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FOLHA DE ROSTO ORIENTATIVA PARA PROVA OBJETIVA

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● Cada uma das questões da prova objetiva está vinculada ao comando que imediatamente a
antecede e contém orientação necessária para resposta. Para cada questão, existe apenas UMA
resposta válida e de acordo com o gabarito.
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1º SIMULADO – PC/DF – DELEGADO DE POLÍCIA

� Baseado no formato de prova


• Nas questões a seguir, marque, para cada uma, a única opção correta, de acordo com o respectivo comando. Para as devidas
marcações, use a Folha de Respostas, único documento válido para a correção da sua prova.
• Em seu caderno de prova, caso haja opção(ões) constituída(s) pela estrutura Situação hipotética:... seguida de Assertiva:..., os

� aplicado pela banca Cebraspe


dados apresentados como situação hipotética deverão ser considerados premissa(s) para o julgamento da assertiva proposta.
• Eventuais espaços livres – identificados ou não pela expressão “Espaço livre” – que constarem deste caderno de prova pode-
rão ser utilizados para rascunhos.

PC/DF – DELEGADO DE POLÍCIA

Direito Penal
Felipe Leal

QUESTÃO 1

Quais são os efeitos da condenação em crime de abuso de autoridade? A inabilitação para o exercício do cargo ou a perda do cargo são
efeitos automáticos?
1º SIMULADO – PC/DF – DELEGADO DE POLÍCIA

Questão 1 – Rascunho

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1º SIMULADO – PC/DF – DELEGADO DE POLÍCIA

Direito Processual Penal


Érico Palazzo

QUESTÃO 2

Situação hipotética: ao realizar a sua caminhada matinal no bosque do Éden, Eva se deparou com um corpo morto estendido no chão
e imediatamente acionou a polícia civil. A polícia foi até o local e identificou que o corpo era de Abel, marido de Lia, que estava
desaparecido há dois dias. A polícia contatou Lia e ela compareceu à delegacia, momento em que entregou o telefone celular de seu
marido morto ao delegado. A autoridade policial abriu o WhatsApp e verificou que, antes de desaparecer, Abel teve uma discussão
calorosa com Caim e que eles haviam marcado um encontro no local em que a vítima foi encontrada morta. Por meio da conversa, o
delegado conseguiu chegar a outros elementos de informação e confirmou a autoria do delito. O Ministério Público, por entender estar
presente a justa causa, denunciou Caim e esse impetrou habeas corpus, no qual alegou a ilegalidade do acesso do delegado às conversas
do WhatsApp, bem como a nulidade dos demais elementos de informação derivados de tal conversa, com fundamento na teoria dos
frutos da árvore envenenada.
Com base na situação hipotética apresentada, responda de forma fundamentada conforme o entendimento do STJ: houve ilegalidade
na conduta do delegado? Os elementos de informação derivados do acesso ao celular estão eivados de nulidade? Explique a teoria dos
frutos da árvore envenenada e se ela é aplicada ao presente caso.
1º SIMULADO – PC/DF – DELEGADO DE POLÍCIA

Questão 2 – Rascunho

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1º SIMULADO – PC/DF – DELEGADO DE POLÍCIA

Direito Constitucional
Marcelo Ribeiro

QUESTÃO 3

A Constituição no art. 58, § 3º, estabelece: “As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios
das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados
e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de
fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a
responsabilidade civil ou criminal dos infratores”.
Pergunta-se: podem a comissões parlamentares de inquérito, na prática in officium, com os poderes de investigação próprios das
autoridades judiciais, promover: a) quebra de sigilo bancário? b) a requisição de dados cadastrais bancários? c) a quebra de sigilo de
dados cadastrais telefônicos; d) a busca e apreensão residencial?
1º SIMULADO – PC/DF – DELEGADO DE POLÍCIA

Questão 3 – Rascunho

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1º SIMULADO – PC/DF – DELEGADO DE POLÍCIA

Direito Administrativo
Renato Borelli

QUESTÃO 4

Muitos atos da Administração Pública são realizados por interesse do administrador que, desprovido de conhecimento, ou
excepcionalmente por má-fé, não respeita a legalidade exigida aos atos administrativos. Uma vez detectada eventual ilegalidade, o ato
administrativo pode ser anulado pela própria Administração? Fundamente sua resposta.
1º SIMULADO – PC/DF – DELEGADO DE POLÍCIA

Questão 4 – Rascunho

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1º SIMULADO – PC/DF – DELEGADO DE POLÍCIA

Direito Tributário
Maria Christina

QUESTÃO 5

Empresa sediada em Brasília-DF possui diversos estabelecimentos comerciais que vendem produtos de consumo para consumidores
finais. Ao efetuar vendas a pessoas físicas, em dezembro de 2021, a empresa identificou que tinha apurado de forma errônea determinadas
operações realizadas com pessoas físicas e efetuou espontaneamente o recolhimento do valor correto do tributo. Ao verificar tal situação,
um auditor da Receita do Distrito Federal iniciou processo administrativo fiscal específico, em janeiro de 2022, para apurar outras
operações, tais como a saída de mercadoria para outro estabelecimento de titularidade da mesma empresa.
No âmbito do processo administrativo, a Receita do Distrito Federal entendeu que não ocorreu denúncia espontânea, sob o argumento
de que já havia sido instaurado processo em julho de 2021, a fim de que fossem realizados atos administrativos de monitoramento
destinados a verificar o cumprimento espontâneo da legislação tributária mediante a verificação periódica dos níveis de arrecadação dos
tributos administrados pela Subsecretaria da Receita da Secretaria de Estado de Fazenda do Distrito Federal.

