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Embora seja possível a consulta dos elementos fornecidos pelo docente, manuais, ou outros, qualquer resposta
que consubstancie copy/paste dessas informações, será classificada com 0 (zero) valores.
Onde seja aplicável, deverá procurar fazer uma exposição lógica e coerente do seu raciocínio, assim como uma
correta expressão escrita.
Deverá responder a toda a prova no próprio enunciado, colocando as suas respostas a seguir a cada questão.
Não se esqueça também de colocar o seu número e nome, no local indicado para o efeito.
Bom trabalho!
Número de estudante:
Nome completo:
GRUPO I
Assinale as seguintes afirmações como Verdadeiras ou Falsas, escrevendo V ou F no final de cada
uma. Não necessita de justificar as suas respostas (60 questões x 0,25 valores cada = 15 valores).
1. A notificação é o ato pelo qual se permite o conhecimento geral, por parte de toda a
coletividade, de um ato, facto ou situação.
5. Em caso de incompetência, o poder de ratificar o ato ilegal cabe ao órgão que agiu com
incompetência.
11. A lei impõe, via de regra, a obrigatoriedade de fundamentação do ato administrativo. Contudo,
existem casos em que a fundamentação é dispensada por lei.
12. Os requisitos de eficácia são as exigências que a lei faz para que um ato administrativo possa
produzir os seus efeitos.
13. A incompetência pode ser definida como o vício que consiste na prática, por parte de um órgão
administrativo, de um ato incluído nas atribuições ou na competência de outro órgão
administrativo.
14. A audiência dos interessados implica a notificação dos interessados, previamente à decisão,
para dizerem o que se lhes oferecer.
16. O vício de falta de legitimidade do órgão para agir verifica-se quando um órgão, que nos termos
da lei, está impedido, pratica um ato; ou quando o órgão pede escusa; ou em que houve alguém
suscitou a suspeição, depois de deferida a escusa ou a suspeição pratica o ato.
17. Os requisitos de validade do ato administrativo são as exigências que a lei faz relativamente a
cada um dos elementos deste, para que o ato possa ser válido.
18. O ato anulável, se tiver cumprido todos os requisitos de eficácia, é juridicamente eficaz, até que
seja anulado administrativa ou contenciosamente.
21. As garantias dos particulares podem ser definidas como os meios criados pela ordem jurídica,
com a finalidade de evitar ou sancionar as violações do direito objetivo, as ofensas dos direitos
subjetivos ou dos interesses legalmente protegidos dos particulares, ou o demérito da ação
administrativa por parte da AP.
22. O caderno de encargos trata-se de um regulamento que define os termos a que obedece a fase
de formação do contrato até à sua celebração.
26. A modificação unilateral do contrato é a situação em que o contraente público impõe ou obtém
alterações no objeto ou no conteúdo do contrato, ficando o cocontratante privado com o direito
a uma indemnização, ou à revisão dos preços; ou, em face da lei atual, à resolução do contrato,
em certos casos.
27. O poder de conformação da relação contratual pelo contraente público existe como regra, salvo
quando outra coisa resultar da natureza do contrato ou da lei.
28. O júri do procedimento é um órgão permanente, que dirige a instrução do procedimento pré-
contratual, competindo-lhe, nomeadamente: apreciar as candidaturas e as propostas; elaborar
os relatórios de análise das candidaturas e das propostas; exercer a competência que lhe seja
delegada pelo órgão competente para a decisão de contratar.
29. O concorrente é uma pessoa singular ou coletiva que apresenta uma proposta.
30. A decisão de escolha do procedimento a adotar cabe ao órgão competente para a decisão de
contratar e não necessita de ser fundamentada.
31. A adjudicação é o ato pelo qual o órgão competente para a decisão de contratar aceita a única
proposta apresentada ou escolhe uma de entre as propostas apresentadas.
32. A competência é constituída pelo conjunto de poderes-deveres atribuídos por lei a um órgão
administrativo, tendo em vista a prossecução dos fins da pessoa coletiva.
35. As garantias administrativas são garantias que se efetivam através da atuação e decisão dos
órgãos da AP.
36. A ofensa de direitos ou interesses legalmente protegidos dos particulares não é passível de
impugnação contenciosa.
39. Nos contratos de especial complexidade, o gestor do contrato deve elaborar indicadores de
execução quantitativos e qualitativos que permitam medir o desempenho do cocontratante.
41. Os atestados não admitem prova em contrário e, por isso, fazem prova plena.
42. Os atos administrativos convalidantes têm efeitos retroativos à data dos atos a que respeitam,
tudo de passando como se o ato inválido tivesse sido validamente praticado no momento em
que o foi invalidamente.
43. Por vezes é difícil aferir-se se duas situações são semelhantes ou idênticas, à luz do princípio da
igualdade. Nestes casos, deve atender-se aos elementos com que a AP entrou em linha de conta
na situação que beneficiou da desigualdade, elementos esses que estão conexionados com o
interesse privado que se pretende prosseguir com aquele ato.
