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APOSTO, VOCATIVO E REPORTAGEM


O que é reportagem?
A reportagem é um gênero textual jornalístico não literário veiculado nos meios
de comunicação: jornais, revistas, televisão, internet, rádio, dentre outros.
Esse tipo de texto tem o intuito de informar, ao mesmo tempo que prevê criar
uma opinião nos leitores. Portanto, ela possui uma função social muito
importante como formadora de opinião.
Embora a reportagem possa ser expositiva, informativa, descritiva, narrativa ou
opinativa, ela não deve ser confundida com a notícia ou os artigos opinativos.
Assim, uma reportagem é expositiva e informativa, pois tem o propósito de
expor informações sobre um determinado assunto para informar o leitor.
Ela também pode ser descritiva e narrativa, uma vez que descreve ações e
incluem tempo, espaço e personagens.
Por fim, a reportagem é também um texto opinativo, uma vez que apresenta
juízos de valor sobre o que está sendo discorrido.
Vale lembrar que o repórter é a pessoa que está responsável por apresentar a
reportagem que aborda temas da sociedade em geral.
Principais características da reportagem
Textos escritos em primeira e terceira pessoa;
Presença de títulos;
Foco em temas sociais, políticos, econômicos;
Linguagem simples, clara e dinâmica;
Discurso direto e indireto;
Objetividade e subjetividade;
Linguagem formal;
Textos assinados pelo autor.
Estrutura da reportagem
Embora apresente uma estrutura similar à da notícia, a reportagem é mais
ampla e menos rígida na estrutura textual.
Ela pode incluir as opiniões e interpretações do autor, entrevistas e
depoimentos, análises de dados e pesquisa, causas e consequências, dados
estatísticos, dentre outros.
Estrutura básica da reportagem
A estrutura básica dos textos jornalísticos é dividida em três partes:
Título principal e secundário: as reportagens, tal qual as notícias, podem
apresentar dois títulos, um principal e mais abrangente (chamado de
Manchete), e outro secundário (uma espécie de subtítulo) e mais específico.
Lide: na linguagem jornalística a lide corresponde aos primeiros parágrafos dos
textos jornalísticos, os quais devem conter as informações mais importantes
que serão discorridas pelo autor. Portanto, a lide pode ser considerada uma
espécie de resumo, onde as palavras-chave serão apontadas.
Corpo do texto: desenvolvimento do texto, sem perder de vista o que foi
apresentado na Lide. Nessa parte, o repórter reúne todas as informações e as
apresenta num texto coeso e coerente.

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Exemplos de reportagem
Para compreender melhor esse gênero textual, segue abaixo dois exemplos de
reportagem: escrita e em vídeo.
1. Exemplo de reportagem escrita
Biomassa já responde por quase 10% de toda a matriz energética do Brasil
Biomassa é a matéria de origem vegetal ou animal que pode virar energia.
Entre os resíduos usados, está o bagaço de cana e os resíduos florestais.
A biomassa já responde por quase 10% da matriz energética brasileira e hoje é
uma das principais linhas de pesquisa no país. Inclusive, já tem empresa
produzindo a própria energia a partir da casca de arroz e de aveia.
A maioria dos brasileiros pode até não saber o que é biomassa, mas ela está
pertinho da gente, todo santo dia.
"Biomassa é toda matéria de origem vegetal ou animal que inclui resíduos,
inclui plantações energéticas, inclui plantações de árvores, que podem ser
também aproveitadas energeticamente e, até mesmo, resíduos sólidos
urbanos, como, por exemplo, o lixo das cidades, resíduos rurais e resíduos de
animais", explica Suani Coelho, coordenadora do Centro Nacional de
Referência em Biomassa da USP (Universidade de São Paulo).
É difícil imaginar um país com mais biomassa que o Brasil e com tanto
potencial. A biomassa responde por 9,53% da matriz energética brasileira.
Destaque para o bagaço de cana, resíduos florestais, lichivia, que é um
subproduto da indústria papeleira, biogás do lixo e de resíduos agropecuários,
casca de arroz, entre outras fontes. Mas, segundo os cientistas, o potencial de
exploração energética da biomassa do nosso país equivaleria em uma conta
conservadora a pelo menos quatro hidrelétricas de Itaipu.
Apenas a queima do bagaço de cana gera 10 mil megawatts. "Metade disso é
para consumo próprio das usinas, mais ou menos metade é usada para ser
exportada para a rede. Mas nós temos um potencial para dobrar essa
exportação para a rede, portanto podemos ter mais de uma Itaipu sendo
produzida e sendo injetada na rede", aponta Suani Coelho.
(Trecho da reportagem do Jornal da Globo - 30/10/2014, por André Trigueiro)
2. Exemplo de reportagem em vídeo
Assistir: Série especial Energias: biomassa
(Série especial Energias: biomassa, exibida em 15/01/2019 pela TV Brasil)
Diferença entre reportagem e notícia
Geralmente, as reportagens são textos mais longos, opinativos e assinados
pelos repórteres.
Por esse motivo, a reportagem é um texto que precisa de mais tempo para ser
elaborado pelo repórter. Nela, se desenvolve um debate sobre um tema, de
modo mais abrangente que a notícia.
Já as notícias são textos relativamente curtos e impessoais que possuem o
intuito de somente informar o leitor de um fato atual ocorrido.
Logo, podemos dizer que a notícia faz parte do jornalismo informativo,
enquanto as reportagens fazem parte do chamado jornalismo opinativo.
APOSTO
O aposto é uma palavra ou expressão que explica ou especifica outro termo
da oração.

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Geralmente, a pausa entre um termo e outro vem separado dos demais termos
da oração por vírgula, dois pontos ou travessão.
Exemplos de aposto:

 Maria, irmã de Bernadete, vendeu todos seus bordados.


 Gosto de tudo o que servem no restaurante: os peixes, as carnes e as
sobremesas.
 A Semana Santa de Sevilla, maior festa religiosa da Europa, é um dos
eventos mais procurados pelos turistas na época das celebrações
pascais.
 Chico Buarque — um dos maiores compositores da música
brasileira — lançou outra obra literária.
Tipos de aposto
Segundo a intenção do discurso, o aposto pode ser classificado em:

1. explicativo
2. distributivo
3. enumerativo
4. comparativo
5. resumidor ou recapitulativo
6. especificativo
7. aposto de oração
1. Aposto explicativo
O aposto explicativo oferece uma explicação sobre o termo anterior.
Exemplos:

 A geografia, estudo da terra, é uma disciplina fundamental do currículo


escolar.
 Júlia, dos Recursos Humanos, pediu para você preencher essas
fichas.
 Maria, professora de inglês, não pode dar aula hoje.
2. Aposto distributivo
O aposto distributivo retoma as explicações sobre os termos, contudo, de
maneira separada na oração.
Exemplos:

 Vitória e Luís foram os vencedores, aquela na corrida e este no


atletismo.
 Adoro João e Maria, um exemplo de calma e a outra, de agitação.
 Tenho dois grandes amigos, um é português, outro é inglês.
3. Aposto enumerativo
O aposto enumerativo enumera as explicações sobre o termo.
Exemplos:

 Na bolsa levava o que precisava: roupas, biquínis e toalhas.


 O programa de hoje é: praia, pizza e cinema.
 Na lista, havia dois pedidos: arrumar a cama e estudar para a prova.
4. Aposto comparativo
O aposto comparativo compara termos da oração.
Exemplos:

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 Aquela mãe, uma guerreira na selva, conseguiu criar os filhos sozinha.
 Do doce, manjar dos deuses, não tinha sobrado nada.
 O homem, um general, só sabia mandar.
5. Aposto resumidor ou recapitulativo
O aposto resumidor ou recapitulativo resume os termos anteriores do
enunciado.
Exemplos:

 Saúde, educação e acesso à cultura, tudo isso são prioridades para a


melhoria de um país.
 Paz e sossego, esses são os meus desejos para as férias.
 Roupas, jogos e livros, tudo pronto para as férias!
6. Aposto especificativo
O aposto especificativo especifica um termo da oração.
Exemplos:

 A aluna Joana continua a nos surpreender.


 A avenida Paulista é lindíssima.
 O escritor Monteiro Lobato foi um intelectual polêmico.
7. Aposto de oração
O aposto de oração é uma oração que tem valor de aposto e depende da outra
em termos sintáticos.
Exemplos:

 Os bolos ficaram lindos e saborosos, fruto da sua técnica e dedicação.


 As coisas correram mal, desfecho inevitável.
 O casal se dá muito bem, fato que me deixa tranquila.
VOCATIVO
O vocativo é um termo que indica o “chamamento”, “invocação”, “interpelação”
de uma pessoa (interlocutor) real ou fictícia.
Geralmente, ele é isolado por vírgulas quando a pausa for curta, ou com o
ponto de exclamação, interrogação ou reticências, quando for uma pausa
longa.
Embora esteja incluso nos termos acessórios da oração, para muitos
gramáticos ele não se classifica nessa categoria. Isso porque, para estes
estudiosos, o vocativo não estabelece relação sintática com os outros termos
como acontece com o aposto e os adjuntos adverbial e adnominal.
Formação do vocativo
O vocativo pode ser formado por:

 Substantivo, por exemplo: Laís, faça o trabalho de casa.


 Adjuntos adnominais, por exemplo: Força, meu amor, nós
conseguiremos.
 Pronome pessoal do caso reto, por exemplo: Atenção, você, diminua a
velocidade.
Exemplos de vocativos
O vocativo pode aparecer de diversas maneiras nas orações. Ele pode surgir
no final ou início da frase, acompanhar interjeições, surgir entre o nome ou o
verbo e o complemento, e ainda, após ou antes a verbo no imperativo.
Segue abaixo alguns exemplos:

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 Professora, queremos saber as notas. (início da frase)
 Não diga dessa forma, Manuela! (final da frase)
 Oh, meu amor, isso não se faz. (acompanha interjeições)
 Veja, meu querido, que lindo lugar. (após o verbo no imperativo)
 Nesse momento, Luiz Paulo, deixe a luz acesa. (antes do verbo no
imperativo)
 Tivemos azar, amiga, de ninguém nos encontrar. (nome e
complemento)
 Amanhã será, Dona Elisa, dia da festa (verbo e complemento)
Aposto x Vocativo
Enquanto o aposto explica um termo anterior dito no enunciado, o vocativo, é
um chamamento, uma invocação, ou pode caracterizar uma pessoa que chama
pela outra no enunciado.
Além disso, o vocativo corresponde a um termo que não possui relação
sintática com outro termo da oração, de forma que não faz parte nem do sujeito
e nem do predicado. Enquanto isso, o aposto mantém relação sintática com
outros termos da oração.
Exemplos:
 Moisés, venha jantar! (Vocativo)
 Moisés, o profeta religioso, é considerado o grande libertador dos judeus.
(Aposto)
PRATIQUE!
1. Aponte as principais características do gênero textual reportagem.
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2. Quais os suportes em que as reportagens aparecem geralmente?
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3. Qual a principal diferença entre os gêneros textuais: reportagem e notícia?
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4. (UNESP) "Três seres esquivos que compõem em torno à mesa a instituição
da família, célula da sociedade." O trecho destacado é:
a) complemento nominal
b) vocativo
c) agente da passiva
d) objeto direto

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e) aposto

5. (Fundação Carlos Chagas) Dê a função sintática do termo em destaque em:


"Uniu-se à melhor das noivas, a Igreja, e oxalá vocês se amem tanto.".
a) aposto
b) adjunto adnominal
c) adjunto adverbial
d) pleonasmo
e) vocativo

6. Crianças, saiam já da chuva!


Qual é a função do termo em destaque?
a) sujeito.
b) aposto.
c) adjunto adverbial.
d) adjunto adnominal.
e) vocativo.

