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Caríssimo (a) irmão (a)

Este material foi preparado para você.


Os servos de Deus que nele trabalharam escrevendo, compilando, digitando,
revisando, enfim, sentir-se-ão recompensados se você tirar o máximo proveito dele.
Por esta razão sugerimos que:

1– Em Sala de Aula
Tenha sempre em mãos a sua apostila e a sua Bíblia, e um caderno para fazer
anotações das explicações do professor. Grife na apostila ou na Bíblia aquilo que
considerar importante, utilize lápis de cor para identificar assuntos, ou referências
bíblicas.
Não vá com dúvidas para casa, faça perguntas, caso não queira interromper o
professor anote a sua dúvida para perguntar no momento oportuno.
Ao final de algumas unidades você encontrará Perguntas para Refletir, estas
perguntas têm por objetivo levá-lo a tirar as suas próprias conclusões.
Troque idéias com seus colegas sobre as respostas das perguntas para reflexão,
assim você poderá aprofundar seus conhecimentos.

2– Em Casa
Revise toda a matéria explicada pelo professor em sala. Releia o texto se
possível em diferentes versões bíblicas.
Releia as anotações que você fez na apostila, codifique as cores das suas
anotações correlacionando com os assuntos. Faça um resumo de cada aula.
Leia, leia muito, releia várias vezes; sem uma boa e constante leitura o processo
de assimilação fica muito pobre. “Aluno que não lê, mal sabe, mal fala e mal vê”.
Procure relacionar o conteúdo bíblico estudado com a sua vivência cristã;
pergunte-se após o estudo do texto bíblico:
O que Deus está querendo me falar através deste texto?
*Há alguma lição a aprender?
*Existe alguma promessa que Deus quer que eu tome posse?
*Existe algum hábito que eu preciso mudar, ou adquirir?
*Deus está me mostrando na sua Palavra algum pecado que devo
confessar e abandonar?

3– Local de Estudo
O lugar que você estuda deve ser sempre o mesmo e de preferência o horário
também, pois assim estará criando um hábito, e se tornando disciplinado nos estudos.
O local habitual de estudo deve ser tranqüilo, e bem iluminado, evite estudar
onde há trânsito de pessoas, televisão ligada, ou conversas paralelas.
O material deve estar bem à mão, para que não precise se levantar toda hora para
procurar algo, além de perder tempo e energia, você ficará disperso e desatento.

Tenha em mãos:
*Lápis, canetas, lápis de cor, régua, borracha, apontador.
*Bíblias em diferentes versões para que você possa consultá-las ao
estudar.
*Chave ou Concordância Bíblica

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Aconselhamento e Orientação Familiar -Revisão em 2006
*Dicionário da língua portuguesa, dicionário bíblico e enciclopédia ou
manual bíblico.
Se você domina outro idioma, ou está aprendendo, procure ler a Bíblia neste
idioma.
Todo seu empenho vai ser recompensado; você terá êxito dedicando tempo para
os estudos. O Espírito Santo é seu mestre por excelência, e também poderá contar com a
ajuda amiga de seus professores. Persevere, seja disciplinado e logo você colherá os
frutos.
Bom estudo, sucesso e êxito é o que lhe desejamos!

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Aconselhamento e Orientação Familiar -Revisão em 2006
INTRODUÇÃO
“Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam...”
Sal.127:1a
Quero dar as boas-vindas, ao universo da “Família Cristã”, a todos os nossos
alunos, introduzindo-os à disciplina de Aconselhamento e Orientação Familiar.
É objetivo desta disciplina apresentar os princípios da Palavra de Deus, relativos
às áreas de conflitos no casamento, trazendo assim ao estudante, a possibilidade de, ao
conhecer tais princípios, podê-los aplicar em aconselhamento pastoral.
Visto ser este um assunto de grande amplitude, buscaremos tratar das questões
que abençoam e fortalecem a estrutura familiar.
Esta disciplina, durante os últimos dez anos, cresceu no coração de homens de
Deus sérios, reitores e diretores de Seminários e Institutos Bíblicos que, comprometidos
com a família cristã, perceberam a grande necessidade de preparar os futuros servos de
Deus para atender tão grande demanda. Anteriormente a ministério partiu da decisão
pessoal destes homens, porém agora, com alegria, a vemos incorporada ao Currículo do
Instituto Teológico Quadrangular de maneira eletiva.
Parabéns a você que elegeu esta disciplina como alvo do seu conhecimento e
possibilidade de ministério.
Os que desejam realizar um trabalho pastoral, terapêutico e libertador na área de
Família Cristã, devem ter atenção quanto ao terreno que estão entrando para arar.
É um terreno desafiador, que requer fé, preparo, discernimento, amor, paciência,
espírito de discipulado e disposição para um envolvimento mútuo entre conselheiro e
aconselhando.
Seu próprio casamento ou experiência familiar serão grandemente usados e abençoados
para ministrar e ilustrar as verdades a serem ensinadas. Este é um assunto que ao ser
ministrado precisa estar envolto em oração e cobertura do Senhor.
À medida que você ensinar e aconselhar, também estará sendo tratado e
edificado por Deus. Os princípios são desafiadores, mas uma vez aprendidos e
incorporados no seu estilo de vida são transformadores.
Que a Palavra de Deus habite ricamente em seu coração e o transforme de glória
em glória. Que você, amado aluno, não precise ser um “réu” do púlpito ou do seu
gabinete pastoral, ao tratar dos princípios de família, mas que você seja sim, alguém
que deixa o trabalhar de Deus edificar a sua casa e a sua vida, sendo então um
restaurador de brechas, um preparador do caminho do Senhor nos corações e lares que
o Senhor Deus da Seara lhe confiar.
Com profundo desejo de que você seja edificado, assim lhe abençôo.
Rev. Marco Antonio Teixeira Lapa, autor

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Unidade I – O Alicerce do Lar Cristão

I. - A IMPORTÂNCIA DO NAMORO E NOIVADO CRISTÃOS

O namoro deve ser considerado como um período importante, belo, e pelo seu
contexto é um momento especial em nossa vida. Nele desfrutamos do convívio alegre e
romântico, sem os compromissos, exigências e responsabilidades tanto do noivado
como do casamento.
É certo que à medida que o nosso compromisso aumenta, as responsabilidades,
os privilégios e as bençãos aumentam também. Deus quer que a nossa experiência de
namoro seja boa, forte, proveitosa, edificante e de amadurecimento para o futuro, que
Ele nos tem preparado.
Para desfrutar do melhor de Deus em nosso namoro cristão, precisamos ter
princípios cristãos, ter orientação e ter preparo para esta fase tão boa da vida.
É na Palavra de Deus que encontramos os princípios de vida e também de
conduta para toda a nossa vida, portanto para o namoro também. É com base na Palavra
que os princípios e orientações devem ser dadas aos jovens, por aqueles que tem
responsabilidade espiritual sobre suas almas. Quanto ao preparo, é necessário que o
jovem tenha competência para assumir o namoro e o desenvolvimento do mesmo, tanto
espiritual, como emocional, familiar, social, financeiro, etc. Neste sentido, tenho
percebido em aconselhamento familiar, aconselhamento pré-nupcial e aos jovens, que é
extremamente necessária a orientação cristã, bíblica, franca e honesta acerca de
sexualidade, namoro, noivado e preparo para o casamento por parte da Igreja, de forma
sistemática e contínua.
Esta orientação se faz necessária cada vez mais cedo, pois nossas crianças estão
aceleradamente recebendo informações e sendo influenciadas pelo meio e pela mídia, o
que lhes amadurece prematuramente, e deve nos fazer agir rápido.
Da mesma forma que a igreja deve ter ouvidos para ouvir, o líder espiritual deve
ter olhos para observar, avaliar, planejar e agir. A família atendida, saudável e forte, fará
da igreja uma igreja saudável e forte.
O tipo de namoro que os jovens desenvolvem é muito importante, porque o lar
cristão será edificado sobre a estrutura deste namoro. É no namoro que se lança o
alicerce para o casamento. E este alicerce será estabelecido para os conscientes, quanto
para os inconseqüentes.
O namoro traz a qualidade determinante do futuro casamento, portanto, as
atitudes e decisões tomadas quanto ao modo de proceder no namoro, ou seja, cristã ou
mundana, espiritual ou carnal, romântica ou lasciva, etc., levará o casal à honra ou à
desonra; tanto uma como outra selarão seus destinos espirituais, emocionais e físicos.
Namoro é um tempo de semeadura para o futuro. Muitos dos conflitos e
dificuldades encontrados ou revelados no casamento, têm suas raízes num namoro
desestruturado, disfuncional e sem Deus de fato. Daí tão grande importância de
orientação e acompanhamento.
O namoro a três é sempre o recomendável para o jovem cristão. Como assim?
O casal namorar tendo o Senhor diante deles e entre eles.
O casal cristão pode e deve ter no seu relacionamento de namoro, momentos
para demonstrar seu afeto e ternura, mas principalmente para desenvolver sua vida
espiritual juntos.
O casal de namorados e noivos cristãos podem gozar dos privilégios de cultivar
a presença de Deus e adorá-lo juntos; buscar suas bênçãos em oração; interceder um
pelo outro; oferecer apoio espiritual e emocional mútuos; ministrar a Palavra e

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transmitir o conselho do Senhor ao outro; além da necessária condição de boa
comunicação, podendo, sem receio, manifestar idéias, pensamentos e juízos. É um
tempo de treinamento para compreender e ser abençoador.
No desenvolvimento da base espiritual do seu relacionamento, os dois devem
buscar servir a Jesus juntos, descobrindo seus dons, vocações e ministério, comuns ou
pessoais.
É um tempo de descobrimento e conhecimento, espiritual e pessoal. Este tempo
não pode ser desprezado nem negligenciado, pois é básico para um lar cristão saudável.
Um casal que leva Deus a sério jamais o deixa fora de seu namoro, noivado e
casamento, antes, Ele é bem-vindo e reconhecido como a pessoa mais importante e
absolutamente necessária.
Estes bons hábitos mencionados acima devem ser cultivados deste o começo do
relacionamento, pois se o casal não tiver esta prática, os maus hábitos que geram a
divisão e separação espiritual começarão tênues e se sedimentarão com o tempo,
portanto, um casal de namorados que não prioriza Deus, geralmente não o farão, nem
no noivado, nem no casamento.
O inimigo faz com que o casal carnal fique concentrado em si mesmo, nos seus
sentimentos, nos seus desejos físicos, negligenciando a Deus e à Palavra, para não
desenvolverem bem a vida espiritual e a comunicação. Este casal está fraquejando, e se
não mudarem o rumo do seu namoro, formarão uma família fraca e com possibilidades
de continuar sendo presa de Satanás.
Quando o casal de namorados se deixar envolver, a maior parte do tempo, pela
paixão, não se conhecerá o suficiente para poder avaliar um ao outro. A comunicação é
superficial. Provavelmente casarão com uma imagem do(a) companheiro(a), e não com
a pessoa real. Neste caso a possibilidade de frustração é muito maior.
Mas se resolverem mudar de atitude, tanto na condição espiritual, como na
comunicação entre si, o poder de Deus atuará. Este poder aliado ao propósito e
disciplina do casal, o levará à mudança dos ares espirituais que os envolvem e do
relacionamento em si, trarão o Senhor para o centro de suas vidas e do seu
relacionamento.
O casal que quer mudar travará uma batalha espiritual para isto, haverá
tentativas para levá-los aos mesmos vícios de comportamento anteriores, mas se
estiverem sujeitos ao Senhor, resistindo ao inimigo (Tg. 4:7), o Senhor lhes tem
garantido a vitória.
As armas espirituais que Deus coloca à disposição do casal temente, são muito
grandes. Uma delas é a concordância entre os dois em oração (Mat.18:18-20), Jesus
ensinou que haverá concordância no céu e a vitória será ganha!
Você já percebeu quantos casais de namorados, noivos e cônjuges cristãos, não
conseguem orar juntos e nem ter comunhão espiritual verdadeira?
A porta disto está lá nas fraquezas do caráter pessoal e na má qualidade de seu
namoro. É um laço, no qual eles têm-se deixado enlaçar. Uma fortaleza espiritual se
criou na vida destes casais, e eles precisam de ajuda pastoral para sua libertação. O
pastor que os assistir, precisará se comprometer com eles em oração e deverá levá-los a
orar e jejuar por esta benção. Através da oração, do jejum e do aconselhamento pastoral,
com base em tarefas, eles começarão a desenvolver a vida espiritual como casal, e
romperão os laços que os prendiam.
Creio que você percebe agora, amado aluno, como nossos jovens precisam ser
alertados e bem preparados para namorar, para que esta experiência lhes seja benéfica,
construtiva e espiritual.

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Como líderes espirituais, não podemos deixar nossos jovens à mercê de suas
emoções e impulsos.
Os pais não devem ficar fora de nosso objetivo de orientação, pois eles devem
orientar e acompanhar seus filhos, falando a mesma linguagem do pastor. O drama e o
desafio dos pais não é menor que dos jovens, Com certeza eles têm suas ansiedades,
angústias, questionamentos, e dificuldade de lidar com esta questão.
Um princípio importante na relação de ajuda é dar aos jovens a oportunidade do
diálogo e compreensão. Ao aconselhar tenha uma atitude sem preconceito, uma atitude
humana além de espiritual. Busque ver a situação como o jovem vê. Ouça o que ele
sente, observe como ele pensa, e após ouvirem e dialogarem, apresentem-lhes escolhas,
apontando as conseqüências das mesmas.
A maior causa e perigo, que desencadeia as quedas morais nos relacionamentos
de namoro e noivado dos nossos jovens cristãos, além da falta de orientação, é que os
mesmos se envolvem romanticamente sem objetividade e sem o conceito de sagrado.
Quando eles perdem estas duas coisas, ou se não as tem de início, estão se
expondo abertamente ao risco de cair espiritualmente e viver o namoro e noivado num
plano meramente físico, humano, egoísta, culpado e conflituoso, cheio de graves erros e
conseqüências desastrosas.
Quanto à objetividade para namorar me refiro à atitude de começar a namorar
pretendendo desenvolver um relacionamento que termine em casamento, e nãos apenas
o “namoro pelo namorar”, isto desagrada a Deus, porque não haverá compromisso e
possibilidade de crescer em aliança. Será carne para a carne e pela carne, e os que
semeiam para a carne colhem morte, mas os que se unem em espírito com o Senhor, se
tornam um com Ele (I Co.6:18).
Não é importante então que o casal de namorados comece a sua unidade
espiritual desde cedo, sendo um com o Senhor em todo o tempo?
Que grandes bênçãos e vantagens eles terão!
Os jovens têm que saber o que querem, têm que apresentar razões para a sua
decisão de namorar. Devem estar imbuídos de muito respeito, pois estarão namorando
um filho ou uma filha de Deus, que é santuário de morada do Espírito Santo, e pela
conduta de seu namoro não poderão profanar este templo.(I Co. 6:15-20). Como já
mencionei há lugar para a ternura, para o carinho, para o romance, mas não para a
impureza e para a imoralidade.
É necessário ter intenções e motivações corretas para namorar. Isto é santidade.
Por isto o namoro deve ter dignidade, espiritualidade e responsabilidade.
O casal não deverá iniciar o namoro sem o conhecimento, consentimento e
benção dos seus pais e de seu pastor.
Recomendo, por todos os motivos já apresentados, que o casal não tenha um
tempo muito breve e superficial de namoro e noivado, deve haver tempo para o
desenvolvimento de um relacionamento forte, firme e sustentável.
Jovem, tenha isto bem claro em seu coração: no namoro uniremos nossos
espíritos, razão e intelecto; no noivado uniremos nossas almas, emoções, vontade e
mente; no casamento uniremos nossos corpos; será a conclusão da unidade iniciada no
namoro.
Nesta questão de OBJETIVIDADE o apóstolo Paulo nos adverte sobre a atitude
que devemos ter para conquistarmos alguém e desenvolvermos nosso relacionamento
com esta pessoa (I Ts. 4:1-8). Paulo fala em “possuir seu vaso”, ou seja, encontrar e
conquistar alguém para ser cônjuge e não simplesmente “namorados”. Paulo declara a
vontade de Deus - “a vossa santificação, que vos abstenhais da prostituição”. Paulo fala
também das carícias íntimas excessivas – “ninguém defraude a seu irmão”, ou seja, não

