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TEXTO NARRATIVOS? COMO ESCREVER?


Texto narrativo é um tipo de texto que esboça as ações de personagens
num determinado tempo e espaço.
Geralmente, ele é escrito em prosa e nele são narrados (contados) alguns
fatos e acontecimentos.
Alguns exemplos de textos narrativos são: romance, novela, conto, crônica
e fábula.
Estrutura da narrativa
Apresentação - também chamada de introdução, nessa parte inicial o autor do
texto apresenta os personagens, o local e o tempo em que se desenvolverá a
trama.
Desenvolvimento - aqui grande parte da história é desenvolvida com foco nas
ações dos personagens.
Clímax - parte do desenvolvimento da história, o clímax designa o momento
mais emocionante da narrativa.
Desfecho - também chamada de conclusão, ele é determinado pela parte final
da narrativa, onde a partir dos acontecimentos, os conflitos vão sendo
desenvolvidos.
Elementos da narrativa
Narrador - é aquele que narra a história. Dividem-se em: narrador observador,
narrador personagem e narrador onisciente.
Enredo - trata-se da estrutura da narrativa, ou seja, a trama em que se
desenrolam as ações. São classificados em: enredo linear e enredo não linear.
Personagens - são aqueles que compõem a narrativa sendo classificados em:
personagens principais (protagonista e antagonista) e personagens
secundários (adjuvante ou coadjuvante).
Tempo - está relacionado com a marcação do tempo dentro da narrativa, por
exemplo, uma data ou um momento específico. O tempo pode ser cronológico
ou psicológico.
Espaço - local (s) onde a narrativa se desenvolve. Podem ocorrer num
ambiente físico, ambiente psicológico ou ambiente social.
Tipos de narrador
Os tipos de narrador, também chamado de foco narrativo, representam a "voz
textual" da narração, sendo classificados em:
Narrador personagem (1ª pessoa) - a história é narrada em 1ª pessoa onde o
narrador é um personagem e participa das ações.
Narrador observador (3ª pessoa) - narrado em 3ª pessoa, esse tipo de
narrador conhece os fatos, porém, não participa da ação.
Narrador onisciente (3ª, mas também 1ª pessoa) - esse narrador conhece
todos os personagens e a trama. Nesse caso, a história é narrada em 3ª
pessoa. No entanto, quando apresenta fluxo de pensamentos dos
personagens, ela é narrada em 1ª pessoa.
Tipos de discurso narrativo
Discurso direto - no discurso direto, a própria personagem fala.

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Discurso indireto - no discurso indireto o narrador interfere na fala da
personagem. Em outras palavras, é narrado em 3ª pessoa uma vez que não
aparece a fala da personagem.
Discurso indireto livre - no discurso indireto livre há intervenções do narrador
e das falas dos personagens. Nesse caso, funde-se o discurso direto com o
indireto.
Exemplos de texto narrativo
Exemplo 1: O cavalo e o burro, fábula de Monteiro Lobato, no discurso direto
"O cavalo e o burro seguiam juntos para a cidade. O cavalo contente da vida,
folgando com uma carga de quatro arrobas apenas, e o burro — coitado!
gemendo sob o peso de oito. Em certo ponto, o burro parou e disse:
— Não posso mais! Esta carga excede às minhas forças e o remédio é
repartirmos o peso irmanamente, seis arrobas para cada um.
O cavalo deu um pinote e relinchou uma gargalhada.
— Ingênuo! Quer então que eu arque com seis arrobas quando posso bem
continuar com as quatro? Tenho cara de tolo?
O burro gemeu:
— Egoísta! Lembre-se que se eu morrer você terá que seguir com a carga de
quatro arrobas e mais a minha.
O cavalo pilheriou de novo e a coisa ficou por isso. Logo adiante, porém, o
burro tropica, vem ao chão e rebenta.
Chegam os tropeiros, maldizem a sorte e sem demora arrumam as oito arrobas
do burro sobre as quatro do cavalo egoísta. E como o cavalo refuga, dão-lhe de
chicote em cima, sem dó nem piedade.
— Bem feito! Exclamou um papagaio. Quem o mandou ser mais burro que o
pobre burro e não compreender que o verdadeiro egoísmo era aliviá-lo da
carga em excesso? Tome! Gema dobrado agora…"
LOBATO, Monteiro. Fábulas. São Paulo: Brasiliense, 1994.

Exemplo 2: Trecho de As Mãos de Meu Filho, de Érico Veríssimo, no discurso


indireto
"D. Margarida tira os sapatos que lhe apertam os pés, machucando os calos.
Não faz mal. Estou no camarote. Ninguém vê.
Mexe os dedos do pé com delícia. Agora sim, pode ouvir melhor o que ele está
tocando, ele, o seu Gilberto. Parece um sonho… Um teatro deste tamanho.
Centenas de pessoas finas, bem vestidas, perfumadas, os homens de preto, as
mulheres com vestidos decotados — todos parados, mal respirando,
dominados pelo seu filho, pelo Betinho!
D. Margarida olha com o rabo dos olhos para o marido. Ali está ele a seu lado,
pequeno, encurvado, a calva a reluzir foscamente na sombra, a boca
entreaberta, o ar pateta. Como fica ridículo nesse smoking! O pescoço
descarnado, dançando dentro do colarinho alto e duro, lembra um palhaço de
circo."
(Trecho de As mãos de meu filho, de Érico Veríssimo)

Exemplo 3: Trecho de A Cartomante, conto de Machado de Assis, no


discurso indireto livre
"Camilo pegou-lhe nas mãos, e olhou para ela sério e fixo. Jurou que lhe queria
muito, que os seus sustos pareciam de criança; em todo o caso, quando

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tivesse algum receio, a melhor cartomante era ele mesmo. Depois, repreendeu-
a; disse-lhe que era imprudente andar por essas casas. Vilela podia sabê-lo, e
depois...
— Qual saber! tive muita cautela, ao entrar na casa.
— Onde é a casa?
— Aqui perto, na Rua da Guarda Velha; não passava ninguém nessa ocasião.
Descansa; eu não sou maluca."
(Trecho de A Cartomante, de Machado de Assis)

SE APROFUNDANDO EM: DISCURSO DIRETO,


INDIRETO E INDIRETO LIVRE.
Discurso Direto, Discurso Indireto e Discurso Indireto Livre são tipos de
discursos utilizados no gênero narrativo para introduzir as falas e os
pensamentos dos personagens. Seu uso varia de acordo com a intenção do
narrador.
Discurso Direto
No discurso direto, o narrador dá uma pausa na sua narração e passa a citar
fielmente a fala do personagem.
O objetivo desse tipo de discurso é transmitir autenticidade e espontaneidade.
Assim, o narrador se distancia do discurso, não se responsabilizando pelo que
é dito.
Pode ser também utilizado por questões de humildade - para não falar algo que
foi dito por um estudioso, por exemplo, como se fosse de sua própria autoria.
Características do Discurso Direto
Utilização dos verbos da categoria dicendi, ou seja, aqueles que têm relação
com o verbo "dizer". São chamados de "verbos de elocução", a saber: falar,
responder, perguntar, indagar, declarar, exclamar, dentre outros.
Utilização dos sinais de pontuação - travessão, exclamação, interrogação, dois
pontos, aspas.
Inserção do discurso no meio do texto - não necessariamente numa linha
isolada.
Exemplos de Discurso Direto
1. Os formados repetiam: "Prometo cumprir meus deveres e respeitar meus
semelhantes com firmeza e honestidade.".
2. O réu afirmou: "Sou inocente!"
3. Querendo ouvir sua voz, resolveu telefonar:
— Alô, quem fala?
— Bom dia, com quem quer falar? — respondeu com tom de simpatia.
Discurso Indireto
No discurso indireto, o narrador da história interfere na fala do personagem
preferindo suas palavras. Aqui não encontramos as próprias palavras da
personagem.
Características do Discurso Indireto
O discurso é narrado em terceira pessoa.
Algumas vezes são utilizados os verbos de elocução, por exemplo: falar,
responder, perguntar, indagar, declarar, exclamar. Contudo não há utilização do
travessão, pois geralmente as orações são subordinadas, ou seja, dependem

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de outras orações, o que pode ser marcado através da conjunção “que” (verbo
+ que).
Exemplos de Discurso Indireto
1. Os formados repetiam que iriam cumprir seus deveres e respeitar seus
semelhantes com firmeza e honestidade.
2. O réu afirmou que era inocente.
3. Querendo ouvir sua voz, resolveu telefonar. Cumprimentou e perguntou
quem estava falando. Do outro lado, alguém respondeu ao cumprimento e
perguntou com tom de simpatia com quem a pessoa queria falar.
PRESTE ATENÇÃO NISTO AQUI!
Transposição do Discurso Direto para o Indireto
Nos exemplos a seguir verificaremos as alterações feitas a fim de moldar o
discurso de acordo com a intenção pretendida.
Discurso Direto Discurso Indireto
Preciso sair por alguns instantes. Disse que precisava sair por alguns instantes.
(enunciado na 1.ª pessoa) (enunciado na 3.ª pessoa)
Sou a pessoa com quem falou há pouco. Disse que era a pessoa com quem tinha falado há
(enunciado no presente) pouco. (enunciado no imperfeito)
Não li o jornal hoje. (enunciado no pretérito Disse que não tinha lido o jornal. (enunciado no
perfeito) pretérito mais que perfeito)
Perguntou-me o que faria relativamente sobre
O que fará relativamente sobre aquele
aquele assunto. (enunciado no futuro de
assunto? (enunciado no futuro do presente)
pretérito)
Não me ligues mais! (enunciado no modo Pediu que não lhe ligasse mais. (enunciado no
imperativo) modo subjuntivo)
Isto não é nada agradável. (pronome Disse que aquilo não era nada agradável.
demonstrativo em 1.ª pessoa) (pronome demonstrativo em 3.ª pessoa)
Vivemos muito bem aqui. (advérbio de Disse que viviam muito bem lá. (advérbio de
lugar aqui) lugar lá)
Discurso Indireto Livre
No discurso indireto livre há uma fusão dos tipos de discurso (direto e indireto),
ou seja, há intervenções do narrador bem como da fala dos personagens.
Não existem marcas que mostrem a mudança do discurso. Por isso, as falas
dos personagens e do narrador - que sabe tudo o que se passa no pensamento
dos personagens - podem ser confundidas.
Características do Discurso Indireto Livre
 Liberdade sintática.
 Aderência do narrador ao personagem.
Exemplos de Discurso Indireto Livre
1. Fez o que julgava necessário. Não estava arrependido, mas sentia um
peso. Talvez não tenha sido suficientemente justo com as crianças…
2. O despertador tocou um pouco mais cedo. Vamos lá, eu sei que consigo!
3. Amanheceu chovendo. Bem, lá vou eu passar o dia assistindo televisão!

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Nas orações destacadas os discursos são diretos, embora não tenha sido
sinalizada a mudança da fala do narrador para a do personagem.
PRATIQUE!
1) (Fatec-1995) "Ela insistiu: - Me dá esse papel aí."
Na transposição da fala do personagem para o discurso indireto, a alternativa
correta é:
a) Ela insistiu que desse aquele papel aí.
b) Ela insistiu em que me desse aquele papel ali.
c) Ela insistiu em que me desse aquele papel aí.
d) Ela insistiu por que lhe desse este papel aí.
e) Ela insistiu em que lhe desse aquele papel ali.

2) (Fuvest-2000) Sinhá Vitória falou assim, mas Fabiano resmungou, franziu a


testa, achando a frase extravagante. Aves matarem bois e cabras, que
lembrança! Olhou a mulher, desconfiado, julgou que ela estivesse
tresvariando.
(Graciliano Ramos, Vidas secas)

Uma das características do estilo de Vidas Secas é o uso do discurso indireto


livre, que ocorre no trecho:
a) “sinha Vitória falou assim”.
b) “Fabiano resmungou”.
c) “franziu a testa”.
d) “que lembrança”.
e) “olhou a mulher”.

