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CEEP EM GESTÃO E MEIO AMBIENTE

BRUMADO/BA

Professor: Adriano Souza Santos Série: 2º ano


Evolução do Trabalho
Pré-História:
No período paleolítico, os primeiros seres humanos eram caçadores-coletores,
e o trabalho era fundamentalmente voltado para garantir a sobrevivência do
grupo. As atividades incluíam caça, coleta de frutas, vegetais e raízes, além da
construção de abrigos temporários.
Com o surgimento da agricultura no período neolítico, por volta de 10.000 a.C.,
o trabalho começou a se concentrar na produção de alimentos por meio do
cultivo de plantas e criação de animais. Isso levou ao desenvolvimento de
assentamentos permanentes e ao surgimento das primeiras formas de
organização social e divisão do trabalho.
Antiguidade:
Nas civilizações antigas, como a Mesopotâmia, Egito, Grécia e Roma, o trabalho
era fundamentalmente agrícola, mas também incluía outras atividades, como a
construção de monumentos, estradas e sistemas de irrigação.
O trabalho escravo desempenhou um papel significativo na economia dessas
sociedades, fornecendo mão de obra para a agricultura, mineração, construção
e serviços domésticos.
Idade Média:
Durante a Idade Média, a economia era dominada pelo sistema feudal, no qual
os camponeses trabalhavam nas terras dos senhores feudais em troca de
proteção e uso da terra. O trabalho agrícola era a principal ocupação, enquanto
as cidades eram centradas em guildas de artesãos e comerciantes.
Era Moderna:
O surgimento do capitalismo e da Revolução Industrial na Europa, a partir do
século XVIII, marcou uma mudança significativa na história do trabalho. As
fábricas e indústrias substituíram em grande parte a agricultura como principal
fonte de emprego, e a produção em massa transformou a natureza do trabalho.
Condições de trabalho severas, longas horas de trabalho e baixos salários eram
comuns durante a Revolução Industrial, levando a protestos e movimentos
trabalhistas em busca de melhores condições.
Revolução Industrial:
A Revolução Industrial marcou uma mudança radical na forma como o trabalho
era realizado. Com o desenvolvimento da máquina a vapor, novas máquinas e
processos de produção foram introduzidos nas fábricas, substituindo o trabalho
manual por trabalho mecanizado.
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Isso levou à concentração da produção em fábricas e ao surgimento de uma


