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DRAFT do Código de Conduta das Confissões Religiosas, Grupos

Religiosos, Congregações, Seitas e seus Líderes, Crentes,


Colaboradores e Parceiros no Respeito, Promoção e Defesa dos
Direitos e Bem-Estar da Criança em Moçambique

Agosto de 2018

PARCEIROS:

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Artigo 1
(Definições)
Para efeitos do presente Código de Conduta, os termos e expressões terão os
seguintes significados:
a) Actividades religiosas: são as acções realizadas por um indivíduo em nome de
uma confissão, grupo, congregação ou seita religiosa, de forma regular como
parte das suas responsabilidades como líder, crente, parceiro ou colaborador,
como os cultos, as missas, as catequeses, escolas religiosas, madrassas, os
retiros e outras actividades similares;
b) Assédio sexual: qualquer manifestação sexual, pedido de favor sexual, conduta
ou gesto físico ou verbal ofensivo ou constrangedor de natureza sexual, ou
qualquer outro comportamento de natureza sexual que possa ser ou seja
razoavelmente entendido como uma ofensa ou humilhação a outrem;
c) Catequese: é uma instrução religiosa, ou seja, ensino oral da religião cristã, dos
seus mistérios, princípios e código moral;
d) Colaboradores: são as pessoas que, voluntariamente, de forma esporádica e
sem qualquer remuneração, apoiam as confissões religiosas, grupos religiosos,
congregações e seitas a realizar as suas actividades;
e) Confissão religiosa: é um grupo de pessoas que, de forma voluntária, segue
um conjunto de princípios, crenças e práticas de doutrinas religiosas, baseados
nos livros sagrados, que unem seus seguidores numa mesma comunidade
moral. As confissões religiosas são pessoas jurídicas sem fins lucrativos e com
imunidade fiscal;
f) Congregação: união de diferentes grupos religiosos com o mesmo seguidor;
g) Crentes: são as pessoas que creem no que a confissão religiosa professa e
ensina;
h) Criança: qualquer pessoa com idade inferior a 18 anos;
i) Culto: é um conjunto de atitudes e ritos pelos quais grupo de fiéis adora ou
venera uma divindade;
j) Grupos religiosos: são sistemas religiosos e tradições espirituais;

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k) Líderes religiosos: são os dirigentes máximos e dignatários das confissões
religiosas, grupos religiosos, congregações e seitas vocacionados, de forma
voluntária, para determinados serviços (eventuais ou permanentes)
característicos da referida confissão;
l) Livros sagrados ou sagradas escrituras: são conjuntos de textos
considerados de inspiração divina ou recebidos directamemte de Deus, escritos
por profetas. São vários os Livros Sagrados, tendo em conta a religião,
designadamente, Bíblia (cristianismo), Alcorão (islamismo), Torá, Tanakh,
Talmud (judaísmo), Vedas, Uphanishad, Tantras, Ágamas, Puranas,
Mahabharata, Ramáiana (hinduísmo), Guru Granth Sahib (siquismo), Tao Te
Ching (Taoísmo), Tripiaka (budismo), Báb, Bahá´u`lláh, ´Abdul’l-Bahá, Shoghi
Effendi (Bahá’i), e outros;
m) Madrassa: escola de estudos e formação islâmica;
n) Missa: é uma celebração eucarística; é a principal celebração religiosa da Igreja
Católica e da Igreja Ortodoxa;
o) Parceiros: são as pessoas físicas ou colectivas que cooperam, de forma
voluntária, com as confissões religiosas, grupos religiosos, congregações e
seitas para atingir os fins defendidos por estas;

p) Piores formas de trabalho infantil: são as atividades que mais oferecem riscos
à saúde, ao desenvolvimento e à moral das crianças;

q) Práticas nocivas: são práticas que prejudicam ou que causam danos à criança;
r) Seita: Seita significa doutrina ou sistema que se afasta da crença ou opinião
geral; conjunto das pessoas que seguem essa doutrina ou sistema; grupo de
dissidentes de uma religião ou de uma comunhão principal. As seitas são
movimentos que contestam as religiões estabelecidas, formando um grupo
organizado que se une para protestar contra a ordem vigente; seita significa
rompimento e caminho a ser trilhado.
s) Superior interesse da criança: significa que nos assuntos que digam respeito a
criança deve-se fazer o que é melhor para ela, preservando-se ao máximo,

