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Do 05
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Autor:
Felipe Petrachini, Tiago Zanolla
Aula 05
23 de Agosto de 2021
Felipe Petrachini, Tiago Zanolla
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Sumário
2.10 Das Comunicações Oficiais, Transmissão de Informações Processuais, e Prática de Atos Processuais
por Meio Eletrônico .............................................................................................................................. 2
Gabarito .................................................................................................................................................. 31
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Art. 47. Os servidores dos ofícios de justiça deverão se adaptar continuamente às evoluções do
sistema informatizado oficial, utilizando plenamente as funcionalidades disponibilizadas para a
realização dos atos pertinentes ao serviço (emissão de certidões, ofícios, mandados, cargas de autos
etc.).
Se um ato pode ser praticado através do sistema informatizado oficial, ele DEVE ser praticado através do
sistema informatizado oficial.
Muito bem: o Poder Judiciário do Estado de São Paulo manifesta sua preferência pela utilização de meios
digitais de comunicação em diversas passagens do Provimento.
Art. 112. Ressalvada a utilização dos meios convencionais no caso de indisponibilidade do sistema
informatizado e do sistema de malote digital, quando implantado, as comunicações oficiais que
transitem entre os ofícios de justiça serão por meio eletrônico, observadas as regras estabelecidas
nesta Seção.
A primeira comunicação que aparece é aquela realizada entre os próprios Ofícios de Justiça. Se o Ofício de
Justiça A deseja solicitar um processo que se encontra no Ofício de Justiça B, deverá fazer esta solicitação
por meio eletrônico (nós estudaremos passo a passo como fazer essa solicitação)
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voltar para a 1ª Instância com seus questionamentos, pode simplesmente encaminhar um e-mail para a
respectiva Vara, perguntando sobre aquilo que deseja saber.
Nada de papel de novo: encaminhe um e-mail e estará tudo certo! (quer dizer, desde que essa
comunicação seja enviada como manda o artigo 115).
II - ofícios;
O Juiz deseja comunicar um órgão externo a respeito de uma decisão de sua lavra? Pois bem, você
elaborará um ofício utilizando o sistema informatizado oficial e... adivinha? Vai encaminhá-lo
eletronicamente!
O mesmo vale para as recorrentes comunicações e solicitações feitas pelos Ofícios de Justiça sobre
absolutamente qualquer coisa:
III - comunicações;
IV - solicitações;
Dentre as quais:
Pois bem, segundo o Provimento, as certidões apontadas no inciso V podem ser solicitadas e
encaminhadas eletronicamente. Entretanto, navegando no site do Portal de Serviços do TJ SP (ESAJ), só
consegui confirmar a solicitação e entrega de certidões criminais pelo próprio sistema.
Só nos resta acreditar que as demais certidões também podem ser obtidas eletronicamente, afinal, o
Provimento assim ordenou que fosse possível.
E, por derradeiro:
Lembra-se de que a competência do Magistrado está limitada, entre outros fatores, aos limites territoriais
da comarca? Mesmo assim, e se ele precisar que determinado ato seja praticado fora dos limites de sua
comarca?
Por exemplo: autor e réu litigam na Comarca da Capital, mas uma das testemunhas que precisa ser ouvida
reside em outra comarca, bem longe dali.
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Não podemos fazer a testemunha vir até nós, então faremos o seguinte: enviaremos uma carta precatória
para o Juízo daquela comarca, a fim de que ele providencie a realização da diligência (neste caso, a oitiva
da testemunha).
Se estivermos com pressa, dificilmente a diligência será realizada a tempo, daí a previsão específica do
inciso VI: em caso de urgência, a carta precatória deve ser encaminhada eletronicamente.
Ok, mas: quem é que pode encaminhar as informações e documentos eletronicamente? Veja que é uma
pergunta interessante: se o mesmo documento fosse produzido em papel, não aceitaríamos que ele fosse
confeccionado e encaminhado por qualquer pessoa, certo?
==14cab7==
Ora, o documento eletrônico mantém essas mesmas características, com a diferença que sua transmissão
é mais simples de ser realizada. O resto continua o mesmo.
Dito isto:
Art. 114. A transmissão eletrônica de informações e documentos será realizada por dirigente,
escrivão judicial, chefe de seção e escrevente técnico judiciário.
Estagiário pode transmitir informações e documentos eletronicamente? NÃO! Mas ele está se graduando
em direito, é bastante diligente, e a tarefa vai ajudar no aprendizado dele! Então peça ao estagiário para
sentar ao lado de um escrevente técnico judiciário e OBSERVAR enquanto o ESCREVENTE TÉCNICO
JUDICIÁRIO faz a transmissão :P.
Ah Professor! É fácil: Eu já sei mandar e-mail, é só utilizar os anos de prática na frente do computador que
já possuo e continuar fazendo igual no TJ SP. Vou até unificar minha conta pessoal com a institucional,
porque acho o layout do gmail / yahoo/ bol/ uol/ "insira o serviço de e-mail de sua preferência aqui"/ mais
bonitinho que o do Tribunal de Justiça...
Queria eu que fosse tão simples assim. Fosse, não haveria 9 incisos de instrução sobre como remeter uma
comunicação eletrônica e outros 5 incisos sobre como recebê-la...
Então preste atenção nesta lista de passos para se REMETER uma comunicação eletrônica:
Primeira coisa: quem presta a informação é a pessoa, não a unidade. O e-mail será encaminhado através
do seu e-mail funcional: fulano@tjsp.jus.br ao invés de xoficiocivelsp@tj.sp.jus.br. Obviamente, o e-
mail pessoal também não serve...
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Bom, você não está escrevendo um e-mail à toa. Você pretende que alguém o leia. Então nós precisamos
preencher o campo "para", indicando o destinatário. E agora vem a parte interessante: embora quem
envie a mensagem seja uma pessoa, quem a recebe é um Ofício de Justiça. Fulano não escreve para
Ciclano, Fulano escreve para outro Ofício de Justiça, ou para outra unidade.
