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Descubra e Estude Vedanta
TOP 5
DIRETO AO ASSUNTO
JONAS MASETTI
Primeira Edição
Rio de Janeiro
2014
Índice
Tudo de bom,
Harih Om
Jonas Masetti
QUAL A DIFERENÇA ENTRE
ESPIRITUALIDADE E RELIGIÃO?
Se a solução para felicidade fosse ir para um outro lugar com mais conforto,
essa proposta não seria diferente do pensamento materialista comum de “sair
para tirar umas férias”.
Apesar de ser uma boa proposta ela não se sustenta, pois por mais que o lugar
seja bonito, com música e dança, sem velhice, sem mosquitos e tudo mais que
podemos imaginar, é a mesma pessoa insegura, arrogante, impaciente, com seus
medos e obsessões que vai estar lá. E, vai arrumar confusão, sentir ciúme e
brigar pelo assento mais próximo de “Deus” na mesa de jantar.
Por outro lado, uma pessoa segura, humilde, paciente, com uma mente emocio-
nalmente saudável, não precisa de paraíso e com certeza vive bem por aqui.
Assim, mesmo que o nosso objetivo fosse ir para algum espécie lugar ideal e
paradisíaco, se tornar uma pessoa simples e equilibrada seria condição
necessária para desfrutar das belezas desse novo lugar, o que não nos deixa
opção.
O que é Ganesha? . 13
Qual a história de Ganesha?
Da mesma forma que um militar que faz continência para bandeira do seu país,
ele não está saudando o pano, nem muito menos a bandeira. Ele usa a bandeira
para trazer na sua mente seu compromisso com a pátria, seu propósito e fazer
com que essa atitude faça parte da sua vida.
Assim como uma mãe coloca a foto do filho que já partiu e conversa com ele.
Assim como carregamos uma folhinha de ashvattha para lembrar do ashram
dentro do livro. Todos esses são símbolos e isso é muito importante para a
mente dar realidade às relações e colocar emoções para fora.
O que é Ganesha? . 15
Ele é ekadantam, pois possui apenas um dente. Isso quer dizer que ele não
escovou os dentes? Não! A história diz que quando Vyasa precisava de um
escritor para colocar os Vedas no papel, ele foi o primeiro a levanta a mão. E
Vyasa disse para ele: “mas você não tem lápis ou caneta.” Ele crack! quebrou
odente e falou: “problema resolvido!” A idéia aqui é: a prontidão para se
doar. Não existe relação com nada, nem ninguém, quando não existe uma
auto-doação. Você se oferece à outra a pessoa, você confia, você dá um pouco
de si e a outra pessoa faz o mesmo essa é a base de toda relação e seu dente
quebrado é para a gente lembrar disso.
Ele tem quatro braços. Na primeira mão ele segura o dente quebrado. Na
segunda e na terceira ele carrega um ankusha (atiçador de elefantes) e um
pasha (laço), que são ferramentas usadas para ajudar os seus devotos. Ele tem
duas ferramentas porque existem dois obstáculos mentais que precisam
ser tratados.
Quando a mente está tamas, com lascidão, sem disposição, preguiçosa e impro-
dutiva ele usa o atiçador de elefantes. É aquela alfinetada que não deixa
ninguém dormir no ponto. Ele faz dessa maneira porque essa característica
tamas só é vencida com o movimento chamado de rajas. Assim o ankusha nos
ensina que para sair de tamas usamos rajas.
E quando a mente está rajas, produtiva e com velocidade, existe uma zona de
perigo, quando essa velocidade passa do limite. Seja para nossa saúde, para os
nossos relacionamentos ou para o próprio ego que começa a crescer e se
achar demais. Esse é o momento que ele usa o laço, segura a gente ou dá aquela
puxadinha no pé que faz a gente tropeçar e lembrar que não somos o “rei da
cocada preta”. O laço traz a gente de volta para o centro mostrando
que temos um pequeno papel dentro desse mundo enorme. Esse é o
segundo símbolo, ele nos ensina a colocar o limite e trazer o ego de volta. Esse
limite é colocado pela presença de sattva nas ações, o compartilhar, dividir
e pensar no próximo.
