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Tipo de Prova Ano letivo Data

Exame Final – Época de Recurso 2019/2020 15/07/2020


Curso Hora
Licenciatura em Solicitadoria 10h00
Duração
Unidade Curricular
02h30+30 min de
Direito Administrativo II
tolerância

Embora seja possível a consulta dos elementos fornecidos pelo docente, manuais, ou outros, qualquer resposta
que consubstancie copy/paste dessas informações, será classificada com 0 (zero) valores.

Onde seja aplicável, deverá procurar fazer uma exposição lógica e coerente do seu raciocínio, assim como uma
correta expressão escrita.

Nas questões de V e F não necessita de justificar as suas respostas.

A partilha de informação/textos/respostas entre estudantes implicará a anulação da prova.

Resolução de dúvidas: nos primeiros 30 minutos da prova.

Leia toda a prova antes de responder.

Submeta o seu exame antes do tempo terminar.

Deverá responder a toda a prova no próprio enunciado, colocando as suas respostas a seguir a cada questão.

Não se esqueça também de colocar o seu número e nome, no local indicado para o efeito.

Bom trabalho!

Número de estudante:

Nome completo:

GRUPO I
Assinale as seguintes afirmações como Verdadeiras ou Falsas, escrevendo V ou F no final de cada
uma. Não necessita de justificar as suas respostas (40 questões x 0,25 valores cada = 10 valores).

1. A publicação é o ato pelo qual se permite o conhecimento geral, por parte de toda a
coletividade, de um ato, facto ou situação.

2. Os requisitos de validade do ato administrativo prendem-se com os sujeitos, a forma e as


formalidades, o conteúdo, o objeto e o fim.

3. Todos os atos administrativos são livremente revogáveis.

4. Para visar um documento é feito um controlo de legalidade externa e do cabimento orçamental.

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5. A conversão é o ato administrativo pelo qual se aproveitam os elementos válidos de um ato


ilegal para com eles se compor um outro ato que seja legal.

6. Em caso de incompetência, o poder de ratificar o ato ilegal cabe ao órgão que agiu com
incompetência.

7. Se a notificação ou a publicação não contiverem o sentido da decisão, considera-se que não há


publicação ou notificação e, portanto, o ato é inexistente.

8. O incumprimento do dever de decisão por parte da AP confere ao particular a possibilidade de


recorrer aos meios de tutela administrativa e jurisdicional adequados.

9. O princípio da eficiência encontra-se incluído no princípio da boa administração.

10. O regulamento deriva da atividade administrativa, que é uma atividade secundária, subordinada
à lei; pode ser ilegal e também inconstitucional.

11. O interesse público delimita a capacidade jurídica das pessoas singulares.

12. A lei impõe, via de regra, a obrigatoriedade de fundamentação do ato administrativo. Contudo,
existem casos em que a fundamentação é dispensada por lei.

13. Os requisitos de eficácia são as exigências que a lei faz para que um ato administrativo possa
produzir os seus efeitos.

14. A incompetência pode ser definida como o vício que consiste na prática, por parte de um órgão
administrativo, de um ato incluído nas atribuições ou na competência de outro órgão
administrativo.

15. Via de regra, os procedimentos de iniciativa de particulares devem ser decididos no prazo de
120 dias.

16. A audiência dos interessados implica a notificação dos interessados, previamente à decisão,
para dizerem o que se lhes oferecer.

17. A nulidade do ato administrativo é sanável com o decurso do tempo.

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18. O vício de falta de legitimidade do órgão para agir verifica-se quando um órgão, que nos termos
da lei, está impedido, pratica um ato; ou quando o órgão pede escusa; ou em que houve alguém
suscitou a suspeição, depois de deferida a escusa ou a suspeição pratica o ato.

19. Os requisitos de validade do ato administrativo são as exigências que a lei faz relativamente a
cada um dos elementos deste, para que o ato possa ser válido.

20. O ato anulável, se tiver cumprido todos os requisitos de eficácia, é juridicamente eficaz, até que
seja anulado administrativa ou contenciosamente.

21. Se o regulamento afetar de modo indireto e imediato direitos ou interesses legalmente


protegidos dos particulares, o responsável pela direção do procedimento submete-o, por um
período não inferior a 30 dias, a audiência dos interessados, que se tenham como tal constituído
no procedimento.

22. O princípio da legalidade trata-se, no essencial, do dever de a administração prosseguir o bem


comum, da forma mais eficiente possível.

23. A usurpação de poder é o vício que consiste na prática, por um órgão administrativo, de um ato
incluído nas atribuições do poder legislativo, do poder moderador ou do poder judicial e,
portanto, excluído das atribuições do poder executivo.

24. Os atestados não admitem prova em contrário e, por isso, fazem prova plena.

25. Os atos administrativos convalidantes têm efeitos retroativos à data dos atos a que respeitam,
tudo de passando como se o ato inválido tivesse sido validamente praticado no momento em
que o foi invalidamente.