E também existe um motivo para você escrever aquele e-mail. Assim, toda comunicação eletrônica tem
um assunto:
Relembrando:
De: fulano@tjsp.jus.br
Para: xoficiocivelsp@tj.sp.jus.br
A comunicação eletrônica precisa versar sobre uma das hipóteses do artigo 113!
E vamos indo:
III - digitar, no corpo do texto da mensagem eletrônica, os dados do processo (número, unidade
judiciária, comarca e partes) e o endereço do correio eletrônico (e-mail) institucional da unidade
em que lotado;
Cuidado para não ser enganado: quem está enviando o e-mail é uma pessoa, quem está recebendo é uma
unidade. Mas, no corpo do e-mail, o remetente deve fazer constar o e-mail da sua própria unidade. Afinal,
se uma resposta tiver de ser encaminhada, terá de seguir as mesmas regras.
fulano@tjsp.jus.br->xoficiocivelsp@tj.sp.jus.br
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ciclano@tj.sp.jus.br->yoficiocivelsp@tjsp.jus.br
De: fulano@tjsp.jus.br
Para: xoficiocivelsp@tj.sp.jus.br
Mensagem:
Partes:
Autor: Pedro
Réu: Paulo
Ironicamente, este e-mail terá de ser impresso para fazer parte do processo...
IV - juntar aos autos cópia da mensagem eletrônica enviada, dispensadas a impressão e a juntada
de anexos que consistirem em peças do processo, ou, quando a mensagem não se referir a feito do
próprio ofício de justiça, arquivá-la no classificador correspondente;
Se os documentos anexos ao e-mail já constam no processo (por exemplo, uma certidão, petição, laudo,
ofício ou o documento de sua preferência), não há razão para juntá-lo novamente no processo: ELE JÁ
ESTÁ LÁ!!!
Assim, apenas a impressão e juntada do e-mail serão necessárias, e os anexos podem ou não ser juntados.
E se a comunicação eletrônica não se referir a qualquer processo do Ofício de Justiça. Ora meu caro: para
isso temos classificadores :P.
Bom, que mais você está querendo mandar? Provavelmente algum documento digitalizado, instruindo a
solicitação que você está confeccionando...
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Grande PDF!!!!O Portable Document Format é um formato de arquivo bastante popular desenvolvido pela
empresa Adobe System. Sua característica mais peculiar é que um formato aberto (as especificações do
formato são de conhecimento público e não há restrições legais para o seu uso por quem quer que seja) e
de fácil utilização (tanto que você está estudando por uma apostila inteiramente montada no formato
PDF).
Essas especificações técnicas dizem o motivo pelo qual o Tribunal de Justiça escolheu este formato
particular, mas a você, apenas interessa saber que todo e qualquer anexo encaminhado eletronicamente
deve ser gerado em formato PDF.
De: fulano@tjsp.jus.br
Para: xoficiocivelsp@tj.sp.jus.br
Mensagem:
Partes:
Autor: Pedro
Réu: Paulo
Anexos: formulário.pdf
Se estivéssemos lidando com processos em papel, toda vez que um processo sai da repartição, é emitida
uma relação de remessa, indicando o destino do processo.
O destinatário, ao assinar a relação de remessa, confirma que recebeu aquele processo, e passa a ser
responsável por ele.
Não seria legal ter um mecanismo semelhante nos e-mails? Afinal, queremos ter certeza que o
destinatário recebeu a mensagem e que agora é responsável por dar andamento à solicitação.
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Mas pera aí: essa opção existe nos e-mails também! São duas opções na verdade: a "confirmação de
entrega" (que indica que o e-mail chegou à caixa de entrada do destinatário) e a "confirmação de leitura"
(que indica que o e-mail foi aberto pelo destinatário).
Quase terminando...
O que talvez mais pese em desfavor dos documentos digitais seja a desconfiança que as pessoas têm a
respeito da autenticidade do documento. Afinal de contas, se você pegar uma cédula de dinheiro, vai ver
um monte de marcas d’agua, sinais de segurança, e até uma fitinha passando a nota de ponta a ponta.
Se receber uma comunicação oficial, verá a assinatura da autoridade que mandou expedi-la, ou da que
emitiu o despacho. Enfim, os documentos físicos transmitem mais segurança àqueles que o consultam,
justamente porque exibem sinais que garantem ao consulente (aquele que consulta) que aquele
documento foi emitido por determinado órgão.
Contudo, usemos este pdf como exemplo de documento digital. Você sabe que ele é autêntico (que fui eu
quem o fez) porque baixou o arquivo do site.
Entretanto, se, por alguma infelicidade, este mesmo arquivo circular na rede de maneira não autorizada
(só lembrando que é feio e que é crime), convenhamos: qualquer pessoa poderia ter montado o cabeçalho,
colocado o logo do Estratégia e dizendo ser eu, posto o pdf em circulação.
Como garantir que um documento tão versátil como o documento eletrônico transmita a mesma
confiança àqueles que o consultam?
Pense no Certificado Digital como um documento eletrônico com seu nome e um número de controle
único. Através dele, você passa a ser capaz de “assinar” digitalmente os documentos que criar, e assim,
perante os olhos do computador e de todos que acessarem o arquivo, foi você o autor do documento.
Isso é possível, pois, de forma semelhante a uma assinatura, apenas o usuário do Certificado Digital possui
a senha que permite que a certificação seja inserida no documento. Se a senha para o certificado digital de
fulano foi inserida no documento, é porque fulano é o autor daquele documento, da mesma forma que, se
um rabisco com determinado formato é colocado em um documento em papel, apenas a pessoa com
aquele punho e caligrafia poderia reproduzi-lo, daí o documento ser autêntico.
De: fulano@tjsp.jus.br
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Para: xoficiocivelsp@tj.sp.jus.br
Mensagem:
Partes:
Autor: Pedro
Réu: Paulo
Email da Unidade:yoficiocivels@tjsp.jus.br
Anexos: formulário.pdf
VIII - imprimir os comprovantes de confirmação de entrega e de leitura, para juntada aos autos,
assim que recebê-los;
IX - inserir no sistema informatizado de andamento processual a informação de envio da
mensagem eletrônica.
