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Índice

1.Introdução..............................................................................................................................2

1.1.Objectivos...........................................................................................................................2

1.2.Geral...................................................................................................................................2

1.2.1.Especifico........................................................................................................................2

2.História da Leitura.................................................................................................................3

3.Importância da Leitura...........................................................................................................5

4.Referencias Bibliograficas.....................................................................................................6
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1. Introdução
Atualmente, é evidente que a prática da leitura e a habilidade de escrever de forma eficaz
estão se tornando cada vez mais comuns nas escolas. No entanto, muitos alunos parecem não
ter interesse pela leitura e encaram a tarefa de ler um texto ou livro como uma punição. Esse
cenário pode ser atribuído à falta de consideração da escola e dos professores em relação ao
conhecimento e experiências dos alunos fora do ambiente escolar. Como resultado, os
alunos são incentivados a produzir textos que valorizam apenas a norma culta, com o único
propósito de serem avaliados pelos professores.

Conforme Geraldi (2006, p. 120) ressalta, no contexto escolar, os alunos são obrigados a
seguir determinados padrões preestabelecidos ao escrever, além de terem seus textos
avaliados. Cientes disso, os estudantes tendem a escrever de acordo com o que acreditam
que o professor irá apreciar. Portanto, é perceptível que, na maioria das vezes, os alunos não
têm a oportunidade de escolher o que desejam escrever, uma vez que a escola não oferece
liberdade para tal, nem aborda as variações linguísticas.

É fundamental destacar que tanto a escola (professores) quanto a família desempenham um


papel crucial no estímulo à leitura. É através desse comprometimento conjunto que os alunos
podem compreender que a leitura é a base para a interação entre as palavras e o mundo ao
seu redor. Nesse sentido, Chiappini (2001, p. 22) enfatiza a importância de promover a
interação entre os indivíduos, considerando a leitura não apenas como a decodificação das
palavras, mas também como a compreensão do mundo. Essa atividade é essencial para a
formação de sujeitos capazes de interagir com o mundo e exercer sua cidadania..

1.1. Objectivos

1.2. Geral
 Descrever a História da Leitura

1.2.1. Especifico
 Explicar a importância da leitura
 Apresentar o conceito da Leitura
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2. História da Leitura
A história da leitura se destaca como uma das áreas de estudo mais relevantes dentro da
pesquisa histórica na segunda metade do século XX. Ela proporciona um vasto campo de
compreensão para a História, permitindo uma análise profunda das práticas de leitura ao
longo do tempo..

A partir dos anos 1970, a história da leitura emergiu como um campo de estudo altamente
produtivo, especialmente com a influência da nova história, uma abordagem historiográfica
desenvolvida na França. A nova história cultural trouxe consigo um interesse renovado por
novos objetos de estudo, abordagens diferentes e desafios inéditos para a História. Um
desses novos objetos foi a prática de leitura, ou seja, como a forma de ler evoluiu ao longo
das diferentes épocas da história humana, de acordo com as construções sociais de cada uma
delas.

A abordagem da "nova história" tinha como objetivo superar os antigos padrões dos estudos
históricos, que se baseavam em análises simplificadas e generalizadas do passado, sem
conseguir capturar a atmosfera das diferentes situações vivenciadas pelos diversos grupos
humanos. Para alcançar essa compreensão mais profunda, foi necessário direcionar as
pesquisas para a "história das práticas". A história das práticas de leitura está
intrinsecamente ligada à história dos meios utilizados para acomodar a escrita.

Diversos suportes foram utilizados ao longo da história para acomodar a escrita, desde as
tabuinhas cuneiformes da Antiga Mesopotâmia até a escrita virtual nos monitores de
computador. Esses suportes desempenharam um papel significativo na determinação e
moldagem das práticas de leitura em cada período específico. Por exemplo, nas sociedades
antigas, onde a escrita era restrita a uma elite composta por sacerdotes, escribas e outros
indivíduos ligados à hierarquia, a leitura era predominantemente uma prática oral e coletiva.
Textos eram lidos em voz alta para um grande número de pessoas, e a memorização de
trechos literários, como as epopeias de Homero, era uma parte importante da educação
infantil em Atenas.

A leitura silenciosa começou a ser praticada pelos monges copistas durante a Idade Média.
Esse hábito surgiu devido às circunstâncias em que eles estavam inseridos. Os monges,
responsáveis por copiar manuscritos clássicos e cristãos e decorar os livros com iluminuras,
precisavam de um ambiente tranquilo que permitisse uma leitura atenta e precisa para o seu
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trabalho. Com o passar do tempo, a leitura silenciosa se popularizou e se tornou comum,


especialmente após a invenção da imprensa por Gutenberg no século XV.