7. Sobre o vocativo, é correto afirmar:


a) Termo utilizado para explicar, enumerar, resumir ou especificar outro termo,
como um substantivo, pronome, etc., ou outra oração, podendo aparecer antes
ou depois do termo ao qual se refere na frase.
b) Palavra invariável que exprime emoções, sensações, estados de espírito,
etc., além de também poder agir sobre o interlocutor, levando-o a adotar certo
comportamento.
c) Termo que serve para chamar ou interpelar um interlocutor e não possui
relação sintática com outro termo da oração, sendo assim, não pertence nem
ao sujeito nem ao predicado.
d) Palavra invariável que acompanha o nome, qualificando-o. Pode ser usada
no lugar de um nome ou referir-se a ele.
REDAÇÃO/PRODUÇÃO TEXTUAL
Siga as instruções para escrever uma REPORTAGEM:
1. Siga a estrutura correta da reportagem
2. Pode ser feito em dupla ou individual.
3. Tema livre
TEMA + TITULO DA REPORTAGEM:
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VOCÊ ESTÁ NESTE CAPITULO -> 08
CARTA ABERTA E MORFOSINTAXE DO SUJEITO
CARTA ABERTA
A carta aberta é um gênero textual de caráter
argumentativo que tem a função principal de se
posicionar ou solicitar alguma medida em relação a
determinado tema social.
A carta aberta é um gênero textual público com
função de se posicionar sobre um tema.
A carta aberta é um gênero textual com função de
direcionar alguma mensagem, questionamento ou
solicitação de determinado indivíduo ou grupo para
alguma pessoa ou organização de reconhecimento
público. Por meio desse texto, o autor procura defender um ponto de vista e
convencer não apenas o destinatário, como também o público que tiver acesso
à carta.
A estrutura desse gênero se assemelha às das cartas pessoais, mas possui um
caráter argumentativo, tendo em vista que sempre defende uma opinião. Desse
modo, a carta aberta se estrutura de modo estratégico, para convencer o autor
e demais leitores a respeito da sua opinião, configurando-se, assim, em um
gênero textual público.
O que é carta aberta?
A carta aberta é muito semelhante a uma carta comum, possui remetente e
destinatário, data, local e assinatura, bem como uma mensagem direta,
direcionada objetivamente do autor para o leitor. Entretanto, esse gênero é
produzido em contextos e com funções diferentes, voltando-se primordialmente
para uma função social.
O adjetivo “aberta” serve para marcar seu caráter público, pois ela é utilizada
para se posicionar, questionar ou solicitar algo a alguma pessoa ou instituição
que possua visibilidade e reconhecimento social. Assim, com esse gênero,
pode-se exercer funções cidadãs, por meio da publicização do seu
posicionamento crítico, solicitação e sugestão de medidas políticas.
Diferente da carta pessoal, a carta aberta é necessariamente pública, ou seja,
é divulgada em meios de comunicação, no intuito de compartilhar a mensagem
e posicionamento exposto no texto. Desse modo, além do destinatário
específico, a carta aberta também se dirige a um grande público, pretendendo,
com isso, participar discursivamente de questões sociais.
Além dessas características, o gênero carta aberta também é marcado pelo
seu caráter argumentativo, pois, diante da discussão de temáticas sociais e
apresentação de solicitações, é necessário fundamentar seu pedido e
fortalecer seu ponto de vista e sugestões apresentadas, baseando-se em
argumentos sólidos.
Estrutura e características da carta aberta

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A carta aberta é estruturada e dividida em seis partes essenciais:
 título;
 introdução
 desenvolvimento
 conclusão;
 despedida;
 assinatura.
Todas elas são necessárias para construir um bom texto do gênero, bem como
é necessário respeitar a ordem estabelecida, já que ela é responsável por
garantir a fluidez e organização da carta. Abaixo segue uma explicação de
cada um dos tópicos da estrutura.
Título
O título é o nome que você dará a sua carta aberta. Comumente, o título é
objetivo e pontual (por exemplo, “Carta Aberta ao Ministério da Educação”),
indicando tanto o gênero quanto o destinatário. Deve vir centralizado no topo
do texto.
Introdução
A introdução é o início da sua carta, é o momento das apresentações sobre as
ideias e temáticas que serão discutidas, do remetente da carta e, diversas
vezes, até mesmo do destinatário. A função principal da introdução é situar o
leitor a respeito do que será abordado. Nesse sentido, é importante lembrar
que, por não ser direcionada somente ao destinatário mas também ao grande
público, muitas vezes o autor pode apresentar informações direcionadas aos
diversos leitores, no intuito de contextualizá-los a respeito de detalhes que
possam não ser conhecidos por todos.
A carta aberta é utilizada principalmente para criticar, solicitar ou sugerir algo
de caráter social, desse modo, é comum que a introdução também apresente
as primeiras informações a respeito do problema detectado, de modo que, ao
final da leitura dessa parte, o leitor consiga identificar as informações principais
do texto.
Desenvolvimento
O desenvolvimento é a parte do texto em que as questões apresentadas na
introdução são aprofundadas. É o espaço no qual se pode explicar melhor os
conceitos apresentados ou a situação do problema abordado, aprofundar em
como isso interfere na vida das pessoas ou por que isso é um problema.
Além disso, nessa parte, é essencial que se apresentem e se desenvolvam os
argumentos que embasam o posicionamento crítico defendido, podendo, para
isso, lançar mão de outros textos, como dados estatísticos, gráficos,
reportagens, pesquisas, entre outros, no intuito de fortalecer seu ponto de vista.
Conclusão
Na conclusão, encerram-se os debates a respeito da questão apresentada e se
encaminha a um desfecho, no qual comumente se apresenta uma sugestão
para o problema identificado. Além disso, é possível também fazer uma
conclusão crítica, sugerindo, ao destinatário e a todos os leitores, uma reflexão
a respeito do assunto.
Despedida

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A despedida é uma pequena frase na qual o remetente agradece pela atenção
e se despede do destinatário com certo grau de formalidade. Comumente,
utiliza-se a forma “Atenciosamente,”. Essa pequena frase fica separada do
grande texto e situada na lateral esquerda da folha.
Assinatura
A assinatura é a identificação oficial do remetente e pode se referir a uma
pessoa ou a um grupo ou instituição. Assim, escreve-se o nome que identifica
quem endereça a carta, abaixo da linha de despedida e na lateral direita da
folha.
Como se faz uma carta aberta?
Para fazer uma carta aberta, é necessário, antes da produção textual:
identificar e pontuar o destinatário exato ao qual se destinará o texto;
definir a questão que será abordada e os argumentos que serão apresentados.
Além disso, é importante refletir sobre a organização desse material,
selecionando o que será apresentado e em qual ordem.
Primeiro, inicie a carta assinando data e local no canto esquerdo do início da
folha, pois toda carta necessita da marcação espaço/temporal. Em seguida, dê
um espaço para baixo e, no centro da folha, insira o seu título. Na linha
seguinte, inicie o seu grande texto pela introdução.
No grande texto, apresente as ideias principais, as perguntas provocativas e os
problemas identificados no início do texto, seguidos do aprofundamento dessas
questões, no desenvolvimento, e encerrados com uma possível proposta de
melhoria ou de reflexão, na conclusão.
Encerrando-se a fase anterior, dê um espaço para a linha abaixo e, na lateral
esquerda, insira uma pequena marca de despedida, indicando a finalização da
carta. Na próxima linha, na lateral direita, insira a sua assinatura ou a do grupo
do qual faz parte.
Exemplo de carta aberta

Carta aberta fictícia.

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MORFOSINTAXE DO SUJEITO
A Morfossintaxe é a análise feita às orações em termos morfológicos e em
termos sintáticos. Recorde-se que:
A análise morfológica analisa as palavras de uma oração individualmente, ou
seja, independentemente da sua ligação com as outras palavras.
A análise sintática, por sua vez, analisa conjuntamente a relação das palavras
de uma oração, ou seja, a função que as palavras desempenham na sua
formação.
Análise Morfológica
Analisa, individualmente, as classes de palavras, que são: substantivo, artigo,
adjetivo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição, conjunção e
interjeição.

Exemplo: Utilizamos a água sem desperdício.


Utilizamos - 1.ª pessoa do plural do verbo utilizar, conjugado no presente do
indicativo, voz ativa
a - artigo definido
água - substantivo comum
sem - preposição essencial
desperdício - substantivo abstrato
Análise Sintática
Estuda a função e a ligação dos termos da oração. Esses termos são: sujeito,
predicado, complemento verbal, complemento nominal, agente da passiva,
adjunto adnominal, adjunto adverbial e aposto.
Exemplo: Utilizamos água sem desperdício.
(Nós) - sujeito oculto
Utilizamos - verbo transitivo direto e indireto
a água - objeto direto. Água é o núcleo do objeto
sem desperdício - adjunto adverbial
Análise Morfossintática

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PRATIQUE!
1. Sobre a carta aberta, assinale V ou F nos parênteses:
( ) É um gênero diretamente ligado com o direito que cada cidadão tem de se
manifestar diante dos problemas que o afligem.
( ) Pode ser escrita com qualquer linguagem: gírias, expressões populares,
etc..
( ) Estrutura: organizada em: local, data, destinatário, texto, despedida e
assinatura.
( ) Tem a função de alertar, persuadir, protestar.
( ) na despedida pode-se usar qualquer expressão, como por exemplo,
“valeu”, “abraços” e etc..

