidades carregando cartazes pendurados no
corpo. O artista ficou exposto em uma vitrine de livraria e andou pela rua entre as pessoas, fazendo o que chamamos de
performance.

Performance: linguagem artística realizada em um espaço com uma açã o efetuada por um artista ou um grupo de artistas que podem utilizar
diversas formas de expressã o. No caso de Paulo Bruscky, sua arte aconteceu em pleno espaço da cidade do Recife, cercado de transeuntes curiosos com as
atitudes daquele “homem-sanduíche”.

A linguagem da performance requer fundamentalmente a realizaçã o de algo em que os artistas que estã o se
expressando possam utilizar diversos recursos e materiais. Como toda açã o (acontecimento) é efêmera, a ú nica maneira
de mostrar a obra em outros momentos e lugares, além de reapresentá -la, é fazer um registro do evento, que pode ser
por meio de fotografias ou de gravaçã o de imagem e á udio (uma filmagem).

A performance de Paulo Bruscky foi registrada em quatro fotografias expostas em vá rios lugares, um deles na 29ª
Bienal de Arte de Sã o Paulo. A obra é de 1978, época em que o Brasil vivia um regime político autoritá rio, no qual os
meios de comunicaçã o e as expressõ es artísticas eram monitorados pelo governo de regime militar. A intençã o do
artista era provocar a reflexã o sobre os critérios escolhidos por galerias e museus ao determinar o que era arte e o que
não era.

Palavra do artista

“A arte é uma forma de comunicaçã o global, mesmo muito antes da internet. Nã o é luxo ou uma forma de elite.
Em vez disso é uma arena de esperança em algumas épocas e lugares, ou até mesmo uma ú ltima esperança.”

Paulo Bruscky

PAULO BRUSCKY. Das artes. Disponível em: <http://dasartes.com.br/pt_BR/agenda/paulo-bruscky-cccsp>. Acesso em: 21 dez. 2015.
Leo Caldas/Folhapress

Artista plástico e poeta Paulo Bruscky, Recife (PE). Foto de 2003.


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Giro de ideias: O que é arte?


O que é arte? Se alguém lhe fizer essa pergunta, o que você vai responder? E seus colegas, que conceitos têm sobre
esse tema? Para conhecer as opiniõ es da turma, organize um fó rum. Pode ser na sala de aula ou em algum ambiente
virtual. Escreva aqui a conclusã o a que você chegou depois de ter participado da discussã o sobre “O que é arte?“.

Conexõ es Arte e Histó ria


Ideia e opinião
A arte pode comunicar uma ideia? Sobre o que a arte fala? Que ideia ela transmite?

Os objetos do cotidiano podem comunicar. Em épocas de governos ditatoriais, por exemplo, muitos objetos foram
utilizados artisticamente como “armas” na resistência contra a opressã o, como a que aconteceu no Brasil entre os anos de
1964 a 1985. Eram tempos de censura e medo, que impunham o silêncio à maioria da populaçã o. Quem ousava expor suas
ideias podia ter sua liberdade e até a pró pria vida ameaçada pela ditadura militar. O jornalista Vladimir Herzog, uma das
centenas de pessoas que morreram pelo direito à democracia no Brasil durante a ditadura, foi assassinado na prisã o em Sã o
Paulo, no ano de 1975. Sua morte fez crescer a ocorrência de manifestaçõ es pú blicas e artísticas em prol do fim da repressã o
política e a luta por um estado democrá tico, em que os direitos civis pudessem ser respeitados.

Mesmo quando é proibido dizer o que se pensa, é pró prio da natureza humana encontrar meios para se expressar. A
arte é uma dessas maneiras. Cildo Meireles (1948-), artista plá stico carioca, criou a obra Inserçõ es em circuitos ideoló gicos:
Projeto Cédula, na qual ele carimbou a frase “Quem matou Herzog?” sobre cédulas de dinheiro. O artista realizou essa
intervençã o no mesmo ano da morte do jornalista.

Como o artista usou cédulas de dinheiro corrente, era quase impossível saber de quem era a autoria daquele tipo de
arte, e o artista pô de levar suas ideias ao pú blico. A arte nã o estava nos museus, mas nas ruas, e foi ao encontro das pessoas
em suas açõ es mais corriqueiras, como o uso de uma nota de dinheiro. Trata-se de uma arte conceitual, uma voz que circula e
sussurra nos ouvidos do cotidiano pedindo justiça e liberdade em quaisquer situaçõ es nas quais nã o sejam respeitadas.