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levante desejos sexuais que não podem ser satisfeitos legitimamente. A plenitude desta
satisfação deve ocorrer no casamento, com a benção de Deus, e no contexto de aliança.
Quando os jovens caem em impureza sexual no seu namoro e noivado, o fazem
porque perderam a objetividade quanto ao casamento, e também perderam o conceito de
sagrado no matrimônio (Hb. 13:4).
O homem se casa nas suas três dimensões – espírito, alma e corpo. Ele entra
nestes terrenos sagrados à medida que o relacionamento se desenvolve, o compromisso
aumenta e a união se aprofunda. Casar é entrar num terreno sagrado, espiritual, além de
físico, moral e social. A família como instituição divina, é sagrada, é algo de Deus, que
deve ser para Deus, pois Deus é 100% por ela. Ela é o plano de Deus para a maioria dos
homens.
Estes princípios são contrários à escala de valores de vida da juventude sem
Cristo que cerca nossa mocidade e é um desafio permanente para eles. Os jovens
cristãos precisam de fortalecimento, de edificação, de instrução, de amor por suas
almas, de compreensão no lar e na igreja, de estímulo para vencer em meio a tanta
frouxidão moral e hostilidade à sua fé, e à maneira de ser, crer, pensar, falar, agir e
reagir.
A Igreja não deve desenvolver um ministério apenas visando o casal casado, mas
começar a tratar da família desde os tempos de juventude até chegar na família já
estabelecida.
Falemos sobre o noivado. Este é um tempo de edificação, de construção dos
sonhos. Nele há planejamento, execução, preparo e treinamento para o casamento. No
noivado se remodelam as prioridades do casal, porém, quando se chega neste ponto do
relacionamento a base do futuro lar já está lançada, quer seja boa ou má, forte ou fraca.
Você pode refletir e avaliar o que representa o namoro prematuro, o
envolvimento físico pré-nupcial (sexo antes do casamento), a gravidez indesejada, a
falta de competência para assumir os pecados gerados aqui, o alto e amargo preço destas
decisões inconseqüentes!
Quem poderá, quem quer ajudar a nossa juventude necessitada?
Que seja você um escolhido para esta importante tarefa. Há muito para a Igreja
pensar, se preocupar e trabalhar, portanto seja um líder atento, interessado, presente,
verdadeiramente pastor.
Vale ainda ressaltar que a direção de Deus deve ser buscada, em oração, para se
começar a namorar, e enquanto o casal ora, por um breve período de tempo, é
recomendável que não se distanciem, mas tenham um tempo de amizade especial, onde
possam sair juntos, conversar bastante, descobrir suas afinidades e a qualidade de vida
espiritual de cada um.
Neste tempo os sentimentos de amor, através da convivência, se acentuarão ou
diminuirão. Não sejam precipitados para decidir, nem para se envolver romanticamente.
Lembro que a vontade de Deus estará em conformidade com a Sua Palavra, ou
seja, “não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis”(II Co.6:14). Quero dizer
com isto que os princípios de Deus são inegociáveis, obedecendo-os você escolhe a
BENÇÃO, desobedecendo-os você abraça a MALDIÇÃO.
A Bíblia fala sobre o jugo desigual (II Co.6:14-18) e as dimensões do
envolvimento do casal. Trata-se de um relacionamento muito íntimo, o mais íntimo que
o homem pode desfrutar, portanto não se pode decidir namorar de maneira negligente e
inadvertida.
Deus quer fazer parte de todas as situações de nossa vida (I Cor. 10:31), e
principalmente de nosso lar cristão.

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A vontade de Deus tem dois aspectos, a vontade “geral” que está revelada na
Sua Palavra, e a vontade “específica”, que é aquela orientação especial porque a Bíblia
não nos fala diretamente.
É bem provável que Deus não vá revelar Sua vontade “específica” se você está
desobedecendo Sua vontade “geral”. Você deve estar pronto a obedecer a vontade
“geral” e a vontade “específica” de Deus, seja ela qual for.
Sempre a vontade “específica” de Deus não é contrária a Sua Palavra, e em se
tratando da vontade “específica”, Deus a revelará passo a passo. Ele o orientará a cada
passo.

Algumas Maneiras Pelas Quais Deus Nos Guia a Descobrir a Sua


Vontade Específica São:

1. Deus nos guia através de princípios bíblicos.


2. Deus nos guia através da oração.
3. Deus nos guia através da Sua paz em nosso coração. (Rm.14:22,23; Cl.3:15)
4. Deus nos guia através das circunstâncias – Deus abre e fecha portas.
5. Deus nos guia através dos conselhos de outras pessoas – através da
autoridade de nossos pais, do pastor, de um conselheiro ou um amigo.
Ter paz no coração é fundamental, e esta paz deve ser um sinal livre e
desimpedido de Deus no coração do casal, que no período de amizade especial, não
“ficou”, para não serem manipulados pelos seus sentimentos, e consequentemente,
perderem a OBJETIVIDADE. Além de orar, fizeram uma AVALIAÇÃO para poder
decidir. Mantiveram uma conduta limpa, pura e livre. Desta forma estarão em condições
de ouvir a voz de Deus.
O casal deve ter segurança em Cristo para namorar, e cabe a eles discernir a
resposta, porém, não devem ficar ansiosos com isto, pois Deus sabe como você poderá
discernir sua voz da melhor maneira. Quero lembrar que Deus não falará por profecia,
pois a profecia não é dada para este fim.

Há Algumas Coisas que Muitos Jovens Desprezam e que não Deveriam


Desprezar:

 a opinião de seus pais sobre suas decisões na área de namoro, noivado e


casamento, desde que os pais estejam embasados numa resposta pessoal
de Deus a eles.
 a necessidade de liberação para namorar
 a aprovação quanto à pessoa pela qual o(a) filho(a) está interessado(a)
 a aprovação do próprio namoro e noivado no seu desenvolvimento
 a aprovação do tempo adequado para o noivado e casamento

Negligenciar estas coisas é um erro, pois os pais são o primeiro canal de


autoridade sobre eles na terra, são a voz pela qual a vontade de Deus pode ser expressa
para nos proteger de graves conseqüências.
Os pais nos conhecem, nos amam, nos protegem, querem o melhor para nós.
Eles tem a responsabilidade e o compromisso de responder a Deus por nossas vidas, e
de nos abençoar, portanto, não sejamos rebeldes, ouçamos o que eles nos tem a dizer.
Um filho prudente e sábio não recusará consultá-los, ouví-los, e obedecê-los.

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Com esta colocação não estou dizendo que o filho não tem direito a escolha, mas
esta não pode ser uma escolha surda, o filho tem que ouvir seus pais, e os pais por sua
vez precisam ser razoáveis em seus motivos de impedimento.
Que os pais não sejam preconceituosos, que estejam embasados numa resposta
pessoal de Deus a eles.
Tanto para os filhos como para os pais eu lembro que a vontade de Deus será
“boa, perfeita e agradável (Rm.12:2).
Caso o jovem não concorde com a opinião ou o parecer de seus pais, deve orar a
Deus para que o Senhor mude o coração de seus pais. E se eles realmente estiverem
errados, ou abusando da sua autoridade, Deus mudará seus corações. Deus não é Deus
de confusão e sim de paz. Deus tem o coração das autoridades em suas mãos e ele as
inclina para onde quer.
Um detalhe importante é que geralmente os filhos apresentam seu par aos pais
depois de já estarem namorando, este é outro erro.
Os jovens devem apresentar seu(sua) pretendente a seus pais, devem levá-lo(a) à
sua casa, antes de namorar. Os pais devem buscar conhecer e interagir com esta pessoa,
avaliá-la, e em caso positivo devem se tornar amigos. Os pais devem e podem orar a
respeito da vontade de Deus para autorizar o namoro de seus filhos, dizendo “sim” ou
“não” para o casal. Os pais que assim procedem livrarão seus filhos de verdadeiros
desastres.
No futuro, uma forma muito segura de discernir a aprovação de Deus quanto ao
tempo certo para o noivado e para o casamento, além de ouvir a Sua voz, será a
confirmação através de sinais nas circunstâncias de provisão, em resposta às orações.

Algumas respostas importantes sobre o namoro:

1. Que tipo de namoro nossos jovens devem desenvolver?


Um namoro comprometido com o padrão de Deus. O padrão de Deus não é o
envolvimento físico em primeiro lugar, mas o envolvimento do espírito, ou seja, fé e
intelecto. O casal desenvolve a unidade espiritual e intelectual.

2. Por que namorar?


Porque o namoro é a oportunidade de conhecer a pessoa que possivelmente Deus
está colocando em sua vida para o fim de casamento.

3. Quando namorar?
Faço menção de três condições relevantes para começar a namorar:
1. Quando estiver preparado para assumir responsabilidades; tiver competência
para assumir seus atos e suas conseqüências.
É o momento? Então responda:
a) Você tem uma profissão?
b) Você tem sustento próprio e suficiente para namorar?
c) Quais são as diferenças entre vocês quanto a cultura, nível social,
idade, experiência de fé, condição financeira, etc.? Como vocês lidam
com estas diferenças? Que tipo de pressão elas exercem sobre vocês
por parte dos outros e como vocês reagem a isto?
d) Os estudos sofrerão prejuízo com este relacionamento?

2. Para namorar também você deve ter estrutura emocional para lidar com perdas,
pois o namoro é temporário, tanto pode acabar como prosseguir para o noivado. A

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estrutura emocional é necessária para lidar com a quebra do relacionamento, onde
um dos dois pode sair prejudicado por ainda gostar da outra pessoa, e o outro, às
vezes, culpado por ter rompido o namoro e não conseguir deixar o vínculo de
amizade e de fraternidade resguardados. Geralmente os adolescentes não estão
preparados para perder, o que causa marcas profundas em seus corações,
dificultando a entrada em outro relacionamento. É necessário que se supere o
trauma.

3.Quando de fato queiram namorar estejam certos de ser a vontade de Deus e


tenham a aprovação de seus pais.

Uma observação importante: Os pais devem perceber quando devem consentir o


namoro para não prejudicar a auto-imagem de seus filhos. Se para afirmar esta
imagem vocês entenderem que devem consentir, assista-os na experiência, ajude-os
na avaliação e na validade do relacionamento.

4. Com quem namorar?


Com uma pessoa:
- que seja salva
- por quem o seu coração teve seus sentimentos de amor despertados
- por quem você se sinta atraído
- por quem Deus expresse ser a Sua vontade
- por quem seus pais aprovarem

5. Quem vai abençoar nossa decisão?


Seus pais e seu pastor devem abençoar o seu namoro. Eles devem orar com vocês e
declarar esta benção. Quem abençoa também se compromete e se responsabiliza
para dar cobertura e assistência espiritual.

6. Como lidar com os conflitos e frustrações no meu namoro?


- Dialogando
- Descobrindo a dificuldade real no conflito
- Avaliando o quanto você tem contribuído para esta dificuldade
- Os dois, juntos, devem achar as melhores soluções para a resolução do problema
- Os dois devem dar as chances necessárias para mudança e crescimento pessoal e
do relacionamento.
- Devem descobrir a expectativa não satisfeita, ou os comportamentos que estão
gerando a frustração. Esta frustração deve ser declarada, para ser trabalhada.
- Quem ama pensa: Como posso satisfazer as expectativa e necessidade dele(a)?
- Exerçam o perdão

7. E se eu quiser acabar o namoro, o que faço?


Se você buscou a Deus para iniciar o relacionamento deve buscá-lo para terminar.
Você deve analisar e avaliar as razões que o estão levando a tal decisão, e as
mesmas deverão ser comunicadas, em amor, de maneira que a comunhão espiritual
entre vocês não seja quebrada.

8. O namoro acabou, o outro terminou, e eu ainda gosto dele(a), o que fazer?


- Primeiramente admitir que ainda ama ou gosta dele(a)

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- Deve orar pedindo a Deus que trate seu coração, cure a mágoa e o sentimento de
rejeição
- Declare estes sentimentos ao Senhor e entregue-os a Ele
- Em oração declare que você desfaz os laços de alma que tinha com esta pessoa
- Peça a Deus que no Seu tempo, Ele desprenda o seu coração deste sentimento
Saiba que enquanto Deus permitir que você ainda goste desta pessoa, Ele irá
trazer a você, amadurecimento e crescimento espiritual, aceite isto, caminhe com
Deus neste tempo, faça dEle seu amigo e confidente. Abrindo a ferida Ele cura.
Tenha um irmão(ã) em Cristo de confiança para poder ouvi-lo(a) e orar com
você. Que seja alguém que possa lhe apoiar e corrigir quando necessário.

9. Quando noivar? É importante?


Há casais que desprezam o noivado, e a cerimônia de noivado. Eles queimam as
etapas familiar, moral, espiritual e psicológica existentes neste período.
É muito importante passar por este compromisso mais profundo e temporário,
recebendo honra e benção de seus pais e do pastor.
O noivado é uma fase importante de planejamento e de buscar concretização dos
ideais e sonhos para o futuro lar e para a própria cerimônia em si. É um tempo de
maior comunicação e especialmente de treinamento para o casamento, porque
ambos estarão unindo suas almas – mente, emoções e vontade – de uma forma real.
O casal deve noivar quando tiver a certeza de que querem este compromisso mais
profundo, querem se organizar e preparar-se para o casamento.
O tempo de namoro deve ter contribuído para trazê-los até aqui, não devem noivar
por pressão externa, mas principalmente após fazer a avaliação real do outro,
sentindo que valerá a pena entregar sua vida, seu futuro e seus sentimentos nas mãos
do outro, e assim passar os anos futuros e a velhice juntos. Devemos buscar o
consentimento de Deus e de seus pais e devem ter as condições financeiras
necessárias para este empreendimento.
Recomendo que o tempo de noivado seja, no mínimo, de seis meses, e no máximo,
de um ano e meio.
Ao noivar, deve-se marcar a data do casamento e comunicá-la aos pais de
preferência no dia do noivado. A data é o alvo a ser conquistado, a meta, o desafio
de trabalho e de oração dos dois.
Quando Deus é buscado para este tempo, Ele também se compromete e é desafiado
da mesma maneira. Deus, com todo o seu amor e graça, terá prazer em abençoar os
noivos.
Marque a data e prepare-se para Deus surpreendê-los. Sem data marcada nada
acontece.
O casal deve incluir em seu plano o Curso de Noivos. Este curso garante ao casal
maior segurança para lidar com a nova vida e deve trabalhar as áreas de maior
conflito no casamento. Se sua igreja não tiver Curso de Noivos procure informações
a respeito em uma igreja evangélica.

10. E se nós pecarmos e cairmos sexualmente, o que fazer?


Este tem sido um problema crescente ao longo do tempo. Na década de 50, 20% dos
jovens cristãos casavam-se tendo envolvimento sexual pré-nupcial. Atualmente este
índice sobe aos 80%, ou mais. É uma realidade muito preocupante e desafiadora,
pois os jovens não têm idéia das sementes ruins que estão lançando para o seu
futuro. Se a Palavra adverte para “fugir” da prostituição é porque Deus sabe o que
poderá vir no futuro, e no que poderá se transformar o relacionamento. Raízes de

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amargura e desconfiança brotarão no lugar do “prazer”; desrespeito, quebra da
comunhão espiritual; ela se tornará autoritária e ele passivo, etc.
Porém, se vocês caíram, Deus pode levantá-los. Tome os seguintes passos:
- Confessem a Deus o seu pecado e peçam que o sangue de Jesus os purifique
- Peçam perdão um ao outro por terem usado o corpo do outro fora da benção e
em maldição
- Orem tomando autoridade contra os demônios que ganharam legalidade na vida
de vocês e os comande para sair e não voltar mais.
- Confessem o que ocorreu aos pais, vocês pecaram contra eles, traíram a sua
confiança, os desonraram.
- Confessem o que ocorreu ao pastor. O pastor não pode abençoar uma aliança
suja, abençoar o pecado, por isso, tratem do problema com ele. O pastor e a
igreja também foram desonrados.
- Se for necessário, aceitem a disciplina que porventura venham receber.
- Andem corretamente diante do Senhor e preparem o casamento o mais rápido
possível.