Ok, mas toda mensagem enviada é recebida. E o ofício que recebe a mensagem também tem providências
a tomar:
Quando um advogado entrega uma petição em papel ao Poder Judiciário, normalmente leva duas vias.
Uma delas é a via entregue ao distribuidor e a segunda é mantida com o advogado, para fins de controle.
Ambas as vias são protocolizadas, normalmente por autenticação mecânica ou por um enorme carimbo.
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Esse protocolo comprova que a petição foi entregue na data e hora constante no carimbo ou na
autenticação.
A confirmação de entrega e de leitura busca imitar esse procedimento analógico dentro do mundo digital.
Quando o ofício de justiça destinatário da mensagem abrir a comunicação, uma janela se abre logo em
seguida, perguntando se o usuário deseja encaminhar a confirmação de leitura. O trabalho do ofício
destinatário é dizer “sim” nesta etapa. Só isso!
II - imprimir a mensagem, bem como os eventuais anexos, para juntada aos autos do processo ou
arquivamento em classificador próprio, se for o caso;
Reparou que não há ressalva quanto a anexos que porventura já se encontrem no processo? O ofício de
justiça remetente da mensagem tem uma instrução parecida, mas ligeiramente diferente:
IV - juntar aos autos cópia da mensagem eletrônica enviada, dispensadas a impressão e a juntada
de anexos que consistirem em peças do processo, ou, quando a mensagem não se referir a feito do
próprio ofício de justiça, arquivá-la no classificador correspondente;
Ora, por que o procedimento mudou? Porque, para o destinatário da mensagem, os anexos serão,
necessariamente, documentos novos, dos quais não dispunha anteriormente, enquanto para o remetente,
é bem provável que a informação tenha sido extraída de um processo que se encontrava naquele ofício de
justiça.
Pense neste pdf como exemplo: se eu te encaminho este documento eletrônico é porque eu mesmo já o
possuo (do contrário, seria impossível fazê-lo) Mas, para você, o pdf é novo (do contrário, o envio seria
desnecessário). É por isto que você provavelmente imprime este documento, enquanto eu evito ao
máximo fazê-lo.
Relembrando: “autos em conclusão” é andamento processual que indica que o processo foi encaminhado
para o juiz, a fim de que este profira algum despacho, decisão interlocutória ou sentença no processo.
Como a sala do Juiz é um ambiente diferente do Ofício de Justiça, para que o processo vá de um lugar a
outro é necessário o cadastramento de um andamento processual, justamente o de “conclusão”. E como o
Provimento sempre tenta imitar o que ocorre no nosso mundo no mundo digital, o inciso V manda ainda
que a mensagem seja encaminhada ao próprio Juiz, caso este assim o deseje.
Em frente:
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Art. 117. A resposta aos e-mails deverá ser dada eletronicamente, cabendo ao juiz, a quem a
mensagem houver sido encaminhada nos termos do inciso V do art. 116, ou ao funcionário,
encarregado do envio da resposta, preencher no campo “para” o endereço do correio eletrônico (e-
mail) da unidade cartorária do remetente da mensagem original.
O tio já falou sobre isso! O e-mail sempre tem como remetente uma pessoa, e como destinatário uma
unidade!!!!
fulano@tjsp.jus.br->xoficiocivelsp@tj.sp.jus.br
ciclano@tj.sp.jus.br->yoficiocivelsp@tjsp.jus.br
Vou te contar um segredo agora: a confirmação de entrega e de leitura são configurações opcionais na
caixa de entrada dos e-mails. Se alguém não quiser enviá-las, confirmando o recebimento ao remetente,
basta simplesmente clicar em “não”, o que daria ao destinatário prazo infinito para a resposta :P... Ou
melhor: se eu não abrir a caixa de entrada, e impossível tomar ciência do que tem nela... Férias
permanentes!!!!
Simples assim: enviou o e-mail na quinta-feira, o prazo para atendimento começa a correr na sexta-feira
se as confirmações de entrega e leitura não forem recebidas (se forem, o prazo começa a contar da própria
confirmação).
Professor: mas e o processo eletrônico? Já é realidade em várias comarcas que conheço. Preciso imprimir
o e-mail para depois digitalizá-lo e incluí-lo no processo eletrônico? Raramente!
Para isso existem programas que “enganam” o computador e, ao invés de realizarem uma impressão,
geram um arquivo PDF. O Tribunal de Justiça terá uma tela de impressão mais ou menos assim:
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Se quiser utilizar a impressora de verdade, clique nela, se não, escolha a impressora “de mentira”, que
cuidará de criar o PDF.
Art. 119. Em se tratando de documentos que devam ser juntados em processo digital, será feita em
PDF a impressão de que cuidam os incisos IV e VIII do art. 115 e o inciso II do art. 116.
Relembrando:
[...]
Art. 116. O ofício de justiça que receber a mensagem deverá:
[...]
II - imprimir a mensagem, bem como os eventuais anexos, para juntada aos autos do processo ou
arquivamento em classificador próprio, se for o caso;
[...]
Eu contei a você há poucas páginas atrás que o que mais pesa contra um documento digital é a verificação
de sua autenticidade. Com a adoção do conceito de certificação digital pela legislação brasileira (vou
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poupá-lo da explicação sobre chaves assimétricas e criptografia :P), os documentos digitais passaram a
contar com meios que permitem a verificação de sua autenticidade.
Sem isso, os e-mails que são encaminhados pelos ofícios de justiça são desprovidos de qualquer valor
legal, pois é impossível atestar a origem da solicitação.
Art. 120. Nos casos de inoperância do certificado digital ou enquanto não for disponibilizado, o
remetente materializará o documento em papel, colherá a assinatura, digitalizará o documento
assinado e o enviará como anexo da mensagem eletrônica.
