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Brazilian Journal of Development 19787

ISSN: 2525-8761

Pandemia de COVID-19 e o impacto em crianças e adolescentes com


transtornos alimentares: uma revisão de literatura

COVID-19 pandemic and the impact on children and adolescents with


eating disorders: a literature review
DOI:10.34119/bjhrv6n5-034

Recebimento dos originais: 28/07/2023


Aceitação para publicação: 30/08/2023

Matheus Rodrigues Ribeiro


Graduado em Medicina
Instituição: Universidade Federal Fluminense
Endereço: Rua Flemington, 1120, Vila dos Alpes, CEP: 74310-290
E-mail: matheusribeirouff@gmail.com

Raphael Helvécio Carvalho de Oliveira Diniz


Graduando em Medicina
Instituição: Universidade Evangélica de Goiás (UNIEVANGÉLICA)
Endereço: Setor Bela Vista, Rua S1, Qd-S03, Lt-16, N497, CEP: 74823-420
E-mail: raphael.helvecio@gmail.com

Natália Silva Azeredo


Graduanda em Medicina
Instituição: Universidade de Gurupi
Endereço: Avenida São Paulo, 1331, Centro, Gurupi – TO, CEP: 77403-040
E-mail: nataliazeredo@hotmail.com

Gabriel Sousa Dias Cardoso


Graduando em Medicina
Instituição: Universidade Federal de Goiás
Endereço: Rua 236, 318, Qd. 69, Lt. 25, Universitário, Goiânia – GO, CEP: 74610-070
E-mail: dias.gabriel@discente.ufg.br

Sofía Perroni Ferreira


Graduanda em Medicina
Institução: Centro Latinoamericano de Economía Humana (CLAEH)
Endereço: Rúa Vitelio Gazapina, 120, Ed Santorini, Sant Anna do Livramento – RS,
CEP: 97574370
E-mail: sofi32013@hotmail.com

Clara Leal Brum Viza


Graduada em Medicina
Instituição: Centro Universitário de Belo Horizonte
Endereço: Rua Chile 197, 101, Sion, Belo Horizonte - MG
E-mail: claralealbv@gmail.com

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Bárbara Sarnaglia Colnaghi


Graduada em Medicina
Instituição: Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória
(EMESCAM)
Endereço: Avenida Desembargador Dermeval Lyrio, 570
E-mail: barbara-colnaghi@hotmail.com

Paula Rosemar Macedo Araújo


Graduanda em Medicina
Instituição: Centro Universitário Facisa (UNIFACISA)
Endereço: Rua Rodrigues Alves, 413, Campina Grande - PB, CEP: 58400-550
E-mail: prmacedoaraujo@gmail.com

RESUMO
INTRODUÇÃO: A pandemia de COVID-19 trouxe inúmeras influências negativas para
a saúde mental humana. Diversos sintomas e distúrbios psiquiátricos tiveram novos
registros e exacerbações, incluindo os transtornos alimentares (TAs) na faixa pediátrica.
OBJETIVO: Avaliar a influência da pandemia em crianças e adolescentes em relação aos
TAs. MÉTODOS: Trata-se de uma revisão integrativa na base de dados PUBMED
utilizando os descritores “pandemics AND eating disorders AND youth ‘’ para artigos
publicados e 2020 e 2023. RESULTADOS: O isolamento causado pela pandemia de
COVID-19, exacerbou sintomas e aumentou o número de internações por
descompensação dos TAs. Muitos fatores foram associados a esse cenário, como o tempo
ocioso, desregulação da rotina, aumento do uso de mídias, convívio domiciliar estressante
e até mesmo outros distúrbios psiquiátricos como ansiedade e depressão. CONCLUSÃO:
A pandemia teve impacto direto em crianças e adolescentes com diagnóstico de TAs, bem
como incentivou o surgimento de sintomas em pacientes não diagnosticados
anteriormente. Mais estudos devem ser feitos para identificar novos fatores de risco e
realizar análises pós pandemia desse cenário.