3) (Fuvest-2003) Um homem vem caminhando por um parque quando de


repente se vê com sete anos de idade. Está com quarenta, quarenta e
poucos. De repente dá com ele mesmo chutando uma bola perto de um
banco onde está a sua babá fazendo tricô. Não tem a menor dúvida de que
é ele mesmo. Reconhece a sua própria cara, reconhece o banco e a babá.
Tem uma vaga lembrança daquela cena. Um dia ele estava jogando bola no
parque quando de repente aproximou-se um homem e… O homem
aproxima-se dele mesmo. Ajoelha-se, põe as mãos nos seus ombros e olha
nos seus olhos. Seus olhos se enchem de lágrimas.
Sente uma coisa no peito. Que coisa é a vida. Que coisa pior ainda é o tempo.
Como eu era inocente. Como os meus olhos eram limpos. O homem tenta dizer
alguma coisa, mas não encontra o que dizer. Apenas abraça a si mesmo,
longamente. Depois sai caminhando, chorando, sem olhar para trás. O garoto
fica olhando para a sua figura que se afasta. Também se reconheceu. E fica
pensando, aborrecido: quando eu tiver quarenta, quarenta e poucos anos,
como eu vou ser sentimental!
(Luís Fernando Veríssimo, Comédias para se ler na escola)

O discurso indireto livre é empregado na seguinte passagem:


a) Que coisa é a vida. Que coisa pior ainda é o tempo.
b) Reconhece a sua própria cara, reconhece o banco e a babá. Tem uma vaga
lembrança daquela cena.

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c) Um homem vem caminhando por um parque quando de repente se vê com
sete anos de idade.
d) O homem tenta dizer alguma coisa, mas não encontra o que dizer. Apenas
abraça a si mesmo, longamente.
e) O garoto fica olhando para a sua figura que se afasta.

4) (Fuvest-2007) “‘Muito!’, disse quando alguém lhe perguntou se gostara de


um certo quadro.”
Se a pergunta a que se refere o trecho fosse apresentada em discurso direto, a
forma verbal correspondente a “gostara” seria:
a) gostasse.
b) gostava.
c) gostou.
d) gostará.
e) gostaria.

5) (FGV-2003) Assinale a alternativa em que ocorra discurso indireto.


a) Perguntou o que fazer com tanto livro velho.
b) Já era tarde. O ruído dos grilos não era suficiente para abafar os passos de
Delfino. Estaria ele armado? Certamente estaria. Era necessário ter cautela.
c) Quem seria capaz de cometer uma imprudência daquelas?
d) A tinta da roupa tinha já desbotado quando o produtor decidiu colocá-la na
secadora.
e) Era então dia primeiro? Não podia crer nisso.
PRODUÇÃO TEXTUAL/REDAÇÃO
Hora de praticar o que foi estudado. Leia a seguir algumas instruções:
1. Dividam-se em duplas ou trios.
2. Leiam o texto I
3. Após, criem uma produção textual/redação sobre o tema abordado no texto
I com o discurso direto ou/e indireto ou/e indireto livre
OBS: Releia a tabela da pagina 4 para elaborar a produção textual/redação
TEXTO I

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VOCÊ ESTÁ NESTE CAPITULO -> 02
CERRADO, MATRIZ DA CULTURA BRASILEIRA
(Parte 1)
O Cerrado é considerado o segundo maior bioma da América do Sul e é
conhecido também como savana brasileira. Possui uma das formações
vegetais com maior biodiversidade.
Características do Cerrado
→ Localização
O Cerrado é um bioma localizado no
nordeste do Paraguai, leste da Bolívia e em
grande parte do Brasil Central, constituindo
cerca de 22% do território brasileiro. No
Brasil, a sua área compreende os estados
de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do
Sul, Tocantins, Minas Gerais, Bahia,
Maranhão, Piauí, Rondônia, Paraná, São
Paulo e Distrito Federal e alguns encraves
(terreno ou território dentro do outro) no
Amapá, Amazonas e Roraima. Estima-se
que a área abrangida pelo Cerrado no
Brasil, segundo o IBGE, alcance 2.036.448
km2 de extensão.
O bioma Cerrado limita-se ao norte com o bioma Amazônia; a leste e nordeste,
com a Caatinga; ao sudoeste, com o Pantanal; e a sudeste, com a Mata
Atlântica. Isso confere ao bioma Cerrado uma característica única: é o único
bioma na América do Sul a ter tantos contatos biogeográficos. A região
compreendida por essa formação vegetal apresenta altitudes que variam de 0 a
1800 metros. Essa área abrange diferentes bacias hidrográficas, como a Bacia
do Amazonas, Bacia do Tocantins, Bacia do Paraná, Bacia do São Francisco e
Bacia do Parnaíba.
→ Vegetação e flora do Cerrado
O Cerrado é reconhecido como a savana
com maior biodiversidade do mundo,
abrigando cerca de 11.627 espécies de
plantas nativas, sendo, aproximadamente,
4.400 espécies endêmicas (existentes
apenas nesse bioma). Em razão da sua
extensão, o bioma Cerrado não possui uma
fitofisionomia (aspecto da vegetação de uma
região) única. A vegetação é bastante
diversificada, variando de formas campestres, como os campos limpos, a
formações florestais densas, como os cerradões. Os fatores que possibilitam
essa variedade de fisionomias estão relacionados com os tipos de solo, tipos
de clima e tipos de relevo nas regiões que abrigam o Cerrado.

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No Cerrado, há onze principais tipos de vegetação, que estão distribuídos em
formações savânicas, florestais e campestres. Essas fitofisionomias possuem
uma grande variedade de espécies, apresentando plantas arbóreas,
herbáceas, arbustivas e cipós. Essa variedade de vegetação pode ser
distribuída em dois estratos:
 estrato lenhoso: composto por árvores longas e arbustos;
 estrato herbáceo: composto por ervas e subarbustos.
Esses estratos possuem características diferentes, o que os torna competitivos,
pois dependem de condições específicas para se desenvolverem, ou seja, o
que beneficia um dos estratos acaba por prejudicar o outro. A formação
herbácea, por exemplo, caracteriza-se pela ausência de sombra. Portanto, se
ocorrer o adensamento da formação lenhosa, a formação herbácea enfrentará
problemas para se desenvolver, pois o sombreamento não favorece o seu
crescimento.
As árvores de estrato lenhoso que compõem o Cerrado costumam apresentar
troncos grossos e tortuosos. Suas raízes podem atingir até 15 metros de
profundidade, garantindo que a vegetação encontre água e consiga manter-se
independentemente do período de seca. Já as formações herbáceas possuem
raízes menos profundas, chegando a aproximadamente 30 centímetros de
profundidade. Por causa da pouca profundidade, os ramos das formações
herbáceas secam à medida que se estabelece o período de seca. Esses ramos
secos propiciam as queimadas recorrentes nesse tipo de bioma.
Em virtude da diversificação vegetal desse bioma, há árvores que alcançam até
20 metros de altura e também cactos e orquídeas (estes são encontrados em
áreas de chapadões). Essa diversidade garante ao Cerrado algumas
tonalidades em sua paisagem. As principais cores encontradas nesse bioma
são verdes, amarelo e tons amarronzados em razão do descoramento da
vegetação ocasionado pela forte incidência do sol.

→ Clima do Cerrado
O bioma Cerrado é constituído predominantemente pelo clima tropical sazonal,
caracterizado por invernos secos e verões chuvosos, apresentando
precipitação média de 1.500 mm. Essa precipitação varia nos limites com
outros biomas. Na região do Cerrado limitante com a Caatinga, por exemplo, o
índice pluviométrico encontra-se entre 600 mm a 800 mm. Já no limite com o
bioma Amazônia, a precipitação alcança entre 2.000 mm a 2.200 mm.
A estação definida pelo período de seca geralmente se inicia no mês de maio,
finalizando-se no mês de setembro. A estação chuvosa tem início em outubro,
estendendo-se até o mês de abril. Nessa estação, é comum acontecer os
chamados veranicos, que são curtos períodos de seca. A temperatura média
anual fica em torno de 22º C, variando as médias ao longo das estações do

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ano. Nos períodos de seca, a umidade do ar pode chegar a 15%, geralmente
nos meses de julho e agosto. A insolação é bastante intensa e reduz-se nos
períodos chuvosos em razão da alta nebulosidade.
SE APROFUNDANDO EM: PONTUAÇÃO
Sinais de Pontuação são sinais gráficos que contribuem para a coerência e a
coesão de textos, bem como têm a função de desempenhar questões de
ordem estilística.
São eles: o ponto (.), a vírgula (,), o ponto e vírgula (;), os dois pontos (:), o
ponto de exclamação (!), o ponto de interrogação (?), as reticências (...), as
aspas (“”), os parênteses ( ( ) ) e o travessão (—).
Ponto (.)
O ponto, ou ponto final, é utilizado para terminar a ideia ou discurso e indicar o
final de um período. O ponto é, ainda, utilizado nas abreviações.
Exemplos do uso de ponto final:
 Acordei e logo pensei nela e na discussão que tivemos. Depois, saí para
trabalhar e resolvi ligar e pedir perdão.
 O filme recebeu várias indicações para o Oscar.
 Esse acontecimento remonta ao ano 300 a.C., segundo afirmam os nossos
historiadores.
 Sr. João, lamentamos informar que o seu voo foi cancelado.
Vírgula (,)
A vírgula indica uma pausa no discurso. Sua utilização é tão importante que
pode mudar o significado quando não utilizada ou utilizada de modo incorreto.
A vírgula também serve para separar termos com a mesma função sintática,
bem como para separar o aposto e o vocativo.
Exemplos do uso de vírgula:
 Vou precisar de farinha, ovos, leite e açúcar.
 Rose Maria, apresentadora do programa da manhã, falou sobre as receitas
vegetarianas.
 Desta maneira, Maria, não posso mais acreditar em você. (vocativo)
Ponto e Vírgula (;)
O ponto e vírgula serve para separar várias orações dentro de uma mesma
frase e para separar uma relação de elementos.
É um sinal que muitas vezes gera confusão nos leitores, já que ora representa
uma pausa mais longa que a vírgula e ora mais breve que o ponto.
Exemplos do uso de ponto e vírgula:
 Os empregados, que ganham pouco, reclamam; os patrões, que não
lucram, reclamam igualmente.
 Joaquim celebrou seu aniversário na praia; não gosta do frio e nem das
montanhas.
 Os conteúdos da prova são: Geografia; História; Português.
Dois Pontos (:)
Esse sinal gráfico é utilizado antes de uma explicação, para introduzir uma fala
ou para iniciar uma enumeração.
Exemplos do uso de dois pontos:

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 Na matemática, as quatro operações essenciais são: adição, subtração,
multiplicação e divisão.
 Joana explicou: — Não devemos pisar na grama do parque.
 Descobri onde estava o livro: na mochila.
Ponto de Exclamação (!)
O ponto de exclamação é utilizado para exclamar. Assim, é colocado em frases
que denotam sentimentos como surpresa, desejo, susto, ordem, entusiasmo,
espanto.
Exemplos do uso de ponto de exclamação:
 Que horror!
 Ganhei!
 Quieto!
Ponto de Interrogação (?)
O ponto de interrogação é utilizado para interrogar, perguntar. Utiliza-se no final
das frases diretas ou indiretas-livre.
Exemplos do uso de ponto de interrogação:
 Quer ir ao cinema comigo?
 Será que eles preferem jornais ou revistas?
 Entendeu?
Reticências (...)
As reticências servem para suprimir palavras, textos ou até mesmo indicar que
o sentido vai muito mais além do que está expresso na frase.
Exemplos do uso de reticências:
 Ana gosta de comprar sapatos, bolsas, calças…
 Não sei… Preciso pensar no assunto.
 "A vida é uma tempestade (...) Um dia você está tomando sol e no dia
seguinte o mar te lança contra as rochas." (O Conde de Monte Cristo,
Alexandre Dumas)
Aspas (" ")
É utilizado para enfatizar palavras ou expressões, bem como é usada para
delimitar citações de obras.
Exemplos do uso de aspas:
 Satisfeito com o resultado do vestibular, se sentia "o bom”.
 Brás Cubas dedica suas memórias a um verme: "Ao verme que primeiro
roeu as frias carnes do meu cadáver dedico como saudosa lembrança estas
memórias póstumas."
 É simplesmente "inacreditável" o que aconteceu.
Parênteses ( ( ) )
Os parênteses são utilizados para isolar explicações ou acrescentar informação
acessória.
Exemplos do uso de parênteses:
 O funcionário (o mais mal-humorado que já vi) fez a troca dos artigos.
 Cheguei à casa cansada, jantei (um sanduíche e um suco) e adormeci no
sofá.