Sim, é isso mesmo: dada a impossibilidade de se conferir ao documento digital uma assinatura sem o
certificado digital, nós apelaremos para o método ancestral de certificação da autenticidade de um
documento: a assinatura!
Escreva o e-mail (afinal, o Provimento mandou que assim se fizesse), imprima-o, assine-o e pasme:
digitalize-o para que o mesmo volte a ser eletrônico (só que agora devidamente autenticado). Depois
disto, basta anexar o arquivo no formato PDF.
Adotadas todas as providências vistas nesta seção, os e-mails devem ser deletados:
Art. 121. Cumpridas as providências dos arts. 115, 116 e 117, as mensagens eletrônicas e seus
anexos serão deletados.
Importante: nem tudo precisa de comunicação eletrônica. Algumas informações podem ser obtidas
diretamente de um sistema chamado "Infojud". Os artigos 121-A, B e C tratam da obtenção de
informações junto à Receita Federal do Brasil e, mais importante: o cuidado com a qual devem ser
tratadas:
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O sistema da Receita é útil para duas coisas: para obter o endereço informado pelo contribuinte na sua
declaração de Imposto de Renda e para obter dados da sua própria declaração de Imposto de Renda.
As últimas informações estão cobertas por sigilo fiscal, então tramitam sob segredo de justiça. Porém, o
endereço especificamente não está coberto por esse tipo de sigilo, daí se as informações requeridas só
tratarem disso, não há necessidade de tramitação sob segredo. Certo?
O título deste capítulo foi alterado pelo Provimento 17/2016, acrescentando-se as cartas arbitrais ao rol de
cartas. Entretanto, nem uma única menção a estas cartas foi feita aqui. Se eu tivesse de apostar, esse
capítulo sofrerá acréscimos em breve.
Lembra-se daquela questão de competência dos diferentes Juízos? Cada Juiz é competente para
julgamento de determinadas matérias e dentro dos limites de sua comarca.
Mas é possível que ele precise que determinado ato seja realizado fora dos limites territoriais de sua
comarca.
Repetindo o exemplo dado anteriormente: autor e réu litigam na Comarca da Capital, mas uma das
testemunhas que precisa ser ouvida reside em outra comarca, bem longe dali.
Não podemos fazer a testemunha vir até nós, então faremos o seguinte: enviaremos uma carta precatória
para o Juízo daquela comarca, a fim de que ele providencie a realização da diligência (neste caso, a oitiva
da testemunha).
A carta rogatória funciona sob o mesmo fundamento, entretanto, a diligência a ser realizada é solicitada a
autoridade judiciária com jurisdição no exterior.
As disposições gerais sobre as cartas precatórias e rogatórias estão no Código de Processo Civil:
Veja:
Dentro de sua comarca, o Juiz possui competência para atuar. Em outras palavras, o Juiz é competente
para exercer a jurisdição dentro dos limites territoriais de sua comarca.
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Desta forma, para que um ato processual seja cumprido dentro dos limites de sua comarca, basta que ele
emita uma ordem, e assim será feito.
Mas, fora dos limites da comarca (seja dentro ainda dentro do Brasil ou no restante do mundo), o Juiz não
é competente para atuar. Seja porque, em outra comarca do país, outro Magistrado possui competência
para tanto, ou, seja porque a jurisdição brasileira limita-se ao território nacional, de tal forma que, no
estrangeiro, nossos juízes não possuem jurisdição (não podem dizer o direito no caso concreto) e,
consequentemente, também não possuirão competência para atuar.
Art. 16. A jurisdição civil é exercida pelos juízes e pelos tribunais em todo o território nacional,
conforme as disposições deste Código.
Bom, e aí? O ato processual precisa ser praticado, mas o Juiz não pode emitir uma ordem judicial para sua
realização. O que fazer?
Simples meu caro: o ato deve ser requisitado por carta! O Magistrado interessado na prática do ato
enviará uma carta à autoridade judiciária competente, para que esta ordene a prática do ato pretendido.
Neste momento o artigo 237 do Código de Processo Civil nos aponta os tipos de cartas existentes na
legislação:
A carta de ordem é emitida por Tribunais de Justiça em todo o país. Por não ser um documento produzido
pela 1ª Instância do Poder Judiciário, não é abordada pelo Provimento. Coisa semelhante ocorre com as
cartas arbitrais: o ato a ser praticado foi solicitado por um juízo arbitral, externo ao Poder Judiciário. Só
para não nos alongarmos muito, juízos arbitrais são órgãos privados que realizam julgamentos. As partes
concordam previamente que as questões atinentes a determinado contrato serão solucionadas não pelo
Poder Judiciário, mas, por exemplo, por uma Câmara Arbitral.
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Temos duas vantagens principais: a solução de conflitos é mais rápida (pois as câmaras arbitrais lidam com
bem menos casos) e a solução tende a ser tecnicamente mais satisfatória (pois as câmaras são formadas
por profissionais que conhecem profundamente os poucos assuntos que analisam).
Comecemos:
Art. 122. A carta precatória será confeccionada em 3 (três) vias, servindo, uma delas, de contrafé
Contrafé é uma cópia da citação ou intimação realizada pelo Oficial de Justiça. Se você, um dia, for citado
em uma ação judicial, e essa citação se der por Oficial de Justiça, você será visitado por esse servidor, o
qual lhe dirá que uma ação corre contra você na Comarca X e que você tem prazo para contestá-la.
Além de lhe dizer tudo isso, o Oficial de Justiça deixará com você uma cópia dessa citação e da petição
inicial da ação ajuizada pelo autor.
A precatória é confeccionada em 3 vias: uma delas será entregue ao réu/testemunha ou quem quer que
tenha de ser citado ou intimado a pedido do juízo deprecante (essa é a chamada contrafé), a outra ficará
com o próprio juízo deprecante (aquele que solicita a prática de um ato) e a via remanescente ficará com
o juízo deprecado (aquele de quem se solicita a prática do ato judicial).
