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Eu abro os meus ouvidos para OUVIR e ESCUTAR a tua Palavra

👀 Eu abro os meus olhos para ler a tua Palavra

👄 Eu abro a minha boca para falar a tua Palavra

🧠 Eu abro a minha mente para compreender a tua Palavra

❤️Eu abro o meu coração para guardar a tua Palavra

Como fazer a interpretação de texto? Para interpretar


eficazmente um texto, é preciso considerar os objetivos de seu
autor (emissor ou enunciador).
No entanto, isso não pode ser feito por meio de suposições,
pois estão no texto todos os elementos necessários para a sua
compreensão e interpretação.

Conversas; fofoca; conselho; entrevista de emprego; briga;


reclamações; juramentos; sermão; piada; peça de teatro;
agradecimento; acusação; filme; telenovela; debate de opinião;
batismo; casamento; crisma; consagração; noticia; reportagem;
leitura de cartas; denúncias e entre outros.

"Redigir uma carta, narrar um conto, produzir uma receita, enfim, todas essas
tomadas de posições fazem do interlocutor um ser social, norteado de
objetivos, finalidades, propósitos que ele põe em prática por meio dos textos
que constrói. Partindo então dessa realidade, equivale dizer que distintos são
os momentos em que nos colocamos na condição de emissores, sobretudo em
se tratando da linguagem escrita; dessa forma, temos de estar cientes acerca
da estrutura, dos aspectos linguísticos que se aplicam à materialização dessas
circunstâncias comunicativas, tendo em vista a irrefutável condição relacionada
ao “por que escrever”, “para quem escrever” e “como escrever”."
"Ora, por que escrever parte do fato de que, quando escrevemos, dispomos de uma intenção;
para quem escrever emerge da condição de que, se temos um propósito, logo essa intenção se
dirige a um interlocutor em específico; como escrever se encontra atrelado à condição de que,
a depender do objetivo e do interlocutor, formas específicas, no que diz respeito à estrutura,
sem nenhuma dúvida, aplicam-se à construção desses diversos textos, materializando,
portanto, as diversas circunstâncias comunicativas a que estamos condicionados
cotidianamente."
"Com base nisso, sobretudo porque pretendemos auxiliá-lo(a) no tocante ao aprimoramento
das tantas habilidades requisitadas pela modalidade escrita da linguagem, preparamos para
você um esquema, em que nele você poderá perceber que os distintos exemplos de gêneros,
orais e escritos, partem de uma base para se constituírem, esta base refere-se aos aspectos
tipológicos demarcados pelo ato ora de narrar, relatar, argumentar, expor, ora de descrever
ações.

Dessa forma, a partir do momento em que esses domínios de comunicação, digamos assim,
tornam-se incorporados à nossa consciência, e por que não dizer às nossas habilidades,
estamos prontos para redigir todo e qualquer texto. Por essa razão, observemos, pois, os
exemplos de gêneros orais e escritos que partem justamente dessas tipologias. Ei-los, portant

Veja mais sobre "Exemplos de gêneros orais e escritos" em:


https://brasilescola.uol.com.br/redacao/exemplos-generos-orais-escritos.htm

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O relato pessoal é um gênero textual com função


de documentar memórias ou vivências de um indivíduo ou até
de um grupo. Esse gênero é muito presente nos ambientes
escolares, mas também em editoriais de literatura, páginas de
internet e até mesmo no cotidiano, pelo compartilhamento de
experiências diárias. O gênero possui tempo, espaço,
personagens, e narrador não ficcional, e sua estrutura divide-se
em: título, introdução, desenvolvimento, conclusão.
Leia também: Crônica – gênero textual com aspectos jornalísticos
e literários

Características e estrutura de um relato


pessoal

O relato pessoal se assemelha a uma narração não ficcional,


pois conta histórias verídicas de um sujeito, além de conter
elementos comuns entre os tipos textuais, como personagem,
tempo e espaço. Entretanto, uma diferença básica entre eles é
que, segundo alguns autores, o relato, além de não possuir
narradores fictícios, como é possível na literatura, foca-se na
documentação histórica e não na construção estética/artística.