46. A falta da audiência prévia dos interessados é uma ilegalidade nos casos em que é obrigatória,
pelo que o ato final do procedimento enfermará de um vício de procedimento por preterição de
uma formalidade essencial, cuja sanção é a nulidade.
48. À regra geral da imediatividade dos efeitos jurídicos dos atos administrativos, a lei abre duas
exceções: a eficácia retroativa e a eficácia diferida ou condicionada.
51. Se o poder é discricionário e não é prosseguido o fim público legal ou este não é o motivo
principalmente determinante da atuação do órgão administrativo, o ato administrativo padece
do vício de desvio de poder.
53. Nos procedimentos de iniciativa privada é necessário um requerimento do particular para dar
início ao procedimento. Este requerimento faz parte da fase instrutória.
54. Na atualidade, e mais concretamente no Direito português, são duas as funções do princípio da
legalidade: assegurar o primado do poder legislativo sobre o poder executivo e garantir os
direitos e interesses legalmente protegidos dos particulares.
55. A concretização do princípio da boa fé é possibilitada através de dois princípios básicos: tutela
da confiança legítima e materialidade subjacente.
57. Os regulamentos autónomos são elaborados pelos órgãos administrativos no exercício da sua
competência, para assegurar a realização das atribuições das pessoas coletivas a que
pertencem.
58. O visto volitivo distingue-se da aprovação, pois nesta quem aprova exprime a sua concordância
com o conteúdo e a oportunidade do ato aprovado, ao passo que no visto o órgão que o pratica
não emite opinião, limita-se a não objetar.
59. Na retrotração, o ato administrativo não começa a produzir efeitos desde o momento da sua
prática.
60. O princípio da legalidade tem por objeto todos os tipos de comportamento da AP: o
regulamento, o ato e o contrato, bem como os simples factos jurídicos.
GRUPO II
Caso Prático (5 valores)
Por despacho datado de 26-12-2016, Sua Excelência o Ministro da Justiça, determinou o seguinte: “Nos
termos da autorização prevista na Lei 123-A/82, de 26 de março, delego a competência para instruir e
decidir processos disciplinares de funcionários afetos ao IRN, I.P. no presidente daquele instituto.
Apesar da proibição patente do mencionado diploma, por razões de celeridade do serviço, os poderes
ora delegados podem ser subdelegados em qualquer conservador para a instrução e decisão de
processos disciplinares referentes a funcionários afetos à sua conservatória. A delegação de poderes
entra em vigor no dia seguinte à sua publicação e é válida pelo prazo de um ano.” Este despacho foi
publicado na 2ª Série do D.R., no dia 5-1-2017.
Em 28 de Maio do ano corrente, o Senhor Conservador do Registo Civil e Predial de Fornos de Algodres,
no âmbito do processo disciplinar movido a António Pereira Mendes de Sousa, assessor jurídico da
Câmara Municipal de Viseu, emitiu o seguinte despacho: “No uso das competências que me foram
subdelegadas pelo Senhor Presidente do IRN, I.P., julgo provados todos os factos constantes da nota de
culpa que antecede, sem necessidade de audição do arguido e sem necessidade de produção de
qualquer prova adicional, por os factos em causa serem do domínio público, porque publicados na
edição de 26/5/2019 do Correio da Manhã. Em consequência e dada a gravidade dos factos dados por
provados, condeno o arguido à pena de aposentação compulsiva, com desligamento imediato do
serviço. Registe e notifique o superior hierárquico do arguido”.
Notificado deste ato administrativo, no dia imediato, o Presidente da Câmara Municipal de Viseu emitiu
o seguinte despacho: “Na sequência da vaga aberta pela aposentação compulsiva do Senhor Dr. António
Pereira Mendes de Sousa, nomeio assessor jurídico desta Câmara Municipal o Senhor Eng.º Vítor
Manuel Ferreira, sem necessidade de concurso público, apesar de este ser imposto por lei”.
No mesmo dia, mas antes de ser empossado no seu novo cargo, o Vítor Manuel Ferreira, emitiu o
seguinte despacho: “Na qualidade de assessor jurídico da Câmara Municipal de Viseu, julgo favorável o
recurso hierárquico interposto para a presidência desta câmara pela funcionária Manuela Vitória
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Tipo de Prova Ano letivo Data
Exame Final – Época Especial 2019/2020 12/09/2020
Curso Hora
Licenciatura em Solicitadoria 10h00
Duração
Unidade Curricular
02h30+30 min de
Direito Administrativo II
tolerância
Ferreira, determinando a promoção da mesma à categoria de chefe de divisão, com efeitos desde o
passado dia 30 de abril. O despacho anterior, que impunha à recorrente a junção de documentos para
prova dos factos alegados fica prejudicada por esta decisão, mas já se revelava inútil, uma vez que o
percurso profissional a minha mulher é do meu conhecimento pessoal.”