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admin,+ART +356+BJD
admin,+ART +356+BJD
ISSN: 2525-8761
DOI:10.34117/bjdv7n2-356
RESUMO
INTRODUÇÃO:. A música é um dos aspectos da arte, que tem contribuído,
decisivamente, no processo terapêutico e educativo, em muitas unidades hospitalares. O
uso desta ferramenta é apontado, entre outros métodos, como uma abordagem não
farmacológica efetiva para o controle da dor, por se caracterizar como um método de
distração e estar entre as estratégias mais eficazes, além de apresentar um alto nível de
aceitabilidade pelos pacientes. È do conhecimento de todos que a música está ligada a
diferentes momentos da vida humana e é difícil perceber a falta de sons prazerosos
quando se está em um leito de hospital, especialmente em locais com acesso restrito de
tecnologia, como nas Unidades de Terapia Intensiva. Sendo assim a Musicoterapia surge
como alternativa, influenciando o paciente, fisiológica, psicológica e emocionalmente
durante o tratamento de doenças ou ferimentos a que se submeteu, estudos comprovam
que a implementação dessa pratica integrativa dentro de uma unidade hospitalar traz
vários benefícios ao paciente tais como: redução da angústia e da ansiedade, além de
levar o paciente a modificar sua maneira de encarar a situação, pode ainda motivar o sono
e o descanso, criando uma atmosfera de calma, ajudando a filtrar os sons estranhos e
desagradáveis que fazem parte do ambiente do hospital e também reduzindo, assim, a
necessidade de drogas sedativas, o que conduz a uma recuperação mais
rápida.OBJETIVO:. Tem-se como objetivo relatar a implementação do uso de
musicoterapia em uma UTI adulto de hospital, referência em tuberculose e HIV/AIDS
em São Luis -Ma visando melhorar a qualidade da assistência prestada.MÉTODOS:
Trata-se de um relato de experiência de uma intervenção realizada de forma
interdisciplinar pela equipe médica e de enfermagem no período de janeiro de 2019 a
dezembro de 2019 na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Presidente Vargas em
São Luis Ma..RESULTADOS Percebeu-se que a musicoterapia impactou em diversos
aspectos biopsicossociais e espirituais, validando a utilidade da estratégia, por meio de
relatos verbais como agradecimento e participação, e não verbais, tais como expressões
de afeto, choro ou sorriso, com possível alteração dos parâmetros vitais. Verificou-se
ainda que a escuta musical no ambiente da UTI propiciou aos participantes sentimentos
de esperança; paz interior e fé; alegria e expressões de relaxamento, contribuindo para
maior enfrentamento da hospitalização.CONCLUSÃO: Conclui-se que terapias
RESUME
INTRODUCTION:. Music is one of the aspects of art, which has contributed decisively
to the therapeutic and educational process in many hospital units. The use of this tool is
pointed out, among other methods, as an effective non-pharmacological approach to pain
control, as it is characterized as a distraction method and is among the most effective
strategies, in addition to presenting a high level of acceptability by patients. It is well
known that music is linked to different moments in human life and it is difficult to notice
the lack of pleasant sounds when you are in a hospital bed, especially in places with
restricted access to technology, such as in Intensive Care Units. Thus, Music Therapy
appears as an alternative, influencing the patient, physiologically, psychologically and
emotionally during the treatment of illnesses or injuries to which he has undergone,
studies show that the implementation of this integrative practice within a hospital unit
brings several benefits to the patient such as: reduction of anguish and anxiety, in addition
to leading the patient to change the way he sees the situation, can also motivate sleep and
rest by creating an atmosphere of calm, helping to filter out the strange and unpleasant
children who are part of the environment the hospital and the need for sedative drugs is
also possible, which leads to a faster recovery OBJETIVE:. The objective is to report the
implementation of the use of music therapy in an adult ICU of a hospital, a reference in
tuberculosis and HIV / AIDS in São Luis -Ma, aiming to improve the quality of the
assistance provided. METHODS: This is an experience report of an intervention carried
out in an interdisciplinary manner by the medical and nursing staff from January 2019 to
December 2019 at the Intensive Care Unit of Hospital Presidente Vargas in São Luis Ma
RESULTS It was noticed that music therapy had an impact on several biopsychosocial
aspects and spiritual, validating the usefulness of the strategy, through verbal reports such
as thanks and participation, and non-verbal reports, such as expressions of affection,
crying or smiling, with possible alteration of vital parameters. It was also found that
listening to music in the ICU environment provided participants with feelings of hope;
inner peace and faith; joy and expressions of relaxation, contributing to greater coping
with hospitalization.CONCLUSION: It is concluded that alternative therapies such as
music therapy proved to be an effective tool for the treatment of the individual admitted
to an Intensive Care Unit leading to a sensitive, creative and humanized
1 INTRODUÇAO
Desde os primórdios da civilização que a música é incluída no tratamento
de doenças, os povos primitivos acreditavam que a música tinha capacidade de livrar o
doente da possessão de espíritos, levando-o à cura. De acordo com Leinig (1977), os
primeiros relatos escritos sobre a influência da música no ser humano foram encontrados
em papiros médicos egípcios pelo antropólogo inglês Flandres Petrie, por volta de 1899.