Diante dessa situação, a empresa pretende praticar atos, no âmbito do processo administrativo fiscal, para arguir a inconstitucionalidade
da incidência de ICMS sobre a saída de mercadoria para estabelecimento do mesmo titular, alegando que isso consiste em bitributação
e a possibilidade de acolhimento da denúncia espontânea em relação aos valores recolhidos em dezembro de 2021, bem como a
impossibilidade de crime contra ordem tributária, tendo em vista a ausência de lançamento.
Considerando a situação hipotética precedente, elabore um texto atendendo, de forma fundamentada, ao que se pede a seguir.

a. Aborde os instrumentos da existência ou não da denúncia espontânea e informe se poderia incidir ICMS sobre a saída de mercadorias
para estabelecimentos do mesmo titular.
b. Esclareça se seria possível, no caso, a denúncia do estabelecimento comercial por crime contra a ordem tributária.
1º SIMULADO – PC/DF – DELEGADO DE POLÍCIA

Questão 5 – Rascunho

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1º SIMULADO – PC/DF – DELEGADO DE POLÍCIA

Direito Empresarial
Hebert Durães

QUESTÃO 6

No dia 02 de fevereiro de 2019, o Conselho Federal de Contabilidade, no exercício de seu poder de polícia, recolheu os livros da
sociedade empresária HVD Soluções Tecnológicas Ltda., que estavam em poder do contabilista José Fortunato. Tomando conhecimento
do ato, o sócio administrador da referida sociedade empresária impetrou mandado de segurança, alegando que nenhuma autoridade, sob
qualquer pretexto, poderia fazer ou ordenar diligência para verificar se o empresário ou a sociedade empresária observam ou não, em
seus livros e fichas, as formalidades prescritas em lei.
Acerca da situação hipotética apresentada e do instituto da escrituração empresarial, redija um texto dissertativo que aborde, de forma
fundamentada, os seguintes aspectos:
a. Princípios norteadores da escrituração empresarial.
b. Se poderia o Conselho Regional de Contabilidade praticar atos fiscalizatórios nos livros empresariais que se encontravam em poder
do contabilista.
1º SIMULADO – PC/DF – DELEGADO DE POLÍCIA

Questão 6 – Rascunho

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1º SIMULADO – PC/DF – DELEGADO DE POLÍCIA

Direito Civil
Raphael Arnoud

QUESTÃO 7

Movido pelo altruísmo que lhe é próprio, Felipe, famoso industrial, decide doar para Fabiano um terreno localizado na área urbana
da cidade de Tupicanga, desde que esse mesmo terreno seja utilizado para a construção, e posterior funcionamento, pelo prazo de 20
anos, de um abrigo para pessoas em situação de extrema pobreza. Fabiano assume o compromisso em cumprir a destinação original e
aceita a doação. Dois anos após a lavratura da escritura que instrumentalizou o negócio jurídico, Felipe toma conhecimento que Fabiano
construiu no terreno doado uma academia de ginástica e explora tal atividade econômica.
Diante da situação apresentada, responda:
a. Quanto ao critério da onerosidade, como se classifica o negócio jurídico celebrado?
b. Caso Felipe deseje exigir o cumprimento do compromisso firmado pelo donatário, poderia fazê-lo? Justifique.
c. Caso Felipe deseje revogar a doação celebrada, seria possível? Justifique.
1º SIMULADO – PC/DF – DELEGADO DE POLÍCIA

Questão 7 – Rascunho

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1º SIMULADO – PC/DF – DELEGADO DE POLÍCIA

Direito Empresarial
Hebert Durães

QUESTÃO 8

No dia 02 de fevereiro de 2019, a sociedade empresária MHR Produções Artísticas Ltda. foi beneficiada com a concessão da recuperação
judicial, cumprindo tempestivamente o prazo legal para apresentação do plano de recuperação judicial. Antes da aprovação do plano, o
administrador judicial tomou conhecimento de que os sócios estavam lançando anotações financeiras em uma planilha não informada
ao juízo e promovendo a distribuição de dividendos entre si, resultando em prejuízos aos credores.
A partir dessa situação hipotética e da Lei n. 11.101/2005 e com as alterações ocorridas com o advento da Lei n. 14.112 de 2020, redija
um texto dissertativo que responda, justificadamente, as seguintes indagações:
a. Qual o prazo legal para apresentação do plano de recuperação judicial e qual a consequência pela não apresentação do referido
documento?
b. Qual deverá ser a postura do administrador judicial ao tomar conhecimento de que os sócios estavam lançando anotações financeiras
em uma planilha não informada ao juízo e promovendo a distribuição de dividendos entre si, resultando prejuízos aos credores?
1º SIMULADO – PC/DF – DELEGADO DE POLÍCIA