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aquelas que se encontram em situação de fragilidade. A criança encontra-se
nesta posição por estar em processo de amadurecimento e formação da
personalidade e tem o direito fundamental de chegar à condição adulta sob as
melhores garantias morais e materiais;

t) Tratamento degradante: é o que humilha e diminua a criança perante os outros


e fira os seus sentimentos de dignidade;

u) Tratamentos desumano: é qualquer acto pelo qual cause dor ou sofrimento,


físico ou mental infligidos intencionalmente a uma criança a fim de castigá-la por
acto que ela ou terceira pessoa tenha cometido; de intimidar ou coagir a criança
a fazer algo ou sem um propósito claro;

v) União de crianças: é a união forçada entre um menor de 18 anos e uma pessoa


adulta ou entre menores de 18 anos numa relação equiparada ao casamento.

Artigo 2
(Objecto)
O presente Código de Conduta tem por objecto a protecção e defesa dos direitos da
criança, tal como se encontram definidos na Constituição da República, na Convenção
sobre os Direitos da Criança, na Carta Africana sobre os Direitos e o Bem-Estar da
Criança e demais legislação de promoção e protecção dos direitos da criança, e
estabelece regras, normas e procedimentos que visam disciplinar a conduta das
confissões religiosas, grupos religiosos, congregações, seitas devidamente registadas
e seus líderes, crentes, colaboradores e parceiros na relação com as crianças.

Artigo 3

(Âmbito)

1. O presente Código de Conduta estabelece regras de ética a serem observadas na


sua actuação pelas confissões religiosas, grupos religiosos, congregações e seitas,
bem como pelos seus líderes, crentes, colaboradores e parceiros para que se
comportem de acordo com as práticas, normas e políticas de protecção dos direitos da

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criança e para o tratamento adequado de situações de violação de tais direitos no
âmbito das práticas religiosas e afins.
2. As confissões religiosas, grupos religiosos, congregações, seitas e seus líderes,
crentes, colaboradores e parceiros devem actuar em conformidade com os objectivos
da promoção e protecção dos direitos da criança e abster-se de condutas violadoras
daqueles direitos, em atenção ao superior interesse da criança.
3. A aplicação do presente Código de Conduta e a sua observância não impede, nem
dispensa a aplicação de outras regras de conduta ou deontológicas, de fonte legal ou
de qualquer outra natureza, passíveis de serem aplicadas às confissões religiosas,
grupos religiosos, congregações, seitas e seus líderes, crentes, colaboradores e
parceiros e aplicáveis a determinadas funções, actividades ou grupos profissionais.

Artigo 4

(Objectivos do Código de Conduta)

1. O presente Código tem como objectivo geral a contribuição para uma sociedade livre
de actos atentatórios contra a criança, bem como participar activamente na promoção e
protecção dos seus direitos.
2. Constituem objectivos específicos do Código de Conduta os seguintes:
a) Promover práticas que visem o respeito, a promoção, protecção e defesa dos
direitos da criança;
b) Impulsionar as confissões religiosas, grupos religiosos, congregações, seitas e
seus líderes, crentes, colaboradores e parceiros a zelarem pelo bem-estar da
criança, suas famílias e comunidades religiosas;
c) Assegurar que as crianças conheçam os seus direitos e deveres no seio das
confissões religiosas, grupos religiosos, congregações e seitas;
d) Assegurar que, a par da educação e actividades religiosas, as crianças tenham
acesso a educação formal;
e) Contribuir para a eliminação de práticas nocivas e violadoras dos direitos da
criança nas confissões religiosas, grupos religiosos, congregações, seitas e nas
comunidades;

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f) Encorajar as confissões religiosas, grupos religiosos, congregações, seitas e
seus líderes, crentes, colaboradores, parceiros e as comunidades religiosas a
denunciarem todos os actos nefastos para a criança que tenham tomado
conhecimento no âmbito da realização das suas actividades ou em qualquer
outra circunstância.

