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Aula 03

TJ-SP (Escrevente Judiciário) Normas da


Corregedoria Geral da Justiça - 2021
(Pós-Edital)

Autor:
Felipe Petrachini, Tiago Zanolla
Aula 03

15 de Agosto de 2021
Felipe Petrachini, Tiago Zanolla
Aula 03

Sumário

3. Da Função Correcional .......................................................................................................................... 2

3.1 Atribuições ...................................................................................................................................... 2

3.2 Corregedoria Permanente, Correições Ordinárias, Extraordinárias e Visitas Correcionais ................. 4

3.3 Apurações Preliminares, Sindicâncias e Processos Administrativos ................................................. 11

Questões Comentadas ............................................................................................................................ 17

Questões Propostas ............................................................................................................................... 22

Gabarito .................................................................................................................................................. 23

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Sim, tivemos uma pequena mudança de ordem. A maior parte dos cursos que você vê por aí ensinam
sobre a função correcional antes de qualquer outro conteúdo (afinal, a ordem dos artigos colocaria esse
conteúdo em primeiro lugar).

Contudo, eu prefiro falar da função correcional depois que você já viu algumas das tarefas básicas
desempenhadas pelo ofício de justiça. Como a função correcional é algo totalmente intangível, se você
não tiver visto um pouco do mundo físico antes de entrar aqui, provavelmente já teria se encolhido em
posição fetal em algum canto antes de terminar a aula :P.

Mas hoje eu sei que você tem condições de entender a mente por trás dos trabalhos. Dito isso, vamos ao
trabalho!

3. DA FUNÇÃO CORRECIONAL

3.1 Atribuições

Art. 5º A função correcional consiste na orientação, reorganização e fiscalização dos órgãos e


serviços judiciários de primeira instância, bem como na fiscalização da polícia judiciária, dos
estabelecimentos prisionais e dos demais estabelecimentos em relação aos quais, por imposição
legal, esses deveres forem atribuídos ao Poder Judiciário e é exercida, no Estado de São Paulo, pelo
Corregedor Geral da Justiça e, nos limites de suas atribuições, pelos Juízes de Primeiro Grau

O artigo 5º é um resumo bem direto do que consiste a função correcional e dá uma pista da função do
Corregedor Geral da Justiça.

Vamos dar uma olhada nos pontos mais importantes:

- Função correcional consiste em orientar, reorganizar e fiscalizar: A Corregedoria Geral da Justiça atua
de três modos diferentes sobre os serviços da 1ª instância. A orientação diz respeito à elaboração de
instruções para o cumprimento do serviço.

A elaboração do provimento que estamos estudando é um exemplo de orientação. Você descobrirá como
executar cada uma das tarefas para as quais está sendo contratado como escrevente ao consultar o
provimento. Tanto é verdade que o nome “popular” do provimento para os concurseiros, o adotado no
edital do TJ e até mesmo no âmbito do próprio TJ/SP é justamente o de “Normas da Corregedoria”, visto
que editado por este órgão do Tribunal.

A reorganização diz respeito à estrutura do Poder Judiciário na 1ª instância. A Corregedoria, se entender


pertinente, pode alterar a forma como o serviço é dividido ou até mesmo como estão estruturados os
órgãos da 1ª instância.

Por fim, a fiscalização diz respeito à verificação da observância das instruções. Quando seu ofício de
justiça passa por uma correição, a Corregedoria Geral da Justiça envia Juízes Corregedores ao ofício a fim
de que verifiquem se os serviços estão sendo realizados corretamente e se não há nenhuma irregularidade
que precise ser sanada.

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- Órgãos e serviços judiciários da primeira instância: somente a 1ª instância do Tribunal de Justiça está
submetida à disciplina do Corregedor Geral da Justiça. Órgãos da segunda instância, como a Secretaria do
Tribunal de Justiça e mesmo os Desembargadores do TJ/SP não respondem por seus atos perante a
Corregedoria, mas perante outros órgãos de controle do Tribunal.

- Fiscalização da polícia judiciária: alguns estabelecimentos, embora não componham o Poder Judiciário
(e muito menos a 1ª instância do órgão), estão submetidos à disciplina da Corregedoria. O provimento
menciona expressamente os estabelecimentos prisionais, mas temos também os cartórios e tabelionatos,
os quais devem observância às normas produzidas pela Corregedoria;

- É exercida pelo Corregedor Geral da Justiça e, nos limites de suas atribuições, pelos Juízes de 1º Grau
de Jurisdição: O Corregedor Geral da Justiça é o responsável pelo funcionamento dos órgãos da 1ª
Instância, cabendo a ele a orientação, reorganização e fiscalização dos mesmos. Entretanto, os Juízes de
1º Grau também são responsáveis pelo funcionamento dos ofícios de justiça que respondem diretamente
a ele. Assim dizemos que os Juízes também exercem a função correcional, mas o fazem nos limites de suas
atribuições (nenhum Juiz está autorizado a ir ao ofício de justiça vizinho e ver se as folhas estão sendo
numeradas corretamente, mas pode verificar os trabalhos do seu próprio ofício de justiça).

§ 1º No desempenho da função correcional, poderão ser editadas ordens de serviço e demais atos
administrativos de orientação e disciplina, corrigidos os erros e sancionadas as infrações, após
regular procedimento administrativo disciplinar, sem prejuízo de apurações civis e criminais.

É o clássico “aprender com os próprios erros”. O exercício da função correcional pode ensejar a produção
de novas normas de observância obrigatória pelos órgãos da primeira instância. Entretanto, os erros e
infrações que ensejaram a produção destes atos de orientação ou disciplina ainda precisam ser corrigidos
e sancionados.

§ 2º As ordens de serviço e demais atos administrativos editados pelo Juiz Corregedor Permanente
serão encaminhados à Corregedoria Geral da Justiça para revisão hierárquica.
§ 3º Consultas sobre aplicação ou interpretação destas Normas de Serviço serão apreciadas pelo
Juiz Corregedor Permanente que, a requerimento do interessado ou de ofício se houver dúvida
fundada devidamente justificada, submeterá suas decisões à Corregedoria Geral da Justiça.

O parágrafo 3º deixa claro que é possível formular dúvidas sobre a correta aplicação ou interpretação
das Normas da Corregedoria. Tais pedidos são analisados inicialmente pelo Juiz Corregedor Permanente.
Entretanto, se o interessado requerer que o exame seja feito pela Corregedoria Geral da Justiça ou se o
próprio Juiz Corregedor Permanente achar que a dúvida justifica exame do órgão, a decisão do Juiz
Corregedor pode ser apreciada pela própria Corregedoria.

Assim, se tiver dúvida quando estiver exercendo suas funções, fique à vontade para formulá-las e
encaminhá-las à Corregedoria. Afinal, é melhor ser orientado do que fiscalizado.

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3.2 Corregedoria Permanente, Correições Ordinárias,


Extraordinárias e Visitas Correcionais

Art. 6º A função correcional será exercida em caráter permanente e mediante correições ordinárias
ou extraordinárias e visitas correcionais.

A Corregedoria Geral de Justiça está a todo tempo orientando, reorganizando e fiscalizando os serviços da
1ª Instância. Este não é um órgão que desempenha suas funções por convocação, ou se dissolve logo
depois de determinada tarefa se encerrar.

A função correcional é exercida em caráter permanente, o tempo todo, todo o tempo :P.

