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6ª Edição - Revisada © 2012 Sankirtana Associação Civil
2200Kb, ePub.
ISBN 978-85-64775-07-7
1.Religião I. Título
CDD 200
sankirtana-books
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www.sankirtana.com.br
Samādhi-pāda
A Iluminação
1.1
atha yogānuśāsanam
Agora, aos ensinamentos do yoga.
1.2
yogaś citta-vṛtti-nirodhaḥ
Yoga significa controlar as funções da mente.
1.3
1.4
vṛtti-sārūpyam itaratra
Caso contrário, vivem-se as designações da mente.
1.5
1.6
pramāṇa-viparyaya-vikalpa-nidrā-smṛtayah
discernir, enganar-se, imaginar, sonhar e lembrar.
1.7
pratyakṣānumānāgamāḥ pramāṇāni
Discernimento [é baseado no conhecimento obtido de
três fontes]: a percepção direta, a lógica e a
autoridade no assunto.
1.8
1.9
1.11
anubhūta-viṣayāsaṁpramoṣaḥ smṛtiḥ
Lembrar é não se livrar de uma percepção.
1.12
abhyāsa-vairāgyābhyāṁ tan-nirodhaḥ
Estes processos são controlados através da prática e
do desapego.
1.13
1.14
sa tu dīrgha-kāla-nairantarya-sat-kārāsevito dṛḍha-bhūmiḥ
Atinge-se uma posição segura ao cultivar essa
prática de forma fiel e ininterrupta, por longo tempo.
Os sūtras 1.13 e 1.14 descrevem o que é abhyāsa. Patañjali
está nos dizendo que a perfeição do yoga não é algo barato.
Será necessário grande esforço (que implica mais do que
meros processos mecânicos), feito de forma pura (“sat-
kārā” significa literalmente “correto”, “honroso”, “fiel”), sem
interrupções (nairantarya) e ainda por longo tempo (dīrgha-
kāla)! Quem está trilhando esse caminho sabe muito bem o
quão verdadeira é essa afirmação. Qualquer tentativa de
trilhar o caminho do yoga sem esse grau de abhyāsa
certamente trará poucos resultados.
1.15
dṛṣṭānuśravika-viṣaya-vitṛṣṇasya vaśī-kāra-saṁjñā
vairāgyam
Desapego é definido como o controle obtido por não
desejar os objetos dos sentidos, vistos ou descritos.
1.16
1.17
vitarka-vicārānandāsmitā-rūpānugamāt saṁprajñātaḥ
O completo estado de conhecimento é atingido
através de análise, reflexão, bem-aventurança,
individualidade e beleza.
1.18
bhava-pratyayo videha-prakṛti-layānām
Outros, ainda com a consciência mundana, obtêm um
corpo celestial.
1.20
śraddhā-vīrya-smṛti-samādhi-prajñā-pūrvaka itareṣām
Outros priorizam [em suas práticas] fé, vigor,
memória, transe e sabedoria.
“Samādhi” é o termo que descreve o último estágio de
yoga, mas aqui é mencionado como uma técnica, ou prática
de yoga, sendo, por isso, traduzido como “transe”. Mais
adiante, veremos maiores detalhes e graduações dessa
perfeição. “Prajñā” refere-se à sabedoria necessária para
atingir a perfeição do yoga. “Vīrya”, aqui traduzido como
“vigor”, significa também “força”, “habilidade” e
“coragem”. Como mencionado nos sūtras 1.6 e 1.11, a
memória (smṛti) é imprescindível tanto no caminho quanto
no estágio perfeito do yoga. O Bhagavad-gītā explica que,
sem memória, perdemos a inteligência.
Nem todos os praticantes de yoga estão em busca do
objetivo máximo. Os sūtras 1.18, 1.19 e 1.20 explicam esse
fato e mostram o que esses praticantes buscam. Nota-se
que foram apresentados níveis sucessivamente inferiores de
yoga. Até o sūtra 1.17, foram descritos o aspecto e o
objetivo mais elevados recomendados por Patañjali. Depois,
o sūtra 1.18 descreveu um estado ainda elevado (porém
incompleto) de total cessar dos processos mentais
mundanos. Já o sūtra 1.19 mencionou um yogī materialista,
desejando uma vida celestial. E o sūtra 1.20, ainda inferior,
descreve um yogī que objetiva apenas algumas qualidades
positivas, obteníveis neste corpo humano. Podemos
perceber essa mesma variedade de objetivos entre os
praticantes de diferentes caminhos espirituais ou tradições
religiosas nos dias de hoje.