2. Classifique as palavras destacadas morfológica e sintaticamente.


a) A felicidade está nas coisas mais simples da vida.
b) O aparelho tem três anos de garantia.
c) Quando será a festa?
REDAÇÃO/PRODUÇÃO TEXTUAL
Siga as instruções para a construção de uma CARTA ABERTA
1. Junte – se em trios ou grupos
2. Elabore uma carta aberta com o tema livre.
3. Use a estrutura correta.
TEMA + RASCUNHO:
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VOCÊ ESTÁ NESTE CAPITULO -> 09
ROMANCE, CRASE, CARTA, PONTUAÇÃO NO
PERIODO SIMPLES, USO DA VIRGULA NO
PERIODO SIMPLES E VIDEOCLIPE
ROMANCE
Romance é a forma literária pertencente ao gênero narrativo e que apresenta
uma história completa composta por narrador, enredo, temporalidade,
ambientação e personagens definidos de maneira clara.
O romance teve origem com as epopeias, textos que narravam fatos
grandiosos de um herói ou de um povo. A obra clássica da literatura Dom
Quixote, de Miguel de Cervantes, é uma epopeia e é considerada a obra
inaugural do romance moderno.
Características do romance
narrativa longa
narrativa composta por: narrador, enredo, temporalidade, ambientação e
personagens
história em torno de uma trama
linguagem de acordo com a proposta do ambiente narrado
história fictícia ou mesclando ficção e realidade
Tipos de romance
Romance histórico: o romance histórico destaca a vida e costumes em
determinada época e lugar na história. Está entre os que mais utiliza a união
entre ficção e realidade.
Romance romântico: o romance romântico é caracterizado pelo idealismo,
heroísmo, amor a alguém ou à pátria. O amor romântico é bastante explorado
e, em geral, o desfecho está no final feliz após a saga dos personagens
principais. Além disso, o romance romântico explora a idealização do homem,
herói e cavalheiro, e da mulher romântica, em geral, submissa a ele.
Romance realista: a principal característica do romance realista é a crítica
social e às instituições, sejam elas políticas, religiosas ou familiares. Tem como
marca o determinismo e a crueza dos personagens, sem maquiagem e sem
idealismo.
Romance naturalista: ainda mais incisivo que o realista, o romance naturalista
aponta os aspectos patológicos dos personagens e suas características
irracionais, por vezes grotescas. É uma proposta de revolução às convenções
sociais e explora personagens comuns à natureza humana.
Romance modernista: é um protesto, uma revolução, uma inquietação social. A
forte crítica à sociedade e suas convenções é explorada ao extremo.
CRASE
Crase (`) é a junção da preposição a com o artigo definido a. Também pode ser
a junção da preposição a com pronomes que começam com a (aquela, aquele,
aquilo).
A junção a + a resulta no a com crase, ou seja, em à, àquela, àquele, àquilo.

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Regras de quando usar crase
A crase pode ser usada nas seguintes situações:
 antes de palavras femininas;
 quando acompanham verbos que indicam destino (ir, voltar, vir);
 nas locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas;
 antes dos pronomes demonstrativos aquilo, aquela, aquele;
 antes da locução "à moda de" quando ela estiver subentendida;
 na indicação de horas exatas.
ATENÇÃO AO USO DA CRASE NA INDICAÇÃO DAS HORAS
Utiliza-se a crase antes de numeral cardinal que indicam as horas exatas:
Termino meu trabalho às cinco horas da tarde.
Saio da escola às 12h30.
Entro à uma.
Por outro lado, quando acompanhadas de preposições (para, desde, após,
perante, com), não se utiliza a crase, por exemplo:
Ficamos na reunião desde as 12h.
Chegamos após as 18h.
O congresso está marcado para as 15h.
Regras de quando NÃO usar crase
A crase não deve ser usada nas seguintes situações:
 antes de palavras masculinas;
 antes de verbos;
 antes de pronomes pessoais do caso reto (eu, tu, ele, nós, vós, eles) e do
caso oblíquo (me, mim, comigo, te, ti, contigo, se, si, o, lhe);
 antes dos pronomes demonstrativos isso, esse, este, esta, essa.
ATENÇÃO!

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CARTA

PONTUAÇÃO e VIRGULA NO PERIODO SIMPLES


Emprego da vírgula
Usada para separar:
 Apostos/vocativos
Tiradentes, o mártir da Inconfidência, morreu pela liberdade.
aposto
Deus, ó Deus, onde estás…?
vocativo
Elementos de uma enumeração
Comprei lápis, caderno, caneta…
Comprei isto: lápis, caderno, caneta.
aposto do OD

Adjunto adverbial deslocado


Ordem direta: Sujeito + Verbo + Complementos + Adjuntos adverbiais
Durante a entrevista, o senador evitou questões polêmicas.
Predicativo, nos seguintes casos:
Preocupado, o garoto procurava o pai.
O garoto, preocupado, procurava o pai.
A vírgula indica a omissão de termo:
José gosta de doces; Pedro, de salgados.
(gosta (elíptico))
Palavras/expressões que indicam repetição, exemplificação, continuidade,
conclusão tem vírgula:
Aliás – ou seja – isto é – quer dizer – por exemplo – por assim dizer …

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VIDEOCLIPE
Um videoclipe é um curta-metragem audiovisual, que integra uma música com
imagens e é produzido para fins promocionais ou artísticos.[1] Os vídeos
musicais modernos são produzidos e usados principalmente como um
dispositivo promocional destinado a fomentar a venda de gravações musicais.
Há também casos em que canções são utilizadas em campanhas promocionais
que permitem que elas se tornem mais do que apenas uma música. Embora as
origens do vídeo musical remontam a curtas-metragens musicais que surgiram
pela primeira vez na década de 1920, eles ganharam destaque novamente nos
anos 1980, quando a emissora estadunidense MTV (originalmente "Music
Television") baseou seu formato no meio. Por essa época, em Portugal usava-
se o termo "teledisco", que progressivamente deu lugar ao termo internacional
videoclip.
PRATIQUE!
1. (ESAN - Escola Superior de Administração de Negócios de São Paulo) Das
frases abaixo, apenas uma está correta, quanto à crase. Assinale-a:
a) Devemos aliar a teoria à prática.
b) Daqui à duas semanas ele estará de volta.
c) Dia à dia, a empresa foi crescendo.
d Ele parecia entregue à tristes cogitações.
e) Puseram-se à discutir em voz alta.

2. (FCC - Fundação Carlos Chagas) É preciso suprimir um ou mais sinais de


crase em:
a) À falta de coisa melhor para fazer, muita gente assiste à televisão sem
sequer atentar para o que está vendo.
b) Cabe à juventude de hoje dedicar-se à substituição dos apelos do mercado
por impulsos que, em sua verdade natural, façam jus à capacidade humana de
sonhar.
c) Os sonhos não se adquirem à vista: custa tempo para se elaborar dentro de
nós a matéria de que são feitos, às vezes à revelia de nós mesmos.
d) Compreenda-se quem aspira à estabilidade de um emprego, mas prestem-
se todas as homenagens àquele que cultiva seus sonhos.
e) Quem acha que agracia à juventude de hoje com elogios ao seu
pragmatismo não está à salvo de ser o responsável pela frustração de toda
uma geração.

3. (ESAF - Escola de Administração Fazendária) Assinale a frase em que o


acento indicativo de crase foi empregado incorretamente:
a) Ao voltar das férias, devolverei tudo à Vossa Senhoria.
b) O candidato falou às classes trabalhadoras.
c) Fiquei à espera de meus amigos.
d) Sua maneira de falar é semelhante à de Paulo.
e) Você só poderá ser atendido às 9 horas.

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VOCÊ ESTÁ NESTE CAPITULO -> 10
ARTIGO DE OPINIÃO E PERIODO COMPOSTO
ARTIGO DE OPINIÃO
O artigo de opinião é um tipo de texto dissertativo-argumentativo onde o autor
apresenta seu ponto de vista sobre determinado tema e, por isso, recebe esse
nome.
A argumentação é o principal recurso retórico utilizado nos textos de opinião,
que tem como característica informar e persuadir o leitor sobre um assunto.
Geralmente os artigos de opinião são veiculados nos meios de comunicação de
massa - televisão, rádio, jornais ou revistas - e abordam temas da atualidade.
Características do artigo de opinião

 Textos escritos em primeira e terceira pessoa;


 Uso da argumentação e persuasão;
 Geralmente são assinados pelo autor;
 Produções veiculadas nos meios de comunicação;
 Possuem uma linguagem simples, objetiva e subjetiva;
 Abordam temas da atualidade;
 Possuem títulos polêmicos e provocativos;
 Contém verbos no presente e no imperativo.
Estrutura do artigo de opinião
Geralmente os artigos de opinião seguem o padrão da estrutura dos textos
dissertativos-argumentativos:
Introdução (exposição): apresentação do tema que será discorrido durante o
artigo;
Desenvolvimento (interpretação): momento em que a opinião e a
argumentação são os principais recursos utilizados;
Conclusão (opinião): finalização do artigo com apresentação de ideias para
solucionar os problemas sobre o tema proposto.
Exemplos de artigo de opinião
Exemplo 1: trecho de artigo de opinião sobre educação
A educação no Brasil tem sido discutida cada vez mais, uma vez que ela é o
principal aspecto de desenvolvimento de uma nação.
Enquanto nosso governo investe na expansão econômica e financeira do país,
a educação regride, apresentando, assim, muitos problemas estruturais.
É principalmente nas pequenas cidades que o investimento para a educação é
mal aplicado e, muitas vezes, as verbas são desviadas.
Por esse motivo, o nosso país está longe de ser um país desenvolvido até que
o descaso com a educação persista.
Os governantes do nosso país precisam ter a consciência de que enquanto a
educação estiver à margem, problemas como violência e pobreza persistirão.
Assim, o lema da nossa bandeira será sempre uma ironia. “Ordem e progresso”
ou “Desordem e Regresso”?
Nosso grande educador Paulo Freire já dizia: “Se a educação sozinha não
transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda”.
Exemplo 2: trecho de artigo de opinião sobre drogas

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Atualmente, o problema das drogas tornou-se muito recorrente em diversas
partes do mundo. O surgimento de novas substâncias entorpecentes tem
levado ao aumento do número de dependentes químicos.
No Brasil, fica difícil mencionar o problema das drogas e não pensar na cidade
de São Paulo, onde a Cracolândia se expande cada vez mais.
O crack tem demonstrado a forte dependência que causa nos indivíduos e os
problemas estruturais que geram, dentre eles, a pobreza, o desemprego e a
proliferação de doenças.
Em relação a isso, a negligência do governo é notória. Ou seja, o foco maior
está em acabar com o problema do crack, ao invés de oferecer melhoria na
vida dos viciados.
Sendo assim, os viciados em crack continuam vivendo em péssimas condições
e infelizmente, ainda são tratados como "bandidos".
Exemplo 3: trecho de artigo de opinião sobre racismo
Embora grande parte da população brasileira seja descendente de negros, o
problema do racismo está longe de ser resolvido no país.
No período colonial, os negros foram trazidos da África para trabalharem no
país em condição de escravos. Desde então, o racismo esteve incutido na
mente de muitos brasileiros.
Embora a Lei Áurea tenha libertado os africanos do trabalho escravo em 1888,
a população negra apresenta os maiores problemas ainda hoje no país.
Destacam-se, as condições de vida, acesso ao trabalho, a moradia, dentre
outros.
Se observarmos as favelas do país ou mesmo as penitenciárias, o número de
negros é sem dúvida maior. A grande questão é: até quando o racismo
persistirá no nosso país?, pois mesmo séculos depois, ainda é possível nos
deparamos com um racismo velado no Brasil.
Como fazer um artigo de opinião
Uma dica muito importante que pode ajudar na escrita de um artigo de opinião
é estar familiarizado com sua estrutura. Para isso, leia diversos artigos desse
gênero em jornais e revistas, por exemplo.
Contudo, não basta ler, é muito importante fazer uma leitura racional e atenta.
Analise os títulos, as introduções, os desenvolvimentos (argumentos, opiniões)
do texto e as finalizações. Se necessário, faça notas sobre algumas coisas que
irão te ajudar na produção desse tipo de texto.
1. Escolha o tema
Para fazer um artigo de opinião, o tema deve estar definido. Ele é o assunto
sobre o qual o autor dissertará. Para isso, o artigo será feito para um meio de
comunicação; já existe uma pauta definida, ou é um tema livre de um trabalho
escolar?
Obs.: tema e título são duas coisas diferentes. O primeiro está relacionado com
o assunto, e o segundo é o nome que será dado ao texto.
2. Pesquisa e busca de argumentos
Não basta saber qual o tema, e não possuir argumentos sobre ele. Sendo um
texto opinativo, é importante sustentar o ponto de vista baseado em
argumentos. Por isso, a pesquisa profunda e atualizada, seja nos livros da
biblioteca, ou nos sites da internet, deve ser o próximo passo para escrever um
artigo de opinião.

