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2) O modelo de codificação e decodificação de Stuart Hall desconstrói a ideia da

comunicação como sendo linear e unidirecional. Para ele, a mensagem não é fixa, é um bem
simbólico que tem diferentes formas de leitura - tendo o receptor o papel de assimilar e
interpretar ideias - e só pode gerar efeito se for transformada em prática social.

Essas práticas sociais produzem sentido ao cotidiano e levam em conta a bagagem


sociocultural dos indivíduos. Os meios de comunicação, então, transformam e recortam
aspectos da vida social - os quais tem significados relativos de acordo com a cultura e
sociedade que se ambientam - mediante a mensagem que é codificada. A codificação, apesar
de ter posição privilegiada, não determina totalmente a decodificação.

Em suma, a comunicação circular entendida por Hall constitui a cultura pela ação e pela
linguagem; as práticas sociais se articulam através do discurso, requerindo integração na
sociedade para entendimento da mensagem.

No estudo do Scup, é possível entender o comportamento nos acessos às redes sociais


mencionadas quando se tem noção da função de cada uma delas e de um quadro cultural geral
dos usuários.

O Instagram teve crescimento considerável nos acessos aos finais de semana e véspera, além
de seu pico ser na sexta-feira no pós horário comercial. É possível relacionar isso à
casualidade do aplicativo, tendo em vista que é uma rede social de registros audiovisuais,
quase sempre fotografias. O Twitter, por outro lado, em seu papel de microblog onde as
notícias e opiniões correm rapidamente, é bastante acessado também fora do horário
comercial mas, principalmente, aos domingos - o dito "dia de descanso".

As mídias sociais estão passando a se constituir como referencias do modo de ser da


sociedade, o que reforça a ideia de Hall de como a mensagem é uma estrutura muito mais
complexa de significados quanto os positivistas pensavam.

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