Artigo 5

(Princípios fundamentais)

1. As actividades das confissões religiosas, grupos religiosos, congregações, seitas e


a actuação dos líderes religiosos, crentes, colaboradores, parceiros que envolvam
crianças devem ser sempre compatíveis com os seguintes princípios:

a) Conformidade com a Constituição da República e demais normas em vigor


no território nacional;
b) Boa fé;
c) Superior interesse da criança;
d) Actuação livre de qualquer pressão e de aceitação voluntária pelos demais.

Artigo 6

(Deveres das confissões religiosas, grupos religiosos, congregações e Seitas)


São, de entre outros, deveres das confissões religiosas, grupos religiosos,
congregações e seitas:
a) Basear os seus ensinamentos nos livros, imagens e símbolos considerados
sagrados, desde que não contrariem as normas jurídicas relativo as crianças
em vigor no Estado moçambicano;
b) Evitar e prevenir qualquer tipo de violência contra a criança, quer seja
cometida por líderes religiosos, crentes, colaboradores, parceiros, por
familiares, pessoas conhecidas da família ou pessoas estranhas a esta, ou
por pessoas colectivas;

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c) Capacitar os líderes religiosos, crentes, colaboradores e parceiros em geral,
em legislação sobre os direitos da criança, bem como Constituição da
República e convenções internacionais ratificadas por Moçambique sobre os
direitos da criança e deveres do Estado de promover e defender os direitos
da criança;
d) Dar a conhecer as crianças os seus direitos e deveres e ensiná-las a
defenderem-se de eventuais violações e a denunciar os casos de violação
dos seus direitos;
e) Abster-se de praticar actos que prejudiquem ou possam prejudicar as
crianças ou que não estejam em conformidade com as normas em vigor no
território nacional;
f) Introduzir nos currículos de educação e formação religiosa para crianças,
jovens e adultos, incluindo líderes religiosos, matérias sobre direitos
humanos e direitos das crianças e meios de prevenção e defesa dos casos
de violação dos seus direitos;
g) Criar mecanismos de denúncia dos casos de violação os direitos das
crianças, realizar todas as diligências necessárias que visem sancionar os
responsáveis e tomar as medidas necessárias para proteger a criança vítima,
seus famliares e os denunciantes.

Artigo 7

(Deveres dos líderes religiosos, crentes, colaboradores e parceiros)


São, entre outros, deveres dos líderes religiosos, crentes, olaboradores e parceiros os
seguintes:
a) Basear os seus ensinamentos nos livros, imagens e símbolos considerados
sagrados, desde que não contrariem as normas jurídicas relativo as crianças
em vigor no Estado moçambicano;
b) Preservar, na sua conduta, a honra e a dignidade religiosa;
c) Actuar com honestidade, decoro, dignidade e boa-fé;
d) Contribuir para o respeito, promoção, protecção e defesa dos direitos da
criança;
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e) Desaconselhar práticas prejudiciais à criança;
f) Evitar e prevenir qualquer tipo de violência contra a criança, quer seja
cometida por líderes religiosos, crentes, colaboradores, parceiros, por
familiares, pessoas conhecidas da família ou pessoas estranhas a esta, ou
por pessoas colectivas;
g) Abster-se de praticar actos que prejudiquem ou possam prejudicar a criança
ou que não estejam em conformidade com as normas em vigor no território
nacional.
Artigo 8
(Missão)
As confissões religiosas, grupos religiosos, congregações e seitas têm como missão
específica transmitir à sociedade a palavra divina, conforme os princípios defendidos e
baseados na justiça e caridade, e devem colaborar entre si em prol da defesa dos
direitos da criança.

