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INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

FUNDAÇÃO UNIVERSITÁRIA DE CARDIOLOGIA – HOSPITAL VIAMÃO


SERVIÇO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR

PLANO FLUXO DE DENGUE EMISSÃO: Abril/2024

Este plano delineia as tarefas de assistência e gestão essenciais para o cuidado do paciente suspeito ou
diagnosticado com dengue.

OBJETIVOS

 Informar e orientar os membros da instituição sobre as medidas para lidar com a Dengue;
 Estabelecer os procedimentos administrativo e de atendimento para os pacientes suspeitos ou
confirmados com a doença;
 Implementar rotinas de prevenção para conter a disseminação.

DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES

1. É de responsabilidade da equipe de acolhimento da emergência realizar a primeira avaliação de casos


suspeitos.
2. O enfermeiro encarregado do acolhimento deve classificar o caso e informar a equipe médica.
3. O médico de plantão é encarregado de conduzir a anamnese e o atendimento, confirmar o caso suspeito e
notificar a vigilância epidemiológica municipal, de acordo com o estado epidemiológico da dengue no
momento do atendimento.
4. Cabe ao Laboratório a preparação das amostras, previamente coletadas pela equipe assistencial, a serem
entregues à Secretaria de Saúde.
4. A Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) deve acompanhar o processo de atendimento e
seguir estritamente as diretrizes da Coordenação Geral de Vigilância em Saúde (CGVS): monitorar os
casos confirmados, fornecer apoio logístico no fluxo de atendimento de pacientes suspeitos ou
confirmados, orientar sobre a implementação e levantamento de medidas preventivas para pacientes
confirmados, fornecer suporte técnico-científico aos profissionais e pacientes e servir como interface
com a CGVS.
5. Compete à Farmácia liberar e dispensar repelente (loção) para aplicação em pacientes com diagnóstico
confirmado de dengue mediante requerimento da equipe assitente.
6. As lideranças institucionais devem supervisionar a elaboração e aprovar a versão final dos fluxos e
protocolos, além de decidir sobre a implementação de ações.

AÇÕES BÁSICAS DIANTE DE CASOS SUSPEITOS/CONFIRMADOS

De acordo com a situação epidemiológica da dengue no município, a notificação pode ser imediata ou semanal
à CGVS (Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde):

 A notificação imediata de suspeita de arbovirose pode ser feita pelos números de telefone 3289-2471
ou 3289-2472 durante o horário de expediente, ou através do telefone do plantão epidemiológico
(conhecido pelos serviços de saúde), disponível 24 horas por dia, inclusive nos finais de semana e
feriados.
 A notificação semanal implica em comunicar à vigilância em até 7 dias os casos suspeitos e/ou
confirmados.
 Óbitos e casos graves devem ser comunicados imediatamente, ou seja, dentro de 24 horas para a
esfera superior da unidade de saúde que atendeu o caso.

TODO O CASO SUSPEITO OU CONFIRMADO (conforme mencionado nos itens 1, 2 e 3) também deve ser
registrado utilizando a ficha de notificação do Sinan Online, disponível em: Ficha de Notificação do Sinan
Online. <http://portalsinan.saude.gov.br/images/documentos/Agravos/Dengue/Ficha_DENGCHIK_FINAL.pdf>
A ficha de notificação do Sinan deve ser preenchida pela equipe assistente e entregue junto à coleta do exame
ao laboratório do hospital.
É necessário decidir sobre a necessidade de internação hospitalar com base em parâmetros clínicos e entrar
em contato com o NIR para a definição do leito de internação.

ATENDIMENTO AO PACIENTE

Para cada caso suspeito ou confirmado, o protocolo de atendimento segue as diretrizes do Ministério da
Saúde, conforme descrito no Quadro 1.

Quadro 1 - Protocolo de Atendimento Dengue


Fonte:https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/publicacoes svs/dengue/dengue_classificacao_risco_manejo_paciente.pdf/view

MEDIDAS DE PRECAUÇÃO

As medidas de precaução para pacientes com dengue confirmada são: manter preferencialmente em quarto
privativo e, sendo possível em coorte com outros pacientes com a mesma condição; portas e janelas fechadas.
Os pacientes com diagnóstico confirmado devem utilizar roupas que cubram a maior parte do corpo e utilizar
repelente no corpo.
O repelente será fornecido pela Farmácia para casos de dengue CONFIRMADOS, através do requerimento da
equipe assistencial (médica ou enfermagem).

Liberações das medidas de precaução: as medidas de precaução devem ser mantidas por 7 dias a contar o
início dos sintomas e o paciente deve estar há 24 horas afebril.

FLUXO
Na Emergência pediátrica e de adultos:

 Quando o paciente é transferido de uma unidade de saúde referenciadora após atendimento


prévio OU se o paciente chega para consulta diretamente da comunidade, por demanda
espontânea:

1. A avaliação pelo médico plantonista segue o fluxograma do Ministério da Saúde (Quadro 1).

2. Se a internação for necessária, é feita uma solicitação de leito para cuidado da dengue ao
NIR.

3. Se for dada alta, deverão ser fornecidas orientações e instruções para reavaliação em uma
Unidade Básica de referência para seu local de moradia.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

WHO - Dengue and severe dengue. 2023. Disponível em: https://www.who.int/news-room/fact-


sheets/detail/dengue-and-severe-dengue. Acesso em 09/04/2024.

Guideline for Isolation Precautions: Preventing Transmission of Infectious Agents in Healthcare Settings 2007.
Last update: July 2023. Disponível em: https://www.cdc.gov/infectioncontrol/pdf/guidelines/Isolation-guidelines-
H.pdf. Acesso em 09/04/2024.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente. Departamento de Doenças


Transmissíveis. Dengue : diagnóstico e manejo clínico: adulto e criança. 6. ed. Brasília: Ministério da Saúde,
2024.

PREPARADO POR: Enfª Bárbara Motta Castilho APROVADO POR: Dr. Rafael Matiuzzi, Dr. Gutierre
Neves

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