Durante o século XVIII, o surgimento do romantismo literário e das feiras de livros em


diversas cidades europeias impulsionou a popularização da prática da leitura, que passou a
exercer um grande impacto na sociedade. Um exemplo disso foi o engajamento dos
burgueses franceses na Revolução de 1789, motivado em grande parte pela leitura de
panfletos políticos e escritos filosóficos dos iluministas. Essa ampla adesão à leitura
demonstrou o poder transformador que esse hábito tinha sobre as pessoas na época.

Um dos principais estudiosos da história da leitura, o historiador Roger Chartier, concentrou


seus estudos no impacto das práticas de leitura nas chamadas "comunidades interpretativas"
ao longo do tempo. Atualmente, nossa relação com a leitura está fortemente ligada aos
hábitos sociais construídos em torno da tecnologia, como o uso de telas de computador e a
internet.

Quando discutimos a leitura, pode parecer algo subjetivo, mas é importante destacar que
uma das características fundamentais da leitura é o acesso a informações e ao conhecimento
globalmente produzido. Segundo Freire (2011), antes mesmo de aprender a ler palavras, o
indivíduo já possui uma leitura do mundo, porém, essa leitura só se completa e se abre para
o sujeito quando ele domina a habilidade de leitura verbal.

De acordo com as reflexões de Martins (2006) sobre a leitura, ela pode ser considerada
como uma experiência individual, na qual o leitor decodifica os signos linguísticos para
compreender sua mensagem. Além disso, a leitura também é vista como um processo mais
amplo, no qual o leitor atribui sentido aos sinais linguísticos, buscando uma compreensão
mais completa.

Seguindo essa linha de pensamento, Martins (op. cit.) argumenta que a leitura é um processo
de diálogo entre o leitor e o objeto de leitura, que pode assumir diferentes formas, como
textos escritos, materiais sonoros, gestos, imagens ou até mesmo eventos. Nesse sentido, a
leitura envolve a interação do leitor com o conteúdo, buscando compreender e atribuir
sentido ao que está sendo lido.
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A partir das considerações acima, a autora define leitura como sendo “um processo de
compreensão de expressões formais e simbólicas, não importando por meio de que
linguagem” (MARTINS, 2006, p. 30).

3. Importância da Leitura
A prática da leitura sempre foi uma presença constante em nossas vidas, desde cedo. É uma
atividade essencial que nos permite aprender, desenvolver nossa capacidade crítica e
adquirir conhecimento, tornando-nos cidadãos mais informados e engajados na sociedade.
Se observarmos com atenção, a leitura já faz parte do nosso cotidiano em diversas atividades
diárias, como o uso das redes sociais, a leitura de jornais, assistir televisão, ler rótulos de
produtos no supermercado e até mesmo trocar mensagens por e-mail ou mensagens de texto,
entre outros exemplos. (Gonçalves, 2013, p.11).

A leitura proporciona inúmeros benefícios para os seres humanos, pois nos oferece novas
perspectivas sobre o mundo ao nosso redor e nos proporciona uma ampla bagagem que é
essencial para compreender tanto os outros quanto a nós mesmos. Ao ler um livro, muitas
vezes entramos em contato com o ponto de vista do autor e compreendemos, por meio de
suas experiências de vida, por que ele adotou certos comportamentos. Dessa forma, como
leitores, conseguimos nos colocar mais facilmente no lugar do outro, desenvolvendo um
sentimento de compreensão e tolerância em relação às outras pessoas.
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4. Referencias Bibliograficas
Britto, luiz percival leme. Leitura e política. In evangelista, aracy alves martins; brandão,
heliana maria b.; machado, maria zélia versiani (organizadoras). Escolarização da
leitura literária. Belo horizonte: autêntica, 2006.

Chiappini, ligia (coord.). Aprender e ensinar com texto. 3 ed. São paulo: cortez, 2001.

Fernnandes. Cláudio, historial da leitura Disponível em:


https://www.historiadomundo.com.br/curiosidades/historia-leitura.htm. Acesso em
29.02.2024

Geraldi, joão wanderley. Unidades básicas do ensino do português. 3ª ed. São paulo, 2003.

Gonçalves, d. (2013). A importância da leitura nos anos iniciais escolares, são gonçalo:
universidade do estado do rio de janeiro, pp. 11-13.

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