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Avaliação Diagnóstica de Língua portuguesa– 3º Bimestre Valor: 3,0

Professor(a): Maressa Prado Mota Série/Ano: 3ª EM


Aluno(a): Data: _____/____/_____

Orientações:
 Leia os textos e enunciados com muita atenção.
 Nas questões discursivas use suas palavras e pontos de vistas quando necessário.
 Letra legível e muita atenção com a ortografia, pois entrará nos critérios avaliativos.
Boa avaliação!

Introdução: Nesse 3º bimestre, módulo 5, estudamos os conceitos e funções da: intertextualidade,


interdiscursividade e semiótica. Conceitue com suas palavras:
Questão 01

Intertextualidade:
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Questão 02

Interdiscursividade:
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Questão 03

Semiótica:
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Questão 04
Intertextualidade:
Leia o texto e observe a imagem:
Texto I
Álcool, crescimento e pobreza

O lavrador de Ribeirão Preto recebe em média R$ 2,50 por tonelada de cana cortada. Nos anos 80,
esse trabalhador cortava cinco toneladas de cana por dia. A mecanização da colheita o obrigou a ser mais
produtivo. O corta-cana derruba agora oito toneladas por dia. O trabalhador deve cortar a cana rente ao chão,
encurvado. Usa roupas mal-ajambradas, quentes, que lhe cobrem o corpo, para que não seja lanhado pelas
folhas da planta. O excesso de trabalho causa a birola: tontura, desmaio, cãibra, convulsão. A fim de
aguentar dores e cansaço, esse trabalhador toma drogas e soluções de glicose, quando não farinha mesmo.
Tem aumentado o número de mortes por exaustão nos canaviais. O setor da cana produz hoje uns 3,5% do
PIB. Exporta US$ 8 bilhões. Gera toda a energia elétrica que consome e ainda vende excedentes. A indústria
de São Paulo contrata cientistas e engenheiros para desenvolver máquinas e equipamentos mais eficientes
para as usinas de álcool. As pesquisas, privada e pública, na área agrícola (cana, laranja, eucalipto etc.)
desenvolvem a bioquímica e a genética no país.
Folha de S. Paulo, 11/3/2007 (com adaptações).

Texto II

ÁLCOOL: O MUNDO DE OLHO EM NOSSA TECNOLOGIA

— Ah, fico meio encabulado em ter de comer com a mão diante de tanta gente!

ANGELI Folha de S. Paulo, 25/3/2007.

Responda com suas palavras. Ao ler o texto 1 e observar o texto 2 explique qual a relação de
intertextualidade entre os dois textos.
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Questão 05

A DANÇA E A ALMA

A DANÇA? Não é movimento,


súbito gesto musical.
É concentração, num momento,
da humana graça natural.
No solo não, no éter pairamos,
nele amaríamos ficar.
A dança – não vento nos ramos:
seiva, força, perene estar.
Um estar entre céu e chão,
novo domínio conquistado,

onde busque nossa paixão


libertar-se por todo lado…
Onde a alma possa descrever
suas mais divinas parábolas
sem fugir à forma do ser,
por sobre o mistério das fábulas.
(Carlos Drummond de Andrade. Obra completa. Rio de Janeiro: Aguilar, 1964. p. 366.)

A definição de dança, em linguagem de dicionário, que mais se aproxima do que está expresso no poema é:

a) a mais antiga das artes, servindo como elemento de comunicação e afirmação do homem em todos os
momentos de sua existência.
b) a forma de expressão corporal que ultrapassa os limites físicos, possibilitando ao homem a liberação de
seu espírito.
c) a manifestação do ser humano, formada por uma sequência de gestos, passos e movimentos
desconcertados.
d) o conjunto organizado de movimentos do corpo, com ritmo determinado por instrumentos musicais,
ruídos, cantos, emoções etc.
e) o movimento diretamente ligado ao psiquismo do indivíduo e, por consequência, ao seu
desenvolvimento intelectual e à sua cultura.

Questão 06

Sobre a intertextualidade estão corretas, exceto:

a) A intertextualidade, tema estudado pela Linguística Textual, é um elemento recorrente na escrita de


textos. Mesmo quando não temos a intenção de utilizá-la, realizamos inconscientemente, resgatando
modelos e parâmetros estabelecidos nos chamados textos fontes.
b) São dois os tipos de intertextualidade: implícita e explícita. Na intertextualidade implícita, não há
citação expressa do texto fonte, fazendo com que o leitor busque na memória os sentidos do texto; já na
intertextualidade explícita, ocorre a citação da fonte do intertexto.
c) A intertextualidade não interfere na construção de sentidos do texto. Trata-se apenas de um recurso
estilístico utilizado para deixá-lo mais interessante.
d) Podemos dizer que a intertextualidade é a influência de um texto sobre outro. Todo texto, em maior ou
menor grau, é um intertexto, pois durante o processo de escrita acontecem relações dialógicas entre os
textos que escrevemos e os textos que acessamos ao longo da vida.

Questão 07

Cultivar um estilo de vida saudável é extremamente importante para diminuir o risco de infarto, mas também
de problemas como morte súbita e derrame. Significa que manter uma alimentação saudável e praticar
atividade física regularmente já reduz, por si só, as chances de desenvolver vários problemas. Além disso, é
importante para o controle da pressão arterial, dos níveis de colesterol e de glicose no sangue. Também ajuda
a diminuir o estresse e aumentar a capacidade física, fatores que, somados, reduzem as chances de infarto.
Exercitar—se, nesses casos, com acompanhamento médico e moderação, é altamente recomendável.