Questão 8 – Rascunho

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1º SIMULADO – PC/DF – DELEGADO DE POLÍCIA

Direito Ambiental
Nilton Carlos

QUESTÃO 9

Adriano morava em uma antiga casa, herdada de seus pais, na qual passara toda sua infância e juventude. Com a morte dos seus pais,
passou a morar na referida casa com sua esposa e filhos.
Em dezembro, foi viajar de férias com a família e, ao voltar, descobriu que sua casa havia sido grafitada por um famoso artista plástico
local.
As novas cores chamaram a atenção dos moradores da cidade, que passaram a visitar o local para tirar fotos e postar selfies nas redes
sociais.
Um corretor de imóveis disse que o grafite havia valorizado muito o imóvel.
Adriano comentou com um amigo, delegado naquela cidade, que estava muito triste e depressivo, pois não reconhecia mais a casa onde
havia passado sua infância e se sentia mal com aquele “monte de gente” passando na calçada para tirar fotos da casa.
Como delegado de polícia e amigo de Adriano, informe o que, juridicamente, pode ocorrer nesse caso nas áreas cível e penal.
1º SIMULADO – PC/DF – DELEGADO DE POLÍCIA

Questão 9 – Rascunho

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1º SIMULADO – PC/DF – DELEGADO DE POLÍCIA

Peça Prático-Profissional
Felipe

QUESTÃO 10
A Polícia Civil do Distrito Federal instaurou, mediante portaria, o inquérito 1244/2022, com o objetivo de investigar uma associação
integrada por policiais suspeitos da prática de crimes em Sobradinho, região administrativa do Distrito Federal. De acordo com o
que foi apurado até o momento, após discurso inicial de legitimação, policiais assumiram o controle do território da comunidade
Caparó, em Sobradinho, exigindo, em razão de suas funções, que os comerciantes e os moradores da comunidade pagassem prestações
semanais em troca da proteção armada deles. Os criminosos chegaram, inclusive, a assumir a presidência da associação de moradores
da comunidade numa eleição ocorrida em novembro de 2021, marcada pela intimidação dos populares. Aqueles que se recusaram a
pagar foram espancados, mortos ou expulsos da localidade. Os populares, em regra, têm medo de prestar depoimento. Todavia, constam
dos autos alguns depoimentos e registros periciais de duas mortes. Em reunião para discutir os próximos passos da investigação, um
policial revelou que sua avó ainda reside na comunidade e que mora exatamente ao lado da sede da associação. Esse policial soube,
ainda, por meio de relatos obtidos por sua avó, que os criminosos não guardam qualquer espécie de registro de suas atividades e nenhum
deles utiliza aparelhos telefônicos, com receio de serem interceptados, só discutindo seus planos criminosos na sede da associação,
localizada na Rua Alvarenga, 17, Sobradinho, quando lá comparecem apenas pelo período da manhã ou da tarde. Ainda, na reunião,
todos concordaram que a prova não pode mais ser feita pelos meios até então disponíveis para identificar toda a cadeia de comando do
grupo.
Na condição de delegado(a) responsável pela investigação, redija a peça cautelar adequada, resguardando o sigilo da investigação,
apontando os dispositivos legais pertinentes e fundamentando a necessidade da medida requerida.
1º SIMULADO – PC/DF – DELEGADO DE POLÍCIA

Questão 10 – Rascunho

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Questão 10 – Rascunho

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Questão 10 – Rascunho

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1º SIMULADO – PC/DF – DELEGADO DE POLÍCIA

Questão 10 – Rascunho

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1º SIMULADO – PC/DF – DELEGADO DE POLÍCIA

Questão 10 – Rascunho

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1º SIMULADO – PC/DF – DELEGADO DE POLÍCIA

Direito Penal
Felipe Leal

QUESTÃO 1

Quais são os efeitos da condenação em crime de abuso de autoridade? A inabilitação para o exercício do cargo ou a perda do cargo são
efeitos automáticos?
DPDF – ANALISTA – ADMINISTRAÇÃO

POLÍCIA CIVIL DO DISTRITO FEDERAL


CARGO: DELEGADO DE POLÍCIA
PROVA DISCURSIVA

PADRÃO DE RESPOSTA DEFINITIVO


O candidato precisa citar os três efeitos:
I. Tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime, devendo o juiz, a requerimento do ofendido, fixar na sentença o valor
mínimo para reparação dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos por ele sofridos.
II. A inabilitação para o exercício de cargo, mandato ou função pública, pelo período de 1 (um) a 5 (cinco) anos.
III. A perda do cargo, do mandato ou da função pública.
Em seguida, precisa ressalvar que os efeitos previstos nos incisos II e III do caput deste artigo são condicionados à ocorrência de
reincidência em crime de abuso de autoridade (OU SEJA, REINCIDÊNCIA ESPECÍFICA), e não são automáticos, devendo ser
declarados motivadamente na sentença.
1º SIMULADO – PC/DF – DELEGADO DE POLÍCIA