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Anote tudo o que for interessante e vá, gradualmente, construindo e dando
corpo ao texto. Mas, não se esqueça: você deve formar sua opinião sobre o
assunto e não copiar a de outros, pois isso é considerado plágio!
3. Recorte do tema
Imagine que o artigo de opinião para fazer é um tema dado pela professora e
que é super abrangente: racismo no Brasil. Note que podemos falar muitas
coisas sobre o racismo no Brasil, por exemplo, a origem, a história, alguns
casos, o racismo na atualidade, etc.
Assim, é essencial fazer um “recorte” para focar somente em alguns aspectos
do tema. Isso facilita a escrita do texto, evitando se perder em tanta
informação.
4. Seleção do material
Agora que o “recorte” já foi definido, a seleção do material que será utilizado
fica mais clarificada. Não se esqueça de selecionar tudo para depois utilizar, se
necessário, a bibliografia, no final do texto. Importante ressaltar que a seleção
feita deve conter dados atualizados sobre o tema.
5. Produção de texto
De acordo com a estrutura do texto de opinião - introdução, desenvolvimento e
conclusão - é a hora de produzir o texto em linguagem formal. A coesão e a
coerência são dois mecanismos fundamentais na construção de um texto
inteligível.
A coesão está relacionada com a utilização correta das palavras na ligação
entre frases, períodos e parágrafos, os chamados conectivos. Já a coerência,
faz referência à lógica das ideias expostas no texto.
PERIODO COMPOSTO
Período Composto - apresenta duas ou mais orações.
Exemplos:
Conversamos quando eu voltar.
É sua obrigação explicar o que aconteceu.
Descansou, passeou e fez o que mais quis nas férias.
O número de orações depende do número de verbos presentes num
enunciado.
Classificação do Período Composto
Conforme a sua formação, o período composto é classificado em: período
composto por coordenação ou período composto por subordinação
O período composto por coordenação contém orações independentes entre si,
ou seja, cada uma delas têm sentido completo.
Exemplos:
Levantou e começou a trabalhar.
Assaltou a loja e correu pela porta dos fundos.
O período composto por subordinação contém orações que se relacionam
entre si.
Exemplos:
Espero terminar os enfeites até que os convidados comecem a chegar.
Fiz a receita mesmo sem saber quais ingredientes levava.
Quando há a presença de orações coordenadas e subordinadas, o período é
misto.
Exemplos:

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Levantei, embora ainda estivesse cheio de sono.
Enquanto ele falar, nós vamos escutar.
Orações Coordenadas
As orações coordenadas podem ser sindéticas ou assindéticas,
respectivamente, conforme são utilizadas ou não conjunções.
Exemplos:
Ora fala, ora não fala. (oração coordenada sindética, marcada pelo uso da
conjunção “ora...ora”).
As aulas começaram, os deveres começaram e a preguiça deu lugar à
determinação. (orações coordenadas assindéticas: “As aulas começaram, os
deveres começaram”, oração coordenada sindética: “e a preguiça deu lugar à
determinação”.)
As orações coordenadas sindéticas podem ser:
Aditivas: quando as orações expressam soma. Exemplo: Gosta de praia, mas
também gosta de campo.
Adversativas: quando as orações expressam adversidade. Exemplo: Gostava
do curso, contudo não havia vaga na sua cidade.
Alternativas: quando as orações expressam alternativa. Exemplo: Vai ele ou
vou eu.
Conclusivas: quando as orações expressam conclusão. Exemplo: Estão de
acordo, então vamos.
Explicativas: quando as orações expressam explicação. Exemplo: Fizemos o
trabalho hoje porque tivemos tempo.
PRATIQUE!
1. (FGV) Leia atentamente: “O vigilante guarda-noturno e o seu valente auxiliar,
nunca esmoreceram no cumprimento do dever.” No período acima, a vírgula
está mal colocada, pois separa:
a) o sujeito e o objeto direto
b) o sujeito e o predicado
c) a oração principal e a oração subordinada
d) o sujeito e o seu adjunto adnominal
e) o predicado e o objeto direto

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RESENHA CRITICA
A resenha crítica é gênero textual informativo, descritivo e opinativo sobre uma
determinada obra, por exemplo: livro, artigo, filme, série, documentário,
exposição de artes, peça teatral, apresentação de dança, shows.
Nela, o resenhista sintetiza as ideias e expõe suas apreciações, influenciando
seus leitores.
Assim, a função da resenha crítica é fazer uma análise interpretativa da obra
expondo considerações pessoais sobre o objeto analisado.
Esse texto é muito utilizado no mundo acadêmico, pois eles são lidos pelos
pesquisadores para conhecer melhor os aspectos positivos e negativos,

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expandir a visão sobre o tema explorado e entender a abordagem utilizado pelo
autor.
Como fazer uma boa resenha crítica: passo a passo
1. Conheça muito bem a obra
Para começar uma resenha crítica é necessário ler/assistir atentamente à obra
analisada.
Se necessário, pode-se fazer isso mais de uma vez para que nenhuma parte
passe despercebida. Assim, se ficou alguma dúvida, não hesite em ler/ver
novamente.
2. Faça anotações sobre a obra
Durante a fase inicial, é importante ir fazendo algumas anotações sobre o
tema, a estrutura da obra, o autor/autora.
Qual o nome da obra?
Quem é o autor/autora?
Qual a temática explorada pelo autor/autora e sua relevância?
Qual a opinião defendida pelo autor/autora?
Quando ela foi publicada, lançada ou apresentada?
Qual a estrutura e divisão apresentada (partes, capítulos, seções)?
A obra faz parte de outras, por exemplo, é uma trilogia?
3. Pesquise sobre o autor/autora
Para fazer uma resenha crítica é importante saber mais sobre o autor ou autora
da obra, por exemplo:
Qual o nome completo do autor/autora?
Qual o local e data de nascimento/morte do autor/autora?
O tema da obra produzida é recorrente em outras obras do mesmo
autor/autora?
4. Crie sua opinião sobre a obra
Para produzir sua opinião sobre a obra analisada, responder algumas questões
podem ajudar a definir melhor o caminho a ser seguido:
Gostou da obra?
Qual parte foi mais interessante?
Que relações ela pode ter com outras obras?
Quais as principais considerações e apreciações sobre o tema?
Sentiu que teve alguma parte que não ficou muito bem explicada?
Quais as emoções geradas depois de ler/assistir a obra?
5. Produza a resenha crítica
Analisando as informações coletadas acima, chegou a hora de produzir o texto.
Por isso, recorra a todas as anotações feitas, pois elas serão valiosas e
servirão de guia e apoio para desenvolver melhor a resenha crítica.
A estrutura da resenha crítica segue o modelo dos textos dissertativos-
argumentativos, ou seja: introdução, desenvolvimento e conclusão.
Sendo assim, confira abaixo o que será contemplado em cada parte da
resenha:
Introdução
Para começar a resenha, é necessário fazer uma exposição inicial sobre a
obra, o tema e o autor.

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Essa parte inicial é mais informativa e tem como intuito situar o leitor para que
ele saiba o que vai encontrar no texto.
Esse resumo inicial pode ser feito da seguinte maneira:
A obra: título, subtítulo (se houver) e ano de publicação.
O autor: nome, nacionalidade, data de nascimento e morte, algumas
características que o destaque.
O tema: o tema central levantado pelo autor da obra e que será apresentado na
resenha.
No caso de ser uma resenha crítica acadêmica é obrigatório citar a obra nas
normas da ABNT e isso deve estar antes da introdução.
Nas normas da ABNT, as citações das obras são feitos da seguinte maneira:
sobrenome e nome do autor, título da obra, edição, local, editora e ano da
publicação.
Exemplo: BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. 38 ed. São
Paulo: Cultrix, 1994.
Desenvolvimento
O desenvolvimento da resenha envolve a maior parte do texto, que inclui os
argumentos e as apreciações do resenhista sobre o objeto analisado.
Nesse momento, as ideias e as opiniões que surgiram na análise anterior
devem estar bem fundamentadas, explicadas e coerentes.
Isso porque as resenhas críticas pretendem influenciar os leitores e o
resenhista deve utilizar esse espaço para argumentar, indicar os pontos
positivos e negativos da obra, sempre explicando o porquê da sua constatação.
Se a resenha crítica não tiver a posição do resenhista, ela pode ser
considerada uma síntese ou um resumo.
Em alguns casos, pode-se recorrer a outras obras que apresentem temas
semelhantes para contrapor alguns argumentos do autor, comparar conceitos e
ideias, apresentando assim, outro ponto de vista.
Conclusão
O final da resenha contempla o fechamento das ideias e não é
necessariamente uma parte muito grande.
Embora no desenvolvimento a opinião do resenhista tenha sido exposta, aqui é
hora de sintetizar e opinar sobre alguns aspectos da obra:
A obra e o tema são relevantes no contexto atual?
A linguagem e a abordagem utilizada facilita o entendimento?
Quais os pontos positivos e negativos da obra?
Quais as principais contribuições da obra para o público?
Comparando a obra com outras do mesmo autor, quais as principais
conclusões?
REDAÇÃO/PRODUÇÃO TEXTUAL
Siga as instruções para elaborar um texto de opinião
1. Crie um texto de opinião com o livro de literatura do ano/unidade
2. Para ser feito individualmente.