Só que nada é feito de graça nesta vida! A prestação de serviços jurisdicionais é fato gerador de um tributo
que será visto por você ao longo de toda sua vida funcional: a taxa judiciária.
A intenção do tio não é dar a você um curso completo de Direito Tributário bem no meio da aula de
Provimento, mas acho importante que você conheça ao menos o dispositivo constitucional que trata das
taxas:
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes
tributos:
[...]
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de
serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;
[...]
Contribuinte recebeu um serviço público (dentre os quais a prestação jurisdicional) para o qual existe uma
taxa instituída? Então ele deve recolher a taxa que incide pela prestação desse serviço público.
Pois bem, o cumprimento da carta precatória está condicionado ao recolhimento da taxa judiciária até
o momento da distribuição da mesma.
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E se você esqueceu:
A distribuição é procedimento que possui a finalidade de distribuir os diversos feitos que chegam à
comarca ou foro distrital entre as varas que o compõem. A Carta Precatória é mais um feito que está
sujeito a distribuição nos locais em que houver mais de um juiz, conforme nos diz o Código de Processo
Civil
Art. 284. Todos os processos estão sujeitos a registro, devendo ser distribuídos onde houver mais
de um juiz.
Art. 285. A distribuição, que poderá ser eletrônica, será alternada e aleatória, obedecendo-se
rigorosa igualdade.
E vamos indo.
Esse dispositivo busca evitar que o ato seja deprecado (executado por um juízo de outra comarca). Por
enquanto essa regra vale apenas para processos criminais ou para atos infracionais (lembrando que
menores de 18 anos não cometem crimes e sim atos infracionais).
Em resumo: se der para praticar o ato remotamente, essa via é preferencial ao envio da carta precatória
para outro juízo.
Avancemos.
As cartas precatórias ainda se destacam por outra característica interessante: seu caráter itinerante.
Art. 262. A carta tem caráter itinerante, podendo, antes ou depois de lhe ser ordenado o
cumprimento, ser encaminhada a juízo diverso do que dela consta, a fim de se praticar o ato.
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Se o Juízo da comarca X solicita a prática de ato pelo juízo da comarca Y, a carta precatória terá como
juízo deprecado a comarca Y.
Todavia, ao ser distribuída, o juiz da comarca Y sorteado constata que o ato deve ser praticado na comarca
Z. E aí? Devolve-se a carta para que seja corrigida e encaminhada ao juízo correto? Não!
A carta pode ser encaminhada diretamente à comarca Z, para que lá se dê cumprimento à solicitação.
Aliás, a carta pode ser enviada de comarca em comarca, até que o ato nela requisitado seja cumprido. Eis
aí o significado de “itinerante”: aquilo que se desloca constantemente. É como o circo! :P.
O artigo 123 foi inspirado diretamente no artigo 262 do Código de Processo Civil:
Art. 123. Constatado que o ato pode ser cumprido em endereço de jurisdição diversa daquela
constante da carta precatória, ou ainda, que o endereço originário pertence à outra jurisdição,
deverá o juízo deprecado encaminhá-la ao juízo competente, comunicando tal fato ao juízo
deprecante.
Preste bem atenção: no caso do artigo 123, o ato está em condições de ser cumprido. O único empecilho
constatado foi quanto ao local onde o ato deve ser praticado: em território de comarca diversa daquela
que consta como deprecada (“jurisdição” neste artigo tem o mesmo significado de “comarca”). O simples
encaminhamento para o juízo da comarca correta é suficiente para que o ato possa ser cumprido.
Se a carta precatória não estiver corretamente instruída, a prática do ato solicitado fica inviável. Neste
caso, não resta outra opção: a carta precatória deve ser devolvida ao juízo deprecante para que este
decida o que fazer a respeito.
Art. 125. As cartas precatórias não serão autuadas, servindo os encartes remetidos pelo juízo
deprecante como face das mesmas, sobre os quais o ofício de justiça deprecado afixará a etiqueta
adesiva remetida pelo ofício do distribuidor, que servirá de identificação das partes e da natureza
do feito, cuidando também anotar no alto, à direita, o número do processo.
Art. 126. As cartas precatórias, quando possível, servirão como mandado.
Olha que legal: a carta precatória não é só uma solicitação: ela incorpora a própria ordem judicial do Juiz
deprecante. Essa ordem judicial só não foi dada diretamente por conta da falta de competência do Juiz
sobre a área da comarca do juízo deprecado.
Muito bem: a característica apontada no artigo 126 (servir a carta precatória como mandado) é típica das
cartas precatórias citatórias (aquelas que solicitam a citação do réu, informando-lhe que uma ação foi
ajuizada contra ele) e das cartas precatórias intimatórias (aquelas que solicitam a intimação das partes ou
testemunhas para a prática de determinado ato no processo).
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As demais cartas precatórias costumam depender de despacho do Juiz deprecante para cumprimento,
justamente por não valerem como mandado.
Pois bem, nos casos em que a carta precatória valer como mandado, seu cumprimento não dependerá
de mandado expedido pelo Juiz deprecado: o Oficial de Justiça poderá pegar a própria carta precatória,
colocar embaixo do braço e praticar o ato ordenado pelo Juiz deprecante, sem que o Juiz deprecado tenha
se manifestado a respeito do assunto.
O tempo passou, e passou, e passou, e nada de resposta sobre o cumprimento da carta precatória. O
Escrivão (responsável pelo controle dos prazos dos processos, aí incluído aquele processo que está
aguardando o retorno da precatória) fica ansioso e manda que você envie um pedido de informações ao
Juízo deprecado...
E nada de resposta! 1
E aí?
Art. 127. Não atendidos pedidos de informações sobre o cumprimento do ato, cumprirá ao ofício
de justiça do juízo deprecante reiterar a solicitação e estabelecer contato telefônico com o
escrivão do juízo deprecado, de tudo certificando nos autos.
Agora, se nem falando diretamente com o escrivão do juízo deprecado por telefone resolver o problema
(ele jurou que iria tomar providências, mas não resolveu coisa alguma :P), precisaremos recorrer a um
poder maior:
Parágrafo único. Em caso de inércia, os autos serão conclusos ao juiz do feito para as providências
cabíveis.