A natureza desse gênero é subjetiva, visto que, comumente, ele é


narrado em 1ª pessoa do singular ou plural, expressando as
experiências vividas pelo próprio narrador-personagem. As
experiências são escolhidas com base na relevância que possuem,
ou seja, há uma seleção criteriosa do que será compartilhado no
relato, de modo que o conteúdo não se torne excessivo e,
consequentemente, pouco funcional.

Sendo assim, pode-se afirmar que um bom relato pessoal propõe-


se a documentar, com veracidade, uma sequência de fatos da
realidade de alguém. Por debruçar-se em experiências que já
ocorreram, o texto apresenta os verbos no passado, indicando
que tais fatos já aconteceram. A linguagem do relato será
adaptada ao público com o qual ele será compartilhado, desse
modo, um público infantil pode exigir uma linguagem mais
simples e acessível, já para um público mais adulto, pode-se exigir
uma linguagem mais complexa e formal.

Além dessas características, outros tópicos compõem a estrutura


do relato pessoal:
 Título: o relato pessoal possui título, e ele deve
apresentar uma estratégia de impacto, algo que chame a
atenção do leitor, que instigue a sua curiosidade e
convença-o a tentar a leitura.

 Introdução: primeiros parágrafos do texto, dedicados a


apresentarem e contextualizarem o narrador-personagem
e a situação inicial da sequência de fatos.

 Desenvolvimento: parágrafos centrais dedicados a


relatar os fatos da sequência apresentada.

 Conclusão: encerramento da apresentação de fatos,


reflexão sobre as experiências, conclusões após as
vivências, mudanças ou outros tipos de desfechos para
tudo apresentado durante o relato.

Como escrever um relato pessoal?

Relato pessoal é um tipo de narração não ficcional de experiências


vividas pelo autor.
Para escrever seu próprio relato pessoal, é necessário refletir
e escolher o recorte da linha do tempo que será contado, ou
seja, o período de tempo abordado, e o público para o qual o
relato será compartilhado, afinal, esse público influenciará no uso
da linguagem e na escolha dos fatos que serão contados.

Feitas as escolhas iniciais, comece seu texto com um título que


consiga representar o relato e, ao mesmo tempo, instigar o
público a ler o texto. Em seguida, no corpo do texto, inicie com a
introdução, apresentando a si e ao contexto no qual o relato se
insere, especificamente no ponto inicial da linha do tempo.

o desenvolvimento, compartilhe os fatos escolhidos para o relato,


acrescentando os detalhes subjetivos da experiência sempre
que relevantes ao texto e ao público. Por fim, na conclusão,
retome os tópicos desenvolvidos e apresente suas conclusões,
mudanças e reflexões a respeito do que foi vivenciado.

Veja também: Editorial – gênero que apresenta o ponto de


vista de um veículo de informação

Exemplos de relato pessoal

Como mencionado, o relato pessoal é muito utilizado nos livros


didáticos, mas também há outros gêneros que o exploram, como:

 Editoriais literários: comumente apresentam sequência


de fatos vividos por escritores.

 Livros de memórias: obras que se dedicam a apresentar


vivências de um sujeito ao longo de um tempo.

 Folhetos: curtos textos de divulgação popular que


podem apresentar as experiências de vida de um sujeito
por um breve período.

 Prefácios e posfácios de obras: curtos textos presentes


no início ou final de livros e que costumam apresentar
relatos de experiências do autor ou do processo de
pesquisa e escrita da obra.

 Sites dos autores: páginas da web que costumam


apresentar, entre os tópicos, curtos relatos sobre a vida
do autor.

 Blogs: páginas da web que, quando pertencentes a um


sujeito individual, costumam apresentar diferentes
postagens com relatos de experiências.

Em todos esses casos, o relato pessoal é utilizado como um


veículo de compartilhar, com determinado público, experiências
vividas na realidade e que geraram reflexões no autor, que
compartilha suas impressões subjetivas sobre todo o processo.
Relato oral e relato escrito

O relato pessoal oral é aquele em que se compartilha


experiências pela fala, não pela escrita. Esse é um gênero muito
presente em diferentes atividades cotidianas ou profissionais. Na
maioria desses casos, utiliza-se a modalidade oral de relato, que
significa dizer que, no lugar da escrita, a fala é que vai veicular o
comunicado. Nesse caso, é comum que se apresentem algumas
variações, tendo-se em vista que o locutor pode interagir com o
público, acrescentar explicações e detalhes para dúvidas, entre
outras ações pertinentes ao diálogo oral, mas não ao escrito.