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ECA, TEMPOS E MODOS VERBAIS E
COLOCAÇÃO PRONOMINAL
ECA
O Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei Federal nº 8.069, de 13 de julho
de 1990, que regulamenta o artigo 227 da Constituição Federal, define as
crianças e os adolescentes como sujeitos de direitos, em condição peculiar de
desenvolvimento, que demandam proteção integral e prioritária por parte da
família, sociedade e do Estado.
Como consequência da doutrina de proteção integral à criança e ao
adolescente, o ECA prevê a integração operacional dos órgãos e instituições
públicas e entidades da sociedade civil, visando à proteção, à
responsabilização por ação ou omissão de violação dos direitos, à aplicação
dos instrumentos postulados pelo sistema e à interação entre os atores desse
sistema.
Site de acesso: https://www.gov.br/mdh/pt-br/navegue-por-temas/crianca-e-adolescente/publicacoes/o-estatuto-da-crianca-e-do-

adolescente

TEMPOS E MODOS VERBAIS


A língua portuguesa é composta por três modos (indicativo, subjuntivo e
imperativo) e três tempos verbais (presente, pretérito e futuro).
Cada tempo verbal, por sua vez, é composto por formas verbais.
As formas verbais são as flexões que um verbo possui para cada pronome. Em
“eu canto”, por exemplo, “eu” é o pronome e “canto” é a forma verbal.
Confira as informações e entenda a função de cada um dos modos e verbos da
língua portuguesa.
Modo indicativo
O Modo indicativo indica ações consideradas reais; que certamente se
concretizam em algum momento do passado, do presente ou do futuro.
Tempos verbais simples do modo indicativo
Os tempos verbais simples são aqueles que apenas precisam da conjugação
do próprio verbo, ou seja, não precisam de um verbo auxiliar na sua estrutura
de formação.
Observe a diferença:
Eu cheguei cedo. (tempo verbal simples)
Eu tinha chegado cedo. (tempo verbal composto)
O modo indicativo possui 6 tempos simples.
Presente do indicativo
Por norma, o presente do indicativo tem como função indicar ação habitual,
momento presente, situação permanente, característica de um sujeito ou
verdade científica de fatos.
Exemplos:
Preciso falar com ela agora.
Vocês são muito inteligentes.
Eu estudo alemão aos sábados.
O clima do nordeste é quente.

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Observe a conjugação de verbos regulares do presente do indicativo, na 1º, 2º
e 3º conjugações.
amar (1ª conjugação) comer (2ª conjugação) partir (3ª conjugação)
eu amo eu como eu parto
tu amas tu comes tu partes
ele ama ele come ele parte
nós amamos nós comemos nós partimos
vós amais vós comeis vós partis
eles amam eles comem eles partem
Pretérito perfeito
O pretérito perfeito é utilizado para indicar uma ação que ocorreu no passado e
já foi concluída.
Exemplos:
Ela viajou para o México.
Meus vizinhos reformaram a casa deles.
O bebê tomou a mamadeira.
Os professores chegaram atrasados.
Nós conseguimos alcançar a nossa meta.
Observe a conjugação de verbos regulares do pretérito perfeito do indicativo,
na 1º, 2º e 3º conjugações.
amar (1ª conjugação) comer (2ª conjugação) partir (3ª conjugação)

eu amei eu comi eu parti

tu amaste tu comeste tu partiste

ele amou ele comeu ele partiu

nós amamos nós comemos nós partimos

vós amastes vós comestes vós partíeis

eles amaram eles comeram eles partiram

Pretérito imperfeito
O pretérito imperfeito indica uma ação passada contínua, ou seja, uma ação de duração
prolongada no tempo, que pode ter sido concluída ou não.

Exemplos:

 Ela gostava de fazer todo mundo rir.


 As crianças brincavam de queimado com os colegas da escola.
 Eu estudava de manhã e meu irmão estudava de tarde.
 O senhor acordava muito cedo para ir trabalhar.

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 Ela fazia bolos deliciosos.

Observe a conjugação de verbos regulares do pretérito imperfeito do indicativo, na 1º,


2º e 3º conjugações.

amar (1ª conjugação) comer (2ª conjugação) partir (3ª conjugação)

eu amava eu comia eu partia

tu amavas tu comias tu partias

ele amava ele comia ele partia

nós amávamos nós comíamos nós partíamos

vós amáveis vós comíeis vós partíeis

eles amavam eles comiam eles partiam

Pretérito mais-que-perfeito
O pretérito mais-que-perfeito é um tempo verbal que indica uma ação passada que
aconteceu antes de outra ação passada.

Além disso, também é usado para fazer referência a uma ação que ocorreu em um
passado distante ou a uma ação passada ocorrida em um período impreciso.

Esse tempo verbal é pouquíssimo usado no cotidiano. É mais comum observar o seu uso
na linguagem poética, em histórias de contos de fadas, etc.

Exemplos:

 Quando cheguei ao cinema, o filme já começara.


 O avião partira quando chegamos ao aeroporto.
 O fogo consumira todo o apartamento quando os bombeiros chegaram.
 Comprara um celular topo de gama.
 A princesa acordara com o beijo do príncipe

Observe a conjugação de verbos regulares do pretérito mais-que-perfeito do


indicativo, na 1º, 2º e 3º conjugações.

amar (1ª conjugação) comer (2ª conjugação) partir (3ª conjugação)

eu amara eu comera eu partira

tu amaras tu comeras tu partiras

ele amara ele comera ele partira

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amar (1ª conjugação) comer (2ª conjugação) partir (3ª conjugação)

nós amáramos nós comêramos nós partíramos

vós amáreis vós comêreis vós partíreis

eles amaram eles comeram eles partiram

Futuro do presente
O futuro do presente é o tempo verbal que expressa uma ação que acontecerá no futuro,
ou seja, em um momento futuro em relação ao da fala ocorrida no presente.

Exemplos:

 Visitarei meus primos na Páscoa.


 Ela comemorará o aniversário com a família.
 O filho dele nascerá amanhã.
 No fim de semana choverá.
 Eles receberão as gratificações no fim do mês.

Observe a conjugação de verbos regulares do futuro do presente do indicativo, na 1º,


2º e 3º conjugações.

amar (1ª conjugação) comer (2ª conjugação) partir (3ª conjugação)

eu amarei eu comerei eu partirei

tu amarás tu comerás tu partirás

ele amará ele comerá ele partirá

nós amaremos nós comeremos nós partiremos

vós amareis vós comereis vós partireis

eles amarão eles comerão eles partirão

Futuro do pretérito
Embora seja designado de “futuro”, o futuro do pretérito, na verdade, indica uma ação
que poderia ter acontecido depois de uma ação ocorrida no passado.

Ele também é usado para expressar uma ação que está condicionada à outra; que é
consequente dela.

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Além disso, pode indicar incerteza, surpresa, indignação, e é uma forma educada de
expressar desejo, pedido ou sugestão.

Exemplos:

 Ela já tinha dito que não iria ao evento.


 Se eu pudesse, viajaria pelo mundo.
 Seria ele o menino de quem ela tinha falado?
 Quem diria que logo ele faria isso conosco.
 Poderia me passar o sal, por favor?

Observe a conjugação de verbos regulares do futuro do pretérito do indicativo, na 1º,


2º e 3º conjugações.

amar (1ª conjugação) comer (2ª conjugação) partir (3ª conjugação)

eu amaria eu comeria eu partiria

tu amarias tu comerias tu partirias

ele amaria ele comeria ele partiria

nós amaríamos nós comeríamos nós partiríamos

vós amaríeis vós comeríeis vós partiríeis

eles amariam eles comeriam eles partiriam

Tempos verbais compostos do modo indicativo

Os tempos verbais compostos são formados por um verbo auxiliar e um verbo principal
flexionado no particípio passado.

Exemplo: Ela tinha estudado muito para a prova.

Observe que na frase acima, “tinha estudado” tem em sua estrutura:

 um verbo auxiliar: tinha, flexão do verbo “ter”;


 um verbo principal: estudado, flexão do particípio passado.

Independentemente da ideia de tempo que expressam (presente, passado e futuro),


apenas a conjugação do verbo auxiliar de um tempo composto varia consoante o sujeito.
O verbo principal é sempre flexionado no particípio passado. Confira:

 Eu tinha estudado.
 Nós teríamos estudado.
 Eles terão estudado.

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Veja que o verbo principal “estudado” se mantém em todas as pessoas verbais.

Pretérito perfeito composto do indicativo


O pretérito perfeito composto do modo indicativo é utilizado para expressar uma ação
passada que ocorreu mais de uma vez, ou seja, com alguma frequência, e que se estende
até o momento presente.

A estrutura de formação desse tempo verbal consiste no verbo auxiliar conjugado no


presente do indicativo + verbo principal conjugado no particípio passado.

Exemplos:

 Tenho visto seu irmão na escola.


 Eles têm reformado o restaurante aos poucos.
 Ana tem estudado inglês aos fins de semana.
 As crianças têm se comportado melhor.
 O bebê tem tido crises alérgicas.

Observe a conjugação de verbos regulares do pretérito perfeito composto do


indicativo, na 1º, 2º e 3º conjugações.

amar (1ª conjugação) comer (2ª conjugação) partir (3ª conjugação)

eu tenho amado eu tenho comido eu tenho partido

tu tens amado tu tens comido tu tens partido

ele tem amado ele tem comido ele tem partido

nós temos amado nós temos comido nós temos partido

vós tendes amado vós tendes comido vós tendes partido

eles têm amado eles têm comido eles têm partido

Pretérito mais-que-perfeito composto do indicativo


O pretérito mais-que-perfeito composto do indicativo indica uma ação do passado que
ocorreu antes de outra ação do passado.

A estrutura de formação desse tempo verbal consiste no verbo auxiliar conjugado no


pretérito imperfeito do indicativo + verbo principal conjugado no particípio passado.

Exemplos:

 Tinha visto seu irmão na escola antes de encontrar com você.


 Eles tinham reformado o restaurante aos poucos sem saber que ganhariam na
loteria.
 Ana tinha estudado inglês aos fins de semana antes de viajar para os EUA.

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 As crianças tinham se comportado melhor antes da troca de professor.
 O bebê tinha tido crises alérgicas antes de começar a medicação.

Observe a conjugação de verbos regulares do pretérito mais-que-perfeito composto


do indicativo, na 1º, 2º e 3º conjugações.

amar (1ª conjugação) comer (2ª conjugação) partir (3ª conjugação)

eu tinha amado eu tinha comido eu tinha partido

tu tinhas amado tu tinhas comido tu tinhas partido

ele tinha amado ele tinha comido ele tinha partido

nós tínhamos amado nós tínhamos comido nós tínhamos partido

vós tínheis amado vós tínheis comido vós tínheis partido

eles tinham amado eles tinham comido eles tinham partido

Futuro do presente composto do indicativo


O futuro do presente composto do indicativo é utilizado para indicar uma ação que
acontecerá em um momento futuro, mas que já terá sido concluída antes de outra ação
do futuro.

A estrutura de formação desse tempo verbal consiste no verbo auxiliar conjugado no


futuro do presente do indicativo + verbo principal conjugado no particípio passado.

Exemplos:

 Já terei visto seu irmão na escola quando encontrar com você.


 Eles terão reformado o restaurante quando os pais se aposentarem.
 Ana já terá ficado fluente em inglês quando viajar para os EUA.
 As crianças terão ficado mais comportadas quando o ano letivo terminar.
 O bebê terá ficado curado das crises alérgicas antes de terminar a medicação.