As três formas por meio das quais a função correcional é exercida são explicadas logo abaixo:

§ 1º A correição ordinária consiste na fiscalização prevista e efetivada segundo estas normas e leis
de organização judiciária.
§ 2º A correição extraordinária consiste em fiscalização excepcional, realizada a qualquer
momento e sem prévio anúncio e poderá ser geral ou parcial, conforme as necessidades e
conveniência do serviço correcional.

Correição, na origem do termo, significa apenas “inspeção”. O Corregedor recebeu a atribuição de


executar inspeções ordinárias (aquelas cuja realização é esperada) e inspeções extraordinárias (as que
ninguém sabe quando vão acontecer, mas que normalmente são motivadas por notícia de fato
excepcionalmente grave).

Bom, se os parágrafos 1º e 2º tratam, respectivamente, das fiscalizações esperadas e das inesperadas, o


que é que sobrou para o parágrafo 3º.

Repare que as correições, tanto a ordinária quanto a extraordinária falam apenas de “fiscalização”, em
caráter genérico. Veja alguns exemplos:

Exemplo de Correição Ordinária (realização esperada):

PORTARIA Nº 04/2017 - ADITAMENTO A Dra. Tania Mara Ahualli, Juíza de Direito da 1ª Vara de
Registros Públicos da Capital do Estado de São Paulo e Corregedora Permanente dos Oficiais de
Registro de Títulos e Documentos e Civil de Pessoa Jurídica da Capital, no uso de suas atribuições
legais e na forma da lei, RESOLVE: Alterar a data da Correição Ordinária no 4º Oficial de Registro
de Títulos e Documentos e Civil de Pessoa Jurídica, para o dia 20 de junho de 2017, às 14:30 horas.
São Paulo, 17 de fevereiro de 2017 Tania Mara Ahualli Juíza de Direito

Veja que a proposta da correição é “ir dar uma olhada” em como está indo o 4º Oficial de Registro de
Títulos e Documentos. Sem nenhum propósito ou comprometimento. É quase como ir tomar um café e
dar uma olhada no serviço.

Exemplo de Correição Extraordinária (alterei os dados da publicação para a finalidade de nossa aula):

Em 14 de outubro de 2014 a Corregedoria Geral da Justiça realizou Correição Extraordinária na


Vara Criminal de Confins de São Paulo. Como parcela dos servidores da Vara Criminal creditava a
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Policarpo Passos Peixoto a responsabilidade por realizar denúncia que teria ensejado a Correição
Extraordinária, passou a se agravar a pressão psicológica contra ele perpetrada. Madalena
Estradivarius, quando ouvida no procedimento, expressamente disse que Policarpo Passos Peixoto
teria sido o responsável pelo acionamento da Corregedoria.

Veja essa correição aconteceu sem prévio anúncio. A Corregedoria chegou à Vara e iniciou a fiscalização.

E a visita correcional? Ela é prevista (há um calendário prévio publicado a todos os ofícios de justiça), mas
não é despretensiosa: há um propósito ao se realizar a visita correcional.

§ 3º A visita correcional consiste na fiscalização direcionada à verificação da regularidade de


funcionamento da unidade, do saneamento de irregularidades constatadas em correições ou ao
exame de algum aspecto da regularidade ou da continuidade dos serviços e atos praticados.

A visita correcional é uma fiscalização direcionada. Sabemos exatamente o que vamos olhar ou procurar
ao realizá-la.

Uma visita correcional pode se prestar a verificar uma de três coisas:

- Regularidade do funcionamento da unidade: os Corregedores visitam a unidade e verificam todos os


procedimentos praticados por ela, observando se as regras atinentes ao serviço são observadas por todos
os servidores e Magistrados do ofício de justiça.

- Saneamento de irregularidades constatadas em correições: Se uma correição ordinária ou


extraordinária apontar alguma irregularidade no curso da inspeção, haverá uma visita correcional com o
específico fim de sanar esta irregularidade. Os Corregedores vão até a unidade e tomam todas as
providências necessárias ao saneamento dos erros. Isso pode ir desde uma conversa com os servidores
esclarecendo procedimentos até uma profunda intervenção no funcionamento da unidade. O que for
necessário!

- Exame de algum aspecto da regularidade ou da continuidade dos serviços e atos praticados: A visita
aqui se dará, por exemplo, para verificar se a ordem preferencial da fila para os maiores de 60 anos está
sendo observada pelo ofício de justiça. A proposta é verificar algum aspecto de um serviço em específico
da unidade.

Em todo caso, seja lá qual das correições ou visitas foi escolhida para o exercício da função correcional, é
necessário registrar como as coisas se deram.

O documento que cumpre esta formalidade é chamado de ata. Lá em nosso curso de arquivologia,
dizemos que uma ata é:

ATA: É o documento de valor jurídico, que consiste no resumo fiel dos fatos, ocorrências e decisões de
sessões, reuniões ou assembleias, realizadas por comissões, conselhos, congregações, ou outras
entidades semelhantes, de acordo com uma pauta, ou ordem-do-dia, previamente divulgada. É
geralmente lavrada em livro próprio, autenticada, com as páginas rubricadas pela mesma autoridade que
redige os termos de abertura e de encerramento.

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O original desta ata comporá o grande Livro de Visitas e Correições. Este livro é de folhas soltas (os
originais das atas não estão originalmente encadernados), contudo, tão logo um dos volumes do livro
junte 100 páginas, deve ser encaminhado para encadernação, pois:

Art. 66. [...]


Parágrafo único. As folhas soltas, uma vez completado o uso, serão imediatamente encaminhadas
para encadernação
Art. 67. [...]
§ 2º O Livro de Visitas e Correições não excederá 100 (cem) folhas, salvo determinação judicial em
contrário ou para a manutenção da continuidade da peça correcional, podendo, nestes casos, ser
encerrado por termo contemporâneo à última ata,

Muito interessante, mas o que precisamos falar no momento é o prazo em que esta ata precisa estar
pronta.

Temos dois prazos a serem observados para envio das atas, um para a correição ordinária e outro para a
correição extraordinária:

§ 4º As atas das correições e visitas serão encaminhadas à Corregedoria Geral da Justiça nos prazos
que seguem:
I - correição ordinária – até 60 (sessenta) dias após realizada;
II - correição extraordinária ou visita correcional – até 15 (quinze) dias após realizada.

Como na correição ordinária tudo que queríamos fazer era “dar uma espiada” no órgão inspecionado, não
há pressa para elaboração da ata: 60 dias é um excelente prazo. Ademais, como a correição ordinária não
tem um propósito específico, seu propósito acaba sendo mais abrangente. Mais coisas são vistas, e assim,
há mais coisas a serem relatadas nas atas.

As correições extraordinárias normalmente se dão em face de um evento específico e se prestam também


a uma fiscalização específica (porém inesperada), enquanto as visitas correcionais são descaradamente
“direcionadas” para um aspecto específico do serviço.

Menos coisa a ser dita na ata, menos prazo para sua entrega: 15 dias.

§ 5º A Corregedoria Geral da Justiça implementará, gradativamente, a correição virtual, com vistas


ao controle permanente das atividades subordinadas à sua disciplina.

Mais um projeto novo do Poder Judiciário que você provavelmente viverá para ver. A proposta da
correição virtual é manter um controle permanente das unidades por meio virtual.

Imagine se, ao invés de termos de deslocar magistrados corregedores para uma unidade, a fim de verificar
qual a saída de processos de determinado ofício de justiça, nós tivéssemos um sistema integrado
movimentações que informam em tempo real quais são as movimentações de processos de todos os
ofícios de justiça do estado para um determinado dia.