Palavras-chave: pandemia, transtornos alimentares, pediatria.

ABSTRACT
INTRODUCTION: The COVID-19 pandemic has brought numerous negative influences
to human mental health. Several symptoms and psychiatric disorders had new records and
exacerbations, including eating disorders (EDs) in the pediatric range. OBJECTIVE: To
assess the influence of the pandemic on children and adolescents with regard to ED.
METHODS: This is an integrative review in the PUBMED database using the descriptors
“pandemics AND eating disorders AND youth '' for articles published in 2020 and 2023.
RESULTS: The isolation caused by the COVID-19 pandemic, exacerbated symptoms and
increased the number of hospitalizations due to ED decompensation. Many factors were
associated with this scenario, such as idle time, routine disruption, increased media use,
stressful home life and even other psychiatric disorders such as anxiety and depression.
CONCLUSION: The pandemic had a direct impact on children and adolescents
diagnosed with EDs, as well as encouraging the appearance of symptoms in previously
undiagnosed patients. More studies should be done to identify new risk factors and
perform post-pandemic analyzes of this scenario.

Keywords: pandemic, eating disorders, pediatrics.

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1 INTRODUÇÃO
A pandemia de COVID-19, declarada em 11 de março de 2020 trouxe inúmeras
modificações sociais, econômicas e principalmente em relação aos riscos e adaptações na
área da saúde. A introdução dos isolamentos e restrições de convívio para evitar a
disseminação da doença afetou, indiscutivelmente, e a saúde mental (SM) dos indivíduos
de todas as faixas etárias (SPETTIGUE et al., 2021).
Adolescentes e crianças sofreram impactos importantes durante a pandemia de
COVID-19. Apesar dos sintomas da infecção pelo Coronavírus serem mais brandos que
em adultos, os reflexos na SM nessa faixa etária representaram relevante desafio durante
a vigência do isolamento social e é fator de atenção a longo prazo. Isso pois problemas
relacionados à saúde mental na faixa pediátrica promovem maior risco de
desenvolvimento de outros transtornos mentais na vida adulta. Entre os distúrbios
emocionais envolvendo a pandemia estão a depressão, ansiedade, sintomas relacionados
ao trauma e desenvolvimento ou exacerbação de sintomas relacionados a transtornos
alimentares (TAs) (NAPP et al.; SERUR et al; 2022; 2023).
Os hábitos alimentares de modo geral foram afetados pela pandemia. Entre essas
alterações estão: a restrição alimentar, a compulsão, aumento do consumo de alimentos
tanto doces como salgados. No mesmo viés, outros problemas se tornaram ainda mais
evidentes, como é o caso dos TAs. O aumento desses se deram em virtude da perda de
fatores de proteção e aumento dos elementos de risco na rotina de crianças e adolescentes
(KATZMAN; NAPP et al.; 2021; 2023).
Transtornos alimentares estão envolvidos em alterações de funcionalidade,
aumento de taxas de mortalidade e desenvolvimento de outras comorbidades. Na etiologia
desse problema estão fatores familiares, ambientais e sociais, as mídias sociais e a maior
exposição aos seus conteúdos. Em conjunto, esses representam um contribuinte perigoso
para comportamentos alimentares desregulados (KATZMAN; NAPP et al.; 2021; 2023).
O diagnóstico e tratamento precoces, foram limitados durante a pandemia. E por
serem elementos que favorecem melhor manejo dos TA’s, prejudicaram intervenções
nesse âmbito. Além disso, o acesso limitado aos serviços de saúde, tanto por superlotação
dos serviços, como em virtude da necessidade de isolamento também contribuiu para o
agravamento dessas condições, dentre as quais se destaca, principalmente, a Anorexia
Nervosa (AN) (LIN et al., 2021).

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2 OBJETIVOS
Analisar a influência da pandemia de COVID-19 no aparecimento e exacerbações
de sintomas de TAs entre crianças e adolescentes, bem como entender os dados referentes
a hospitalizações e atendimentos de emergências advindos desses distúrbios.