Observe a conjugação de verbos regulares do futuro do presente composto do


indicativo, na 1º, 2º e 3º conjugações.

amar (1ª conjugação) comer (2ª conjugação) partir (3ª conjugação)

eu terei amado eu terei comido eu terei partido

tu terás amado tu terás comido tu terás partido

ele terá amado ele terá comido ele terá partido

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amar (1ª conjugação) comer (2ª conjugação) partir (3ª conjugação)

nós teremos amado nós teremos comido nós teremos partido

vós tereis amado vós tereis comido vós tereis partido

eles terão amado eles terão comido eles terão partido

Futuro do pretérito composto do indicativo


O futuro do pretérito composto do indicativo é utilizado para indicar uma ação que
poderia ter acontecido depois de uma outra ação ocorrida no passado. Dessa forma, as
ações expressas pelo futuro do pretérito composto do indicativo estão sempre
condicionadas a essa tal ação passada.

A estrutura de formação desse tempo verbal consiste no verbo auxiliar conjugado no


futuro do pretérito do indicativo + verbo principal conjugado no particípio passado.

Exemplos:

 Eu teria estado presente se tivesse sido convidada.


 Se ele não tivesse sido tão ignorante, teria conquistado mais amizades.
 Vocês teriam tido um ótimo desempenho nas provas se tivessem estudado.
 Tu terias feito muito sucesso se não tivesse tido vergonha de cantar no Karaokê.
 Ela teria ficado realizada se tivesse tido um neto.

Observe a conjugação de verbos regulares do futuro do pretérito composto do


indicativo, na 1º, 2º e 3º conjugações.

amar (1ª conjugação) comer (2ª conjugação) partir (3ª conjugação)

eu teria amado eu teria comido eu teria partido

tu terias amado tu terias comido tu terias partido

ele teria amado ele teria comido ele teria partido

nós teríamos amado nós teríamos comido nós teríamos partido

vós teríeis amado vós teríeis comido vós teríeis partido

eles teriam amado eles teriam comido eles teriam partido

Modo subjuntivo

O modo subjuntivo é utilizado para indicar situações que expressam incerteza, hipótese,
desejo, condição ou suposição.

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Trata-se de um modo cujos tempos verbais geralmente são utilizados em orações
subordinadas, pois costumam precisar de uma oração principal com outro tempo verbal
para fazerem sentido.

Observe o exemplo abaixo:

A oração "Se eu ganhasse na loteria", cujo verbo (ganhasse) está flexionado em um


tempo verbal do modo subjuntivo, precisa de uma segunda oração para fazer sentido.

Sendo assim, ela está subordinada à oração principal "compraria uma casa de praia",
pois precisa dela para fazer sentido.

O modo subjuntivo é constituído por 3 tempos verbais simples e 3 tempos verbais


compostos.

Tempos verbais simples do modo subjuntivo

Assim como ocorre no modo indicativo, os tempos verbais simples do modo subjuntivo
só precisam da conjugação do próprio verbo, ou seja, não precisam de um verbo auxiliar
na sua estrutura de formação.

Veja a diferença:

 Se eu chegasse cedo, aproveitaria melhor as aulas. (tempo verbal simples)


 Se eu tivesse chegado cedo, teria aproveitado melhor as aulas. (tempo verbal
composto)

Os 3 tempos verbais simples do modo subjuntivo são:

 Presente do subjuntivo.
 Pretérito imperfeito do subjuntivo.
 Futuro do subjuntivo.

Presente do subjuntivo
O presente do subjuntivo é um tempo verbal utilizado para expressar ações no presente
ou no futuro.

Tais ações podem expressar ideia de desejo, suposição e hipótese.

A estrutura desse tempo verbal é formada por que + pronome + verbo.

Exemplos:

 Eles querem que eu seja feliz.


 Tomara que tu possas viajar conosco.

80
 Para que nós consigamos participar da palestra, precisamos reservar nossos
lugares.
 Não quero que ele finja algo que não sente.
 Querem que eles cantem no palco principal do festival.

Observe a conjugação de verbos regulares do futuro do presente do subjuntivo, na 1º,


2º e 3º conjugações.

amar (1ª conjugação) comer (2ª conjugação) partir (3ª conjugação)

que eu ame que eu coma que eu parta

que tu ames que tu comas que tu partas

que ele ame que ele coma que ele parta

que nós amemos que nós comamos que nós partamos

que vós ameis que vós comais que vós partais

que eles amem que eles comam que eles partam

Pretérito imperfeito do subjuntivo


O pretérito imperfeito do subjuntivo é um tempo verbal utilizado para expressar ideia de
vontade, desejo, imaginação, sentimentos, probabilidade e condição.

As ações expressas por esse tempo verbal podem ter ocorrido ou não; trata-se de algo
incerto, impossível de ser definido.

A estrutura desse tempo verbal é formada por se + pronome + verbo.

Exemplos:

 Se eu ganhasse na loteria, compraria uma casa.


 Ele teria tirado uma excelente nota se tivesse estudado.
 Se tu pudesses visitar qualquer lugar do mundo, para onde você iria?
 Nós participaríamos do evento se tivéssemos sido convidados.
 Se eles quisessem saber de mim, já teriam me telefonado.

Observe a conjugação de verbos regulares do pretérito imperfeito subjuntivo, na 1º,


2º e 3º conjugações.

amar (1ª conjugação) comer (2ª conjugação) partir (3ª conjugação)

se eu amasse se eu comesse se eu partisse

se tu amasses se tu comesses se tu partisses

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amar (1ª conjugação) comer (2ª conjugação) partir (3ª conjugação)

se ele amasse se ele comesse se ele partisse

se nós amássemos se nós comêssemos se nós partíssemos

se vós amásseis se vós comêsseis se vós partísseis

se eles amassem se eles comessem se eles partissem

Futuro do subjuntivo
O futuro do subjuntivo é um tempo verbal utilizado para expressar ações que
eventualmente ainda podem acontecer em um tempo futuro. A estrutura de formação
que indica essa ideia é quando + pronome + verbo.

Exemplo: Quando eu visitar os meus pais, levarei um presente para cada um.

Ele também pode ser utilizado para expressar ideias condicionais. Nesse caso, a
estrutura utilizada é se + pronome + verbo.

Exemplo: Se eu vencer o sorteio, ganharei um celular novo.

Confira mais alguns exemplos de frases com o futuro do subjuntivo:

 Quando eu terminar a faculdade, viajarei para o Canadá.


 Visitaremos os meus primos quando eles entrarem de férias
 Se ela chegar ao aeroporto atrasada, perderá o voo.
 Ficarei muito feliz se eles compuserem uma canção para mim.
 Telefonaremos para você quando nós chegarmos em casa.

Observe a conjugação de verbos regulares do futuro do subjuntivo, na 1º, 2º e 3º


conjugações.

amar (1ª conjugação) comer (2ª conjugação) partir (3ª conjugação)

quando eu amar quando eu comer quando eu partir


ou ou ou
se eu amar se eu comer se eu partir
quando tu amares quando tu comeres quando tu partires
ou ou ou
se tu amares se tu comeres se tu partires
quando ele amar quando ele comer quando ele partir
ou ou ou
se ele amar se ele comer se ele partir

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amar (1ª conjugação) comer (2ª conjugação) partir (3ª conjugação)

quando nós amarmos quando nós comermos quando nós partirmos


ou ou ou
se nós amarmos se nós comermos se nós partirmos
quando vós amardes quando vós comerdes quando vós partirdes
ou ou ou
se vós amardes se vós comerdes se vós partirdes
quando eles amarem quando eles comerem quando eles partirem
ou ou ou
se eles amarem se eles comerem se eles partirem
Tempos verbais compostos do modo subjuntivo

A formação dos tempos verbais compostos é feita com um verbo auxiliar e um verbo
principal flexionado no particípio passado.

Exemplo: A professora não acredita que eu tenha feito o trabalho sozinha.

"Tenha feito" é um verbo composto do subjuntivo, pois tem em sua estrutura um verbo
auxiliar (ter > tenha) e um verbo principal flexionado no particípio passado (fazer >
feito).

Lembre-se de que nas formas verbais compostas, apenas o verbo auxiliar é flexionado; o
verbo principal sempre é flexionado no particípio passado, independentemente da ideia
de tempo indicada (presente, passado ou futuro).

Exemplos:

 Desejo que ele tenha feito a prova com calma.


 Quando você tiver feito a prova, se sentirá mais calmo
 Se você tivesse feito a prova, se sentiria mais calmo.

O modo subjuntivo possui três tempos verbais compostos: pretérito perfeito composto,
pretérito mais-que-perfeito composto e futuro composto.

Pretérito perfeito composto do subjuntivo


O pretérito perfeito composto do subjuntivo é um tempo verbal utilizado para indicar
ações anteriores concluídas, que se referem a um tempo passado ou a um tempo futuro.

A estrutura de formação desse tempo verbal é composta pelo presente do subjuntivo do


verbo "ter" ou do verbo "haver" (menos usado) + particípio passado do verbo principal.

Exemplos:

 Espero que ele tenha chegado ao aeroporto a tempo.


 Você não pode tirar o bolo do forno sem que a massa tenha assado por
completo.
 Acredito que eles tenham ido embora.

83
 Queremos que você já tenha aprendido as preposições em inglês quando o
curso acabar.
 Ele prefere acreditar que ela tenha dito a verdade.

Observe a conjugação de verbos regulares do pretérito perfeito composto do subjuntivo,


na 1º, 2º e 3º conjugações.

amar (1ª conjugação) comer (2ª conjugação) partir (3ª conjugação)

que eu tenha amado que eu tenha comido que eu tenha partido

que tu tenhas amado que tu tenhas comido que tu tenhas partido

que ele tenha amado que ele tenha comido que ele tenha partido

que nós tenhamos amado que nós tenhamos comido que nós tenhamos partido

que vós tenhais amado que vós tenhais comido que vós tenhais partido

que eles tenham amado que eles tenham comido que eles tenham partido

Pretérito mais-que-perfeito composto do subjuntivo


O pretérito mais-que-perfeito composto do subjuntivo é um tempo verbal utilizado para
expressar ações do passado que aconteceram antes de outra ação do passado.

Ele também pode ser usado para indicar situações irreais do passado.

A estrutura de formação desse tempo verbal é composta pelo verbo "ter" flexionado no
pretérito imperfeito do subjuntivo + particípio passado do verbo principal.

Exemplos:

 Se ele tivesse avisado que estava atrasado, teríamos esperado.


 Eu não teria entrado nessa furada se tivesse prestado atenção aos sinais.
 Se nós tivéssemos ouvido nossos pais, não teríamos tomado aquela decisão.
 Se eles tivessem feito uma poupança com o dinheiro do prêmio, teriam ficado
milionários.
 Tenho certeza de que o futuro de Maria teria sido brilhante se ela tivesses
tido oportunidade de terminar os estudos.