O relato pessoal escrito, por sua vez, apesar de possuir a mesma


função, apresenta diferenças na composição e apresentação do
texto, tendo-se em vista o tamanho do texto, a quantidade de
páginas, as diferenças entre ler e ouvir, as necessidades textuais
de coesão e coerência na escrita, a falta de interação etc. Assim, o
relato escrito apresenta uma estrutura mais fixa e
estrategicamente seguida para alcançar os objetivos.

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Artigo de opinião
Aprenda mais sobre o gênero artigo de opinião e garanta o seu
conhecimento sobre essa importante ferramenta comunicativa.

Carta
Clique aqui e aprenda quais são as características e a estrutura de uma
carta. Saiba também como escrever uma e quais são os tipos de carta
que existem.
Conto
Aprenda quais são as características do conto e veja alguns tipos de
subdivisões que existem. Além disso, reconheça as diferenças entre
esse gênero e a crônica.

Crônica
Acesse para descobrir o que é a crônica. Aprenda suas principais
características e veja quais são os tipos existentes do gênero.

Diário pessoal
Saiba o que é um diário pessoal, suas características e estrutura.
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O e-mail – Um gênero textual dinâmico


Conheça as características que a ele se referem!
https://mundoeducacao.uol.com.br/redacao/relato-pessoal.htm

Artigo de opinião
O artigo de opinião é um gênero textual pertencente ao tipo
argumentativo e tem como intencionalidade apresentar o ponto
de vista do(a) articulista — locutor(a) do texto — acerca de algum
assunto relevante socialmente. Circula, em especial, em jornais,
revistas e sites da internet, e pode tratar de temas polêmicos, em
que são apresentados fatos, dados estatísticos e discursos de
autoridade para fundamentar a tese apresentada.

A ideia é a de que, por meio da linguagem verbal escrita, as


pessoas possam intervir socialmente para contribuírem com os
debates que estão em voga, oferecendo subsídios para que
outros também se posicionem a respeito de questões
importantes, que vão desde aquelas relacionadas à política, à
educação, ao meio ambiente, até àquelas de âmbito internacional,
ou voltadas aos valores sociais e à ética. Nesse sentido, qualquer
assunto pode ser trabalhado em um artigo de opinião.

Leia também: Crônica – gênero híbrido com características


literárias e jornalísticas

Características do artigo de opinião

Artigo de
opinião é um gênero que circula em meios, como jornais, revistas
e sites da internet.
O artigo de opinião visa a defesa de uma ideia, sendo, portanto,
necessária a construção de uma tese sustentada
por argumentos que podem gerar uma conclusão a respeito do
assunto de maneira propositiva ou sintética, na maioria das vezes.

Para escrever um bom texto, o(a) autor(a) deve antecipar-se


quanto aos possíveis posicionamentos contrários de seu
interlocutor, utilizando-se da contra-argumentação. Portanto, é
essencial estudar bastante o assunto antes da produção do texto,
para que o discurso não se limite ao senso comum e seja,
sobretudo, convincente.

Durante a construção do projeto de texto, lembre-se de que:


 O artigo de opinião, por tratar de temas da atualidade,
polêmicos e até mesmo provocativos, exigirá do(a) autor(a)
competência para a seleção dos melhores argumentos sem
desrespeitar o interlocutor ou subestimar posições alheias.

 É um texto a ser publicado em veículos de comunicação que


podem ter leitores de diferentes perfis. Nesse sentido, é
fundamental adequar a linguagem, prevendo as
características do público que acessa aquele determinado
meio.

 O título deve ser atrativo, convidativo. Nesse momento, com


criatividade, já é possível a adesão do leitor às ideias a serem
defendidas no artigo.