11. E se eu me interessar por uma pessoa divorciada, ou mesmo se alguém divorciado se


interessar por mim, o que devo fazer?
Há questões que devem ser analisadas por você e pelo seu pastor:
1. Esta pessoa é salva?
2. Ele(a) aceitou a Cristo antes ou depois do divórcio?
3. Qual foi o motivo do divórcio?
4. Quem foi a vítima da situação?
5. Como você pretende lidar com a 1ª família que ele(a) já constituiu?
Cada pastor deve analisar cada caso para deferir o namoro e o casamento.
No meio evangélico há posições que vão desde as mais radicais até as absurdamente
liberais, cabe a cada pastor estudar o assunto de “divórcio e novo casamento” para
terem um posicionamento pessoal à luz da Palavra de Deus. Leve em consideração
como a sua denominação trata do assunto.
O casamento é instituição divina, o divórcio é instituição humana. O casamento é a
vontade absoluta de Deus, o divórcio é Sua vontade permissiva.
A Bíblia declara que Deus odeia o divórcio, não o divorciado. Jesus fala claramente
sobre o motivo legítimo para o divórcio – adultério (Mt. 19:9). Incompatibilidade,
falta de amor, etc., não são motivos suficientes para o fim do casamento. Todas estas
coisas são tratáveis, e um casal só pode decidir pelo fim do seu casamento, depois
de terem esgotado todas as alternativas possíveis de recuperação.

Estas são algumas das várias perguntas que merecem esclarecimento. Deixem os
jovens falar, perguntar, busquem as respostas necessárias e satisfatórias.
As repostas acima têm a pretensão de demonstrar que nossos jovens precisam
pensar objetivamente, com a devida seriedade sobre seu futuro pessoal. Eles devem
procurar ser sábios no lidar com as suas emoções e impulsos sexuais. Que eles possam
desenvolver uma vida de honra com destinos abençoados e felizes.
A orientação e o acompanhamento dos nossos jovens diminuirão
consideravelmente as dificuldades a serem enfrentadas nos primeiros tempos de
casados, e os ajudarão a desfrutar de um casamento bem sucedido, conduzido pela
Palavra de Deus.

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Exercício Prático
A. Entrevistas:
1. Entreviste um casal de namorados cristãos e pergunte:
a) O que significa o período de namoro para vocês?
b) Vocês consideram o namoro importante para o casamento? Por que?
2. Entreviste um casal de pais de namorados cristãos e pergunte:
a) Vocês estão satisfeitos com o tipo de namoro que seu(s) filho(s) estão
desenvolvendo, Por que?
b) Que tipo de acompanhamento do namoro dele(s) vocês fazem?
3. Entreviste um pastor de namorados cristãos e pergunte:
a) Como o irmão vê o período de namoro na vida dos jovens de sua igreja?
b) Qual é o trabalho de apoio que a Igreja oferece aos casais de namorados?
4. Entreviste um casal de noivos cristãos e pergunte: (receba respostas dos dois)
a) O que significa o período de noivado para vocês?
b) Como o seu período de noivado irá contribuir para o seu casamento?
c) O que é o casamento para vocês?
d) Por que você quer se casar?
e) Para que você quer casar?
B) Análise e Avaliação Escrita
Analise todas as respostas, e à luz do que você aprendeu e leu no texto acima, escreva a
sua avaliação sobre cada uma das entrevistas, e entregue ao professor no prazo
solicitado.

ANOTAÇÕES:

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II. - O AMOR VERDADEIRO E A PAIXÃO

Em I Co.13:1-13, o apóstolo Paulo descreve o amor verdadeiro, que no grego é


descrito através do vocábulo “AGAPE”, é o amor “perfeito” de Deus. É o amor que ama
“apesar de” e “acima de”. É este tipo de amor que Deus quer amadurecer na relação de
amor humano. Este é o amor que penetra a eternidade, é o amor que irá conosco para o
céu. Este amor se perpetuará por toda a eternidade e será a maior coisa no céu.
Precisamos aprender com Deus como amar. Ele tem nos ensinado este amor
através de seus atos registrados na Bíblia, e através do envio e entrega de Seu próprio
Filho por nós. Paulo também nos fala em Efésios 5:25 que devemos amar “como Cristo
amou a Igreja e se entregou por ela”. Portanto você não precisa mais se perguntar:
Como posso amar verdadeiramente?, basta conhecer, observar como o Senhor nos tem
amado, e procurar agir da mesma forma.

Paixão ou Amor?

Quero apresentar algumas diferenças entre estes dois sentimentos que nos
ajudarão a saber que tipo de sentimento temos nutrido pela pessoa amada:

PAIXÃO AMOR
A paixão romântica pode acontecer sem aviso. O amor cresce vagarosamente.

A paixão romântica pode surgir de um O amor cresce através de uma


conhecimento de alguém sem conhecer muito avaliação
as características ou qualidades da pessoa. da personalidade total da outra pessoa.
A paixão romântica é “autocentralizada” O amor é “outro-centralizado”. O
e olha para o outro como um meio de amor faz a pergunta: “Como eu posso
conseguir algo. serví-lo(a)?”
Uma pessoa apaixonada pode apaixonar- O amor genuíno centraliza somente
se por duas ou mais pessoas simultanea- em uma pessoa.
mente.
Uma pessoa apaixonada tem a tendência de O amor tem uma segurança firme
possuir um sentido falso de se- gurança sobre o porque está baseado no
seu relacionamento, ba- relacionamento crescente de
seado em coisas que ela gostaria que confiança, fidelidade e consideração
acontecessem, e, às vezes, numa forte mútua.
necessidade de reafirmação.
O indivíduo apaixonado é um “sonha- dor". O amor também sonha mas não
Seus sonhos sempre estão fora da realidade. exagera- damente. Sonhos e realidade
são manti- dos em equilíbrio.
Para uma pessoa apaixonada a atração Para uma pessoa que ama, a atração
física é fundamental. física não é tão importante no
relacionamento total.

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O Amor Verdadeiro

Em I Co. 13:1-13, Paulo nos ensina:

1. Que o amor é um caminho mais EXCELENTE.

2. Que exercer DONS espirituais ou ministeriais sem amor faz com que diante de
Deus não sejamos NADA.

3. Que altruísmo e fé para resolver os problemas e ordenar as coisas no mundo


espiritual, sem amor, não nos trará proveito.

4. As características do amor. Estas características serão um ALVO a ser alcançado


pelo casal.
Exercício
1. Faça uma paráfrase sobre I Co. 13:1-8, em seu caderno (coloque os versículos em
suas próprias palavras).

As Características do Amor Verdadeiro (I Co.13:1-13):

O AMOR É:

Paciente: Custa a ficar zangado ou irritado; nunca levanto a voz ou perco a calma; estou
pronto a suportar o mau trato dele(a) e dos outros; sei esperar o tempo certo para cada
coisa.

Benigno: Sou muito criativo; demonstro consideração a ele(a) e às pessoas mais


chegadas; procuro elogiá-la(o) em vez de criticar; dedico meu tempo a ele(a) através de
atos de bondade; procuro o melhor no meu relacionamento com ele(a); sempre sei ver
algo positivo nele(a).

Não Ciumento: Não fico enciumado(a) quando outros são promovidos; não fico
inseguro(a) diante de pessoas mais capacitadas; não fico inseguro(a) diante de pessoas
mais atraentes; não me aborreço quando não recebo atenção especial.

Não se Ufana: Não procuro ser o centro das atenções nas conversas; não me gabo das
minhas habilidades; não sou ostensivo (ostentação).

Não sou Soberbo: Não procuro fama para mim mesmo; não preciso ser bajulado(a) para
fazer o que é minha responsabilidade; não desvio a conversa para atrair as coisas para
mim mesmo; não sou o centro das atenções; não sou arrogante; não sou orgulhoso(a).

Não me Conduzo Inconvenientemente: Não sou grosseiro; não sou sarcástico; não sou
cínico; tenho boas maneiras; respeito a ele(a) e os outros; demonstro cortesia a ele(a) e
aos outros; sou discreto(a); sei a maneira correta de tratá-lo(a) e tratar as outras pessoas
em qualquer situação.

Não Procuro Meus Próprios Interesses: Não sou “auto-centralizado”; sou “outro-
centralizado”; considero meu interesse menos importante do que os dele(a); procuro

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saber os interesses dele(a); procuro saber como posso satisfazer esses interesses; não
sou possessivo com ele(a); não fico insistindo na minha própria vontade; não fico
insistindo nos meus direitos; não tenho alvos egoístas.

Não me Exaspero: Não sou melindroso(a); não sou defensivo(a); não sou supersensível;
não fico ofendido(a) ou machucado(a) por coisas mínimas; não me irrito facilmente; não
fico facilmente amargurado(a).

Não me Ressinto do Mal: Tenho grande capacidade em perdoar quem me ofende; não
tenho uma lista de ofensas guardadas cometidas por ele(a) contra mim; não me vingos;
não me defendo quando sou criticado; não me defendo quando sou acusado.

Não me Alegro com a Injustiça: Não me regozijo secretamente quando ele(a) falha
(Bem feito!); não aproveito a falha dele(a) para me promover; não faço comparações
para justificar minha fraqueza.

Regozijo-me com a Verdade: Alegro-me muito quando a justiça reina; alegro-me muito
mesmo que ele(a) receba elogio que eu mesmo merecia; sempre procuro saber a verdade
diretamente dele(a); não procuro saber a verdade através de outras pessoas; não dou
ouvidos a boatos a respeito dele(a); não me posiciono contra ele(a) por pressão dos
meus pais sem apurar os fatos.

Tudo Sofre: Sou capaz de viver em harmonia com as incoerências dele(a); sou capaz de
viver em harmonia com as inconstâncias dele(a); posso suportar qualquer tipo de
provação; posso suportar qualquer tipo de angústia; posso entender as fraquezas dele(a);
sou consciente da força, peso moral e privilégios do meu casamento.

Tudo Crê: Sou pronto a crer o melhor sobre ele(a); não procuro razões para colocar em
dúvida a integridade dele(a); creio nele(a); creio no valor dele(a) diante de Deus;
procuro pensar sempre positivamente sobre ele(a).

Tudo Espera: Creio que Deus está agindo na vida dele(a); porque creio assim, espero
que o melhor acontecerá com ele(a); creio que Deus foi capaz de escolher a pessoa certa
para o meu casamento; creio que o nosso futuro está nas mãos de Deus; sempre tenho
esperança; nunca desanimo.

Tudo Suporta: Não há nada que meu amor não possa suportar; não fico desanimado; não
fico triste; sou perseverante; posso amar sem ser amado(a); meu amor prevalece contra
os obstáculos.

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1. Exercício Prático:
1. Entreviste: (respostas individuais)
 um jovem e uma jovem solteiros que não estejam namorando
 um casal de namorados
 um casal de noivos
 um casal recém-casado
 um casal entre 10 e 15 anos de casamento
 um casal com 25 anos ou mais de casamento
Pergunte: O que é o Amor para você?
2. Análise:
1. Analise as respostas e observe a diferença de visão entre cada casal entrevistado.
Que diferenças você encontrou?
2. O conceito de “AMOR VERDADEIRO” está correto para eles? Por que? (Justifique
cada entrevista)
3. Trabalho em Sala:
1. Os alunos devem ser divididos em grupo de quatro, e devem relatar suas respostas,
e juntos farão uma avaliação do grupo sobre o “AMOR VERDADEIRO” na vida
de seus entrevistados.
2. Os grupos apresentarão a avaliação do grupo, e toda a sala fará uma avaliação
global de todas as avaliações apresentadas, respondendo:
No universo de pessoas entrevistadas:
A) Qual a porcentagem destas pessoas que têm um conceito correto sobre o
“AMOR VERDADEIRO” e quantas não tem?
B) Qual a porcentagem destas pessoas que demonstraram estar satisfeitas ou
insatisfeitas em relação ao seu relacionamento amoroso, conforme as respostas
apresentadas?
C) Por que as pessoas não tem um conceito correto sobre o “AMOR
VERDADEIRO” na opinião da turma?

Muitos casais se preocupam com a emoção do amor, ou falta dele, em algum


estágio do seu relacionamento.
Não devemos ignorar as emoções do amor e os anseios por elas provocados. Só
quando as reconhecemos e as tratamos de maneira construtiva é que as mesmas se
encaixam no lugar adequado em nossa vida, acrescentando algo positivo, mas sem
exercer domínio sobre nós.
Assim sendo, na realidade do casamento, temos de reconhecer a importância do
amor com as emoções que o acompanham. É porém necessário que separemos as
verdades relativas ao amor, dos sonhos e mitos que precisam ser descartados.
Pergunte-se: Minha vida amorosa está baseada na verdade ou na ilusão?
Ao mesmo tempo que recomendo o amor romântico como atitude e
comportamento, quero ressaltar que ele por si só não é sustentável, não resiste às provas
pelas quais o amor é submetido. Ele falha.
Por que o amor falha tanto? Porque os que amam não tem uma idéia clara do que
esse sentimento representa; eles não sabem amar, e em muitos casos, não tomaram o
compromisso de amar.
Deus é basicamente AMOR e comunica a verdade sobre o amor em Sua Palavra.
Satanás é anti-amor, anti-Cristo, e dissemina idéias que deformam e destroem o amor
mediante o sistema que ele controla na sociedade.

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Aquilo em que você acredita ser esse sentimento agora, seja a sua crença
verdadeira ou falsa – está fazendo três coisas presentemente em sua vida:
1) Está afetando seu casamento
2) Está moldando seu comportamento e reações ao seu cônjuge
3) Está ajudando a determinar a sua felicidade e bem-estar emocional futuros

Aquilo em que você realmente acredita é realmente importante. Como é bom


acreditar na verdade!
Cada um dos princípios seguintes poderá ser útil para devolver o amor ao seu
casamento, ou enriquecer o seu namoro ou noivado:
1) Posso aprender o significado do amor através da Palavra de Deus. Ele é
racional e não irracional. Posso compreender o amor e aumentar essa
compreensão ao longo de minha vida. A Bíblia revela e ensina o amor
contínuo. Precisamos aprender a amar como Deus ama, atraindo, cultivando,
cuidando, fazendo o melhor por aqueles a quem amamos, aproximando-os de
Sua Pessoa (Jer.31:3). Amar é fazer sempre o melhor para o objeto do nosso
amor. Isso é o amor e é isso que ele faz. Efésios 5 traz o padrão ideal para o
amor no casamento, e em I Coríntios 13 vemos a natureza do amor e como
ele se comporta. O amor verdadeiro é sempre uma operação apoiada pela
prática.
2) O amor não é fácil e simples; trata-se de uma arte que devo desejar aprender
e incluir em minha vida. Posso aprender a amar.

Uma Palavra sobre o Amor Romântico

Há um inimigo muito forte para o casamento, chama-se “rotina”. Ela ocorre


porque as pessoas se acomodam, se viciam nos seus sistemas familiares problemáticos e
disfuncionais.
A falta de compromisso com as prioridades da família e decisão de abrir mão do
papel a se desempenhar, são elementos que ajudam na instalação da rotina.
O amor é algo necessário e imprescindível no casamento. Mesmo que
aparentemente perdido ou extinguido, pode ser reavivado, pode ser encontrado dentro
de nós. Ele se manifestará quando tomarmos a decisão de agir em amor novamente. Não
é o amor que acabou, mas a disposição de amar, de agir em amor.
O amor romântico é o que quebrará a rotina.
Os cônjuges já não são mais namorados, amadureceram em muitas coisas, mas o
fato de não praticarem o amor romântico em seu casamento fez com que ficassem mais
“pobres” e “escassos nos seus sentimentos”.
No amor romântico reside a descontração, a criatividade, a sensibilidade, e a
realização emocional mútuas.
Deus quer para o marido e sua esposa um caso de amor permanente e
esplêndido, cheio de entusiasmo e satisfação duradoura.
Somando-se a atitude de amar romanticamente à disposição de conhecer e seguir
cuidadosamente os princípios, instruções e exemplos bíblicos acerca do amor e dos
princípios de Deus para o casamento, certamente o casal poderá desfrutar o que Ele
preparou para eles.
Que o casal cresça em amor em qualquer tempo, em todo o tempo, através de
uma atração espiritual, emocional e física profunda.
Mais uma vez reafirmo, só o amor romântico não basta, e só o amor em si não é
suficiente para manter o casamento, é necessário compromisso, aliança e temor.