E quanto a você? O que lhe causa incô modo nos dias atuais? O que você gostaria de falar, por meio da linguagem da arte,
sobre as injustiças sociais, a violência ou outros temas? Que tal criar com seus amigos um trabalho de intervençã o artística?
Você pode utilizar objetos do cotidiano como fez Cildo Meireles.

Cildo Meireles. 1970-1975. Carimbo sobre cédula em circulação. Coleção particular. Foto: Pat Kilgore

Inserções em circuitos ideológicos: Projeto Cédula, do artista Cildo Meireles, 1970-1975. Carimbo sobre cédula em circulação.
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Projeto experimental
A arte do encontro: vamos criar um sarau?
Vimos que o grupo O Teatro Má gico tem como linguagem essencial a mú sica; no entanto, usa também outras
linguagens, entre elas a circense. As linguagens podem se misturar muitas vezes, como acontece em um sarau, onde há o
encontro de diferentes artistas e linguagens.

A palavra “sarau” remete à ideia de uma reuniã o festiva entre amigos. O termo tem raiz latina — serotinus —, que diz
respeito a açõ es realizadas no final do dia, pró ximo ao anoitecer, mas chegou a nó s por meio do catalã o sarau, baile noturno
popular.

Nã o podemos afirmar onde os saraus tiveram origem, mas há relatos de que na Grécia e na Roma antigas as pessoas já
se juntavam para cantar e ouvir mú sica, conversar, dançar, recitar poemas e contar histó rias.

Durante o Renascimento, as famílias nobres realizavam eventos noturnos com o mesmo objetivo. A chegada da família
real portuguesa trouxe esse tipo de evento para o Brasil, e no decorrer do século XIX eles se tornaram bem populares. Na
França, no início do século XX, artistas ligados aos movimentos de arte moderna se reuniam à noite em cafés para realizar
saraus e conversar sobre arte. Atualmente, esse tipo de evento é cada vez mais popular.

Processos de criaçã o

Para realizar um sarau, você, seus amigos e professores precisam pensar na organizaçã o do evento:

Espaço

Escolha um espaço, pense na quantidade de pessoas e em como elas vã o se acomodar. Esse espaço pode ser a pró pria
escola ou um local adequado na comunidade.

Haverá palco? Será preciso mudar a disposiçã o de alguns objetos? O lugar terá decoraçã o?

Equipamentos

O evento pode ser mais íntimo, para poucos amigos, mas se a proposta for o encontro de muitas pessoas, talvez seja
preciso caixa de som, microfone ou outros instrumentos musicais.

Você pode pedir ajuda a seus familiares ou pessoas da comunidade. Pense na possibilidade de conseguir patrocinadores
no comércio local para alugar os equipamentos necessá rios.

Artistas convidados

Pesquise se na comunidade há poetas, mú sicos ou outros artistas que gostariam de participar. Você e seus amigos
também podem ser os artistas.

O sarau pode ser específico, com foco em uma ú nica linguagem, ou misturar vá rias linguagens, inclusive a circense,
como faz o grupo O Teatro Má gico.

Divulgação

Você e seus amigos podem criar um site ou uma pá gina em redes sociais para divulgar e postar fotos do sarau.

Vocês nã o precisam pensar na verba para este item, porque podem usar serviços gratuitos ou criar cartazes com
desenhos e frases para convidar o pú blico.

Dicas de materialidades
Que tal pesquisar figurinos, maquiagens e gestos expressivos para se apresentar no sarau? A linguagem do palhaço
também pode ser pesquisada e utilizada.

Para fazer as pinturas de palhaço, existem vá rias possibilidades. Você pode usar tinta à base de farinha, bem como talco
e produtos de maquiagem para criar e dar vida a palhaços bem interessantes.

Pesquise em sites os tipos de pintura utilizados para intensificar as expressõ es faciais e assista também a vídeos que
mostram como fazê-las, passo a passo.

DICA
Para navegar

Para se inspirar, você pode navegar pelo site do grupo O Teatro Má gico, <http://tub.im/ewmhmb> (acesso em: 2 dez. 2015).

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