Artigo 9

(Valores)

1. As confissões religiosas, grupos religiosos, congregações, seitas e seus líderes,


crentes, colaboradores e parceiros devem fundar as suas actividades e acções
nos seguintes valores:
a) Vida;
b) Paz;
c) Integridade;
d) Bem-estar da criança;
e) Honestidade;
f) Respeito e amor ao próximo;
g) Soliedariedade;
h) Dignidade;
i) Sensibilidade;
j) Protector da criança;

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k) Humildade;
l) Coerência nas práticas e ensinamentos;
m) Tolerância;
n) Cooperação;
o) Respeito pela diversidade cultural, racial, étnica e religiosa;
p) Fidelidade.

Artigo 10

(Regras de conduta ética)

1. Dos líderes, crentes, colaboradores e parceiros das confissões religiosas, dos


grupos religiosos, das congregações e das seitas espera-se as seguintes condutas:

a) Desenvolver as suas actividades e agir em consonância com o presente Código


e respeitar a legislação em vigor sobre os direitos da criança e estimular os
outros líderes, crentes, colaboradores e parceiros das confissões religiosas, dos
grupos religiosos, das congregações e das seitas a actuarem e agirem do
mesmo modo;

b) Manter uma atitude consentânea com as normas religiosas;

c) Manter uma atitude digna, leal, honesta, de respeito pelos direitos humanos da
criança e respeito mútuo, confiança e colaboração com outros líderes, crentes,
colaboradores e parceiros das confissões religiosas, dos grupos religiosos, das
congregações e das seitas;

d) Agir com responsabilidade social e com respeito à dignidade humana.

2. São condutas intoleráveis e sujeitas a medidas disciplinares, criminais e civis:

a) Uso de cargo ou de dignidade de líder religioso para obter vantagens dos seus
seguidores em prejuízo da criança;

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b) Usar a qualidade de crentes, colaboradores e parceiros para obter vantagens em
prejuízo da criança;

c) Discriminação da criança em função da etnia, origem, género, crença religiosa,


condição social, classe social, condição de portador de deficiência, convicção
política e ideológica e estado civil dos pais;

d) Violação e abuso sexual contra crianças e pedofilia;

e) Assédio de qualquer natureza, inclusive moral ou sexual contra a criança;

f) Sujeitar a criança a tratamento degradante e desumano;

g) Sujeitar a criança a piores formas de trabalho infantil;

h) Instigar a criança para a prostituição, consumo e tráfico de drogas ilegais e


consumo de álcool e a prática de outros actos nocivos à saúde e
desenvolvimento da criança;

i) Participar, incentivar, promover, liderar cerimónias ou uniões que envolvam


menores, dentro das confissões religiosas, confissões religiosas, dos grupos
religiosos, das congregações e das seitas.

Artigo 11

(Práticas nocivas)

Entende-se por práticas nocivas as seguintes:


a) Actos sexuais com crianças;
b) Assédio sexual;
c) Assédio moral;
d) Casamento prematuro (revelações e sonhos de pastores);
e) Descriminação;
f) Exploração e abuso sexual;
g) Exploração de crianças;
h) Gravidez precoce;
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i) Incesto;
j) Maus tratos contra crianças;
k) Mutilação genital feminina;
l) Promessa de união marital ou casamentos forçados com menores;
m) Trabalho infantil;
n) Tráfico de crianças;
o) Treino militar à crianças;
p) Uso de crianças para actos de terrorismo;
q) Uso de crianças para bruxaria;
r) Uso de crianças para pagamento de dívidas;
s) Uso de crianças para a prática de prostituição;
t) Uso de crianças para prática de crimes;
u) Violência doméstica;
v) Violência psicológica;
w) Ocupar as crianças até altas horas da noite ou quase toda a noite.