Direito Processual Penal


Érico Palazzo

QUESTÃO 2

Situação hipotética: ao realizar a sua caminhada matinal no bosque do Éden, Eva se deparou com um corpo morto estendido no chão
e imediatamente acionou a polícia civil. A polícia foi até o local e identificou que o corpo era de Abel, marido de Lia, que estava
desaparecido há dois dias. A polícia contatou Lia e ela compareceu à delegacia, momento em que entregou o telefone celular de seu
marido morto ao delegado. A autoridade policial abriu o WhatsApp e verificou que, antes de desaparecer, Abel teve uma discussão
calorosa com Caim e que eles haviam marcado um encontro no local em que a vítima foi encontrada morta. Por meio da conversa, o
delegado conseguiu chegar a outros elementos de informação e confirmou a autoria do delito. O Ministério Público, por entender estar
presente a justa causa, denunciou Caim e esse impetrou habeas corpus, no qual alegou a ilegalidade do acesso do delegado às conversas
do WhatsApp, bem como a nulidade dos demais elementos de informação derivados de tal conversa, com fundamento na teoria dos
frutos da árvore envenenada.
Com base na situação hipotética apresentada, responda de forma fundamentada conforme o entendimento do STJ: houve ilegalidade
na conduta do delegado? Os elementos de informação derivados do acesso ao celular estão eivados de nulidade? Explique a teoria dos
frutos da árvore envenenada e se ela é aplicada ao presente caso.
DPDF – ANALISTA – ADMINISTRAÇÃO

POLÍCIA CIVIL DO DISTRITO FEDERAL


CARGO: DELEGADO DE POLÍCIA
PROVA DISCURSIVA

PADRÃO DE RESPOSTA DEFINITIVO


No caso apresentado, não houve ilegalidade na conduta do delegado, tendo em vista que o titular do direito à intimidade estava morto,
de modo que não havia mais direito ao sigilo e à intimidade a ser protegido. Ainda, o aparelho celular foi entregue voluntariamente à
polícia pela viúva da vítima, assim não há que se falar em prova ilícita, pois não houve violação à intimidade do investigado, já que o
celular era da vítima, e não do investigado. Logo, não havia a necessidade de autorização judicial para que o delegado tivesse acesso
ao conteúdo das conversas do WhatsApp da vítima. Assim, a conduta do delegado foi perfeitamente realizada dentro das balizas legais.
Por último, os elementos de informação derivados do acesso à conversa do WhatsApp não estão eivados de nulidade, já que o próprio
acesso ao aplicativo de conversas ocorreu de maneira legal, então não há que se falar de nulidade de tais elementos, com base na teoria
dos frutos da árvore envenenada.

Informativo 617, STJ: Não há ilegalidade na perícia de aparelho de telefonia celular pela polícia, sem prévia autorização judicial, na
hipótese em que seu proprietário - a vítima - foi morto, tendo o referido telefone sido entregue à autoridade policial por sua esposa. STJ.
6ª Turma. RHC 86.076-MT, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, Rel. Acd. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 19/10/2017.
1º SIMULADO – PC/DF – DELEGADO DE POLÍCIA

Direito Constitucional
Marcelo Ribeiro

QUESTÃO 3

A Constituição no art. 58, § 3º, estabelece: “As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios
das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados
e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de
fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a
responsabilidade civil ou criminal dos infratores”.
Pergunta-se: podem a comissões parlamentares de inquérito, na prática in officium, com os poderes de investigação próprios das
autoridades judiciais, promover: a) quebra de sigilo bancário? b) a requisição de dados cadastrais bancários? c) a quebra de sigilo de
dados cadastrais telefônicos; d) a busca e apreensão residencial?
DPDF – ANALISTA – ADMINISTRAÇÃO

POLÍCIA CIVIL DO DISTRITO FEDERAL


CARGO: DELEGADO DE POLÍCIA
PROVA DISCURSIVA

PADRÃO DE RESPOSTA DEFINITIVO


Na atividade in officium, ou seja, em razão dos poderes decorrentes das funções constitucionais, as comissões parlamentares de inquérito
podem realizar todos os atos instrutórios, exceto aqueles para os quais a Constituição impõe reserva de jurisdição. Assim, a) a CPI pode
realizar quebra de sigilo bancário (MS 22801, Relator(a): MENEZES DIREITO, Tribunal Pleno, julgado em 17/12/2007), bem como
dados cadastrais bancários e telefônicos, mas não pode realizar busca e apreensão residencial, por força do art. 5º, XI, da Constituição:
a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito
ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial. EMENTA: Habeas Corpus. Formação de quadrilha
visando à prática de crimes contra o INSS. Denúncia baseada, entre outros elementos, em provas coletadas por meio de busca e
apreensão domiciliar ordenada por Comissão Parlamentar de Inquérito, em decisão não fundamentada, o que tem sido repelido por esta
Corte (Mandados de Segurança n. 23.452, 23.454, 23.619 e 23.661, entre outros). Denúncia que aponta a materialidade do delito, bem
como indícios de autoria fortemente demonstrados por outros documentos, testemunhos e elementos carreados pelo Ministério Público.
Inépcia da peça acusatória não configurada. Ordem concedida em parte, para o efeito de excluir os papéis que foram objeto da busca
e apreensão irregular. (HC 80420, Relator(a): SEPÚLVEDA PERTENCE, Relator(a) p/ Acórdão: ELLEN GRACIE, Primeira Turma,
julgado em 28/06/2001, DJ 01-02-2002 PP-00084 EMENT VOL-02055-02 PP-00239).
1º SIMULADO – PC/DF – DELEGADO DE POLÍCIA