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Exercício Prático:
1. A turma será dividida em dois grupos e farão uma teatralização, como segue:
A) Um grupo encenará um casal que vive um relacionamento que vem se
desgastando, muito frustrado, irritadiço, mas que encontra no “Amor
Romântico” um caminho de renovação e restauração.
B) Um grupo encenará um casal que tinha um relacionamento que incluía o
“Amor Romântico”, mas que por causa de alguns fatores de pressão e decepção
foram perdendo a qualidade do relacionamento e chegaram a pensar em
separação.
C) Em ambos, um conselheiro cristão deverá ser incluído, porém ele não deve dar
a receita de solução, mas levará o casal a refletir sobre sua relação e deverá
deixar que o casal expresse “o que eles podem fazer por si mesmos”.
O professor agendará a apresentação das dramatizações, onde os outros alunos, ou
pessoas convidadas assistirão a apresentação.

ANOTAÇÕES

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Exercício de Fixação - Unidade I

Marque um X na resposta correta:

1) O amor:
( ) a. cresce vagarosamente e através da avaliação da personalidade total
da outra pessoa.
( ) b. cresce somente através da paixão oriunda da atração física.
( ) c. cresce rapidamente porque acontece à primeira vista e para sempre.
( ) d. precisa ser sonhador o quanto puder para permanecer entre o casal.

2) O que quebra a rotina em um casamento é:.


( ) a. o amor romântico, que traz um crescimento contínuo na atração
espiritual, emocional e física
( ) b. o casal se distanciar por um breve período de tempo para avaliar sua
relação.
( ) c. viajar, descontrair e também se concentrar em mais atividades
profissionais e religiosas
( ) d. um número razoável de filhos que nos distraiam e ocupem
demasiadamente nosso tempo

3)O tipo de namoro que os jovens desenvolvem é muito importante porque:


( ) a. é no namoro que se lança o alicerce para o casamento
( ) b. este é o período de muita liberdade e alegria
( ) c. no namoro ambos se tornam amigos
( ) d. o namoro é distinto em suas atividades

4) Namoro a três, em síntese, significa:


( ) a. ter sempre alguém para supervisionar os encontros
( ) b. ter alguém para prestar contas do desenvolvimento do
relacionamento
( ) c. namorar desenvolvendo amizade com terceiros
( ) d. namorar desenvolvendo principalmente a vida espiritual

5) A maior causa e perigo, que desencadeia as quedas morais no relacionamentos


de namoro e noivado dos nossos jovens são:
( ) a. motivações estranhas e contaminação mundana
( ) b. falta de objetividade e do conceito de sagrado
( ) c. falta de referencial e orientação paternal
( ) d. inconsciência e relativismo

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Unidade II – O Pano de Fundo do Matrimônio

O matrimônio é constituído de pessoas, e essas pessoas tem uma história,


entendemos por história de vida, a herança familiar de cada um, e esta herança contribui
para o pano de fundo do nosso casamento.

I- HERANÇA FAMILIAR

Os jovens quando se casam não se casam somente entre si, mas também com a
família de ambos. É importante conhecer a herança familiar que trazemos para o nosso
casamento. Ela é a nossa formação, educação, costumes, comportamentos, reações,
princípios, filosofia de vida, tradições, falta de tradições, etc.
Para compreendermos muitas das razões que levam nosso cônjuge a reagir, agir
e falar de certa maneira, precisamos conhecer sua herança. Num certo sentido todo nós
somos fruto do nosso ambiente familiar, seja para o bem ou para o mal. Nossa família
influencia nossa personalidade, e nosso temperamento.
Enfim, nossa herança familiar vai influir muito no nosso casamento.
Além da Herança Familiar, as Expectativas conjugais moldam as iniciativas e
concentram os esforços do casal para o futuro lar. Quando expectativas erradas estão
sendo geradas, ou quando o casal caminha em direções opostas, sem comunicação,
estará sendo declarada uma “guerra de interesses”, os conflitos surgirão. Estas
orientações abaixo ajudarão aos noivos a estabelecer expectativas corretas.

Exercício:
1. Faça uma redação de 20 a 30 linhas, manuscrita, sobre o tema:
“Minha Herança Familiar”

Expectativas Conjugais

Todos nós temos expectativas na vida, e devemos tê-las. Os cônjuges também


tem e devem lutar para alcançá-las. O casal precisa, desde o noivado, estabelecer seus
alvos comuns, para caminharem na mesma direção.
Cada fase da vida traz consigo um novo começo na adaptação de nós mesmos
como pessoa, como casal e como família.
As nossas expetativas são construídas sobre cada uma destas fases. Elas são
conscientes e inconscientes. As inconscientes são as que nos causam sentimentos de
frustração após o casamento, pois elas refletem os desejos e pensamentos que
nutríamos, por anos, e nem mesmo tínhamos consciência de que tal detalhe, assunto ou
atitude nos era tão importante, daí nos pegarmos pensando no passado, sonhando por
demais com o futuro, fantasiando no presente e fazendo comparações com outros casais
ou pessoas, etc.
Quanto maior for a comunicação entre o casal no período de namoro e noivado,
menor será o impacto da adaptação dos dois como uma nova família, estabelecendo suas
próprias linhas de conduta e educação.
Agora estando casados, cada situação servirá para tornar nossas expectativas
conscientes e nos levar a um nível mais profundo de comunicação e conhecimento
mútuos.

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É necessário recomendar aos casados, mas também aos namorados e noivos,
que falem bastante, falem de tudo e sobre tudo, convivam de maneira a continuar
conhecendo as expectativas e procurando satisfazê-las para a felicidade de ambos.
Quanto maior for o nível de comunicação menor será a turbulência do período de
adaptação.
De preferência devemos listar nossos alvos, compará-los, comunicarmos quais
nos agradam ou não, com quais concordamos e quais não, declarar os que nos eram
desconhecidos, e assim devem procurar chegar no consenso acerca dois ideais comuns.
É extremamente negativo não ter alvo nenhum, isto revela imaturidade e
profunda falta de objetividade. Cada um deve ter condições de responder as perguntas:

 Por que você quer casar, ou quis?


 O que você quer para o seu casamento, aonde você quer chegar?
 O que você irá oferecer a ele (ela) ?

Para o conselheiro cristão, é muito importante observar, numa lista de 10 alvos, se


eles são reais, fortes, possíveis, mensuráveis, não egoístas, se Deus está envolvido, e se
pelos menos foram apresentados 5 alvos, se a maioria dos alvos coincidem, pois assim o
pastor pode aprovar o casamento, no caso de noivado, e para com os casados pode
atestar que o relacionamento não está dividido, que há unidade de propósito.

Exercício Prático:
Solicite a uma pessoa cristã, noiva, que lhe apresente uma lista de 10 alvos para o seu
casamento, avalie as respostas conforme orientado no texto acima, e responda:
1) Esta pessoa demonstra estar preparada para o casamento? Por quê?

ANOTAÇÕES:

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Exercício de Fixação - Unidade II

Marque um X na resposta correta:

1) O Pano de Fundo do Matrimônio é:


( ) a. sentimento de amor que conduz o casal ao altar
( ) b. a história de vida, a herança familiar de cada um
( ) c. a espiritualidade crescente de um casal
( ) d. a contribuição dos amigos e da influência de terceiros na nossa
relação

2) É importante conhecer a Herança Familiar do nosso cônjuge para:


( ) a.compreendermos as razões que o(a) levam a reagir, agir e falar de
certa maneira
( ) b. casarmos com estabilidade e equilíbrio
( ) c. avaliarmos como é a família dele(a)
( ) d. ter argumentação bem embasada na hora de uma divergência ou
discussão

3) As expectativas conjugais são:


( ) a. as esperanças de um casamento melhor a cada dia
( ) b. desnecessárias porque o Senhor tomará a direção de todas as coisas
na vida do casal
( ) c. sempre motivo de frustração porque o casamento é composto de
duas pessoas distintas
( ) d. sonhos, desejos, alvos conscientes e inconscientes que construímos
como solteiros

4) O impacto da adaptação dos cônjuges como uma nova família será menor:
( ) a. se ambos se enamorarem bastante antes do casamento
( ) b. se eles forem radicais impedindo a interferência de terceiros em seu
novo lar
( ) c. quanto maior for a comunicação do casal no namoro e noivado
( ) d. quanto maior tenham sido as oportunidades de brigar antes de casar

5) O conselheiro cristão para noivos deve solicitar e avaliar uma lista de alvos, em
síntese, para:
( ) a.ter exemplos para orientar outros noivos
( ) b. ter um relatório das pretensões do casal
( ) c. saber o que desejam mas não mencionar a sua avaliação
( ) d. analisar a maturidade dos noivos e dar seu parecer sobre a aprovação
ou não do casamento

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Unidade III – A Estrutura da Família Cristã

I - AS BASES DO CASAMENTO CRISTÃO (GN.2:24-25)

As Bases do casamento cristão estão descritas no texto da instituição da família,


em Gn.2:18-23. Neste texto vemos o Senhor declarando que a razão geradora da família
foi a “solidão do homem”, “a necessidade de companheirismo”.
Se Deus teve este objetivo em mente ao criar a família, nós também devemos
perceber este sentimento de solidão em nós, e a necessidade “legítima” de encontrarmos
um(a) companheiro(a) para nos casarmos. O companheirismo deve ser uma razão
básica e forte para enfocarmos a decisão de casarmos com quem pretendemos.
As quatro bases para o casamento cristão são as colunas sob as quais o lar cristão
deve ser edificado. A não observância do cumprimento destes princípios, trará
conseqüências com as quais todo casal não deseja conviver. Vejamos quais são estas
quatro bases e seu significado.

1ª Base – O “DEIXAR” – “Por isso deixa o homem pai e mãe”:

a. É um deixar geográfico – não morar junto, nem tão perto;


b. É um deixar emocional – cortar o cordão umbilical e assumir a vida;
c. É um deixar financeiro – não depender financeiramente dos pais e parentes;
d. É um deixar para o noivo e a noiva – Estabeleça a nova escala de
prioridades. (Deus, Cônjuge, Filhos, Trabalho, Pais, Igreja);
e. É um ato público – tudo o que acontece no mundo físico repercute no mundo
espiritual. Case na igreja recebendo a benção sobre a “aliança”;
f. Produz um contexto para crescimento – O casamento exige amadurecimento
e crescimento em todas as áreas de nossa vida;
g. Implica que a dependência entre pais e filhos é temporária – A dependência e
a obediência aos pais cessa após a cerimônia de casamento, continua a
“honra” e o “amor” aos pais. Os pais não devem interferir ou controlar a vida
de seus filhos.

2ª Base – O “COMPROMISSO” – “se une à sua mulher”:

a. É um relacionamento permanente – Contrato cessa, “aliança” não;


b. É um relacionamento monogâmico – O amor não suporta rivais;
c. É um relacionamento exclusivo – Temos a segurança de ser e pertencer ao
outro exclusivamente.

3ª Base – A “UNIDADE” – “tornando-se, os dois uma só carne”:

a. Para haver unidade, são necessárias duas pessoas;


b. Não significa que cada um perca sua identidade;
c. Não significa que o mais fraco seja dominado pelo mais forte;
d. Cada um continua sendo o que é, e muito mais, por ser complementado pelo
outro;
e. Durante o período de namoro e noivado a unidade espiritual deve ser
desenvolvida;
f. É uma expressão física.
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4ª Base – A “INTIMIDADE” – “ ora, um e outro, o homem e sua mulher,
estavam nus e não se envergonhavam”:

a. A intimidade espiritual – vida devocional do casal;


b. A intimidade intelectual – podem opinar, apresentar juízos, declarar
sentimentos, sem receio;
c. A intimidade emocional – nutrem e manifestam amor e bondade;
d. A intimidade física – não têm vergonha do sexo; desenvolvem comunicação
e prazer sexual.

Exercício Prático:
1) Elabore um trabalho baseado em pesquisa junto a um psicólogo(a) e líderes
cristãos, sobre o seguinte tema:
“SOLIDÃO – CAUSAS, CONSEQÜÊNCIAS E SOLUÇÕES”
2) O professor deverá selecionar dois trabalhos para apresentação em sala.

ANOTAÇÕES:

II - UM SISTEMA FAMILIAR CRISTÃO FUNCIONAL

A funcionabilidade do casamento cristão está na Cadeia de Autoridade que Deus


estabeleceu no lar, apresentada abaixo, e na descrição dos deveres dos cônjuges cristãos
de Efésios 5:22-33.

Esta é a ordem (hierarquia) de Deus para a Família:


DEUS
é a CABEÇA de Cristo I Co.11:3
Pai, Governador, Protetor, Abençoador, Juíz, etc.

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CRISTO
é a CABEÇA do Marido I Co. 11:3
É o princípio, o centro e o fim do Lar Cristão.
É o verdadeiro Senhor da família.
O MARIDO
é a CABEÇA da mulher e Autoridade Principal no lar. Ef. 5:23
Sensível às necessidades da família, envolvido e influente. Bom guia, Bom Marido,
Bom Pai.
Profeta, Sacerdote e Líder-Servo.
Responsável por realizar no lar a Vontade de Cristo.
A MULHER
é SUBMISSA ao seu Marido. É a Autoridade Secundária no lar. Ef. 5:22
Ela é representante do seu marido diante dos filhos
FILHOS
Obedientes a seus pais, sendo assim treinados e preparados para a vida, e para entrarem
em uma nova cadeia de autoridade (hierarquia familiar).
Os pais devem saber que a disciplina de filho para filho é diferente, portanto é
necessário que sejam sensíveis às necessidades de seus filhos.
Os pais são a 1ª Autoridade na vida de seus filhos depois do Senhor, não devendo
abusar do seu poder.
Ef. 6:4; Cl.3:21; Hb.12:11; Pv.22:6
Para os filhos: A obediência gerará a sua liberdade, através da confiança adquirida no
coração de seus pais.

Quando o sistema familiar não funciona, os membros da família que se sentem


prejudicados ou injustiçados, devem buscar a Deus para operar e mudar o coração
daquele que não tem cumprindo o seu papel, dentro da sua posição no relacionamento.
A família que fica consciente acerca do sistema familiar funcional, segundo a
Palavra de Deus, deve procurar ajustar-se a este modelo. Se por si mesmos não
conseguem, devem buscar a ajuda de um conselheiro cristão.
Consulte a página 35 e 36 sobre submissão mútua..

III - AS FASES DO CASAMENTO*

A boa estrutura e a funcionabilidade da família cristã são necessárias para que o


casal possa atravessar todas as fases do seu casamento de maneira saudável e
proveitosa. Estas fases são degraus que todos temos que subir em direção ao
amor verdadeiro e maduro. Por isso entendemos que em algumas delas estão
inseridas “crises que geram oportunidades”; são as bençãos disfarçadas em
problemas. Passemos cada uma destas fases tendo em mente que “aquele que
começou a boa obra em nós há de completá-la até ao dia de Cristo Jesus”. São
sete as fases do casamento:

1. Fase Romântica e de Encantamento – Cerimônia e Lua de Mel.

2. Fase da Volta à Realidade, Adaptação – Volta da Lua de Mel, primeiros


tempos.

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3. Fase da Luta pelo Poder – Mudar o outro para que ele me faça feliz –
Competição, medir forças (Quem manda aqui?...)

4. Fase da Decepção e Desilusão – Nesta fase pode ocorrer separação. Surgem


sentimentos de arrependimento e pensamentos tais como “não era isso que eu
queria” ou “não foi com essa pessoa que eu casei, “se eu soubesse que seria
assim não teria me casado, etc”. Nesta fase também se fantasia, sobre o passado
(se eu tivesse feito assim...; se não tivesse feito...; se eu tivesse me casado com
tal pessoa seria diferente...) e sobre o futuro (se eu me separar minha vida
será...,etc.).

5. Fase de Assumir a Responsabilidade por minha própria felicidade e um pouco


pela do outro – Decide-se não se separar, e toma-se decisões de como poder
viver e ser mais feliz, primeiro pensando em si mesmo, e com um pouco de
atenção voltada para a felicidade do outro. É um tempo de reconquistar coisas
perdidas, e de restauração de coisas quebradas.

6. Fase de Equilíbrio na Relação – Chega-se ao Amor Maduro. A relação se


torna estável, pacífica, aconchegante, respeitosa. Aprenderam a aceitar-se e a
respeitar-se mutuamente.

7. Fase da Generatividade – Pensa-se em transmitir e deixar uma boa Herança.


(*Colaboração do Prof. Dr. Albert Friesen, psicólogo CPPC. e Inst. Phileo de Psicologia
- Curitiba PR)

Estas fases nos indicam que certamente mudanças ocorrerão no casamento, a


questão é: como você se ajustará a elas?

