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POSTURA SOBRE MERCADOS E

FEIRAS - REVISÃO

Matola, Dezembro 2020

P o s t u r a d o s M e r c a d o s e F e i r a s |1
ÍNDICE

CAPITULO I.............................................................................................................................................. 6
Dos Mercados.......................................................................................................................................6
(Definição de Mercado).................................................................................................................... 6
(Locais de venda)............................................................................................................................. 6
(Parque de estacionamento).............................................................................................................7
(Competência)…………………………………………………………………………………………………….
………………………7
(Finalidade dos mercados)
…………………………………………………………………………………………………………..7
(Classificação de Mercados).....................................................................................................................7
Serviços de apoio e equipamento do Mercado.....................................................................................8
(Serviços de Apoio).......................................................................................................................... 8
(Uso deinstalações e equipamento do Mercado).............................................................................9
Produtos a Venda nos Mercados
Municipais...................................................................................................9
( Venda em mercados
municipais)....................................................................................................................9
( Não
permissão )..............................................................................................................................................9
Acondicionamento e manuseio de produtos alimentares.............................................................................10
(Acondicionamento de
produtos).....................................................................................................................10
( Manuseio dos
produtos)................................................................................................................................10
ORGÂNICA DOS
MERCADOS...........................................................................................................................11
(Acesso a água e energia
eléctrica).................................................................................................................11
(Criação de
Mercados).....................................................................................................................................11
(Segurança nos
Mercados)..............................................................................................................................11
(Normas de
Ocupação )...................................................................................................................................12
CONCESSẤO E ATRIBUIÇẤO DOS LOCAIS DE
VENDA..............................................................................12
(Regime de
concessão).....................................................................................................................................12

P o s t u r a d o s M e r c a d o s e F e i r a s |2
(Procedimento para a
concessão)...................................................................................................................12
(Falta de interessados ou de propostas na
arrematação)...............................................................................12
(Pagamento)....................................................................................................................................................1
3
(Início da
actividade)......................................................................................................................................13
(Ramos de actividade)...................................................................................................................................13
(Mudança de
actividade).................................................................................................................................13
(Prazo).............................................................................................................................................................1
4
(Requisitos para
licenciamento)......................................................................................................................14
(Da
Licença)....................................................................................................................................................14
(Emissão da
Licença).....................................................................................................................................14
(Caducidade e suspensão da
Licença)...........................................................................................................15
(Pagamento da taxa de
ocupação).................................................................................................................15
(Obras)............................................................................................................................................................1
5
(Identificação dos
comerciantes)....................................................................................................................16
(Emissão do cartão de Identificaçã)..............................................................................................................16
(Actividade comercial fora do mercado)........................................................................................................16
(Venda de Carvão, lenha, cana- doce e material de
construção)..................................................................17(Venda de lenha e
carvão).............................................................................................................................1717Aferições
de instrumentos de pesos e de medições............................................................................17(Período de
aferição)......................................................................................................................................17
(Aferições)...................................................................................................................................................
...17(Locais das
aferições)....................................................................................................................................17
Infracção)....................................................................................................................................................
...18
(Venda de jornais, revistas e
livros )..............................................................................................................18

P o s t u r a d o s M e r c a d o s e F e i r a s |3
(Das
licenças)................................................................................................................................................18
VENDA DE PÃO, SANDUÍCHE, BOLOS E
SIMILARES.................................................................................18
(Cuidados de higiene)..................................................................................................................................18
VENDA DE AVES E ANIMAIS
VIVOS.............................................................................................................18
(Instalações
apropriadas)......................................................................................................................18
(Higiene, segurança e demais cuidados com os
animais)....................................................................19
SERVIÇOS DE
RESTAURAÇÃO...................................................................................................................19
(Locais para prestação de serviços de
restauração)............................................................................19
(Vistoria)...............................................................................................................................................
.19
(Higiene e qualidade dos
serviços).......................................................................................................19
(Infracção)............................................................................................................................................
.20
VENDEDORES E COMPRADORES DO
MERCADO....................................................................................20
(Obrigações dos
vendedores)...............................................................................................................20
(Aplicabilidade das regras sobre
proibições)........................................................................................21
(Entrada de
animais).............................................................................................................................21
DISCIPLINA FUNCIONAL E FISCALIZAÇÃO..............................................................................................21
(Competência disciplinar dos funcionários de Conselho
Municipal).....................................................21
(Fraudes)..............................................................................................................................................
22
(Artigos impróprios para
consumo).......................................................................................................22
(Revisão das rendas e
Taxas)..............................................................................................................22
ORDEM E HIGIENE NOS MERCADOS........................................................................................................23
(Proibições}..........................................................................................................................................
.23

P o s t u r a d o s M e r c a d o s e F e i r a s |4
(Venda
ambulante)...............................................................................................................................24
CAPITULO
II....................................................................................................................................................25
REGRAS ESPECIFICAS PARA MERCADOS INFORMAIS.......................................................................25
(Designação dos Mercados
Informais).................................................................................................25
(Dispersão dos
vendedores)................................................................................................................25
(Horário de
funcionamento).................................................................................................................25
INSTALAÇOES.............................................................................................................................................26
(Tipo de
instalações)...........................................................................................................................26
(Contacto com o solo e colocação de
prateleiras)..............................................................................26
FISCALIZAÇAO..........................................................................................................................................27
(Fiscalização dos Mercados
Informais)..............................................................................................27
(Produtos impróprios para o
consumo)..............................................................................................27
(Carácter da fiscalização do Conselho
Municipal).............................................................................27
(Remissão).........................................................................................................................................2
7
TAXAS E MULTAS.....................................................................................................................................27
(Taxas devidas e seu
pagamento).....................................................................................................27
(Cobrança de
multas)........................................................................................................................28
CAPITULO
III................................................................................................................................................28
CRIAÇÃO E FUNCIONAMENTO..............................................................................................................28

P o s t u r a d o s M e r c a d o s e F e i r a s |5
(Definições)........................................................................................................................................2
8
(Tipos de
Feiras)................................................................................................................................28
(Estabelecimento de
Feiras)..............................................................................................................29
(Acesso dos Feirantes as
Feiras)......................................................................................................29
(Feiras com finalidade
altruística)......................................................................................................29
(Horário de
Funcionamento)..............................................................................................................30
(Exame dos Produtos expostos ou
Vendidos)...................................................................................30
(Registo e identificação dos
feirantes)...............................................................................................30
(Disciplina e
Higiene).........................................................................................................................30
INSTALAÇÕES...........................................................................................................................................31
(Construções
Permitidas)..................................................................................................................31
(Dimensão dos Espaços
Ocupados).................................................................................................31
(Disposição das Bancas, Mesas, Tabuleiro ou
Veículos).................................................................31
Taxas e Multas...........................................................................................................................................31
(Taxas Devidas e Seu
Pagamento)..................................................................................................31
(Cobrança de Multas).......................................................................................................................32
FISCALIZAÇÃO E CONTRAVENÇÕES...................................................................................................32
(Fiscalização)....................................................................................................................................3
2
(Contravenções)...............................................................................................................................32
CAPITULO IV.............................................................................................................................................33
TABELAS DE TAXAS...............................................................................................................................33
(Tabelas)..........................................................................................................................................33

FUNDAMENTAÇÃO
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o Conselho Municipal da Cidade da Matola constatou a necessidade de revisão da Posturas de Mercados
e Feiras, em virtude de a mesma estar desajustada da realidade actual, considerando que esta em vigor a
mais de 15 anos.

Com efeito, a Postura actualmente em vigor não responde aos condicionalismos do funcionamento dos
mercados municipais e do exercício da actividade de Mercados, uma vez que ao longo do período da sua
vigência, diversa legislação nacional orientada para o exercício da actividade económica foi sendo
aprovada, alguma da qual contrariando o estabelecido na Postura de Mercados e Feiras do Conselho
Municipal da Cidade da Matola.

Nestes termos, encontrando-se a Postura de Mercados e Feiras desajustada em razão do tempo e


desenvolvimento que caracteriza a cidade da Matola, e havendo necessidade de adequa-la a actual
realidade económica, social e política, como forma de dar resposta as exigências de momento, para os
utentes dos mercados, isto é , vendedores e compradores, bem como munícipes em geral, o Conselho
Municipal da Matola constatou a necessidade da sua Revisao.

Com a revisão da Postura Sobre Mercados e Feiras, pretende-se actualizar o quadro legislativo municipal
as exigências actuais do sector de mercado municipal, e a mesma tem o seu enquadramento legal no
disposto no nº 2 do artigo nº14 do Decreto nº 33/2006 de 30 de Agosto, que estabelece o Quadro de
Transferência de Funções e Competências dos órgãos do Estado para as Autarquias Locais, no
concernente ao processo de licenciamento e fiscalização das actividades em estabelecimentos tipo
barracas, tendas, bancas, feiras e de vendedores ambulantes, conjugado com a Lei nº 6/2018, de 03 de
Agosto, republicada pela Lei nº 13/2018 de 17 de Dezembro, que estabelece o quadro jurídico legal para
implantação das Autarquias locais.

Os pressupostos para a revisão da Postura de Mercados e Feiras, assentam no seguinte:


 Na necessidade de adequar os mercados e feiras a actual conjuntura socioeconómica;
 A necessidade de dar resposta as exigências actuais do processo de compra e venda de
produtos, atendendo as diversas modalidade de mercado actuais.
 Na necessidade de ajustar a Postura Municipal ao quadro legislativo vigente no Pais.

PREÂMBULO

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Havendo necessidade de adequar a Postura dos Mercados e Feiras à actual realidade socioeconómica, e,
como forma de dar resposta as exigências para o acesso aos mercados municipais com enquadramento
legal no Decreto nº 33/2006 de 30 de Agosto, que estabelece transferências de funções e competências
dos órgãos do Estado as Autarquias Locais, nos termos do disposto no nº 2 do artigo nº14, no que
concerne as Competências para licenciamento e fiscalização das actividades em estabelecimentos tipo
barracas, tendas, bancas, feiras e de vendedores ambulantes no Município da Cidade da Matola, ao
abrigo do disposto na alínea a) do numero 3, do artigo 45 da Lei nº 06/2018 de 03 de Agosto, republicada
pela Lei nº13/2018 de 17 de Dezembro é aprovada a Postura Sobre Mercados Feiras.

POSTURA SOBRE MERCADOS E FEIRAS

CAPITULO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Artigo 1

(Objecto)

A presente Postura estabelece as normas e procedimentos sobre o licenciamento, a utilização e a


fiscalização das actividades dos mercados municipais, incluindo os estabelecimentos tipo barracas,
tendas, bancas, feiras e de vendedores ambulantes no Município da Cidade da Matola.

Artigo 2

(Definições)

Para efeitos da presente Postura, considera-se:

a) Mercado: instalações, em locais vedados ou não, sob administração do Conselho Municipal ou de


outrem em regime de concessão ou Parcerias Público Privadas, nos quais múltiplos vendedores
promovem a venda ou facilitam a aquisição de géneros aos consumidores, bem como a prestação
de determinados serviços permitidos pela legislação em vigor.
b) Banca – instalações para venda, fixas ou amovíveis, sem espaço privativo para atendimento,
confrontado directamente com a zona de circulação ou espaço comum do Mercado.
a) Barraca - é um abrigo, consistindo de paredes de tecido ou outro material flexível disposto sobre
ou amarrado a uma armação de tubos e/ou cordas. Algumas barracas não necessitam ser presas
ao chão, enquanto outras exigem o uso de cordas amarradas em estacas e fixadas no solo.

