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Prova Port Inst Ap2 2023
Prova Port Inst Ap2 2023
Matrícula: Polo:
AP 1 ( ) AP 2 ( X ) AP 3 ( ) AP-E ( ) - 2023/2
Coordenação: Prof.ª Bárbara Tavela, Prof.ª Camila Gigante, Prof.ª Diana Pinto,
Prof.ª Lucia Moutinho e Prof. º Tiago Santos
Prezados Discentes,
TEXTO I
Racismo escancarado
Flávia Oliveira
15 de setembro de 2023
Em 132 anos, o STF teve 171 ministros. Apenas três eram homens negros e três
mulheres brancas.
Nada mais natural que negros e mulheres, as maiorias minorizadas por um poder
masculino, branco e hétero, reivindiquem democraticamente presença nos espaços de
poder. Assim, crescem e se fortalecem as candidaturas diversas para cargos do
Executivo e do Legislativo; multiplicam-se os programas em empresas e na produção
cultural. Igualmente, ganha tração o esforço por representatividade no Judiciário, que
tanta desigualdade produz ou confirma. Diversidade é riqueza, inovação, justiça.
Luiz Inácio Lula da Silva, em todas as pesquisas da disputa pelo terceiro mandato, tinha
a preferência das ditas minorias. Foram as mulheres, os negros, os pobres que
pavimentaram o caminho do presidente ao Planalto. Também eles, com indígenas,
pessoas com deficiência e LGBTQIA+, subiram a rampa em cerimônia tão simbólica
quanto comovente no primeiro dia de 2023.
Desde o início do governo, é constante a cobrança por diversidade nas escolhas de Lula.
A primeira-dama, Janja da Silva, costuma manifestar publicamente satisfação pela
nomeação de mulheres. Na origem, eram 11 em 37 pastas, recorde que ultrapassou as
dez ministras do primeiro governo de Dilma Rousseff (2011-2014). Passados oito
meses, restam nove em 38, porque o presidente cedeu à pressão de cartolas do Centrão e
limou Daniela Carneiro do Turismo e Ana Moser do Esporte. Medalhista olímpica, com
duas décadas de ativismo em programas de inclusão pelo esporte, a ex-ministra era a
legítima encarnação do que significa representatividade feminina em espaços de poder.
Ao fim dos trabalhos do governo de transição, em 2022, foi Lula quem declarou que
“um governo tem que ser cobrado”. E pediu isso. Organizações sociais que reivindicam
a indicação de uma jurista negra para o STF — como Coalizão Negra por Direitos,
IDPN, Mulheres Negras Decidem, Instituto Marielle Franco, Instituto Peregum, Nossas
— estão fazendo em declarações, textos, outdoor e vídeo exatamente o que Lula
sugeriu. Dentro e fora do país, cobram publicamente do presidente, tal como fazem,
quase sempre em privado, líderes de União Brasil, PP, Republicanos, representantes do
empresariado, figurões do Judiciário.
Na ágora moderna, a platitude sobre uns contrasta com os ataques àqueles, inclusive à
esquerda, que defendem a primeira mulher negra no STF. Democracia pressupõe troca
de ideias e disputas, vitórias e derrotas. Mas, toda vez que pessoas negras se levantam
por direitos, emerge a ira dos que não abrem mão de ocupar o topo e nem sequer se
enxergam como identitários. O racismo, de nós, quer obediência. Em silêncio.
Fonte: https://oglobo.globo.com/opiniao/flavia-oliveira/coluna/2023/09/racismo-escancarado.ghtml.
Acesso em 24.09.23.
1) (Valor: 2,0 pontos) Retire, do texto I, dois argumentos favoráveis apresentados pela
jornalista Flávia Oliveira a que o presidente Lula indique uma mulher negra para a vaga
de ministra do STF.
1:_____________________________________________________________________
______________________________________________________________________
2:_____________________________________________________________________
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a) (Valor: 1,0 ponto) Retire do trecho anterior todas as expressões nominais que fazem
referência à Ana Moser.
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b) (Valor: 1,0 ponto) As referências nominais escolhidas pela jornalista apontam para
características positivas ou negativas de Ana Moser? Justifique sua
resposta._______________________________________________________________
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3) (Valor: 2,0 pontos) Flávia Oliveira escolheu um título para seu texto que funciona
como síntese da ideal central de seu texto. Crie um novo título para o texto I,
preocupando-se em manter a coerência com a ideia central e os argumentos
desenvolvidos pela jornalista.
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4) (Valor: 2,0 pontos) Tanto o conectivo mas quanto o embora servem para expressar a
contraposição de ideias. Há, no entanto, uma diferença na forma pela qual operam em
relação à argumentação. Reescreva o período a seguir, substituindo mas por embora.
“São nomeações bem-vindas, mas não suprem a lacuna que Lula produzirá se
apresentar um homem para o lugar de Rosa Weber (...)”.
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5) (Valor: 1,0 ponto) Analise a regência do verbo querer no penúltimo período do texto
I. O verbo querer NÃO se apresenta com a mesma regência com que aparece no texto
em:
6) (Valor: 1,0 ponto) Em “Na ágora moderna, a platitude sobre uns contrasta com os
ataques àqueles, inclusive à esquerda, que defendem a primeira mulher negra no STF”,
o que é empregado com a função de retomar um nome antecedente e ligar duas orações,
formando um enunciado mais complexo. Assinale a opção em que o termo destacado
NÃO é usado da mesma forma.