As mudanças por parte de um dos cônjuges, até mesmo quando são positivas,
podem levar a um certo desequilíbrio na relação, havendo a necessidade de uma nova
adaptação. Encare isto como algo normal.
Guarde esta verdade em seu coração: O melhor modo de ajudar o outro a mudar
é fazendo mudanças em sua própria vida. Por quê?
Porque a outra pessoa poderá mudar enquanto aprende a conviver com “o novo
você!”.

Exercício Prático:
1) Apresente as Sete Fases do Casamento para um casal cristão não recém-casado, e
pergunte:
1) Quais as fases pelas quais vocês já passaram, e qual a fase que vocês se
encontram hoje?
2) Como vocês superaram as fases mais críticas do seu casamento?
3) Como vocês se sentem na fase atual?

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IV- SATISFAZENDO AS NECESSIDADES NO CASAMENTO

Este capítulo tem tratado de alguns aspectos importantes na estrutura familiar cristã,
e a atenção para com as necessidades do nosso cônjuge, a sensibilidade para com essas
necessidades é muito importante.
O interesse em satisfazer as necessidades do cônjuge, é uma característica do “amor
maduro”.
Uma das motivações para o matrimônio é o preenchimento de algumas
necessidades. É admirável dizer que estamos nos casando com a outra pessoa em
condições de satisfazer suas necessidades. Mas, para sermos honestos, esperamos e
acreditamos que nossas carências também sejam preenchidas. No aconselhamento
conjugal, uma das maiores queixas apresentadas pelos casais é a de não terem suas
necessidades atendidas. Às vezes um dos cônjuges está tentando satisfazer as carências
do outro, mas nem sempre sabe quais são elas ou como satisfazê-las.
Nós nos casamos para “fazer bem” à outra pessoa, somos o agente do bem-estar
espiritual e emocional do nosso cônjuge.
Quando os dois dão atenção e buscam suprir amorosamente as necessidades do
outro, encontram verdadeiramente a felicidade.
O ser humano, a “pessoa”, busca uma felicidade completa – bem estar físico,
segurança, amanhã estabelecido, relacionamentos satisfatórios, vida significativa, auto-
realização, etc.
Você deve lembrar que seu cônjuge é uma “pessoa”, e não apenas alguém que
desempenha um papel dentro da sua família. São as “pessoas” que tem necessidades que
precisam ser satisfeitas.
Descrevemos abaixo os níveis de necessidades das pessoas, sendo o 1, o primário e
básico, e os demais são uma escala de importância para todas as pessoas:

Níveis de Necessidade de Maslow


5. Necessidade de Auto-Realização: inclui Cristo-realização
4. Necessidade de Sentido e Significado: inclui estima
3. Necessidade de Afeto: Com quem dividir sua vida; amor; pertencer e posse
2. Necessidade de Segurança: continuidade de vida do amanhã
1. Necessidades Físicas: alimento, sono, trabalho, movimento

Cabe aos casados, buscar saber quais são as necessidades do seu cônjuge em cada
um desses níveis, e procurar satisfazê-las, de tal maneira que o seu casamento valha a
pena.
Por outro lado, também cabe a cada um de nós, informar, especificamente, ao nosso
cônjuge, quais são as nossas necessidades e como gostaríamos que ele(a) as satisfizesse.
Não é conveniente a atitude: “quero que ele(a) perceba”, pois isto na verdade gera mais
frustração do que contentamento e realização. Exponha a sua alma ao seu cônjuge.
O casamento não perderá o romantismo se você contar ao parceiro quais são as suas
necessidades. O correto é o romantismo aumentar quando seu cônjuge não tiver mais de
ler a sua mente para adivinhar o que você precisa ou deseja!
A nossa dignidade como ser humano, e a nossa auto-imagem positiva estão ligadas a
estes níveis de necessidades que precisam ser satisfeitos.
Um bom exercício em aconselhamento é propor ao casal, tanto de noivos, quanto de
casados, que façam uma lista das suas necessidades, como o modelo abaixo:

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Vejamos suas carências. Especifique por escrito quais são as suas necessidades em
cada uma das áreas abaixo. Então indique o que seu cônjuge poderá fazer para
preenchê-las.
NECESSIDADES O QUE MEU CÔNJUGE
NO CASAMENTO PODE FAZER PARA
PREENCHÊ-LAS
Físicas:

Emocionais:

Espirituais:

Sociais:

Intelectuais:

Se o conselheiro utilizar o gráfico acima, solicitará que o casal o preencha


individualmente, e que não revele o conteúdo ao outro, até o próximo encontro.
No próximo encontro, o casal deve ler, um para o outro, as necessidades
primeiramente.
Em seguida, em papéis separados, eles devem escrever o que acham que podem
fazer para preencher as carências do outro. Terminada esta etapa, eles revelam ao outro,
pela leitura, o que escreveram sobre como preencher suas necessidades. Feito isto
devem observar o quão sensíveis são em descobrir as necessidades um do outro!
Este exercício ajuda a abrir o canal de comunicação entre o casal, revela o interior
da pessoa, mente e coração. A presença do conselheiro é muito importante para servir
como moderador, orientador e avaliador da conduta dos mesmos durante as etapas de
aconselhamento. O conselheiro deve levar o casal a expressar se desejam se
comprometer com a busca da satisfação do outro, através da sensibilidade e aceitação do
que foi apresentado sobre a maneira de preencher as carências. O conselheiro deve
conduzir os acordos que o casal deve fazer.
Possivelmente surgirá, no aconselhamento, momentos em que se farão necessárias
confissões sobre atitudes erradas de um para com o outro, e o casal deve orar junto, ao
final de cada área apresentada, e deve pedir a ajuda do Senhor para que possa ajudá-los
naquilo que precisarem do Seu socorro.

Se o professor desejar poderá indicar o preenchimento do gráfico acima e a sua


utilização pelos alunos, dentro e/ou fora da sala de aula.

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V – TOMANDO DECISÕES

Quem toma as decisões no casamento? Talvez a questão não seja quem faz ou
quem deve, mas quem está melhor qualificado. Quem, no relacionamento conjugal,
exerce maior influência sobre o outro ou suporta maior peso nas decisões?
Eis uma importante questão a ser discutida: Irá cada um de nós tomar decisões
em áreas onde o outro é mais capacitado?
Terá cada um oportunidades suficientes de oferecer o que tem?
Qual a razão de um ou outro Ter a porcentagem de influência que tem?

1.- Sua Porcentagem de Decisão


Defina o processo de tomar decisões que, conforme você imagina e mediante a
porcentagem de influência, você e seu cônjuge terão nas várias questões. O total para
cada decisão deve ser cem por cento.

Questão Voto Dela Voto Dele


Escolha do carro
Escolha da casa
Escolha dos móveis
Escolha do próprio guarda-roupa
Escolha do lugar de férias
Escolha da decoração da casa
Escolha de amigos em comum
Escolha de entretenimento
Escolha da Igreja
Escolha da educação dos filhos
Escolha dos programas de TV
Escolha do cardápio caseiro
Escolha do número de filhos
Escolha de onde morar
Escolha da profissão do marido
Escolha da profissão da mulher
Escolha de como e com que gastar o dinheiro

Todos os casais direta ou indiretamente, estabelecem um modelo para as


decisões conjugais. Muitos destes modelos são ineficientes ou nulos. Alguns até causam
indignação. A maioria dos casais não tem considerado como chegar às decisões. A
maioria dos casais não tem pensado nestas coisas. Não obstante, elas são essenciais para
a compreensão e entendimento no relacionamento conjugal.
Ressalto a importância do princípio da submissão mútua no campo das decisões,
apresentado em I Co. 12:14-26. Este princípio é semelhante ao princípio de submissão
entre os membros do corpo de Cristo. Às vezes é apropriado para um membro exercer
liderança sobre o outro, conforme os dons espirituais dele ou dela.
No casamento onde existe mútua submissão, a função do líder é designada não
de acordo com algum decreto de Deus ou com base na “virilidade” ou “feminilidade”,
mas sim naquilo que eles têm determinado de comum acordo.
A habilidade de um casamento cristão jaz na negociação e designação desta
liderança, com base nas habilidades de cada um.

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Concluímos afirmando que você não terá 100% de voto nas decisões que vocês
tomarão, e que em qualquer questão, ambos devem opinar e assim firmar seu acordo. O
que tiver maior habilidade deve ser designado para cada questão.
Lembre-se de I Co. 12:14-26 - o importante princípio da “submissão mútua”. Ele
indica que há deferência e bom senso entre o casal. Este princípio ajuda o casal a
cumprir seus papéis, desempenhar suas funções e cumprir seus deveres sem
“autoritarismo” ou “competição”.

ANOTAÇÕES:

VI - A DEFINIÇÃO DOS PAPÉIS: O ESPOSO E A ESPOSA

O Esposo

Seus Três Ofícios:

O papel do esposo está intimamente ligado com os três ofícios de Cristo, ou seja,
podemos dizer que o homem tem três deveres:
1. Profeta – Fala da parte de Deus, comunica a vontade de Deus;
2. Sacerdote – Fala da parte da sua família a Deus; intercede;
3. Rei – Governa o seu reino, lidera o seu lar.

Liderança

Vamos destacar o seu papel como líder. Neste aspecto podemos dizer que os
seus maiores desafios são: liderar a sua família; administrar a sua própria casa, e amar a
sua esposa. Cristo não liderou através da imposição de Si Mesmo, mas liderou através

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do amor. Seu irmão sempre ia na frente da sua liderança. Assim deve ser a liderança do
marido cristão.
A esposa e os filhos tem a necessidade de uma liderança espiritual, e com
relação a isto, não nos referimos apenas ao aspecto espiritual da vida do marido, mas
sim, ao marido como um todo. Um homem de Deus liderando toda a família,
administrando e atendendo a todos e a todas as questões do lar. (I Co. 11:3)
Há muitas maneiras de liderar. O marido deve liderar com objetividade, sabendo
o que quer e onde quer chegar, motivando e levando toda a família consigo. Deve ser
modelo para a sua família, sendo que o que ele é, e como lidera, se revela no
comportamento e nas atitudes dos membros da sua família. É um homem presente e que
está comprometido com as suas prioridades; tem percepção das necessidades do lar.
As áreas importantes da boa liderança de um marido cristão são: o amor (que se
demonstra); a emoção (traz bom clima emocional); a espiritualidade (sacerdote); as
finanças(bom mordomo do Senhor); a disciplina (orientação do lar).

O Amor

A Bíblia ensina como o marido deve amar a sua esposa: “como Cristo amou a
Igreja e se entregou por ela...”(Ef.5:25), portanto é necessário que o marido conheça o
amor de Cristo, que experimente esse amor em sua vida, e assim poderá, através deste
referencial, amar sua esposa. As características do Amor Verdadeiro já foram
destacadas anteriormente, consulte-as novamente para entender como Cristo ama com
amor “ágape” – I Co. 13:4-7.

A Esposa

A Submissão

A Palavra de Deus traz vários textos que ajudam a entender um dos deveres da
esposa que é a “submissão”. Este termo deve ser entendido corretamente. Não é
submeter-se de maneira a subjugar-se, mas sim, é render uma obediência inteligente e
humilde a uma pessoa, na qual Deus tem investido poder e autoridade. Isto quer dizer
que a opinião da esposa tem valor e deve ser expressada, também quer dizer que ela não
é empregada do seu marido.
Às vezes a mulher se rebela contra este princípio bíblico, que é dever dela, mas
entenda, seu marido não pediu autoridade e poder, Deus lhe deu. A submissão não é
escolha da mulher, é parte da sua natureza. Deus lhe deu.
Deus deu os deveres ao marido para que ele satisfizesse as necessidades de sua
esposa, e vice-versa. A mulher que respeita e obedece ao marido terá da parte dele o
amor. O marido que ama a sua esposa terá da parte dela o respeito e a obediência. Por
que?
Porque a primeira necessidade do homem é ser respeitado e a primeira
necessidade da mulher é ser amada.

A palavra submissão deve ser dividida ao meio para que seja entendida:
SUB = sob, debaixo
MISSÃO = alvos, profissão, vocação do marido.

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Os Benefícios da Submissão:

Os benefícios da submissão são: proteção; realização; segurança; harmonia no


lar; exemplo aos filhos; a não difamação da Palavra de Deus (Tt.2:5); e é o modo pelo
qual Deus pode trabalhar na vida do marido (Pv.21:1)

A Beleza Interior

Este é o segundo dever que a Bíblia descreve para a esposa cristã. Além dos
cuidados normais relativos à sua beleza exterior; a sua principal preocupação deve estar
no desenvolvimento da sua beleza interior, que nunca envelhece (I Pe. 3:3-6).
A beleza interior se caracteriza por algumas coisas: incorruptibilidade;
mansidão; tranqüilidade; consciência do valor que você tem para Deus; saber esperar;
ser submissa; obediência; não temer.
Complementando este conceito, Provérbios ajuda a esposa cristã descrevendo
seus deveres que a fazem virtuosa. Leia Pv. 31:10-31 e relacione esses deveres-virtudes.
Quem é a mulher de Provérbios ?
Como ela é ?
Qual é o papel das mulher no projeto de Deus ?

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Exercício de Fixação – Unidade III

Marque um X na resposta correta:

1) As quatro bases para o casamento cristão são:


( ) a. avaliar, preparar, executar e crescer
( ) b. amar, doar, perdoar e restaurar
( ) c. fidelidade, honra, santidade e verdade
( ) d. deixar, compromisso, unidade e intimidade

2) As fases do casamento são:


( ) a. romântica, adaptação, lutar pelo poder, decepção, assumir a
responsabilidade por sua própria felicidade e um pouco pela do outro,
equilíbrio, generatividade
( ) b. romântica, adaptação, decepção, resignação, assumir a
responsabilidade pela felicidade de ambos, equilíbrio, generatividade
( ) c. namoro, noivado, casamento, lua-de-mel, vida a dois, filhos,
generatividade
( ) d. cerimônia, lua-de-mel, paternidade, equilíbrio,
menopausa/andropausa, hereditariedade, generatividade

3) Os Níveis de Necessidade de Maslow são:


( ) a. auto-realização, sentido e significado, afeto, segurança e
necessidades físicas
( ) b. realização, educação, formação, amor, segurança, condicionamento
físico
( ) c. gestação, infância, pré-adolescência, juventude, idade adulta, velhice
( ) d. pessoais, individuais, mensuráveis, temporais, segurança,
maturidade

4) Na questão de tomada de decisões o princípio bíblico que auxilia no acordo do


casal é de:
( ) a. supressão mútua
( ) b. submissão mútua
( ) c. pretensão mútua
( ) d. comunicação mútua

5) Os aspectos fundamentais na definição dos papéis do casal cristão são:


( ) a. para ele: auto-liderança e amor / para ela: sub-liderança e amor
( ) b. para ele: autoridade e afeto / para ela: sub liderança e amor
( ) c. para ele: administração e amor / para ela: submissão e orientação
( ) d. para ele: liderança e amor / para ela: submissão e beleza interior

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Unidade IV – Finanças

I - FINANÇAS NO LAR CRISTÃO

“Ou nós governamos e usamos o dinheiro, ou o dinheiro nos governa e nos


usa.” Quando você lê esta frase, o que você sente e pensa acerca da sua administração
financeira?
Este é um assunto muito importante, e os desajustes, conflitos e falta de metas e
acordos comuns entre os casais, e entre os membros da família, tem trazido sérias
dificuldades, levando muitos casais à separação, e conseqüentemente à destruição da
família.
A razão principal, em geral, destes conflitos não é o dinheiro em si, mas os
problemas que estão por de trás deste conflito financeiro. Geralmente há problemas
mais profundos que se revelam na hora da crise financeira.
Quando há conflito em finanças, o problema está no controle do uso do dinheiro.
O dinheiro tem um peso e uma perspectiva diferente para cada pessoa.

II - O QUE FAZER?

1. O casal precisa decidir como serão feitas as decisões financeiras da


família

2. Devem fazer seu orçamento flexível juntos.

3. Todos os membros da família devem ser comunicados sobre o problema


financeiro que estão passando e quais serão as medidas de solução
adotadas pelo casal. Pior do que um problema financeiro, é um problema
financeiro não comunicado.

4. Todos os membros da família devem se empenhar no cumprimento dos


acordos e metas que firmarem, para o bem geral da família.

5. O cônjuge que tem um controle seguro do dinheiro deve fazê-lo, sempre


deixando o outro ciente acerca de como está usando o dinheiro.