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b) Loja- recinto totalmente fechado com espaço destinado a permanência dos compradores, dotado
de infra-estruturas de modo a permitir a instalação de contadores individuais de água e energia
eléctrica
c) Lugares de terrado – local com recinto aberto sem espaço privativo para atendimento,
confrontando directamente com a zona de circulação ou espaço comum do Mercado, providos ou
não de mesas ou bancas.

CAPÍTULO II

DOS MERCADOS

SECÇÃO I

MERCADOS EM GERAL

Artigo 3

(Locais de venda)

Constituem locais de venda, conforme definidos no artigo anterior, bancas, barracas, lojas e lugares de
terrado situados num mercado ou não dentro da área territorial do Município da Cidade da Matola.

Artigo 4

(Parque de Estacionamento)

Os Mercados Municipais estão dotados de um parque de estacionamento para viaturas, cuja utilização
obedecerá as regras sobre estacionamento em locais de uso privativo, bem como as estabelecidas para
Parques de Estacionamento Municipais e à correspondente estrutura tarifária.

Artigo 5
(Competência)

1. A cedência de espaços de venda no mercado é da exclusiva competência do Conselho Municipal da


Cidade da Matola, e deverá ser autorizada pelos órgãos com Competência para a gestão de Mercados
Municipais.

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2. A cedência de lugares de venda nos Mercados Municipais, espaços públicos Municipais ou fora deles
por pessoas não autorizadas constitui contravenção as Posturas Municipais, passíveis de Multa, graduada
em função da gravidade da situação;

3. As multas derivadas da Contravenção referida no número 2, serão graduadas e terão como base o
pagamento de 200,00MT (Duzentos meticais), por cada dia de ocupação efectiva dos locais em
referencia.

3. A ocupação e construção de estabelecimento do tipo barraca sem autorização serão punidas de acordo
com a legislação de construção em vigor no Conselho Municipal da Cidade da Matola.

Artigo 6
(Finalidade dos Mercados)

1. Os Mercados destinam-se:
a) A concentração da venda de determinados produtos em locais pré-determinados que facilitem
o abastecimento ao público;
b) A regulação dos preços por força da concorrência entre oferta e a procura;
c) A venda de quinquilharias, especiarias e de outros artigos de uso domestico, desde que se
obedeça o condicionamento fixado no número 3 do presente artigo;
d) A acumulação de actividades comummente relacionados com o abastecimento de produtos de
higiene, consumo e similares;
e) A regulação do abastecimento de produtos, especialmente, os oriundos;
f) Da avicultura, horticultura, fruticultura e da pesca;
g) De pequenos animais vivos, bem como outros produtos e artigos de uso doméstico, incluindo
flores e aves canoras e de ornamentação cujo comércio não seja proibido por lei.

2. Na concessão de novas bancas e lugares para venda a prioridade será para os produtos indicados na
alínea e) do número anterior.
3. Os pedidos para a venda de quinquilharias só serão autorizados caso não existam pedidos para a
venda de produtos frescos, entendendo-se que estes devem ter sempre prioridade.

Artigo 7
Classificação de Mercados

1. Os Mercados podem ser classificados da seguinte forma:

Mercado de classe A: Mercado Modelo construído com infra-estruturas completas com


investimento do Conselho Municipal ou por Parceria Público Privado, se destina ao fornecimento
de géneros, artigos e determinados serviços autorizados;
Mercado de Classe B: é aquele com instalações próprias e devidamente organizado, se destina ao
fornecimento de géneros, artigos e determinados serviços autorizados;
Mercado de Classe C: é aquele que não possui infra-estruturas completas, se destina ao
fornecimento de géneros, artigos e determinados serviços autorizados;
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Mercado de Classe D: é aquele que surge após o parcelamento de determinado bairro, no qual
um grupo de vendedores pratica as suas actividades de forma provisório no local pré-destinado
para mercado, onde o Conselho Municipal instala a sua estrutura de controlo e administração.

2. Para além das tipologias indicadas no número anterior, podem existir outras categorias de mercado,
nomeadamente:

a) Mercado Grossista: É o mercado regulador que se destina à concentração de todos os produtos


que devem ser distribuídos pelos demais mercados da cidade ou vendidos por grosso ao
comércio.

b) Mercado de Venda Ambulante: é a venda a retalho, exercida por pessoas singulares, de uma
gama diversificada de produtos, excluindo os proibidos por diploma legal específico ou que
carecem de autorização especial, levados a mão ou com transporte de capacidade não superior a
500kg, feito normalmente em movimento, em ambos os casos sujeitos a licenciamento nos termos
do artigo 18 da presente postura.

c) Mercado Informal: são mercados provisórios que exercem suas actividades em locais não
autorizados para o efeito. Considera-se também informal aquele que estabelece mercado, que
facilita a outrem, em estabelecimento, casa, prédio de qualquer natureza ou parte do seu quintal
para expor à venda de géneros ou artigos, sem a devida autorização.

SECÇÃO II

Serviços de apoio e equipamento do Mercado

Artigo 8
(Serviços de Apoio)

1. De acordo com as necessidades, o mercado poderá ter instalação dos equipamentos complementares
de apoio aos vendedores, nomeadamente, sanitários, vestiários, armazéns, depósitos e instalações de
frio.
2. Os Serviços de apoio referidos no número anterior poderão ser geridos directamente pelo Conselho
Municipal ou por privados, ou ainda serem entregues à gestão dos próprios vendedores, através de
seus representantes;
3. Quando existam instalações de frio, armazéns ou outros de serviços de apoio destinados ao uso
individual do vendedor, a manutenção caberá exclusivamente ao respectivo utilizador;
4. Criação de um bloco administrativo composto por:
a) Gabinete do fiscal;
b) Bilheteira;

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c) Guarita.

Artigo 9
(Uso de instalações e equipamento do Mercado )

1. Os depósitos e armazéns existentes nos Mercados só podem ser utilizados para a recolha e guarda
dos produtos, vasilhames e restos de embalagens dos produtos que se destine a ser comercializados
nestes, ou que, por não ter utilidade, aguarde remoção pelos próprios vendedores, será para os
depósitos de resíduos sólidos do Mercado em causa, ou para o seu próprio reaproveitamento.
2. A utilização dos armazéns, depósitos, instalações de frio ou outro tipo de equipamento colectivo, esta
sujeita ao pagamento das respectivas taxas.
3. Quando o serviço de apoio ou os equipamentos de uso colectivo não forem administrados
directamente pelo Conselho Municipal, as taxas serão cobradas pelos gestores privados.

SECÇÃO II

Produtos a Venda nos Mercados Municipais

Artigo 10

(Venda em mercados municipais)

Poderão ser vendidos em Mercados Municipais, os seguintes produtos frescos, nomeadamente, frutas,
hortícolas, aves, ovos, carnes, produtos pesqueiros frescos secos, produtos confeccionados e ou
manufacturados de consumo imediato, temperos para alimentos, cigarros, tabaco não preparado, objectos
de produção artesanal para uso doméstico e entre outros autorizados pelo Conselho Municipal.

Artigo 11
(Restrições nos Mercados Municipais)

1. Nos Mercados Municipais não é permitido a venda de produtos não autorizados;

2. A realização da actividade de compra e venda de produtos não autorizados será punida nos termos
legais, no caso de produtos ilegais.

3. Será punida com a pena cumulativa de apreensão e multa no valor de mil e quinhentos meticais
(1.500,00Mt), a venda de produtos diversos dos produtos autorizados para o comércio no mercado
municipal em questão, caso seja mercado de especialidade.

SECÇÃO III

Acondicionamento e manuseio de produtos alimentares

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Artigo 12
(Acondicionamento de produtos)

1. Os produtos alimentares de consumo imediato que sejam comercializados nos mercados deverão ser
expostos nas melhores condições higiénicas e sanitárias, em recipientes apropriados construídos de
materiais facilmente laváveis (tais como tabuleiros, balcões, bancadas, caixas, vitrines) protegidos das
poeiras, contaminações e contactos que de algum modo possam afectar a saúde dos consumidores.
2. Os vendedores destes produtos e ou seus empregados deverão ser portadores de boletim de
sanidade e apresentarem-se sempre vestidos de bata e toca ou lenço devidamente limpos.
3. Mesmo que munidos de boletim de sanidade e vestidos de batas, se os vendedores apresentarem
indícios de embriagues, ou mesmo manifestações associadas a doenças contagiosas ou da pele como
sarna, sarampo, feridas com aspecto repugnante e outros de contágio fácil, serão impedidos de
exercer a função até que se apresentem em condições de saúde aceitáveis.
4. Sempre que existam infra-estruturas e condições criadas para o efeito, poderão ficar na arrecadação
do Mercado, o período de encerramento nocturno, os artigos ou géneros que não se deterioram e não
precisam de cuidados de conservação especiais, mediante o pagamento da taxa de armazenamento
definido pelo Conselho Municipal.
5. O Conselho Municipal não se responsabiliza por qualquer produto ou género depositado nos próprios
locais de venda ou em qualquer outro local fora do armazém do Conselho Municipal, durante o
período de encerramento nocturno ou outro.
6. Se os géneros ou artigos ficarem abandonados nos locais destinados a sua venda, ou em qualquer
outro local fora do armazém para o efeito, num período de vinte e quatro (24) horas, além da multa
correspondente a cinco (5) vezes o valor da taxa devida pela ocupação em causa; sofrerá o vendedor
a perda dos ditos artigos e géneros que, poderão ser postos imediatamente em leilão, desde que
sejam frescos e, no caso contrário, serão postos em leilão se não reclamados nas vinte e quatro (24)
horas seguintes a sua recolha pelo fiscal-chefe ou outro funcionário do Mercado que o substitua.
7. Tratando-se de lojas, sempre que os produtos fiquem abandonados fora das lojas, será sujeito a multa
de cinco (5) vezes o valor da taxa devida pela ocupação, para além de se aplicar as regras sobre
perda dos artigos e géneros, conforme definida no número anterior.
8. A taxa de armazenamento é paga de imediato.

Artigo 13
(Manuseio dos produtos)

1. No transporte e na sua exposição, os produtos alimentares deverão estar separados de outros


produtos não alimentares e artigos.
2. Na embalagem e acondicionamento de produtos alimentares só podem ser usados materiais limpos
ou novos.
3. A infracção do disposto nesta secção será punida com a multa computada em cinco (5) vezes o valor
da taxa devida pela ocupação.

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SECÇÃO IV
ORGANIZAÇÃO DOS MERCADOS

Artigo 14
(Acesso a água e energia eléctrica)

1. Nos Mercados será fornecida água necessária ao seu funcionamento, com excepção das lojas,
barracas e quiosques, que terão contratos próprios com os respectivos fornecedores.
2. Em caso algum será permitida a saída de água para fora do Mercado, sendo sancionado com multa
correspondente a vinte (20) vezes o valor da taxa devida, pela ocupação a que tenha direito o infractor
ou, no caso de o infractor não ser vendedor do Mercado em causa será instaurado o competente
processo legal por desvio de água de fonte privada.
3. Ao Conselho Municipal compete instalar e manter nos Mercados, água e luz eléctrica conveniente e
proceder a quaisquer alterações e reparações necessárias.
4. Será da conta dos arrendatários dos estabelecimentos tipo barraca, quiosques, bancas, qualquer
iluminação especial que desejam e seja previamente aprovada pelo Conselho Municipal.
5. Os arrendatários dos estabelecimentos tipo barraca e quiosque poderão ser obrigados ou autorizados
a dispor de contador próprio, se a amplitude da instalação eléctrica e os equipamentos a usar assim
justificarem.
6. O uso da água e energia fica em qualquer caso, sob fiscalização permanente dos funcionários do
Conselho Municipal.
7. A contravenção ao disposto no número 3 e 4 do presente artigo é punível com a multa
correspondente a vinte (20) vezes a taxa, devida pela ocupação em causa.

