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1) Na dissertação, não escreva períodos muito longos nem muitos curtos.

2) Na dissertação, não use expressões como “eu acho”, “eu penso” ou


“quem sabe”, que mostram dúvidas em seus argumentos.

3) Uma redação “brilhante” mas que fuja totalmente ao tema proposto será
anulada.

4) É importante que, em uma dissertação, sejam apresentados e discutidos


fatos, dados e pontos de vista acerca da questão proposta.

5) A postura mais adequada para se dissertar é escrever impessoalmente, ou


seja, deve-se evitar a utilização da primeira pessoa do singular.

6) Na narração, uma boa caracterização de personagens não pode levar em


consideração apenas aspectos físicos. Elas têm de ser pensadas como
representações de pessoas, e por isso sua caracterização é bem mais
complexa, devendo levar em conta também aspectos psicológicos de tipos
humanos.

7) O texto dissertativo é dirigido a um interlocutor genérico, universal; a


carta argumentativa pressupõe um interlocutor específico para quem a
argumentação deverá estar orientada.

8 ) O que se solicita dos alunos é muito mais uma reflexão sobre um


determinado tema, apresentada sob forma escrita, do que uma simples
redação vista como um episódio circunstancial de escrita.

9) A letra de forma deve ser evitada, pois dificulta a distinção entre


maiúsculas e minúsculas. Uma boa grafia e limpeza são fundamentais.

10) Na narração, há a necessidade de caracterizar e desenvolver os


seguintes elementos: narrador, personagem, enredo, cenário e tempo.
Narração

Tem por objetivo contar uma história real, fictícia ou mesclando


dados reais e imaginários. Baseia-se numa evolução de
acontecimentos, mesmo que não mantenham relação de
linearidade com o tempo real. Sendo assim, está pautada em
verbos de ação e conectores temporais.

A narrativa pode estar em 1ª ou 3ª pessoa, dependendo do papel


que o narrador assuma em relação à história. Numa narrativa em 1ª
pessoa, o narrador participa ativamente dos fatos narrados, mesmo
que não seja a personagem principal (narrador = personagem). Já a
narrativa em 3ª pessoa traz o narrador como um observador dos
fatos que pode até mesmo apresentar pensamentos de
personagens do texto (narrador = observador).

O bom autor toma partido das duas opções de posicionamento para


o narrador, a fim de criar uma história mais ou menor parcial,
comprometida. Por exemplo, Machado de Assis, ao escrever Dom
Casmurro, optou pela narrativa em 1ª pessoa justamente para
apresentar-nos os fatos segundo um ponto de vista interno, portanto
mais parcial e subjetivo.

Narração objetiva X Narração subjetiva

objetiva - apenas informa os fatos, sem se deixar envolver


emocionalmente com o que está noticiado. É de cunho impessoal e
direto.

subjetiva - leva-se em conta as emoções, os sentimentos


envolvidos na história. São ressaltados os efeitos psicológicos que
os acontecimentos desencadeiam nos personagens.

Observação
o fato de um narrador de 1ª pessoa envolver-se emocionalmente
com mais facilidade na história, não significa que a narração
subjetiva requeira sempre um narrador em 1ª pessoa ou vice-
versa.

Elementos básicos da narrativa:

Fato - o que se vai narrar (O quê ?)

Tempo - quando o fato ocorreu (Quando ?)


Lugar - onde o fato se deu (Onde ?)

Personagens - quem participou ou observou o ocorrido (Com


quem ?)

Causa - motivo que determinou a ocorrência (Por quê ?)

Modo - como se deu o fato (Como ?)

Conseqüências (Geralmente provoca determinado desfecho)

A modalidade narrativa de texto pode constituir-se de diferentes


maneiras: piada, peça teatral, crônica, novela, conto, fábula etc.

Uma narrativa pode trazer falas de personagens entremeadas aos


acontecimentos, faz-se uso dos chamados discursos: direto, indireto
ou indireto livre.

No discurso direto, o narrador transcreve as palavras da própria


personagem. Para tanto, recomenda-se o uso de algumas notações
gráficas que marquem tais falas: travessão, dois pontos, aspas.
Mais modernamente alguns autores não fazem uso desses
recursos.

O discurso indireto apresenta as palavras das personagens através


do narrador que reproduz uma síntese do que ouviu, podendo
suprimir ou modificar o que achar necessário. A estruturação desse
discurso não carece de marcações gráficas especiais, uma vez que
sempre é o narrador que detém a palavra. Usualmente, a estrutura
traz verbo dicendi (elocução) e oração subordinada substantiva com
verbo num tempo passado em relação à fala da personagem.

Quanto ao discurso indireto livre, é usado como uma estrutura


bastante informal de colocar frases soltas, sem identificação de
quem a proferiu, em meio ao texto. Trazem, muitas vezes, um
pensamento do personagem ou do narrador, um juízo de valor ou
opinião, um questionamento referente a algo mencionado no texto
ou algo parecido. Esse tipo de discurso é o mais usado atualmente,
sobretudo em crônicas de jornal, histórias infantis e pequenos
contos.
- DESCRIÇÃO

Descrever é CARACTERIZAR alguém, alguma coisa ou algum lugar


através de características que particularizem o caracterizado em
relação aos outros seres da sua espécie. Descrever, portanto, é
também particularizar um ser. É "fotografar" com palavras.