III- DOIS PRINCÍPIOS PARA O CASAL CRISTÃO DISCERNIR SUAS


EXPECTATIVAS FINANCEIRAS À LUZ DA PALAVRA DE DEUS:

1. - “Necessidades são diferentes de desejos”, Deus promete suprir todas as


nossas necessidades, há garantia nisto, porém o cumprimento dos nossos desejos é
condicional, depende de nós estarmos nos “agradando do Senhor” (Sl.37:4), ou seja, ter
o Senhor em primeiro lugar, e o sincero desejo de fazer a Sua Vontade, amá-lo
verdadeiramente antes de coisas e pessoas. Portanto, quando o nosso coração for
verdadeiramente do Senhor, Ele estará livre para nos abençoar no campo dos desejos e
sonhos.

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2. e “Prosperidade é diferente de riqueza”. A Palavra de Deus declara que Deus
ama a prosperidade de seus servos. Deus ama poder abençoar a vida de seus filhos, de
tal maneira que nada lhes falte, que tenham recursos suficientes para viver, para poder
deitar a cabeça sobre o travesseiro, gratos por não terem nenhuma pendência financeira.
A prosperidade é ter o suficiente para viver bem. A riqueza é Ter além disto, ou seja, é
sobrar, é ter para guardar e investir. Para aqueles filhos a quem Deus tem dado riqueza,
Ele assim tem feito para que estes abençoem a sua obra, que usem os seus recursos para
a glória de Deus. À medida que derem, a fonte não se esgotará, porém se retiverem,
também a fonte secará. Deus quer que estes seus filhos sejam liberais, porém que
saibam dar “segundo a direção dEle”. São generosos e liberais, porém não dão tudo. A
sensibilidade às necessidades da igreja, dos servos de Deus, de missões, do povo de
Deus, etc., e ouvir a Deus, são condições básicas e importantes para aqueles que
contribuirão para o Reino de Deus.

IV – PRINCÍPIOS DE FINANÇAS

1. – Tudo o que você tem, e todos os seus direitos são do Senhor.


(Sl.24:1-2)

2. – Uma família cristã tem seus sistema de valores baseado na Palavra de Deus
(Mt.6:33; 6:20-21; Tg.1:9-11).

3. – Distinga entre necessidades e desejos


(Fp.4:19)

4. – Se disponha a ajustar-se financeiramente a qualquer mudança radical que


porventura venha ocorrer em sua vida (Fp.4:11,12).

5. – Desenvolva sensibilidade para com as necessidades dos outros (At.4:32-35).

6. – Deus tem dado a você tanto quanto você tem capacidade de dar.
(II Co.9:6; Lc.6:38; Pv.11:24-25)

7. – Tenha uma atitude sincera e alegre ao ofertar na casa do Senhor.


(II Co.9:7)

8. – A oferta é “semeadura” no Reino de Deus. A liberalidade com que se


semeia ou não, determina a colheita. (II Co.9:6)

9. – Seja fiel no dízimo, devolva ao Senhor a parte que é dEle. O dízimo é


cobertura espiritual para a vida da família, vai além da proteção e prosperidade
financeira. O dizimar ou não revela aspectos do coração e do caráter do crente.
(Ml.3:6-12)

10. – A sua liberalidade deve estar baseada em princípios de como dar. (I Co.
16:2; Fp.4:15-19)

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Coloque os versículos abaixo em suas próprias palavras, e responda:

Ecl. 5:10:________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________

I Tim. 6:6-10:____________________________________________________
________________________________________________________________
_________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________

Há Dívidas?, Há Solução!

1. – Como Ficar livre do endividamento:

A) Orar
B) Comunique à família o que está ocorrendo
C) Tenha um orçamento escrito e faça o propósito de ficar dentro do seu
orçamento, firmemente
D) Faça uma lista de suas Dívidas
E) Faça uma lista de suas Entradas
F) Estabeleça uma Escala de Pagamentos
G) Considere uma Renda Extra (trabalho extra) e peça a Deus abertura de
portas maiores e melhores
H) NÃO ACUMULE DÍVIDAS, não contraia novas dívidas
I) Seja satisfeito com o que você tem (I Tm.6:5,6)
J) Considere uma mudança radical, estabeleça cortes necessários.
K) Procure comprar tudo à vista
L) Negocie suas dívidas
M) Abandone os supérfluos
N) NÃO DESISTA

A respeito do filho de Deus estar endividado:

A) A reputação de Deus e sua obra ficam em jogo quando estamos em dívida.


B) Não coloque Deus na parede.
C) Seus erros financeiros devem ser confessados ao Senhor e
você deve orar para que Ele possa abençoá-lo para sair das dívidas.
D) O dízimo dará a virada nas coisas
E) Reconheça que Deus é capaz de suprir o dinheiro quando ele faltar (Fp.4:19)
F) Tome cuidado ao ficar por fiador de alguém.
G) Evite fazer empréstimos (Pv.22:7)
H) Não sonegue impostos

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Exercício Prático nº 1: (pode ser aplicado para noivos e casados, a critério do professor)
Para Ter uma idéia de sua avaliação financeira quanto ao mundo do seu cônjuge,
preencha o gráfico abaixo. (O casal deve comparar os valores que lançaram com os
valores reais e entregar ambas as listas para o aluno fazer a comparação e análise)
Avaliação Financeira do Mundo dele(a)
Para Homens Para Mulheres
Quanto você teria que pagar por... Quanto você teria que pagar por...
1 Um pernil de 5Kg 1 1 lt de óleo de motor
2 2 Kg de batata 2 1 lavagem de carro compl.
3 1 cx. De mistura para bolo 3 2 jogos de amortecedores
4 1 assado para 6 pessoas 4 1 jogo de pneus de lª linha
5 1 suprimento semanal de 5 1 cd player para o carro
leite
6 1 vassoura 6 1 escada madeira 5 degraus
7 1 frasco de detergente 7 1 jg de chaves de fenda
8 1 travessa refratária média 8 1 revisão do carro p/ viagem
9 ½ dz de copos 9 1 lt de tinta látex
10 ½ dz de facas de mesa 10 1 bola de futebol oficial
11 1 casaco de lã 11 1 roupão masculino de seda
12 1 meia-calça 12 1 corte de cabelo e barba
13 3 calcinhas 13 1 aparelho de ar condicionado
14 1 saia jeans 14 Declaração Imp. de Renda
15 1 blusa de crepe 15 1 ano de seguro de vida dele
16 1 calça jeans infantil 16 1 terno completo
17 1 par de sapatos infantis 17 3 cuecas samba-canção
18 1 metro de renda de nylon 18 1 guarda-chuva masculino
19 1 jogo de lençol casal 19 1 par de sapatos masculino
20 1 diária de faxineira 20 1 par de meias de lã
21 1 novelo de lã 21 1 camisa social
22 1 tesoura de aço 22 jantar p/ 5 em bom restaur.
23 1 cortina para sala de estar 23 1 almoço de negócios p/ 2
24 1 reflexo e penteado 24 1 bom livro teológico
25 1 creme para as mãos 25 1 ano de seguro de carro

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Exercício nº 2: Estude as seguintes passagens para descobrir como obter, considerar e
gastar dinheiro. Indique os princípios que extrair de cada uma.
1 Dt. 8:17-18

2 I Cr. 29:11,12

3 Pv. 11:24,25

4 Pv. 11:28

5 Pv. 12:10

6 Pv.13:11; 14:23

7 Pv. 13:18,22

Pv. 15:6

9 Pv. 15:16,17,22

10 Pv. 15:27

I.E.Q Secretaria Geral de Educação e Cultura _____________________________________ 37


11 Pv. 16:8

12 Pv. 16:16

13 Pv. 20:4, 14, 18

14 Pv. 21:5,6

15 Pv. 21:20,25,26

16 Pv. 22:1,4,7

17 Pv. 23:1-5

18
Pv. 24:30-34

19 Pv. 27: 23,24

20 Pv. 28:6,22

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21 Pv. 30: 24,25

22 Ec. 5:10

23 Ec. 5:19

24 Mt. 6:19,20

25 Mt. 17:24-27

26 Lc. 6:27-38

27 Lc. 12:13-21

28 Rm. 13:6-8

29 Ef. 4:28

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30 Fl. 4:11-19

31 II Ts. 3:7-12

32 I Tm. 6:6-10

33 I Tm. 6:17-19

34 Hb. 13:5

V – DICAS FINAIS QUANTO A ORÇAMENTO, NECESSIDADES E


DESEJOS:

1. Planejem juntos.
2. Defina suas metas financeiras.
3. Não se atire num orçamento sem antes saber o quanto e com o que está gastando
atualmente.
4. Não imagina um orçamento inviável.
5. Disponha seu dinheiro de acordo com as necessidades e desejos de sua família.
Quanto aos desejos:
6. Pense primeiro.
7. Planeje para grandes despesas.
8. Saiba quem é encarregado do quê.
9. Não fique atrás de cada centavo, cada um gasta sua mesada como preferir.
10. Não misture fundos.
11. Não trapaceie, não abuse, não saia do limite, transfira para o próximo mês.
12. Para o orçamento apertado desnecessariamente, busque uma melhor adaptação.
13. Não desista, não abandone o orçamento, geralmente ele não dá certo nas primeiras
vezes.
14. Procure ler bons livros sobre finanças pessoais.

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Exercício de Fixação – Unidade IV

Marque um X na resposta correta:

1) A crise financeira revela conflitos e a razão principal deles é:


( ) a. a falta de comunicação do casal na área financeira
( ) b. os problemas mais profundos no relacionamento do casal e da
família
( ) c. os problemas sociais do país em que o casal está inserido
( ) d. para os filhos de Deus não há crise financeira, se eles tiverem fé

2) Quando há conflitos em finanças o problema está no:


( ) a. sistema financeiro do casal
( ) b. informar o uso do dinheiro
( ) c. controle do uso do dinheiro
( ) d. esforço de captar recursos

3) Os dois princípios bíblicos para o casal cristão discernir suas expectativas


financeiras são:
( ) a. os desejos tem um lugar especial par a conquista e as necessidades
Deus supre
( ) b. adquira riquezas e administre a sua prosperidade
( ) c. necessidades são diferentes de desejos e prosperidade é diferente de
riqueza
( ) d. esperar o melhor e trabalhar sempre para alcançar o máximo,

4) Destaque as bênçãos na oferta e no dízimo:


( ) a. a oferta é semeadura que determina a minha colheita; o dízimo traz
cobertura espiritual para a família
( ) b. a oferta e o dízimo abençoam a igreja e são deveres cristãos
( ) c. o cristão que dizima e oferta jamais enfrentará lutas e provas
financeiras
( ) d. as bênçãos do dízimo e da oferta são espirituais e eclesiásticas

5) A respeito do filho de Deus estar endividado:


( ) a. é um fato normal pois todas as pessoas podem ficar endividadas
( ) b. o importante é a situação espiritual do homem e não a financeira
( ) c. a reputação do filho de Deus fica em jogo e ele tem que defender a
Deus
( ) d. a reputação de Deus e sua obra ficam em jogo quando o filho de
Deus está em dívida

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Unidade V – Comunicação

I. – A COMUNICAÇÃO

Nas famílias, todos os seus membros, na área da comunicação, caminham desde


alguns pontos de vista diferentes até as brigas. Isto nada mais é do que o reflexo da
queda do homem, do pecado, e revela o quanto precisamos da direção do Senhor
também nesta área importante da comunicação.
A comunicação é a área mais importante em todo tipo de relacionamento,
principalmente no casamento. É uma arte, uma habilidade que precisa ser desenvolvida
ao longo dos anos de relacionamento conjugal e familiar.
A comunicação se reflete em todas as áreas do casamento, se relaciona com elas,
e todas as dificuldades nas demais áreas do casamento acabam por se refletir na
comunicação também.
A comunicação é fundamental, é básica para todo o relacionamento familiar.
Então o que é COMUNICAÇÃO?

Definição:

“Comunicação é o processo verbal ou não verbal de transmitir uma informação a


uma outra pessoa de maneira que ela entenda o que você está dizendo”.

O texto chave para a comunicação no lar cristão é I Pedro 3:1-7.

Exercício de Reflexão:
1) Leia o texto bíblico citado, estude-o, e mencione o que você conclui sobre
comunicação. (faça em seu caderno)

Ressaltamos que, marido e mulher não poderão desfrutar de um bom


relacionamento e nem caminharão para o desenvolvimento maior de seu relacionamento
sem a comunicação, ela é uma chave.
Sem dúvida, quando Deus criou e uniu o primeiro casal, os criou para serem
companheiros. Na mente e no coração de Deus estava o propósito de que tivessem uma
comunicação crescente, verdadeira e profunda. Não é diferente conosco hoje em dia.
Não há possibilidade de sucesso em um casamento onde um não se abre para o
outro.
A felicidade ou a infelicidade de um casal está intimamente ligada à condição do
casal saber se comunicar ou não. A felicidade não é algo mágico, ela é construída, e
depende dos dois, marido e mulher.
A própria Palavra de Deus nos ensina: A morte e a vida estão no poder da
língua; o que bem a utiliza come do seu fruto” Pv. 18:21. Então vida e morte, felicidade
ou infelicidade, todas essas coisas, dependem de sua disposição e capacidade de
comunicar-se.
Por que muitos casais e famílias não se comunicam mais profundamente?
Existem algumas razões, dadas pelo Pr. Jaime Kemp:
1. Há pessoas que não têm possibilidade para conversar com outras.
Eles nunca aprenderam a se comunicar abertamente e têm dificuldade
até mesmo em formar frases.

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2. Outros têm medo de expor o que pensam e sentem. Eles não querem
correr o risco de serem ofendidos se alguém discordar deles.
3. Às vezes, há pessoas que tomam a seguinte atitude: falar não vai
resolver nada, então é melhor ficar calado e deixar a comunicação pra
lá.
4. A inferioridade é outro problema que interfere na comunicação. A
pessoa pensa que não tem nada a oferecer. Pensa que suas idéias não
têm valor. Tem uma auto-imagem muito baixa, e por isso, evita fazer
comentários ou expressar seus sentimentos.
5. Existem outros problemas que podem atrapalhar uma boa
comunicação, especialmente na família: lágrimas, gritos, atos de
violência, silêncio, caretas. Todas estas demonstrações físicas são até
certo ponto uma tentativa de se comunicar, porém não eficaz. Para
que o casal alcance um nível mais profundo em sua comunicação,
precisa deixar essas manias infantis e aprender a se expressar de
modo mais adulto e maduro.

II - HÁ TRÊS COMPONENTES NA COMUNICAÇÃO QUE DEVEM


COMPLETAR-SE, SÃO ELES:

1. O conteúdo da mensagem
2. O tom de voz ao comunicarmos
3. A comunicação não verbal

Um pesquisador sugeriu a seguinte análise da importância dos três componentes:

Conteúdo = 7% Tom = 38% Não Verbal = 55%

As porcentagens indicam o quanto da mensagem é ouvido através de cada um


deles.
Muitas vezes, mensagens confusas são enviadas porque estes três componentes
acima estão contradizendo um ao outro.
Então não se engane, somente o que você fala não transmite tudo o que você
quer dizer. A comunicação é o conjunto dos três aspectos mencionados acima. Portanto
preste bastante atenção no “tom” em que você comunica as coisas, e nas expressões
“não verbais” que se lêem com tanta facilidade. Diante destas verdades que se
constatam, não haja com hipocrisia e falsidade quando você é confrontado em relação
ao seu tom de voz ou suas manifestações e expressões não verbais.
A verdade e a sinceridade são absolutamente necessárias para um boa
comunicação, porém que se fale tudo em amor, sem grosseria.
Cuidado quando o emocional se mistura com a sua comunicação muito mais do
que o racional.

III – NÍVEIS DE COMUNICAÇÃO

Há cinco níveis de comunicação, do superficial ao real, nosso objetivo deve ser


chegar ao nível 1 de comunicação, o mais profundo e real, note:

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Níveis de Comunicação
Como vai você?; Bom Dia!; Que sol hein?
Nível 5 Conversa Superficial Gostei de seu vestido!
Estão protegidos atrás de suas defesas.
Narrativas e mexericos compartilhados, mas não
Nível 4 Relatando fatos sobre os nos comprometemos contando como nos
outros sentimos a respeito dos fatos.
Arrisca-se a contar algumas de suas idéias e
Nível 3 Minhas idéias e decisões. Há cautela ainda. Se perceber que o que
julgamentos está dizendo não está sendo aceito, se retrai.
Comunicação Real
Nos expomos. Partilhamos impressões sobre os
Nível 2 Meus sentimentos e fatos, idéias e julgamentos. Há sentimen-tos
emoções revelados
Há abertura total, transparência e honestida-de
Nível 1 Comunicação Verdadeira, absolutas. Isto tudo é essencial no relacio-
Pessoal e Emocional namento que está crescendo. Haverá ocasiões em
que esta espécie de comunicação não será tão
completa quanto poderia ser.