Artigo 15
(Criação de Mercados)

1. A construção e administração de mercados municipais é da inteira responsabilidade do Conselho


Municipal, podendo para o efeito criar parcerias por um tempo determinado, de acordo com contrato
estabelecido com outrem.
2. Os mercados municipais construídos ao ar livre com materiais precários, por iniciativa de privados, das
autoridades dos Postos Administrativos ou Bairros, poderão ser autorizados se ocupar para o efeito
previsto ou a prever nos planos parciais de urbanização, funcionamento, higiene, limpeza e outros a
estabelecer pelo Conselho Municipal, autoridades sanitárias e outras entidades competentes, em
coordenação com a Vereação respectiva.

Artigo 16
(Segurança nos Mercados)

1. Os mercados Municipais estão suficientemente vedados para garantia da sua segurança e para que o
seu acesso se faça apenas através dos portões instalados e dentro dos horários aprovados.

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2. Os mercados Municipais deverão possuir locais ou instalações especialmente destinados a venda de
produtos pesqueiros e carnes com a devida protecção.

Artigo 17
(Normas de ocupação)

1. No recinto dos mercados, na área coberta far-se-á arrendamento de bancas e ao ar livre (não coberto)
será autorizada a instalação de bancas melhoradas, barracas privadas com carácter temporário, em
material precário.
2. O prazo de ocupação de bancas é indeterminado, mas no caso de abandono por um prazo máximo de
trinta (30) dias sem aviso prévio o Conselho Municipal procederá a sua atribuição a outro interessado.
3. O prazo limite de abandono de estabelecimento tipo barraca sem aviso prévio é de 90 dias, findo os
quais reverterá a favor do Conselho Municipal que dará o destino que melhor lhe convier.

SECÇÃO V

Concessão de Lugares de Venda


Artigo 18
(Regime de concessão)

1. A concessão de local de venda ou de equipamento complementar de apoio no mercado municipal


é a atribuição a pessoa singular ou colectiva de licença para ocupação de determinado espaço
físico, perfeitamente delimitado, a que corresponde apenas um único alvará de concessão ou
qualquer outro título constitutivo de direito de ocupação e exploração.
2. Os locas de venda no mercado municipal são sempre concedidos a titulo precário, pessoal e
oneroso, sendo a concessão condicionada aos termos da presente Postura e demais disposições
legais aplicáveis.

Artigo 19
(Procedimento para a concessão)

1. A concessão de licença de ocupação dos lugares de venda, quando seja de presumir mais de um
interessado na sua ocupação, é efectuada por arrematação em hasta pública ou por proposta em
carta fechada, conforme opção camarária.
2. Compete ao Conselho Municipal definir os termos a que obedece o procedimento da concessão,
os quais serão, obrigatoriamente, publicados em editais afixados nos lugares de estilo e no jornal
local de maior circulação.

Artigo 20

(Falta de interessados ou de propostas na arrematação)

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1. Quando não se tenham apresentado pretendentes na hasta pública ou propostas, ou quando os
lugares não tenham sido arrematados, o Presidente do Conselho Municipal pode conceder a sua
ocupação, a requerimento do interessado e com dispensa de arrematação, pelo valor proporcional
da base de licitação relativamente ao período temporal que falte decorrer até ao termo da
concessão.
2. Os requerimentos devem mencionar o nome, estado civil, profissão, residência, NUIT, telefone e
actividade que pretende desenvolver e respectiva licença, quando exigível.
3. Se houver mais do que um requerente para a mesma ocupação, efectuar-se-á arrematação em
hasta pública ou por propostas em carta fechada, nos termos da presente Postura.

Artigo 21
(Pagamento)

1. O pagamento do valor da arrematação constitui receita municipal e será cobrada no acto da praça,
salvo se o arrematante declarar que deseja efectuar o pagamento em prestações, devendo, nesse
caso, pagar, desde logo, metade do preço e o restante ao longo de prestações, mensais
sucessivas, no máximo de seis.
2. O não pagamento pontual de uma das prestações importa o vencimento das restantes.
3. O não pagamento no valor da arrematação, quer do inicial, que do inicial, quer das prestações
subsequentes, importa a perda, a favor do Município, das quantias eventualmente pagas, ficando
sem efeito a arrematação.

Artigo 22
(Início da actividade)

1. No dia seguinte à hasta pública os locais arrematados consideram-se, para todos os efeitos, a cargo
dos arrematantes, que os poderão ocupar desde logo.
2. A ocupação, prevista neste artigo, será a título acidental se ainda não estiver concluído o processo.
3. O arrematante é obrigado a iniciar a actividade no prazo máximo de 30 dias a contar da data de
arrematação, sob pena de caducidade da respectiva licença, sem haver lugar à restituição das taxas já
pagas.
4. Exceptuam-se do previsto no número anterior, os casos em que sejam apresentados motivos
justificativos para a ausência.

Artigo 23
(Ramos de actividade)

1. Os ramos de actividade a exercer nas bancas, barracas, lojas e nos estabelecimentos serão
previamente definidos no edital que publicita a hasta pública.

P o s t u r a d o s M e r c a d o s e F e i r a s |16
2. As lojas dos mercados poderão, ainda, ser dadas utilização diferente, mediante despacho do
Presidente do Conselho Municipal, para cada caso.

Artigo 24
(Mudança de actividade)

1. A alteração da actividade económica exercida no local pelo interessado depende de autorização


do Conselho Municipal.
2. A alteração deve ser solicitada em requerimento dirigido ao Presidente do Conselho Municipal,
com especificação da nova actividade pretendida, bem como de eventuais alterações a realizar no
espaço pretendido.

Artigo 25
(Prazo)

A concessão é feita pelo prazo de cinco (5) anos, automaticamente renovável por períodos sucessivos de
um ano e pode ser denunciada por aviso prévio contado do termo do prazo ou das renovações, pelo
concessionário ou pelo Conselho Municipal com aviso prévio de 60 dias antes de expirado o prazo, ou das
sucessivas renovações.

Artigo 26
(Requisitos para licenciamento)

1. Para obtenção de licença ou cartão de vendedor ambulante, qualquer interessado deverá:


a) Ter idade mínima de 18 anos ou estar emancipada.
b) Formular o pedido, através de Requerimento dirigido ao Presidente do Conselho
Municipal, devendo especificar nele se a licença é de estabelecimento, ou é de vendedor
ambulante, bem como o tipo de produto ou artigos que pretende comercializar;
c) A aprovação do pedido esta sujeita ao pagamento de taxas pelos serviços prestados,
aliados aos demais requisitos legais exigidos;

Artigo 27
(Licença)

1. Compete ao Conselho Municipal, emitir e renovar a licença de vendedor para o exercício da actividade
em mercados ou com carácter ambulante.

2. A licença referida no número anterior tem a validade exclusiva para a área do Município da Matola, cujo
período de duração é de um ano, a contar a data da sua emissão ou renovação.

P o s t u r a d o s M e r c a d o s e F e i r a s |17
3. Na licença deverão constar os elementos identificativos necessários, tais como: nome ou identificação
completa do titular, domicilio/ endereço, local de actividade, data de validade da própria licença e tipo de
produto a comercializar;

4. A renovação anual da licença deverá ser requerida 15 dias antes de caducar a respectiva validade;

5. O período de concessão da licença ou renovação será deferido ou indeferido num prazo máximo de 15
dias, contados a partir da data da entrada do requerimento;

6. O prazo fixado no número anterior é interrompido pela notificação do requerente, começando a correr
novo prazo a partir da data de recepção dos elementos pedidos;

7. A licença de vendedor é pessoal e intransmissível;

8. Não se observando a renovação da licença num período de 45 dias após o termo da sua validade, o
titular esta sujeito ao pagamento de uma multa correspondente a metade do valor da renovação da
licença;

9. Volvidos 60 dias após o período de renovação da licença, o estabelecimento considera-se a operar


irregularmente devendo ser encerrado pela entidade licenciadora, estando a sua reabertura condicionada
ao pagamento do valor da emissão de uma nova licença.

Artigo 28
(Emissão da Licença)

Após a adjudicação do espaço comercial e o pagamento do valor da arrematação, o Vereador da área de


Mercados e Feiras ou a entidade com competência para a gestão do Sector de Mercados e Feiras
Municipais, emite uma licença em nome do comerciante, de acordo com o modelo constante do Anexo I a
presente Postura;

Artigo 29
(Caducidade e suspensão da Licença)

1. Sem prejuízo de eventual responsabilidade por contravenção as normas municipais e gerais do


Estado, o Presidente do Conselho Municipal pode declarar a caducidade da licença nas condições
resultantes da lei geral aplicável e especialmente, nos seguintes casos:
a) Quando o ocupante não cumprir o pagamento das taxas previstas, no prazo devido, mais de duas
vezes no mesmo ano;
b) Quando o ocupante ceder a terceiros, a qualquer titulo e sem autorização do Conselho Municipal,
a utilização, ocupação ou a exploração do lugar de venda;
c) Quando o ocupante utilizar o lugar para fins diversos daquele para o qual foi destinado;
d) Outros casos expressamente referidos nesta Postura.

P o s t u r a d o s M e r c a d o s e F e i r a s |18
2. A declaração prevista nos artigos anteriores será precedida de audiência prévia dos interessados,
a tramitar de acordo com a legislação em vigor;
3. O Conselho municipal pode ainda suspender a vigência da licença quando haja indícios de
qualquer das condutas referidas no número anterior, susceptíveis de lesar os interesses do
Munícipes ou de perturbar o normal funcionamento do Mercado, até à conclusão do processo
entretanto instaurado e por prazo não superior a 60 dias.

Artigo 30
(Pagamento da taxa de ocupação)

1. Além dos custos da licença anual, os vendedores pagarão anual, mensal ou diariamente uma taxa
de exploração pela ocupação de estabelecimento tipo barraca e bancas, no mercado e recinto.
2. O início do pagamento de taxas de ocupação far-se-á até ao 10 dia do mês seguinte à
arrematação.
3. As taxas de ocupação são fixadas na Tabela de Taxas e Licenças do Município da matola e o seu
pagamento far-se-á na Secção de Taxas e Licenças nos 10 dias de cada mês.
4. A falta de pagamento acarreta o início de processo de execução, nos termos da lei.
5. Os documentos comprovativos do pagamento das taxas de ocupação, ou as senhas diárias,
deverão ser conservadas em poder dos interessados durante o seu período de validade a fim de
poderem ser exibidas aos funcionários municipais em serviço nos mercados e aos agentes de
fiscalização, sob pena de ser exigido novo pagamento.

Artigo 31
(Obras)

1. É proibida a realização de obras ou modificações nos locais de venda sem prévia e expressa
autorização do Conselho Municipal da Matola;
2. O pedido de realização de obras devera ser requerido nos termos legais, dando lugar ao
pagamento das respectivas taxas urbanísticas.
3. As obras e benfeitorias efectuadas nos termos do numero anterior ficarão propriedade do
Conselho Município, sem direito a qualquer indemnização ao interessado, e sem que este possa
alegar direito de retenção.
4. A colocação de toldos, reclame, anúncios e outros dispositivos análogos carece de autorização do
Presidente do Conselho Municipal, nos termos e nas condições previstas na lei.