26. Por vezes é difícil aferir-se se duas situações são semelhantes ou idênticas, à luz do princípio da
igualdade. Nestes casos, deve atender-se aos elementos com que a AP entrou em linha de conta
na situação que beneficiou da desigualdade, elementos esses que estão conexionados com o
interesse privado que se pretende prosseguir com aquele ato.

27. Entende-se por procedimento administrativo a sucessão juridicamente ordenada e de modo


causal e cronológico de atos e formalidades tendentes à formação, manifestação e execução da
vontade dos órgãos da AP, isto é, de um ato administrativo, um contrato ou um regulamento.

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28. A AP pode modificar, suspender ou revogar um regulamento anterior através de um


regulamento de igual valor ou de valor superior, isto é, pela via geral e abstrata.

29. Encontram-se dispensados de fundamentação os atos de homologação de deliberações


tomadas por júris; as ordens dadas pelos superiores hierárquicos aos seus subalternos em
matéria de serviço e com a forma legal.

30. A AP visa essencialmente a prossecução do interesse privado, no respeito pelos direitos e


interesses legalmente protegidos dos cidadãos.

31. A falta da audiência prévia dos interessados é uma ilegalidade nos casos em que é obrigatória,
pelo que o ato final do procedimento enfermará de um vício de procedimento por preterição de
uma formalidade essencial, cuja sanção é a nulidade.

32. Os regulamentos administrativos têm valor infraconstitucional e supralegal.

33. À regra geral da imediatividade dos efeitos jurídicos dos atos administrativos, a lei abre duas
exceções: a eficácia retroativa e a eficácia diferida ou condicionada.

34. A fundamentação de um ato administrativo consiste, essencialmente, na enunciação implícita


das razões que levaram o seu autor a praticar esse ato ou a dotá-lo de certo conteúdo.

35. O princípio da legalidade tem por objeto todos os tipos de comportamento da AP: o
regulamento, o ato e o contrato, bem como os simples factos jurídicos.

36. A execução de um ato administrativo pode ter por finalidade o pagamento de quantia certa, a
entrega de coisa certa, a prestação de um facto positivo ou negativo ou, ainda, o sancionamento
dos particulares, pelo simples facto de desobedecerem às ordens da AP.

37. A interpretação do ato administrativo trata-se do conjunto de operações jurídicas que se


traduzem na determinação do sentido e do alcance juridicamente relevante de um ato
administrativo.

38. Os pressupostos do estado de necessidade administrativo são os seguintes: situação de


autêntica necessidade a resolver, natureza imperiosa do interesse público a defender,
excecionalidade da situação e ausência de alternativas menos gravosas.

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39. A validade trata-se da aptidão intrínseca do ato administrativo para produzir os efeitos jurídicos
correspondentes ao tipo legal a que pertence.

40. A decisão de proceder à execução do ato administrativo corresponde a um ato administrativo


autónomo relativamente ao ato exequendo e não necessita de ser fundamentada.

GRUPO II
Assinale as seguintes afirmações como Verdadeiras ou Falsas, escrevendo V ou F no final de cada uma.
Não necessita de justificar as suas respostas (20 questões x 0,25 valores cada = 5 valores).

1. O contraente público pode resolver o contrato por razões de interesse público, devidamente
fundamentadas, e mediante o pagamento ao cocontratante de justa indemnização.

2. As garantias são de legalidade ou de mérito, conforme visem prevenir ou reparar ofensas ao


bloco de legalidade em vigor ou, diferentemente, quando se encontrem direcionadas ao
cumprimento dos critérios e regras de boa administração que tenham de ser adotados.

3. O recurso trata-se de um meio de impugnação ao dispor do particular, perante o autor do ato.

4. As garantias dos particulares englobam garantias políticas, garantias administrativas e garantias


contenciosas.

5. O princípio tradicional em matéria de responsabilidade for facto ilícito é o da mesma ter base
subjetiva.

6. O contrato administrativo corresponde a uma forma de prosseguir o interesse privado.

7. Existem impugnações administrativas (reclamações e recursos), que são garantias dos


particulares, os quais podem ter por fundamento o mérito do ato administrativo.

8. Um concorrente trata-se de uma entidade, pessoa singular ou coletiva, que participa na fase de
qualificação de um concurso limitado por prévia qualificação, de um procedimento de
negociação, de um diálogo concorrencial ou de uma parceria para a inovação, apresentando
uma candidatura.

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9. Uma das manifestações do poder administrativo trata-se do conjunto dos poderes especiais das
autoridades de polícia. Os poderes de polícia incluem, por exemplo, a faculdade de elaborar
regulamentos policiais, o poder de praticar e executar atos administrativos de polícia, o poder
de aplicar sanções administrativas, entre outros.