Direito Administrativo
Renato Borelli

QUESTÃO 4

Muitos atos da Administração Pública são realizados por interesse do administrador que, desprovido de conhecimento, ou
excepcionalmente por má-fé, não respeita a legalidade exigida aos atos administrativos. Uma vez detectada eventual ilegalidade, o ato
administrativo pode ser anulado pela própria Administração? Fundamente sua resposta.
DPDF – ANALISTA – ADMINISTRAÇÃO

POLÍCIA CIVIL DO DISTRITO FEDERAL


CARGO: DELEGADO DE POLÍCIA
PROVA DISCURSIVA

PADRÃO DE RESPOSTA DEFINITIVO


A anulação do ato administrativo consiste no seu próprio desfazimento por motivo de ilegalidade, efetuada pelo próprio Poder que
o editou ou determinada pelo Poder Judiciário. A anulação efetuada pela própria Administração decorre do princípio da autotutela
administrativa. Identificada a ilegalidade do ato, a Administração tem o dever de anulá-lo, com base no princípio da legalidade, sendo
em casos específicos justificável a sua manutenção, pois as consequências do desfazimento em si e sua repercussão acarretariam maior
prejuízo que a subsistência do ato.
Não existe previsão legal quanto ao prazo para a anulação do ato administrativo, todavia já existem leis específicas prevendo o prazo
de 5 anos. A anulação tem efeito ex tunc. A Súmula 473 do STF prevê que “A Administração pode anular seus próprios atos, quando
eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direito; ou revogá-los, por motivo de conveniência e oportunidade,
respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.”.
1º SIMULADO – PC/DF – DELEGADO DE POLÍCIA

Direito Tributário
Maria Christina

QUESTÃO 5

Empresa sediada em Brasília-DF possui diversos estabelecimentos comerciais que vendem produtos de consumo para consumidores
finais. Ao efetuar vendas a pessoas físicas, em dezembro de 2021, a empresa identificou que tinha apurado de forma errônea determinadas
operações realizadas com pessoas físicas e efetuou espontaneamente o recolhimento do valor correto do tributo. Ao verificar tal situação,
um auditor da Receita do Distrito Federal iniciou processo administrativo fiscal específico, em janeiro de 2022, para apurar outras
operações, tais como a saída de mercadoria para outro estabelecimento de titularidade da mesma empresa.
No âmbito do processo administrativo, a Receita do Distrito Federal entendeu que não ocorreu denúncia espontânea, sob o argumento
de que já havia sido instaurado processo em julho de 2021, a fim de que fossem realizados atos administrativos de monitoramento
destinados a verificar o cumprimento espontâneo da legislação tributária mediante a verificação periódica dos níveis de arrecadação dos
tributos administrados pela Subsecretaria da Receita da Secretaria de Estado de Fazenda do Distrito Federal.

Diante dessa situação, a empresa pretende praticar atos, no âmbito do processo administrativo fiscal, para arguir a inconstitucionalidade
da incidência de ICMS sobre a saída de mercadoria para estabelecimento do mesmo titular, alegando que isso consiste em bitributação
e a possibilidade de acolhimento da denúncia espontânea em relação aos valores recolhidos em dezembro de 2021, bem como a
impossibilidade de crime contra ordem tributária, tendo em vista a ausência de lançamento.
Considerando a situação hipotética precedente, elabore um texto atendendo, de forma fundamentada, ao que se pede a seguir.

a. Aborde os instrumentos da existência ou não da denúncia espontânea e informe se poderia incidir ICMS sobre a saída de mercadorias
para estabelecimentos do mesmo titular.
b. Esclareça se seria possível, no caso, a denúncia do estabelecimento comercial por crime contra a ordem tributária.
DPDF – ANALISTA – ADMINISTRAÇÃO

POLÍCIA CIVIL DO DISTRITO FEDERAL


CARGO: DELEGADO DE POLÍCIA
PROVA DISCURSIVA

PADRÃO DE RESPOSTA DEFINITIVO


a. Não há que se falar em denúncia espontânea, pois já houve o início de procedimento de fiscalização, sendo devido, no caso, o
pagamento da multa conforme disposto no art. 138, parágrafo único, do CTN.
No entanto, segundo julgamento do STF, ratificando o posicionamento da Súmula 166 do STJ, não incide ICMS sobre a circulação de
mercadoria realizada dentro da mesma empresa por não haver uma circulação jurídica, mas uma mera circulação fática.
b. Conforme disposto na Súmula Vinculante n. 24, não há que se falar em crime contra ordem tributária antes da realização do lançamento
definitivo do tributo.
1º SIMULADO – PC/DF – DELEGADO DE POLÍCIA