Artigo 32
(Identificação dos comerciantes)

1. O Conselho Municipal organizará um cadastro de todos os titulares de licença de concessão,


devidamente actualizado, nomeadamente para efeitos de inscrição no cadastro, dele constando,
entre outros, os seguintes elementos:
a) Nome do titular, firma ou denominação social;
P o s t u r a d o s M e r c a d o s e F e i r a s |19
b) Residência ou sede social;
c) Número de identificação tributário;
d) Número de inscrição na Segurança social;
e) Local de venda;
f) Sector de actividade.

2. Os titulares das concessões de lugares nas bancas, barracas, lojas e estabelecimentos comerciais
bem como pessoas ao seu serviço devem possuir e manter visível perante o público um cartão de
identificação a emitir pelo Conselho Municipal.

Artigo 33
(Emissão do cartão de Identificação)

1. A emissão do cartão de identificação é solicitada pelo interessado,

2. É proibida a realização de obras ou modificações nos locais de venda sem prévia e expressa
autorização do Conselho Municipal da Matola;

3. O pedido de realização de obras devera ser requerido nos termos legais, dando lugar ao pagamento
das respectivas taxas urbanísticas;

4. As obras e benfeitorias efectuadas nos termos do numero anterior ficarão propriedade do Conselho
Município, sem direito a qualquer indemnização ao interessado, e sem que este possa alegar direito de
retenção;

5. A colocação de toldos, reclamos, anúncios e outros dispositivos análogos carece de autorização do


Presidente do conselho municipal, nos termos e nas condições previstas na lei.

Artigo 34
(Actividade comercial fora do mercado)

A actividade comercial praticada fora dos mercados num perímetro de 50 metros, seja em instalações
adequadas (armazéns, lojas e cantinas, entre outros estabelecimentos), seja em instalações mais
precárias (barracas e tendas), será licenciada pelo Conselho Municipal, em observância a Postura dos
Mercados.

Artigo 35
(Venda de Carvão, lenha, cana-doce e material de construção)

1. A venda de carvão, lenha, cana-doce e material de construção, será permitida pelo Conselho
Municipal em locais previamente requeridos pelos interessados e devidamente identificados.

P o s t u r a d o s M e r c a d o s e F e i r a s |20
2. O requerente obriga-se a instalar uma cobertura para a concentração do lixo produzido no local, bem
como evitar que por causa de ventanias o lixo e poeiras se espalhem, perigando a saúde e a limpeza
pública.
3. Os infractores das disposições deste artigo serão punidos com a multa do valor da taxa devida pela
ocupação do espaço.

Artigo 36

(Venda de lenha e carvão)

Os vendedores de carvão e lenha deverão obrigatoriamente estar licenciados pelos competentes serviços
de mercados para o exercício da actividade, para além de pagar as taxas fixadas pelo Conselho Municipal.

SECÇÃO V

Aferições de instrumentos de pesos e de medições

Artigo 37
(Período de aferição)

1. A aferição de balanças seus respectivos pesos, fita-métricas, metro linear, bombas de óleos
alimentares e de combustíveis líquidos, é obrigatória até 31 de Março de cada ano, para os que
estiverem em uso, enquanto os novos serão aferidos na véspera do início da sua utilização.
2. A comprovação da aferição será através da posição no referido instrumento (selo), por meio de junção
da letra designada para o respectivo ano, além da mesma constar do recibo de pagamento dos custos
de aferição.
3. Os instrumentos de peso e de medição devem ser utilizados à vista ao público e conservados em
perfeito estado de asseio e funcionamento;
4. Incorre na multa de quatro mil e quinhentos meticais (4.500,00MT) o infractor das disposições deste
artigo.

Artigo 38
(Aferições)

As bombas de combustíveis líquidos que não estiverem oficialmente aferidas pelo Conselho Municipal ou
outra entidade competente desde que se destinem ao abastecimento ao público serão consideradas em
infracção e serão sancionadas com multa correspondente a 30 salários mínimos, conforme o Decreto n.º
2/2010, de 31 de Dezembro.

P o s t u r a d o s M e r c a d o s e F e i r a s |21
Artigo 39
(Locais das aferições)

1. Com excepção das bombas de combustíveis líquidos que são instaladas em lugar fixo, os demais
instrumentos de peso e medição serão aferidos nas Instalações do Conselho Municipal, Vereação de
Mercados ou Postos Administrativos;
2. Aos serviços externos sob solicitação dos interessados será feita a execução destas operações nos
seus estabelecimentos, mediante pagamento adicional de 100% das respectivas taxas.

Artigo 40
(Infracção )

Os instrumentos de pesos e de medição que sejam encontrados em infracção das normas atrás indicadas
e em outras legalmente vigentes, serão apreendidos e só devolvidos aos seus respectivos proprietários,
mediante pagamento da respectiva multa e regularizadas as infracções no prazo de dez (10) dias.

Artigo 41
(Venda de jornais, revistas e livros)

1. A venda de jornais, revistas e livros será praticada em livrarias e tabacarias.


2. Os jornais e revistas serão vendidos na via pública, por Ardinas devidamente licenciados, em regime
de vendedor ambulante.
3. A venda de jornais revistas e livros em condições de venda ambulante não deve dificultar a circulação
dos transeuntes na via pública, sob pena de multa aplicável em contravenção ao Código de Estrada.

Artigo 42
Das licenças
Em qualquer dos casos, a venda ou distribuição de jornais, revistas e livros será requerida pelo
interessado a licenciar pelo Conselho Municipal, sob pena de multa de Dois mil meticais (2.000,00 MT)
para estabelecimentos e cinquenta meticais (50.00 MT) para o ardina singular.

SECÇÃO VI
Venda de pão, sanduíches, bolos e outros produtos similares

Artigo 43
(Cuidados de higiene)

1. O pão vendido nos Mercados deve estar devidamente protegido de moscas e outros insectos e
guardado em local apropriado.

P o s t u r a d o s M e r c a d o s e F e i r a s |22
2. A conservação de sanduíches e doces de indústria caseira, cuja venda é autorizada nos Mercados,
deve fazer se também em recipientes próprios.
3. As operações de venda do pão, sanduíches e doces deve ser feita de tal forma que não sejam
tocados com as mãos, devendo usar-se para esse efeito pinças próprias, garfos, luvas plásticas ou
outros processos pelo qual se atinja o mesmo fim.
4. Os cuidados mencionados no número anterior devem ser igualmente observados pelos compradores.
5. A infracção ao presente artigo é passível de multa correspondente a cinco (5) vezes o valor da taxa
devida pela ocupação, a que tenha direito o infractor, e os casos de reincidência serão sancionados
com a expulsão no mercado.

SECÇÃO VII

Venda de aves e outros animais vivos

Artigo 44
(Instalações apropriadas)

1. A venda de aves e outros animais vivos só poderá fazer-se em locais previamente aprovadas pelo
Conselho Municipal, devendo possibilitar a conservação permanente dos preceitos de limpeza e evitar
dentro dos limites normais, o mau cheiro no Mercado.
2. Não é permitida a permanência de animais vivos dentro do mercado, nos dias em que se encontra
encerrado, salvo se, existir locais apropriadas e devidamente autorizados pelos serviços Municipais
que superintendem a área.

Artigo 45
(Higiene, segurança e demais cuidados com os animais)

1. Os funcionários do Mercado deverão impor a limpeza das instalações reservadas a guarda de animais
vivos, e a sua desinfestação, sempre que tal se mostre conveniente.
2. Constitui obrigação dos vendedores das aves e outros animais vivos, cuidar da saúde, higiene e
alimentação dos mesmos.
3. Os vendedores das aves e de outros animais vivos devem zelar para que os mesmos não andem
soltos pelo mercado ou vias públicas conexas, responsabilizando-se pela sua guarda e quaisquer
danos que estes venham a causar.
4. É proibido praticar actos de abuso, maus-tratos ou mutilação dos animais, com intenção de oferecer
divertimento ao público ou qualquer outro motivo que fira a moral pública ou legislação específica em
vigor.

P o s t u r a d o s M e r c a d o s e F e i r a s |23
SECÇÃO VIII
Serviços e Restauração

Artigo 46
(Locais para prestação de serviços de restauração)

1. Os serviços de restauração nos Mercados, quando autorizados pelos serviços municipais que
superintendem a área, só poderão ser prestados em estabelecimentos tipo barracas, quiosque a estes
fins destinado.
2. Os serviços de restauração nos mercados consistem, essencialmente, na confecção e venda de
refeições.

Artigo 47
(Vistoria)
1. O início de funcionamento do local de venda onde se pretenda prestar serviço de restauração, está
sujeito a verificação prévia, por forma a aferir se estão reunidas as condições básicas para os serviços
em causa;
2. A vistoria terá em consideração, especialmente, aspectos de higiene e segurança.
3. Para além dos funcionários do Mercado e um representante dos serviços municipais que
superintendem a área, poderão participar na vistoria, um representante do ministério da saúde, um
representante dos serviços de bombeiros e outros cuja inclusão se verifique em razão da matéria.

Artigo 48
(Higiene e qualidade dos serviços)

1. O local de prestação de serviços de restauração deverá ter particular cuidado com a higiene na
confecção dos alimentos, sua apresentação e venda aos frequentadores, limpeza e guarda dos
utensílios de trabalho, apresentação dos próprios vendedores e seus empregados ou cobradores,
devendo se observar as normas relativas à indumentária e boletim de sanidade, bem como as demais
normas fixadas na presente postura e demais legislação para o efeito.

2. Sem prejuízo do fixado no número anterior, os prestadores de serviços de restauração deverão:

a) Manter todos os utensílios usados para confecção de alimentos, bem como para a sua
apresentação e oferecimento dos frequentadores, em perfeito estado de asseio, devendo os
mesmos ser objecto de lavagem e enxugo diário, preferencialmente, com produtos próprios
para o efeito, destinados ao uso doméstico;
b) Conservar os produtos frescos não utilizados, nomeadamente, pescado, mariscos, carne,
enlatados abertos e similares, dentro de frigoríficos com temperatura adequada à sua
congelação;
c) Apresentar os utensílios usados para a guarda dos alimentos, igualmente, limpos e sem
produtos que os possam contaminar;
P o s t u r a d o s M e r c a d o s e F e i r a s |24
d) Realizar a desafectação periódica de pragas, insectos e roedores, pelo menos uma vez ao
ano;
e) Possuir extintor de incêndio, de acordo com as normas de segurança, que deverá ser
colocado em lugar visível e de fácil acesso;
f) Possuir reservatório de água potável, caso o Mercado não possua água canalizada ou, caso
o seu abastecimento tenha sido temporariamente suspenso por motivos alheios aos
vendedores, devendo o reservatório apresentar-se limpo e devidamente tapado;
g) Possuir água e sabão liquida, ou sólido, para lavagem das mãos antes da preparação e
oferecimento dos alimentos, assim como para o uso pelos frequentadores, em caso de
consumo no próprio local;
h) Oferecer as refeições em embalagens adequadas e fechadas, sempre que não se destinem
ao consumo imediato no próprio local.