ATALIA, M. Nossa vida. Época. 23 mar. 2009.

As ideias veiculadas nos textos e organizam estabelecendo relações que atuam na construção do sentido. A
esse respeito, identifica-se, no fragmento, que:

a) a expressão “Além disso” marca uma sequenciação de ideias.


b) o conectivo “mas também” inicia oração que exprime ideia de contraste.
c) o termo “como”, em “como morte súbita e derrame”, introduz uma generalização.
d) o termo “Também” exprime uma justificativa.
e) o termo “fatores" retoma coesivamente “níveis de colesterol e de glicose no sangue”.

Questão 08
Gripado, penso entre espirros em como a palavra gripe nos chegou após uma série de contágios entre
línguas. Partiu da Itália em 1743 a epidemia de gripe que disseminou pela Europa, além do vírus
propriamente dito, dois vocábulos virais: o italiano influenza e o francês grippe. O primeiro era um termo
derivado do latim medieval influentia, que significava “influência dos astros sobre os homens”. O segundo
era apenas a forma nominal do verbo gripper, isto é, “agarrar”. Supõe-se que fizesse referência ao modo
violento como o vírus se apossa do organismo infectado.
RODRIGUES, S. Sobre palavras.Veja, São Paulo, 30 nov. 2011.

Para se entender o trecho como uma unidade de sentido, é preciso que o leitor reconheça a ligação entre
seus elementos. Nesse texto, a coesão é construída predominantemente pela retomada de um termo por
outro e pelo uso da elipse. O fragmento do texto em que há coesão por elipse do sujeito é:

a) “[...] a palavra gripe nos chegou após uma série de contágios entre línguas.”
b) “Partiu da Itália em 1743 a epidemia de gripe [...]”.
c) “O primeiro era um termo derivado do latim medieval influentia, que significava ‘influência dos astros
sobre os homens’.”
d) “O segundo era apenas a forma nominal do verbo gripper [...]”.
e) “Supõe-se que fizesse referência ao modo violento como o vírus se apossa do organismo infectado.”

Questão 09

Morro da Babilônia
À noite, do morro
descem vozes que criam o terror
(terror urbano, cinquenta por cento de cinema,
e o resto que veio de Luanda ou se perdeu na língua Geral).
Quando houve revolução, os soldados
espalharam no morro,
o quartel pegou fogo, eles não voltaram.
Alguns, chumbados, morreram.
O morro ficou mais encantado.
Mas as vozes do morro
não são propriamente lúgubres.
Há mesmo um cavaquinho bem afinado
que domina os ruídos da pedra e da folhagem
e desce até nós, modesto e recreativo,
como uma gentileza do morro.

(ANDRADE, Carlos Drummond de. Sentimento do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2012, p.19.)

No poema “Morro da Babilônia”, de Carlos Drummond de Andrade:

a) a menção à cidade do Rio de Janeiro é feita de modo indireto, metonimicamente, pela referência ao
Morro da Babilônia.
b) o sentimento do mundo é representado pela percepção particular sobre a cidade do Rio de Janeiro,
aludida pela metáfora do Morro da Babilônia.
c) o tratamento dado ao Morro da Babilônia assemelha-se ao que é dado a uma pessoa, o que caracteriza a
figura de estilo denominada paronomásia.
d) a referência ao Morro da Babilônia produz, no percurso figurativo do poema, um oxímoro: a relação
entre terror e gentileza no espaço urbano.

Questão 10

Há qualquer coisa de especial nisso de botar a cara na janela em crônica de jornal — eu não
fazia isso há muitos anos, enquanto me escondia em poesia e ficção. Crônica algumas vezes também é feita,
intencionalmente, para provocar. Além do mais, em certos dias mesmo o escritor mais escolado não está lá
grande coisa. Tem os que mostram sua cara escrevendo para reclamar: moderna demais, antiquada
demais. Alguns discorrem sobre o assunto, e é gostoso compartilhar ideias. Há os textos que parecem passar
despercebidos, outros rendem um montão de recados: “Você escreveu exatamente o que eu sinto”, “Isso é
exatamente o que falo com meus pacientes”, “É isso que digo para meus pais”, “Comentei com minha
namorada”. Os estímulos são valiosos pra quem nesses tempos andava meio assim: é como me botarem no
colo — também eu preciso. Na verdade, nunca fui tão posta no colo por leitores como na janela do jornal.
De modo que está sendo ótima, essa brincadeira séria, com alguns textos que iam acabar neste livro, outros
espalhados por aí. Porque eu levo a sério ser sério… mesmo quando parece que estou brincando: essa é uma
das maravilhas de escrever. Como escrevi há muitos anos e continua sendo a minha verdade: palavras são
meu jeito mais secreto de calar.

LUFT, L. Pensar é transgredir. Rio de Janeiro: Record, 2004.

Os textos fazem uso constante de recursos que permitem a articulação entre suas partes. Quanto à
construção do fragmento, o elemento:

a) “nisso” introduz o fragmento “botar a cara na janela em crônica de jornal”.


b) “assim” é uma paráfrase de “é como me botarem no colo”.
c) “isso” remete a “escondia em poesia e ficção”.
d) “alguns” antecipa a informação “É isso que digo para meus pais”.
e) “essa” recupera a informação anterior “janela do jornal”.

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