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 Saiu às pressas (como sempre) e esqueceu o lanche na cozinha.
Travessão (—)
O Travessão é utilizado no início de frases diretas para indicar os diálogos do
texto bem como para substituir os parênteses ou dupla vírgula.
Exemplos:
 Muito descontrolada, Paula gritou com o marido: — Por favor, não faça isso
agora, pois teremos problemas mais tarde.
 Perguntei: — Onde é o ponto de ônibus?
 Maria - funcionária da prefeitura - aconselhou-me que fizesse assim.
PRATIQUE!
1) O texto abaixo precisa de pontuação. Pontue-o adequadamente.
Acordei às oito e pouco da manhã (atrasada como sempre) e peguei o ônibus
para a escola com as minhas amigas: Ana Maria e Bia

A Ana - que gosta de ir à janela - pediu para a Maria trocar de lugar com ela, a
Maria - que estava cheia de calor - disse que preferia ficar onde estava; ambas
ficaram chateadas logo cedo.

Li um cartaz que anunciava: Feira de Livros Usados. Vamos? Mas, ninguém


me deu resposta; nem sequer a Bia. Que começo de dia!

Na escola aulas e apresentações de trabalhos... Sim, não lembrava que a


professora devolveria as provas corrigidas.
-Ninguém sai da sala até que eu termine de dizer o resultado de todos.

Quando chegou a minha vez:


-Estou decepcionada.
E entregando o meu teste completou: - Teve o melhor resultado da turma.

2) Em cada uma das frases abaixo há um sinal de pontuação incorreto.


Corrija.
a) Vou comprar agora mesmo: protetor solar; água e fruta.
Vou comprar agora mesmo: protetor solar, água e fruta.
b) Preciso saber se você vai almoçar antes de sair?
Preciso saber se você vai almoçar antes de sair.
c) Que susto;
Que susto!
d) Maria, você vem com a gente amanhã!
Maria, você vem com a gente amanhã?
e) Como dizia a minha avó: mais vale um pássaro na mão do que dois voando.
Como dizia a minha avó "mais vale um pássaro na mão do que dois voando".
CONTINUA...

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VOCÊ ESTÁ NESTE CAPITULO -> 03
CERRADO, MATRIZ DA CULTURA BRASILEIRA
(Parte 2)
→ Fauna do Cerrado
O Cerrado conta com uma grande variedade
de espécies animais, destacando-se o grupo
de insetos. Apesar da grande variedade, a
fauna do Cerrado é pouco conhecida,
especialmente o grupo dos invertebrados. A
fauna apresenta cerca de 837 espécies de
aves, das quais 29 são endêmicas; 185
espécies de répteis, das quais 24 são
endêmicas; 194 espécies de mamíferos, sendo 19 delas endêmicas; e 150
anfíbios, sendo 45 endêmicos. Alguns estudos indicam que há cerca de 14.425
espécies de invertebrados.

Os principais exemplos de animais vertebrados do Cerrado são:

→ Solo do Cerrado
Os solos do bioma Cerrado caracterizam-se pela sua profundidade, drenagem
e por serem antigos, datados no Período Terciário. Os solos, geralmente,
possuem cor avermelhada, são porosos e permeáveis, portanto, sofrem
intensos processos de lixiviação (lavagem da camada superficial do solo pelo
escoamento de águas superficiais). Contudo, há regiões do Cerrado em que os
solos apresentam formações de couraças, que acabam por dificultar a entrada
de água das chuvas, impedindo que nessas áreas formem-se vegetações
exuberantes e haja o desenvolvimento da agricultura.
A textura dos solos desse bioma é diversificada, com predomínio de areia,
seguida por argila e silte. Pode-se dizer então que os solos são
predominantemente arenosos ou argilosos, o que resulta na baixa capacidade
de reter água. No que tange às características químicas, os solos do Cerrado
apresentam bastante acidez, com pH que varia entre 4 e 5 (pH neutro é 7). A
acidez conferida a esses solos deve-se ao fato de apresentarem em sua
composição altos níveis de alumínio.

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Nesse bioma, predominam os latossolos, caracterizados por excessiva acidez,
e os podzólicos, que podem ser chamados também de argissolos. Os
latossolos apresentam coloração avermelhada e são pobres em nutrientes. Já
os podzólicos apresentam coloração mais escura, com tonalidades vermelhas,
e são bastante suscetíveis a processos erosivos. A falta de nutrientes em
alguns solos desse bioma dificultava o desenvolvimento da agricultura. Isso foi
corrigido com técnicas como a calagem, capaz de corrigir a acidez do solo.
Principais produtos agrícolas cultivados no Cerrado:
» Soja;
» Cana-de-açúcar;
» Milho;
» Algodão.
Quais são os “tipos de Cerrado”?
O uso da expressão “tipos de Cerrado” não é correto. Sabe-se que o bioma
Cerrado, em razão de sua grande extensão no território brasileiro e por fazer
fronteira com diversos outros biomas, possui paisagens variadas e uma grande
biodiversidade. O termo correto para referir-se a essas variações paisagísticas
é fitofisionomias do Cerrado. Essas fitofisionomias variam de acordo com as
regiões, características do clima, do solo e do relevo. A classificação mais
comum apresenta os seguintes tipos de fitofisionomia:
1. Campos Limpos: é um tipo de vegetação composto por gramíneas, sem a
presença de estrato lenhoso. Esse tipo de fitofisionomia é propício para o
deslocamento de animais como a onça-pintada, ema e tamanduá-bandeira.
2. Campo Sujo: é comumente conhecido como Cerrado Ralo e é constituído
por plantas do estrato herbáceo, nos quais arbustos são poucos expressivos.
3. Cerrado Stricto Senso: representa a vegetação mais predominante nesse
bioma. Constitui-se principalmente por espécies arbustivas, compostas por
árvores de pequeno porte com troncos tortuosos e espessos. Esses arbustos
não são densos, como em áreas de matas fechadas, e adaptam-se às
condições do ambiente, apresentando raízes com bastante profundidade, que
alcançam os lençóis freáticos.
4. Mata Seca: esse tipo de fitofisionomia
encontra-se afastado de cursos d'água. Nela se
localizam árvores como ipê e aroeira, que ao
longo da estação seca perdem suas folhas em
razão da baixa disponibilidade de água.
5. Cerradão: constitui uma vegetação de
transição entre a mata seca e o cerrado strictu
senso. Apresenta árvores com muitas folhas e
ramos, além de características tortuosas. Nesse tipo fitofisionômico, encontra-
se uma vegetação com porte maior que os arbustos, chegando a nove metros
de altura.
6. Matas de Galerias: também conhecidas como Matas Úmidas, são
vegetações que acompanham os cursos d'água. Apresentam árvores que
podem atingir até 30 metros de altura, troncos lisos e folhas pequenas. Mantêm
sua folhagem verde durante todo o ano graças à presença de água.

7ºANO – MODULO SUPLEMENTAR 13


7. Veredas: conhecidas também como Áreas de Várzeas, estão localizadas em
áreas de nascentes de diversas bacias hidrográficas. A vegetação é
comumente formada pelo buriti e espécies de mata e campo. Limitam-se com
os campos limpos e campos sujos. A vegetação apresenta exuberância.
8. Cerrado Rupestre: esse tipo de vegetação forma-se em ambientes com
características rochosas, especialmente em serras. As principais espécies
desse tipo de fitofisionomia são o caju, papiro, murici e mangaba.
Importância do Cerrado
O Cerrado é um bioma que, em razão da sua grande biodiversidade, deve ser
conservado. Estudos apresentam que cerca de 200 espécies nativas desse
bioma possuem, além de potencial econômico, potencial medicinal. Algumas
espécies de plantas já foram patenteadas por indústrias farmacêuticas. São
exemplos de espécies do Cerrado com potencial medicinal de acordo com o
Ministério do Meio Ambiente:
 barbatimão: é uma árvore do Cerrado cuja casca, folhas e raízes podem ser
usadas como cicatrizante de feridas, úlceras e sangramentos;
 pacari: é uma árvore do Cerrado cujas folhas e entrecascas podem ser
utilizadas para cicatrização, tratamento de úlceras e gastrites;
 rufão: é uma planta do Cerrado que cresce entre moitas cujas raízes podem
ser utilizadas para fazer chás ou garrafadas. A raiz do rufão é usada para
tratar anemias e inflamaçõees no estômago e intestino.
Outra relevância desse bioma é que ele compreende uma área habitada há
centenas de anos, principalmente populações indígenas. É do próprio bioma
que esses povos conseguem o seu sustento, extraindo dele recursos naturais,
portanto é necessário que esse bioma seja preservado para que essas
comunidades consigam manter a sua sobrevivência. As principais comunidades
indígenas existentes no Cerrado são Karajás, Avá-Canoeiros e Xerentes.
Devastação do Cerrado
A perda da biodiversidade no bioma Cerrado já é uma realidade. Bastaram
apenas cinco décadas para se reduzir o tamanho original desse bioma para
41% do total original segundo o Ministério do Meio Ambiente. As principais
atividades que comprometem a conservação desse bioma estão relacionadas
com o extrativismo e a expansão agrícola. Expandir a atividade agrícola requer
desmatar áreas, o que vem acontecendo com frequência na região abrangida
pelo Cerrado.
A pecuária também tem provocado inúmeros impactos no bioma, pois o
desmatamento para criação de áreas de pastagem é intenso. Essas atividades,
além de descaracterizar o bioma no sentido paisagístico, alteram também a
manutenção da biodiversidade, visto que muitos animais perdem seu habitat,
correndo o risco de entrar em extinção, assim como espécias endêmicas de
plantas.
É válido lembrar que o Cerrado abrange uma grande área de bacias
hidrográficas, possuindo um potencial aquífero imenso, representando 8% da
disponibilidade de água em nível nacional. Quando as áreas são desmatadas
para viabilizar atividades como a agropecuária, além de degradar a natureza,
propicia também o assoreamento das áreas das bacias e pode provocar

7ºANO – MODULO SUPLEMENTAR 14


contaminação das águas por causa do uso de agrotóxicos nas produções
agrícolas.

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TEXTO EXPOSITIVO, MÚSICA REGIONAL,
LEITURA DE LETRAS DE MUSICAS E PARODIA.
TEXTO EXPOSITIVO
O texto expositivo é aquele que tem o objetivo de apresentar um assunto ou
acrescentar informações sobre determinado tema. Sua estrutura baseia-se na
composição ou decomposição de um assunto, utilizando, para isso,
explicações e dados de outras áreas, a fim de funcionar como um texto
informativo. É importante, ainda, que o texto expositivo apresente dados
verídicos e comprováveis.
O que é o texto expositivo?
O texto expositivo é uma produção que tem como função principal sintetizar ou
analisar alguma ideia, conceito, teoria ou fenômeno. Desse modo, esse tipo
textual auxilia principalmente na identificação, instrução e informação de
determinado assunto, sendo muito utilizado, por isso, em ambientes educativos
(educação escolar, acadêmica, profissional etc.).
Além disso, é comum encontrarmos variações do texto expositivo, e cada
subtipo refere-se a outras funções exigidas pelo texto. Para ampliar o
conhecimento dessas categorias, segue-se a definição de dois tipos de textos
expositivos.
Texto expositivo informativo
O texto expositivo informativo tem o objetivo de apresentar determinado tema,
no intuito de informar o leitor a respeito de dados importantes sobre ele. Nesse
sentido, esses textos apresentam caráter explicativo e, muitas vezes,
descritivo, no intuito de instruir o leitor por meio da exposição e explicação de
novas informações.
Texto expositivo argumentativo
O texto expositivo argumentativo possui como segunda característica
predominante o traço argumentativo, desse modo, além de apresentar
informações sobre determinado assunto, o autor também procura defender um
posicionamento, ou seja, apresentar uma opinião embasada em argumentos
sólidos. Por esses motivos, esse tipo de texto expositivo tem o intuito de
informar e convencer o leitor.
Estrutura e características do texto expositivo
Os textos do tipo expositivo podem apresentar inúmeras variações em sua
composição formal, a depender do gênero utilizado e das intenções
comunicativas. Entretanto, alguns aspectos podem ser considerados
essenciais a todos os textos expositivos. A seguir, algumas dessas
características serão exploradas.
De início, os textos expositivos têm preferência pelo conteúdo, pela mensagem,
desse modo, a linguagem utilizada tenta ser acessível e, muitas vezes,