Artigo 49
(Infracção)

1. A infracção ao estipulado nos artigos 36º e 37º é passível de multa de cinco (5) vezes o valor da taxa,
devida pela ocupação a que tenha direito o infractor, sem prejuízo de aplicação de outras medidas
sancionatórias a que haja lugar nos termos da legislação em vigor.
2. Os casos de reincidência serão sancionados com o dobro da multa definida nos termos do número
anterior e, se ocorrem dentro de seis (6) meses após a ocorrência da primeira infracção, poderá estar
sujeito à suspensão por período de trinta (30) a sessenta (60) dias, conforme a gravidade do caso.
3. A infracção que implica violação de normas de higiene e organização do mercado, obriga ao infractor
a repor a situação devida, imediatamente.
4. A infracção ao disposto na alínea m) do artigo 38, será punida com a multa do dobro do valor da taxa,
devida pela ocupação, e em caso de persistência do não cumprimento, proceder-se-á ao enceramento
do estabelecimento até a regularização da sua situação.
5. Pela transgressão ao disposto em cada alínea do número 1 do artigo 38 e artigo 68 número 2, caberá
multa correspondente a dez (10) à vinte (20) vezes o valor da taxa diária ou cinco (5%) a dez por
cento (10%) do valor da renda mensal, devida pela ocupação, conforme a gravidade de transgressão,
sem prejuízo de qualquer outra sanção fixada em legislação especial.

SECÇÃO IX

Vendedores e Compradores do Mercado

Artigo 50
(Obrigações dos Vendedores)

1. Incumbe aos vendedores:


a) Deixar os seus lugares ou bancadas devidamente arrumados e limpos;
b) Remover os caixotes, cestos e outros recipientes que já não sejam necessários;
c) Colar os resíduos sólidos nos recipientes próprios;
P o s t u r a d o s M e r c a d o s e F e i r a s |25
d) Tratar com correcção tanto os funcionários dos Mercados e frequentadores, como qualquer
transeunte ou visitante;
e) Exibir, de forma visível e acessível ao público, a tabela dos preços dos géneros e produtos
que expuser para venda;
f) Apresentar os géneros e produtos em boas condições de conservação e higiene;
g) Apresentar as toalhas, panos e demais materiais usados na limpeza dos produtos vendíveis,
ou do próprio vendedor, em perfeito estado de limpeza e higiene;
h) Possuir o Cartão de Vendedor e mantê-lo em bom estado de conservação;
i) Possuir o Boletim de Sanidade, quando aplicável, mantê-lo em bom estado de conservação e
exposto em local visível;
j) Informar sobre a verdadeira proveniência e propriedade dos produtos ou artigos postos a
venda ou em seu poder, se assim exigido pelos agentes de fiscalização, devendo fazer prova,
quando se julgue necessário.
k) Cumprir com as demais obrigações previstas na presente Postura;
l) Todos vendedores devem apresentar-se correctamente vestidos e nas melhores condições de
higiene e limpeza;
m) Todos os vendedores do mercado devem participar nas jornadas de limpeza sempre que
necessário;
n) Os vendedores de géneros alimentícios, deverão usar: Batas e Tocas.

Artigo 51
(Aplicabilidade das regras sobre proibições)

É extensível aos vendedores e compradores do mercado, com as necessárias adaptações, o regime das
proibições constantes do artigo 47º, na parte aplicável.
Artigo 52
(Entrada de animais)

Aos vendedores e compradores do mercado não é permitido fazer-se acompanhar de cães ou de


quaisquer outros animais na área dos Mercados, salvo no caso de animais que tenham sido adquiridos no
próprio Mercado, mas apenas para efeitos de retirada no mesmo recinto do Mercado.

SECÇÃO X

Disciplina e Fiscalização

Artigo 53

(Competência disciplinar dos funcionários de Conselho Municipal)

P o s t u r a d o s M e r c a d o s e F e i r a s |26
1. Os funcionários de Conselho Municipal afectos nos Mercados municipais estão habilitados para
desencadear procedimentos tendentes ao sancionamento dos infractores as normas da presente
Postura Municipal, incluindo:
a) Admoestação verbal;
b) Passagem de Avisos de Multa;
c) Entrega de Notificações para presença nas instancias Policiais, nos casos que
consubstanciem infracções graves a Postura, crimes ou contravenções;
2. Exceptua-se do disposto no número anterior matéria contratuais que não respeitem a segurança,
ordem, higiene, fiscalização, casos em que a Competência é exclusiva do Conselho Municipal como
órgão, o qual irá agir nos termos contratuais;
3. A cobrança de taxas no interior dos mercados formais e informais e num perímetro de cinquenta (50)
metros é da inteira responsabilidade da Vereação de Mercados e Feiras, através dos técnicos afectos
nos bairros no âmbito da descentralização, cobrando uma taxa de mercados, incluindo a ocupação do
espaço e a taxa pelo exercício da actividade comercial.

Artigo 54
(Fraudes)

1. O vendedor que iludir ou pretender iludir os funcionários dos Mercados, quer tomando mais de um
lugar, servindo-se ou não para isso de terceiras pessoas, quer pelo uso de qualquer artifício que
defraude os interesses municipais, será sujeito á multa correspondente a cinco (5) vezes o valor da
taxa devida pela ocupação em causa.
2. No caso de uma ocupação, para efeitos de aplicação a multa indicada no número anterior, deverá ser
considerada, dentre as ocupações em causa, aquela que estiver sujeita á taxa ou renda mais elevada.
3. No caso de reincidência, o serviço municipal que superintende a área poderá proibir o infractor de
vender no Mercado, por um período até 6 meses, conforme a gravidade do caso.

Artigo 55
(Responsabilidade dos vendedores relativamente aos seus empregados e colaboradores)

O vendedor responde pelos actos e omissões dos seus empregados e demais colaboradores, no âmbito
das funções que lhes forem confiadas no Mercado, sem prejuízo de quaisquer direitos de regresso que
possa ter conta/contra os mesmos.

Artigo 56
(Artigos impróprios para consumo)

1. Se qualquer funcionário do Conselho Municipal nos Mercado detectar qualquer artigo impróprio para o
consumo, dará disso aviso ao vendedor, devendo o artigo ser, imediatamente, retirado da venda e
inutilizado em lugar apropriado.

P o s t u r a d o s M e r c a d o s e F e i r a s |27
2. Havendo desacordo entre o vendedor e o funcionário, quanto à qualidade do produto em causa, será
requisitada a presença dos serviços de saúde competentes.
3. Comprovando-se que o produto encontrava-se impróprio para consumo, será levantado o respectivo
auto, que será enviado ao serviço municipal que superintende a área e, este, para além de aplicar
multa correspondente a cinco (5) vezes do valor da taxa ou renda paga pela ocupação em causa,
poderá suspender o infractor pelo período de três (30) a quinze (15) dias, conforme a gravidade do
caso.

Artigo 57
(Revisão das rendas e Taxas)

1. As rendas das lojas serão revistas ao fim dos dois (2) primeiros anos, salvo se outra periodicidade,
inferior ou superior, for estabelecida no contrato, tendo em conta, entre outros aspectos, o período
necessário para a recuperação do investimento a ser feito em obras, quando aplicável.
2. Independentemente da revisão a que possam estar sujeitas, as taxas e rendas a pagar pelas
ocupações nos mercados, estão sujeitas a correcção monetária anual, conforme o índice de inflação
anunciado pelo Banco de Moçambique.

SECÇÃO XI

Ordem e Higiene nos Mercados

Artigo 58
(Proibições)

1. Aos vendedores dos Mercados é proibido:


a) Lançar para o chão resíduos sólidos, tais como cascas de fruta, folhas de hortaliça,
embalagens ou
fragmentos de embalagem detritos;
b) Lançar sobre os produtos e géneros destinados à venda, qualquer substância que não seja
água limpa, ou tocá-los com as mãos sujas;
c) Perturbar ou estorvar a circulação do público;
d) Fazer lume, queimar géneros, ou desperdícios ou cozinhar nos espaços do mercado, salvo se
houver lugares destinados para esse fim;
e) Matar e esfolar animais ou depenar aves nos Mercado, salvo se houver lugares destinados a
esse fim;
f) Ocupar lugar diferente do que lhe foi destinado;
g) Ocupar área superior à que corresponde à taxa ou renda paga;
h) Utilizar o local de venda para comércio diverso do que lhe foi autorizado;

P o s t u r a d o s M e r c a d o s e F e i r a s |28
i)Ocupar espaço dos arruamentos, passeios, átrios e demais espaços comuns do Mercado com
produtos e géneros para venda ou, com caixotes, cestos, garrafões e objectos similares que
não sejam para venda;
j) Iniciar a venda ao público antes da hora ou, prolongá-la depois da hora estipulada para o
funcionamento do Mercado;
k) Exercer qualquer tipo de publicidade, sem a devida autorização do Conselho Municipal;
l) Conservar em exposição produtos e géneros já vendidos;
m) Proceder a quaisquer obras de adaptação ou modificação dos respectivos locais de venda
sem prévia autorização do Conselho Municipal;
n) Provocar ou molestar os funcionários do Mercado, bem como agitar os outros a aderir a
comportamentos indignos;
o) Corromper os funcionários dos Mercados para obter vantagens, sejam ilícitas ou lícitas, ou
para não cumprir com os deveres que são exigidos por lei, incluído o pagamento de taxas ou
multas;
p) Guardar, nos espaços públicos ou de uso comum, bem como nos locais de venda, objectos
que não se transaccionem no Mercado;
q) Usar balanças, pesos e medidas que não estejam aferidos pelos serviços municipais
competentes;
r) Utilizar alto-falantes, amplificadores de voz e demais meios sonoros para chamar a clientela,
salvo se para tal obter autorização especial dos serviços municipais competentes;
s) Deixar aberta torneiras ou, por qualquer forma, gastar água para outros fins que não sejam os
de lavagem e conservação de géneros a comercializar e, da limpeza dos locais de venda;
t) Concentrarem-se ou coligarem-se entre si de forma a aumentarem desproporcionadamente os
preços em prejuízo dos consumidores;
u) Deteriorar ou entupir as canalizações e, outras vias de escoamento das águas, com resíduos
sólidos;
v) Formular de má-fé, verbalmente ou por escrito, queixas ou participações inexactas ou falsas,
contra os funcionários dos Mercados e outros vendedores ou seus empregados e demais
colaboradores;
w) Apresentar-se nos locais de venda em estado de embriaguez ou drogado;
x) Vender ou expor géneros fora dos lugares apropriados;
y) Empregar palavras obscenas ou que ofendam a moral pública;
z) Realizar rituais tradicionais no recinto do mercado.
2. Sem prejuízo da obrigatoriedade de observar as demais proibições fixadas na presente postura, os
prestadores de serviços de restauração nos mercados não devem:
a) Proceder ao abate de animais, evisceração e de escamação de pescado e limpeza de
mariscos nos locais de venda ou outros espaços dentro do mercado, salvo se os mesmos
estiverem munidos de locais apropriados para o efeito autorizados pelos serviços municipais
que superintendem a área;
b) Utilizar água comprovadamente imprópria para o consumo;
c) Acumular resíduos sólidos em infracção às normas fixadas a matéria na presente Postura;
d) Usar equipamentos susceptíveis de oxidação;
P o s t u r a d o s M e r c a d o s e F e i r a s |29
e) Utilizar, ou oferecer para o uso de frequentadores, louça partida ou rachada;
f) Fumar ou permitir que se fume em local de acesso do público.
3. As infracções ao disposto nas alíneas anteriores são aplicadas a multa de dois (2) vezes o valor da
taxa devida pela ocupação, sem prejuízo à outras sanções que haja lugar.
4. São igualmente proibidos os cânticos, ruídos incómodos e tudo que possa perturbar a boa ordem e
tranquilidade do Mercado, excepto nos casos de festejos especialmente autorizados pelo Conselho
Municipal;
5. Pela infracção ao disposto no presente artigo caberá multa graduada entre dez (10) vezes do valor da
taxa para os casos das alíneas (a, b, c, f, g, h, i e l) e vinte (20) vezes do valor da taxa para os casos
das alíneas (j, k, m, n, o, p, q, r, s, t, u, w, x, y, v e v), devida pela ocupação a que tenha direito o
transgressor, e para os casos das alíneas (n e z), dão direito a expulsão, se outro montante não
estiver expressamente fixado na presente Postura e, sem prejuízo de outras sanções a que haja lugar.
6. Tratando-se de violação das regras de limpeza e higiene, para além de multa, o vendedor será
obrigado a repor à situação anterior à violação verificada, sob pena de expulsão do Mercado por um
período de sete (7) dias.