 É permitido flexionar verbos e pronomes na 1ª pessoa do


singular, ou seja, embora seja essencial a fundamentação
das opiniões apresentadas, elas podem ser construídas de
forma subjetiva. Contudo muitos articulistas optam pela 3ª
pessoa do discurso.

 Considerando as características dos veículos de publicação, o


artigo de opinião é um texto geralmente curto, com
linguagem direta, objetiva, simples e harmônica.
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Estrutura de um artigo de opinião

Embora cada articulista possa demonstrar o seu estilo de escrita,


sobretudo aqueles mais consagrados, minimamente é possível
reconhecer alguns elementos composicionais:

1. Introdução — contextualização e/ou apresentação da


questão que está sendo discutida.

2. Desenvolvimento — explicitação do posicionamento


adotado com a utilização de argumentos e de contra-
argumentos; apresentação de dados, informações e discurso
de autoridade.

3. Conclusão — ênfase/retomada da tese e/ou proposta de


intervenção social.

Como se faz um artigo de opinião?

 Estude bastante o assunto que pretende abordar, verifique


autores que já trabalharam o tema, e selecione informações
que estejam adequadas ao seu ponto de vista.

 Lembre-se de utilizar sempre fontes de pesquisa fidedignas.

 Construa argumentos fortes, que tenham fundamentação


pertinente e que de fato sustentem o ponto de vista. Evite o
uso exagerado de discursos do senso comum.

 Tente prever quais argumentos o “outro lado” poderia


utilizar e antecipe-se, fortaleça o ponto de vista defendido
refutando o que lhe é contrário.

 Retome a tese para construir sua conclusão. Caso seja


possível, apresente uma proposta exequível de intervenção
social, como forma de apontar caminhos para a solução do
problema tratado no texto.

 Não se esqueça de adequar a linguagem ao público leitor.

 Produza um título criativo.

Leia também: Carta argumentativa: outro gênero pertencente ao


tipo argumentativo

Exemplo de artigo de opinião

Para onde foram os empregos da classe média?


Em várias áreas, as tecnologias provocam transformações e
redução de empregos.

José Pastore |1|

Estudos recentes sobre o impacto das tecnologias no mercado


de trabalho indicam que a destruição de empregos não é tão
catastrófica quanto se pensava. Países que usam intensamente as
tecnologias modernas registram taxas de desemprego muito
baixas: Estados Unidos (3,7%), Alemanha (3%), Coreia do Sul (3%),
Japão (2,2%) e outros. Preocupa, porém, o fato de as novas
tecnologias conspirarem contra a classe média (FREY. C. B. The
technology trap. Princeton: Princeton University Press, 2019;
OECD. Under pressure: the squeezed middle class. Paris: OECD,
2019).

As mudanças tecnológicas do passado demandaram uma


aceleração da educação que redundou em bons empregos e bons
salários para a classe média. No entanto, a revolução tecnológica,
ora em andamento, está eliminando a necessidade da intervenção
humana em profissões típicas da classe média — técnicos, chefes,
gestores, supervisores, controladores, auditores, contadores,
corretores, secretárias e até médicos, advogados, engenheiros e
professores.

Em várias áreas, as tecnologias provocam transformações e


redução de empregos. Por exemplo, as muitas secretárias, que
antes datilografavam, arquivavam e faziam ligações telefônicas,
deram lugar a poucas profissionais que, além de digitarem e
telefonarem, fazem pesquisas na internet, organizam viagens e
eventos, controlam custos, orientam novatos e executam outras
atividades. Isso ocorre com inúmeras profissões de classe média
para as quais o diploma deixou de ser garantia para bons
empregos.

Essas mudanças levaram muitos profissionais de classe média a


migrarem para atividades de menor qualificação, com
produtividade e salários mais baixos — zeladores, vendedores,
entregadores, motoristas, garçons, recepcionistas, jardineiros,
cuidadores etc. A mobilidade social passou a ser descendente. É
verdade que os mais qualificados subiram para a zona dos altos
salários, mas são poucos. As novas tecnologias vêm gerando uma
polarização no mercado de trabalho, aumentando a desigualdade.
A produtividade do trabalho tem subido mais do que a renda de
muitos profissionais de classe média.