7ºANO – MODULO SUPLEMENTAR 15


impessoal, tentando garantir um teor de neutralidade. Além disso, eles podem
ser divididos em duas categorias, que se referem ao método de exposição
utilizado no texto:

Composição: é a estrutura que prioriza a identificação de fenômenos


individuais, desse modo, são os textos que pretendem apresentar diversas
informações a respeito de um único tema ou assunto. Essa estrutura é utilizada
principalmente para informar o leitor a respeito de determinado conteúdo. Outra
característica dela é a preferência pela estrutura sintática sujeito + predicado +
complemento, utilizados no tempo presente.
Decomposição: processo em que o texto estrutura-se com o intuito de conectar
fenômenos, desse modo, não se limita a um único tema ou assunto, como no
método anterior, mas estabelece relações entre diferentes tópicos, buscando
decompor as partes do grande tema. Nesses textos, é comum a utilização do
verbo ser com predicativo nominal ou outros verbos com complementos
diretos.
Além desses aspectos, ainda é possível acrescentar-se outras características
do tipo textual expositivo. A intertextualidade é uma ferramenta que pode ser
muito utilizada nesses textos, principalmente quando o autor pretende
aprofundar um assunto ou, além de expor, propor um ponto de vista. Nesses
casos, o uso de informações e dados de outros textos pode potencializar a
produção textual bem como fornecer subsídios para sustentação dos
argumentos.
A descrição é um outro elemento que pode ser muito presente no texto
expositivo. Quando o autor possuir intenção de instruir e informar o leitor a
respeito dos detalhes de determinada questão, é possível que ele descreva
aspectos visuais ou funcionais do fenômeno analisado, no intuito de qualificar o
texto e auxiliar a compreensão do leitor.
Como fazer um texto expositivo?
Para fazer um texto expositivo, é necessário, antes da escrita, fazer uma
organização pré-textual, na qual se escolhe o tema e se define a sua intenção
comunicativa com o texto. Em seguida, é importante pesquisar sobre o
assunto, buscando aprofundar seus conhecimentos e, com isso, garantir
propriedade intelectual à sua escrita.
Durante esse processo, é importante checar as fontes de informação, pois o
texto expositivo visa a informar e instruir, desse modo, todo cuidado com a
verdade dos relatos é essencial. Selecione as informações e dados mais
relevantes para o seu texto e então prossiga à escrita.
Sempre priorize iniciar pelas informações mais conhecidas pelo público em
geral, pois assim você ajuda o leitor a acionar os conhecimentos prévios que
auxiliam na leitura e compreensão do texto. Em seguida, estrategicamente vá
adicionando as informações mais completas e relacionando-as sempre que
necessário.
Além disso, é imprescindível que o texto apresente explicações, sempre que
algo novo e desconhecido for apresentado, pois é essencial nesse tipo de texto
que o leitor compreenda a mensagem, ou a função principal do texto não será
cumprida: informar o leitor.

7ºANO – MODULO SUPLEMENTAR 16


Por fim, é importante lançar mão dos recursos coesivos para que as ideias
sejam adequadamente encadeadas e toda relação estabelecida seja
identificada facilmente pelo leitor. Nesse sentido, é necessário atentar-se ao
uso repetitivo de conectivos mais comuns: “que”; “como”; “pois” etc., pois isso
pode sobrecarregar e prejudicar seu texto. Atenção! Estudaremos mais
aprofundado no modulo 2.
MÚSICA REGIONAL BRASILEIRA
Ritmos do Brasil
Samba, frevo, maracatu, forró, baião, xaxado etc
“O Brasil é um absurdo/ Pode ser um absurdo/ Até aí tudo bem/ Nada mal/ O
Brasil é um absurdo/ Mas ele não é surdo/ O Brasil tem um ouvido musical/
Que não é normal…” Com estes versos irônicos, o compositor baiano Caetano
Veloso faz um elogio à musicalidade da cultura brasileira.
De fato, o país é muito rico em ritmos musicais, que aqui se originaram e se
tornaram conhecidos internacionalmente. O samba ), por exemplo, juntamente
com o futebol, é uma das expressões mais conhecidas do Brasil no exterior.
Mas o samba é somente um de nossos típicos ritmos musicais, que ainda
incluem o frevo (), o maracatu ) , o baião )…
Vamos conhecer a seguir alguns desses ritmos.
Frevo
Vale transcrever a definição que Câmara Cascudo dá a essa dança de rua e de
salão: “é a grande alucinação do carnaval pernambucano. Trata-se de uma
marcha de ritmo sincopado, obsedante, violento e frenético, que é a sua
característica principal. E a multidão ondulando, nos meneios da dança, fica a
ferver. E foi dessa ideia de fervura (o povo pronuncia ‘frevura’, ‘frever’, etc.),
que se criou o nome de ‘frevo’.” A coreografia é improvisada e quase
acrobática, executada originalmente com roupas coloridas e uma sombrinha.
Não se pode deixar de mencionar que, a partir da década de 1970, o frevo
ganhou espaço também no carnaval baiano: Caetano Veloso e Gilberto Gil
compuseram.
Maracatu
Tem origem negra e religiosa. Grupos de negros acompanhavam os reis do
Congo, eleitos pelos escravos, que eram coroados nas igrejas, em que depois
faziam um batuque em homenagem à padroeira ou, em especial, a Nossa
Senhora do Rosário, padroeira dos homens negros. A tradição religiosa se
perdeu e o grupo convergiu para o carnaval, mas conservou elementos
próprios, diferentes dos de outros cordões ou blocos carnavalescos. À frente do
grupo vão rei e rainha, príncipes, embaixadores, dançarinas e indígenas. Não
há enredo. Simplesmente se desfila ao ritmo dos tambores. O ritmo surgiu em
Pernambuco, mas também se encontra em outros estados do Nordeste.
Forró
O nome forró deriva de forrobodó, “divertimento pagodeiro”, segundo o
folclorista Câmara Cascudo. O forró era em sua origem um baile animado por
vários gêneros musicais, como o baião, o xote, e o xaxado. Nesse sentido,
também era conhecido como “arrasta-pé” ou “bate-chinela”. O forró, hoje, é
praticamente um gênero musical que engloba os ritmos acima mencionados.

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Sua origem é o sertão nordestino e os instrumentos musicais utilizados são
basicamente a sanfona ou acordeão, o triângulo e a zabumba. Alguns
estudiosos atribuem a origem da palavra forró à pronúncia abrasileirada dos
bailes “for all” (para todos), que, no começo do século, os engenheiros ingleses
da estrada de ferro.
Baião, xote e xaxado
O baião, segundo o folclorista Câmara Cascudo, associa os termos “baiano” e
“rojão”, pequenos trechos musicais executados por viola, no intervalo dos
desafios entre os cantadores de improviso. Mas o gênero consagrou-se e
ganhou novas características quando o sanfoneiro pernambucano Luiz
Gonzaga ) popularizou-o através do rádio em todo o Brasil. É este o ritmo que
predomina hoje nos forrós. O xote é um ritmo mais lento, para se dançar a dois,
de origem alemã, mas que se radicou no Nordeste e mistura os passos de
valsa e de polca. Quanto ao xaxado, originalmente, era uma dança
exclusivamente masculina, executada pelos cangaceiros, sem
acompanhamento instrumenta.
Coco, lundu e maxixe
Outra dança tradicional do Nordeste e do Norte, o coco, tem origem incerta:
alguns dizem que veio da África com os escravos, e há quem defenda ser ela o
resultado do encontro entre as culturas negra e índia. Apesar de frequente no
litoral, o coco teria surgido no Quilombo dos Palmares, a partir do ritmo em que
os cocos eram quebrados para a retirada da amêndoa. A sua forma musical é
cantada, com acompanhamento de um ganzá ou pandeiro e da batida dos pés.
Também conhecido como samba, pagode ou zambê, o coco originalmente se
dá em uma roda de dançadores e tocadores, que giram e batem palmas.
Já o lundu foi o primeiro gênero afro-brasileiro de canção popular.
Originalmente era uma dança sensual praticada por negros e mulatos em rodas
de batuque, fixando-se como canção apenas no final do século 18.
Posteriormente, no século 19, com harmonização erudita, chegou aos salões
das elites cariocas. Contudo, o ritmo desapareceu no início do século 20, ou
melhor, misturou-se ao tango e à polca e deu origem ao maxixe ). Este
apareceu entre 1870 e 1880, como dança, e tornou-se gênero musical por volta
de 1902.
Apesar de o tambor e os instrumentos de percussão, em geral, serem bem
conhecidos dos portugueses, foram os africanos que introduziram no país a
maior variedade que deles existe hoje, além das danças que têm na percussão
a sua essência, caso do Tambor-de-crioulo. Este compõe-se de uma série de
cantos e dança, ao som de triângulo, cabaça e tambores.
Além do folclore Se os ritmos anteriormente mencionados, por sua origem
popular, rural e localizada em determinadas regiões, têm caráter explicitamente
folclórico, talvez não se possa dizer o mesmo de um ritmo como o chorinho ). O
Chorinho surge no Rio de Janeiro, então capital federal, e deriva de uma
interpretação da polca. Tornou-se popular, junto com as modinhas, por volta de
1870, com conjuntos que acompanhavam serenatas com violão, cavaquinho e
flauta. É cultivado até os dias de hoje, tanto que em São Paulo e no Rio de
Janeiro há casas noturnas especializadas em chorinhos ou que oferecem
alguma noite da semana especificamente a este gênero.

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O samba deriva de diversos ritmos africanos e seu nome vem da palavra
“semba”, que quer dizer “umbigada”, ou dança de roda onde os participantes se
tocam pela barriga. Ao longo do século 20, o samba evoluiu e ganhou várias
formas, como o samba-canção, o samba de breque, o samba enredo e, mais
recentemente, o pagode. Como se disse antes, o samba tornou-se um símbolo
do Brasil e sua maior expressão se dá no carnaval, em especial do Rio de
Janeiro e, mais recentemente, também em São Paulo.
A bossa nova também não pode deixar de ser mencionada entre os ritmos
brasileiros, inclusive por seu prestígio internacional. Bossa nova foi o nome
dado a um movimento musical lançado no Rio de Janeiro.
Esculte uma música regional brasileira pelo QR code ao lado.
LEITURA DE LETRAS DE MÚSICAS DE ESTILOS
VARIADOS COM ÊNFASE EM CIDADANIA

Veremos a seguir letras de música que abordam o tema da cidadania.