1.21
tīvra-saṁvegānām āsannaḥ
[A perfeição do yoga] está próxima para aqueles que
são veementemente determinados.
“Tīvra-saṁvegāna” significa “veemência determinada”,
“força intensa”. Esta é uma expressão com sentido muito
forte em sânscrito, enfatizando a absoluta intensidade da
prática. “Āsanna” significa literalmente “sentado”, o que,
neste verso, adquire o sentido de “estar numa boa posição”
ou, em outras palavras, estar muito perto do objetivo
almejado.
1.22
1.23
īśvara-praṇidhānād vā
Ou [atinge-se a perfeição] através da devotada
meditação no Senhor.
1.24
1.25
1.26
1.27
tasya vācakaḥ praṇavaḥ
Sua fala é a sílaba “Oṁ”.
1.28
taj-japas tad-artha-bhāvanam
Entoando-o, compreende-se seu significado.
1.29
1.30
vyādhi-styāna-saṁśaya-pramādālasyāvirati-bhrānti-
darśanālabdha-bhūmikatvānavasthitatvāni citta-vikṣepās te
‘ntarāyāḥ
Os obstáculos que distraem a mente são: doença,
apatia, dúvida, descuido, preguiça, falta de
desapego, visão errônea, não obter uma posição
segura e falta de firmeza.
1.31
duḥkha-daurmanasyāṅgam-ejayatva-śvāsa-praśvāsā
vikṣepa-saha-bhuvaḥ
Miséria, melancolia, tremor e dificuldade respiratória
acompanham essas distrações.
1.32
tat-pratiṣedhārtham eka-tattvābhyāsaḥ
Para se livrar destas distrações, existe a prática da
verdade única.
1.33
maitrī-karuṇā-muditopekṣaṇāṁ sukha-duḥkha-puṇyāpuṇya-
viṣayāṇāṁ bhāvanātaś citta-prasādanam
Desenvolve-se clareza e paz mental ao cultivar
amizade com pessoas felizes, misericórdia com as
pessoas infelizes, prazer na piedade e negligência da
impiedade.
pracchardana-vidhāraṇābhyāṁ vā prāṇasya
Ou através da retenção da inspiração e da expiração.
1.35
1.36
viśokā vā jyotiṣmatī
Ou quando essas atividades são iluminadas e sem
tristeza.
1.37
vīta-rāga-viṣayaṁ vā cittam
Ou quando a mente se fixa em objetos livres de
paixão.
Aqui, “vīta-rāga-viṣaya” (ter a mente fixa em objetos livres
de paixão) significa viver uma vida pacífica, escolhendo a
companhia de pessoas tranquilas, morando em lugares
calmos etc.
1.38
svapna-nidrā-jñānālambanaṁ vā
Ou [quando a mente se fixa] em conhecimento obtido
do sono ou sonho.
1.39
yathābhimata-dhyānād vā
Ou através da meditação escolhida.
1.40
1.41
1.43
smṛti-pariśuddhau svarūpa-śūnyevārtha-mātra-nirbhāsā
nirvitarkā
Quando a memória está plenamente purificada e
somente os objetos da percepção se destacam
luminosamente, a meditação bem-sucedida está sem
identificação própria e sem dúvidas especulativas.
1.44
sūkṣma-viṣayatvaṁ cāliṅga-paryavasānam
A definição de um objeto sutil é aquele que não tem
um sinal visível.
1.46
1.47
nirvicāra-vaiśāradye ’dhyātma-prasādaḥ
Com clareza e paz mental sem reflexão, o eu superior
encontra felicidade.
1.48
1.49
śrutānumāna-prajñābhyām anya-viṣayā viśeṣārthatvāt
Por ter um propósito especial, esta verdade tem um
foco diferente da sabedoria das escrituras ou
inferência lógica.
1.50
1.51
Sādhana-pāda
A Prática
2.1
tapaḥ-svādhyāyeśvara-praṇidhānāni kriyā-yogaḥ
Yoga da ação é austeridade, estudo dos Vedas e
devoção a Deus.