Artigo 12

(Responsabiliade civil e criminal)

1. Os líderes religiosos, crentes, colaboradores e parceiros não estão isentos de


responsabilidade civil e criminal pelos actos por eles cometidos contra as crianças.
2. Todos os líderes religiosos, crentes, colaboradores e parceiros que tenham
conhecimento de qualquer acto atentatório aos direitos da criança ou acto violador dos
direitos da criança deve denunciar o facto às autoridades e às organizações da
sociedade civil que lidam com os direitos humanos.
3. Se o facto for de natureza criminal, a denúncia deve ser imediatamente e com toda a
urgência apresentada ao Ministério Público ou às entidades policiais e colaborar no
esclarecimento dos casos.
Artigo 13
(Actividades religiosas que envolvem crianças)

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1. Todas as actividades religiosas que envolvem crianças devem ser realizadas com o
consentimento dos pais, encarregados de educação, tutor ou outras pessoas a quem a
lei lhes confira competência para manifestar tal consentimento, em condições de
segurança para a criança tendo em conta a sua idade, os riscos da actividade para a
criança, a hora e o local em que as mesmas são praticadas, o meio usado para a
realização da actividade e as condições de transporte.
2. As crianças devem ser sempre consultadas em relação à actividade religiosa em
causa.
3. Sempre que para a realização da actividade implique a mobilidade das crianças de
um local para outro, as mesmas deverão ser transportadas em condições condignas.

Artigo 14

(Violação do Código de Conduta)

Todas as confissões religiosas, grupos religiosos, congregações e seitas e seus


líderes, crentes, colaboradores e parceiros que não agirem em conformidade com o
previsto no presente Código de Conduta, sujeitam-se as sanções impostas nos termos
das normas específicas de cada confissão religiosa, sem prejuízo da responsabilidade
civil ou criminal, se a ela houver lugar.

Artigo 15

(Cumprimento da legislação nacional e do presente Código)

Todas as confissões religiosas, grupos religiosos, congregações, seitas, líderes,


crentes, colaboradores e parceiros estão sujeitos ao cumprimentos da legislação
nacional relativos aos direitos da criança e devem comprometer-se a cumprir
escrupulosamente o presente Código de Conduta e demais legislação aplicável a esta
matéria.

Artigo 16

(Dúvidas)

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1. As dúvidas que surgirem na observância do presente Código de Conduta serão
esclarecidas pelas respectivas confissões e grupos religiosas, congregações e seitas
ou, e se não for obtido o esclarecimento devido, às organizações que congregam as
confissões religiosas.
2. Persistindo dúvidas, poder-se-á recorrer ao órgão estatal que tutela os assuntos
religiosos.

Artigo 17

(Disseminação, monitoria do cumprimento e iniciativa de revisão do Código de


Conduta)

Cabe as confissões religiosas, grupos religiosos, congregações e seitas disseminar o


presente Código de Conduta, zelar e monitorar a observância do mesmo, bem como
propor a sua revisão.

Artigo 18

(Dever de regulamentar, implementar e de aprovação dos procedimentos)

1. Às confissões religiosas, grupos religiosos, congregações e seitas compete


regulamentar os princípios constantes do presente Código de Conduta, no prazo de
180 dias, a contar da entrada em vigor do presente Código de Conduta.

2. É da responsabilidade das confissões religiosas, grupos religiosos, congregações e


seitas a implementação interna do presente Código de Conduta bem como a
aprovação dos procedimentos a serem seguidos.
3. É da responsabilidade do Estado e das confissões religiosas, grupos religiosos,
congregações e seitas a monitoria e avaliação do cumprimento do Código de Conduta,
em conformidade com a Constituição da República, e demais normas em vigor no
território nacional, incluindo as normas sobre a liberdade de religião, e o presente
Código de Conduta.

Artigo 19

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(Assinaturas)

O presente Código de Conduta será assinado pelos representantes devidamente


autorizados das confissões religiosas, grupos religiosos, congregações e seitas,
registadas.

Artigo 20

(Líguas)

É da responsabilidade das confissões religiosas, grupos religiosos, congregações e


seitas a tradução do presente Código de Conduta nas línguas de comunicação
religiosa e nas líguas nacionais.

Artigo 21

(Entrada em vigor)

O presente Código de Conduta entra em vigor 180 dias após a sua aprovação.

Nós os líderes religiosos de Moçambique, em representaçãos das organizações


religiosas em Moçambique aprovamos o presente Código de Conduta.

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