PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
| Módulo 2 – Prof. Teófilo Beviláqua
OS: 019/2/24-Gil
CONCURSO: DOBRADINHA – CEF & BNB
ASSUNTO: ORTOGRAFIA OFICIAL
Embora haja algumas condições para certos usos da grafia
de palavras, um fator primordial para a execução gráfica
correta é a memória ortográfica dos candidatos, isto é, o
seu próprio conhecimento (intuído ou técnico-gramatical).
Historicamente, a avaliação do IMPARH, na seleção de
professores da prefeitura de Fortaleza, privilegiou questões
de marcação gramatical, ou seja, questões que pedem que
se marque a alternativa onde há (in)correta grafia das
palavras, ou questões em que se especifica certa letra (ou
palavra) como tendo sido empregada de maneira correta
etc. De qualquer maneira, seguem algumas dicas
ortográficas.
1. Emprego de algumas letras
A LETRA “G”: A letra “g” só assume o fonema /g/ em
contato com as letras “e” e “i” (gesto/girino), com som de
“j”. Diante das letras “a”, “o” e “u”, o mesmo fonema
representar-se-á pela letra j (janela/jogo/junto).
a) quando substantivos terminarem em -agem, -igem e -
ugem: bagagem, contagem, garagem, miragem, viagem; -
fuligem, impigem (ou impingem), origem; ferrugem,
rabugem. ATENÇÃO: laje (ou lagem), paje (ou pajem),
lambujem.
b) nas palavras terminadas em -ágio, -égio, -igio, -ógio, -
úgio: adágio, contágio, estágio, pedágio; colégio, egrégio;
litígio, prestígio; necrológio, relógio; refúgio, subterfúgio.
c) iniciadas pela letra “a”, geralmente seguidas de “ge” e
“gi”: agenda, agiota, agente, agitar etc.
d) verbos terminados em -gir ou -ger: emergir, proteger.
ATENÇÃO: ajeitar (de jeito).
PALAVRAS COM G: algema, álgebra, angico, angina,
apogeu, aragem, auge, bege, bugiganga, esfinge,
estrangeiro, geada, gengibre, gengiva, gibi, gilete, ginete,
gíria, giz, higiene, hegemonia, herege, indigesto, legista,
ligeiro, megera, monge, mugir, ogiva, pugilista, regurgitar,
sugestão, tangerina, tigela, urgente, vagem etc.
A LETRA “J”:
a) verbos que têm a terminação –jar ou -jear: arranjar
(arranjo, arranjem, etc); despejar (despejo, despeje, etc);
gorjear (gorjeiam, etc)
b) palavras de origem tupi, africana, árabe: jê, jiboia, pajé,
jirau, caçanje, alfanje, alforje, canjica, jerico, manjericão,
Moji.
c) palavras derivadas de outras que já apresentam j:
cerejeira (de cereja); laranjeira (de laranja); lisonjear,
lisonjeiro (de lisonja); lojinha, lojista (de loja).
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PALAVRAS COM J: acarajé, alforje, azulejo, beiju,
berinjela, brejo, cafajeste, canjica, caranguejeira, enrijecer,
gorjeta, granja, jerimum, jequitibá, jesuíta, jirau, jiboia,
lisonjeiro, majestade, manjericão, pajé, trejeito, traje, jeito,
jegue, jejum, jerico, jirau, jiu-jítsu, jê, jiboia, jirau etc.