2.2
samādhi-bhāvanārthaḥ kleśa-tanū-karaṇārthaś ca
O propósito é atingir o transe e diminuir o
sofrimento.
2.3
avidyāsmitā-rāga-dveṣābhiniveśāḥ kleśāḥ
Os sofrimentos são: ignorância, egoísmo, paixão,
ódio e obstinação.
2.4
2.5
anityāśuci-duḥkhānātmasu nitya-śuci-sukhātma-khyātir
avidyā
Ignorância é aceitar o impermanente como
permanente, o impuro como puro, a infelicidade
como felicidade e aquilo que não é o eu como sendo o
eu.
dṛg-darśana-śaktyor ekātmatevāsmitā
Egoísmo é considerar o olho e o poder de visão como
sendo idênticos.
2.7
sukhānuśayī rāgaḥ
Paixão é apego à felicidade.
2.8
duḥkhānuśayī dveṣaḥ
Ódio é apego à infelicidade.
2.9
sva-rasa-vāhī viduṣo ’pi tathārūḍho ‘bhiniveśaḥ
Mesmo em uma pessoa culta, a obstinação, movida
por sentimentos pessoais, é profundamente
enraizada.
2.10
te pratiprasava-heyāḥ sūkṣmāḥ
Os sofrimentos sutis são anulados revertendo seu
fluxo.
2.11
dhyāna-heyās tad-vṛttayaḥ
Estas funções da mente são anuladas através da
meditação.
2.12
2.13
te hlāda-paritāpa-phalāḥ puṇyāpuṇya-hetutvāt
Por serem a causa de piedade e impiedade, seus
frutos são o prazer e o sofrimento.
2.15
pariṇāma-tāpa-saṁskāra-duḥkhair guṇa-vṛtti-virodhāc ca
duḥkham eva sarvaṁ vivekinaḥ
Com as misérias de um mundo material em
constante mutação, vivendo sob o jugo de nosso
condicionamento, e por causa dos conflitantes modos
da natureza, tudo é apenas miséria para a pessoa de
discernimento.
2.16
2.17
prakāśa-kriyā-sthiti-śīlaṁ bhūtendriyātmakaṁ
bhogāpavargārthaṁ dṛśyam
O observado, caracterizado por clareza, atividade e
estado de ser, constituído de elementos materiais e
órgãos dos sentidos, tem como propósito o desfrute
material ou a libertação espiritual.
2.19
viśeṣāviśeṣa-liṅga-mātrāliṅgāni guṇa-parvāṇi
As divisões das qualidades (do visível) são:
específica, não específica, marcada e não marcada.
2.20
2.21
2.22
2.23
2.24
2.25
2.26
viveka-khyātir aviplavā hānopāyaḥ
A maneira de abandonar essa visão é manter
ininterrupta consciência da distinção.
2.27
2.28
2.29
yama-niyama-āsana-prāṇāyāma-pratyāhāra- dhāraṇā-
dhyāna-samādhayo ’ṣṭāvaṅgāni
Os oito componentes do yoga são:
autocontrole, observâncias, posturas físicas, controle
da respiração, retração dos sentidos, concentração,
meditação e transe.
2.30
ahiṁsā-satya-asteya-brahmacarya-aparigrahā yamāḥ
Autocontrole significa não ferir, ser veraz, não roubar,
ser casto e não ser possessivo.
2.31
2.32
śauca-saṁtoṣa-tapaḥ-svādhyāya-īśvara-praṇidhānāni
niyamāḥ
As observâncias são: limpeza, satisfação,
austeridade, estudo e devoção ao Senhor.
2.33
vitarka-bādhane pratipakṣa-bhāvanam
Quando vitimado por más deliberações, deve-se
efetuar o oposto.
2.34
2.35
2.36
satya-pratiṣṭhāyāṁ kriyā-phala-āśrayatvam
Ao situar-se em veracidade, a ação e seus frutos
terão uma base válida.
2.37
asteya-pratiṣṭhāyāṁ sarva-ratna-upasthānam
Ao situar-se em não roubar, todas as riquezas estarão
à mão.
2.38
brahmacarya-pratiṣṭhāyāṁ vīrya-lābhaḥ
Ao situar-se em castidade, ganha-se potência.
