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GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO


Secretaria de Estado da Educação
DIRETORIA DE ENSINO – REGIÃO DE JAÚ
E. E. Profª. Cleomar de Barros Castilho Marques – Cód. CIE 561010 – U.A. 97783
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ROTEIRO E DESENVOLVIMENTO DE ATIVIDADES

ANO LETIVO 2021 – 2º BIMESTRE


DISCIPLINA: Língua Portuguesa PROFESSORA: Tamires 1ª SÉRIE / TURMAS: A/B

PERÍODO: 14/06 a 25/06

CONTEÚDO: DISCURSOS DIRETO, INDIRETO E INDIRETO LIVRE /// ELEMENTOS DA


NARRATIVA

DESENVOLVIMENTO:
- Acompanhamento das aulas no aplicativo CMSP e realização das tarefas no mesmo;
- Diálogo nos grupos do WhatsApp para tirar dúvidas;
- Aula pelo Google Meet;
- Formulário quinzenal;
- Realização das atividades propostas.

ATENÇÃO: ESTE ROTEIRO NÃO CONTÉM ATIVIDADES PARA SEREM ENTREGUES,


SOMENTE O CONTEÚDO A SER ESTUDADO PARA RESPONDER ÀS QUESTÕES DO
FORMULÁRIO 7 (QUE SERÁ ENVIADO DIA 21/06) E PARA REALIZAR A AVALIAÇÃO
BIMESTRAL SOBRE O LIVRO “A HORA DA ESTRELA”, DE CLARICE LISPECTOR (QUE
SERÁ ENVIADA EM 25/06).

DISCURSO DIRETO, INDIRETO E INDIRETO LIVRE

Para entender o que é discurso direto, indireto e indireto livre, é preciso saber que são formas
textuais usadas para reproduzir falas e pensamentos de interlocutores.

Observe as falas abaixo:


1) O juiz perguntou:
– Algo a declarar?
2) O juiz perguntou se havia algo a declarar.
3) Então, o juiz conduzia a sessão e tentava o mais rápido que podia fazer a conciliação. Logo
hoje que tenho uma agenda cheia! Ele não sabia se conseguiria resolver aquela situação.
Tomara que eu consiga!
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É possível perceber que há diferenças na organização dos discursos acima, não é mesmo? No
primeiro caso, percebe-se uma referência direta à fala do interlocutor ou do personagem, ou
seja, tenta-se reproduzir fielmente como a fala é expressa. Já no segundo, percebe-se que essa
referência ganha um aspecto indireto, ou seja, não há uma descrição exata do que foi dito. E,
finalmente, no terceiro caso, vemos que há a presença dos dois modelos linguísticos, direto e
indireto, em que há, ao mesmo tempo, uma descrição fiel da fala do interlocutor, bem como
uma referência indireta a ela dentro do mesmo discurso. Essas três formas de referir-se às
palavras ou pensamentos de interlocutores são chamadas de discurso direto, discurso
indireto e discurso indireto livre, e cada uma delas possui características específicas que vamos
analisar agora.

DISCURSO DIRETO
É aquele no qual reproduzimos fielmente nossas palavras e as do nosso interlocutor em um
diálogo. Durante a construção desse tipo de discursos, é comum o uso de verbos declarativos,
que podem ser: disse, respondeu, afirmou, ponderou, sugeriu, perguntou, indagou, etc.

Exemplo:
– Por que chegou tão tarde? Perguntou-lhe nervosa com as mãos na cintura e os pés batendo
no chão.
– Estive em reunião com a diretoria. Redarguiu, tentando disfarçar o hálito alcoólico.
– Foi uma reunião regada a álcool? Replicou ironicamente a esposa.

DISCURSO INDIRETO
É aquele no qual a fala do interlocutor é incorporada à fala do narrador. É também comum o
uso de verbos declarativos, que iniciam o discurso, e as falas, em geral, aparecem
como orações subordinadas substantivas.

Exemplo:
Perguntou-lhe porque chegara tão tarde.
Redarguiu que estivera em reunião com a diretoria.
Perguntou ironicamente se fora a uma reunião regada a álcool.