Daí por diante, meu caro, a coisa fica feia. Mas não vem ao caso agora...
Seguindo:
Art. 128. É permitida a retirada da carta cumprida junto ao juízo deprecado, para a entrega ao juízo
deprecante, desde que nela conste o nome do advogado da parte que tiver interesse no
cumprimento do ato, com o número da respectiva inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil.
Agora quem vos fala não é o Felipe, ex-Técnico Judiciário, mas sim o Felipe, ex-estagiário de Direito. Para
você, aquela Carta Precatória cumprida é só mais um papel como qualquer outro, que precisa ser
encaminhado a seu destino. Você fará isso, mas depois de um monte de outras coisas mais urgentes que
demandam sua atenção.
Para o advogado, aquele processo é o cliente cornetando na orelha dele dia após dia, querendo saber por
que o processo não foi resolvido, porque as coisas demoram tanto, porque ele não pode ter o que quer
agora, e porque o mundo, de maneira geral, lhe furta o direito de alcançar a felicidade através da atividade
jurisdicional.
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Mas, para evitar que a carta precatória desapareça, o advogado deve estar perfeitamente identificado na
mesma, inclusive com seu número de OAB. Assim, caso a Carta Precatória “suma”, teremos como
identificar e repreender o responsável.
Art. 129. Ao retornar cumprida a precatória, o escrivão judicial juntará, aos autos principais,
apenas as peças essenciais, imprescindíveis à compreensão das diligências realizadas no juízo
deprecado, especialmente as certidões de lavra dos oficiais de justiça e os termos do que foi
deprecado, salvo determinação judicial em contrário.
Art. 130. Havendo urgência, transmitir-se-á a carta precatória por fac-símile (fax), telegrama,
telefone, radiograma ou correio eletrônico (e-mail), observando-se as cautelas previstas nos arts.
264 e 265 do Código de Processo Civil e nos arts. 354 e 356 do Código de Processo Penal.
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Os códigos de processo... sempre inspirando o Corregedor...
Art. 264. A carta de ordem e a carta precatória por meio eletrônico, por telefone ou por telegrama
conterão, em resumo substancial, os requisitos mencionados no art. 250, especialmente no que se
refere à aferição da autenticidade.
Art. 265. O secretário do tribunal, o escrivão ou o chefe de secretaria do juízo deprecante
transmitirá, por telefone, a carta de ordem ou a carta precatória ao juízo em que houver de se
cumprir o ato, por intermédio do escrivão do primeiro ofício da primeira vara, se houver na
comarca mais de um ofício ou de uma vara, observando-se, quanto aos requisitos, o disposto no art.
264.
Em ambos os casos, a proposta é simples: o fato de estarmos utilizando um veículo de comunicação mais
ágil que o usual não desobriga ao atendimento dos demais requisitos para elaboração de uma carta
precatória.
Ademais, como já vimos anteriormente a Carta Precatória é encaminhada por via eletrônica apenas em
casos urgentes, conforme o próprio Provimento dispôs:
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[...]
Quase terminando:
Parágrafo único. A via original da carta não será encaminhada ao juízo deprecado. Será encartada
aos autos, juntamente com a certidão de sua transmissão, tãologo ocorra o pedido de confirmação
de seu teor por parte do juízo destinatário.
Art. 122. A carta precatória será confeccionada em 3 (três) vias, servindo, uma delas, de contrafé
c autos;
1ª Via: Mantida no juízo deprecante e encartada nos
3ª Via: Contrafé. É também encaminhada ao juízo deprecado, mas será posteriormente entregue ao
citado/intimado.
E o único artigo do Provimento que aborda a carta rogatória limita-se a dizer que não será no Provimento
que encontraremos instruções para sua expedição.
Art. 131. As cartas rogatórias cíveis e criminais serão expedidas conforme o procedimento, modelos
e formulários aprovados e divulgados pela Corregedoria Geral da Justiça no sítio do Tribunal de
Justiça na internet.
Bom meu caro, o que tinha para hoje era isso. Espero que tenha se divertido.
Na próxima aula encerraremos os tópicos referentes às Normas da Corregedoria e você estará pronto para
gabaritar a prova!
Abraço
QUESTÕES COMENTADAS
1 - AUTORIA PRÓPRIA - Os pedidos de certidões de objeto e pé formulados pelo correio eletrônico (e-
mail) institucional de um ofício de justiça para outro, serão atendidos em
a) 24 horas
b) 48 horas
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c) 72 horas
d) 5 dias úteis
e) 10 dias úteis
Comentário: A regra geral é que certidão de objeto e pé seja expedida em até 5 dias para as partes. Não se
cogita um prazo maior que este!
Quanto às solicitações por e-mail, até o provimento 17/2016, os prazos para resposta eram de 48 horas
(antigo gabarito desta questão). Entretanto, a partir do referido diploma, os prazos passaram a ser de 5
dias úteis.
Art. 112. Ressalvada a utilização dos meios convencionais no caso de indisponibilidade do sistema
informatizado e do sistema de malote digital, quando implantado, as comunicações oficiais que
transitem entre os ofícios de justiça
a serão por meio eletrônico, observadas as regras estabelecidas
nesta Seção.
(...)
§ 3º Serão atendidos em 5 (cinco) dias úteis os pedidos de certidões de objeto e pé formulados
pelo correio eletrônico (e-mail) institucional de um ofício de justiça para outro. A certidão será
elaborada e encaminhada pelo ofício de Justiça diretamente à unidade solicitante.
Letra d)
a) utilizar seu correio eletrônico da unidade em que lotado, e não o institucional, para enviar a mensagem
b) digitar, no corpo do texto da mensagem eletrônica, os dados do processo (número, unidade judiciária,
comarca e partes) e o endereço do correio eletrônico (e-mail) institucional da unidade em que lotado;
c) juntar aos autos cópia da mensagem eletrônica enviada, dispensadas a impressão e a juntada de
anexosque consistirem em peças do processo, ou, quando a mensagem não se referir a feito do próprio
ofício de justiça, arquivá-la no classificador correspondente;
Mas rapidez não pode descambar para bagunça! Sabendo disto, o Provimento providenciou um arranjo
que padroniza as trocas das mensagens.