Na Biblia há um relato sobre a terapêutica musical usada por David com sua harpa para
se libertar da depressão o rei Saul e dos ataques de raiva (LEINIG 1977) No século XIII
utilizava-se a música para tratamento de doenças mentais , ao som de músicas frenéticas
ou não, isso dependia do estado que se encontrava o paciente. (LEINIG, 1977). A música
passou a ocupar um lugar privilegiado na busca das terapias que tocassem o sensorial. A
partir do século XVIII iniciaram-se as investigações sobre os efeitos puramente
fisiológicos da música. Tanto na Primeira Guerra Mundial quanto na Segunda Guerra
Mundial a música foi aplicada nos hospitais, logo depois das evidências dos efeitos
tranqüilizadores nos pacientes . Em 1970, deu-se início a carreira de Musicoterapia no
Brasil, como uma especialização, na Faculdade de Educação Musical no Paraná,
conhecida hoje como 18 Faculdade de Artes do Paraná. Concomitante a esse fato Wanda
Aguiar Horta (1979) propõe a Teoria das Necessidades Humanas Básica, que tem como
objetivo assistir ao ser humano por meio do Processo de Enfermagem, promovendo assim
o equilíbrio entre as suas necessidades, sendo elas biológicas, sociais e espirituais,
elevando sua qualidade de vida e promovendo uma assistência contínua e integral. Desde
então as praticas integrativas tem conquistado espaço dentro das unidades hospitalares ,
sendo uma delas a musicoterapia. E assim a portaria nº 849, de 27 de março de 2017,
inclui a musicoterapia à política nacional de práticas integrativa e complementar, que
contribui para ampliar o conhecimento acerca da utilização da música como um recurso
de cuidado junto a outras práticas, facilitando abordagens interdisciplinares, pois
promove relaxamento, conforto e prazer no convívio social, facilitando o diálogo entre os
indivíduos e profissionais Conforme Oliveira et al ( 2012) os elementos musicais como
o ritmo, a harmonia e a melodia são capazes de provocar alterações fisiológicas em quem
à escuta, evidenciando assim os benefícios da musicoterapia inclusive no controle da
ansiedade e estresse. Além de promover intervenções adequadas e eficazes. Segundo
Rocha ( 2017) a musicoterapia também pode ser utilizada como uma intervenção
terapêutica pois traz consigo, momentos de aconchego, relaxamento e tranquilidade, bem
como a estimulação cognitiva por meio da memorização das letras musicais, expressões,
2 DIRETRIZES METODOLÓGICAS
Trata-se de um relato de experiência de uma intervenção realizada de forma
interdisciplinar pela equipe médica e de enfermagem no período de janeiro de 2019 a
dezembro de 2019 na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Presidente Vargas em
São Luís Ma. Os participantes eram os pacientes internados em UTI de adultos mesmo
os que estavam em ventilação mecânica e sedados foram inclusos na intervenção. Para
implementação desta intervenção, foi escolhida como repertório as músicas da velha
guarda,com ênfase nas composições de Roberto Carlos, as canções eram colocadas logo
após o banho matinal através de caixas acústicas, dando a opção a cada um de solicitar a
troca da música ou desligamento do som , fato esse não ocorrido, logo após a interrupção
das músicas eram verificado sinais vitais, diálogo da equipe com paciente .
3 RESULTADOS
Percebeu-se que a musicoterapia impactou em diversos aspectos biopsicossociais
e espirituais . Alguns benefícios percebidos: redução de medicamentos para dor ao longo
do dia para aqueles pacientes que estavam prescritos medicação caso fosse necessário;
as pacientes apresentaram um conforto físico , relaxamento com um ar mais sereno e
tranqüilo proporcionando consequentemente uma diminuição dos níveis da ansiedade e
melhora no sono, observou se ainda os efeitos das canções sobre os parâmetros vitais
(pulso, frequência respiratória e pressão arterial) Cabe ressaltar que foi notório, a redução
da pressão arterial sistólica e diastólica, além da pulsação e frequência respiratória. De
acordo com Silva et all ( 2014) a análise de alguns estudos evidencia a associação dos
saberes e práticas de utilização da música para a saúde com práticas médicas associadas
às experiências musicais, trazendo efeitos fisiológicos que envolvem mudanças no
metabolismo, liberação de adrenalina, regulação de frequência respiratória, variações na
pressão arterial sanguínea, redução da fadiga, do tônus musculares e aumento do limiar
dos estímulos sensoriais, melhorando a atenção e a concentração. Este método pode ser
usado como um recurso terapêutico complementar no manejo e no controle dos sintomas.
Essa utilização da estratégia foi validado, por meio de relatos verbais como
agradecimento e participação, e não verbais, tais como expressões de afeto, choro ou
sorriso,. Verificou-se ainda que a escuta musical no ambiente da UTI propiciou aos
participantes sentimentos de esperança; paz interior e fé; alegria, contribuindo para maior
enfrentamento da hospitalização.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conclui-se que terapias alternativas como a musicoterapia demonstrou ser uma
ferramenta eficaz à terapêutica do indivíduo internado em uma Unidade de Terapia
Intensiva conduzindo a um processo de cuidar sensível, criativo e humanizado. Essa
forma terapêutica ativou a memória afetiva dos pacientes e os estimularam a resgatar
sentimentos e lembranças do passado. Vale frissar a necessidade de se desenvolver
pesquisas nacionais, tanto com abordagens qualitativas quanto quantitativas, que
demonstrem, de forma sistematizada, os benefícios que a intervenção musical
proporciona ao paciente/cliente, família e equipe de saúde no ambiente institucional ou
no domicílio.
REFERÊNCIAS
SILVA, Gabriela Jorge, et al. Utilização de experiências musicais como terapia para
sintomas de náusea e vomito em quimioterapia. Rev Bras Enferm. Vol. 67, n. 4, p. 630-
636, 2014
1690716
VALENÇA, C. N. et al. Musicoterapia na assistência de enfermagem em terapia
intensiva. Revista de Pesquisa Cuidado é Fundamental Online, Rio de Janeiro, dez.
2013.