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É Correição, já que estamos inspecionando as áreas e os serviços por elas prestados, e a verificação
continuaria a ser feita pela Corregedoria, mas economizamos vários deslocamentos ao fazer a correição
virtualmente.

Como é novo e ainda não sabemos como vai funcionar, a implementação é gradativa. Depois você me
conta em que passo o Poder Judiciário Paulista está ☺.

Art. 7º A Corregedoria Permanente será exercida pelo juiz a que a normatividade correcional
cometer tal atribuição.

Vamos bem devagar aqui para não nos confundirmos.

O Corregedor Geral da Justiça é um Desembargador pertencente à cúpula do Tribunal de Justiça e


escolhido pelo Tribunal Pleno para exercer suas atribuições durante o tempo do mandato:

Art. 4º O Tribunal Pleno é composto por todos os desembargadores, competindo-lhe:


I - eleger o Presidente, o Vice-Presidente e o Corregedor Geral da Justiça;

O Juiz Corregedor Permanente, no entanto, é um Juiz escolhido pelo Corregedor Geral da Justiça para
exercer as atribuições mencionadas neste capítulo (a chamada Corregedoria Permanente). Aliás, não é
apenas um, mas vários, cada um respondendo por um grupo de estabelecimentos, serventias e
repartições.

Isso explica, por exemplo, o parágrafo 3º do artigo

Art. 5º [...]
[...]
§ 3º Consultas sobre aplicação ou interpretação destas Normas de Serviço serão apreciadas pelo
Juiz Corregedor Permanente que, a requerimento do interessado ou de ofício se houver dúvida
fundada devidamente justificada, submeterá suas decisões à Corregedoria Geral da Justiça.

As consultas sobre aplicação ou interpretação das Normas são apreciadas inicialmente por um Juiz de 1ª
Instância com esta atribuição específica e, caso necessário, encaminhadas à Corregedoria Geral da Justiça
(órgão da cúpula do Tribunal de Justiça, vinculado à 2ª Instância).

Apesar de o Juiz Corregedor Geral encontrar-se sob a disciplina da Corregedoria Geral da Justiça e ser
escolhido diretamente pelo Corregedor Geral da Justiça, a função de orientação, reorganização e
fiscalização dos órgãos da 1ª Instância é importante demais para que aqueles que a desempenham fiquem
expostos ao afastamento de suas funções.

Daí a redação do parágrafo 1º:

§ 1º O Corregedor Geral da Justiça, com aprovação do Conselho Superior da Magistratura, poderá,


por motivo de interesse público ou conveniência da administração, alterar a designação do
Corregedor Permanente.

Alterar a designação é simplesmente “trocar” o Corregedor Permanente, colocando outro Magistrado em


seu lugar. Essa “troca” é determinada pelo Corregedor Geral da Justiça, mas depende de aprovação do
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Conselho da Magistratura (outro órgão do Tribunal de Justiça cuja parte das funções diz respeito à
fiscalização dos trabalhos do Tribunal).

Se não tivermos alteração das designações, valem aquelas que tiverem sido feitas no ano anterior:

§ 2º Se não houver alteração no início do ano judiciário, prevalecerão as designações do ano


anterior.

Lembra-se das correições ordinárias? Programadas, todo mundo sabe quando vai ser...

Quem as programa é o Juiz Corregedor Permanente. E asseguro que o ano é corrido: a programação das
correições ordinárias deve contemplar todas as serventias, repartições e estabelecimentos que estejam
sujeitos a fiscalização correcional. Cada prisão, cartório, serventia judicial, absolutamente todos os
estabelecimentos:

Art. 8º O Juiz Corregedor Permanente efetuará, uma vez por ano, de preferência no mês de
dezembro, correição ordinária em todas as serventias, repartições e demais estabelecimentos
sujeitos à sua fiscalização correcional, lavrando-se o correspondente termo no livro próprio.

E como todo mundo fica sabendo? Edital!

Aproveitando o momento para fazer mais uma propaganda do meu curso de arquivologia :P

EDITAL: Instrumento pelo qual a Administração dá conhecimento ao público sobre: licitações, concursos
públicos, atos deliberativos etc.

O melhor exemplo de edital é justamente o edital de concurso público, que dá conhecimento público
sobre a realização de um concurso (queria escrever público de novo, mas vai ficar maçante) para o
provimento de cargos em determinado órgão pub... da Administração :P.

Mas também existe o edital de correição ordinária:

§ 1º A correição ordinária será anunciada por edital, afixado no átrio do fórum e publicado no
Diário da Justiça Eletrônico, com pelo menos quinze dias de antecedência, bem como comunicada
à Ordem dos Advogados do Brasil da respectiva subseção.

A título de curiosidade, átrio é o pátio central de um prédio, que aliás, lembrará muito uma praça. É
também uma área comum de um prédio do Poder Judiciário, por onde todas as pessoas podem circular e,
eventualmente, ler o edital que ali estará afixado.

A Ordem dos Advogados do Brasil é informada pois é de interesse também dela que os serviços judiciários
funcionem a contento. O ganha pão do advogado depende em boa parte de ofícios de justiça que
funcionem satisfatoriamente.

§ 2º O Juiz Corregedor Permanente seguirá o termo padrão de correição disponibilizado pela


Corregedoria Geral da Justiça.
Art. 9º Em até 30 (trinta) dias depois de assumir a corregedoria permanente em caráter definitivo,
o juiz fará visita correcional às unidades sob sua corregedoria, com o intuito de constatar a
regularidade dos serviços, observado o modelo disponibilizado
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Essa visita correcional decorre exclusivamente da assunção do Juiz Corregedor Permanente na função.
Tem a finalidade de ambientar o Juiz Corregedor com os estabelecimentos que agora encontram-se sob
sua responsabilidade.

E não há necessidade de avisar ninguém sobre essa visita correcional: todos sabem que ela decorre da
posse do Juiz:

§ 1º A visita correcional independe de edital ou qualquer outra providência e dela se lançará


sucinto termo no livro de visitas e correições, no qual também constarão as determinações que o
Juiz Corregedor Permanente eventualmente fizer no momento

Todavia, como temos o recesso em dezembro, se a assunção do cargo de Juiz Corregedor Permanente
ocorrer em novembro, não haverá necessidade de se fazer a visita a que alude o artigo 9º:

§ 2º Se o juiz assumir a corregedoria permanente em caráter definitivo a partir do mês de


novembro, a correição geral ordinária prescindirá da visita correcional

Repare que a correição geral ordinária continua precisando ser feita!

Art. 10. O escrivão auxiliará o Juiz Corregedor Permanente nas diligências correcionais, facultada a
nomeação de escrivão ‘ad hoc’ entre os demais servidores da unidade.

Já mencionamos que o escrivão é o chefe de um ofício de justiça (essa nomenclatura mudou mas o
provimento continua a utilizá-la). Cabe a ele auxiliar o Juiz Corregedor Permanente em suas diligências.

E quem é esse escrivão ad hoc? Basicamente, a nomeação “ad hoc” consiste na designação de uma pessoa
para desempenhar as atribuições do cargo público “para esta finalidade” (esse é a tradução da expressão
latina “ad hoc”).

A nomeação será específica para “aquela finalidade”, ou em outras palavras, o servidor nomeado escrivão
exclusivamente para aquela diligência correcional.

Não que seja o único motivo, mas a nomeação de um escrivão ad hoc pode ser recomendada quando o
Juiz Corregedor Permanente desconfiar que nem toda verdade sobre a unidade está sendo contada...