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De todas as alternativas presentes, a única que apresenta incorreção é a proposta na letra a).
O e-mail que deve ser utilizado é o institucional e não o da unidade em que o servidor está lotado. Deste
modo a resposta da questão é a letra a).
Letra a)
b
a) expedir eletronicamente as confirmações de entrega e de leitura da mensagem, que valerão como
protocolo;
b) imprimir a mensagem, bem como os eventuais anexos, para juntada aos autos do processo ou
arquivamento em classificador próprio, se for o caso;
c) juntar aos autos cópia da mensagem eletrônica enviada, dispensando-se a impressão de anexos que já
pertençam ao processo, ou, quando a mensagem não se referir a feito do próprio ofício de justiça, arquiva-
los no classificador correspondente;
Comentário: Se na questão anterior falamos em emissor, aqui tratamos do receptor. Preste muita
atenção nestas duas questões, pois acredito que a banca vai tentar confundi-lo no meio da infinidade de
procedimentos.
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Letra c)
4 - AUTORIA PRÓPRIA - Quanto as Cartas Precatórias e Rogatórias é correto afirmar apenas o contido
em:
a) Constatado que o ato pode ser cumprido em endereço de jurisdição diversa daquela constante da carta
precatória, ou ainda, que o endereço originário pertence à outra jurisdição, deverá o juízo deprecado
remeter a carta precatória ao juízo deprecante para posterior remessa deste ao juízo correto.
7 dependentemente de cumprimento, quando não
b) O juízo deprecado devolverá a carta precatória,
devidamente instruída e não houver regularização no prazo determinado.
c) As cartas precatórias serão autuadas, servindo os encartes remetidos pelo juízo deprecante como face
das mesmas, sobre os quais o ofício de justiça deprecado afixará a etiqueta adesiva remetida pelo ofício do
distribuidor, que servirá de identificação das partes e da natureza do feito, cuidando também anotar no
alto, à direita, o número do processo.
d) Não é permitida a retirada da carta cumprida junto ao juízo deprecado, para a entrega ao juízo
deprecante, pelo advogado da parte interessada.
Comentário: Esta questão esta cheia de pegadinhas no meio dos textos. Além de ser um clássico da
banca, é ótima para confundir quem tentou apenas decorar o Provimento, sem compreendê-lo, pois as
frases simplesmente não fazem sentido dentro do contexto do ofício de justiça.
Art. 131. As cartas rogatórias cíveis e criminais serão expedidas conforme o procedimento, modelos
e formulários aprovados e divulgados pela Corregedoria Geral da Justiça no sítio do Tribunal de
Justiça na internet.
O único artigo sobre carta rogatória das normas diz que as normas não falaram sobre a carta rogatória
naquele momento :P. O resto, meu caro, está errado!
Letra e)
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05 (INÉDITA - 2018 - Prof. Tiago Zanolla) Conforme previsão das Normas da Corregedoria do TJ-SP, em
todos os casos serão transmitidas eletronicamente, exceto:
a) ofícios
b) comunicações
c) solicitações
e) cartas precatórias
Letra e)
06 (INÉDITA - 2018 - Prof. Tiago Zanolla) A transmissão eletrônica de informações e documentos não
poderá ser realizada por
a) estagiário
b) técnico judiciário
c) escrivão judicial
d) chefe de seção
e) dirigente
Comentário: Conforme reza o TOMO I, a transmissão eletrônica não poderá ser feita pelos estagiários.
Art. 114. A transmissão eletrônica de informações e documentos será realizada por dirigente,
escrivão judicial, chefe de seção e escrevente técnico judiciário.
Letra a)
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07 (INÉDITA - 2018 - Prof. Tiago Zanolla) Consoante as regras dispostas nas Normas da Corregedoria, o
remetente da comunicação eletrônica deverá
a) utilizar seu correio eletrônico (e-mail) pessoal, e não o da unidade em que lotado, para enviar a
mensagem.
b) digitar, no corpo do texto da mensagem eletrônica, os dados do processo (número, unidade judiciária,
comarca e partes) e o endereço com CEP do ofício de justiça, da unidade em que lotado.
d) juntar aos autos cópia da mensagem eletrônica enviada, inclusive a impressão e a juntada de anexos
que consistirem em peças do processo, ou, quando a mensagem não se referir a feito do próprio ofício de
justiça, arquivá-la no classificador correspondente;
Comentário:
LETRA B - Errada. O servidor deve, no campo texto, colocar o endereço eletrônico, e não rua e CEP
III - digitar, no corpo do texto da mensagem eletrônica, os dados do processo (número, unidade
judiciária, comarca e partes) e o endereço do correio eletrônico (e-mail) institucional da unidade
em que lotado;
LETRA C - Correta.
IV - juntar aos autos cópia da mensagem eletrônica enviada, dispensadas a impressão e a juntada
de anexos que consistirem em peças do processo, ou, quando a mensagem não se referir a feito do
próprio ofício de justiça, arquivá-la no classificador correspondente;
LETRA E - Errada.
Letra c)
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08 (INÉDITA - 2018 - Prof. Tiago Zanolla) Acerca das cartas precatórias, rogatórias e arbitrais, assinale a
opção correta
a) A carta precatória será confeccionada em 2 (duas) vias, servindo, uma delas, de contrafé.
b) O pagamento da taxa judiciária, devida em razão do cumprimento, deverá ser demonstrado até o
momento da devolução, mediante a juntada da 1ª via original do respectivo comprovante de
recolhimento.
c) Ao retornar cumprida a precatória, o escrivão judicial juntará, aos autos principais, apenas as peças
essenciais, imprescindíveis à compreensão das diligências realizadas no juízo deprecado, exceto as
certidões de lavra dos oficiais de justiça e os termos do que foi deprecado, salvo determinação judicial em
contrário.
e) Em todos os casos, transmitir-se-á a carta precatória por fac-símile (fax), telegrama, telefone,
radiograma ou correio eletrônico (e-mail).