Artigo 59
(Venda ambulante)

1. É proibido o exercício de venda ambulante de produtos de qualquer espécie, fora dos locais para esse
fim designados e a menos de 500 metros de qualquer Mercado, tratando-se de venda em movimento,
ainda que os vendedores estejam munidos de licença, sob pena de multa correspondente a trinta (30)
vezes o valor da taxa mais elevada, devida pela ocupação de banca destinada a venda de produtos
similares no mercado mais próximo.
a) Esta multa poderá ser aplicada pelos funcionários afectos aos mercados, designadamente, pelo
fiscal-chefe ou seu adjunto em casos de ausência deste, ou por outras entidades fiscalizadoras
devidamente autorizadas.
2. Os produtos e artigos na posse dos vendedores ambulantes, que violem as restrições do número 1 do
presente artigo, serão apreendidos pelos agentes da fiscalização, sendo entregues após o pagamento
da multa devida, sob apresentação do comprovativo.
3. Os produtos e artigos apreendidos consideram-se perdidos a favor do Conselho Municipal, se, no
prazo de oito (8) dias não forem reclamados;
4. Tratando-se de produtos perecíveis, a perda dá-se três (3) horas depois do acto da apreensão, caso
não se efectue o pagamento da devida multa, correspondente a dez (10) vezes o valor da taxa devida
pela actividade, após esse período os produtos serão encaminhados para instituições de solidariedade
social.
5. Não se considera venda ambulante, a venda de produtos e artigos, em movimento, quando desprovida
de autorização do Conselho Municipal, devendo ser proibida e apreendidos os produtos relacionados
com a infracção, que estejam na posse do infractor, revertendo para o Conselho Municipal,
independentemente da distância a que se encontram dos Mercados.

P o s t u r a d o s M e r c a d o s e F e i r a s |30
6. A infracção supramencionada, corresponde ao pagamento de uma multa de cinquenta (50) vezes o
valor da taxa mais elevada, devida pela ocupação de banca destinada a venda de produtos similares
no mercado mais próximo.
7. Os vendedores ambulantes, que exercem assuas actividades na via pública devem obedecer as
seguintes normas:
a) Não impedir ou dificultar por qualquer forma o trânsito nos locais destinados a
circulação de veículos e peões;
b) Não lançar no solo quaisquer desperdício, restos de lixo ou quaisquer materiais
susceptíveis de obstruir a via pública;
c) Comportar-se com civismo nas suas relações com o público;
d) Expor os artigos para venda pelo menos quarenta centímetros (40cm) acima do solo.

8. A infracção ao disposto no número 7 será punida com a multa do dobro do valor da taxa, devida
pela ocupação.

CAPITULO III

REGRAS ESPECIFICAS PARA MERCADOS INFORMAIS

SECÇÃO I

Disposições Gerais

Artigo 60
(Designação dos Mercados Informais)

1. Os Mercados Informais serão designados pelo número que lhes couber no registo existente nos
serviços municipais competentes, podendo ter igualmente designação própria, que os liga ao lugar
onde estejam instalados ou outra reconhecida pelo Conselho Municipal.
2. Em cada Mercado Informal será colocada, em local visível, uma tabuleta com a indicação do número
de registo e da designação.

Artigo 61

(Dispersão dos vendedores)

1. O Conselho Municipal poderá solicitar a intervenção da autoridade policial para mandar dispersar
quaisquer vendedores que pretendam estabelecer-se em local não autorizado.
P o s t u r a d o s M e r c a d o s e F e i r a s |31
2. Aplicam se ao presente artigo as medidas relativas a apreensão dos produtos e artigos de venda, bem
como as multas devidas, nos termos determinado ao artigo 45 da presente postura.

Artigo 62
(Horário de funcionamento)

1. Os Mercados Informais estarão abertos ao público e serão encerrados dentro do horário fixado pelo
Conselho Municipal para cada Mercado em específico.
2. Aplica-se, com as necessárias adaptações, as normas sobre horário de funcionamento aplicável aos
Mercados de Bairro de Classe C.

SECÇAO II
Instalações
Artigo 63
(Tipo de instalações)

1. Os Mercados Informais deverão ser dotados de instalações sóbrias e simples e infra- estruturas
básicas, tendo especialmente em vista:
a) O endurecimento do piso, de preferência pavimentado;
b) A instalação de cobertura, da iniciativa do Conselho Municipal ou dos vendedores;
c) A limitação do recinto por pequenos muros, ou outro tipo de vedação, onde se mostrar
conveniente;
d) A construção de sanitários;
e) A construção de outras instalações auxiliares que aumentem a utilidade e eficácia dos
Mercados;
f) A construção de sistema de drenagem básica.
2. Os serviços municipais que superintendem a área poderão autorizar a construção, pelos próprios
vendedores, de bancas, barracas e quiosques, desde que se sejam respeitadas as especificações
emitidas pelo Conselho Municipal ou, na falta, as orientações dos serviços referidos.
3. Em geral, não serão permitidas instalações de difícil remoção.
4. Sempre que possível, o Conselho Municipal colocará a disposição dos vendedores bancas móveis,
com as dimensões acomodáveis ao tipo de negócio e ao tamanho do Mercado.

P o s t u r a d o s M e r c a d o s e F e i r a s |32
Artigo 64

(Contacto com o solo e colocação de prateleiras)

1. Deve proibir-se o contacto com o solo de todos os artigos vendíveis sujeitos a contaminação com
poeiras, insectos ou outro tipo de agentes exteriores;
2. Só será permitida a colocação, pelos vendedores, de armários, caixas ou armações com prateleiras,
quando ofereçam razoável aspecto estético e de limpeza e, obedecendo, tanto quanto possível, a
modelos previamente aprovados pelos serviços que superintendem a área.

SECÇAO III
Fiscalização

Artigo 65
(Fiscalização dos Mercados Informais)

1. Os Mercados Informais estão sujeitos a fiscalização das autoridades com as devidas atribuições
legais, em especial, os funcionários do Conselho Municipal designados para o efeito, autoridades
sanitárias e policiais e demais autoridades com competências fiscalizadoras.
2. As autoridades fiscalizadoras que não façam parte do Conselho Municipal, devem coordenar as suas
actividades fiscalizadoras com os funcionários do Conselho Municipal, em especial o responsável pelo
Mercado Informal que será objecto de fiscalização.

Artigo 66
(Produtos impróprios para o consumo)

O procedimento a tomar contra os produtos impróprios para o consumo, segue as mesmas regras
estabelecidas para os Mercados de Bairro.

Artigo 67

(Carácter da fiscalização do Conselho Municipal)

P o s t u r a d o s M e r c a d o s e F e i r a s |33
1. A fiscalização a exercer pelo Conselho Municipal pode ter carácter permanente, e é normalmente
itinerante.
2. O serviço municipal que superintende a área designará os funcionários que,
diariamente, devem percorrer os Mercados Informais em acção de fiscalização e, ainda, para
proporem as medidas de melhorias que se mostrarem convenientes.
Artigo 68
(Remissão)
Aplicam -se aos Mercados Informais, com as necessárias adaptações, as disposições relativas aos
Mercados de Bairro da Classe C, especialmente na parte concernente a disciplina dos vendedores, ordem
e higiene, qualidade dos produtos e tipo de instalações permitidas, bem como quanto a fiscalização.

SECÇAO XV
Taxas e Multas

Artigo 69
(Taxas devidas e seu pagamento)

1. Nos Mercados Informais são cobradas as taxas equivalentes as cobradas para nos Mercados de
Bairro da Classe C.
2. Relativamente ao horário de pagamento nas bilheteiras, controlo do pagamento pelos funcionários do
Mercado e medidas sancionatórias aplicáveis as transgressões sobre a matéria, aplica-se o estipulado
no artigo 38 da presente Postura.

Artigo 70
(Cobrança de multas)
Os funcionários do Conselho Municipal, designados nos termos do número 2 do artigo 110 da presente
Postura, estão aptos para cobrar as multas previstas pela transgressão das disposições da presente
Postura, especialmente as que digam respeito a manutenção da ordem e da higiene.

P o s t u r a d o s M e r c a d o s e F e i r a s |34
CAPITULO IV

ESTABELECIMENTO DAS FEIRAS

SECÇÃO I
Criação e funcionamento

Artigo 71
(Definições)

Para efeitos do disposto na presente Postura, em particular, no presente Capítulo, considera-se:

1. Feira: uma ou mais das seguintes actividades:


a) Realizações destinadas a apresentar ao público ou comercializar, normalmente com carácter
eventual ou temporário, objectos ou artigos de arte, industria, comercio ou propaganda comercial,
caracterizadas por interesse económico predominante, com ou sem intuitos lucrativos dos
organizadores;
b) Venda eventual de artigos com finalidade cultural, beneficente ou patriótico, bem como festejos
populares ou tradicionais com actividades características;
c) Complexos de actividades, compreendendo exposição de produtos ou amostras, espectáculos,
diversões, restaurantes e outras actividades destinadas a atrair o público ou informá-lo.

2. Feirante: todo aquele que participa de Feira, devidamente autorizado para efeito.
3. Organizador: o responsável por determinada Feira, podendo ser o Conselho Municipal ou outro ente
Privados, devidamente autorizado para o efeito

Artigo 72
(Tipos de Feiras)

1. As Feiras serão de dois tipos, conforme a iniciativa da sua criação, designadamente, Feiras Municipais
Públicas, criadas pelo Conselho Municipal e, Feiras Privadas, criadas por privados com autorização do
Conselho Municipal.
2. As Feiras Municipais Públicas poderão ser geridas pelo próprio Conselho Municipal, através dos
serviços Municipais que superintende a área, ou através de privados, no âmbito de Parcerias Público-
Privadas.
3. As Feiras Privadas são geridas por privados, sem prejuízo da acção fiscalizadora dos serviços
Municipais que superintendem a área;
4. As Feiras Municipais Públicas poderão ter carácter permanente ou pontual e as feiras Privadas têm,
normalmente carácter pontual, sem prejuízo de ponderem ter carácter permanente, se nisto houver
interesse para o Município e nos termos e condições a acordar com o Conselho Municipal.

P o s t u r a d o s M e r c a d o s e F e i r a s |35
Artigo 73
(Estabelecimento de Feiras)

1. As pessoas singulares ou colectivas, que pretendam realizar ou estabelecer uma feira de âmbito
privada ou público no território Municipal, devem obter do Conselho Municipal a autorização devida.
2. A autorização municipal não exclui, a qualquer título, o licenciamento a que a actividade esteja sujeita
pelos organismos oficiais competentes, quando aplicável.
3. Para efeito do disposto no número 1 do artigo, os interessados devem apresentar o requerimento em
que seja exposto de forma clara o tipo de exploração pretendida, prazos ou período de vigência, locais
instalações a utilizar, estimativa do número de feirante, proposta de taxa a cobrar e outras indicações
necessárias.
4. Ao requerimento referido no número anterior, deve-se juntar documento onde se descreve as regras
básicas de funcionamento da Feira que se pretende organizar, para efeitos de aprovação.