Observe a conjugação de verbos regulares do pretérito mais-que-perfeito composto do


subjuntivo, na 1º, 2º e 3º conjugações.

amar (1ª conjugação) comer (2ª conjugação) partir (3ª conjugação)

se eu tivesse amado se eu tivesse comido se eu tivesse partido


ou ou ou

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amar (1ª conjugação) comer (2ª conjugação) partir (3ª conjugação)

que eu tivesse amado que eu tivesse comido que eu tivesse partido


se tu tivesses amado se tu tivesses comido se tu tivesses partido
ou ou ou
que tu tivesses amado que tu tivesses comido que tu tivesses partido
se ele tivesse amado se ele tivesse comido se ele tivesse partido
ou ou ou
que ele tivesse amado que ele tivesse comido que ele tivesse partido
se nós tivéssemos amado se nós tivéssemos comido se nós tivéssemos partido
ou ou ou
que nós tivéssemos amado que nós tivéssemos comido que nós tivéssemos partido
se vós tivésseis amado se vós tivésseis comido se vós tivésseis partido
ou ou ou
que vós tivésseis amado que vós tivésseis comido que vós tivésseis partido
se eles tivessem amado se eles tivessem comido se eles tivessem partido
ou ou ou
que eles tivessem amado que eles tivessem comido que eles tivessem partido
Futuro composto do subjuntivo
O futuro composto do subjuntivo é utilizado para expressar uma ação futura que terá
sido concluída antes de outra ação futura.

A estrutura de formação desse tempo verbal é composta pelo futuro simples do


subjuntivo + verbo principal no particípio passado.

Exemplos:

 Ligarei para você quando eu tiver chegado ao seu prédio.


 Quando eu tiver terminado a prova, pedirei ao meu pai para me buscar.
 Se eu tiver esquecido roupa no varal, você poderá recolher para mim?
 Teremos de voltar se eu tiver deixado os documentos em casa.
 Quando eu tiver resolvido essa situação, te convidarei para vir me visitar por
uns dias.

Observe a conjugação de verbos regulares do futuro composto do subjuntivo, na 1º, 2º e


3º conjugações.

amar (1ª conjugação) comer (2ª conjugação) partir (3ª conjugação)

quando eu tiver amado quando eu tiver comido quando eu tiver partido


ou ou ou
se eu tiver amado se eu tiver comido se eu tiver partido
quando tu tiveres amado quando tu tiveres comido quando tu tiveres partido
ou ou ou
se eu tiver tiveres amado se eu tiver tiveres comido se eu tiver tiveres partido

85
amar (1ª conjugação) comer (2ª conjugação) partir (3ª conjugação)

quando ele tiver amado quando ele tiver comido quando ele tiver partido
ou ou ou
se ele tiver amado se ele tiver comido se ele tiver partido
quando nós tivermos quando nós tivermos quando nós tivermos
amado comido partido
ou ou ou
se nós tivermos amado se nós tivermos comido se nós tivermos partido
quando vós tiverdes quando vós tiverdes quando vós tiverdes
amado comido partido
ou ou ou
se vós tiverdes amado se vós tiverdes comido se vós tiverdes partido
quando nós tivermos quando nós tivermos quando nós tivermos
amado comido partido
ou ou ou
se nós tivermos amado se nós tivermos comido se nós tivermos partido
Modo imperativo

O modo imperativo é um modo verbal utilizado para indicar ações onde o receptor da
mensagem recebe um pedido, uma ordem, uma sugestão, um conselho, um aviso, uma
orientação e outros tipos de indicação.

Os tempos verbais do modo imperativo subdividem-se em dois: imperativo afirmativo e


imperativo negativo.

Imperativo afirmativo

O imperativo afirmativo expressa uma indicação ao receptor da mensagem através de


uma afirmação.

Exemplos:

 Feche a porta, por favor.


 Fale devagar!
 Coloque um pouco mais de tempero para realçar o sabor.
 Estude para se sair bem na prova.
 Enviem as respostas de vocês o quanto antes.

Esse tempo verbal não é conjugado na primeira pessoa do singular pelo fato de
expressar a ideia de que alguém se comunica com um outro alguém.

Observe a conjugação de verbos regulares do imperativo afirmativo, na 1º, 2º e 3º


conjugações.

86
amar (1ª conjugação) comer (2ª conjugação) partir (3ª conjugação)

- - -

ama tu come tu parte tu

ame você coma você parta você

amemos nós comamos nós partamos nós

amai vós comei vós parti vós

amem vocês comam vocês partam vocês

Imperativo negativo

O imperativo negativo expressa uma indicação ao receptor da mensagem através de uma


frase negativa.

Exemplos:

 Não feche a janela, por favor.


 Não fale tão devagar!
 Não coloque mais sal na comida.
 Não deixe para amanhã o que você pode fazer hoje!
 Não esqueça de responder ao e-mail do chefe.

Assim como o imperativo afirmativo, o imperativo negativo não é flexionado na


primeira pessoa do singular (eu).

Observe a conjugação desse tempo verbal na 1º, 2º e 3º conjugações.

amar (1ª conjugação) comer (2ª conjugação) partir (3ª conjugação)

- - -

não ames tu não comas tu não partas tu

não ame você não coma você não parta você

não amemos nós não comamos nós não partamos

não ameis vós não comais vós não partais vós

não amem vocês não comam vocês não partam vocês

Formas nominais

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Embora não façam parte nem dos modos e nem dos tempos verbais, as formas nominais
são de grande importância na conjugação dos verbos.

A designação de “forma nominal” dá-se pelo fato de, por vezes, elas apresentarem
função de nome.

Elas subdividem-se em três grupos: infinitivo, gerúndio e particípio

Formas nominais simples

amar (1ª conjugação) comer (2ª conjugação) partir (3ª conjugação)

infinitivo: amar infinitivo: comer infinitivo: partir

particípio: amado particípio: comido particípio: partido

gerúndio: amando gerúndio: comendo gerúndio: partindo

Formas nominais compostas

amar (1ª conjugação) comer (2ª conjugação) partir (3ª conjugação)

infinitivo: ter amado infinitivo: ter comido infinitivo: ter partido

gerúndio: tendo amado gerúndio: tendo comido gerúndio: tendo partido

COLOCAÇÃO PRONOMINAL
A colocação pronominal indica a posição dos pronomes átonos - me, nos, te,
vos, se, o(s), a(s), lhe(s) - em relação ao verbo, do que resulta a próclise, a
mesóclise e a ênclise.
Antes de entender como cada um dos casos deve ser usado, a primeira regra
é: a colocação pronominal é feita com base em prioridades. O caso que tem
mais prioridade é a próclise, e se nenhuma das situações satisfizer o seu uso,
é utilizada a ênclise. Lembrando que a mesóclise somente é utilizada com
verbos no futuro do presente e no futuro do pretérito.
Próclise
Na próclise, o pronome é colocado antes do verbo. Isso acontece quando a
oração contém palavras que atraem o pronome:
1. Palavras que expressam negação tais como “não, ninguém, nunca”:
Não o quero aqui.
Nunca o vi assim.
2. Pronomes relativos (que, quem, quando...), indefinidos (alguém, ninguém,
tudo…) e demonstrativos (este, esse, isto…):
Foi ela que o fez.
Alguns lhes deram maus conselhos.
Isso me lembra algo.

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3. Advérbios ou locuções adverbiais:
Ontem me disseram que havia greve hoje.
Às vezes nos deixa falando sozinhos.
4. Palavras que expressam desejo e também orações exclamativas:
Oxalá me dês a boa notícia.
Deus nos dê forças.
5. Conjunções subordinativas:
Embora se sentisse melhor, saiu.
Conforme lhe disse, hoje vou sair mais cedo.
6. Palavras interrogativas no início das orações:
Quando te deram a notícia?
Quem te presenteou?
Mesóclise
Na mesóclise, o pronome é colocado no meio do verbo. Isso acontece com
verbos do futuro do presente ou do futuro do pretérito, a não ser que haja
palavras que atraiam a próclise:
Orgulhar-me-ei dos meus alunos. (verbo orgulhar no futuro do presente:
orgulharei)
Orgulhar-me-ia dos meus alunos. (verbo orgulhar no futuro do pretérito:
orgulharia)
Ênclise
Na ênclise, o pronome é colocado depois do verbo. Isso acontece quando a
oração contém palavras que atraem esse tipo de colocação pronominal:
1. Verbos no imperativo afirmativo:
Depois de terminar, chamem-nos.
Para começar, joguem-lhes a bola!
2. Verbos no infinitivo impessoal:
Gostaria de pentear-te a minha maneira.
O seu maior sonho é casar-se.
3. Verbos no início das orações:
Fiz-lhe a pessoa mais feliz do mundo.
Surpreendi-me com o café da manhã.

PRATIQUE!
1. Indique a alternativa em que há erro de colocação pronominal.
a) Ninguém viu-o sair para o trabalho.
b) Alguém o viu sair esta manhã.
c) Não o vejo desde ontem.
d) Foram eles que o viram.
e) Certamente o viram sair esta manhã

2. Complete a frase: Senhores, __________ quando __________.


a) me avisem, telefonarem-vos
b) avisem-me, telefonarem-vos
c) avisem-me, vos telefonarem
d) me avisem, vos telefonarem

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3. Relacione as colunas:
MODOS VERBAIS
a) indica uma certeza em relação a um estado ou uma ação no presente, no
passado ou no futuro.
b) indica uma incerteza em relação a existência ou não do fato, considerando-o
como incerto, duvidoso, eventual ou, mesmo, irreal.
c) indica uma exortação ao interlocutor para que este cumpra a ação expressa
pelo verbo, podendo ser um conselho ou um convite.
( ) modo subjuntivo
( ) modo imperativo
( ) modo indicativo

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JORNAL E VOZES VERBAIS

90
VOZES VERBAIS

91
PRATIQUE!
1. Indique as vozes verbais das orações abaixo:
a) Até que enfim os vistos foram obtidos!
b) Cortei-me quando fazia o jantar.
c) Diversos funcionários foram demitidos pela empresa.
d) Invadiu a casa à procura do refém.
e) Eles nos venceram…
f) O chefe não me chamou para a reunião.

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FIGURAS DE LINGUAGENS
Figuras de palavras
As figuras de palavras são usadas para tornar os textos mais bonitos ou
expressivos através da utilização das palavras e dos seus significados.
Metáfora
A metáfora representa uma comparação de palavras com significados
diferentes e cujo conectivo de comparação (como, tal qual) fica subentendido
na frase.

92
Exemplos:
A vida é uma nuvem que voa. (A vida é como uma nuvem que voa.)

Na tirinha acima, "uma caravana de rosas vagando num deserto inefável" é


uma metáfora do amor.
Comparação
Chamada de comparação explícita, ao contrário da metáfora, neste caso são
utilizados conectivos de comparação (como, assim, tal qual).
Exemplos:
Seus olhos são como jabuticabas.

Na tirinha acima, o amor é comparado a uma flor e a um motor. Neste caso foi
utilizado o conectivo "como": "o amor é como uma flor" e "o amor é como o
motor do carro".
Metonímia
A metonímia é a transposição de significados considerando parte pelo todo,
autor pela obra.
Exemplos:
Costumava ler Shakespeare. (Costumava ler as obras de Shakespeare.)

Na tirinha acima, uma parte (cabeças de gado) tem o significado do todo (boi).
Catacrese
A catacrese representa o emprego impróprio de uma palavra por não existir
outra mais específica.
Exemplo:
Embarcou há pouco no avião. (Embarcar é colocar-se a bordo de um barco,
mas como não há um termo específico para o avião, embarcar é o utilizado.)