E o que você estará fazendo enquanto seu ofício de justiça é devassado? Ficará sentado bonitinho, a
disposição dos Magistrados da Corregedoria (quem quer deles que tenha tido a honra de visitar seu local
de trabalho) e fará o que eles solicitarem:

Art. 11. Durante os serviços correcionais, todos os funcionários da unidade permanecerão à


disposição do Corregedor Geral da Justiça, dos Juízes Assessores da Corregedoria Geral ou do Juiz
Corregedor Permanente, sem prejuízo de requisição de auxílio externo ou de requisição de força
policial.
Art. 12. Os livros e classificadores obrigatórios previstos nestas Normas de Serviço serão
submetidos ao Juiz Corregedor Permanente para visto por ocasião das correições ordinárias ou
extraordinárias e sempre que forem por este requisitados. Parágrafo único. No caso de registros
controlados exclusivamente pela via eletrônica, os relatórios de pendências gerados pelo sistema
informatizado serão vistados pelo juiz.

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Parágrafo único. No caso de registros controlados exclusivamente pela via eletrônica, os relatórios
de pendências gerados pelo sistema informatizado serão vistados pelo juiz.

Os livros e classificadores obrigatórios já foram estudados por você. Nada com que você deva se
preocupar agora.

Art. 13. Os estabelecimentos prisionais e outros destinados ao recolhimento de pessoas, sujeitos à


atividade correcional do juízo, serão visitados uma vez por mês (art. 66, inciso VII, da LEP).

O artigo 66 inciso VII da Lei de Execução Penal (Lei 7.210/1984) é a origem dessa instrução contida no
Provimento:

[Lei de Execução Penal]


Art. 65 Compete ao Juiz da execução:
[...]
VII – inspecionar, mensalmente, os estabelecimentos penais, tomando providências para o
adequado funcionamento e promovendo, quando for o caso, a apuração de responsabilidade.
[...]

Eu sei que a LEP está dizendo que é o Juiz da Execução quem deve exercer essa atividade, mas não vamos
brigar por isso agora. Os juízes das Varas Privativas de Execuções Criminais também terão de fazer essa
visita mensalmente (em breve veremos o artigo 13).

O que o provimento criou aqui foi a necessidade do Juiz Corregedor Permanente também realizar essa
visita:

§ 1º Realizará a visita o Juiz Corregedor Permanente ou o juiz a quem, por decisão do Corregedor
Geral da Justiça, essa atribuição for delegada.
§ 2º A inspeção mensal será registrada em termo sucinto no Livro de Visitas e Correições, podendo
conter unicamente o registro da presença, sem prejuízo do cadastro eletrônico da inspeção perante
o Conselho Nacional de Justiça e, após sua lavratura, cópia será encaminhada à autoridade
administrativa da unidade prisional, para arquivamento em livro de folhas soltas.
§ 3º Ressalvado o afastamento deferido por prazo igual ou superior a trinta dias, ou motivo
relevante devidamente comunicado à Corregedoria Geral da Justiça, o Juiz Corregedor Permanente
realizará, pessoalmente, as visitas mensais, vedada a atribuição dessa atividade ao juiz que estiver
respondendo pela vara por período inferior.

Vamos entender o que ocorreu no parágrafo 3º.

Regra geral: é o Juiz Corregedor Permanente quem deve realizar as visitas mensais.

Exceção: Afastamento deferido por mais de 30 dias, ou motivo relevante devidamente comunicado à
Corregedoria Geral da Justiça.

Ok, e quem fará a visita mensal se o Juiz Corregedor Permanente estiver afastado? O Magistrado a quem
for atribuída essa tarefa:

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§ 1º Realizará a visita o Juiz Corregedor Permanente ou o juiz a quem, por decisão do Corregedor
Geral da Justiça, essa atribuição for delegada.

Repare que não uso as cores a toa...

Mas existe uma vedação:

§ 3º Ressalvado o afastamento deferido por prazo igual ou superior a trinta dias, ou motivo
relevante devidamente comunicado à Corregedoria Geral da Justiça, o Juiz Corregedor Permanente
realizará, pessoalmente, as visitas mensais, vedada a atribuição dessa atividade ao juiz que estiver
respondendo pela vara por período inferior.

Se um Juiz estiver respondendo pela vara (aqui entendida a de Execuções Criminais) por período inferior
ao do afastamento do Juiz Corregedor Permanente, esse juiz não poderá receber a atribuição.

E, por fim, o artigo 14 é claro em afirmar que a visita do Juiz Corregedor Permanente não desobriga os
Juízes de Varas Privativas de Execuções Criminais de fazer as visitas eles também (em observância à Lei de
Execução Penal).

Art. 14. A sistemática prevista no art. 13 não desobriga a visita mensal às Cadeias Públicas, sob
responsabilidade tanto dos Juízes de Varas Privativas de Execuções Criminais como daqueles que
acumulem outros serviços anexos

Estamos quase no fim da aula ☺.

3.3 Apurações Preliminares, Sindicâncias e Processos


Administrativos

Costumo dar aulas sobre os Estatutos de Servidores Públicos de outros Estados. Quando chego à parte de
procedimentos disciplinares, gasto uma aula inteira para falar de deveres e, principalmente, das
penalidades que podem ser impostas aos servidores que não observam o estatuto.

Felizmente, a proposta do TJ SP para sua prova é bem mais simples. Como a alteração mais recente no
edital das provas de escrevente parece querer que você saiba muito bem quem é o Juiz Corregedor
Permanente, a escolha dos artigos sobre procedimentos administrativos versou apenas sobre as
atribuições do Corregedor Geral da Justiça e do Juiz Corregedor Permanente nesses procedimentos.

E melhor ainda: vamos falar apenas de disposições gerais!

Como não precisamos entrar em detalhes para sua prova, vamos agrupar as apurações preliminares,
sindicâncias e processos administrativos disciplinares sob único nome: procedimentos disciplinares.

Quando eu falar de procedimentos disciplinares, estou falando dos três ao mesmo tempo.

Art. 15. As apurações preliminares, as sindicâncias e os processos administrativos relativos ao


pessoal das serventias judiciais tramitarão no formato digital e serão instaurados e processados
pelos Juízes Corregedores Permanentes a que, na atualidade do procedimento, estiverem
subordinados os servidores de que trata o artigo 1°, incisos I e II, do Provimento CSM nº 2.460/2017,
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alterado pelo Provimento CSM nº 2.496/2019, devendo ser observado o tipo de procedimento
disciplinar:

Primeiro ponto: são os Juízes Corregedores Permanentes quem conduzem os procedimentos


disciplinares.

Entretanto, essa competência pertence originalmente ao Corregedor Geral da Justiça se formos observar
a estrutura prevista pelo Regimento Interno.

Vou mais longe: o Regimento Interno do TJ/SP concede expressamente ao Corregedor Geral da Justiça a
prerrogativa de avocar procedimentos administrativos.

[Regimento Interno TJ/SP]


Art. 28 Compete ao Corregedor Geral da Justiça.
XXVII – avocar, motivadamente e no interesse do serviço cartorário ou da Justiça, sindicâncias ou
==14cab7==

processos administrativos instaurados pelos corregedores peramnentes e reexaminar as decisões


proferidas

O provimento estabelece a mesma possibilidade:

§ 5° O Corregedor Geral da Justiça poderá avocar procedimento disciplinar em qualquer fase, ou


instaurá-lo originariamente, a pedido ou de ofício designar Juiz Corregedor Processante para todos
os atos pertinentes e atribuir serviços auxiliares à unidade diversa daquela a que estiver vinculado
o servidor.

