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Programa Educacional VigiEpidemia

Especialização em Vigilância e Cuidado em Saúde no Enfrentamento da


COVID-19 e de Outras Doenças Virais
Cursista: Gustavo da Silva Cândido

Um olhar sobre a equidade e a vacinação frente à covid-19

Pensando no processo de imunização diante do cenário da pandemia causada pela


COVID-19, pode-se perceber que toda a estrutura de governança global e regional deve se
mobilizar em função da população. Abraçar aos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS),
diminuindo iniquidades e implementando estratégias de cooperação, já que existe necessidade
de gerenciar os riscos de saúde que se agravam de forma desigual; de considerar os
determinantes mais amplos da saúde, a partir de uma perspectiva governamental integral e de
investimento que diminuam dificuldades de atenção a regiões que necessitem de atenção
diferenciada.
O princípio da equidade na atenção à saúde está relacionado à discussão da justiça
social, que inclui atenção à saúde e ações de acordo com as necessidades dos cidadãos
individuais, que visam homogeneizar as assimetrias sociais, ambientais e econômicas. A
equidade em saúde foi incluída na declaração Universal dos direitos humanos e se tornou
fundamental, pois é um dos princípios estruturantes dos sistemas universais de saúde, como o
Sistema Único de Saúde no Pau-Brasil, e se configura como um grande desafio a ser vencido.
De certa forma, esse cenário vem sendo de certa forma reafirmado nos debates do setor
saúde como meta a ser alcançada para garantir uma efetiva melhoria da saúde da população e
levar uma vacina contra a COVID-19 para todo o Brasil.
A política justa é o caminho para a igualdade. Nessa perspectiva, pode ser considerada a
consolidação de iniciativas como a implantação mais rápida, mais eficaz e mais ampla do
COVID-19 em áreas onde a ação é mais necessária para garantir a igualdade de circunstâncias.
Isso pode promover uma distribuição mais equitativa entre indivíduos e grupos sociais
vulneráveis, com uma visão utópica de uma situação de homogeneidade em que todos possuam
uma oportunidade mais justa e ética de obter a imunização.
Em termos de políticas públicas, a logística deve ser sistematicamente revisada e
atualizada para tornar a política de vacinação mais transparente, o que inclui as etapas de
oferta, importação e distribuição de vacinas em cada estado. Atenção especial e apoio logístico
devem ser dispensados ​à implantação de ações estratégicas voltadas às populações das regiões
mais carentes e às comunidades étnicas tradicionais.

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