A LETRA “S”:
a) se tem som de “z” - palavras derivadas de outras que já
possuem s: casa - casinha, casebre, casarão; liso - lisinho,
alisar, alisador; análise - analisar, analisador, analisante.
b) com som de “z”, após ditongos: causa, lousa, coisa,
pausa etc.
c) nos sufixos: -ês, -esa (indicando nacionalidade, título,
origem): chinês, chinesa; marquês, marquesa; burguês,
burguesa; calabrês, calabresa; duquesa; baronesa; -ense, -
oso, -osa (fomam adjetivos): cearense, brasiliense; gostoso,
gostosa; -isa (usa-se na formação de profissiões feminina):
poetisa, profetisa, papisa, sacerdotisa.
d) conjugações dos verbos pôr e querer: pus, pusera,
pusesse, puséssemos; repus, repusera, repusesse,
repuséssemos; quis, quisera, quisesse, quiséssemos.
e) Verbos terminarão em “isar”, se as palavras a que
correspondem possuírem “s”: paralisia (paralisar), aviso
(avisar). Porém, catequizar (de catequese), batizar (de
batismo), hipnotizar (de hipnose), sintetizar (de síntese).
PALAVRAS COM S: adversário, acaso, agasalho, alisar,
análise, ânsia, ansiar, apreensão, apoteose, através, asa,
asilo, atencioso, autópsia, aversão, aviso, base, besouro,
bisavô, blusa, brasa, brasileiro, camisa, camiseta, camisola,
casa, casaco, casado, casamento, caso, casulo, coisa,
colisão, conclusão, corajoso, cansaço, catalisar, cisão,
compreensão, cortesia, crise, cuidadoso, curiosidade,
decisão, defesa, delicioso, desajustado, desastre, desejo,
desenhar, desenho, desigual, desorientar, despesa, dose,
empresa, ênfase, entrosar, enviesar, escusável, estudioso,
fabuloso, fase, frase, freguesa, fusível, fusão, gasolina,
gracioso, gris, guloso, hesitar, hipótese, improviso,
impulsionar, isolado, lapiseira, liso, lisura, medusa, mesa,
mesada, misto, música, obséquio, oleoso, ousado,
paisagem, parafuso, paraíso, pêsame(s), perigoso,
perversão, pesadelo, pesado, pesquisa, piso, poetisa, pose,
preciso, preguiçoso, presa, presente, presídio, pretensão,
princesa, querosene, raposa, risada, rasura, revés, repulsão,
rosa, roseira, saboroso, sorriso, sósia, surpresa, tesoura,
tesouro, transitar, verosímil, verossimilhança (ou
verossimilhança), usado, usina, usual, usuário, vaidoso,
vaso, vigésimo, viseira, visita etc.
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A LETRA “Z”:
a) em palavras que derivam de outras em que já “z”: deslize
- deslizar, baliza - abalizado; razão - razoável, arrazoar,
arrazoado; raiz – enraizar.
b) nos sufixos: -ez, -eza (formação de substantivos abstratos
a partir de adjetivos): rijo, rijeza; rígido, rigidez; nobre,
nobreza; surdo, surdez; inválido, invalidez; intrépido,
intrepidez; sisudo, sisudez; avaro, avareza; macio, maciez;
singelo, singeleza;
c) -izar (formador de verbos) e ização (formador de
substantivos): civilizar, civilização; humanizar, humanização;
colonizar, colonização; realizar, realização; hospitalizar,
hospitalização.
d) terminações: -zal, -zeiro, -zinho, -zinha, -zito:
cafezal, cafezeiro, cafezinho, arvorezinha, cãozito
Casos interessantes
a) verbos que possuem “nd” e “ns” formam substantivos
com s: ascender, ascensão; distender, distensão; expandir,
expansão; suspender, suspensão; pretender, pretensão;
tender, tensão; estender, extensão.
b) verbos com “ced” e “cess” formam nomes com “ss”:
ceder, cessão; conceder, concessão; interceder,
intercessão; exceder, excesso, excessivo; aceder, acesso.
c) há relação gráfica entre “ter” e “tenção” em nomes
formados a partir de verbos: abster, abstenção; ater,
atenção; conter, contenção; deter, detenção; reter,
retenção.
PALAVRAS COM Z: alazão, alcoolizado, azar, azáfama,
aprazível, baliza, bendizer, buzina, bazar, catequizar,
flacidez, martirizar, ojeriza, ozônio, proeza, vazão, verniz,
viuvez, xadrez etc.