É verdade que as tecnologias modernas geram novas e boas


oportunidades de trabalho, mas, para grande parte da classe
média, elas têm sido piores do que as anteriores. Para muitos,
viver com trabalho instável e precário passou a ser o novo normal.
A frustração gerada por esse processo tem se refletido no campo
da política. A ascensão de governantes populistas é observada por
toda parte, inclusive no Brasil. Setenta e cinco por cento dos
brasileiros acham que a economia brasileira foi capturada pelos
ricos e buscam líderes populistas que prometem reverter o
processo num passe de mágica.

Nos anos de 1950-70, o Brasil foi campeão de mobilidade social


ascendente. Muitos trabalhadores de origem rural e pouco
qualificados conseguiram inserir-se na indústria nascente,
apreendendo em serviço, e subindo na escala social. Os que
tinham alguma qualificação progrediram ainda mais ao
empregarem-se nas empresas estatais e nas entidades financeiras
que rapidamente expandiram-se naquela época. Embora em
menor escala, a mobilidade prosseguiu nos anos de 1980-90, e no
início dos anos 2000, houve a ascensão de trabalhadores das
classes baixas para a média inferior.

Com a chegada dos anos recessivos (2014-18), o desemprego e a


informalidade aumentaram, dando claros sinais de descenso
social para os que tinham recém-chegado aos primeiros degraus
da classe média. Hoje, são raros os filhos adultos que estão em
situação social melhor do que a de seus pais. O que será do
restante da classe média quando a economia brasileira voltar a
crescer e incorporar as novas tecnologias? Para aonde irão os
poucos empregos ali restantes? É bem provável que a mobilidade
descendente prossiga e que as escolhas populistas avancem. Só
um choque de boa educação e qualificação para o novo trabalho
pode deter essa tendência.
Notas

https://redacaoegramatica.com.br/blog/generos-textuais-x-tipos-textuais-qual-a-diferenca

Este é um conteúdo muito importante para quem vai fazer vestibular, Enem e
também concursos públicos. Isso porque conhecer os tipos e os gêneros
textuais está diretamente ligado à compreensão e interpretação de texto.

Além disso, dependendo do tipo e do gênero, o texto terá uma função e um


objetivo diferentes com o leitor, o que é fundamental para fazer a prova.

Neste post, vamos conhecer quais são os principais tipos e gêneros textuais e
quais são as diferenças entre eles. Acompanhe e bons estudos!

TIPOS TEXTUAIS
São relacionados a uma estrutura fixa do texto. Isto é, ao olhar para o texto,
podemos reconhecer algumas características específicas, fixas. Assim, trata-se
da forma como o texto se apresenta.

Os tipos textuais são classificados de acordo com a estrutura, objetivo e


finalidade para com o leitor. Os principais são:

 Narração: ato de contar alguma coisa, acontecimento ou ato. Possui um


aspecto temporal marcado por narrador, personagem e ação;
 Argumentação: tem como foco defender uma ideia, hipótese, opinião ou
teoria. A ideia é convencer o interlocutor sobre um ponto de vista;
 Descrição: apresenta características de pessoas, lugares, situações em
um determinado de tempo. Pode ter sentimentos e sensações;
 Prescrição: instrui o leitor acerca de um procedimento, exigindo que ele
proceda de uma determinada forma. Não permite a liberdade de
atuação;
 Exposição: transmite uma informação de forma objetiva e clara. Não
possui argumentos, nem características persuasivas. Apresenta
informação sobre assuntos ou fatos;
 Injunção (ordem): explica um método ou procedimento para concretizar
uma ação. Instrui ou explica algo para o leitor sem usar argumentos.

GÊNEROS TEXTUAIS
A intenção é transmitir a mensagem ao interlocutor de forma efetiva – foco na
função comunicativa, e não nos aspectos estruturais.

Possuem uma função social específica da língua (comunicar algo) e se adequam


ao uso que se faz deles – fala e escrita. Sendo assim, ocorrem em situações
cotidianas da comunicação e apresentam uma intenção comunicativa bem
definida.

Os gêneros são subdivisões dentro dos tipos textuais. Eles possuem um


conjunto ilimitado de características determinadas com o estilo do autor, do
conteúdo, da composição e da função. Porém, características em comum em
alguns deles facilitam o agrupamento.