Vamos devagar (de novo).

Primeiro: avocar significa “invocar para si”. Em Direito Administrativo, é a prerrogativa do superior
hierárquico de assumir a execução de um trabalho que se encontrava sob a competência de um
subordinado seu. Se te ajudar, é o contrário de “delegar”. Dito isto:

Regra Geral: compete ao Juiz Corregedor Permanente a quem esteja subordinado determinado servidor
realizar o procedimento disciplinar.

Agora vamos ver a extensão das prerrogativas do Corregedor Geral da Justiça.

A primeira delas eu já expliquei sem querer: Avocar procedimento disciplinar em qualquer fase. O
Corregedor Geral da Justiça, se entender pertinente, pode realizar ele próprio a condução dos
procedimentos disciplinares que eram de competência originária do Juiz Corregedor Permanente a quem
estava, no momento do procedimento, subordinado o servidor que será apurado.

A segunda prerrogativa é a de apontar um Juiz Corregedor Permanente para conduzir o procedimento.


Repare que esse Juiz será diferente do previsto no artigo 15, afinal, fosse para ser o mesmo, bastaria não
fazer nada.

Por fim, a terceira prerrogativa do Corregedor Geral da Justiça é atribuir a unidade diversa daquela a que
está vinculado o servidor a execução dos trabalhos auxiliares.

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Você consegue imaginar o motivo: as pessoas da unidade do servidor trabalham com ele e pode ser um
pouco constrangedor manusear um procedimento que pode resultar na demissão de uma pessoa que
senta ali do seu lado.

Em todo caso, trabalhe com a regra geral: quem instaura o procedimento é o Juiz Corregedor
Permanente. Como são vários e nos mais distantes locais do Estado, o Corregedor Geral da Justiça não
terá muito tempo para ficar consultando o DJE para cada instauração.

E o resto dos dispositivos entre o caput e o parágrafo 5º? Pra ser sincero com você, antes do Provimento
54/2019 eles sequer existiam. Quer dizer: eles não existiam no provimento que estamos estudando (as tais
"Normas da Corregedoria do TJ SP"), mas estavam por aí, espalhados em meio a tantos outros atos
internos do Tribunal de Justiça.

O Corregedor Geral de Justiça achou que seria uma boa ideia que constassem da Consolidação, e creio que
ele está correto.

Felizmente, não há nenhum segredo neles. Os três primeiros incisos definem três tipos de procedimentos
correcionais que podem ser abertos para a apuração de faltas disciplinares (descumprimento de
disposições do Estatuto por parte dos servidores):

I – Apuração preliminar: quando a infração não estiver suficientemente caracterizada ou definida a


autoria. Ao final, poderá ser arquivada ou ensejar a instauração de Sindicância ou Processo
Administrativo; (Acrescentado pelo Provimento CG Nº 54/2019)

No começo, tudo que se tem é uma desconfiança. Pode ser uma denúncia de um cidadão, de um
funcionário, ou mesmo a desconfiança do superior hierárquico. O que inicia o processo administrativo é a
ciência de uma irregularidade, e não a irregularidade em si. Daí a necessidade de uma apuração que, por
ocorrer antes de qualquer outra providência, se conhece por apuração preliminar.

Nesse procedimento, não sabemos sequer se uma infração foi praticada ou então, mesmo sabendo que a
infração foi praticada, não fazemos nem ideia de quem seria o suspeito.

II – Sindicância: quando a falta disciplinar, por sua natureza, possa determinar as penas de
repreensão, suspensão ou multa;

Agora já temos uma falta disciplinar delimitada e um possível servidor faltoso. Digo "possível" pois a culpa
desse servidor precisa ser apurada em procedimento próprio e esse procedimento não é a apuração
preliminar.

Lá no seu conceito original do Direito Administrativo, a sindicância funcionava como hoje funciona a
apuração preliminar. Contudo, da forma como ela está organizada no Poder Judiciário Paulista, esse
procedimento é capaz de justificar a aplicação das penalidades mais leves do Estatuto aos servidores
infratores:

[Estatuto dos Servidores Públicos do Estado de São Paulo, Lei 10.261/1968]


Artigo 251 - São penas disciplinares:
I - repreensão;

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II - suspensão;
III - multa;
IV - demissão;
V - demissão a bem do serviço público; e
VI - cassação de aposentadoria ou disponibilidade

Para as demais penalidades, é necessária a abertura de um Processo Administrativo Disciplinar:

III – Processo Administrativo: quando a falta disciplinar, por sua natureza, possa determinar as
penas de demissão ou dispensa, demissão ou dispensa a bem do serviço público e cassação de
aposentadoria.

E os próximos parágrafos delimitam as formalidades necessárias ao registro e autuação desses


procedimentos:

§ 1° Os procedimentos disciplinares previstos nos incisos I, II e III serão instaurados por Portaria,
dispensado o registro em livro, com a descrição dos fatos e a identificação do servidor (nome
completo, matrícula, cargo e posto de trabalho), exceto nas apurações preliminares em que não
houver autoria definida.
§ 2° Instaurado o procedimento, o Juiz Corregedor Permanente determinará o encaminhamento
do ofício de comunicação ao distribuidor, por e-mail institucional e no formato pdf, com as
seguintes informações: dados de qualificação do servidor (nome completo, número de inscrição no
CPF, endereço residencial ou domiciliar – inclusive CEP) e classe processual de acordo com o
procedimento instaurado.
§ 3° Recebido o ofício, o Distribuidor providenciará o cadastro no sistema informatizado com
distribuição por direcionamento, cabendo à Unidade Judicial inserir no processo digital a Portaria
devidamente instruída. Em razão da natureza da ação, a anotação de segredo de justiça será
gerada automaticamente pelo sistema informatizado na distribuição dos procedimentos
disciplinares.
§ 4° Nos procedimentos disciplinares decorrentes de reclamação apresentada fisicamente, após a
instauração e a distribuição do procedimento a Unidade de tramitação digitalizará e juntará as
peças devidamente categorizadas no sistema informatizado, concedendo-se o prazo de 45 dias
para sua retirada pelo reclamante, sob pena de inutilização, vedado o peticionamento eletrônico
inicial.

Voltando um pouco agora: quem instaura o procedimento é o Juiz Corregedor Permanente. Como são
vários e nos mais distantes locais do Estado, o Corregedor Geral da Justiça não terá muito tempo para ficar
consultando o DJE para cada instauração.

Desde o Provimento 27/2021, absolutamente qualquer decisão relevante em um procedimento


administrativo precisa ser informada à Corregedoria Geral de Justiça e, caso implique em anotação na
folha funcional (o "registro no RH" do servidor), também precisará ser enviado à Secretaria de Recursos
Humanos (seja lá qual for a atual designação dela à época do envio).

Assim ficará mais fácil para o órgão fazer o acompanhamento dos procedimentos:

Art. 16. Os Juízes Corregedores Permanentes comunicarão à Corregedoria Geral da Justiça a


instauração, a decisão final e as medidas cautelares impostas ou revogadas em qualquer
procedimento administrativo de natureza disciplinar, por meio de mensagem eletrônica, com
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informação do número do processo (e a senha de acesso aos autos digitais derivada de sigilo
simples, no caso de instauração) para processamento pela Diretoria da Corregedoria – DICOGE do
expediente de acompanhamento das apurações preliminares, sindicâncias e processos
administrativos.
Parágrafo único. Qualquer decisão em apuração preliminar, sindicância ou processo administrativo
que afete a folha funcional do servidor, como afastamentos e punições aplicadas ou cumpridas,
será informada à Secretaria competente da área de recursos humanos

Professor: o que ocorre se, no meio da apuração, um servidor mudar de local de trabalho. Bom, se o
procedimento disciplinar que corre contra esse servidor for físico, a resposta é simples: enviemos o
processo físico para o Juiz Corregedor Permanente da localidade para onde o servidor passou a ter
exercício.