Comentário:
Art. 122. A carta precatória será confeccionada em 3 (três) vias, servindo, uma delas, de contrafé.
LETRA B - Errada. O pagamento da taxa judiciária, devida em razão do cumprimento, deverá ser
demonstrado até o momento da distribuição
§ 1º O pagamento da taxa judiciária, devida em razão do cumprimento, deverá ser demonstrado até
o momento da distribuição, mediante a juntada da 1ª via original do respectivo comprovante de
recolhimento.
Art. 129. Ao retornar cumprida a precatória, o escrivão judicial juntará, aos autos principais, apenas
as peças essenciais, imprescindíveis à compreensão das diligências realizadas no juízo deprecado,
especialmente as certidões de lavra dos oficiais de justiça e os termos do que foi deprecado, salvo
determinação judicial em contrário.
LETRA D - Correta.
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Art. 130. Havendo urgência, transmitir-se-á a carta precatória por fac-símile (fax), telegrama,
telefone, radiograma ou correio eletrônico (e-mail), observando-se as cautelas previstas nos arts.
264 e 265 do Código de Processo Civil e nos arts. 354 e 356 do Código de Processo Penal.
Letra d)
QUESTÕES PROPOSTAS
1 - AUTORIA PRÓPRIA - Os pedidos de certidões de objeto e pé formulados pelo correio eletrônico (e-
mail) institucional de um ofício de justiça para outro, serão atendidos em
a) 24 horas
b) 48 horas
c) 72 horas
d) 5 dias úteis
e) 10 dias úteis
a) utilizar seu correio eletrônico da unidade em que lotado, e não o institucional, para enviar a mensagem
b) digitar, no corpo do texto da mensagem eletrônica, os dados do processo (número, unidade judiciária,
comarca e partes) e o endereço do correio eletrônico (e-mail) institucional da unidade em que lotado;
c) juntar aos autos cópia da mensagem eletrônica enviada, dispensadas a impressão e a juntada de
anexosque consistirem em peças do processo, ou, quando a mensagem não se referir a feito do próprio
ofício de justiça, arquivá-la no classificador correspondente;
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b) imprimir a mensagem, bem como os eventuais anexos, para juntada aos autos do processo ou
arquivamento em classificador próprio, se for o caso;
c) juntar aos autos cópia da mensagem eletrônica enviada, dispensando-se a impressão de anexos que já
pertençam ao processo, ou, quando a mensagem não se referir a feito do próprio ofício de justiça, arquiva-
los no classificador correspondente;
4 - AUTORIA PRÓPRIA - Quanto as Cartas Precatórias e Rogatórias é correto afirmar apenas o contido
em:
a) Constatado que o ato pode ser cumprido em endereço de jurisdição diversa daquela constante da carta
precatória, ou ainda, que o endereço originário pertence à outra jurisdição, deverá o juízo deprecado
remeter a carta precatória ao juízo deprecante para posterior remessa deste ao juízo correto.
c) As cartas precatórias serão autuadas, servindo os encartes remetidos pelo juízo deprecante como face
das mesmas, sobre os quais o ofício de justiça deprecado afixará a etiqueta adesiva remetida pelo ofício do
distribuidor, que servirá de identificação das partes e da natureza do feito, cuidando também anotar no
alto, à direita, o número do processo.
d) Não é permitida a retirada da carta cumprida junto ao juízo deprecado, para a entrega ao juízo
deprecante, pelo advogado da parte interessada.
05 (INÉDITA - 2018 - Prof. Tiago Zanolla) Conforme previsão das Normas da Corregedoria do TJ-SP, em
todos os casos serão transmitidas eletronicamente, exceto:
a) ofícios
b) comunicações
c) solicitações
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e) cartas precatórias
06 (INÉDITA - 2018 - Prof. Tiago Zanolla) A transmissão eletrônica de informações e documentos não
poderá ser realizada por
a) estagiário
b) técnico judiciário
c) escrivão judicial
d) chefe de seção
e) dirigente
07 (INÉDITA - 2018 - Prof. Tiago Zanolla) Consoante as regras dispostas nas Normas da Corregedoria, o
remetente da comunicação eletrônica deverá
a) utilizar seu correio eletrônico (e-mail) pessoal, e não o da unidade em que lotado, para enviar a
mensagem.
b) digitar, no corpo do texto da mensagem eletrônica, os dados do processo (número, unidade judiciária,
comarca e partes) e o endereço com CEP do ofício de justiça, da unidade em que lotado.
d) juntar aos autos cópia da mensagem eletrônica enviada, inclusive a impressão e a juntada de anexos
que consistirem em peças do processo, ou, quando a mensagem não se referir a feito do próprio ofício de
justiça, arquivá-la no classificador correspondente;
08 (INÉDITA - 2018 - Prof. Tiago Zanolla) Acerca das cartas precatórias, rogatórias e arbitrais, assinale a
opção correta
a) A carta precatória será confeccionada em 2 (duas) vias, servindo, uma delas, de contrafé.
b) O pagamento da taxa judiciária, devida em razão do cumprimento, deverá ser demonstrado até o
momento da devolução, mediante a juntada da 1ª via original do respectivo comprovante de
recolhimento.
c) Ao retornar cumprida a precatória, o escrivão judicial juntará, aos autos principais, apenas as peças
essenciais, imprescindíveis à compreensão das diligências realizadas no juízo deprecado, exceto as
certidões de lavra dos oficiais de justiça e os termos do que foi deprecado, salvo determinação judicial em
contrário.
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e) Em todos os casos, transmitir-se-á a carta precatória por fac-símile (fax), telegrama, telefone,
radiograma ou correio eletrônico (e-mail).
GABARITO
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D A C E E
6 7 8
A C D
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