A LETRA “X”:
a) após ditongo (som de “ch”): caixa, peixe, eixo, trouxa,
baixo, encaixar etc. Exceção: recauchutar e seus derivados.
b) após o grupo inicial en: enxada, enxaqueca, enxerido,
enxame, enxovalho, enxugar, enxurrada.
Cuidado com encher e seus derivados (lembre-se de cheio)
e palavras iniciadas por ch que recebem o prefixo en-:
encharcar (de charco), enchapelar (de chapéu), enchumaçar
(de chumaço), enchiqueirar (de chiqueiro).
Cuidado: encharcar, enchiqueirar, encher, enchente.
c) após o início me: mexer, mexerica, mexerico, mexilhão,
México.
Cuidado: mecha.
PALAVRAS COM X: abacaxi, afrouxar, almoxarife, atarraxar,
baixada, baixela, bauxita, bexiga, broxa (pincel), bruxo,
caixão, caixeiro, caixote, capixaba, caxumba, coaxar, deixar,
desleixo, elixir, encaixotar, engraxar, engraxate, enxada,
enxadrista, enxame, enxergar, enxoval, enxotar, enxurrada,
enxuto, faxina, faxineiro, feixe, frouxo, graxa, gueixa,
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lagartixa, laxante, luxação, luxo, luxúria, madeixa,
macaxeira, mexer, mexida, muxoxo, orixá, oxalá, praxe,
puxão, relaxado, relaxamento, rouxinol, roxo, taxa
(imposto), vexame, xadrez, xale, xampu, xará, xarope,
xavante, xaveco, xenofobia, xeque-mate, xereta, xerife,
xícara, xingar, xilindró....
2. Emprego do hífen
• Emprego do hífen na presença de PREFIXOS
Os prefixos são partículas que se acrescentam ao início do
radical de um vocábulo da língua.
I – Caso o prefixo termine em uma VOGAL.
▪ Prefixo termina em VOGAL IGUAL à vogal que inicia a
palavra seguinte: USA-SE o hífen.
Exs.: anti-inflamatório, auto-observação, semi-interno,
micro-organismo, micro-ondas, micro-ônibus contra-ataque,
ultra-aquecido.
▪ ATENÇÃO: o prefixo “co” junta-se ao segundo elemento
iniciado com “o” sem uso do hífen: coobrigar,
coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar,
coocupante etc.
▪ Prefixo termina em VOGAL DIFERENTE da vogal que
inicia a palavra seguinte: NÃO se usa o hífen.
Exs.: aeroespacial, agroindustrial, anteontem, antiaéreo,
antieducativo, autoaprendizagem, autoescola, autoestrada,
autoinstrução, coautor, coedição, extraescolar,
infraestrutura, plurianual, semiaberto, semianalfabeto,
semiesférico, semiopaco
▪ Prefixo termina em VOGAL e a palavra seguinte inicia
com CONSOANTE: NÃO se usa hífen.
Exs.: autopeças, autoproteção, antinatural, anteprojeto,
contracheque, coprodução, geopolítica, microcomputador,
minimercado, pseudopensador, semideus, semicírculo,
seminovo, ultravioleta etc.
▪ Prefixo termina em VOGAL e a palavra seguinte inicia
com as CONSOANTES “R” e “S”: NÃO se usa hífen e
dobra-se a consoante inicial.
Exs.: antirrábico, antirracismo, antirreligioso, antirrugas,
antissocial, biorritmo, contrarregra, contrassenso, cosseno,
infrassom, microssistema, microssaia, minissaia,
multissecular, neorrealismo, pseudossábio, neossimbolista,
semirreta, ultrarresistente, ultrassom, etc.
II – Caso o prefixo termine em uma CONSOANTE.
▪ Prefixo termina em CONSOANTE DIFERENTE da consoante
que inicia a palavra seguinte: NÃO se usa hífen.
Exs.: hipermercado, intermunicipal, supersônico,
interdisciplinar etc.