2.39
aparigraha-sthairye janma-kathaṁtā-saṁbodhaḥ
Ao situar-se em não possessividade, atinge-se a
compreensão do nascimento.
2.40
2.41
sattva-śuddhi-saumanasya-eka-agrya-indriya- jaya-ātma-
darśana-yogyatvāni ca
E também surge a pureza de ser, alegria, foco, vitória
sobre os sentidos, autoconhecimento e aptidão para
o yoga.
2.42
2.43
2.44
svādhyāyād iṣṭa-devatā-saṁprayogaḥ
Do estudo de textos sagrados, vem a comunhão com
a deidade escolhida.
2.45
samādhi-siddhir īśvara-praṇidhānāt
Da devoção ao Senhor, vem a perfeição do transe.
2.46
sthira-sukham āsanam
A postura do yoga é firme e confortável.
2.47
prayatna-śaithilya-ananta-samāpattibhyām
Atinge-se isso relaxando o esforço e ficando como
Ananta.
2.48
tato dvandva-anabhighātaḥ
Assim, fica-se inatingido pelas dualidades.
2.49
tasmin sati śvāsa-praśvāsayor gati-vicchedaḥ prāṇāyāmaḥ
Nesse estado, atingimos o controle da respiração
regulando o fluxo da inalação e da exalação.
2.50
bāhya-abhyantara-stambha-vṛttiḥ deśa-kāla-saṁkhyābhiḥ
paridṛṣṭo dīrgha-sūkṣmaḥ
O fluxo da respiração é constituído de inalação,
exalação e retenção, podendo ser superficial ou
profundo, de acordo com onde, por quanto tempo e
por quantos ciclos é mantida.
2.51
bāhya-abhyantara-viṣaya-ākṣepī caturthaḥ
Um quarto tipo vai além da inalação e exalação.
2.52
2.53
dhāraṇāsu ca yogyatā manasaḥ
Então, a mente se torna capaz de se concentrar.
2.54
2.55
Vibhūti-pāda
Os Poderes
3.1
3.2
3.3
3.4
3.5
taj-jayāt prajñālokaḥ
Ao conquistar isso, a sabedoria é revelada.
3.6
tasya bhūmiṣu viniyogaḥ
Esta prática é realizada em etapas.
3.7
3.8
tad api bahir-aṅgaṁ nirbījasya
Mesmo estes três é uma parte externa do transe sem
semente.
3.9
vyutthāna-nirodha-saṁskārayor abhibhava-prādurbhāvau
nirodha- kṣaṇa-citta-anvayo nirodha-pariṇāmaḥ
A transformação em direção à cessação é um
processo de reforçar as impressões subliminares da
cessação vencendo os condicionamentos mundanos,
e é acompanhada por momentos mentais de
cessação.
3.10
3.11
3.12
3.13
3.14
śānta-udita-avyapadeśya-dharma-anupātī dharmī
O possuidor de propriedades se comporta
diferentemente na medida em que a propriedade
está neutra, ativa ou indefinida.
3.15
krama-anyatvaṁ pariṇāma-anyatve hetuḥ
A razão para a diferença nas transformações está na
diferença entre as sequências.
3.16
pariṇāma-traya-saṁyamād atīta-anāgata-jñānam
Conhecimento do passado e do futuro é obtido pelo
total controle das três transformações.
3.18
saṁskāra-sākṣāt-karaṇāt pūrva-jāti-jñānam
Ao observar diretamente o condicionamento
sutil,surge o conhecimento de vidas passadas.
3.19
pratyayasya para-citta-jñānam
Ao observar diretamente a consciência, surge o
conhecimento da mente de outros.
É sabido que um psicólogo bem treinado, ou uma pessoa
madura e experiente, que já observou bastante o
funcionamento da mente, consegue compreender
(conhecer) a mente de outros. O yogī precisa ser um
perfeito psicólogo de si mesmo (o caminho do yoga já foi
bastante comparado à psicologia), pois yoga significa ter
esse total controle da própria mente e suas transformações,
obtendo, assim, uma consciência perfeitamente clara,
calma e focada.