Artigo 74
(Acesso dos Feirantes as Feiras)

1. Os interessados em participar nas Feiras Municipais, devem solicitar autorização aos serviços
Municipais que superintendem a área.
2. Os interessados em participar nas Feiras Privadas, serão autorizados pelo próprio organizador das
Feiras em causa, nos termos das regras de funcionamento que tenham sido aprovadas pelos serviços
municipais que superintendem a área, conforme determinado no número 4 do artigo 59.

Artigo 75
(Feiras com finalidade altruística)

1. Estão sujeito a autorização prévia, podendo igualmente a serem isenta de taxas, as feiras, com
finalidade ou objectivos culturais, beneficiante ou patrióticos, bem como os arraiais e festejos
organizados directamente por associações recreativas, desportivas e culturais, desde que, todas as
instalações e suas explorações sejam da iniciativa graciosa dos associados e ofereçam interesse
geral.
2. Nas autorizações para a realização das Feiras com a finalidade prevista no presente artigo, podem
especialmente, ser limitados ou proibidos, a qualquer altura, os ruídos que perturbem a tranquilidade e
o bem-estar dos residentes, e as instalações e explorações consideradas inconvenientes pelo
Conselho Municipal, por razões de ordem estética, sanitária ou cívica.
3. Sempre que nas Feiras previstas no presente artigo funcionem espectáculos públicos sujeitos a taxas
próprias, esta serão devidas, ficando também sujeitos as regras de segurança e autorização
estabelecidas pelas entidades competentes, salvo se, por sua finalidade, forem declarados também
isentos das taxas na respectiva autorização.

P o s t u r a d o s M e r c a d o s e F e i r a s |36
4. Podem as autorizações Municipais para realização de Feiras direccionadas a exposições, em recintos
ou lugares públicos, declarar a isenção de taxas, quando os respectivos Feirantes forem os autores ou
produtores dos trabalhos a expor, mesmo que para venda.

Artigo 76
(Horário de Funcionamento)

1. As Feiras Municipais Públicas e Feiras Privadas funcionarão em dia, hora e lugar designado ou
aprovado pelo Conselho Municipal, conforme os casos;
2. À hora fixada para o encerramento, os feirantes suspenderão as exposições e ou vendas, procedendo
á desmontagem dos balcões, tabuleiro e respectivos pertences, quando aplicável, e à remoção das
mercadorias, de forma que o recinto possa estar livre e pronto para o início imediato da limpeza, vinte
(20) minutos depois, devendo estar ser efectuada pelos próprios feirantes, se outras regras não
tiverem sido acordadas.
3. Sempre que circunstâncias excepcionais o aconselhem, o Conselho Municipal poderão alterar o
período de funcionamento, devendo mesmo ser comunicado com pelo menos três dias de
antecedência.

Artigo 77
(Exame dos Produtos expostos ou Vendidos)

1. Aplica-se às Feiras Municipais Públicas e feiras Privadas, com as necessárias adaptações, o fixado no
artigo 94 relativo aos procedimentos em caso de produtos impróprios para o consumo, bem como a
respectivas sanções aplicáveis.
2. Os funcionários do Conselho Municipal poderão, igualmente, apreender qualquer produto que se
repute de proveniência duvidosa ou que a exposição ou venda seja, por lei, proibida ou condicionada.
3. Cabe aos feirantes provar a proveniência lícita dos bens expostos ou vendidos, bem como a posse de
autorizações que os habilitem à venda dos produtos que requeiram licenças especiais.

Artigo 78
(Registo e identificação dos feirantes)

1. O organizador de cada feira deverá possuir registo de todos os feirantes.


2. Se outro meio mais eficaz não for adoptado pelo organizador, o registo será feito por simples
declaração verbal dos interessados, que assinarão o livro para o feito por disponibilizado, em coluna
ou formulário próprio.
3. Todos os feirantes deverão ter cartão de Feirante que, deverá conter a identificação do seu titular, o
domicílio, o número de registo e a validade do cartão.
4. Para a obtenção do cartão de feirante relativamente às Feiras Municipais Públicas, aplica-se, com as
necessárias adaptações, os procedimentos fixados no 62 da presente postura.
5. Para obtenção de feirante nas Feiras Municipais Privadas, os feirantes seguirão os procedimentos
anunciados pelos próprios organizadores.
P o s t u r a d o s M e r c a d o s e F e i r a s |37
6. As bancas, tabuleiros, pequenos carros e demais meios usados na venda, deverão conter afixada, em
lugar visível ao público e ao pessoal ad fiscalização, a indicação do titular e o número do respectivo
cartão de Feirante.

Artigo 79
(Disciplina e Higiene)

1. Nas Feiras Municipais Privadas, os organizadores são obrigados a observar e fazer cumprir, por parte
dos feirantes, as disposições sobre disciplina e higiene descritas na presente Postura relativamente
aos Mercados, com as necessárias adaptações.
2. Nas Feiras Municipais Públicas, os feirantes estão sujeitos às normas referidas no número anterior.

SECÇÃO II

Instalações

Artigo 80
(Construções Permitidas)

1. Para as Feiras que se realizem na via pública, ou em lugares do domínio público, são apenas
permitidas construções ligeiras, normalmente removíveis, ainda que com as exigências estéticas
adaptáveis aos locais onde se situam.
2. Exceptuam-se do disposto no número anterior, as Feiras que, pelas suas características de grandeza,
permanência e conveniência de instalação, sejam objecto de planificação adequada, aprovada pelo
Conselho Municipal.
3. Feiras levadas a efeito em terrenos Municipais, cedidos para efeito, serão objecto de condições a
estabelecer para cada caso.
4. O Conselho Municipal pode tomar a iniciativa de mandar transferir, remodelar ou remover as
instalações previstas no número 1 do presente Artigo, por razões de ordem estética sanitária, ou pelo
facto de necessitar do terreno para execução de obras Municipais ou de arranjos urbanísticos.

Artigo 81
(Dimensão dos Espaços Ocupados)

1. Dimensão mínima e máxima dos espaços a ocupar nas feiras será determinar pelo Conselho
Municipal no instrumento que autorize o seu estabelecimento.
2. Para a cobrança de taxas, quando haja lugar, não fracções de metro de ocupação, arredonda-se para
cima no caso de á ocupação, sendo possível, exceder a medida de 1,2 ou 3m.
3. A ocupação de área superior a taxa paga implica o pagamento de multa correspondente a vinte (20)
vezes valor da taxa que seria devida pela contravenção.

P o s t u r a d o s M e r c a d o s e F e i r a s |38
Artigo 82
(Disposição das bancas, mesas, tabuleiro ou veículos)

1. A colusão das bancas, mesas, tabuleiros, balcões, pequenos veículos ou de mais meios usados para
a venda nos locais às feiras, serás feita, segundo critério a definir pelo organizador, realizando-se,
tanto quanto possível, o agrupamento dos feirantes por classe similares de mercadorias e,
observando-se o espaço necessário para circulação do público.
2. Os veículos que seja destinado a exposição da própria mercadoria transportadas, serão postos em
ordem e em local designado pelo fiscal da feira, de maneira a facilitar o trânsito do público.

SECÇÃO III

Taxas e Multas

Artigo 83
(Taxas Devidas e Seu Pagamento)

1. As taxas devidas pelas autorizações para Feiras Municipais públicas, serão definidas pelo Conselho
Municipal para cada feira, tendo em conta os produtos vendidos, a área ocupada, bem como outras
especificidades de cada Feira.
2. Nas Feiras Municipais públicas, aplicar-se-ão, com as necessárias adaptações, as regras sobre o
horário de pagamento e controlo de pagamento pelos funcionários do Conselho Municipal, e medidas
sancionatórias aplicáveis as transgressões sobre matéria, conforme estipulado no artigo 34 número 5
da presente postura, salvo se regras diversas forem fixadas no instrumento que cria a Feira.
3. Nas feias Municipais privadas serão cobradas as taxas anunciadas pelos organizadores, que estão
sujeitas a aprovação prévia pelo Conselho Municipal.
4. Das taxas pagas pelos feirantes, nas Feiras Municipais privadas, os respectivos organizadores serão
responsáveis pela colecta e entrega a parte que caberá ao Conselho Municipal, no local que tenha
sido indicado pelo Conselho Municipal.

Artigo 84

(Cobrança de Multas)

Os funcionários do Conselho Municipal, estão aptos para cobrar multas previstas pela transgressão das
disposições de presente postura, especialmente, as que digam respeito à manutenção da ordem e da
higiene, seja nas Feiras Municipais públicas como nas Feiras Privadas.

P o s t u r a d o s M e r c a d o s e F e i r a s |39
SECÇÃO IV
Fiscalização e contravenções

Artigo 85
(Fiscalização)

1. A fiscalização será feita pelos funcionários do Conselho Municipal, nos termos fixados na presente
Postura para os Mercados, com as adaptações que se mostrarem necessárias.
2. Nas Feiras Municipais Privadas, independentemente da acção fiscalizadora dos funcionários do
Conselho Municipal, os organizadores respectivos devem criar procedimentos que permitam zelar pelo
cumprimento das regras tendentes ao bom funcionamento, organização e higiene das Feiras.

Artigo 86
(Contravenções)

1. A abertura ao público de férias privadas, em contravenção com as disposições da presente postura,


será punida com multa correspondente a vinte (20) vezes o valor da taxa que seria devida,
considerando a área ocupada, os produtos vendidos e o número de feirantes.
2. A multa acima estipulada será exigida do organizador da Feira ou, não existindo, será exigido de cada
feirante, neste caso, no valor equivalente a dez(10) vezes a taxa mais elevada aplicável aos feirantes
de Feira Municipal Pública.
3. As multas previstas na presente postura para as demais contravenções, serão extensivas as Feiras
Municipais Públicas e Privadas, uma vez aplicáveis;
4. O instrumento pelo qual se estabelecem as Feiras poderá conter outras disposições sobre
contravenções e medidas punitivas pelo seu cometimento.

CAPÍTULO V
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Artigo 87
(Tabelas de taxas)

As Tabelas de taxas em anexo constituem parte integrante da presente Postura, sendo aplicáveis a todos
os Mercados e Feiras situadas no território do Conselho Municipal da Cidade da Matola.

ARTIGO 88

(Dúvidas)

As dúvidas e Omissões decorrentes da interpretação e aplicação da presente Postura Municipal, serão


sanadas por Despacho do Presidente do Conselho Municipal ou por Deliberação do Conselho Municipal.

P o s t u r a d o s M e r c a d o s e F e i r a s |40
ARTIGO 89
(Entrada em Vigor)

A presente Postura entra em vigor na data da sua Publicação em Boletim da República.

Aprovada pela Assembleia Municipal da Cidade da Matola no dia 22 de Dezembro de 2020,

O Presidente da Assembleia Municipal

……………………………….
Vasco Bentuel Mutisse

Matola, Dezembro de 2020

O Presidente do Conselho Municipal

……………………………….

