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CORONAVÍRUS

Estados Unidos serão os primeiros a


alcançar imunidade de grupo. Europa
espera até ao terceiro trimestre de 2021
De acordo com as previsões, os EUA atingirão meta da imunização no segundo trimestre de
2021. Europa conseguirá o mesmo objectivo menos de três meses depois.

Lusa
8 de Dezembro de 2020, 18:38

Previsão diz que Europa atingirá imunidade menos de três meses depois dos Estados Unidos REUTERS/DADO RUVIC

Peritos da indústria farmacêutica alertaram esta terça-feira que a imunidade de grupo


através das vacinas contra a covid-19 será alcançada em diferentes velocidades no
mundo, antevendo que os Estados Unidos serão os primeiros a atingi-la no segundo
trimestre de 2021.
De acordo com as projecções dos mesmos peritos, e em comparação com os norte-
americanos, a Europa terá de esperar mais alguns meses e a região da América Latina
quase um ano.

Estes cálculos, apresentados esta terça-feira pela empresa de análise Airfinity numa
conferência de imprensa da Federação Internacional das Associações da Indústria
Farmacêutica (IFPMA), apontam que o Ocidente poderá alcançar a imunidade de grupo
ao longo do próximo ano, enquanto outras regiões do mundo poderão só atingir esta
meta em 2023.

Ressalvando que estas previsões podem mudar em função da efectividade das futuras
vacinas contra a doença (https://www.publico.pt/2020/12/08/fotogaleria/vacinas-403856)
covid-19, o director-executivo da Airfinity, Rasmus Bech Hansen, afirmou que os cálculos
desenvolvidos apontam que os Estados Unidos da América (EUA) serão o primeiro país
onde a imunidade do grupo será alcançada
(https://www.publico.pt/2020/07/04/ciencia/noticia/estudo-indica-possivel-imunidade-
grupo-apenas-20-casos-1923007), seguidos pelo vizinho Canadá, que irá alcançar
também esta meta no segundo trimestre de 2021.

Os Estados Unidos são o país mais afectado pela actual crise pandémica, tanto em
número de mortos como de casos, com um total de 283.746 mortes e 14.955.025 casos
recenseados, segundo o balanço mais recente da universidade norte-americana Johns
Hopkins.

Nos Estados Unidos ainda não existe uma vacina contra a covid-19
(https://www.publico.pt/2020/12/03/impar/noticia/obama-clinton-bush-oferecemse-
serem-vacinados-directo-1941597) autorizada ou aprovada.
Citadas pelas agências internacionais, as projecções da Airfinity antevêem que o Reino
Unido, que arrancou esta terça-feira com a sua campanha nacional de vacinação
(https://www.publico.pt/2020/12/08/mundo/noticia/covid19-britanica-90-anos-primeira-
receber-vacina-pfizer-1942156), será o terceiro país a alcançar a imunidade de grupo,
igualmente em meados de 2021.

O país europeu mais afectado pela actual crise sanitária (com mais de 61 mil mortos e
mais de 1,7 milhões de casos de infecção pelo novo coronavírus), o Reino Unido é o
primeiro no mundo a ter autorizado a utilização da vacina anti-covid-19 desenvolvida
pelo grupo farmacêutico norte-americano Pfizer e pela empresa alemã BioNTech e foi o
primeiro país ocidental a iniciar a sua campanha de vacinação.

Os cálculos da Airfinity prevêem ainda que na zona da União Europeia (UE), onde
Portugal está integrado, a imunidade de grupo seja alcançada no terceiro trimestre do
próximo ano, enquanto na Austrália será necessário esperar até ao final de 2021.

A região da América Latina terá de esperar até ao final do primeiro trimestre de 2022
para conseguir a imunidade de grupo, acrescentaram as mesmas projecções, que
avançaram também que o Japão só deverá atingir tal meta no início do segundo trimestre
desse mesmo ano.

Já a China, onde foram detectados os primeiros casos da doença covid-19 no final de 2019
(https://www.publico.pt/2020/07/07/ciencia/noticia/peritos-oms-partem-china-
fimdesemana-identificar-origem-coronavirus-1923487), a imunidade de grupo poderá ser
atingida no terceiro trimestre de 2022, de acordo com os mesmos cálculos.

As perspectivas são ainda menos animadoras para a Índia ou para a Rússia.


Apesar de ser um dos principais produtores de vacinas para diversas doenças, a Índia
poderá só alcançar a imunidade de grupo tão desejada no primeiro trimestre de 2023,
enquanto as previsões para a Rússia apontam para uma espera
(https://www.publico.pt/2020/11/11/ciencia/noticia/covid19-resultados-preliminares-
revelam-vacina-russa-sputnik-v-eficacia-92-1938760) que ultrapassa os primeiros três
meses desse mesmo ano.

“Um dos grandes desafios será a produção de enormes doses de vacinas”, disse o
director-executivo da Airfinity, empresa que fornece dados a empresas farmacêuticas e a
entidades governamentais.

A pandemia da doença covid-19 já provocou pelo menos 1.545.320 mortos resultantes de


mais de 67,5 milhões de casos de infecção em todo o mundo, segundo um balanço feito
pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus (SARS-Cov-2) detectado no final de


Dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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