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Aluno: Ana Carolina Lapinski Rutikoski Turma: 333

19/05/2023

Algo é moralmente bom porque determinada religião o aprova ou é


aprovado por determinada religião por ser moralmente bom?

Inicialmente, convém ressaltar que a grande maioria das religiões existem para o auxílio da
humanidade em sua trajetória terrena, independentemente de qual seja ela. Ou seja, a
maioria das religiões pregam os bons princípios e bons costumes, cada uma com suas
especificidades, bem como nome do deus/deuses/entidades divinas etc... Mas,
evidencialmente, o que une elas, é a busca pelo conhecimento (o que envolve assiduamente
a filosofia) e engrandecimento da alma. Porém, muitos dos seguidores de religiões, por algum
motivo, não questionam o porquê de estarem nelas, muitas vezes é por questões familiares e,
principalmente, culturais e regionais, e por isso não se informam obstinadamente sobre a
religião que dizem ter, apenas aceitam o que lhes foi dito e não buscam pelo conhecimento
além do que já lhes foi dado. Por conseguinte, essa questão citada engloba a resposta da
pergunta feita: “Algo é moralmente bom porque determinada religião o aprova ou é aprovado
por determinada religião por ser moralmente bom?”, afinal, esses seguidores alienados
seguem tudo o que sabem da religião que lhes diz respeito num sentido geral e moral da
situação, onde a ética é praticamente inexistente, afinal, para que a ética seja concebida, é
necessário do indivíduo um senso crítico e intrínseco, do qual não se faz existente numa
pessoa alienada e manipulável.
É de conhecimento geral que a generalização feita não se aplica a todos os fiéis de religiões,
mas é uma situação que não é de ínfima existência. Portanto, tendo a consciência de que a
moral é o que é considerado certo por um todo, o algo que é considerado “moralmente bom”,
num sentido reduzido para a ramificação de religião, possui todo um contexto histórico. Por
exemplo: segundo a Igreja Católica, o homossexualismo é visto como moralmente errado
(segundo o Papa Francisco: https://veja.abril.com.br/mundo/papa-francisco-diz-que-
homossexualidade-nao-e-crime-mas-segue-como-pecado). Historicamente, a Igreja Católica
tem resistido à aceitação da homossexualidade dentro da sociedade cristã o que por vezes
resultou em violência e eventuais mortes para aqueles que se consideram parte de tal
comunidade. A Igreja também entende que a complementaridade dos sexos seja parte do
plano de Deus para a humanidade. Atos sexuais entre pessoas do mesmo sexo são
incompatíveis com essas crenças. Então, de acordo com a doutrina Católica é moralmente
errado não ser heterossexual (pecado), por mais que num contexto geral e social a
discriminação ou preconceito de orientação sexual e/ou identidade de gênero seja crime (Lei
n° 672, de 2019). Portanto, a partir desse exemplo, fica claro que nem tudo que é moralmente
bom a religião defende, mas tudo que a religião defende é moralmente bom, em outras
palavras, por questões históricas, culturais e sociais, determinadas religiões defendem ou
inibem certos preceitos, e que se seus respectivos seguidores os seguirem à risca, sem a
preocupação de se informar de onde eles vem e para que servem, correm grandes riscos de
serem seres alienados e ignorantes, não por concordarem ou discordarem do
homossexualismo, por exemplo, mas por terem uma opinião que sequer foi questionada
individualmente mas sim repetida e alastrada.

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