Calisto Moisés Cossa

P o s t u r a d o s M e r c a d o s e F e i r a s |41
ANEXOS

PRODUTOS TRADICIONAIS NOS MERCADOS

TIPO A TIPO B TIPO C TIPO D


Nº DE
VALOR VALOR VALOR VALOR VALOR
ORDE DESCRIÇÃO
ACTUAL Proposto Proposto Proposto Proposto
M
Bancas de hortícolas (metro 5. 5.
1
linear/dia) 5.00 00 5.00 5.00 00
Bancas de Cereais (metro 5. 5.
2
linear/dia) 5.00 00 5.00 5.00 00
Bancas de frutas (metro 5. 5.
3
linear/dia) 5.00 00 5.00 5.00 00
Bancas de peixe seco,
5. 5.
4 caranguejo, Ameijoa e
5.00 00 5.00 5.00 00
equiparado (metro linear/dia)
Bancas de mariscos, frescos
10. 1 1 1
5 e congelados (metro
5.00 00 0.00 0.00 0.00
linear/dia)
Bancas de Pão/bolos - 10. 1 1 10.
6
Vitrina (metro linear/dia) 5.00 00 0.00 0.00 00
Bancas de artigos de 10. 1 1 10.
7
mercearia (metro linear/dia) 5.00 00 0.00 0.00 00
Bancas de vendas de
10. 1 1 10.
8 artigos de higiene e limpeza
5.00 00 0.00 0.00 00
(metro linear/dia)
Venda de carne em bancas 50. 5 5 50.
9
(metro linear/dia) 5.00 00 0.00 0.00 00
Venda de roupa (metro 15. 1 1 15.
10
linear/dia) 10.00 00 5.00 5.00 00
Bancas de medicamentos
10. 1 1 10.
11 tradicionais (metro
5.00 00 0.00 0.00 00
linear/dia)
Lojas de Vestuário e
600. 500. 400.
Calçado – Botiques/ 600.00
00 00 00
12 Alfaiataria
50. 5 5 50.
Por cada m² acima de 10 m²
00 0.00 0.00 00
400. 400. 300.
Loja de Capulanas 240.00 400.00
00 00 00
13
50. 5 5 50.
Por cada m² acima de 10 m²
00 0.00 0.00 00
14 Lojas destinadas a 1,500. 1,00 75 500.
P o s t u r a d o s M e r c a d o s e F e i r a s |42
restaurante, (até 10 m² Taxa
00 0.00 0.00 00
mensal)
50. 5 5 50.
Por cada m² acima de 10 m²
00 0.00 0.00 00
1,000.
Drogaria 750.00 500.00 400.00
00
15
50. 5 5 50.
Por cada m² acima de 10 m²
00 0.00 0.00 00
Tabacaria 1,000.00 750.00 500.00 400.00
16 50. 5 5 50.
Por cada m² acima de 10 m²
00 0.00 0.00 00
1000.0
Talhos (taxa mensal) 750.00 500.00 500.00
0
17
50. 5 5 50.
Por cada m² acima de 10 m²
00 0.00 0.00 00
Pastelaria e Leitaria e(até
400.00 400.00 300.00 300.00
10 m² taxa mensal) 240.00
18
250. 25 25 250.
Por cada m² acima de 10 m²
50.00 00 0.00 0.00 00
Sorvetaria (até 10 m² taxa 250. 25 25 250.
mensal) 240.00 00 0.00 0.00 00
19
50. 5 5 50.
Por cada m² acima de 10 m²
50.00 00 0.00 0.00 00
Armazéns (até 20 m² taxa 1,50
1,200.00 3,000.00 2,5 00.00 2,000.00
mensal) 0.00
20
50. 5 5 50.
Por cada m² acima de 10 m²
50.00 00 0.00 0.00 00
Barracas de mercearia (até 600. 50 50 400.
10 m² taxa mensal) 240.00 00 0.00 0.00 00
Barracas de venda de peixe/
600. 50 50 400.
frescos (até 10m² Taxa
240.00 00 0.00 0.00 00
mensal)
21
Barracas de Restauração e
500. 50 40 400.
bebidas (até 10 m² taxa
240.00 00 0.00 0.00 00
mensal)
50. 5 5 50.
Por cada m² acima de 10 m²
50.00 00 0.00 0.00 00
Maquina
10. 1 1 10.
22 sorvete/geleiras/colemans
5.00 00 0.00 0.00 00
(dia)
20. 2 2 20.
23 Aves/dia
10.00 00 0.00 0.00 00
Cabritos e outros animais de 50. 5 5 50.
24
pequena espécie/ dia 00 0.00 0.00 00
25 Carvão 10.00 10.00 10.00 10.00
Carvão Ocupação de 500. 50 40 350.
P o s t u r a d o s M e r c a d o s e F e i r a s |43
espaço (taxa mensal) 400.00 00 0.00 0.00 00
Pilões, peneiras e outros
10. 1 1 10.
26 produtos não especificados 5.00
00 0.00 0.00 00
(metro linear/dia)
Exploração de sanitários 1,000 80 60 400.
27
públicos (taxa mensal) .00 0.00 0.00 00
Salão de cabeleireiros (taxa 600. 55 50 450.
28
mensal) 240.00 00 0.00 0.00 00
600. 50 40 300.
29 Barbearia (mensal)
240.00 00 0.00 0.00 00
Prestação de serviços
500. 500. 400.
diversos (até 10 m² taxa 600.00
00 00 00
30 mensal)
50. 5 5 50.
Por cada m² acima de 10 m²
50.00 00 0.00 0.00 00
Jogos de bilhares, games, 20. 2 2 20.
31
matraquilhos, (Unidade/dia) 10.00 00 0.00 0.00 00
Venda de CD’s, DVDs e Pen 20. 2 2 10.
32
Drive (metro linear/dia) 5.00 00 0.00 0.00 00
Venda de Calçado e roupa 20. 2 2 10.
33
usada (metro linear/dia) 5.00 00 0.00 0.00 00
Casa de jogos (mensal 2,000 1,7 1,5 1,25
/10m²) .00 50.00 00.00 0.00
34
50. 5 5 50.
Por cada m² acima de 10 m²
50.00 00 0.00 0.00 00
Alfaiataria por unid. de 10. 1 1 10.
35
maquina/dia 10.00 00 0.00 0.00 00
2,500. 2,00 2,00 2,000.
Venda a Grosso
00 0.00 0.00 00
Venda Mista (Retalho e a 4,000. 3,00 3,00 3,000.
36
Grosso) 00 0.00 0.00 00
50. 5 5 50.
Por cada m² acima de 10 m²
00 0.00 0.00 00

ACTIVIDADES EMERGENTES
Bancas de material de 2 2
37
construção (metro linear/dia) 20.00 0.00 0.00 20.00
Reparação de cel.
2 2
38 Aparelhagens e venda de ac
20.00 0.00 0.00 20.00
(metro linear)
Papelaria e reprografia (até 600 500.
400.00 400.00
10m² taxa mensal) .00 00
39 5 5
Por cada m² acima de 10 m²
50.00 0.00 0.00 50.00
Venda de Material de Escritório 800. 600. 400.00
P o s t u r a d o s M e r c a d o s e F e i r a s |44
e Consumíveis (até 10m² taxa
1,000.00 00 00
mensal)
40 5 5
Por cada m² acima de 10 m²
50.00 50.00 0.00 0.00 50.00
Venda de Celulares,
1,0 1,00 750. 50
acessórios e consumíveis (até
41 00.00 0.00 00 0.00
10m² taxa mensal)
5 5
Por cada m² acima de 10 m²
50.00 0.00 0.00 50.00
Venda de Electrodomésticos,
1,0 1,00 750. 50
42 Acessórios e Consumíveis (até
00.00 0.00 00 0.00
10m² taxa mensal)
5 5
Por cada m² acima de 10 m²
50.00 0.00 0.00 50.00
Venda de Material Informático,
Electrónicos Acessórios e 2,0 2,00 2,00 2,
43
Consumíveis (até 10m² taxa 00.00 0.00 0.00 000.00
mensal)
5 5
Por cada m² acima de 10 m²
50.00 0.00 0.00 50.00
Estaleiro material de
4 60
44 construção (até 10m² taxa 700.00 700.00 600.00
00.00 0.00
mensal)
5 5
Por cada m² acima de 10 m²
50.00 50.00 0.00 0.00 50.00
Boutiques Auto (até 10m² taxa 800 600. 600. 50
45
mensal) .00 00 00 0.00
5 5
Por cada m² acima de 10 m²
50.00 0.00 0.00 50.00
Botle Store (até 10m² taxa 2,5 600. 600. 50
46
mensal) 00.00 00 00 0.00
5 5
Por cada m² acima de 10 m²
50.00 0.00 0.00 50.00
Micro finanças (até 10 m² taxa 2,0 2,00 2,00 2,
mensa) 00.00 0.00 0.00 000.00
47
5 5
Por cada m² acima de 10 m²
50.00 0.00 0.00 50.00
2,0 2,00 2,00 2,
48 Casas de pasto (taxa mensal)
00.00 0.00 0.00 000.00
Venda de cigarros (metro 1 1
49
linear/dia) 10.00 0.00 0.00 10.00
Farmácia (até 10m² taxa
800.00 600.00 600.00 500.00
mensal)
50
5 5
Por cada m² acima de 10 m²
50.00 0.00 0.00 50.00

P o s t u r a d o s M e r c a d o s e F e i r a s |45
MERCADO GROSSISTA
52 Viaturas até 5 toneladas /dia
50.00
Viaturas de 5 toneladas a 10 1
53
toneladas/dia 00.00
Viaturas com mais de 10 2
54
toneladas/dia 00.00
2,0
55 Ocupação do stand/mes
00.00

FEIRAS M²/DIA
5 50 50
Feira Agrícola
56 50.00
0.00 .00 .00 50.00
5 50 50
Feira Pecuária
57 50.00 0.00 .00 .00 50.00
5 50 50
Feira Mariscos
58 50.00 0.00 .00 .00 50.00
7 75 75
Feira Frutícola
59 50.00 5.00 .00 .00 75.00
5 50 50
Feira de Artesanato
60 50.00 0.00 .00 .00 50.00
10 100. 100 1
Feira Gastronómica
61 50.00 0.00 00 .00 00.00
50 500. 500 5
Feira Comercial
62 0.00 00 .00 00.00
1,000 1,000. 1,000. 1,0
Feira Industrial
63 .00 00 00 00.00
75 750. 750 7
Feira de Serviços
64 0.00 00 .00 50.00
50 500. 500 5
Feira de Emprego
65 0.00 00 .00 00.00
25 250. 250 2
Feira de produtos usados
66 0.00 00 .00 50.00
67 Feira Mista 50.00 150.00 150.00 150.00 150.00
Prestação de Serviços de 10 100. 100 1
68 apoio 0.00 00 .00 00.00
LICENCIAMENTO DE ACTIVIDADES

ACTIVIDADE VALOR ACTUAL

P o s t u r a d o s M e r c a d o s e F e i r a s |46
1 COMERCIO 1,639.00/Anual

2 QUIOSQUE 2,000.00/Anual
3 TAKE AWAY 3,500.00/Anual
4 PRESTACAO DE SERVICO 3,152.00/Anual
5 TURISMO 4,000.00/Anual
6 LICENCA DE PUBLICIDADE 1,325.00/Anual
7 SNACK - BAR 3,500.00/Anual
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
5 55 55 55
Cartão de vendedor ambulante 550.00
50.00 0.00 0.00 0.00
Cartão Vendedor
ambulante/revendedor 3,000.00 3,000.00 3,000.00 3,000.00

P o s t u r a d o s M e r c a d o s e F e i r a s |47

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