Exemplos:

 Gêneros textuais em textos narrativos: conto, biografia, fábula,


lenda, novela, carta, romance.
 Gêneros textuais em textos expositivos: resumo, resenha,
reportagem, notícia, verbete de dicionário, cardápio.
 Gêneros textuais em textos descritivos: diário, OS ALUNOS
FIZERAM relato (FÉRIAS)
 NÃO de viagem.
 Gêneros textuais em textos injuntivos: receita, manual de
instruções, bula de remédio, regras de jogos, lista de compra.
 Gêneros textuais em textos argumentativos: artigo de
opinião, crônica, editorial, carta (se endereçada à sociedade), redação de
uma prova.

RESUMINDO

 Tipologia textual: relaciona-se com a forma com que o texto se


apresenta, caracterizado pela presença de certos traços linguísticos
predominantes.
 Gênero textual: tem funções sociais específicas, que são pressentidas
e vivenciadas pelos usuários da língua.

Entender essas diferenças facilitará a sua vida na hora de interpretar e


compreender um texto, já que a interpretação não se relaciona apenas com a
construção de sentido, mas também com os diversos fatores ligados à
estruturação textual.
INTERPRETAÇÃO X
COMPREENSÃO
TEXTUAL: TEORIA E
EXERCÍCIO
2 ANOS ATRÁS • EXERCÍCIOS COM GABARITO, EXERCÍCIOS DE
PORTUGUÊS, INTERPRETAÇÃO DE TEXTO • 3
Hoje, vamos entender melhor as diferenças e a relação entre interpretação e

compreensão de texto. Ao final do conteúdo, vamos resolver juntos o exercício

para fixar o conteúdo. Bora aprender? Então vem comigo!

INTERPRETRAR E COMPREENDER:
COISAS DIFERENTES
A primeira coisa que temos que ressaltar são alguns elementos essenciais para

interpretar e compreender bem um texto. São eles:

 Conjunções;

 Preposições;

 Sinais de pontuação;

 Palavras negativas.

Esses tipos de palavras nos dizem muito sobre o texto e as intenções do autor.
Dito isso, é importante entendermos as diferenças entre compreensão e

interpretação.

COMPREENSÃO
A resposta está no texto, isto é, basta lê-lo para entender o que foi dito.

O enunciado de questões de tratamde compreensão geralmente vão trazer

construções como:

 Segundo o texto…

 O autor do texto quis dizer…

 O texto informa que…

 No texto…

INTERPRETAÇÃO
A resposta está fora (além) do texto. Ou seja, depende do conhecimento de

mundo do leitor.

Exercícios sobre interpretação trarão, em seus enunciados, frases como:

 Depreende-se / infere-se do texto…

 Conclui-se do texto que…

 O texto permite deduzir que…

 É possível subentender a partir do texto que…

 Qual a intenção do autor quando afirma que…

Veja o exemplo:
Ana Júlia andava cabisbaixa.

O que você compreende desta oração? E o que você interpreta?

A palavra ‘cabisbaixa’ traz um sentido de tristeza, não é mesmo? Porém, para

chegarmos a essa percepção, nós tivemos que interpretar ou compreender o

texto?

Repare que trata-se de interpretação. Nós entendemos, em nosso contexto

social, que uma pessoa cabisbaixa está triste.

Mas, então, o que podemos compreender desta oração? Objetivamente, temos

que Ana Júlia, uma pessoa do sexo feminino, andava de cabeça baixa (que é o

significa de cabisbaixa).

Então, note como a interpretação, como vimos, depende da nossa visão de

mundo. Deduzimos que ela estava triste não pelo significado da palavra, ali no

dicionário, mas pelo modo como costumamos utilizá-la no nosso contexto

social.

COMO LER UM TEXTO?


Alguns pontos devem ser considerados antes de iniciar a leitura de um texto:

 Comece sempre pelos enunciados: muitas vezes, as questões

trazem textos muito grandes. No entanto, muitas delas sequer tratam do

texto em si ou abordam apenas um trecho dele. Então, leia os

enunciados antes de ler o texto inteiro.