Coração de estudante

Milton Nascimento

Quero falar de uma coisa


Adivinha onde ela anda
Deve estar dentro do peito
Ou caminha pelo ar

Pode estar aqui do lado


Bem mais perto que pensamos
A folha da juventude
É o nome certo desse amor

Já podaram seus momentos


Desviaram seu destino
Seu sorriso de menino
Quantas vezes se escondeu

Mas renova-se a esperança

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Nova aurora a cada dia
E há que se cuidar do broto
Pra que a vida nos dê flor e fruto

Coração de estudante
Há que se cuidar da vida
Há que se cuidar do mundo
Tomar conta da amizade

Alegria e muito sonho


Espalhados no caminho
Verdes planta e sentimento
Folhas, coração, juventude e fé

Fonte: Musixmatch

Compositores: Milton Nascimento / Wagner Tiso

Letra de Coração de estudante © Nascimento Edicoes Musicais Ltda, Trem


Mineiro Edicoes Musicais

Família

Titãs

Família, família
Papai, mamãe, titia
Família, família

Almoça junto todo dia


Nunca perde essa mania
Mas quando a filha quer fugir de casa
Precisa descolar um ganha pão
Filha de família se não casa
Papai, mamãe não dão nenhum tostão

Família ê
Família ah
Família
Família ê
Família ah
Família

Família, família
Vovô, vovó, sobrinha
Família, família
Janta junto todo dia

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Nunca perde essa mania
Mas quando um nenê fica doente
Procura uma farmácia de plantão
O choro do nenê é estridente
Assim não dá pra ver televisão, oh

Família ê
Família ah
Família, yeah
Família ê
Família ah
Família, oh yeah, yeah yeah

Família, família
Cachorro, gato, galinha
Família, família
Vive junto todo dia
Nunca perde essa mania
A mãe morre de medo de barata
O pai vive com medo de ladrão
Jogaram inseticida pela casa
Botaram um cadeado no portão

Família ê
Família ah
Família, oh yeah
Família ê
Família ah
Família

Uoh uoh uh
Família ê
Família ah
Família, oh yeah
Família ê
Família ah
Família

Uoh uoh uoh uoh oh


Família ê
Família ah
Família, oh yeah
Família ê
Família ah
Família
Oh yeah

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Fonte: LyricFind

Compositores: Antonio Bellotto / Arnaldo Filho

Letra de Família © Warner Chappell Music, Inc

Brasil

Cazuza

Não me convidaram
Pra esta festa pobre
Que os homens armaram
Pra me convencer
A pagar sem ver
Toda essa droga
Que já vem malhada
Antes de eu nascer

Não me ofereceram
Nem um cigarro
Fiquei na porta
Estacionando os carros
Não me elegeram
Chefe de nada
O meu cartão de crédito
É uma navalha

Brasil
Mostra tua cara
Quero ver quem paga
Pra gente ficar assim
Brasil
Qual é o teu negócio
O nome do teu sócio
Confia em mim

Não me convidaram
Pra esta festa pobre
Que os homens armaram
Pra me convencer
A pagar sem ver
Toda essa droga
Que já vem malhada
Antes de eu nascer

Não me sortearam

7ºANO – MODULO SUPLEMENTAR 22


A garota do Fantástico
Não me subornaram
Será que é o meu fim
Ver TV a cores
Na taba de um índio
Programada
Prá só dizer sim, sim

Brasil
Mostra a tua cara
Quero ver quem paga
Pra gente ficar assim
Brasil
Qual é o teu negócio
O nome do teu sócio
Confia em mim

Grande pátria
Desimportante
Em nenhum instante
Eu vou te trair
Não, não vou te trair

Brasil
Mostra a tua cara
Quero ver quem paga
Pra gente ficar assim
Brasil
Qual é o teu negócio
O nome do teu sócio
Confia em mim

Brasil
Mostra a tua cara
Quero ver quem paga
Pra gente ficar assim
Brasil
Qual é o teu negócio
O nome do teu sócio
Confia em mim

Confia em mim
Brasil

Fonte: Musixmatch
Compositores: N. Romero / Cazuza / G. Israel

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Letra de Brasil © Agn-producoes Empreendimentos E Participacoes, Agn –
Producoes Empreendimentos E Participaco
PARODIA

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GRAMÁTICA
SUBSTANTIVO:
As flexões de grau do substantivo expressam aumento (grau aumentativo) e
diminuição (grau diminutivo).
O grau aumentativo também pode indicar exagero, depreciação ou afeto,
enquanto o grau diminutivo também pode indicar moderação, afetividade ou
desdém.
Na Língua Portuguesa, há dois modos de flexão de número dos substantivos:
singular e plural. Vejamos cada um deles:
Singular: Quando o substantivo representa apenas um ser, um objeto ou um
grupo de seres ou objetos, dizemos que ele é singular.
Plural: Quando o substantivo representa mais de um ser, objeto ou grupo de
seres e objetos, dizemos que ele é plural.
As Flexões de Gênero do Substantivo referem-se ao masculino e feminino de
seres, objetos e entidades.
Pertencem ao gênero masculino todos os substantivos em que é possível
antepor o artigo o ou um. Exemplos: o quarto, um médico.
Pertencem ao gênero feminino todos os substantivos em que é possível
antepor o artigo a ou uma. Exemplos: a sala, uma médica.
ADJETIVO
Os graus dos adjetivos são comparativo e superlativo. Eles são utilizados para
fazer comparações ou elevar as características atribuídas aos substantivos.
Exemplos:
Este filme é melhor do que o que assistimos na semana passada. (grau
comparativo)
Este filme é muito bom. (grau superlativo)
A flexão de número dos adjetivos simples, constituído de um único radical, é
idêntica à dos substantivos simples. Exemplo: servidor exemplar / servidores
exemplares.
Observação: qualquer substantivo utilizado como adjetivo fica invariável.
Exemplos: vestido laranja / vestidos laranja; terno cinza / ternos cinzas.
Já nos adjetivos compostos, constituídos de dois ou mais radicais, apenas o
último elemento é que varia. Exemplos: blusa amarelo-clara / blusas amarelo-
claras; posição sócio-político-econômica / posições sócio-político-econômicas.
Observação: O último elemento composto fica invariável se for um substantivo.
Exemplos: tecido amarelo-ouro / tecidos amarelo-ouro; sapato marrom-café /
sapatos marrom-café.
A flexão de gênero dos adjetivos simples é igual à dos substantivos simples.
Exemplo: homem bom / mulher boa.
Em contrapartida, nos adjetivos compostos varia apenas o último elemento.
Exemplos: hospital médico-cirúrgico / clínica médico-cirúrgica; sapato amarelo-
claro / sapatilha amarelo-clara; homem luso-brasileiro / mulher luso-brasileira.

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ARTIGO
Artigos são palavras que vêm antes dos substantivos e servem para especificar
ou generalizar o seu sentido.
Os artigos podem ser definidos e indefinidos.
Artigo definido
Os artigos definidos (o, a, os, as) definem ou individualizam, de forma precisa,
os substantivos, que podem ser uma pessoa, objeto ou lugar.
Artigo Definido Gênero Número
o masculino singular
a feminino singular
os masculino plural
as feminino plural
Em todos os exemplos, podemos notar a precisão de tais pessoas ou objetos
pelo emprego correto do artigo definido. Isso porque ele determina de maneira
exata o substantivo em questão: o garoto, a bicicleta, os amigos e as meninas.
Assim, fica claro que o artigo definido indica, de modo particular, o substantivo
já conhecido. Note que estes estão presentes no texto ou no pensamento do
locutor (emissor, autor) ou do interlocutor (receptor, ouvinte).
Artigo indefinido
Os artigos indefinidos (um, uma, uns, umas) determinam de maneira vaga,
indeterminada ou imprecisa, uma pessoa, objeto ou lugar ao qual não se fez
menção anterior no texto.
Artigo Indefinido Gênero Número
um masculino singular
uma feminino singular
uns masculino plural
umas feminino plural
Note que em todos os exemplos acima, não está definindo qual objeto, pessoa
ou lugar. Nos dois primeiros exemplos, não está identificado “qual o dia” ou
“qual a tarde” em que o evento ocorre.
Da mesma maneira, Joana não especifica “quais amigos” ela convidará para a
festa. Por fim, “umas camisas” corresponde a uma ideia vaga de “quais
camisas” são essas.
Cuidado para não confundir o artigo indefinido “um” com o numeral “um”, pois o
numeral é uma palavra utilizada para indicar quantidade.
Assim, os artigos podem ser classificados como definidos ou indefinidos,
variando em gênero (masculino ou feminino) e em número (singular ou plural)
de acordo com o termo que acompanham.
NUMERAIS
"Numerais são uma classe de palavras e apontam uma quantidade ou mesmo
um lugar ocupado por um ser em uma determinada sequência. Classificados

7ºANO – MODULO SUPLEMENTAR 26


como: cardinais, ordinais, fracionários ou multiplicativos podem ser flexionados
em gênero (masculino/ feminino) e número (singular/ plural).
PRONOMES
Os pronomes podem ser classificados de acordo com o tipo de relação que
estabelecem com o nome a que se referem. Há seis tipos de pronomes: os
pessoais, os possessivos, os demonstrativos, os indefinidos, os interrogativos e
os relativos.
→ Pronomes pessoais
Os pronomes pessoais substituem nomes no enunciado, indicando as pessoas
do discurso. Há três pessoas no discurso:
1ª pessoa (quem fala)
2ª pessoa (a quem se fala)
3ª pessoa (de quem se fala, quando não for nem a 1ª, nem a 2ª pessoa)
Os pronomes pessoais podem ser de caso reto, de caso oblíquo ou de
tratamento, e variam de acordo com a pessoa (1ª, 2ª ou 3ª) e de acordo com o
número (singular ou plural). No caso da 3ª pessoa, os pronomes pessoais
podem variar em gênero (masculino ou feminino).
Os pronomes pessoais do caso reto são usados como sujeito da ação do
verbo.
Os pronomes pessoais do caso oblíquo são usados como complemento da
ação do verbo.
Os pronomes de tratamento são formas de se dirigir às pessoas de acordo com
a idade, o grau ou o cargo que assumem na sociedade.
Veja os pronomes pessoais a seguir:

7ºANO – MODULO SUPLEMENTAR 27


→ Pronomes possessivos
Os pronomes possessivos estabelecem relação de posse ou de afeto entre
algo ou alguém e uma pessoa do discurso. Veja os exemplos a seguir e note a
relação de posse ou de afeto estabelecida entre o substantivo e a pessoa do
discurso:
 Minhas coisas estão na mochila.
 O seu cachorro é muito engraçado.
 O meu namorado é a pessoa mais compreensiva do mundo.
 Nossos pais são muito rigorosos.
Os pronomes possessivos variam em gênero e número de acordo com o
substantivo a que se referem. Observe:

7ºANO – MODULO SUPLEMENTAR 28


 Meu caderno está na mochila.
 Minha caneta está na mochila.
 Meus livros estão na mochila.
 Minhas coisas estão na mochila.
Além disso, variam de acordo com a pessoa do discurso a que se referem. Veja
na tabela:

→ Pronomes demonstrativos
Os pronomes demonstrativos, como o nome dá a entender, servem para
mostrar, indicar, apontar a posição de algo ou de alguém no tempo ou no
espaço, revelando a proximidade ou distância em relação à pessoa do
discurso. Veja:
 Aquele ano me marcou para sempre...
 Estas roupas? Comprei numa promoção!
 Isso não tem nada a ver com o que eu falei!
Os pronomes demonstrativos também podem variar em número (singular ou
plural) e em gênero (masculino ou feminino), além de terem uma forma neutra,
usada quando o substantivo não está especificado na oração. Observe:
 Aquele ano me marcou para sempre...
 Aquela época me marcou para sempre...
 Aqueles meses me marcaram para sempre...
 Aquelas semanas me marcaram para sempre...
 Aquilo me marcou para sempre...
Além disso, os pronomes demonstrativos também variam de acordo com a
proximidade ou distância em relação às pessoas do discurso, ou seja, se
estiver mais próximo de quem fala (1ª pessoa), de para quem se fala (2ª
pessoa) ou se estiver distante de ambos.

7ºANO – MODULO SUPLEMENTAR 29


→ Pronomes indefinidos
Os pronomes indefinidos são usados justamente em contextos vagos e
imprecisos. Assim, referem-se à 3ª pessoa do discurso. Veja:
 Não sobrou nada?
 Muita gente vai passar na prova.
 Alguns colegas estavam satisfeitos, mas outros queriam mais.
Alguns pronomes indefinidos são variáveis, flexionando de acordo com gênero
(masculino ou feminino) e número (singular ou plural). Veja um exemplo:
 Muito grupo passará na prova.
 Muita gente passará na prova.
 Muitos homens passarão na prova.
 Muitas mulheres passarão na prova.
Outros pronomes indefinidos são invariáveis, permanecendo com a mesma
forma independentemente do contexto. Veja nos exemplos a seguir:

→ Pronomes interrogativos
Os pronomes interrogativos são usados em orações interrogativas, ou seja, são
aqueles usados para expressar perguntas diretas ou indiretas.
Alguns são variáveis, enquanto outros são invariáveis.

7ºANO – MODULO SUPLEMENTAR 30


→ Pronomes relativos
Os pronomes relativos referem-se a um termo anterior no enunciado, servindo
para retomá-lo.
Alguns pronomes relativos são invariáveis, enquanto outros são variáveis. Veja:

FRASE, ORAÇÃO E PERIODO


Frase Oração Período

Enunciado que transmite uma


Frase que contém verbo ou
mensagem com sentido completo
locução verbal e que se
e que pode conter ou não conter Frase formada por uma ou
estrutura através de sujeito e
verbo ou locução verbal (dois ou mais orações.
predicado (ou apenas de
mais verbo que equivalem a um
predicado).
só).