A quarta mão é o varada mudra, a mão que abençoa. Abençoa dando resulta-
do das nossas orações, e mais ainda sendo um refúgio para os devotos. Refúgio,
pois a oração está sempre disponível e ela está conectada com a estabilidade
emocional e evolução espiritual da pessoa. Essa mão em varada mudra é comum
a muitas imagens, pois simboliza a disponibilidade de Deus e o papel da
devoção no crescimento do indivíduo.
O que é Ganesha? . 17
Seu veículo é o rato, pois ele que controla os pensamentos de todas as mentes.
Ninguém realmente sabe qual será seu próximo pensamento, eles
são dados pelo criador a cada instante. E o rato nos lembra disso, pois ele
é como a mente que vai para lá e para cá incansável.
Por fim ele é chamado de Senhor dos obstáculos, pois ele é aquele que
coloca e aquele que tira os obstáculos da vida das pessoas. Ele é o que regula
os karmas e dá os resultados das ações para as pessoas. E é por isso que
quando queremos tocar nossos empreendimentos para frente pensamos nele.
Isso é uma forma genial da tradição de trazer a visão de Deus para vida.
Quando começamos algo naturalmente planejamos e pensamos nos obstácu-
los, e aí naturalmente como o obstáculo está associado a Ganesha, lembramos
de Deus. Fazemos nossa oração e começamos.
Existem outras interpretações e não precisamos ser radicais, desde que seja
coerente com a tradição. Alguns artistas o colocam segurando uma flor, outros
um prato com doces, isso é apenas uma expressão artística, que também pode
ser útil para algumas pessoas.
Não existe um Deus com cabeça de elefante sentado em lugar nenhum e nem
tão pouco se reza para um símbolo, é preciso de certa maturidade religiosa
para entendê-los e utilizá-los como um instrumento de crescimento e apre-
ciação de Deus.
OM TAT SAT
E que fique claro desde o início que “karma yoga” não é mais um tipo de yoga
ou o conceito popularizado de trabalho voluntário, apesar de ser comum o uso
desse termo para se referir ao trabalho voluntário ou as atividades sem
nenhum tipo de remuneração ou recompensa em vários ashrams (locais de
estudo) na Índia.
Essas atividades podem ter seu papel, mas, no contexto dos Vedas,
“karma yoga” é a maneira como o yogi se comporta diante
das ações (karmas) na sua vida.
A visão de yoga, que é essa atitude diante da vida, envolve dois aspectos:
1 - A visão ao executar a ação
2 - A visão ao receber o resultado da ação.
De acordo com os Vedas, a visão de yoga ao executar uma ação está no uso da
ação como um instrumento de preparação para o autoconhecimento.
Qualquer ação do nosso dia pode ser usada como uma oração, quando ela está
em harmonia com o Criador, que está na forma do universo a nossa volta. É
esse oferecimento da ação ao Criador que a torna um instrumento purificador.
Quando dizemos oferecimento, é
importante saber o que é isso,
senão vamos dizer: “eu ofereço
essa ação para Deus!” e isso não é
o que faz a diferença.
O ensinamento é que o próprio
Criador está na forma do universo
a nossa frente e se apresenta como
a decisão adequada em cada
momento da vida. Yoga é aprender a viver em harmonia com Deus
É dito que qualquer ação pode produzir quatro tipos de resultados: igual a
expectativa, menor, maior ou totalmente diferente ao esperado.
A pessoa atravessa a rua para pegar o ônibus e pode acontecer: o ônibus passa
bem na hora e ela entra feliz, o ônibus demora a passar e vem lotado, ou antes
mesmo do ônibus passar o colega de trabalho oferece uma carona, ou ainda a
pessoa pode acordar três dias depois na cama de um hospital, porque o ônibus
passou rápido demais!
E todos esses resultados são possíveis, ninguém planeja ir para a emergência e
todo hospital tem a emergência lotada.
Assim, quando cada resultado ou situação surge na nossa vida aceitamos como
uma atitude de reverência de quem está recebendo algo que vem do próprio
criador, não importa se é doce ou amargo, é o que está se apresentando
naquele momento.