No texto descritivo, por isso, os tipos de verbos mais adequados


(mais comuns) são os VERBOS DE LIGAÇÃO (SER, ESTAR,
PERMANECER, FICAR, CONTINUAR, TER, PARECER, etc.), pois
esses tipos de verbos ligam as características - representadas
linguisticamente pelos ADJETIVOS - aos seres caracterizados -
representados pelos SUBSTANTIVOS.

Ex. O pássaro é azul . 1-Caractarizado: pássaro / 2-Caracterizador


ou característica: azul / O verbo que liga 1 com 2 : é

Num texto descritivo podem ocorrer tanto caracterizações objetivas


(físicas, concretas), quanto subjetivas (aquelas que dependem do
ponto de vista de quem descreve e que se referem às
características não-físicas do caracterizado). Ex.: Paulo está pálido
(caracterização objetiva), mas lindo! (carcterização subjetiva).
DISSERTAÇÃO

Na dissertação, as idéias devem ser colocadas de maneira


CLARA E COERENTE e organizadas de maneira LÓGICA:

a) o elo de ligação entre pontos de vista e argumento se faz de


maneira coerente e lógica através das CONJUNÇÕES
(=conectivos) - coordenativas ou subordinativas, dependendo da
idéia que se queira introduzir e defender; é por isso que as
conjunções são chamadas de MARCADORES
ARGUMENTATIVOS.

b) todo texto dissertativo é composto por três partes coesas e


coerentes: INTRODUÇÃO, DESENVOLVIMENTO e CONCLUSÃO.

A introdução é a parte em que se dá a apresentação do tema,


através de um CONCEITO ( e conceituar é GENERALIZAR, ou
seja, é dizer o que um referente tem em comum em relação aos
outros seres da sua espécie) ou através de QUESTIONAMENTO(s)
que ele sugere, que deve ser seguido de um PONTO DE VISTA e
de seu ARGUMENTO PRINCIPAL. Para que a introdução fique
perfeita, é interessante seguir esses passos:

1. Transforme o tema numa pergunta;

2. Responda a pergunta ( e obtém-se o PONTO DE VISTA);

3. Coloque o porquê da resposta ( e obtém-se o ARGUMENTO).

O desenvolvimento contém as idéias que reforçam o argumento


principal, ou seja, os ARGUMENTOS AUXILIARES e os FATOS-
EXEMPLOS ( verdadeiros, reconhecidos publicamente).

A conclusão é a parte final da redação dissertativa, onde o seu


autor deve "amarrar" resumidamente ( se possível, numa frase)
todas as idéias do texto para que o PONTO DE VISTA inicial se
mostre irrefutável, ou seja, seja imposto e aceito como verdadeiro.

Antes de iniciar a dissertação, no entanto, é preciso que seu autor:


1. Entenda bem o tema; 2. Reflita a respeito dele;3. Passe para o
papel as idéias que o tema lhe sugere; 4. Faça a organização
textual ( o "esqueleto do texto"), pois a quantidade de idéias
sugeridas pelo tema é igual a quantidade de parágrafos que a
dissertação terá no DESENVOLVIMENTO do texto.
FABULA

A fábula é uma narrativa figurada, na qual as personagens são


geralmente animais que possuem características humanas. Pode
ser escrita em prosa ou em verso e é sustentada sempre por uma
lição de moral, constatada na conclusão da história.

A fábula está presente em nosso meio há muito tempo e, desde


então, é utilizada com fins educacionais. Muitos provérbios
populares vieram da moral contida nesta narrativa alegórica, como
por exemplo: “A pressa é inimiga da perfeição” em “A lebre e a
tartaruga” e “Um amigo na hora da necessidade é um amigo de
verdade” em “A cigarra e as formigas”.

Portanto, sempre que redigir uma fábula lembre-se de ter um


ensinamento em mente. Além disso, o diálogo deve estar presente,
uma vez que trata-se de uma narrativa.

Por ser exposta também oralmente, a fábula apresenta diversas


versões de uma mesma história e, por este motivo, dá-se ênfase
em um princípio ou outro, dependendo da intenção do escritor ou
interlocutor.

É um gênero textual muito versátil, pois permite diversas situações


e maneiras de se explorar um assunto. É interessante,
principalmente para as crianças, pois permite que elas sejam
instruídas dentro de preceitos morais sem que percebam.

E outra motivação que o escritor pode ter ao escolher a fábula na


aula, no vestibular ou em um concurso que tenha essa modalidade
de escrita como opção é que é divertida de se escrever. Pode-se
utilizar da ironia, da sátira, da emoção, etc. Lembrando-se sempre
de escolher personagens inanimados e/ou animais e uma moral que
norteará todo o enredo.

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