 Destaque as palavras-chave do enunciado: são as palavras que

vimos há pouco, como conjunções, palavras negativas, verbos no

imperativo etc.

 Destaque os tópicos frasais de cada parágrafo: é uma oração que

traz a ideia central de cada parágrafo.

 Trechos que geram dúvidas: quando você não entender uma parte

do texto, faça uma interrogação ao lado e siga adiante. Não perca

tempo.

 Cuidado com extrapolações: não interpretar além do que o texto

traz. Esse é um erro muito comum e que leva muitos alunos a perderem

pontos valiosos nas provas. Geralmente, as provas são bastante

objetivas e não exigem grandes divagações.

Isso posto, vamos entender os diferentes níveis de leitura.

1. PRIMEIRA LEITURA
É uma leitura rápida, em que você não vai destacar nenhum elemento do texto.

O objetivo é realizar uma leitura para identificar a ideia central/temática do

texto.

2. SEGUNDA LEITURA
Agora sim, você deve sublinhar e marcar as ideias principais, identificar os

tópicos frasais, destacar as palavras-chave etc.

3. FLUXOGRAMA
Trata-se de montar um esquema que mostra as relações de dependência,

coordenação e as relações entre as partes do texto. Seja prático: ligue as ideias

com setinhas.

Importante: faça o fluxograma apenas se você tiver tempo!

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO SOBRE INTERPRETAÇÃO E COMPREENSÃO TEXTUAL


(FGV) Democracia refém

Desde 2008, o Ibope pergunta à população em idade de votar quão satisfeita ela está

com o funcionamento da democracia no Brasil. Os resultados nunca foram brilhantes

ainda menos se comparados com países latino-americanos como Uruguai e Argentina,

mas jamais haviam sido tão chocantes quanto agora. Só 15% dos brasileiros se dizem

“satisfeitos” (14%) ou “muito satisfeitos” (1%) com o jeito que o regime democrático

funciona no país. (Estado de São Paulo, 04/09/2015)

O jornalista autor do texto informa que os resultados da pesquisa foram muito

chocantes, isso porque:

a) deixaram de ser brilhantes pela primeira vez.

b) mostraram concentração de respostas positivas.

c) indicaram reprovação do governo.

d) apontavam mais de 80% de reprovação.

e) destacaram insatisfação da população.

RESOLUÇÃO:
Seguindo o que vimos, não vamos ler o texto ainda. Vamos direto para o

enunciado entender o que é pedido.

Pelo enunciado sabemos que temos um texto que foi escrito por um jornalista,

ou seja, deve ser uma notícia, um texto informativo. Já o trecho do enunciado

“o autor do texto informa” nos indica que a resposta está no texto. Portanto,

trata-se de um exercício de compreensão textual.

Note que o enunciado diz que o autor fala de resultados de alguma pesquisa e

que eles foram chocantes. Então, é isso que temos que buscar no texto: os

resultados.

Com a primeira leitura, identificamos o tema central do texto: a satisfação do

brasileiro em relação à democracia.

Em seguida, já temos uma palavra-chave: ‘nunca’, que é uma palavra negativa,

um dos elementos mais importantes para interpretação e compreensão. Depois,

temos ‘mas’ e ‘jamais’, isto é, uma conjunção é uma palavra negativa lado a

lado. Vamos destacá-las.

Logo em seguida, já temos o que buscamos: a palavra ‘chocantes’. Repare que,

antes de ‘só 15%’, temos um ponto. Ali, temos uma conjunção ‘porque’

subentendida, que introduz o motivo de os resultados da pesquisa serem

surpreendentes.

Voltando às alternativas:

a) ERRADA. Destacamos que os resultados nunca foram brilhantes.


b) ERRADA. O texto diz que apenas 15% estão satisfeitos.

c) ERRADA. Esta alternativa extrapola o que o texto nos traz. Se 15% estão

satisfeitos, o governo não foi totalmente reprovado.

d) CORRETA. Se 15% estão satisfeitos, o restante não está.

e) ERRADA. Outro caso de extrapolação. Há uma parcela da sociedade que está

satisfeita com o governo.

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