Esse é um ponto importante para o yogi porque a vida está constantemente
apresentando boas e más notícias que não dependem realmente da nossa
escolha.
Tendo o autoconhecimento como objetivo, toda ação se torna uma possibili-
dade de crescimento, exatamente o que é preciso ser vivido por nós.
Por outro lado, sem uma maneira de canalizar nossas expectativas, ficamos a
mercê do mundo, como um fanático por futebol fica a mercê do seu time sem
ter um envolvimento direto com a sua vitória ou derrota.
O Criador na forma da ordem preenche essa lacuna abrindo o leque de possi-
bilidades de resultados e ao mesmo tempo sem tirar nossa participação da
ação. Nós somos responsáveis pela ação e Ele o responsável pelo resultado das
ações.
OM TAT SAT
Quando comecei minha busca, fazia sempre uma aula de ásanas e uma aula de
vedanta; uma depois da outra. Foi assim que meu primeiro professor - Santosh,
me apresentou a essa jornada. Depois de um tempo gostaria de ter sido apresen-
tado as ásanas mais cedo, faz um bem enorme.
Já dei aulas de ásanas por alguns anos, contudo foquei no ensino de Vedanta,
Mantras e Meditação, pois acho que existe uma necessidade geral das pessoas se
aprofundarem mais na essência do yoga. Hoje dou as online de Vedanta e faço
palestras em parceria com vários centros de yoga, e fico satisfeito de ver o
interesse das pessoas e como é proveitoso quando a tradição é aprendida de uma
forma completa.
Vedanta é o nome do estudo realizado a partir do final dos Vedas, que deu
origem ao conceito popular de autoconhecimento.
Na sua etimologia o termo vedanta possui dois significados: "aquilo que se
encontra no final dos Vedas", pois "anta" em sânscrito significa "fim" ;e também,
"o conhecimento final", já que a palavra "veda" também significa simplesmente
"conhecimento".
Afinal o que é vedanta de fato?
O tema do estudo recebe vários nomes pelos próprios Vedas, esses nomes
indicam o que se esperar e também como realizá-lo. Ele é chamado de conheci-
mento final, pois trata do absoluto, aquilo que uma vez conhecido não deixa
nada de fora. Em outras partes ele é chamado de atma jnanam o conhecimento
do "eu", da onde veio a expressão autoconhecimento.
OM TAT SAT
Foi um grande engano, o pai estava realizando um ritual onde ele dava todas as
suas riquezas e o filho, se vendo como uma posse de valor, “se oferece” e diz
“Pai para quem você vai me dar?” O pai ignora o menino, mas depois da 3ª vez
ele fala irritado: “Você! Eu vou dar para Yama!” Quando o pai percebeu o que
ele disse, já era tarde, palavra dita é palavra cumprida e o garoto é mandado
para o Senhor da Morte.
Sr. Yama, contudo, é muito ocupado e ele acaba esperando por 3 dias. Quando
o Senhor da Morte chega, resolve presentear o menino com 3 desejos, um para
cada dia de espera. No primeiro ele pede pelo bem estar dos seus pais. No
segundo ele pede por um ritual que leve as pessoas ao paraíso. No terceiro ele
pede para saber a verdade sobre o que acontece com uma pessoa depois que
ela morre. “Uns dizem que nada existe, outros dizem que existe alguma
experiência. Qual a verdade sobre tudo isso?”
Se existe uma continuação para vida, então, existe algo que está além do poder
da morte e o menino quer ser ensinado sobre esse conhecimento.
Naciketas: “ (Oh Yama) isso que o Senhor vê, que está além do certo e do
errado, da causa e do efeito, do passado e do futuro, por favor me conte!
Como não é uma tarefa simples, pois todos os nossos condicionamentos são
opostos a isso, existem as disciplinas, as posturas, as terapias, os satsangas e
tudo que compõe uma vida de Yoga.
O OM está sempre presente na vida de uma pessoa. Quem ainda não iniciou
suas práticas recorre ao OM para obter o que desejam no mundo, mesmo que
eles chamem o OM por outros nomes. (“Ele não se importa, afinal todos os
nomes são o OM!”)
OM TAT SAT
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