10. Nos procedimentos de formação de quaisquer contratos, o adjudicatário deve demonstrar


encontrar-se em condições de celebrar e executar o contrato, apresentando os documentos de
habilitação. A habilitação trata-se da definição de requisitos de idoneidade e de status
profissional do participante.

11. Os pressupostos da responsabilidade subjetiva da AP são os seguintes: facto voluntário, ilícito,


culposo, prejuízo causado, nexo de causalidade entre o facto e o prejuízo (de tal modo que se
possa concluir que o facto foi causa adequada do prejuízo).

12. O poder de direção da execução contratual existe em relação às matérias necessárias à


execução do contrato carentes de regulamentação ou insuficientemente reguladas, de modo a
permitir que o contrato seja executado de modo inconveniente ou inoportuno para o interesse
público.

13. A AP tem de prosseguir o interesse privado, sob pena de desvio de poder.

14. Em matéria de execução do ato administrativo, a AP dispõe do poder de aplicar sanções ao


contraente particular, seja pela inexecução do contrato, seja pelo atraso na execução, seja por
qualquer outra forma de execução imperfeita ou defeituosa.

15. A adjudicação é o ato pelo qual o órgão competente para a decisão de contratar aceita a única
proposta apresentada ou escolhe uma de entre as propostas apresentadas.

16. Uma vez celebrado o contrato, a AP tem o direito de exigir a respetiva execução pelo
cocontratante particular.

17. Os contratos administrativos com objeto passível de ato administrativo ou sobre o exercício de
poderes públicos não podem revestir a mesma forma dos atos que substituem ou que seja
exigida para a atribuição dos poderes em causa.

18. O contrato administrativo não pode extinguir-se por resolução, isto é, pela decisão de uma das
partes de colocar termo ao contrato.
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19. A responsabilidade pré-contratual é aquela que emerge da violação de deveres anteriores à


própria celebração do contrato, nomeadamente os deveres de conduta decorrentes do princípio
da boa fé negocial.

20. O recurso hierárquico necessário é aquele que é indispensável para se atingir um ato
verticalmente definitivo que possa ser impugnado contenciosamente.

GRUPO III
Caso Prático (5 valores)

Por despacho datado de 26-12-2016, Sua Excelência o Ministro da Justiça, determinou o seguinte: “Nos
termos da autorização prevista na Lei 123-A/82, de 26 de março, delego a competência para instruir e
decidir processos disciplinares de funcionários afetos ao IRN, I.P. no presidente daquele instituto.
Apesar da proibição patente do mencionado diploma, por razões de celeridade do serviço, os poderes
ora delegados podem ser subdelegados em qualquer conservador para a instrução e decisão de
processos disciplinares referentes a funcionários afetos à sua conservatória. A delegação de poderes
entra em vigor no dia seguinte à sua publicação e é válida pelo prazo de um ano.” Este despacho foi
publicado na 2ª Série do D.R., no dia 5-1-2017.

Em 28 de Maio do ano corrente, o Senhor Conservador do Registo Civil e Predial de Fornos de Algodres,
no âmbito do processo disciplinar movido a António Pereira Mendes de Sousa, assessor jurídico da
Câmara Municipal de Viseu, emitiu o seguinte despacho: “No uso das competências que me foram
subdelegadas pelo Senhor Presidente do IRN, I.P., julgo provados todos os factos constantes da nota de
culpa que antecede, sem necessidade de audição do arguido e sem necessidade de produção de
qualquer prova adicional, por os factos em causa serem do domínio público, porque publicados na
edição de 26/5/2019 do Correio da Manhã. Em consequência e dada a gravidade dos factos dados por
provados, condeno o arguido à pena de aposentação compulsiva, com desligamento imediato do
serviço. Registe e notifique o superior hierárquico do arguido”.

Notificado deste ato administrativo, no dia imediato, o Presidente da Câmara Municipal de Viseu emitiu
o seguinte despacho: “Na sequência da vaga aberta pela aposentação compulsiva do Senhor Dr. António

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Pereira Mendes de Sousa, nomeio assessor jurídico desta Câmara Municipal o Senhor Eng.º Vítor
Manuel Ferreira, sem necessidade de concurso público, apesar de este ser imposto por lei”.

No mesmo dia, mas antes de ser empossado no seu novo cargo, o Vítor Manuel Ferreira, emitiu o
seguinte despacho: “Na qualidade de assessor jurídico da Câmara Municipal de Viseu, julgo favorável o
recurso hierárquico interposto para a presidência desta câmara pela funcionária Manuela Vitória
Ferreira, determinando a promoção da mesma à categoria de chefe de divisão, com efeitos desde o
passado dia 30 de abril. O despacho anterior, que impunha à recorrente a junção de documentos para
prova dos factos alegados fica prejudicada por esta decisão, mas já se revelava inútil, uma vez que o
percurso profissional a minha mulher é do meu conhecimento pessoal.”

Analise, fundamentadamente, a validade de todos os atos aqui em causa e as respetivas


consequências jurídicas.

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