Exemplo: A festa está


Exemplo: A festa está
Exemplo: Que festa animada! animada, mas poderia estar
animada!
mais.

Neste exemplo, a frase é


Neste exemplo, a frase
Neste exemplo, o enunciado formada por duas orações. "A
contém verbo e se estrutura
transmite uma mensagem festa está animada" é uma
através de sujeito (a festa) e
completa e não contém verbo, oração e "mas poderia estar
de predicado (está animada),
portanto, é uma frase. mais" é outra oração, portanto,
portanto, é uma oração.
é um período.

REGRAS DE ACENTUAÇÃO (PRODUÇÃO DE TEXTO/REDAÇÃO)


Novas regras de acentuação após o Acordo Ortográfico
Em 2009, quando o Acordo Ortográfico de 1990 entrou em vigor no Brasil, a
acentuação gráfica de algumas palavras foi suprimida.
Confira abaixo casos que perderam o acento de acordo com a nova ortografia.
1. Ditongos abertos -oi e -ei em palavras paroxítonas
Em palavras paroxítonas, os ditongos abertos -oi e -ei deixaram de ser
acentuados.
Exemplos:
 jóia > joia
 alcalóide > alcaloide
 andróide > androide
 asteróide > asteroide

7ºANO – MODULO SUPLEMENTAR 31


 geléia > geleia
 ideia > ideia
 assembléia > assembleia
 européia > europeia
2. Vogais -i e -u precedidas de ditongo em paroxítonas
Em palavras paroxítonas, as vogais -i e -u precedidas de ditongo deixaram de
ser acentuadas.
Exemplos:
 feiúra > feiura
 baiúca > baiuca
 bocaiúva > bocaiuva
 boiúno > boiuno
 cauíla > cauila
 maoísta > maoista
 taoísmo > taoismo
3. Vogal tônica fechada -o de -oo em paroxítonas
Nas palavras paroxítonas, a vogal tônica fechada -o de -oo deixa de ser
acentuada.
Exemplos:
 enjôo > enjoo
 vôo > voo
 zôo > zoo
 magôo > magoo
 perdôo > perdoo
4. Hiato de paroxítona cuja terminação é -em
Deixam de ser acentuadas as palavras paroxítonas cuja terminação é -em, e
que possuem -e tônico em hiato. Isso ocorre com a terceira pessoa do plural do
presente do indicativo ou do subjuntivo.
Exemplos:
 vêem > veem
 lêem > leem
 crêem > creem
 dêem > deem
 desdêem > desdeem
 revêem > reveem
 relêem > releem
5. Paroxítonas homógrafas
O acento diferencial deixou de ser usado em paroxítonas homógrafas.
As homógrafas são palavras que têm a mesma grafia, mas apresentam
significados diferentes.
Exemplos:
 (verbo parar) pára > para
 (substantivo) pêlo > pelo

7ºANO – MODULO SUPLEMENTAR 32


Antes do Acordo Ortográfico, a flexão do verbo “parar” era acentuada para que
fosse diferenciada da preposição “para”. Depois do Acordo, ambas são escritas
sem acento.
Exemplos:
 Antes do Acordo Ortográfico: Ele sempre pára nessa loja para comprar
chiclete.
 Depois do Acordo Ortográfico: Ele sempre para nessa loja para comprar
chiclete.
No caso do substantivo “pelo”, a acentuação aplicada antes do Acordo
Ortográfico estabelecia a diferença em relação à palavra “pelo”, que tem função
de preposição. Confira abaixo.
Exemplos:
 Antes do Acordo Ortográfico: Passei a mão pelo pêlo do cachorro.
 Depois do Acordo Ortográfico: Passei a mão pelo pelo do cachorro.
6. Palavras com trema
O uso do trema foi suprimido em palavras portuguesas ou aportuguesadas.
Exemplos:
 lingüiça > linguiça
 enxágüe > enxágue
 eqüino > equino
 freqüência > frequência
 lingüística > linguística
 bilíngüe > bilíngue
O trema mantém-se apenas em nomes próprios estrangeiros ou em palavras
deles derivadas.
Exemplos:
 Müller
 mülleriano
 Hübner
 hübneriano
Acentos gráficos
Os acentos gráficos são sinais que indicam, na escrita das palavras, a
pronúncia da vogal de determinada sílaba. São eles: acento agudo, acento
circunflexo, acento grave e til.
Acento agudo
O acento agudo é representado pelo sinal gráfico ´ e indica que a vogal tem
pronúncia aberta na sílaba tônica de determinada palavra.
Exemplos:
 área
 época
 relógio
Acento circunflexo
O acento circunflexo é representado pelo sinal gráfico ^ e indica que a vogal
tem pronúncia fechada ou anasalada na sílaba tônica de determinada palavra.
Exemplos:

7ºANO – MODULO SUPLEMENTAR 33


 acadêmico
 âmbito
 você
Acento grave
O acento grave é representado pelo sinal gráfico ` e indica crase da preposição
“a” com os artigos “a” ou “as”, ou crase da preposição “a” com um pronome
demonstrativo que inicie com a letra “a”.
O acento grave não assinala a sílaba tônica.
Exemplos:
 à (preposição “a” + artigo “a”)
 àquele (preposição “a” + pronome demonstrativo “aquele”)
 àquilo (preposição “a” + pronome demonstrativo “aquilo”
Til
O til é representado pelo sinal gráfico ~ e indica que a vogal de determinada
palavra tem som nasal.
O til nem sempre assinala a sílaba tônica.
Exemplos:
 bênção
 coração
 eleição
Regras de acentuação das palavras oxítonas
As oxítonas, palavras onde a última sílaba é tônica, devem ser acentuadas
graficamente em alguns casos específicos. Confira, a seguir, as regras de
acentuação de oxítonas.
1. Sílaba tônica terminada em vogal tônica -a, -e e -o
Oxítonas com sílaba tônica terminada em vogal tônica -a, -e e -o, seguidas ou
não de -s, são acentuadas.
Exemplos:
 pajé
 vocês
 crachá
 aliás
 mocotó
 após
2. Ditongo nasal -em ou -ens
Oxítonas com sílaba tônica terminada em ditongo nasal -em ou -ens são
acentuadas.
Exemplos:
 além
 também
 amém
 armazéns
 conténs
 parabéns
3. Ditongo aberto -éu, -éi ou -ói, seguido ou não de -s

7ºANO – MODULO SUPLEMENTAR 34


Oxítonas com sílaba tônica terminada em ditongo aberto -éu, -éi ou -ói, seguido
ou não de -s, são acentuadas
Exemplos:
 mausoléu
 véus
 herói
 sóis
 fiéis
 anéis
Regras de acentuação de palavras paroxítonas
O que define a acentuação de uma paroxítona, palavra onde a penúltima sílaba
é tônica, é a sua terminação. Veja abaixo as regras de acentuação de
paroxítonas.
1. Paroxítonas terminadas em -r, -l, -n, -x e -ps
As palavras paroxítonas terminadas em -r, -l, -n, -x e -ps são acentuadas.
Exemplos:
 caráter
 esfíncter
 fóssil
 réptil
 líquen
 lúmen
 tórax
 córtex
 bíceps
 fórceps
2. Paroxítonas terminadas em -ã e -ão
Paroxítonas terminadas em -ã e -ão, seguidas ou não de -s, são acentuadas.
Exemplos:
 órfã
 órfãs
 ímã
 ímãs
 órgão
 órgãos
 sótão
 sótãos
 bênção
 bênçãos
3. Paroxítonas terminadas em -um e -uns
São acentuadas todas as palavras paroxítonas terminadas em -um e -uns.
Exemplos:
 fórum
 fóruns
 quórum

7ºANO – MODULO SUPLEMENTAR 35


 quóruns
 álbum
 álbuns
4. Paroxítonas terminadas em -om e -ons
Recebem acento gráfico todas as paroxítonas que têm terminação -om ou -ons.
Exemplos:
 Iândom
 prótons
 elétrons
 nêutrons
5. Paroxítonas terminadas em -us
São acentuadas as palavras paroxítonas terminadas em -us.
Exemplos:
 ânus
 vírus
 ônus
 húmus
 bônus
 tônus
 Vênus
6. Paroxítonas terminadas em -i e -is
As palavras paroxítonas terminadas em -i seguido ou não de -s, são
graficamente acentuadas.
Exemplos:
 cáqui
 bílis
 júri
 oásis
 beribéri
 biquíni
 cútis
 grátis
 lápis
 táxi
7. Paroxítonas terminadas em -ei e -eis
Recebem acento gráfico as palavras paroxítonas cuja terminação é -ei ou -eis.
Exemplos:
 hóquei
 jóquei
 pônei
 saudáveis
 amásseis
 cantásseis
 fizésseis
Regras de acentuação de palavras proparoxítonas

7ºANO – MODULO SUPLEMENTAR 36


As regras de acentuação das proparoxítonas, palavras onde a antepenúltima
sílaba é tônica, instituem que elas sejam sempre acentuadas.
Assim, toda proparoxítona é acentuada.
Exemplos:
 líquido
 lâmpada
 ácaro
 pássaro
 trânsito
 tática
 exército
 médico
 bárbaro
 árvore
TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO; TIPOS DE SUJEITO E PREDICADOS
Os termos essenciais da oração são o sujeito e o predicado. É em torno desses
dois elementos que as orações são estruturadas.
O elemento a quem se declara algo é denominado sujeito. Na estrutura da
oração, o sujeito é o elemento que estabelece a concordância com o verbo. Por
sua vez, o predicado é tudo aquilo que se diz sobre o sujeito.
Para fixar!
Sujeito = o ser sobre o qual se declara alguma coisa.
Predicado = o que se declara sobre o sujeito.
Na oração, sujeito e predicado funcionam assim:
Exemplo 1:
As ruas são intransitáveis.
Sujeito: as ruas
Verbo: são
Predicado: são intransitáveis (este é um predicado nominal e abaixo você vai
entender o porquê!)
Exemplo 2:
Os alunos chegaram atrasados novamente.
Sujeito: os alunos
Verbo: chegaram
Predicado: chegaram atrasados novamente
Sujeito
O sujeito é o ser sobre o qual se declara alguma coisa.
Núcleo do sujeito
Núcleo do sujeito é a palavra com carga mais significativa em torno do sujeito.
Quando o sujeito é formado por mais de uma palavra, há sempre uma com
maior importância semântica.
Exemplo:
O garoto logo percebeu a festa que o esperava.
Sujeito: O garoto
Núcleo do sujeito: garoto
Predicado: logo percebeu a festa que o esperava

7ºANO – MODULO SUPLEMENTAR 37


O núcleo do sujeito pode ser expresso por substantivo, pronome substantivo,
numeral substantivo ou qualquer palavra substantivada.
Exemplo de substantivo:
A casa foi fechada para reforma.
Sujeito: A casa
Núcleo do sujeito: casa
Predicado: foi fechada para reforma.
Exemplo de pronome substantivo:
Eles não gostam de carne vermelha.
Sujeito: Eles
Núcleo do sujeito: Eles
Predicado: não gostam de carne vermelha.
Exemplo de numeral substantivo:
Três excede.
Sujeito: Três
Núcleo do sujeito: Três
Predicado: excede.
Exemplo de palavra substantivada:
Um oi foi expresso rapidamente.
Sujeito: Um oi
Núcleo do sujeito: oi
Predicado: foi expresso rapidamente.
Tipos de sujeito
O sujeito pode ser determinado (simples, composto, oculto), indeterminado ou
inexistente.
Sujeito simples
Quando possui um só núcleo. Ocorre quando o verbo se refere a um só
substantivo ou um só pronome, ou um só numeral, ou a uma só palavra
substantivada.
Exemplo:
O desenho em nanquim será sempre uma expressão admirada.
Sujeito: O desenho em nanquim
Núcleo: desenho
Predicado: será sempre uma expressão admirada.
Sujeito composto
Com mais de um núcleo. As orações com sujeito composto são compostas por
mais de um pronome, mais de um numeral, mais de uma palavra ou expressão
substantivada ou mais de uma oração substantivada.
Exemplo:
Cristina, Marina e Bianca fazem balé no Teatro Municipal.
Sujeito: Cristina, Marina e Bianca
Núcleo: Cristina, Marina, Bianca
Predicado: fazem balé no Teatro Municipal.
Sujeito oculto
Ocorre quando o sujeito não está materialmente expresso na oração, mas pode
ser identificado pela desinência verbal ou pelo período contíguo.
Também é chamado de sujeito elíptico, desinencial ou implícito.

