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GÊNEROS LITERÁRIOS

GÊNERO LÍRICO: O gênero lírico caracteriza-se também por expressar emoções,


sentimentos e sensações, sendo um texto subjetivo. A grande maioria das poesias pertencem a
este gênero, mas podem também pertencer ao gênero épico, dramático ou narrativo.

GÊNERO DRAMÁTICO: vem da palavra “drama” que, em grego, significa “ação”.


Compreende os textos feitos para serem representados (encenados), pressupondo a existência de
um público e de atores que farão a representação do texto. Dentro do gênero dramático,
encontramos as seguintes modalidades: tragédia, comédia, tragicomédia, farsa.

GÊNERO ÉPICO: vem do grego “épos” (verso) + “poieô” (faço), e faz referência à narrativa
feita em forma de versos. Geralmente conta histórias de fatos grandiosos e heróicos sobre a
história de um povo. Tem como característica a presença de um narrador que fala do passado, o
que faz com que os verbos apareçam no tempo pretérito.

GÊNERO NARRATIVO: Nasceu do gênero épico, mas foi separado deste por conta da
estrutura. Neste caso, as narrativas não são apresentadas em versos, e sim em prosa. As
principais manifestações literárias deste gênero são o romance, a novela e o conto.

TIPOS DE NARRADOR

O narrador-personagem conta na 1ª pessoa a história da qual participa também como


personagem.

Ele tem uma relação íntima com os outros elementos da narrativa. Sua maneira de contar é
fortemente marcada por características subjetivas, emocionais. Essa proximidade com o mundo
narrado revela fatos e situações que um narrador de fora não poderia conhecer. Ao mesmo
tempo, essa mesma proximidade faz com que a narrativa seja parcial, impregnada pelo ponto de
vista do narrador.

O narrador-observador conta a história do lado de fora, na 3ª pessoa, sem participar das


ações. Ele conhece todos os fatos e, por não participar deles, narra com certa neutralidade,
apresenta os fatos e os personagens com imparcialidade. Não tem conhecimento íntimo dos
personagens nem das ações vivenciadas.

O narrador-onisciente conta a história em 3ª pessoa e, às vezes, permite certas intromissões


narrando em 1ª pessoa. Ele conhece tudo sobre os personagens e sobre o enredo, sabe o que
passa no íntimo das personagens, conhece suas emoções e pensamentos.

Ele é capaz de revelar suas vozes interiores, seu fluxo de consciência, em 1ª pessoa. Quando
isso acontece, o narrador faz uso do discurso indireto livre. Assim, o enredo se torna plenamente
conhecido, os antecedentes das ações, suas entrelinhas, seus pressupostos, seu futuro e suas
consequências.

EXERCÍCIOS SOBRE NARRADOR


1) Indique o tipo de narrador dos textos a seguir:
a) Alguns homens aparecem na porta do restaurante com suas esposas.
b) No meio do caminho resolvi parar, sentia-me mal, provavelmente por causa do peixe que
comi no almoço.
c) O menino foi abrindo o caminho com um pedaço de ferro.
d) Quando cheguei dei de cara com minha mãe na sala.

2) Passe para narrador-personagem:


“De madrugada o homem acordou com a chuva castigando o telhado de zinco do seu barraco.
Rolou na cama, virou pro lado, fingiu que não era com ele. Mas não tinha jeito de dormir.
Experiente, o homem sabia que aquela chuva grossa e insistente era com ele mesmo.”

3) Elabore um parágrafo com narrador-observador (3ª pessoa), seguindo a orientação:


Um rapaz tentando pegar sua bola que caiu no quintal do vizinho. Este é muito nervoso e tem
um cachorro que adora morder bolas e dono de bolas.

TIPOS DE DISCURSO

Discurso direto

A produção se dá de forma integral, na qual os diálogos são retratados sem a interferência do


narrador. Trata-se de uma transcrição fiel da fala dos personagens, que, para introduzi-las, o
narrador utiliza-se de alguns sinais de pontuação, aliados ao emprego de alguns verbos de
elocução, tais como: dizer, perguntar, responder, indagar, exclamar, ordenar, entre outros.

A título de exemplificação, apoiemo-nos no seguinte exemplo:

“Maurício saudou, com silenciosa admiração, esta minha vida avisada malícia. E
imediatamente, para meu príncipe:

- Há três anos que não te vejo Jacinto... Como tem sido possível, neste Paris que é um aldeola, e
que tu atravancas?”

Queirós, Eça de. A cidade e as serras. São Paulo: Hedra, 2006

Discurso indireto

O mesmo ocorre quando o narrador, ao invés de retratar as falas de forma direta, as reproduz
mediante o atributo de suas próprias palavras, colocando-se na condição de intermediário frente
à ocorrência.

Observaremos a seguir um quadro em que são relatadas as mudanças ocorridas na passagem do


discurso direto para o indireto, enfatizando as particularidades relacionadas a tempos verbais,
advérbios e pronomes.
Discurso direto Discurso indireto

Uso da primeira pessoa do discurso Terceira pessoa

Verbo no presente do indicativo Emprego do pretérito imperfeito do indicativo

Verbo no pretérito perfeito Pretérito mais que perfeito

Futuro do presente Futuro do pretérito

Modo imperativo Pretérito imperfeito do subjuntivo

Adjuntos adverbiais: aqui, cá, aí Adjuntos adverbiais: ali, lá

Discurso indireto livre

Como anteriormente mencionado, nesta modalidade, as formas direta e indireta fundem-se por
meio de um processo em que o narrador insere discretamente a fala ou os pensamentos do
personagem em sua fala. Embora ele não participe da história, instala-se dentro de suas
personagens, confundindo sua voz com a delas.

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