Direito Empresarial
Hebert Durães

QUESTÃO 6

No dia 02 de fevereiro de 2019, o Conselho Federal de Contabilidade, no exercício de seu poder de polícia, recolheu os livros da
sociedade empresária HVD Soluções Tecnológicas Ltda., que estavam em poder do contabilista José Fortunato. Tomando conhecimento
do ato, o sócio administrador da referida sociedade empresária impetrou mandado de segurança, alegando que nenhuma autoridade, sob
qualquer pretexto, poderia fazer ou ordenar diligência para verificar se o empresário ou a sociedade empresária observam ou não, em
seus livros e fichas, as formalidades prescritas em lei.
Acerca da situação hipotética apresentada e do instituto da escrituração empresarial, redija um texto dissertativo que aborde, de forma
fundamentada, os seguintes aspectos:
a. Princípios norteadores da escrituração empresarial.
b. Se poderia o Conselho Regional de Contabilidade praticar atos fiscalizatórios nos livros empresariais que se encontravam em poder
do contabilista.
DPDF – ANALISTA – ADMINISTRAÇÃO

POLÍCIA CIVIL DO DISTRITO FEDERAL


CARGO: DELEGADO DE POLÍCIA
PROVA DISCURSIVA

PADRÃO DE RESPOSTA DEFINITIVO


O CC/2002 determina que o empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um sistema de contabilidade, mecanizado ou
não, com base na escrituração uniforme de seus livros, em correspondência com a documentação respectiva, e a levantar anualmente o
balanço patrimonial e o de resultado econômico (art. 1.179).
Escrituração é o ato ou efeito de registrar sistemática e metodicamente todos os fatos ocorridos em uma organização, com o objetivo
de fornecer eventuais dados que se tornem necessários para qualquer posterior verificação a respeito deles. Cumpre destacar que a
escrituração é regida por princípios informadores, os quais:

a. Princípio da fidelidade: consiste na exigência legal de exprimir, com fidelidade e clareza, a real situação da empresa (CC, arts.
1.183-1184); em relação ao balanço patrimonial, ele deverá exprimir, com fidelidade e clareza, a situação real da empresa e, atendidas
as peculiaridades dessa, bem como as disposições das leis especiais, indicará, distintamente, o ativo e o passivo (art. 1.188, CC/2002).
b. Princípio do sigilo: como regra, os livros ficam sob a guarda do empresário, e são sigilosos, salvo em relação ao Fisco. Para que
terceiros tenham acesso aos livros, precisarão requerer a exibição judicial (art. 1.190 a 1.193 do CC).
c. Princípio da liberdade: alguns ordenamentos jurídicos impõem não apenas a obrigação de manter os livros, mas, também, os
enumera como obrigatórios. No Brasil, vige a liberdade de escolha, caracterizada pelas expressões hoje utilizadas pelo § 1º do art.
1.179 do CC: “salvo o disposto no art. 1.180, o número e a espécie de livros ficam a critério dos interessados”. Como visto, entretanto,
a exceção é o livro Diário, único livro obrigatório comum a todos os empresários.

Em relação ao caso hipotético, embora o art. 1.190 do Código Civil disponha que “ressalvados os casos previstos em lei, nenhuma
autoridade, juiz ou tribunal, sob qualquer pretexto, poderá fazer ou ordenar diligência para verificar se o empresário ou a sociedade
empresária observam, ou não, em seus livros e fichas, as formalidades prescritas em lei”, o Conselho Federal de Contabilidade tem
autorização legal para realizar a referida fiscalização, conforme dispõe Decreto-Lei n. 9.295/1946, que criou o Conselho Federal de
Contabilidade e os Conselhos Regionais de Contabilidade.
Em seu art. 10, letra "c" da referida norma, preconiza ser atribuição dos Conselhos Regionais "fiscalizar o exercício das profissões
de contador e guarda-livros, impedindo e punindo as infrações, e bem assim, enviando às autoridades competentes minuciosos e
documentados relatórios sobre fatos que apurem, e cuja solução ou repressão não seja de sua alçada". Dessa forma, como de fato
existe previsão legal específica para o exercício fiscalizatório pelos Conselhos de Contabilidade, pode-se concluir que a salvaguarda
empresarial prevista no reportado art. 1.190 do Código Civil não estaria sendo violada.
A propósito, é esse o entendimento do Superior Tribunal de Justiça, preconizado no REsp 1.420.396-PR (Rel. Min. Sérgio Kukina, por
unanimidade, julgado em 19/09/2017, DJe 29/09/2017), segundo Informativo Jurisprudencial nº 612 de 25 de outubro de 2017.
1º SIMULADO – PC/DF – DELEGADO DE POLÍCIA

Direito Civil
Raphael Arnoud

QUESTÃO 7

Movido pelo altruísmo que lhe é próprio, Felipe, famoso industrial, decide doar para Fabiano um terreno localizado na área urbana
da cidade de Tupicanga, desde que esse mesmo terreno seja utilizado para a construção, e posterior funcionamento, pelo prazo de 20
anos, de um abrigo para pessoas em situação de extrema pobreza. Fabiano assume o compromisso em cumprir a destinação original e
aceita a doação. Dois anos após a lavratura da escritura que instrumentalizou o negócio jurídico, Felipe toma conhecimento que Fabiano
construiu no terreno doado uma academia de ginástica e explora tal atividade econômica.
Diante da situação apresentada, responda:
a. Quanto ao critério da onerosidade, como se classifica o negócio jurídico celebrado?
b. Caso Felipe deseje exigir o cumprimento do compromisso firmado pelo donatário, poderia fazê-lo? Justifique.
c. Caso Felipe deseje revogar a doação celebrada, seria possível? Justifique.
DPDF – ANALISTA – ADMINISTRAÇÃO