7ºANO – MODULO SUPLEMENTAR 38


Exemplo:
Estávamos à espera do ônibus.
Sujeito oculto: nós
Desinência verbal: estávamos
Sujeito indeterminado
O sujeito indeterminado ocorre quando não se refere a um elemento
identificado de maneira clara. É observado em três casos:
quando o verbo está na 3ª pessoa do plural, sem que o contexto permita
identificar o sujeito;
quando um verbo está na 3.ª pessoa do singular acompanhado do pronome
(se);
quando o verbo está no infinitivo pessoal.
Sujeito inexistente
A oração sem sujeito ocorre quando a informação veiculada pelo predicado
está centrada em um verbo impessoal. Por isso, não há relação entre sujeito e
verbo.
Exemplo:
Choveu muito em Manaus.
Predicado: Choveu muito em Manaus
Predicado
O predicado pode ser verbal, nominal ou verbo-nominal.
Predicado verbal
O predicado verbal ocorre quando o núcleo da informação veiculada pelo
predicado está contido em um verbo significativo que pode ser transitivo ou
intransitivo. Nesse caso, a informação sobre o sujeito está contida nos verbos.
Exemplo:
O entregador chegou.
Predicado verbal: chegou.
Predicado nominal
O predicado nominal é formado por um verbo de ligação + predicativo do
sujeito.
Exemplo:
O entregador está atrasado.
Predicado nominal: está atrasado.
Predicado verbo-nominal
O predicado verbo-nominal apresenta dois núcleos: o verbo transitivo ou
intransitivo + o predicativo do sujeito ou predicativo do objeto.
Exemplo:
A menina chegou ofegante à ginástica.
Sujeito: A menina
Predicado verbo-nominal: chegou ofegante à ginástica.
FORMAS NOMINAIS DO VERBO
As Formas Nominais do verbo são três: infinitivo, gerúndio e particípio. São
chamadas de nominais pelo fato de desempenhar um papel semelhante aos
dos substantivos, dos adjetivos ou dos advérbios e, sozinhas, não serem
capazes de expressar os modos e tempos verbais.
Infinitivo - expressa a ação em si: acordar, agradecer, esperar, sorrir, unir.

7ºANO – MODULO SUPLEMENTAR 39


Gerúndio - expressa o processo da ação: acordando, agradecendo, esperando,
sorrindo, unindo.
Particípio - expressa o resultado da ação: acordado, agradecido, esperado,
sorrido, unido.
Infinitivo
O infinito pode ser pessoal e impessoal.
O infinitivo impessoal não se refere a nenhuma pessoa, de modo que
simplesmente manifesta a ação e, algumas vezes, pode ter valor de
substantivo.
Exemplos:
 Ele tem um falar horrível!
 Ajudar é a melhor forma de gratidão.
 Rir é o melhor remédio.
 O infinitivo pessoal é flexionado, varia em número e pessoa.
Exemplos:
 Ouvi eles levantarem devagarinho.
 Unirem esforços é o que têm de fazer.
 Por serem vocês, não quer dizer que aceite o convite.
Gerúndio
O gerúndio caracteriza-se pela terminação -ndo. Ele não se flexiona e pode
exercer o papel de advérbio e de adjetivo.
Exemplos:
 Estava falando pelos cotovelos quando eu cheguei.
 Acenando, disse adeus.
 Passarinhos cantando era o que eu precisava para relaxar.
Particípio
O particípio, finalmente, pode ser regular e irregular.
O particípio regular se caracteriza pela terminação -ado, -ido.
Exemplos:
 Tinha fritado batatas para o jantar.
 Tenho aceitado todos os presentes com carinho.
 A água tinha sido benzida há minutos.
 O particípio irregular pode exercer o papel de adjetivo.
Exemplos:
 Adoro batatas fritas!
 Aqui tudo é aceito com carinho.
 Bebeu água benta.
Pelo fato de apresentar mais do que uma forma, o particípio é classificado
como verbo abundante. Importa referir que nem todos os verbos apresentem
duas formas de particípio: (aberto, coberto, escrever).
PREPOSIÇÃO (Prep.)
Preposições a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, per, perante,
essenciais: por, sem, sob, sobre, trás.
Preposições afora, como, conforme, consoante, durante, exceto, mediante, menos,
acidentais: salvo, segundo, visto.

7ºANO – MODULO SUPLEMENTAR 40


Combinação de
preposições: ao (a + o), aos (a + os).

Contração de na (em + a), nas (em + as), no (em + o), nos (em + os), da (de + a), das
preposições: (de + a)s, do (de + o), dos (de + os), daquilo (de + aquilo), naquele (em +
aquele), numa (em + uma).

PRATIQUE!
1) Classifique os substantivos em destaque nas orações abaixo:
a) Esta é minha flor favorita.
b) Dom Casmurro é um romance.
c) A honestidade é essencial nas relações humanas.
d) O cardume migrava para a desova.
e) O ferreiro ensinava-lhe o ofício.

2)Assinale a alternativa que possui um


substantivo comum, simples, concreto e primitivo:
a) ( ) casebre
b) ( ) girassol
c) ( ) Helena
d) ( ) honestidade
e) ( ) menina

3) Relacione as colunas de acordo com a classificação dos substantivos


em destaque:
I. Substantivo abstrato
II. Substantivo concreto
a) ( ) Minha aliança de casamento é de ouro.
b) ( ) O crescimento econômico depende de uma nova aliança comercial.

4) (Iades) O vocábulo caravana é substantivo coletivo de:


a) ( ) ônibus.
b) ( ) atores.
c) ( ) pessoas.
d) ( ) ciganos.
e) ( ) viajantes.
5) Sobre os adjetivos, é correto afirmar:
a) Classe de palavras que se caracteriza por delimitar o substantivo,
atribuindo-lhe qualidades, estados, aparência etc.
b) Classe de palavra invariável que modifica o sentido do verbo, do
adjetivo e do advérbio.
c) Classe de palavra que vem antes do substantivo, indicando se ele é
determinado ou indeterminado.
d) Classe de palavra invariável que exprime estados emocionais.
e) Conjuntos de verbos que, em uma determinada frase, desempenham
valor de um único verbo.

7ºANO – MODULO SUPLEMENTAR 41


6) Assinale a alternativa correta em relação à classificação dos adjetivos
destacados nas frases:
I. Carolina comprou para a mãe um vestido amarelo-claro.
II. Ele estava feliz porque foi aprovado no vestibular.
III. A torcida ficou feliz pela conquista do título.
IV. O mineiro Carlos Drummond de Andrade é considerado um dos
maiores poetas brasileiros.
V. A menina bonita colocou um laço de fita no cabelo e foi para a escola.
a) biforme, pátrio, derivado, primitivo e composto.
b) primitivo, composto, biforme, pátrio e derivado.
c) composto, primitivo, primitivo, pátrio e biforme.
d) composto, derivado, primitivo, pátrio e biforme.

7) Assinale a sequência correta em relação aos tipos de adjetivos e suas


definições:
I. Adjetivos formados por apenas um radical.
II. Adjetivos formados por dois ou mais radicais.
III. Adjetivos que não são derivados de outra palavra em língua
portuguesa.
IV. Adjetivos formados a partir de outros substantivos ou verbos.
V. Adjetivos que se referem à origem ou nacionalidade do substantivo.
( ) pátrios
( ) primitivos
( ) compostos
( ) derivados
( ) simples
a) II, III, V, IV e I
b) V, IV, III, III e I
c) I, III, IV, II e V
d) V, III, II, IV e I

8) Das orações ora retratadas, explique a diferença de sentido existente


entre elas, no que se refere ao artigo que acompanha o substantivo
Eu acompanhei a garota até sua casa.
__________________________________________________________
__________________________________________________________
Encontrei uma garota por onde eu passava.
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
9) Classifique as orações de acordo com o código representado:
A – artigo definido
B – artigo indefinido
a- Uns alunos chegaram mais cedo à escola ( ).
b – O bem sempre vencerá o mal ( ).
c – Preciso de uma explicação para o fato ( ).
d – Chegaram as encomendas ( ).

7ºANO – MODULO SUPLEMENTAR 42


e – Nesta loja vendem-se uns artigos importados ( ).

10) Como sabemos, a língua escrita requer uma linguagem que esteja de
acordo com a norma padrão. Assim sendo, as frases a seguir pertencem a um
nível mais coloquial. Reescreva-as procurando adequá-las à forma correta:

a – Encontrei ela passeando no shopping.


_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
b – Deixa eu sossegada, pois preciso descansar.
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
c – Desejas ir comigo e com minha irmã?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
d - De hoje em diante está tudo terminado entre eu e você.
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
e - Entreguei o livro hoje, portanto poderás pegar ele.
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

11) Identifique as orações nos períodos abaixo.


a) Estava perdida e não sabia o que fazer.
b) Caiu e machucou-se outra vez.
c) Preciso que você vá à loja, troque o vestido, compre um cartão e entregue
na casa da Maria.
d) Ela continua doente e não aceita ir ao hospital para ser consultada.
e) Você fez um lindo e minucioso trabalho.

12) Identifique quais alternativas abaixo são frases e quais são orações.
a) Ufa!
b) É provável que ele não venha.
c) Talvez ele vá.
d) Que os anjos te protejam!
e) Tem alguém aí?

13) (UEPG)
Passe livre?
Os turistas que chegam a Boston, nos Estados Unidos, têm uma agradável
surpresa: uma viagem na Silver Line, o corredor de ônibus que liga o aeroporto
ao centro da cidade, sai de graça. Mas a tarifa zero só vale para quem
embarca no próprio aeroporto: passageiros regulares pagam US$ 2,65. A ideia
é dar uma espécie de “boas vindas” aos visitantes. A 7,5 mil quilômetros de
Boston, a cidade de Agudos, no interior de São Paulo, tem passe livre integral.
Todo mês o prefeito aplica R$ 120 mil na rede de 16 ônibus da cidade e só isso
já garante o deslocamento de toda a população.

7ºANO – MODULO SUPLEMENTAR 43


“Considero possível a tarifa zero em qualquer cidade. Mas trata-se de uma
medida que demanda reestruturação tributária nos municípios”, diz Paulo
Cesar Marques da Silva, especialista em mobilidade da Universidade de
Brasília. A aplicação de impostos progressivos, cuja alíquota aumenta conforme
a renda do contribuinte é uma possibilidade. Outra, segundo Paulo, é “a
taxação pelo uso do automóvel, seja em estacionamentos públicos, seja pela
circulação”. O pedágio urbano se tornou famoso após sua implantação em
Londres: em dez anos, reduziu em 21% a presença de carros no centro da
cidade.
“Precisamos de modelos de arrecadação. Caso contrário, a tarifa vai sempre
subir e, no fim, muita gente deixa de usar o transporte”, afirma João Cucci
Neto, professor de engenharia de tráfego da universidade Mackenzie. Além
desses subsídios, a taxação da gasolina, a contribuição da indústria e outros
empreendimentos que se beneficiem de um bom sistema de transporte são
alguns modelos possíveis.Adaptado de: Galileu, mar/2016, ed. 296, p. 30.
Sobre a acentuação gráfica das palavras agradável, automóvel e possível,
assinale o que for correto.
a) Em razão de a letra L no final das palavras transferir a tonicidade para a
última sílaba, é necessário que se marque graficamente a sílaba tônica das
paroxítonas terminadas em L, se isso não fosse feito, poderiam ser lidas como
palavras oxítonas.
b) São acentuadas porque são proparoxítonas terminadas em L.
c) São acentuadas porque são oxítonas terminadas em L.
d) São acentuadas porque terminam em ditongo fonético – eu.
e) São acentuadas porque são paroxítonas terminadas em L.

14) (IFSC-Adaptada)
Texto 1
Livro TEXTO 2
Eu me livro daquele garoto chato
Com um livro enfiado no meu nariz
Fingindo achar a história feliz.
Fonte: MARIA, Selma. Isso isso. São Paulo: Petrópolis, 2010. s/p.

