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O conceito de texto
Será que uma única palavra pode ser um texto? Observe os exemplos abaixo:
Exemplo (1)
ATENÇÃO
Atenção!
Exemplo (2)
(Disponível em http://goo.gl/ZX8FDS)
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Exemplo (3)
(Disponível em http://goo.gl/FGEHck)
Observe que, nos exemplos (2) e (3), temos um contexto comunicativo, em que a
palavra “Atenção” está transmitindo uma ideia. Por isso, temos dois textos
diferentes. No entanto, a palavra “Atenção”, apresentada isoladamente, como no
exemplo (1), não caracteriza um texto. Podemos até dizer que se trata de uma
palavra da Língua Portuguesa, o que ela significa, mas, nesse caso, não temos um
contexto de produção. Portanto, não temos um texto.
Será que não podemos ter um texto sem o uso de palavras? Podemos sim. A
imagem a seguir ilustra bem a transmissão de uma mensagem sem o uso de palavras.
Temos, portanto, um texto não verbal.
(Disponível em http://goo.gl/CEQpCt)
Desse modo, podemos nos comunicar por meio de textos verbais e também de
textos não verbais. Sempre que fazemos uso de palavras, sejam elas faladas ou
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escritas, estamos produzindo um texto verbal. Por outro lado, quando comunicamos
uma ideia sem o uso de palavras, teremos um texto não verbal.
O texto escrito
Em nosso curso, teremos como foco o texto verbal escrito. Vimos que um texto
verbal faz uso de palavras como sinais de comunicação, mas será que apenas ao
utilizá-las já teremos um texto? Veja o exemplo abaixo:
A coesão textual
Há alguns recursos que podem ser utilizados por nós para tornar o nosso texto
coeso. Podemos usar determinados elementos para:
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1) retomar elementos já mencionados no texto ou que ainda serão
mencionados.
2) estabelecer relações de sentido entre as partes do texto, encadeando-as.
A coesão referencial
“É, até a ciência entrou em cena e deixou um incentivo extra para você ir às
ruas: participar de protestos faz bem à saúde (...). Sim, cientificamente comprovado
pelo psicólogo John Drury, da Universidade de Sussex, no Reino Unido. Ele coletou 160
histórias depois de fazer longas entrevistas com 40 ativistas. Todos relembravam os
acontecimentos com felicidade e euforia. “Só de contar os eventos, eles já sorriam”,
diz Drury. Além disso, segundo o psicólogo, a participação em protestos está associada
com vários indicadores de bem-estar: fortalecimento do sistema imunológico, redução
de dores, ansiedade e depressão.” (“Protestar faz bem à saúde” – Carol Castro,
28/06/13. Disponível em http://super.abril.com.br/blogs/cienciamaluca/)
Veja exemplos:
I- Repetições: Comprou o carro, mas o carro estava com problemas.
II- Sinônimos: A menina estava feliz. A garota amou a boneca.
III- Hiperônimos: Comprei um cachorro. O animal alegrou a família.
IV- Hipônimos: Paulo comprou flores e deu as rosas para a sua amada.
V- Nomes genéricos: Comprei velas, caixas de fósforo e lanternas. Essas coisas
são importantes.
VI- Expressões nominais definidas: Pelé foi à Espanha, onde o Rei do Futebol foi
recebido com muito carinho.
VII- Nominalizações: Morrer faz parte da vida e a morte deve ser encarada com
naturalidade.
Veja exemplos:
I- Pronomes
José e Paulo foram ao estádio, mas eles não conseguiram assistir ao jogo.
Patrícia e Pietra são irmãs. Esta é calma. Aquela é agitada.
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Comprei um novo apartamento. Vou pagá-lo com o dinheiro da aposentadoria.
II- Artigos
Pedi uma pizza. A pizza estava uma delícia.
III- Numerais
Quando viajei, comprei um computador e um telefone. Os dois custaram caro.
V- Advérbios pronominais.
A casa da minha tia é linda. Lá, há uma piscina enorme.
A coesão sequencial
A- Fomos ao casamento.
B- Não compramos um presente para os noivos.
Nesse caso, temos duas sentenças que podem ser articuladas sintaticamente. Se
quisermos atribuir um valor de oposição, precisamos de um elemento que promova
esse tipo de articulação. Nesse caso, podemos usar os seguintes “articuladores”: mas,
porém, contudo, entretanto, todavia, no entanto.
Vimos, nos exemplos (1), (2) e (3), a importância dos articuladores. Além de
promoverem a integração das duas sentenças, atribuem o valor de oposição entre as
ideias contidas nessas estruturas. Além desse valor de oposição, podemos veicular
outros sentidos por meio de diferentes articuladores. Listamos, a seguir, com base em
Abreu (2001), outras funções semânticas de principais articuladores:
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Causa: porque, pois, como, por isso que, já que, visto que, uma vez que, por,
por causa de, em vista de, em virtude de, devido a, em consequência de, por motivo
de, por razões de.
Condição: se, caso, contanto que, desde que, a menos que, a não ser que.
Fim: para, a fim de, com o propósito de, com a intenção de, com o fito de, com
o intuito de, com o objetivo de.
Conclusão: logo, portanto, então, assim, por isso, por conseguinte, pois
(posposto ao verbo), de modo que, em vista disso.
Vale lembrar que há ainda elementos que são utilizados para estabelecer
conexões entre partes maiores do texto, como, por exemplo, parágrafos e capítulos.
São eles: assim, a seguir, pelo contrário, antes, depois.
X ou ch? Ç ou ss? J ou g?
Em palavras originárias de línguas ágrafas (línguas sem tradição escrita) e de
línguas com alfabetos exóticos (todos os alfabetos que não forem o alfabeto latino).
JAMAIS usaremos CH, SS ou G, mas sim o X, o Ç e o J. Exemplos: açaí, Iguaçu,
Paraguaçu, miçanga; xaxim, Hiroxima, xale, paxá; acarajé, mujique, jiló etc.
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-dir ALUDIR ALUSÃO
–ISAR ou –IZAR?
Escrevem-se com “s” (= ISAR) os verbos derivados de palavras que já possuem o
“s”:
análise > analisar
aviso > avisar
paralisia > paralisar
pesquisa > pesquisar
Escrevem-se com “z” (= IZAR) os verbos derivados de palavras que não possuem
a letra “s”:
ameno > amenizar
civil > civilizar
fértil > fertilizar
legal > legalizar
normal > normalizar
real > realizar
Atenção ao uso do PORQUE! (cf. SILVA, Sérgio Nogueira Duarte da. O português
do dia a dia: como falar e escrever melhor. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2009.)
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(b) quando for substituível por POR QUAL, PELO QUAL, PELA QUAL, PELOS QUAIS,
PELAS QUAIS:
“Só eu sei as esquinas por que passei.” (= pelas quais)
“Desconheço as razões por que ela não veio.” (= pelas quais)
- Os países que assinaram o Acordo: Portugal, Brasil, Cabo Verde, São Tomé e
Príncipe, Angola, Guiné-Bissau.
- As principais mudanças com o acordo afetam 0,5% das palavras. São elas:
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SAIBA MAIS (AULA 1)