▪ Prefixo termina em CONSOANTE IGUAL à consoante que
inicia a palavra seguinte: USA-SE o hífen.
Exs.: inter-regional, inter-racial, super-realista, super-
resistente, hiper-resiliente, hiper-romântico etc.
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▪ Prefixo termina em CONSOANTE e a palavra seguinte
inicia-se com VOGAL: NÃO se usa hífen.
Exs.: hiperacidez, hiperativo, interescolar, interestadual,
interestelar, interestudantil, superamigo,
superaquecimento, supereconômico, superexigente,
superinteressante, superotimismo.
III - O prefixo “SUB”
Caso o prefixo seja “sub”, USA-SE o hífen quando a palavra
seguinte foi iniciada por “B” ou “R”.
Exs.: sub-banda, sub-bairro, sub-base, sub-bibliotecário,
sub-regional, sub-reino, sub-raça, sub-reitor.
ATENÇÃO: subumano, subumanidade, etc. (o H é retirado).
IV - Os prefixos “EX”, “RECÉM”, “ALÉM”, “AQUÉM” “VICE”,
“SEM”, “VIZO”, “GRÔ, “GRÃO”, “PARA”, “SOTO” : Devem
ser seguidos de hífen, sim!
Exs.: ex-marido, ex-diretor, ex-vendedor, ex-presidente,
recém-casado, recém-nascido, além-mar, além-túmulo,
aquém-mar, vice-diretor, vice-rei, sem-terra, vizo-rei, grã-
cruz, grã-duquesa, grão-mestre, para-raios,
V - PREFIXOS “CIRCUM” E “PAN”: caso estejam ligados a
palavras iniciadas por vogal, m ou n: USE-SE o hífen.
Exs.: circum-meridiano, circum-navegação, pan-americano,
pan-africano, pan-asiático, pan-eslavismo, pan-helênico,
pan-hispânico, pan-mágico, circum-ambiente, circum-
escolar, circum-hospitalar, circum-marítimo, circum-
murado etc.
VI – MAL: deve-se USAR o hífen nas situações em que
antecede uma palavra iniciada por vogal, H ou L, e com esta
mantém uma unidade semântica.
Exs.: mal-acostumado, mal-amado, mal-agradecido, mal-
acabado, mal-assombrado, mal-educado, mal-entendido,
mal-estar, mal-humorado, mal-intencionado, mal-limpo etc.
ATENÇÃO 1: malcriado, malcuidado, malfeito, malformado,
malmequer etc.
ATENÇÃO 2: Caso a palavra “mal” signifique doença, o
hífen deve ser usado em não havendo elemento de ligação:
mal-francês.
VI - OS PREFIXOS “PRÉ”, “PÓS” E PRÓ: deve-se usar hífen
quando os prefixos “pré-“, “pós-“, e “pró” forem tônicos,
acentuados.
Exs.: pré-escolar, pré-nupcial, pré-vestibular, pós-
graduação, pós-adolescência, pós-tônico, pós-cirúrgico, pró-
reitor, pós-auricular
ATENÇÃO: caso tais prefixos não sejam autônomos, isto é,
sejam átonos, NÃO haverá uso de hífen: predeterminado,
pressupor, preconceito, preeminente, prejulgar, pospor,
posfácio, propor, procônsul, procriar, pronome etc.
VII – PREFIXO “RE”: NÃO SE USA HÍFEN com o prefixo “RE”:
Exs. requalificar, readequar, reescrever, reescrita,
reaparecer, realterar etc.
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3. Acentuação gráfica
Para acentuarmos (ou não) uma palavra, devemos
considerar as regras de acentuação, isto é, uma palavra é
acentuada devido ao emprego de normas que regulam o
uso de acentos: (´) agudo, (`) grave e (^) circunflexo.
As regras de acentuação atuarão, principalmente,
sobre o que diz respeito à posição da sílaba tônica e a
terminação da palavra.
TONICIDADE E TERMINAÇÃO
Sílaba tônica é a sílaba sonoramente mais forte da palavra.