3 METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão integrativa da literatura realizada por meio do
levantamento de artigos científicos obtidos a partir de pesquisa eletrônica na base de
dados PUBMED.
A seleção dos descritores foi realizada a partir dos Descritores em Ciências da
Saúde (DeCS), e realizado o cruzamento dos descritores controlados utilizando
operadores boleanos de acordo a intenção de resultados dos artigos: “pandemics AND
eating disorders AND youth’’. Foram critérios de inclusão: artigos científicos que
abordassem os impactos da pendemia de COVID-19 em crianças e adolescentes com TAs,
publicados no período de 2020 e 2023 em bases de dados eletrônicos de acesso público,
disponíveis online no formato de texto completo, escritos em português, inglês e
espanhol. Foram excluídos artigos duplicados, dissertações, teses, artigos debates
editoriais e artigos incompletos. Os títulos e os resumos de todos os artigos foram
identificados e revisados na busca eletrônica para inclusão ou exclusão do produto no
estudo. Foi realizada análise descritiva, com levantamento das informações que
contemplavam o tema e que fossem relacionadas às variáveis.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Na pesquisa identificou-se 175 artigos de acordo com os descritores da busca.
Após a leitura de títulos, resumos e palavras chaves e aplicação dos critérios de inclusão
foram selecionados 13 artigos que contemplavam o tema.
Os trabalhos apresentaram a grande influência da pandemia no aumento e
exacerbação de casos. Agostino et. al (2021) demonstrou em um estudo realizado no
Canadá que no período de 5 anos antes do início da pandemia o número médio de novos
casos de AN em crianças e adolescentes foi de 24,5 por mês em comparação a 40,6 novos
casos mensais durante a primeira onda de disseminação do Coronavírus, sendo esse um
aumento de 60%. Além disso, foi demonstrado um aumento de 7,5 casos mensais de
internações para 20, resultantes do processo deletério da AN, esse valor representa um

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aumento de 166%. Além disso, pacientes que já possuíam o diagnóstico dessa doença
referiram piora dos sintomas durante a vigência da pandemia.
Na mesma perspectiva, Gilsbach et. al (2022) demonstrou aumento das taxas de
internações em enfermaria e do acompanhamento em ambulatório em hospitais
especializados em atendimento à sintomatologia de AN na Europa, principalmente
durante o primeiro bloqueio. Lin et. al (2021) apresenta resultados semelhantes, relatando
que houve logo após o início da pandemia o aumento do número de admissões de crianças
e adolescentes em pronto socorros em virtude de sintomas de TAs. Além disso,
aumentaram também os dias de internações por esses transtornos em comparação com o
período pré-pandemia, ratificando mais uma vez as consequências negativas da pandemia
nesses pacientes.
Em relação ao atendimento e acompanhamento de jovens com TAs Spigel et. al.
(2021) em um estudo longitudinal constatou que apesar de 92% dos entrevistados terem
mantido contato com pelo menos uma rede de assistência à saúde de forma online, 47%
que eram acompanhados em uma rede ampla de cuidado antes da pandemia deixaram de
ser atendidos em algum desses serviços, sendo eles ou a terapia em saúde mental, as
visitas ao nutricionais ou acompanhamento com o médico. 59% dos participantes
identificaram o atendimento por via telessaúde com qualidade semelhante ao presencial,
já deixando evidente essa ferramenta como elemento que agregou ao seguimento dos TAs
durante a pandemia.
Serur et al. (2022) mostrou que outros sintomas e distúrbios psiquiátricos se
tornaram mais frequentes durante a pandemia quando associados à AN. Entre esses
sintomas se encontram a ansiedade, depressão e o transtorno do estresse pós traumático.
Os pacientes adolescentes possuíram menor relação com esses distúrbios e melhor
adaptação à mudança de consultas presenciais para o modo de telemedicina. Spigel et al.
(2021) reafirma esse cenário em seu estudo, que após análises do uso da telemedicina
durante o período pandêmico para acompanhamento de adolescentes com perturbações
alimentares identificou bons resultados entre esse grupo.
Ademais, os efeitos da pandemia no comportamento alimentar de jovens
diagnosticados com transtornos também foram analisados por Richardson, Phillips e
Paslakis (2021) constatando que mais da metade do grupo estudado realizou dieta ou
restrição alimentar durante a pandemia e que 46% apresentava preocupação excessiva
com o peso. Esses sintomas evidenciaram um aumento dos contatos pelos cuidadores a
uma unidade de acompanhamento de jovens com essas queixas durante a pandemia.

