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Intriga
O conceito de intriga difere dos de fábula e trama, embora seja intrinsecamente
vinculado a eles. A intriga diz respeito ao conflito de interesses que caracteriza a luta
dos personagens numa determinada narrativa. Tomachevski nos dá a seguinte definição
de intriga:
O desenvolvimento da ação, o conjunto de motivos que a caracterizam chama-se
intriga [...] O desenvolvimento da intriga (ou, no caso de um reagrupamento complexo de
personagens, o desenvolvimento das intrigas paralelas), conduz ao desaparecimento do
conflito ou à criação de novos conflitos (TOMACHEVSKI, 1976, p. 177).
A intriga está relacionada, portanto, com a noção de conflito dramático a partir das
ações das personagens – elementos esses (ação; personagem), que se vinculam à noção
de motivo.
Motivo Exemplo: “Raskolnikov matou a velha. O tema desta
parte seria “ódio pela velha”, por exemplo. Assim, “ódio pela velha” seria o motivo.
Os motivos combinados constituem o tema da obra. A sucessão dos motivos em
ordem cronológica de causa e feito, a Fábula; o conjunto dos motivos, mas na
sucessão em que surgem dentro da obra, a trama.
Assunto
Do que se trata a história, sintético. Breve resumo sobre o que se trata, não se deve
confundi-lo com o Tema.
Exemplo:
— Se um de nós faltar... ai, João...
— Durma, velha.
— O que vai ser de mim?
O assunto neste caso é o diálogo de um casal.
Fábula
Síntese da história narrada, resumo.
Nó
Elemento que introduz o conflito dramático.
Climax
Auge do conflito dramático
Desfecho
Resolução – ou não – do conflito dramático.
Ambiente
Atmosfera, clima. Está ligada ao jogo espaço vs personagem.
Ambientação É como o ambiente é construído pelo narrador.
Ambientação franca produzida por um narrador que não
participa dos eventos (heterodiegético). O narrador explicita o ambiente. Nos romances,
geralmente é feito com várias pausas descritivas.
Ambientação Reflexa A ambientação é narrada por um
narrador que participa dos eventos, dando seu ponto de vista ou percepção do ambiente.
(narrador homodiegético)
Ambientação Dissimulada ou oblíqua Ambiente
construído por efeito de sugestão a partir das ações da personagem.
Tempo psicológico
Tempo de experiência subjetiva das personagens. Tempo vivencial, modo como elas
experimentam sensações e emoções no contato com suas memórias, fantasias e
expectativas.
O narrador
Uso de sumário narrativo O narrador resume os acontecimentos.
Geralmente usa o discurso indireto na apresentação dos acontecimentos.
Discurso direto Quando as falas das personagens diferem-se
das do narrador (usa-se, geralmente, aspas, travessão ou dois pontos).
Discurso indireto O narrador diz o que outro personagem ou
pessoa disse. (Esse discurso sempre é feito na 3ª pessoa)
Discurso indireto livre Ambos os discursos estão presentes
Cena Coincidência entre os acontecimentos da diegese
(narrativa) e o relato desses acontecimentos.