Mas, e se for digital? Aí meu caro, depende:

Art. 16-A. Havendo alteração do posto de trabalho dos servidores a que se refere o artigo 15, com
procedimento disciplinar digital em curso, este será redistribuído ao Juiz Corregedor respectivo,
observadas as seguintes regras:

Os servidores a que se refere o artigo 15 são os servidores que trabalham nas serventias judiciais (leia-se:
todo mundo que trabalha na 1ª Instância e que não é Magistrado).

Vamos às regras:

I – Se o novo posto de trabalho corresponder a uma das unidades de que trata o artigo 1°, incisos I,
II e VI do Provimento CSM nº 2.460/2017, alterado pelo Provimento CSM nº 2.496/2019, os
procedimentos disciplinares deverão ser encaminhados ao distribuidor em fila própria para envio
à unidade de destino utilizando a funcionalidade de redistribuição, preservando-se o número do
processo, os andamentos já inseridos pela unidade de origem e a tramitação digital.
II – Se o novo posto de trabalho corresponder a uma das Unidades de que trata o artigo 1°, incisos
III, IV e V do Provimento CSM nº 2.460/2017, alterado pelo Provimento CSM nº 2.496/2019, a
Unidade de tramitação deverá materializar, imprimir e encaminhar os procedimentos
disciplinares, mediante carga ao distribuidor, que providenciará o envio à Unidade de destino
utilizando-se da funcionalidade de movimentação unitária para as anotações necessárias.

Não entendi coisa alguma! Ótimo, isso significa que você é um ser humano como qualquer outro.

O provimento CSM 2.460/2017 e suas alterações posteriores tratam da instauração de procedimentos


disciplinares. É esse provimento que trata em minúcias o que estamos vendo agora nas "Normas da
Corregedoria" em caráter geral. Nós não precisamos perder muito tempo com ele, apenas nos concentrar
no seguinte trecho:

[Provimento CSM nº 2460/2017]


Artigo 1º - A instauração e o processamento dos procedimentos estatutários de caráter disciplinar,
bem como a imposição das respectivas penalidades, à exceção das penalidades de demissão,
demissão a bem do serviço público e cassação da aposentadoria, as quais devem ser propostas ao
Presidente do Tribunal de Justiça, competem:
I - Aos Juízes Corregedores Permanentes, com relação aos funcionários com posto de trabalho nas
seguintes unidades:

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a – Gabinetes de 1ª instância, Varas, Ofícios Judiciais e seus Anexos;


b – Ofícios e Seções de Distribuição Judicial;
c – Seções Administrativas de Distribuição de Mandados, observado o regramento específico;
d - Ofício de Cartas Precatórias Cíveis;
e – Setor de Execuções contra a Fazenda Pública da Comarca da Capital;
f - Serviço Anexo das Fazendas e Setor de Execuções Fiscais;
g – Setor de Hastas Públicas do Fórum João Mendes da Comarca da Capital;
h – Centros Judiciários de Solução de Conflitos (CEJUSC);
i – Juizados Especiais e Colégios Recursais;
j – Setor Técnico do Serviço Social e de Psicologia;
k – Serviços de Protocolo, Distribuição e Cálculo Judicial vinculados à SPI 3 dos Foros Centrais e
Regionais da Comarca da Capital.
II - Aos Juízes Corregedores de Departamentos, tais como DEIJ, DIPO, DECRIM e DEECRIM, com
relação aos funcionários com posto de trabalho em referidas unidades;
III – Aos Juízes Diretores de Fórum do Interior, com relação aos servidores com posto de trabalho
nas administrações gerais e nas unidades administrativas diretamente ligadas ao funcionamento
do fórum, como segurança e vigilância;
IV – Aos Juízes Diretores de Fórum da Capital, com relação aos servidores com posto de trabalho
nas administrações prediais, com exceção da área de transporte;
V – Aos Juízes Diretores de Região Administrativa Judiciária, com relação aos servidores com posto
de trabalho nas Diretorias de Administração de Região Administrativa Judiciária (DARAJs) e suas
unidades;
VI – Aos Juízes Corregedores das Secretarias do Tribunal, que são os Assessores da Vice-
Presidência, com relação aos funcionários com posto de trabalho em secretarias do Tribunal de
Justiça, gabinetes de 2ª Instância, órgãos de direção e cúpula, além de unidades administrativas
sem designação de juiz corregedor próprio e servidores não abrangidos em demais artigos e
incisos deste Provimento.

Se o servidor for para uma das unidades previstas nos incisos I, II e IV (em amarelo), seu processo
disciplinar digital deve ser enviado digitalmente para a unidade de destino usando a função "redistribuir"
do sistema.

Se o servidor for para uma das unidades previstas nos incisos III, IV e V (em azul), o processo deverá ser
transformado em processo físico para só então ser enviado ao destino, por meio da função
"movimentação unitária" do sistema.

E você não precisa saber mais que isso...

Art. 17. Eventuais recursos serão interpostos eletronicamente e, após mantida a decisão, ou
reformada parcialmente (art. 312, § 3°, da Lei Estadual n° 10.261/68), remetidos à Corregedoria
Geral da Justiça, excepcionalmente por funcionalidade de redistribuição.
Parágrafo único. Nos casos de proposta de demissão ou dispensa, demissão ou dispensa a bem do
serviço público, ou cassação de aposentadoria, os autos serão sempre redistribuídos à
Corregedoria Geral para apreciação, independentemente da não interposição de recurso.

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Art. 18. Sem prejuízo da atribuição ao Juiz Corregedor Permanente, o Corregedor Geral da Justiça
poderá aplicar, originariamente, as sanções cabíveis e, enquanto não prescrita a infração,
reexaminar, de ofício ou mediante provocação, decisões absolutórias ou de arquivamento.

É importante que você entenda essa competência em sede disciplinar do Corregedor Geral da Justiça.
Você será incapaz de cair em qualquer pegadinha (mesmo que queira muito) se entender a extensão dos
poderes do Corregedor Geral da Justiça na condução de procedimentos disciplinares.

Primeiro: o Corregedor Geral da Justiça pode aplicar diretamente as sanções que entender cabíveis
(obviamente, respeitado o contraditório e a ampla defesa do servidor). Isso não exclui a atuação do Juiz
Corregedor Permanente, apenas concede a prerrogativa também ao Corregedor Geral.

Segundo: mesmo que o processo já esteja encerrado, o Corregedor Geral pode reexaminá-los, mas
atenção aqui:

- O reexame previsto no provimento se dá em processos onde houve decisão absolutória (decidiu-se pela
“inocência” do servidor, sem aplicação de pena) ou pelo arquivamento do processo (decidiu-se que o
processo não tinha condições de continuar).

A princípio, decisões condenatórias não são revistas pelo procedimento do artigo 18, cabendo ao servidor
interessado solicitar o reexame.

- Se a infração estiver prescrita, o reexame não é mais cabível, afinal, não será mais possível praticar
qualquer ato tendente a alterar a decisão tomada.