3.20
3.21
3.21a
3.22
sa-upakramaṁ nirupakramaṁ ca karma tat-saṁyamād
aparānta-jñānam ariṣṭebhyo vā
As reações kármicas incluem aquilo que já está
acontecendo e o que ainda está para acontecer; pelo
perfeito controle de karma, ou dos presságios, surge
o conhecimento do fim último, ou da morte.
3.23
maitryādiṣu balāni
Pela perfeita disciplina em amizade etc., surgem seus
respectivos poderes.
baleṣu hasti-balādīni
Pela perfeita disciplina dos poderes, obtém-se a força
do elefante etc.
3.25
pravṛttyāloka-nyāsāt sūkṣma-vyavahita-viprakṛṣṭa-jñānam
Ao iluminar as atividades da mente, surge o
conhecimento do sutil, oculto e distante.
3.26
3.27
candre tārā-vyūha-jñānam
Pela perfeita disciplina na Lua, surge o conhecimento
das estrelas.
3.28
dhruve tad-gati-jñānam
Pela perfeita disciplina na estrela polar, surge o
conhecimento do movimento das estrelas.
A estrela polar mantém-se fixa, e as demais estrelas giram
em torno dela. Patañjali afirma então que, ao fixar a mente
perfeitamente na estrela polar, podemos obter o
conhecimento completo do movimento das estrelas.
3.29
nābhi-cakre kāya-vyūha-jñānam
Pela perfeita disciplina no cakra do umbigo, surge o
conhecimento da formação do corpo.
3.30
kaṇṭha-kūpe kṣut-pipāsā-nivṛttiḥ
Pela perfeita disciplina no cakra da garganta,
conquistam-se a fome e a sede.
3.31
kūrma-nāḍyāṁ sthairyam
Pela perfeita disciplina no kūrma-nāḍī, surge a
estabilidade.
O kūrma-nāḍī é um centro energético (às vezes também
considerado um nervo) que fica próximo à garganta.
“Kūrma” significa “tartaruga”, e seu nome já é assim
porque esse ponto confere estabilidade (firmeza etc.) para a
pessoa (como a estabilidade de uma tartaruga).
3.32
mūrdha-jyotiṣi siddha-darśanam
Pela perfeita disciplina no cakra do topo da cabeça,
surge a capacidade de ver seres perfeitos.
3.33
prātibhād vā sarvam
Pela perfeita disciplina na intuição, realmente surge
o conhecimento de tudo.
3.34
hṛdaye citta-saṁvit
Pela perfeita disciplina no coração, surge completa
compreensão da consciência.
3.35
3.36
3.37
te samādhāv upasargā vyutthāne siddhayaḥ
Ao tornarem-se distrações, estes poderes de
perfeição transformam-se em impedimentos ao
perfeito transe.
3.38
3.39
3.40
samāna-jayāj jvalanam
Por conquistar a energia vital digestiva, adquire-se
uma aura brilhante.
3.42
3.43
3.44
sthūla-svarūpa-sūkṣma-anvaya-arthavattva-saṁyamād
bhūta-jayaḥ
Pela perfeita disciplina nos aspectos grosseiros,
intrínsecos, sutis, relacionais e propositais dos
elementos da matéria, obtém-se domínio sobre eles.
3.45
3.46
rūpa-lāvaṇya-bala-vajra-saṁhananatvāni kāya-saṁpat
Perfeição corporal inclui beleza, graça, força e um
brilho como o de um diamante.
3.47
grahaṇa-svarūpa-asmitā-anvaya-artha- vattva-saṁyamād
indriya-jayaḥ
Pela perfeita disciplina nas funções receptivas,
intrínsecas, existenciais, relacionais e propositais dos
órgãos dos sentidos, obtém-se domínio sobre eles.
3.48
3.49
sattva-puruṣa-anyatā-khyāti-mātrasya sarva-bhāva-
adhiṣṭhātṛtvaṁ sarva-jñātṛtvaṁ ca
Pela perfeita compreensão da distinção entre a
qualidade lúcida da natureza e o espírito, surgem a
onisciência e poder sobre todos os estados de
existência.
3.50
3.51
3.52
3.53
3.55
Kaivalya-pāda
A Perfeita União
4.1
janma-oṣadhi-mantra-tapaḥ-samādhi-jāḥ siddhayaḥ
Os poderes da perfeição podem ser obtidos através
do nascimento, ervas, austeridades e pura
meditação.