nova classe trabalhadora urbana, composta principalmente por operários das
fábricas.
Urbanização e Migração:
A industrialização resultou em uma rápida urbanização, com milhares de
pessoas migrando do campo para as cidades em busca de emprego nas
fábricas.
Condições de vida nas cidades industriais eram frequentemente precárias, com
superlotação, moradias insalubres e falta de saneamento básico.
Divisão do Trabalho e Especialização:
Com a introdução da produção em massa, houve uma crescente divisão do
trabalho e especialização das funções dentro das fábricas. Trabalhadores
passaram a desempenhar tarefas específicas em linhas de montagem,
aumentando a eficiência e a produtividade.
Condições de Trabalho:
As condições de trabalho durante a Revolução Industrial eram frequentemente
desumanas, com longas jornadas de trabalho, salários baixos, falta de
regulamentação de segurança e ambiente de trabalho insalubre.
Surgiram movimentos trabalhistas e sindicatos que lutavam por melhores
condições de trabalho, salários justos e limitação da jornada de trabalho.
Legislação Trabalhista:
Ao longo do século XIX e início do século XX, foram promulgadas leis
trabalhistas para proteger os direitos dos trabalhadores. Isso incluiu a
regulamentação da jornada de trabalho, a proibição do trabalho infantil e a
melhoria das condições de segurança no local de trabalho.
Expansão dos Setores de Serviços:
No final do século XIX e início do século XX, houve uma expansão significativa
dos setores de serviços, incluindo comércio, finanças, transporte e educação,
proporcionando novas oportunidades de emprego além da indústria.
Tecnologia e Automatização:
No século XX, avanços tecnológicos continuaram a transformar o local de
trabalho, com a introdução de novas máquinas e processos automatizados em
diversas indústrias. Isso levou a mudanças na natureza do trabalho e à
necessidade de novas habilidades e qualificações por parte dos trabalhadores.
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Globalização e Terceirização:
A globalização na era moderna levou à terceirização de empregos para países
com mão de obra mais barata, causando mudanças significativas no mercado
de trabalho em todo o mundo. Isso resultou em desafios como competição
global, pressão sobre os salários e condições de trabalho precárias em alguns
setores.
Século XX até os dias atuais:
No século XX, a luta por direitos trabalhistas resultou em importantes conquistas,
como a jornada de trabalho de oito horas, segurança no trabalho, salário mínimo
e proteção social.
O avanço da tecnologia e da automação continuou a moldar o mercado de
trabalho, criando novas profissões e eliminando outras. A globalização também
teve um impacto significativo, com empregos sendo terceirizados para países
com mão de obra mais barata.
Hoje, o trabalho é cada vez mais diversificado e abrange uma ampla gama de
setores, desde indústrias tradicionais até tecnologia da informação, serviços
financeiros e economia criativa.
Expansão do Setor de Serviços:
No século XX, houve uma expansão contínua dos setores de serviços, como
comércio, finanças, saúde, educação e tecnologia da informação. Isso resultou
em um aumento na demanda por profissionais de serviços e uma diminuição
relativa na importância da indústria manufatureira em muitos países
desenvolvidos.
Automatização e Tecnologia:
Avanços significativos na tecnologia, como computadores, internet, automação
e inteligência artificial, revolucionaram o local de trabalho. Processos manuais
foram substituídos por máquinas automatizadas e algoritmos, afetando uma
ampla gama de setores e ocupações.
Isso resultou em mudanças na natureza do trabalho, com ênfase em habilidades
digitais, criatividade, resolução de problemas e pensamento crítico.
Globalização e Deslocalização:
A globalização aumentou a interconexão entre os mercados mundiais, levando
à deslocalização de empregos e à terceirização de processos de produção para
países com mão de obra mais barata.
Isso causou uma reestruturação do mercado de trabalho em muitos países, com
a migração de empregos de manufatura para serviços e um aumento na
competição global por talentos e empregos.
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Flexibilização do Trabalho:
Surgiram novas formas de emprego e organização do trabalho, como trabalho
temporário, contrato, freelancer, trabalho remoto e gig economy. Isso
proporcionou mais flexibilidade aos trabalhadores, mas também levantou
preocupações sobre segurança no emprego, benefícios e estabilidade
financeira.
Diversidade e Inclusão:
Houve um aumento no reconhecimento da importância da diversidade e inclusão
no local de trabalho, com esforços para promover a igualdade de oportunidades,
eliminar preconceitos e discriminação, e valorizar a diversidade de perspectivas
e experiências.
Equilíbrio entre Vida Profissional e Pessoal:
A busca por um equilíbrio saudável entre vida profissional e pessoal se tornou
uma prioridade para muitos trabalhadores, com empresas adotando políticas de
flexibilidade de horário, trabalho remoto e licença parental para promover o bem-
estar dos funcionários.
Sustentabilidade e Responsabilidade Social Corporativa:
As preocupações com sustentabilidade ambiental e responsabilidade social
corporativa ganharam destaque, levando as empresas a adotar práticas mais
sustentáveis, éticas e socialmente responsáveis em suas operações e cadeias
de suprimentos.
Desafios Futuros:
O futuro do trabalho é moldado por tendências como automação, inteligência
artificial, mudanças demográficas, mudanças climáticas e globalização contínua.
Enfrentar esses desafios exigirá colaboração entre governos, empresas,
trabalhadores e a sociedade em geral.

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