93
Na charge acima, ocorre a catacrese, porque foi usada a expressão "bala
perdida" por não haver outra mais específica.
Sinestesia
A sinestesia acontece pela associação de sensações por órgãos de sentidos
diferentes.
Exemplos:
Com aquele olhos frios, disse que não gostava mais da namorada. (A frieza
está associada ao tato e não à visão.)

Na tirinha acima, a expressão "olhar frio" é um exemplo de sinestesia.


Perífrase
A perífrase, também chamada de antonomásia, é a substituição de uma ou
mais palavras por outra que a identifique.
Exemplos:
O rugido do rei das selvas é ouvido a uma distância de 8 quilômetros. (O rugido
do leão é ouvido a uma distância de 8 quilômetros.)

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Na charge acima, foi usada a perífrase, uma vez que "Terra da Garoa" é uma
forma de identificar a "cidade de São Paulo".
Figuras de pensamento
As figuras de pensamento são usadas para tornar os textos mais bonitos ou
expressivos através da utilização de ideias e pensamentos.
Hipérbole
A hipérbole corresponde ao exagero de uma ideia feito de maneira intencional.
Exemplos:
Quase morri de estudar.

Na tirinha acima, a expressão "morrendo de inveja" é uma hipérbole.


Eufemismo
O eufemismo é utilizado para suavizar o discurso.
Exemplos:
Entregou a alma a Deus. (Nesta frase está sendo informada a morte de
alguém.)

95
Na charge acima, "produtora de biografias orais não autorizadas" foi uma forma
delicada de dizer que a mulher é, na verdade, uma fofoqueira.
Litote
O litote representa uma forma de suavizar uma ideia. Neste sentido,
assemelha-se ao eufemismo, bem como é a oposição da hipérbole.
Exemplos:
— Não é que sejam más companhias… — disse o filho à mãe. (Pelo discurso,
percebemos que apesar de as suas companhias não serem más, também não
são boas.)

Na tirinha acima, nota-se o uso do litote por meio da expressão "acho que você
deveria aperfeiçoar essa técnica".
Ironia
A ironia é a representação do contrário daquilo que se afirma.
Exemplos:
É tão inteligente que não acerta nada.

96
Nota-se o uso da ironia na charge acima. O personagem está zangado com
alguém, a quem ele chama de "inteligente" de maneira irônica.
Personificação
A personificação ou prosopopeia é a atribuição de qualidades e sentimentos
humanos a objetos ou aos seres irracionais.
Exemplos:
O jardim olhava as crianças sem dizer nada.

A personificação é expressa na última parte do quadrinho, onde o Zé Lelé


afirma que o espelho está lhe olhando. Assim, utilizou-se uma característica
dos seres vivos (olhar) em um ser inanimado (o espelho).
Antítese
A antítese é o uso de termos que têm sentidos opostos.
Exemplos:
Toda guerra finaliza por onde devia ter começado: a paz.

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Na tirinha acima, há várias antíteses, ou seja, termos que têm sentidos
opostos: positivo, negativo; mal, bem; paz e guerra.
Paradoxo
O paradoxo representa o uso de ideias que têm sentidos opostos, não apenas
de termos (tal como no caso da antítese).
Exemplos:
Estou cego de amor e vejo o quanto isso é bom. (Como é possível alguém
estar cego e ver?)

Na tirinha acima, as ideias com sentidos opostos (certeza e relativa) é um


exemplo de paradoxo.
Gradação
A gradação é a apresentação de ideias que progridem de forma crescente
(clímax) ou decrescente (anticlímax).
Exemplos:
Inicialmente calma, depois apenas controlada, até o ponto de total nervosismo.
(Neste exemplo, acompanhamos a progressão da tranquilidade até o
nervosismo.)

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Na tirinha acima, o personagem foi explicando de forma crescente como foi
trazida pela cegonha (decolou; fizemos uma escala; trocaram uma pena;
finalmente ela me deixou aqui).
Apóstrofe
A apóstrofe é a interpelação feita com ênfase.
Exemplos:
Ó céus, é preciso chover mais?

Na tirinha acima, notamos a ênfase no segundo quadrinho: "Ai meu Deus!!! Ele
vai me matar! O que faço!? É o fim!"
Figuras de sintaxe
As figuras de sintaxe são usadas para tornar os textos mais bonitos ou
expressivos através da construção gramatical das frases e orações.
Elipse
A elipse é a omissão de uma palavra que se identifica de forma fácil.
Exemplos:
Tomara você me entenda. (Tomara que você me entenda.)

Na segunda imagem do quadrinho, notamos o uso da elipse: "depois (ele


começou) a comer sanduíches entre as refeições...".
Zeugma

99
A zeugma é a omissão de uma palavra pelo fato de ela já ter sido usada antes.
Exemplos:
Fiz a introdução, ele a conclusão. (Fiz a introdução, ele fez a conclusão.)

A zeugma é utilizada na segunda e terceira parte dos quadrinhos: "(você é) um


descongestionante nasal para o meu nariz"; (você é) um antiácido para meu
estômago!".
Hipérbato
O hipérbato é a alteração da ordem direta da oração.
Exemplos:
São como uns anjos os seus alunos. (Os seus alunos são como uns anjos.)

A charge acima é um exemplo de hipérbato, porque se tivesse sido escrito na


ordem direta, o nosso hino começaria assim: "As margens plácidas do Ipiranga
ouviram o brado retumbante de um povo heroico".
Polissíndeto
O polissíndeto é o uso repetido de conectivos (e, ou, nem).
Exemplos:
As crianças falavam e cantavam e riam felizes.

100
A charge acima é um exemplo de polissíndeto, porque o conectivo "se for" esta
sendo repetido muitas vezes ("se for eleitor", "se for deputado", "se for
assessor).
Assíndeto
O assíndeto representa a omissão de conectivos, sendo o contrário do
polissíndeto.
Exemplos:
Não sopra o vento; não gemem as vagas; não murmuram os rios.

Anacoluto
O anacoluto é a mudança repentina na estrutura da frase.
Exemplos:
Eu, parece que estou ficando zonzo. (A estrutura normal da frase é: Parece
que eu estou ficando zonzo.)
Magali, comer é o que ela mais gosta de fazer. (A estrutura normal da frase é:
O que a Magali mais gosta de fazer é comer.)

101
Pleonasmo
Pleonasmo é a repetição da palavra ou da ideia contida nela para intensificar o
significado.
Exemplos:
A mim me parece que isso está errado. (Parece-me que isto está errado.)

Na tirinha acima, o "saia para fora" é um pleonasmo, uma vez que o verbo
"sair" já significa "para fora".
Silepse
A silepse é a concordância com a ideia que se pretende transmitir, e não com o
que está implícito. Ela é classificada em: silepse de gênero, de número e de
pessoa.
Exemplos:
Vivemos na bonita e agitada São Paulo. (silepse de gênero: Vivemos na
bonita e agitada cidade de São Paulo.)
A maioria dos clientes ficaram insatisfeitas com o produto. (silepse de
número: A maioria dos clientes ficou insatisfeita com o produto.)
Todos terminamos os exercícios. (silepse de pessoa: neste caso
concordância com nós, em vez de eles: Todos terminaram os exercícios.)

102
Na tirinha acima, há silepse de pessoa em "mais da metade da população
mundial somos crianças" e "as crianças, vamos ter o mundo nas mãos".
Anáfora
A anáfora é a repetição de uma ou mais palavras de forma regular.
Exemplos:
Se você sair, se você ficar, se você quiser esperar. Se você “qualquer coisa”,
eu estarei aqui sempre para você.

A charge acima é um exemplo de anáfora, porque há várias repetições do


termo "falta".
Figuras de som
As figuras de som são usadas para tornar os textos mais bonitos ou
expressivos através da sonoridade das palavras.
Aliteração
A aliteração é a repetição de sons consonantais.
Exemplos:
"Chove chuva.
Chove sem parar". (Jorge Ben Jor)

103
Na tirinha acima, ocorre aliteração, porque a letra "r" é repetida muitas vezes
em "O rato roeu a roupa do rei de Roma."
Paronomásia
Paronomásia é a repetição de palavras cujos sons são parecidos.
Exemplos:
O cavaleiro, muito cavalheiro, conquistou a donzela. (cavaleiro = homem que
anda a cavalo, cavalheiro = homem gentil)

A charge acima contém paronomásia, porque foram usados termos que


possuem sons parecidos: "grama" e "grana".
Assonância
A assonância é a repetição de sons vocálicos.
Exemplos:
"O que o vago e incógnito desejo
de ser eu mesmo de meu ser me deu." (Fernando Pessoa)

Na tirinha acima, o uso da assonância é expresso pela repetição das vogais "a"
em: "massa", "salga", "amassa".
Onomatopeia

104
Onomatopeia é a inserção de palavras no discurso que imitam sons.
Exemplos:
Não aguento o tic-tac desse relógio.

No primeiro e último quadrinho temos o uso da onomatopeia com "Bum, Bum,


Bum" e "Buááá...; Buááá...". O primeiro expressa o som do tambor, e o
segundo, o choro do Cebolinha.

PRATIQUE!
1. (UNITAU) No sintagma: “Uma palavra branca e fria”, encontramos a figura
denominada:
a) sinestesia
b) eufemismo
c) onomatopeia
d) antonomásia
e) catacrese

2. (Universidade Anhembi Morumbi)

"A novidade veio dar à praia


na qualidade rara de sereia
metade um busto de uma deusa maia
metade um grande rabo de baleia
a novidade era o máximo
do paradoxo estendido na areia
alguns a desejar seus beijos de deusa
outros a desejar seu rabo pra ceia
oh, mundo tão desigual
tudo tão desigual
de um lado este carnaval
do outro a fome total
e a novidade que seria um sonho
milagre risonho da sereia
virava um pesadelo tão medonho
ali naquela praia, ali na areia
a novidade era a guerra
entre o feliz poeta e o esfomeado
estraçalhando uma sereia bonita
despedaçando o sonho pra cada lado”
(Gilberto Gil – A Novidade)

105
Gilberto Gil em seu poema usa um procedimento de construção textual que
consiste em agrupar ideias de sentidos contrários ou contraditórios numa
mesma unidade de significação.
A figura de linguagem acima caracterizada é:
a) metonímia
b) paradoxo
c) hipérbole
d) sinestesia
e) sinédoque

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POEMAS E TEXTO TEATRAL
POEMA

TEXTO TEATRAL

106
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PREFIXOS E SUFIXOS

PRATIQUE!
1. Indique quais das seguintes palavras da lista são formadas por derivação
prefixal, derivação sufixal e derivação parassintética.
a) lealdade d) sobre-humano g) livraria
b) folhagem e) entardecer h) sobrenome
c) entristecer f) desfazer i) contra-ataque

2. A palavra anoitecer é formado pelo seguinte processo de formação de


palavras:
a) derivação prefixal
b) derivação sufixal
c) derivação parassintética
d) derivação regressiva
e) derivação imprópria

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