Com isto, encerramos a aula de hoje. Espero que tenha gostado!

Se tiver alguma dúvida, passa lá no fórum e grita!

QUESTÕES COMENTADAS
01 - VUNESP - TJ SP - 2017 As Normas da Corregedoria Geral de Justiça definem a correição ordinária
como sendo a fiscalização

a) para o saneamento de irregularidades constatadas em visitas correcionais.

b) direcionada à verificação da regularidade de funcionamento da unidade.

c) excepcional, realizada a qualquer momento e sem prévio anúncio.

d) virtual, com vistas ao controle permanente das atividades subordinadas à correição.

e) prevista e efetivada segundo as referidas normas e leis de organização judiciária.

Comentário: Vamos nós.

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A correição ordinária é uma das formas de exercício da função correcional, a qual, por sua vez, consiste na
orientação, reorganização e fiscalização dos órgãos e serviços judiciários de 1ª Instância. Como costumo
dizer em aula, a função correcional quer se certificar de que os órgãos da 1ª Instância estão funcionando
corretamente:

Art. 5º A função correcional consiste na orientação, reorganização e fiscalização dos órgãos e serviços judiciários de primeira
instância, bem como na fiscalização da polícia judiciária, dos estabelecimentos prisionais e dos demais estabelecimentos em
relação aos quais, por imposição legal, esses deveres forem atribuídos ao Poder Judiciário e é exercida, no Estado de São Paulo,
pelo Corregedor Geral da Justiça e, nos limites de suas atribuições, pelos Juízes de Primeiro Grau
[...]
Art. 6º A função correcional será exercida em caráter permanente e mediante correições ordinárias ou extraordinárias e visitas
correcionais.

Dito isto, a correição ordinária se destaca das demais formas de exercício da função correcional por ser
uma fiscalização prevista (sua realização é conhecida previamente pelo órgão ou serviço que será
fiscalizado) e efetivada segundo as normas e leis de organização judiciária (a correição ordinária é o “feijão
com arroz” da fiscalização, nada do que será feito durante ela será “inesperado” ou “inovador”):

§ 1º A correição ordinária consiste na fiscalização prevista e efetivada segundo estas normas e leis de organização judiciária.

Por exemplo:

PORTARIA Nº 04/2017 - ADITAMENTO A Dra. Tania Mara Ahualli, Juíza de Direito da 1ª Vara de Registros Públicos da Capital
do Estado de São Paulo e Corregedora Permanente dos Oficiais de Registro de Títulos e Documentos e Civil de Pessoa Jurídica
da Capital, no uso de suas atribuições legais e na forma da lei, RESOLVE: Alterar a data da Correição Ordinária no 4º Oficial de
Registro de Títulos e Documentos e Civil de Pessoa Jurídica, para o dia 20 de junho de 2017, às 14:30 horas. São Paulo, 17 de
fevereiro de 2017 Tania Mara Ahualli Juíza de Direito

Veja que a proposta da correição é “ir dar uma olhada” em como está indo o 4º Oficial de Registro de
Títulos e Documentos e esse órgão é avisado previamente da correição. Sem nenhum propósito ou
comprometimento. É quase como ir tomar um café e dar uma olhada no serviço.

A letra e) corresponde perfeitamente ao conceito do Provimento.

As outras formas de exercício da função correcional são as seguintes:

§ 2º A correição extraordinária consiste em fiscalização excepcional, realizada a qualquer momento e sem prévio anúncio e
poderá ser geral ou parcial, conforme as necessidades e conveniência do serviço correcional.

A letra c) aponta uma característica da correição extraordinária.

§ 3º A visita correcional consiste na fiscalização direcionada à verificação da regularidade de funcionamento da unidade, do


saneamento de irregularidades constatadas em correições ou ao exame de algum aspecto da regularidade ou da continuidade
dos serviços e atos praticados.

As letras a) e b) são características das visitas correcionais.

E, por fim, a letra d) não atende a nenhum dos conceitos do artigo 6º.

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Letra e)

02. INÉDITA - 2018 - Prof. Tiago Zanolla Assinale a alternativa que está de acordo com as Normas da
Corregedoria do TJ-SP:

a) As apurações preliminares, as sindicâncias e os processos administrativos relativos ao pessoal das


serventias judiciais serão realizados pelos Escrivão Judicial a que, na atualidade do procedimento,
estiverem subordinados os servidores.

b) O Corregedor Geral da Justiça poderá avocar procedimento disciplinar desde que esteja em fase
preliminar.

c) Os Juízes Corregedores Permanentes comunicarão ao Conselho da Magistratura a instauração de


qualquer procedimento administrativo, mediante remessa de cópia da portaria inaugural, para
processamento do acompanhamento:
1
d) Eventuais recursos serão interpostos eletronicamente

e) Sem prejuízo da atribuição ao Juiz Corregedor Permanente, o Presidente do Tribunal de Justiça poderá
aplicar, originariamente, as sanções cabíveis e, enquanto não prescrita a infração, reexaminar, de ofício ou
mediante provocação, decisões absolutórias ou de arquivamento.

Comentário:

Vamos analisar uma a uma:

LETRA A - Errada. Os procedimentos administrativos serão realizados pelo Juiz Corregedor Permanente.

Art. 15. As apurações preliminares, as sindicâncias e os processos administrativos relativos ao pessoal das serventias judiciais
tramitarão no formato digital e serão instaurados e processados pelos Juízes Corregedores Permanentes a que, na atualidade
do procedimento, estiverem subordinados os servidores de que trata o artigo 1°, incisos I e II, do Provimento CSM nº
2.460/2017, alterado pelo Provimento CSM nº 2.496/2019, devendo ser observado o tipo de procedimento disciplinar:

LETRA B - Errada. O Corregedor poderá avocar em qualquer fase.

Art. 15 [...]
[...]
§ 5° O Corregedor Geral da Justiça poderá avocar procedimento disciplinar em qualquer fase, ou instaurá-lo originariamente, a
pedido ou de ofício designar Juiz Corregedor Processante para todos os atos pertinentes e atribuir serviços auxiliares à
unidade diversa daquela a que estiver vinculado o servidor.

LETRA C - Errada. Os Juízes Corregedores Permanentes comunicarão à Corregedoria Geral da Justiça a


instauração de qualquer procedimento administrativo,

Art. 16. Os Juízes Corregedores Permanentes comunicarão à Corregedoria Geral da Justiça a instauração e a decisão final de
qualquer procedimento administrativo de natureza disciplinar, por meio de mensagem eletrônica, informando o número do
processo (e a senha de acesso aos autos digitais, no caso de instauração) para processamento do expediente de
acompanhamento:

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LETRA D - Correta.

Art. 17. Eventuais recursos serão interpostos eletronicamente e, após mantida a decisão, ou reformada parcialmente (art. 312,
§ 3°, da Lei Estadual n° 10.261/68), remetidos à Corregedoria Geral da Justiça, excepcionalmente por funcionalidade de
redistribuição.

LETRA E - Errada.

Art. 18. Sem prejuízo da atribuição ao Juiz Corregedor Permanente, o Corregedor Geral da Justiça poderá aplicar,
originariamente, as sanções cabíveis e, enquanto não prescrita a infração, reexaminar, de ofício ou mediante provocação,
decisões absolutórias ou de arquivamento.