As demais sílabas, se houver mais de uma, são chamadas de
átonas. Quando à posição da sílaba tônica, temos as
seguintes classificações de palavras:
• Oxítonas: a sílaba tônica é a última.
• Paroxítonas: a sílaba tônica é a penúltima.
• Proparoxítonas: a sílaba tônica é a antepenúltima.
Além da posição da sílaba tônica, outro critério
determinante para a acentuação gráfica é a terminação da
palavra.
OXÍTONAS
Serão acentuadas quando terminadas em
• “a(s)” – Paranaguá, Ceará, vatapá, chamá-la, cajá quiçá,
dará, Satanás, aliás, atrás etc.
• “e(s)” – café, vocês, rapé, sapé, através, pontapés,
contém, contêm, cortês, português, freguês, contê-lo,
etc.
• “o(s)” – cipó, avós, mocotó, dominó, avô, compôs, robô,
vovô, avós, cipós, compô-lo etc.
• “-em” e “-ens” – acém, detém, deténs, entretém,
entreténs, harém, haréns, parabéns, porém, provém,
provéns, também etc.
• “-éi(s)”, “-ói(s)”, “éu(s)” – coronéis, fiéis, herói, chapéu
etc.
As formas verbais do tipo “chamá-la”, “dizê-lo”, “compô-
los” sã consideradas oxítonas. Neste caso, as formas
pronominais existentes pós-hífen devem ser
desconsiderados para efeito de consideração da regra de
acentuação. Assim, “chamá-la” possui acento por ser
oxítona terminada em “a”. Já em “Parti-lo” não há
acentuação, pois, embora oxítona, termina “i”, o que não é
contemplada pela regra.
Monossílabos tônicos possuem apenas uma sílaba e são
acentuados, se terminados em: -a(s), -e(s), -o(s) e os
ditongos abertos “éi”, “éu”, “ói” – já, há, pá; fé, crê, dê, fé,
lê, Lé, pé, ré; dó, mó, nó, pó, só, mós, nós, cós, pôs, pós, sós,
réis, véus, dói.
PAROXÍTONAS
Serão acentuadas quando terminadas em:
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• -i ou is – júri, cáqui, beribéri, biquíni, táxi, dândi, lápis,
grátis, oásis, miosótis etc.
• -n – éden, hífen, pólen, abdômen, líquen, sêmen, etc.
• -ns – prótons, elétrons
• -ã, -ãs, -ão, -ãos – órfã, ímãs, órgão, órfãos, etc
• -us – vênus, vírus, bônus, ônus, Vênus, tônus, húmus
etc.
• -um(uns) – médium, álbum, fórum, médiuns, álbuns,
fóruns etc.
• -r – revólver, açúcar, caráter, éter, mártir, néctar,
repórter etc.
• -ps – bíceps, fórceps, etc.
• -l – amável, horrível, móvel, etc.
• -x – fênix, tórax, etc.
Ditongos crescente ou decrescente – áurea, azálea,
marmórea, argênteo, terráqueos, ígneo, ânsia, boêmia,
frequência, calvície, imundície, cárie, barbárie, declínio,
pátios, lábios, amêndoa, Páscoa, mágoas, nódoa, contígua,
espáduas, tênues, bilíngue, árduo.
Ditongo é a junção de uma semivogal + vogal ou de uma
vogal + semivogal na mesma sílaba.
Semivogal corresponde a um som! E um som com uma
intensidade menor que o som de uma vogal. Assim, a
palavra “aula”, por exemplo, quando dividimos as sílabas,
temos “AU-LA” – a primeira sílaba possui um ditongo, em
que há a vogal “A” (som mais forte) e a semivogal “U” (som
mais fraco). Outro critério de determinação de semivogal,
além da intensidade, é o fato de que via de regra semivogal
tem SOM de /i/ ou de /u/. Isso significa que a palavra
“SÊMEN” possui uma semi vogal na última sílaba. Sim, o “n”
representa um som de /i/. A depender da relação, haverá
ditongos crescentes (SV+V) e ditongos decrescentes (V+SV),
que poderão ser orais (quando possuem uma vogal de
timbre aberto ou fechado) ou nasais (quando a vogal é
nasalizada pela presença do ~, m, n).