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Toulany et al (2021) demonstrou, também, o aumento desses contatos, sendo que após o
início do isolamento houve aumento imediato do número de consultas de cuidados para
transtornos alimentares ativos. Esse trabalho demonstrou uma taxa de 66% do aumento
do risco de visita ao pronto socorro e 37% no risco de hospitalização por TAs.
A pandemia escancarou de forma evidente um problema já presente na sociedade.
A etiologia do problema é multifatorial, destacando a elevação dos números de
diagnósticos dos diferentes tipos de TAs, o aumento do número de hospitalizações e a
piora dos sintomas dos pacientes que já apresentavam o diagnóstico. A redução do
acompanhamento ambulatorial para manejo das doenças prévias ou redução do próprio
atendimento hospitalar exacerbou sintomatologias da doença. Outros sintomas, advindos
do processo de isolamento social, exposição a conteúdos virtuais estressores, como a
ansiedade estão relacionados ao aparecimento ou piora da sintomatologia típica dos TA’s
na faixa pediátrica (AGOSTINO et al., 2021).
A mudança de rotina também representa fator influenciador nos aumentos de
sintomas de TA’s durante a pandemia. Atividades diárias comuns foram interrompidas, o
tempo livre se apresentou em excesso além da falta de contato com meios sociais
presenciais, ficando esse restrito apenas às redes sociais. A rotina alimentar também se
prejudicou, aumentando a quantidade de alimentos a serem ingeridos em cada refeição,
bem como desregulando os horários habitualmente seguidos antes (GILSBACH et al.,
2022).
Outros fatores que podem estar envolvidos no processo de exacerbações e
aparecimento de sintomas de TAs é o sentimento de perda de controle influenciando nos
sinais de transtorno alimentar. A redução da realização de atividades físicas, medo de
ganho de peso também são fatores contribuintes. A maior permanência em casa, o
convívio mais recorrente com as famílias também pode ser fator que influenciou em
exacerbações de acordo com cenários de estresse, porém, também permitiu maior contato
dos cuidadores com crianças e adolescentes e, portanto, melhores oportunidades de
identificação de sinais e sintomas cabíveis de intervenção e tratamento (TOULANY et
al., 2022).

5 CONCLUSÃO
Assim, fica evidente que a pandemia trouxe importantes modificações na rotina
de crianças e adolescentes com TAs. As influências negativas ocorreram tanto naqueles
que já possuíam algum diagnóstico prévio de distúrbio alimentar, como naqueles que

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apresentaram pela primeira vez essa sintomatologia. A consequências impostas pelo


isolamento promoveram intensificação dos sintomas, aumentando taxas de hospitalização
e da necessidade de ajuda, seja por vias presenciais ou através da telemedicina, essa
última que foi ferramenta importante para permanência do cuidado a esses pacientes, uma
vez que a pandemia limitou a possibilidade de continuidade de atendimentos em
ambientes de saúde. Pesquisas futuras são essenciais para atualizar a situação de pacientes
com esse diagnóstico e as consequências duradouras trazidas pela descompensação
ocorrida na pandemia, assim como para identificar variáveis socioeconômicas que
também podem ter influenciado nas taxas de incidência dos TAs.

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REFERÊNCIAS

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COUTURIER, J.; NORRIS, M. The Shadow Pandemic: Eating Disorders, Youth, and
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