4.2
jāty-antara-pariṇāmaḥ prakṛtyāpūrāt
A transformação para outra espécie acontece pela
abundância de uma natureza em particular.
4.3
4.4
nirmāṇa-cittānyasmitā-mātrāt
Pensamentos são formados por uma medida de nossa
individualidade.
4.5
pravṛtti-bhede prayojakaṁ cittam ekam anekeṣām
Um único pensamento pode produzir a diversidade de
ações de muitos pensamentos.
4.6
4.7
4.8
4.9
4.10
4.11
4.12
4.13
te vyakta-sūkṣmā guṇa-atmānaḥ
Tais propriedades da natureza, visíveis ou sutis, são
a essência das coisas materiais.
4.14
pariṇāmaikatvād vastu-tattvam
Uma coisa é real porque se mantém única através
das transformações.
4.15
4.16
4.17
4.18
4.19
4.20
eka-samaye ca ubhaya-anavadhāraṇam
E não existe simultânea compreensão de ambos.
4.21
4.22
4.23
4.24
tad asaṁkhyeya-vāsanābhiś citram api para-arthaṁ
saṁhatya-kāritvāt
Com uma variedade causada por ilimitados traços de
memória, o pensamento funciona ao fazer
associações, com um propósito além de si.
4.25
viśeṣa-darśina ātma-bhāva-bhāvanā-vinivṛttiḥ
Aquele que vê a distinção deixa de cultivar um
estado egocêntrico.
A distinção a ser vista é aquela já mencionada várias vezes:
a distinção entre matéria e espírito.
4.26
4.27
4.28
hānam eṣāṁ kleśavad uktam
A destruição dessas distrações é dito ser como a
destruição dos problemas.
4.29
4.30
tataḥ kleśa-karma-nivṛttiḥ
Com isso, encerram-se as atividades problemáticas.
4.31
4.32
4.33
4.34
O Yoga Moderno
Os Ascetas
Bhakti-yoga
A Prática de Bhakti-yoga
Conclusão
1.
Klas Nevrin, “Krishnamacharya’s Viniyoga: On Modern Yoga and Sri
Vaishnavism”, Journal of Vaishnava Studies, Vol. 14, No.1 (2005): pp. 66.
[voltar]
2.
Eddie Stern, “Nathamuni’s Secret of Devotion and The Yoga of
Krishnamacharya”, Journal of Vaishnava Studies, Vol. 14, No.1 (2005): pp.
98[voltar]
3.
Eddie Stern, “Nathamuni’s Secret of Devotion and The Yoga of
Krishnamacharya”, Journal of Vaishnava Studies, Vol. 14, No.1 (2005): pp.
104[voltar]
4.
Klas Nevrin, “Krishnamacharya’s Viniyoga: On Modern Yoga and Sri
Vaishnavism”, Journal of Vaishnava Studies, Vol. 14, No.1 (2005): pp. 70.
[voltar]
5.
Klas Nevrin, “Krishnamacharya’s Viniyoga: On Modern Yoga and Sri
Vaishnavism”, Journal of Vaishnava Studies, Vol. 14, No.1 (2005): pp. 87.
[voltar]
6.
James Mallinson, “Ramanandi Tyagis and Hatha-yoga”, Journal of Vaishnava
Studies, Vol. 14, No.1 (2005): pp. 107.[voltar]
7.
James Mallinson, “Ramanandi Tyagis and Hatha-yoga”, Journal of Vaishnava
Studies, Vol. 14, No.1 (2005): pp. 116.[voltar]
8.
James Mallinson, “Ramanandi Tyagis and Hatha-yoga”, Journal of Vaishnava
Studies, Vol. 14, No.1 (2005): pp. 112.[voltar]
9.
Tradução do verso original em sânscrito ao inglês por Matthew Dasti.[voltar]
10.
Tradução do verso original em sânscrito ao inglês por Graham M. Schweig,
Ph.D. (Garuda Das).[voltar]
11.
Tony K. Stewart, “Reading for Kṛṣṇa’s Pleasure: Gaudiya Vaishnava
Meditation, Literary Interiority, and the Phenomenology of Repetition”,
Journal of Vaishnava Studies, Vol. 14, No.1 (2005): pp. 243-80.[voltar]