Paroxítonas terminadas em ditongo crescente, como
“história”, “paciência”, “miséria”, “ambulância”, “série”
podem receber outra classificação, e válida: proparoxítona
acidental, eventual, relativa. Isso ocorre devido ao fato de
que estas palavras podem ser divididas como
proparoxítonas: HIS-TÓ-RI-A (proparoxítona eventual).
Então, tanto é correto afirmar que a palavra “paciência” é
acentuada por ser paroxítona terminada em ditongo
crescente quanto é correto afirmar que ela é proparoxítona
eventual/relativa.
PROPAROXÍTONAS
Todas devem ser acentuadas.
• Física, esdrúxulo, matemática, ônibus, lâmpada,
elétrico, última, pílula, víbora etc.
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ACENTUAÇÃO DOS HIATOS
Hiato é o encontro de duas vogais que, no processo de
separação silábica, ficam em sílabas distintas. As palavras
ca-ri-o-ca e mo-e-da, por exemplo, são casos de hiato. Mas
o que tem o hiato a ver com a acentuação? O que nos
interessa aqui especificamente é o aquilo que se refere às
vogais “i” e “u”, quando representantes da sílaba tônica e
da segunda vogal do hiato. Existem condições para que
estas vogais sejam acentuadas:
Condição 1 – a vogal “i” ou “u” estar isolada (e não seguida
de NH) – saída, ruído, cafeína, heroína, uísque, saúva, açaí,
juízo, caía, saí, destruí-lo, balaústre, baús, saúde, Grajaú,
etc.
Condição 2 – formar sílaba com a letra “s” – país, faísca,
egoísmo, altruísmo, casuísmo etc.
Observe que as palavras “rainha”, “moinho”, “lagoinha”,
“campainha”, “tainha” não possuem acento, embora
possuam hiato... O “problema” é que o “i” é seguido de NH.
Depois de ditongos decrescentes, o hiato NÃO será
acentuado em palavras paroxítonas: feiura, baiuca, Sauipe
etc.
Depois de ditongo crescente, o hiato será acentuado em
palavras paroxítonas: Guaíba, Guaíra etc.
Depois de ditongos decrescentes, o hiato será acentuado
em palavras oxítonas: Piauí, tuiuiú.
Nas formas verbais do tipo “atribuí-lo”, “distribuí-lo”, a regra
dos hiatos permanece. Neste caso, desconsidera-se a forma
pronominal.
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES
• As sílabas PAROXÍTONAS com ditongos abertos em “-
ei” e “-oi” não são acentuadas: assembleia, ideia,
boleia, jiboia, paranoico, heroico, boia etc.
• As OXÍTONAS e monossílabos com os ditongos
abertos são acentuados: céu, dói, chapéu, anéis,
lençóis, herói, constrói, papéis etc.
• A forma verbal “pôr” mantém ao cento circunflexo
diferencial para se distinguir da preposição átona
“por”.
• A 3.º pessoa do singular do pretérito perfeito Pôde
mantém o acento diferencial para se distinguir da 3.º
pessoa do singular do presente Pode.
• Facultativo: pode ser ou não acentuada a palavra
“fôrma” (substantivo), distinta de “forma”
(substantivo; 3º pessoa do singular do presente do
indicativo)
• As terceiras pessoas do plural dos verbos CRER, DAR,
LER, VER, que formam o encontro “EE” não recebem
acento circunflexo: creem, deem, leem, veem.
• Palavras com “OO” não recebem acento: enjoo, voo,
perdoo, abençoo, coroo, magoo, etc.
• Atenção para o verbo “ter” e “vir” e seus derivados:
singular (tem/vem) e plural (têm/vêm).
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