Exercício - Responda:
1) Em que nível você geralmente se relaciona? Explique.

2) Em que nível você geralmente se comunica com Deus

3) Fale sobre uma ocasião em que você sentiu estar realmente se comunicando com
Deus:

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IV – PRINCÍPIOS BÁSICOS PARA UMA BOA CONVERSA

Abaixo descrevo princípios que ajudarão a melhorar e a aprofundar


nossa comunicação
1 Escolha o momento adequado para conversar
2 Ouça primeiro, fale depois Tg. 1:19
3 Procure entender a opinião do outro Pv. 18:13
4 Não se precipite em responder Pv. 15:28
5 Não responda com raiva Pv. 15:1
6 Não use palavras torpes Ef. 4:31
7 Use palavras brandas
8 Fale sempre a verdade Cl. 3:9; Ef. 4:25
9 Fale em amor Pv. 27:5
10 Não use o silêncio para frustrar
11 Não aborreça – não implique Pv. 10:19
12 Não se envolva em rixas Ef. 4:31
13 Não culpe ou critique Gl. 6:1
14 Não trate os assuntos por telefone
15 Aprenda a pedir perdão II Co. 5:19
16 Aprenda a arrepender-se Mt. 5: 23,24
17 Aprenda a perdoar Ef. 4:32
18 Aprenda a manifestar amor Rm. 13:8
(* Colaboração do Dr. Álvaro Fraga, ginecologista e preletor evangélico- Ig. Batista do
Morumbi-SP)

V – PROBLEMAS NA COMUNICAÇÃO

Os casais escolhem modelos de comunicação. Nunca um casal ou uma família


ficam sem se comunicar, até mesmo quando ficam em silêncio estão se comunicando.

Podemos estar incorrendo em alguns destes erros que geram os problemas na


comunicação, então vejamos:

1. Supressão Mútua – ambos recusam expressar seus sentimentos


2. Comunicação Unilateral – de repente um pára de comunicar
3. Comunicação Intelectual – não revela seus sentimentos
4. Comunicação Indireta – através de terceiros
5. Silêncio de um ou outro – para frustrar
6. Comunicação limitadas a brigas e momentos de irritação
7. Comunicação através de demonstrações físicas – chorar, bater, etc.

VI – DIFICULDADES NA COMUNICAÇÃO

Há dificuldades na área da comunicação porque as necessidades dos cônjuges


são diferentes. A primeira necessidade do homem é ser respeitado, a primeira
necessidade da mulher é ser amada, e se ambos não devotarem um ao outro o que lhes é
prioritário, problemas na área da comunicação ocorrerão.

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Outro fator importante a se considerar nas causas dos conflitos na comunicação,
é a constituição básica do homem e da mulher. Ele é basicamente racional, ela é
basicamente emocional. Diante de uma má noticia ou revés, ele pensa primeiro e sente e
reage depois; ela sente e reage primeiro e pensa depois. Porém há exceção quanto a esta
regra, porque há homens mais sensíveis e mulheres mais objetivas ou menos sensíveis.
Você sabe quantas palavras uma mulher e um homem precisam falar
diariamente?
A mulher precisa falar até 33.000 palavras/dia, o homem até 17.000.
Por isso ao comunicar-se, a mulher é mais detalhista e o homem mais objetivo,
algo que ele levaria de 10 a 15 minutos para relatar ela levaria 30. Porém há exceção a
esta regra, porque há mulheres mais objetivas e homens mais detalhistas.
Nossas diferenças de necessidades e de constituição trazem o complemento que
Precisamos. Ele é viril, ela precisa ser seduzida. Ele tem uma mente lógica, ela tem uma
tendência forte à emoção, etc...
Tem que se levar em conta que as dificuldades na comunicação também são
decorrentes da forma de criação dos cônjuges.
O homem precisa desenvolver sua sensibilidade para com a sua esposa e filhos e
suas necessidades, para ter uma boa comunicação no lar. Este é um desafio, algo a ser
aprendido, porque não lhe é natural.
O papel do pai na comunicação é muito importante, porque é ele que dá o tom
do clima emocional do seu lar, e é sua presença, influência, interação no lar que firmam
a identidade sexual dos filhos, tanto meninos como meninas.
Para uma boa convivência e uma boa comunicação entre o casal, é necessário
que ambos ajam com deferência para com o outro, ou seja, abrir mão dos seus direitos,
cedendo respeitosamente ao desejo do outro. Não insista sempre na sua própria vontade,
saiba ceder. E quando ceder não se reserve, ou fique emburrado de maneira que outras
pessoas percebam que você se sente perdedor por ter cedido, mas se envolva
emocionalmente 100% com o ambiente, com as atividades e com as pessoas onde você
estiver. (Exemplo: Ele deixou de jogar bola para ir à casa do cunhado com a família, ou
ela não ficou descansando em casa e acompanhou o marido em um jantar com amigos).
Agindo assim o casal experimentará BEM ESTAR ESPIRITUAL E EMOCIONAL.

Quando não há comunicação HÁ P E R I G O !!!

O que ocorre quando o casal quebra a sua comunicação, não tem


diálogo, nem entendimento:

1. Interrompemos as orações – Deus não nos ouve

2. A intimidade do casal é afetada – Não coabitam ou não se


aproximam,
há mal estar, um clima pesado se instala, há insônia por nervosismo,
etc.

3. Quebra-se a comunhão espiritual com nosso Pai – ninguém de bom


senso, que esteja em briga, desentendimento e conflito com seu
cônjuge, consegue com naturalidade e liberdade, adorar, louvar e orar
a Deus.

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Por isso precisamos resolver logo os conflitos, aprender a lidar com o cônjuge,
de
maneira que o respeitemos e saibamos qual é a maneira de agir que realmente ajuda o
outro a superar as crises. Retire o melhor das crises, aprenda com elas e através delas.
Em tudo Deus tem um propósito bom e edificante para nós.

Quero lembrar aos queridos que:

“Diferenças no casamento trazem em si potencial para

CRESCIMENTO E INTENSIFICAÇÃO”

e recomendo:

“Nunca veja uma CRISE como um problema, mas veja na crise

uma OPORTUNIDADE para o

AMADURECIMENTO do seu amor e do seu casamento”

A comunicação é uma rua de mão dupla, poderíamos assim dizer. Uma das
melhores maneiras de fortalecer sua comunicação é desenvolver a habilidade de ouvir o
seu cônjuge com interesse. Concentrando-se quando o outro está falando você começa a
ouvir com o coração e não somente com os ouvidos!
Amar é ser capaz de parar aquilo que você está fazendo, olhar para seu cônjuge e
dar ouvidos e atenção enquanto ele fala. É uma arte a ser aprendida.
Comunicação é o processo de dar-se a si mesmo.

ANOTAÇÕES:

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Uma Palavra sobre OUVIR
Leia os textos abaixo, e coloque-os em suas próprias palavras (paráfrase), e responda o
que você entendeu de cada um deles.
Pv. 18:17
Paráfrase:

O que entendi:

Pv. 21:11
Paráfrase:

O que entendi:

Pv. 18:13
Paráfrase:

O que entendi:

Tg. 1:19
Paráfrase:

O que entendi:

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O que entendemos por ouvir?

Quando ouvimos outra pessoa não ficamos pensando naquilo que iremos dizer
quando ela parar de falar. Não nos preocupamos em formular nossa resposta.
Concentramo-nos naquilo que está sendo dito. Ouvir é também uma completa aceitação
do que está sendo falado e de como se está falando. Às vezes falhamos em ouvir a
mensagem porque não gostamos dela ou não gostamos do tom de voz. Assim, perdemos
o significado do que está sendo partilhado.
Por “aceitação” não queremos dizer que você deve concordar com tudo o que se
está dizendo. Aceitação significa ser capaz de repetir o que a outra pessoa disse e o que
pensamos que ela estava sentindo quando nos falou.
É importante tornarmo-nos verdadeiramente eficientes na comunicação.

ANOTAÇÕES:

Algumas Dicas:

1. Seja sempre um bom ouvinte. Dê sua atenção completa, inclusive com os


olhos e as expressões faciais.
2. Pense duas vezes antes de falar
3. Fale de maneira tal que a outra pessoa possa entender o que você diz
4. Fale de maneira tal que a outra pessoa possa aceitar o que você diz
5. Fale sem exageros
6. Discorde sem causar brigas, não se envolva em rixas
7. Não responda com raiva
8. Se hesita em responder, explique o porque
9. Silêncio representa resposta negativa
10. Não faça o que você já sabe que seu cônjuge não gosta ou não aceita
11. Quando você estiver errado(a) admita e peça perdão
12. Quando alguém lhe pedir perdão comunique que você o perdoou
13. Não culpe ou critique seu cônjuge, mesmo que seja uma crítica justa, sem
dar uma solução prática. Antes, restaure, encoraje, edifique seu cônjuge. Não
aproveita a situação para pisá-lo(a) Gl.6:1.
14. Coloque-se na situação do outro, para tentar ver do ponto de vista dele
15. Escolha o tempo e o lugar certo para se comunicar
16. Cuidado com a TV, não gaste o tempo que deveria dar ao Senhor ou à sua
família com ela. Seja equilibrado(a).

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17. Quando você estiver zangado(a) com seu cônjuge, diga a ele(a), em
particular seus sentimentos
18. Não jogue com ele(a), não falando, ironizando, reagindo mal para que ele(a)
perceba que você está zangado(a).
19. Não descarte sua zanga em objetos ou outras pessoas. Trate o problema com
a pessoa certa.
20. Não fale mal do seu cônjuge a outros, fale para ele
21. Não se prevaleça
22. Tenha coragem de ouvir sem reagir para criar respeito, para criar dignidade
para ser ouvido.
23. Não deixe o problema estender-se por muito tempo. Não durma sem resolver
o problema, se possível. Pv. 15:23; 25:11
24. Tenha tato ao comunicar-se. Pv. 10:19; 17:9; 20:5.
25. “Lave a roupa suja em casa”. Resolva o problema particularmente, sem
sarcasmo ou cinismo. Ef.4:31
26. Controle-se, não perca a calma. Você pode até ficar nervoso(a), mas não
permita que este sentimento tome conta de você. Pv. 15:1; 18:21.
27. Esteja sempre pronto a dizer: A) Eu estava errado(a); B) Me perdoe, por
favor;
D) Eu te amo. Ef. 4:32. O espírito de perdão é parte essencial de um
relacionamento de amor e de comunicação profunda

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Exercício
Como você se comunicaria nas seguintes situações?
1. É Sábado. Seu cônjuge pede-lhe para ir comprar alguma coisa, mas você realmente
não quer ir. Você diz:

2. Você está tentando assistir ao seu programa favorito, mas seu cônjuge está
continuamente interrompendo e fazendo perguntas. O programa está no ponto crucial e
você não quer perdê-lo. Você diz:

3) Sua esposa serviu o almoço. Você notou que o arroz está salgado do jeito que você
não gosta, mas os demais pratos estão exatamente como você aprecia. Você diz:

4) Geralmente vocês lavam juntos a louça do jantar. Uma noite, seu esposo pede que
você as lave sozinha, pois ele está muito cansado. Você também está cansada e
ansiando descansar. Você diz:

5) O bebê acordou novamente na madrugada, você havia acabado de colocá-lo no


berço, pela terceira vez, seu cônjuge dorme profundamente e não ouviu nada, você está
exausto(a), quer revezar a assistência ao bebê. Você diz:

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VII - RESOLUÇÃO DE CONFLITOS

Certamente nosso alvo ao nos casarmos é o de realmente sermos felizes. Somos


pessoas e no contexto de casamento e família, lidamos com pessoas. E onde há pessoas,
pode ocorrer conflitos. Não existe nenhuma família imune a conflitos, e neste assunto
penso que somos hábeis e às vezes muito rápidos em criar conflitos, sabemos entrar na
briga, somos bons de briga até, mas, em geral, não sabemos sair da briga, resolver o
conflito.
Em geral as pessoas tem muita dificuldade para resolver os conflitos e mesmo
os casais mais maduros e experientes podem enfrentá-los. O problema na verdade não é
o conflito em si, ou seja, nossas diferenças de idéias, crenças, atitudes, sentimentos e
conduta, mas é a maneira como lidamos com elas. Todos os casais divergem, e são as
diferenças que os levaram a divergir que podem trazer conflitos.
O conflito é um choque de interesses, idéias, etc. E ele ocorre porque somos
seres humanos imperfeitos. Temos nossos próprios desejos, vontades, necessidades e
metas, sempre que alguma destas coisas diferir das do outro, podem ocorrer conflitos.
Não podemos dizer que um casal que não se confronta é bem sucedido. O medo
de criar desagrados é uma proteção que não traz profundidade e real crescimento no
relacionamento. O problema não se desfaz só porque estamos disfarçando, fazendo de
conta que ele não existe, ou que nada aconteceu, ele não desaparecerá por si só. É
inevitável, em muitas situações, um confronto saudável para procurar resolver os
dilemas, impasses e conflitos.
Há certas ocasiões em que os dois estão dispostos a resolver um conflito, mas ao
tocarem no assunto surgem reações que atrapalham a boa comunicação e o processo de
resolução, ou seja, ela chora, ou fica em silêncio, ou grita, ele ignora a esposa, ou grita,
ou fica emburrado, ou demonstra raiva. O que eles estão fazendo com isto? Estão
intensificando o conflito e criando obstáculos entre si. Estas reações não levam a
resolução do problema.
Damos glória a Deus porque Ele sabe quais são as nossas dificuldades e
fraquezas, e apesar disto, Ele é poderoso para nos ajudar a resolvê-las.
Se buscarmos o Senhor e Sua Palavra, sempre e diligentemente, Ele estará
disposto a derramar sobre nossas vidas a tão necessária sabedoria, para cooperarmos
com Ele, fazendo a nossa parte, para a solução de cada conflito.
A Palavra de Deus nos ajuda. Ela nos ensina como podemos crescer na área dos
relacionamentos pessoais e familiares. Seus princípios nos ajudam a entender que é
possível resolver um conflito sem brigas. O casal que se ataca, que usa palavrões,
expressões irônicas ou grosseiras, demonstrações físicas, constroem a grande barreira
que dificultará o seu relacionamento e que se refletirá em todo o casamento. Tudo isto
pode ser evitado se houver obediência à Palavra de Deus e o controle do Espírito Santo.
A teimosia, o orgulho, as exigências da realização da vontade pessoal exclusiva
fará com que não se possa resolver nenhum tipo de conflito.
Apesar de alguns casais estarem sofrendo e passando por um período
problemático, difícil e desajustado em seus relacionamentos, não deve nunca colocar em
dúvida seus sinceros propósitos de casamento, principalmente se há amor em seus
corações. Antes, deve buscar em Deus a força para cumprir seus votos nupciais e manter
seu compromisso. Deve buscar conhecer e reconhecer as causas do problema, admitir,
cada um, sua parcela de contribuição para o conflito, levar tudo isto em confissão diante
do Senhor, tomar a postura correta diante da situação, agir com diligência, paciência,
amor, fé e perseverança até chegar a um casamento maduro. Crescer dói, e para que um
casamento cresça também é necessário que soframos algumas dores, que tiremos o

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melhor destes períodos difíceis, pois tudo se constitui numa prova dos nossos propósitos
e dos nossos sentimentos.
No início do casamento, e até por um certo período de tempo, a maioria dos
casais não tem habilidade para lidar com os conflitos e precisam de orientação e
pastoreio.
Muitas vezes os conflitos não precisam ser completamente resolvidos. Um
exemplo pode ser a discordância sobre filosofia política. Esse tipo de desentendimento
pode continuar indefinidamente sem precisar destruir o relacionamento.
Geralmente quando estamos em conflito experimentamos a “ira”, e ela nos surge
por três razões básicas: mágoa, medo e frustração. Quando estes sentimentos afloram
podemos ter dificuldade para decidir como lidar com o conflito. Muitas pessoas tem
dificuldade para tratar abertamente de seus conflitos porque nunca lhe ensinaram como
fazê-lo, especialmente de forma positiva.
Todos devem saber que conflitos não resolvidos e enterrados ressurgem,
interferindo no progresso e na satisfação do relacionamento.