Atenção! Observe a mudança do tempo verbal na transformação do discurso direto para o


indireto, do pretérito perfeito para o pretérito mais-que-perfeito.
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DISCURSO INDIRETO LIVRE


É a junção do discurso direto e do discurso indireto, ou seja, há uma proximidade entre o
narrador e o personagem sem que haja uma separação das falas de ambos. Assim, há o
emprego do discurso direto e discurso indireto no mesmo enunciado, conservando as
interrogações e exclamações da forma original.

Exemplo:
A esposa nervosa com as mãos na cintura e os pés batendo no chão aguardava-o em casa.
Por que chegou tarde? Apressou-se em respondê-la, disfarçando o hálito alcoólico, dizendo
que estivera em reunião com diretoria. Contudo, ela, percebendo sua intenção, replicou-lhe
ironicamente se houvera sido uma reunião regada a álcool.

O discurso indireto livre tem sido amplamente utilizado na literatura moderna.

ELEMENTOS DA NARRATIVA

Os elementos da narrativa são essenciais numa narração que, por sua vez, é um relato dos
acontecimentos e ações de seus personagens.
Podemos citar como exemplos de textos narrativos um romance, uma novela, uma fábula, um
conto, etc.
A estrutura da narrativa é dividida em: apresentação, desenvolvimento, clímax e desfecho.

Enredo
O enredo é o tema ou o assunto da história que pode ser contada de maneira linear ou não
linear.
Tem também o enredo psicológico focado nos pensamentos dos personagens. A história pode
ser narrada de maneira cronológica, seguindo a ocorrências das ações.

Narrador
O narrador, também chamado de foco narrativo, representa a "voz do texto". Dependendo de
como atuam na narração, eles são classificados em três tipos:
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Narrador Personagem
O narrador personagem participa da história como um personagem da trama. Ele pode ser o
personagem principal, ou mesmo um secundário.
Portanto, se o texto tiver esse tipo de narrador, a história será narrada em 1ª pessoa do singular
(eu) ou do plural (nós).

Narrador Observador
O próprio nome já indica que esse tipo de narrador conhece a história de modo que observa e
relata os fatos.
Porém, diferente do narrador personagem, o narrador observador não participa da história.
Esse tipo de narração é feito na 3ª pessoa do singular (ele, ela) ou plural (eles, elas).

Narrador Onisciente
O narrador onisciente é aquele que conhece toda a história. Diferente do narrador observador,
que conta os fatos por sua ótica, esse sabe tudo sobre os outros personagens, inclusive seus
pensamentos e ideias.
Nesse caso, a história pode surgir narrada em 1ª pessoa ou 3ª pessoa.

Obs: Importante frisar que a “voz do texto” não representa a “voz do autor do texto”.

Personagens
Os personagens de uma narrativa são as pessoas que estão presentes na história. Se forem
muito importantes são chamados de personagens principais ou protagonistas.
Já aqueles que surgem na história mas não apresentam grande destaque são os personagens
secundários, também chamados de coadjuvantes.

Tempo
Toda narração tem um tempo que determina o período em que a história se passa.
Ele pode ser cronológico, quando segue uma ordem dos acontecimentos, ou psicológico, que
não segue uma linearidade dos fatos, sendo um tempo interior que ocorre na mente dos
personagens.
Nesse último caso, ele mistura passado, presente e futuro seguindo, portanto, o fluxo de
pensamentos dos envolvidos na trama.
Note que as expressões de tempo utilizadas indicam essa marcação, por exemplo: hoje, no dia
seguinte, na semana passada, naquele ano, etc.
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Espaço
O espaço da narrativa é o local onde ela se desenvolve. Ele pode ser físico ou mesmo
psicológico.
No primeiro caso, o local onde se passa a história é indicado seja uma fazenda, uma cidade,
uma praia, etc. São classificados em espaços fechados (casa, quarto, hospital, etc.) ou abertos
(ruas, vilas, cidades, etc.).
Já o espaço psicológico é o ambiente interior de um personagem, ou seja, não há um espaço
físico que seja revelado. Portanto, nesse caso, a história é narrada num fluxo de pensamentos,
de sentimentos.

Qualquer dúvida, já sabe: pode me chamar! Bons estudos!

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