POLÍCIA CIVIL DO DISTRITO FEDERAL


CARGO: DELEGADO DE POLÍCIA
PROVA DISCURSIVA

PADRÃO DE RESPOSTA DEFINITIVO


a. A doação pode ser “pura e simples”, quando não há qualquer contraprestação do donatário ao doador; ou “modal”, também conhecida
como “doação onerosa”, situação na qual o doador impõe ao donatário uma incumbência em seu benefício, em proveito de terceiro ou
do interesse geral. No caso específico, verifica-se a existência de um encargo ao donatário, o que torna essa doação “onerosa”.

b. A existência de “encargo” não suspende nem a aquisição nem o exercício do direito, de maneira que o ato jurídico modal produz
efeitos independentemente do seu cumprimento. Contudo, admite-se que o estipulador exija o seu cumprimento – em alguns casos – sob
pena de revogação do ato gratuito. Vejamos o que dispõe o art. 562 do CC/2002:

Art. 562. A doação onerosa pode ser revogada por inexecução do encargo, se o donatário incorrer em mora. Não havendo prazo para o
cumprimento, o doador poderá notificar judicialmente o donatário, assinando-lhe prazo razoável para que cumpra a obrigação
assumida.

c. Como já se visualiza na primeira parte da redação do art. 562, o não cumprimento do encargo pode justificar a revogação da doação,
hipótese também garantida pelo art. 555 do mesmo CC/2002. Vejamos:

Art. 555. A doação pode ser revogada por ingratidão do donatário, ou por inexecução do encargo.
1º SIMULADO – PC/DF – DELEGADO DE POLÍCIA

Direito Empresarial
Hebert Durães

QUESTÃO 8

No dia 02 de fevereiro de 2019, a sociedade empresária MHR Produções Artísticas Ltda. foi beneficiada com a concessão da recuperação
judicial, cumprindo tempestivamente o prazo legal para apresentação do plano de recuperação judicial. Antes da aprovação do plano, o
administrador judicial tomou conhecimento de que os sócios estavam lançando anotações financeiras em uma planilha não informada
ao juízo e promovendo a distribuição de dividendos entre si, resultando em prejuízos aos credores.
A partir dessa situação hipotética e da Lei n. 11.101/2005 e com as alterações ocorridas com o advento da Lei n. 14.112 de 2020, redija
um texto dissertativo que responda, justificadamente, as seguintes indagações:
a. Qual o prazo legal para apresentação do plano de recuperação judicial e qual a consequência pela não apresentação do referido
documento?
b. Qual deverá ser a postura do administrador judicial ao tomar conhecimento de que os sócios estavam lançando anotações financeiras
em uma planilha não informada ao juízo e promovendo a distribuição de dividendos entre si, resultando prejuízos aos credores?
DPDF – ANALISTA – ADMINISTRAÇÃO

POLÍCIA CIVIL DO DISTRITO FEDERAL


CARGO: DELEGADO DE POLÍCIA
PROVA DISCURSIVA

PADRÃO DE RESPOSTA DEFINITIVO


A Lei n. 11.101/2005 inovou ao extinguir o antigo instituto da concordata criando, em substituição, a medida de recuperação da empresa
em dificuldades. O objetivo da recuperação é sempre o de sanear a empresa em situação de crise econômico-financeira, a fim de permitir
a manutenção da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo, assim, a preservação da
empresa, sua função social e o estímulo à atividade econômica (art. 47 da Lei n. 11.101/2005, Lei de Recuperação e Falência - LRF).
De acordo com o art. 53 da LRF, “o plano de recuperação deverá ser apresentado pelo devedor em juízo no prazo improrrogável de 60
(sessenta) dias da publicação da decisão que deferir o processamento da recuperação judicial”. Se o plano não for apresentado no prazo
sinalizado pela lei, o processo de recuperação será convolado em falência.
No caso hipotético, os sócios poderão ter praticado o crime falimentar, denominado como “contabilidade paralela e distribuição de
lucros ou dividendos a sócios e acionistas até a aprovação do plano de recuperação judicial” e tipificado no art. 168 da LRF, com pena
de reclusão de 3 (três) a 6 (seis) anos e aumentada de 1/3 (um terço) até metade e multa, com a nova redação dada ao § 2ª pela Lei n.
14.112, de 2020.
Nessa situação, considerando que os crimes previstos na LRF são de ação penal pública incondicionada (art. 184), o administrador
judicial deverá informar o fato ao Ministério Público para promover “imediatamente a competente ação penal ou, se entender
necessário, requisitará a abertura de inquérito policial”, conforme o art. 187 da LRF. Vale destacar que “qualquer credor habilitado ou o
administrador judicial poderá oferecer ação penal privada subsidiária da pública, observado o prazo decadencial de 6 (seis) meses”, na
forma do parágrafo único do art. 184 da LRF.
1º SIMULADO – PC/DF – DELEGADO DE POLÍCIA