Considerando a posição da sílaba tônica e as


regras de acentuação das palavras, assinale a
alternativa CORRETA:
a) As palavras “garoto”, “história”, “feliz” e “nariz”, do
Texto 1, são palavras proparoxítonas, e “livro”,
“dicionário”, “terminar” e “nunca”, do Texto 2, são
palavras oxítonas.
b) As palavras “história”, do Texto 1, e “dicionário”, do
Texto 2, foram acentuadas corretamente, mas
possuem regras de acentuação diferentes porque a
primeira é considerada paroxítona e, a segunda,
proparoxítona.
c) A palavra “história”, do Texto 1, é uma palavra
proparoxítona e está corretamente acentuada; e

7ºANO – MODULO SUPLEMENTAR 44


“você”, do Texto 2, é uma palavra oxítona e deve ser acentuada da mesma
forma que “café”, “dendê”.
d) As palavras “nariz” e “feliz”, do Texto 1, deveriam estar acentuadas assim
como as palavras “terminar”, “ler”, “grosso” e “nunca”, do Texto 2, que deveriam
receber acento circunflexo.
e) As palavras “história”, do Texto 1, e “dicionário”, do Texto 2, não deveriam
estar acentuadas porque os acentos agudos não fazem mais parte do
português brasileiro.

15) (EMM) Há predicado verbo-nominal em:


a) Ela descansava em casa.
b) Todos cumpriram o juramento
c) Ele vinha preocupado.
d) Ele está abatido
e) Ela marchava alegremente.

16) (EMM) A única oração com sujeito simples é:


a) Existem algumas dúvidas.
b) Compraram-se livros e revistas.
c) Precisa-se de ajuda.
d) Faz muito frio.
e) Há alguns problemas.

17) (Eng. Química Lorena) “Depois de ter passado o dia inteiro gastando sola”.
A forma simples do verbo destacado é:
a –( ) passado
b- ( ) tido
c – ( ) passar
d – ( ) tido passado
e – ( ) Nenhuma das alternativas

18) “As preposições são palavras _____ que _____ dois termos de uma oração
numa relação de _____.”
A alternativa que preenche corretamente a lacuna é:
a) variáveis; separam; coordenação.
b) variáveis; separam; subordinação.
c) variáveis; conectam; subordinação.
d) invariáveis; conectam; subordinação.
e) invariáveis; separam; coordenação.

19) Todas as orações abaixo apresentam uma preposição de modo, EXCETO:


a) Os estudantes estavam em fila.
b) O representante de sala foi eleito por votação.
c) Estava estudando com muita atenção.
d) Trato os clientes com educação.
e) Cortou a carne com uma faca afiada.

7ºANO – MODULO SUPLEMENTAR 45


20) As preposições podem apresentar diferentes valores semânticos, ou seja,
elas são utilizadas para indicar relações de sentido nas orações. A alternativa
abaixo que NÃO corresponde a explicação entre parênteses é:
a) A próxima paragem fica a 5 km daqui. (preposição de instrumento)
b) Escrevemos o texto em inglês. (preposição de modo)
c) Estou doente desde domingo. (preposição de tempo)
d) Ana Paula se arrumou para o encontro. (preposição de finalidade)
e) Ficaremos em casa esse final de semana. (preposição de lugar)
PRODUÇÃO TEXTUAL/REDAÇÃO
Siga as orientações para escrever uma redação sobre o tema O cerrado, um
dos biomas do Brasil. Use os textos dos capítulos 2 e 3 como texto
motivacional.
1. Não será permitido a copia do texto motivacional, use seu próprio autoral
2. Pode ser escrito individual ou em duplas ou em trios.
BOA ESCRITA!
RASCUNHO DA REDAÇÃO:
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7ºANO – MODULO SUPLEMENTAR 46


VOCÊ ESTÁ NESTE CAPITULO -> 06
COMPLEMENTO NOMINAL
Exemplos de complemento nominal

 Frituras fazem mal ao fígado. (“ao fígado” completa o sentido do


adjetivo “mal”)
 Estamos ansiosos com a sua chegada. (“com a sua chegada” completa
o sentido do adjetivo “ansiosos”)
 Alguém tem notícias dela? (“dela” completa o sentido do substantivo
“notícias”)
 Fique perto de mim. (“de mim” completa o sentido do advérbio “perto”)
 Música alta faz mal aos ouvidos. (“aos ouvidos” completa o sentido do
advérbio “mal”)
 Estavam radiantes com as suas notas. (“com as suas notas” completa
o sentido do adjetivo “radiantes”)
O complemento nominal pode ser representado por uma oração subordinada
substantiva completiva nominal:
Tenho esperança de que eles compareçam. (“de que eles compareçam”
completa o sentido do substantivo “esperança”)
Receio que ele chegue à conclusão de que eu já sabia. (“de que eu já sabia”
completa o sentido do substantivo “conclusão”)
Complemento nominal e complemento verbal
Os complementos nominais vêm sempre seguidos de preposição, tal como o
objeto indireto (este, um complemento verbal).
Assim, é importante não confundir esses dois termos. Enquanto a função do
complemento nominal é completar o sentido de um nome, a função do objeto
indireto é completar o sentido de um verbo.
Exemplos:

 As crianças têm medo do escuro. (“do escuro” é complemento nominal


do substantivo “medo”)
 Já dei o presente ao meu pai. ("o presente" e "ao meu pai" são
complementos verbais. "O presente" é objeto direto do verbo "dar" e
"ao meu pai" é objeto indireto do verbo "dar".
 Esteja atento ao telefone. (“ao telefone” é complemento nominal do
adjetivo “atento”)
 Já falo com você. (“com você” é complemento verbal, pois é o objeto
indireto do verbo “falar”)
Complemento nominal e adjunto adnominal
É importante não confundir o complemento nominal com o adjunto adnominal.
Enquanto o complemento nominal tem a função de completar um substantivo,
adjetivo ou advérbio, o adjunto adnominal caracteriza um substantivo.
Exemplos:

 Detesto a demora do ônibus. (“do ônibus” é complemento nominal, pois


completa o sentido do substantivo “demora”)
 Ainda não comprei os presentes de Natal. (“de Natal” é adjunto
adnominal, pois caracteriza, distingue, o substantivo “presentes”)

7ºANO – MODULO SUPLEMENTAR 47


PRATIQUE!
1. (FMU) Em: Tinha grande amor à humanidade / As ruas foram lavadas pela
chuva / Ele é rico em virtudes. Os termos destacados são, respectivamente:
a) complemento nominal, agente da passiva, complemento nominal
b) objeto indireto, agente da passiva, objeto indireto
c) complemento nominal, objeto indireto, complemento nominal
d) objeto indireto, complemento nominal, agente da passiva
e) complemento nominal, complemento nominal, complemento nominal

2. (UM-SP) Em "Não eram tais palavras compatíveis com a sua posição", o


termo em destaque é:
a) complemento nominal
b) objeto indireto
c) objeto direto
d) sujeito
e) agente da passiva

3. (FMU-FIAM-FAAM-SP) Identifique a alternativa em que aparece um


complemento nominal.
a) Sanches esteve frio.
b) Tive medo de perdê-lo.
c) Exprimia-se brevemente.
d) O caso era outro.
e) Manobrava, então, para voltar, à carga.
VOCÊ ESTÁ NESTE CAPITULO -> 07
ADJUNTO ADNOMINAL, NOTICIA E ADJUNTO
ADVERBIAL
NOTICIA:
A Notícia é um gênero textual jornalístico e não literário que está presente em
nosso dia a dia, sendo encontrada principalmente nos meios de comunicação.
Trata-se de um texto informativo sobre um tema atual ou algum
acontecimento real, veiculada pelos principais meios de comunicação: jornais,
revistas, meios televisivos, rádio, internet, dentre outros.
As notícias podem ser textos descritivos e narrativos ao mesmo tempo,
apresentando tempo, espaço e as personagens envolvidas.
Características da notícia
As principais características do gênero textual notícia são:
Texto de cunho informativo
Textos descritivos e/ou narrativos
Textos relativamente curtos
Veiculado nos meios de comunicação
Linguagem formal, clara e objetiva
Textos com títulos (principal e auxiliar)
Textos em terceira pessoa (impessoais)
Discurso indireto
Fatos reais, atuais e cotidianos

7ºANO – MODULO SUPLEMENTAR 48


Estrutura e exemplo de notícia
Geralmente as notícias seguem uma estrutura básica classificada em:
Título principal e título auxiliar
A notícia é formada por dois títulos.
O título principal, também chamado de Manchete, sintetiza o tema que será
abordado. O outro título, um pouco maior, auxilia o entendimento do título
principal, ou seja, é um recorte do assunto que será explorado.
Exemplo:
Olimpíadas Rio 2016 (Título principal)
Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016 (Título auxiliar)
Lide
Na linguagem jornalística, a Lide corresponde à introdução da notícia. Trata-se
do primeiro parágrafo, que responderá as perguntas: O Quê? Quem? Quando?
Onde? Como? Por quê?
Trata-se de um parágrafo em que todas as informações que estarão contidas
na notícia deverão aparecer. É uma ferramenta muito importante, visto que
desperta a atenção do leitor para a leitura da notícia.
Exemplo:
O Rio de Janeiro, sede dos jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016, vem se
preparando para receber milhões de turistas no maior evento esportivo do
planeta. Os Jogos Olímpicos ocorrerão entre os dias 05 e 21 de agosto e os
Jogos Paraolímpicos, que contempla os atletas com necessidades especiais,
acontecerão de 7 a 18 de setembro.
Corpo da notícia
No corpo da notícia, a notícia será apresentada com descrições mais
detalhadas.
Exemplo:
Segundo a página oficial do “Rio 2016”, os Jogos Olímpicos vão ocorrer
durante 17 dias (05 e 21 de agosto) em quatro regiões da Cidade Maravilhosa,
que totalizam 32 locais de competição: Copacabana, Barra, Maracanã e
Deodoro. As Modalidades Olímpicas incluem 42 esportes, onde participarão
10.500 atletas de 206 países. Duas novas modalidades foram inclusas nos
jogos Olímpicos de 2016: o Golfe e o Rugby.
Já os Jogos Paraolímpicos, destinados para atletas com necessidades
especiais, acontecerão durante 11 dias (7 a 18 de setembro) nas mesmas
regiões da cidade (Copacabana, Barra, Maracanã e Deodoro), que no total
contemplam 20 locais de competição. São 23 modalidades esportivas, onde
participarão 4.350 atletas de 178 países. A novidade é a inclusão de duas
novas modalidades: a Canoagem e o Triatlo.
Diferença entre notícia e reportagem
Ainda que a notícia e a reportagem sejam textos jornalísticos, a notícia se
difere da reportagem na medida em que é um texto informativo e impessoal,
sem teor opinativo, o que é característico das reportagens.
Além disso, as notícias não são textos assinados pelo autor, enquanto as
reportagens apresentam o nome do repórter.

7ºANO – MODULO SUPLEMENTAR 49


Vale lembrar que a notícia apresenta um tema atual, de modo inteiramente
informativo. Enquanto isso, a reportagem aprofunda-se mais sobre os temas
sociais e de interesse da sociedade, apresentando as opiniões do autor.
ADJUNTO ADNOMINAL x ADJUNTO ADVERBIAL

PRATIQUE!
1. Identifique os adjuntos adnominais das orações abaixo.
a) Os inscritos atrasados não puderam entrar.
b) As consequências serão graves.
c) Os alunos calados estiveram atentos.
d) Os funcionários da recepção continuaram calados.
e) O romance da jovem escritora foi publicado.

2. Os termos destacados na oração “O livro da direita é interessante” são


respectivamente:
a) adjunto adnominal, adjunto adnominal, predicativo do sujeito.
b) adjunto adnominal, complemento nominal e adjunto adverbial.
c) adjunto adnominal, complemento nominal e predicativo do sujeito.
d) complemento nominal, complemento nominal e adjunto adverbial.
e) complemento nominal, adjunto adnominal e predicativo do sujeito.

3. Assinale a alternativa correta:


O adjunto adverbial tem a função de:
a) modificar substantivos;
b) modificar verbos, adjetivos e advérbios;
c) modificar sujeitos e predicados;
d) modificar orações e objetos.

7ºANO – MODULO SUPLEMENTAR 50

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