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Esboço: Dízimo (By: Hércules Botelho Couto)

Terça, 01 de Junho de 2021.

Prólogo -
Qual a origem da mitsvá (ato de boa ação) de Tsedacá (justiça)?

A Torá declara: "Se houver um carente entre seus irmãos, numa de suas

cidades, na terra que Deus deu a vocês, não endureçam seus corações

nem fechem a mão a seu irmão carente. Vocês definitivamente devem

abrir suas mãos e lhe emprestar o suficiente para o que lhe faltar

(Devarim/Deuteronômio 15:7,8)"
Prefácio -

Acredito que essa obra é a que melhor abrange apologeticamente

Maasser (Dízimo) em nosso País.


Agradecimentos -

primeiro agradeço a Deus pela saúde. Pela minha família, e pela

Igreja Assembleia de Deus Ministério Vivendo Pela Fé em Campos dos

Goytacazes RJ no Parque Santa Rosa.


Maasser (Dízimo) -

A idéia de dar o dízimo não apenas existe no judaísmo, como é uma

prática genuinamente judaica e cristã, conforme estabelecido na Torá,

que orienta que todo judeu separe um décimo, maasser, de seus lucros

para a caridade e a fonte da lei que apóia a idéia de doar até um

quinto de nossa renda é o Talmud, Tratado de Ketubot 50a.

Tudo o que possuímos é um empréstimo de Deus. Na realidade, tanto a

colheita, como a renda monetária de cada indivíduo é um presente

Divino. A Torá não quer que nos esqueçamos disto. Por isso, instituiu

que um décimo da colheita, ou da renda, fosse doada. Este é um

lembrete de que na realidade nenhum bem material é nossa propriedade

eterna, e temos de usar o que temos agora para o bem. A Torá nos

ordena dar um décimo de nossa renda líquida. É meritório dar 20%

(Shulchán Aruch Yore Dea 249:1).

Existem muitos exemplos na Torá onde nossos antepassados deram seu

maasser (dízimo), como com Avraham (Abraão) Bereshit (Gênesis 14:20)

e Yaácov (Jacó) (Bereshit 28:22), bem como em Vayicrá

(Levítico)27:30-31 e Devarim (Deuteronômio) 14:22, 14:28. E sobre a

mitsvá de darmos 10% de nossas entradas aos Leviim (membros da tribo

de Levi) Bamidbár (Números 18: 21,24) e outros 10% aos pobres da

localidade (Devarim/Deuteronômio 26:12).


O Rambam, Maimônides (1135-1204), um dos grandes codificadores das

Leis Judaicas, estabeleceu uma hierarquia de 8 pontos de como devemos

cumprir da maneira mais apropriada esta mitsvá:

 Dar um presente, emprestar dinheiro, aceitar como sócio ou

arrumar trabalho para alguém, antes que ele precise pedir caridade;

 Fazer caridade com um pobre, onde ambos o doador e o destinatário

não sabem a identidade um do outro;

 O doador sabe quem é o destinatário, mas este não sabe quem é o

doador;

 O destinatário sabe quem é o doador, mas este não sabe para quem

está doando;

 O doador faz a caridade antes mesmo de lhe ser pedida;

 O doador dá algo a um pobre depois de lhe ser pedido;

 O doador dá menos do que deveria, mas o faz de uma maneira

agradável e reconfortante;

 O doador faz a caridade com avareza (ele sente incômodo neste

ato, mas não o demonstra).

Consta no Shulchán Aruch (O Código de Leis Judaicas) (Yore Dea 249:3)

que se a pessoa visivelmente demonstra desprezo, ela perde o mérito

desta mitsvá.
O Gaon de Vilna (Lituânia, 1720-1797) explicou que o critério para

darmos Tsedacá está indicado no versículo descrito acima. Quando uma

pessoa fecha sua mão, seus dedos parecem ficar todos com a mesma

altura. Quando ela os abre, entretanto, percebe que cada dedo tem uma

altura diferente. O mesmo se dá com a Tsedacá: Cada individuo carente

tem necessidades diferentes e nossa obrigação com cada um varia

conforme sua necessidade. O versículo 7 diz: "Não feche sua mão", ou

seja, não dê a mesma quantia a todos os que lhe pedirem. O versículo

8 continua: "Vocês definitivamente devem abrir suas mãos",

significando: 'Perceba que cada pessoa é diferente da outra e

contribua conforme o caso'.

Para Gaon o correto é dar 20% de Dízimo e, está realmente

certo, pois em diversas denominações cristãs não são todos os

contribuintes.
Rabino Rony Gurwicz se formou Rabino pelo Rabinato Central de Israel

em 2002, e desde então tem se dedicado a inspirar pessoas a

fortalecerem o seu contato com Deus. No ano de 2002 ele foi o Rabino

Chefe da maior comunidade do Rio de Janeiro por 5 anos. Após voltar a

Israel começou a dar aulas em Casas de Estudos (Yeshivot)

prestigiosas em Israel.

Ele diz que o dízimo é o nosso investimento, quem dar mais estará

se beneficiando ainda mais, é como colocar o dinheiro no tesouro

do banco sem retira-lo. Ou seja, metaforicamente isso quer dizer

que uma benção está garantida para quem da com alegria!


Conclusão -

Como todas as denominações necessitam mensalmente

de dízimos. Temos mais que obrigação ajudar à obra!

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