Letra d)

03. VUNESP - 2008 - TJ-MT - adaptada por Prof. Tiago Zanolla Pode-se afirmar que a função
4
correicional

a) não será exercida pelo juiz de primeira instância.

b) obriga prévio aviso para inspeções.

c) será exercida apenas ordinariamente.

d) não compreende as delegacias de polícia.

e) poderá ser ordenada pelo Corregedor Geral.

Comentário:

A questão é do TJ-MT mas podemos utiliza-la no TJ-SP.

Vamos analisar uma a uma:

LETRA A - Errada. O Juiz Corregedor Permanente é o Juiz de primeira instância.

LETRA B - Errada. A correição extraordinária, por exemplo, é realizada a qualquer momento e sem prévio
anúncio.

LETRA C - Errada. A função correcional será exercida em caráter permanente e mediante correições
ordinárias ou extraordinárias e visitas correcionais.

LETRA D - Errada. Os estabelecimentos prisionais e outros destinados ao recolhimento de pessoas,


sujeitos à atividade correcional do juízo, serão visitados uma vez por mês.

LETRA E - Correta. Realizará a visita o Juiz Corregedor Permanente ou o juiz a quem, por decisão do
Corregedor Geral da Justiça, essa atribuição for delegada

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Letra e)

04. NC-UFPR - 2012 - TJ-PR - adaptada por Prof. Tiago Zanolla Assinale a alternativa correta.

a) As visitas correicionais dependem de aviso e o Corregedor- Geral as fará nos serviços de qualquer
Comarca, Vara, Juizado ou serventia.

b) A função correcional consiste na orientação, reorganização e fiscalização dos órgãos e serviços


judiciários de primeira instância, bem como na fiscalização da polícia judiciária, dos estabelecimentos
prisionais e dos demais estabelecimentos em relação aos quais, por imposição legal, esses deveres forem
atribuídos ao Poder Judiciário e é exercida, no Estado de São Paulo, pelo Corregedor Geral da Justiça e,
nos limites de suas atribuições, pelos Juízes de Primeiro Grau.

c) A correição extraordinária consiste na fiscalização normal, realizável a qualquer momento, podendo ser
geral ou parcial, conforme abranja ou não todos os serviços da Comarca.
c
d) Durante e após os serviços correcionais, todos os funcionários da unidade permanecerão à disposição
do Corregedor Geral da Justiça, dos Juízes Assessores da Corregedoria Geral ou do Juiz Corregedor
Permanente, sem prejuízo de requisição de auxílio externo ou de requisição de força policial.

e) A função correcional nos ofícios de justiça, serventias do foro extrajudicial e secretarias poderão ser
realizadas exclusivamente pelo Corregedor-Geral da Justiça.

Vamos analisar uma a uma:

LETRA A - Errada. A visita correcional independe de edital ou qualquer outra providência.

LETRA B - Correta.

Art. 5º A função correcional consiste na orientação, reorganização e fiscalização dos órgãos e serviços judiciários de primeira
instância, bem como na fiscalização da polícia judiciária, dos estabelecimentos prisionais e dos demais estabelecimentos em
relação aos quais, por imposição legal, esses deveres forem atribuídos ao Poder Judiciário e é exercida, no Estado de São Paulo,
pelo Corregedor Geral da Justiça e, nos limites de suas atribuições, pelos Juízes de Primeiro Grau

LETRA C - Errada. A correição extraordinária consiste em fiscalização excepcional, realizada a qualquer


momento e sem prévio anúncio e poderá ser geral ou parcial, conforme as necessidades e conveniência do
serviço correcional.

LETRA D - Errada.

Art. 11. Durante os serviços correcionais, todos os funcionários da unidade permanecerão à disposição do Corregedor Geral da
Justiça, dos Juízes Assessores da Corregedoria Geral ou do Juiz Corregedor Permanente, sem prejuízo de requisição de auxílio
externo ou de requisição de força policial.

LETRA E - Errada. O Juiz de primeira instância também realiza correição.

Art. 7º A Corregedoria Permanente será exercida pelo juiz a que a normatividade correcional cometer tal atribuição.

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GABARITO - Letra B

QUESTÕES PROPOSTAS
01 - VUNESP - TJ SP - 2017 As Normas da Corregedoria Geral de Justiça definem a correição ordinária
como sendo a fiscalização

a) para o saneamento de irregularidades constatadas em visitas correcionais.

b) direcionada à verificação da regularidade de funcionamento da unidade.

c) excepcional, realizada a qualquer momento e sem


a prévio anúncio.
d) virtual, com vistas ao controle permanente das atividades subordinadas à correição.

e) prevista e efetivada segundo as referidas normas e leis de organização judiciária.

02. INÉDITA - 2018 - Prof. Tiago Zanolla Assinale a alternativa que está de acordo com as Normas da
Corregedoria do TJ-SP:

a) As apurações preliminares, as sindicâncias e os processos administrativos relativos ao pessoal das


serventias judiciais serão realizados pelos Escrivão Judicial a que, na atualidade do procedimento,
estiverem subordinados os servidores.

b) O Corregedor Geral da Justiça poderá avocar procedimento disciplinar desde que esteja em fase
preliminar.

c) Os Juízes Corregedores Permanentes comunicarão ao Conselho da Magistratura a instauração de


qualquer procedimento administrativo, mediante remessa de cópia da portaria inaugural, para
processamento do acompanhamento:

d) Eventuais recursos serão interpostos eletronicamente

e) Sem prejuízo da atribuição ao Juiz Corregedor Permanente, o Presidente do Tribunal de Justiça poderá
aplicar, originariamente, as sanções cabíveis e, enquanto não prescrita a infração, reexaminar, de ofício ou
mediante provocação, decisões absolutórias ou de arquivamento.

03. (VUNESP - 2008 - TJ-MT - adaptada por Prof. Tiago Zanolla) Pode-se afirmar que a função
correicional

a) não será exercida pelo juiz de primeira instância.

b) obriga prévio aviso para inspeções.

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Felipe Petrachini, Tiago Zanolla
Aula 03

c) será exercida apenas ordinariamente.

d) não compreende as delegacias de polícia.

e) poderá ser ordenada pelo Corregedor Geral.

04. NC-UFPR - 2012 - TJ-PR - adaptada por Prof. Tiago Zanolla Assinale a afirmativa correta.

a) As visitas correicionais dependem de aviso e o Corregedor- Geral as fará nos serviços de qualquer
Comarca, Vara, Juizado ou serventia.

b) A função correcional consiste na orientação, reorganização e fiscalização dos órgãos e serviços


judiciários de primeira instância, bem como na fiscalização da polícia judiciária, dos estabelecimentos
prisionais e dos demais estabelecimentos em relação aos quais, por imposição legal, esses deveres forem
atribuídos ao Poder Judiciário e é exercida, no Estado de São Paulo, pelo Corregedor Geral da Justiça e,
b
nos limites de suas atribuições, pelos Juízes de Primeiro Grau.

c) A correição extraordinária consiste na fiscalização normal, realizável a qualquer momento, podendo ser
geral ou parcial, conforme abranja ou não todos os serviços da Comarca.

d) Durante e após os serviços correcionais, todos os funcionários da unidade permanecerão à disposição


do Corregedor Geral da Justiça, dos Juízes Assessores da Corregedoria Geral ou do Juiz Corregedor
Permanente, sem prejuízo de requisição de auxílio externo ou de requisição de força policial.

e) A função correcional nos ofícios de justiça, serventias do foro extrajudicial e secretarias poderão ser
realizadas exclusivamente pelo Corregedor-Geral da Justiça.

GABARITO

01 02 03 04
E D E E

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