Direito Ambiental
Nilton Carlos

QUESTÃO 9

Adriano morava em uma antiga casa, herdada de seus pais, na qual passara toda sua infância e juventude. Com a morte dos seus pais,
passou a morar na referida casa com sua esposa e filhos.
Em dezembro, foi viajar de férias com a família e, ao voltar, descobriu que sua casa havia sido grafitada por um famoso artista plástico
local.
As novas cores chamaram a atenção dos moradores da cidade, que passaram a visitar o local para tirar fotos e postar selfies nas redes
sociais.
Um corretor de imóveis disse que o grafite havia valorizado muito o imóvel.
Adriano comentou com um amigo, delegado naquela cidade, que estava muito triste e depressivo, pois não reconhecia mais a casa onde
havia passado sua infância e se sentia mal com aquele “monte de gente” passando na calçada para tirar fotos da casa.
Como delegado de polícia e amigo de Adriano, informe o que, juridicamente, pode ocorrer nesse caso nas áreas cível e penal.
DPDF – ANALISTA – ADMINISTRAÇÃO

POLÍCIA CIVIL DO DISTRITO FEDERAL


CARGO: DELEGADO DE POLÍCIA
PROVA DISCURSIVA

PADRÃO DE RESPOSTA DEFINITIVO


Na esfera cível:
- Indenização por danos materiais.
- Indenização por danos morais.

Na esfera penal:
- Crime.
Grafite sem autorização do proprietário.
Ação penal pública incondicionada.
Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.
1º SIMULADO – PC/DF – DELEGADO DE POLÍCIA

Peça Prático-Profissional
Felipe

QUESTÃO 10
A Polícia Civil do Distrito Federal instaurou, mediante portaria, o inquérito 1244/2022, com o objetivo de investigar uma associação
integrada por policiais suspeitos da prática de crimes em Sobradinho, região administrativa do Distrito Federal. De acordo com o
que foi apurado até o momento, após discurso inicial de legitimação, policiais assumiram o controle do território da comunidade
Caparó, em Sobradinho, exigindo, em razão de suas funções, que os comerciantes e os moradores da comunidade pagassem prestações
semanais em troca da proteção armada deles. Os criminosos chegaram, inclusive, a assumir a presidência da associação de moradores
da comunidade numa eleição ocorrida em novembro de 2021, marcada pela intimidação dos populares. Aqueles que se recusaram a
pagar foram espancados, mortos ou expulsos da localidade. Os populares, em regra, têm medo de prestar depoimento. Todavia, constam
dos autos alguns depoimentos e registros periciais de duas mortes. Em reunião para discutir os próximos passos da investigação, um
policial revelou que sua avó ainda reside na comunidade e que mora exatamente ao lado da sede da associação. Esse policial soube,
ainda, por meio de relatos obtidos por sua avó, que os criminosos não guardam qualquer espécie de registro de suas atividades e nenhum
deles utiliza aparelhos telefônicos, com receio de serem interceptados, só discutindo seus planos criminosos na sede da associação,
localizada na Rua Alvarenga, 17, Sobradinho, quando lá comparecem apenas pelo período da manhã ou da tarde. Ainda, na reunião,
todos concordaram que a prova não pode mais ser feita pelos meios até então disponíveis para identificar toda a cadeia de comando do
grupo.
Na condição de delegado(a) responsável pela investigação, redija a peça cautelar adequada, resguardando o sigilo da investigação,
apontando os dispositivos legais pertinentes e fundamentando a necessidade da medida requerida.
DPDF – ANALISTA – ADMINISTRAÇÃO

POLÍCIA CIVIL DO DISTRITO FEDERAL


CARGO: DELEGADO DE POLÍCIA
PROVA DISCURSIVA

PADRÃO DE RESPOSTA DEFINITIVO


ENDEREÇAMENTO
Excelentíssimo(a) Senhor(a) Juiz(a) da _______ Vara do Tribunal do Júri de Brasília/DF.

Comentários: O(a) candidato(a) deve observar que não havia juízo prevento e que o endereçamento deve observar a existência de
homicídios.

PREÂMBULO
O(a) candidato(a) deve citar o art. 144, § 4º, da Constituição Federal de 1988 (norma que embasa a capacidade de postular) e o art. 8º-A
da Lei n. 9.296/1996 (norma que embasa a medida pretendida).

FUNDAMENTAÇÃO
O(a) candidato(a) deve descrever o fumus comissi delicti (Constituição de milícia privada — Art. 288-A do CPB — para a prática de
homicídios e concussões). Deve fundamentar que a prova não pode ser feita por outros meios disponíveis e igualmente eficazes; e que há
elementos probatórios razoáveis de autoria e de participação em infrações criminais cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro)
anos.
O(a) candidato(a) deve descrever circunstanciadamente o local (Associação de Moradores na Rua Alvarenga, 17, Sobradinho),
fundamentando a necessidade de instalação noturna de dispositivo de captação ambiental.
O(a) candidato(a) deve citar o princípio da proporcionalidade, afirmando que outras medidas não se revelam suficientes para a garantia
da ordem pública e a aplicação da lei penal.

PEDIDO
O(a) candidato(a) deve representar pela autuação da representação em apartado, preservando-se o sigilo das diligências, das gravações
e das transcrições respectivas.
Deve constar o prazo de 15 (quinze) dias para a medida, sem prejuízo de eventuais renovações.

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