Temos algumas escolhas para tratar dos conflitos, observe os cinco modos
sugeridos abaixo:

MANEIRAS DE LIDAR COM OS CONFLITOS


(James Fairfield)
1. Retraimento – Afastar-se do Conflito física ou psicologicamente
2. Vitória – Fazer prevalecer a sua vontade, custe o que custar, o relacionamento
pessoal vem em segundo plano
3. Desvio – Desistir da própria vontade sempre, evita-se confrontos
4. Acordo – Fazer concessões – 50% x 50%; você não quer ser sempre o vencedor,
mas não quer que a outra pessoa o seja.
5. Resolução – Resolver o Conflito. O conflito, a situação, a atitude e comportamento
é mudado através de uma comunicação aberta e direta.

Exercício 1
Das maneiras acima, quais são as suas tendências, quais modelos você tem escolhido
para lidar com os seus conflitos?

Procedimentos para a Resolução de Conflitos


1 Ouça a colocação que está sendo feita pelo outro, sem defesas. Não reivindique a
liderança para si, compreenda a outra pessoa
2 Demonstre humildade, busque entender o outro, seja aberto(a) para ouvir
3 Seja um bom ouvinte
4 Não responda antes da outra pessoa terminar de falar (Tg.1:19; Pv.18:13)
5 Escolha a melhor hora e local para conversar
6 Analise o conflito e procure descobrir o problema básico, o “x” da questão.
Responda: Como você define o problema? E como a outra pessoa faz?
7 Perceba em que vocês concordam e discordam em relação ao conflito
8 Identifique sua parcela de culpa no problema. Quando você assume isto, a outra
pessoa percebe a sua disposição e está mais aberta à discussão.

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9 Não se justifique, assuma sua parcela de culpa como seu 100%
10 Não acuse, critique ou cobre seu cônjuge nesta hora. Aprenda quando, quanto e
como falar
11 Declare: Eu errei, você está certo(a). Demonstre maturidade.
12 Dê algumas sugestões sobre como você pode mudar sua atitude ou
comportamento
para ajudar a resolver o problema
13 Restaure o relacionamento pedindo perdão ou comunicando o perdão
14 Comprometa-se a usar as palavras: eu errei; me perdoe; eu te amo
15 Declare seu propósito de tomar uma atitude diferente, mudar. Esclareça
positivamente que comportamento de sua parte ajudaria, e peça a opinião da outra
pessoa a respeito. Enquanto o outro partilha com você, esteja aberto a seus
sentimentos, observações e sugestões. Sem defensivas!
16 Se é difícil mudar, se precisa de tempo para aprender um novo modelo de ação,
revele esta dificuldade e peça a intercessão do outro
17 Dê a liberdade do outro voltar a tocar no mesmo assunto quantas vezes forem
necessárias, até a resolução e até o novo comportamento ser assimilado e
incorporado
18 Orem juntos, confessem suas parcelas de culpa juntos, na presença um do outro,
peçam o orientação do Senhor e Sua graça suficiente para operar mudanças em
suas vidas.
19 Principalmente, se não tiverem chegado a um acordo sobre como resolver o
conflito, orem juntos e peçam a direção e sabedoria de Deus.
20 Demonstre de maneira prática que vocês estão restaurados, ajam normalmente,
como agiam antes de terem entrado no conflito
21 Se ainda você continuar magoado(a) peça ao Senhor para operar o perdão em seu
coração
22 Quando houver conflito pergunte: É relevante? Vale a pena brigar sobre isto?
23 Concentre-se na verdade quando acusado. Lembre-se de como Jesus agia para
com seus acusadores
24 Decida não ser uma extensão psicológica do outro. Ele(a) tem direito a estar mau
humorado(a), nervoso(a), triste, e você não precisa sentir a mesma coisa, ou reagir
de maneira pior que o outro
25 Um dos dois tem que ser e ter o ponto de equilíbrio quando há nervosismo, ira
26 Problemas e crises são bênçãos disfarçadas. Deus tem muitos coisas para fazer,
dar e ensinar nestas situações
27 Para os casais que enfrentam mais lutas em seus relacionamentos, queremos dizer
que isto é um sinal de que há um grande propósito de Deus em sua união. Lutem
sua batalha espiritual, sejam sensíveis ao contexto espiritual que os cerca.
Submetam-se ao Senhor, resistam ao inimigo
28 Querer praticar a verdade é um desafio, não agrada o inimigo. Nosso adversário é
sutil, resista-o firmemente, não coopere com ele, não dê lugar ao diabo
29 Ore diariamente por sua família, coloque-a debaixo da proteção do sangue
poderoso de Jesus e revista-a com toda a armadura de Deus
30 Tenha misericórdia, não seja rude e nem cruel

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Exercício 2 – Avaliação Pessoal
1. Como você costuma tratar de um conflito? (Pode assinalar mais de um item)
( ) chorando
( ) gritando
( ) batendo
( ) ficando em silêncio
( ) ficando emburrado (a)
( ) saindo do recinto em que se encontram
( ) ignorando o conflito
( ) expressando seus sentimentos de maneiras desagradáveis
( ) compartilhando seus sentimentos de uma maneira calma e honesta
( ) outra maneira
2. Você conversa sobre seus desentendimentos com as pessoas com quem você se
desentendeu? ( ) sim ( ) não ( ) às vezes
3. Você está satisfeito(a) com a maneira que você resolve seus conflitos?
( ) sim ( ) não ( ) às vezes
4. Você é capaz de discordar de alguém sem rejeitar aquela pessoa?
( ) sim ( ) não ( ) às vezes
5. Você perde o controle quando discorda de alguém?
( ) sim ( ) não ( ) às vezes
6. Você sempre tem que ter a palavra final numa discussão?
( ) sim ( ) não ( ) às vezes
7. Você sempre cede numa discussão como meio de resolução do conflito?
( ) sim ( ) não ( ) às vezes
8. Você é capaz de identificar sua parcela de contribuição no conflito?
( ) sim ( ) não ( ) às vezes
9. Quando você discute a respeito de algum conflito, você é capaz de sugerir como
você pode mudar a sua atitude ou comportamento para ajudar a resolver o
problema, e para evitar que ele aconteça novamente?
( ) sim ( ) não ( ) às vezes
10. Você ora com a(s) pessoa(s) quando há um conflito e vocês não podem resolver?
( ) sim ( ) não ( ) às vezes
11. Você é capaz de perdoar quem lhe ofende?
( ) sim ( ) não ( ) às vezes
12. Você já teve que perdoar alguém, perdoar mesmo?
( ) sim ( ) não ( ) às vezes
13. De acordo com as suas respostas, o que você descobriu sobre a sua maneira de
lidar com os conflitos?

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Exercício 2 – Jesus e os Conflitos
Qual o modo usado por Jesus? Que formas encontramos nas Escrituras? Leia os relatos
dos conflitos abaixo, tente determinar o método empregado em cada um. Escreva
abaixo os vários estilos observados:
Gn. 4

I Sm. 20:30-34

Mt. 15:10-20

Mc. 11:11-19

Lc. 23:18-49

Jo. 8:1-11

Jo.11:11-19

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Perdão

O que é o Perdão?
A. Não é esquecer. Quando você perdoar, você lembrará da situação como algo que
aconteceu, sem dor, sem que isso traga um efeito emocional no relacionamento.
B. Não é um sentimento, é um ato da vontade. É algo em que você pensa e toma o
propósito de fazer. É uma decisão, não uma emoção.
C. Não é fingir que nada aconteceu. Realmente algo aconteceu e a sua falta em
enfrentar o problema, procurar reconciliação, pode encorajar o outro a continuar
repetindo a mesma atitude.
D. Não é voltar ao passado. Não ceda a tentação de trazer de volta ofensas do passado.
Isto é destrutivo. Você está sendo grandemente prejudicado(a) por guardar esta lista
de ofensas que as pessoas lhe fizeram. Liberte-se! Se você não perdoa e volta ao
passado sempre que pode, diante de Deus, você se tornou responsável por
prejudicar o relacionamento com esta pessoa. Esta mágoa guardada toma muito
espaço mental e emocional em sua vida, impedido que você tenha força para as
exigências do dia-a-dia. Esta falta de perdoar demonstra sua falta de entendimento
sobre o perdão de Deus. Não viva no passado, desligue-se, isto é maturidade!
E. É raro, porque é muito difícil. É tão difícil que custou a vida do único Filho de
Deus. Também nos é difícil porque custa o nosso orgulho, não exigir os nossos
direitos, não nos defendermos, não nos vingarmos. Custa deixar a outra pessoa
livre, sem pagar pelo que fez, por isso é tão difícil.
F. Não é exigir mudanças por parte da outra pessoa antes de perdoar. Ou você confia
ou não confia na pessoa. Esta atitude demonstra desconfiança, e o fato da pessoa ter
pedido perdão já mostra mudança. Se você exige mudanças, você se coloca na
posição de juiz, para julgar o comportamento da outra pessoa, e para ela fica muito
difícil saber quando você realmente estará satisfeito(a) e talvez ela nunca consiga
provar que é digna de confiança outra vez. Esta atitude demonstra que você não
quer correr o risco de ser ferido(a) novamente, mas você deve admitir-se correndo
tal risco. Outros conflitos virão. Saiba lidar com eles, porque se você não perdoar,
desenvolvem-se no coração raízes de amargura (Hb. 12:14,15)
G. É entregar-se. É dar o que não se espera, ou seja, dar amor quando se espera ódio,
dar compreensão quando se espera raiva e vingança, é dar liberdade quando se
merece punição, é recusar buscar a própria vontade.

H. É substituir: II Co. 5:21; I Pe. 3:18; I Pe. 2:21-25; Cl. 3:13; Ef. 4:32

VIII - INGREDIENTES IMPORTANTES NO PERÍODO DE


ADAPTAÇÃO

Todos os casais passam pelo período de Adaptação, que poderá ser mais ou menos
longo, dependendo do nível de comunicação do casal e de sua maturidade. Se houve
uma boa comunicação no período de namoro e noivado, a turbulência e as dificuldades
deste período serão bem leves.
Alistamos abaixo algumas dicas que poderão ajudar no período de Adaptação.
Alguns destes itens já lhe foram apresentados anteriormente, de alguma forma, porém é
importante relembrá-los e ressaltá-los novamente:

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1 Aceitação Mútua e Incondicional
Da mesma maneira como aceitamos nossos filhos, temos paciência com eles,
damos desconto pois são imaturos, também porque precisam aprender “o novo”, assim
devemos e precisamos ser e proceder para com o nosso cônjuge. Temos que Ter a
mesma disposição e boa vontade que temos para com nossos filhos com nossos
cônjuges. Nós sabemos que os cônjuges são adultos. Esperamos um do outro
competência e eficiência, mas tanto ele como ela precisam de tempo para aprender a
desempenhar o seu papel e as suas funções como “marido” e “esposa”, não segundo o
coração do cônjuge, mas segundo o coração de Deus! Não importa o tempo que vocês
tem de casados, sempre é necessário aprender e adaptar-se ou readaptar-se.
A aceitação de como a outra pessoa é, sem dúvida, é absolutamente necessária para
o casamento. Não tente mudar seu cônjuge, aceite-o primeiramente. Ame-o
incondicionalmente, assim como você faz com seus filhos.
2 Procure entender seu cônjuge
Conheça a herança familiar que ele(a) traz, pois é ela um dos principais fatores que
gera comportamentos, ações, reações, atitudes, discursos, princípios, etc. Aprenda a
olhar do ponto de vista do outro, na escala de valores do outro. Certamente você terá
que se deparar com os limites dele(a) e será desafiado(a) a exercitar o verdadeiro amor.
A consideração, a gentileza, a educação serão elementos importantes para dar e
lidar com o outro.

3 Não critique ou acuse seu cônjuge


Comunique-se rápido, em amor, de forma adulta, sem manipular, exagerar ou
chantagear. Só expresse uma crítica ao “que a pessoa fez ou faz”, se você tiver uma
solução para apresentar. Faça a sua parte sem orgulho. Quando você tiver algo para
dizer que envolve acusação ou crítica não comece atacando o outro, mas primeiro fale
o que de bom essa pessoa tem representado para você, depois diga-lhe como você “se
sentiu ou sente” em relação ao comportamento inadequado que você precisa expor e
que causou esta situação dentro de você. É assim que se abre um diálogo, sem
machucar, se expressando de tal maneira que o outro não venha a levantar as suas
defesas. O problema não é a pessoa em si, mas o que ela fez ou faz.
4 Não tente mudar seu cônjuge, conheça-o, respeite-o, não o aborreça

Ninguém muda ninguém, bem como, ninguém é tão limitado que não possa
aprender coisas novas. Não faça coisas que você sabe que irritam ou desagradam a
ele(a), mesmo que sejam “brincadeirinhas”. Se você não está percebendo a reação que
esperava é sinal que sua atitude não está sendo aceita, não funciona, pare de teimar
num modelo errado, conversem a respeito. Procure saber qual é a maneira certa ou
melhor de lidar com ele(a). Não force, adapte-se.
Quanto a procurar mudar seu cônjuge, você só deve insistir em mudar hábitos,
comportamentos, etc., que estejam afetando toda a família, todo o relacionamento
familiar. Os hábitos ou manias que dizem respeito à pessoa que não afetam ninguém, é
um direito dela, é sua maneira de ser, que não deve ser mudada, mas aceita.
5 Reconheça que todos temos limites e valores pessoais

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Esses limites são verdadeiras cercas de “arame farpado”, com a plaquinha “ não
ultrapasse, cão bravo”. Evite se meter em encrencas desnecessárias. Não force o
limite, não entre em área pessoal reservada, que espontaneamente ainda não foi aberta
para você. Você também tem essas mesmas áreas. Nisto está um dos maiores desafios
do casal, na sua convivência, mas é tão bom quando o casal entende e pratica este
“respeito mútuo”. É uma maneira de darmos liberdade para a outra pessoa, de a
deixarmos respirar, livre no nosso relacionamento. Os limites caem à medida que as
necessidades surgem, somadas à confiança conquistada, que tem base na “aceitação
mútua”.
As situações definirão, deixarão bem claro onde estão e quais são esses limites.
Crianças procuram constantemente forçar os limites, e geralmente se dão mal,
arrumam tumulto, dissabores e até rejeição. Seja adulto!

6 Separe aceitação de aprovação

Esses limites aos quais nos referimos acima, os valores pessoais, as manias, etc.,
talvez, jamais mudarão. Não sabemos se ele(a) vai abrir mão daquela forma de ser ou
de pensar. Nesta hora é que cabe a aceitação da pessoa. Não significa que haverá uma
aprovação quanto ao que ela faz, ou pensa, mas ela é amada e aceita como é.
Separe o que ele é do que ela faz. O que ele(a) faz não é tão relevante a ponto de
ser um motivo de REJEIÇÃO ou SEPARAÇÃO. Analise e avalie se essas coisas afetam
o relacionamento total do casal, e se “sim”, devem ser mudadas e novos
comportamentos devem ser adotados, fruto de acordo que o casal deverá fazer. A
maneira certa de agir é com AMOR e FIRMEZA, não com grosseria, ao tratar
qualquer problema que mereça correção e mudança. Não fale além do limite, não
queria ser o Espírito Santo “convencedor” na vida dele(a).

7 Separe a emoção da razão ao se comunicar


Misturar a razão com a emoção nos leva à falta de objetividade e às vezes até à
irracionalidade. Cuidado!
Quando misturamos a nossa razão (pensamento) com as emoções, num conflito,
perdemos a calma, o controle, não pensamos corretamente. Falamos e fazemos o que
não devíamos, em geral, mais do que devíamos, e nos arrependemos depois.
Se você não tem esse equilíbrio, precisa esfriar primeiro, pensar melhor, e depois
conversar, então comunique isto ao outro, e faça o compromisso de falar sobre a
situação ou assunto assim que você estiver em condições.

8 Lembre-se:
As 6 palavras mais importantes são: “Eu admito que cometi um erro”
As 5 palavras mais importantes são: “Você fez um bom trabalho”
As 4 palavras mais importantes são: “Qual a sua opinião?”
As 3 palavras mais importantes são: “Eu te amo”
As 2 palavras mais importantes são: “Muito obrigado”
A palavra mais importante é “Nós”

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IX - E SE HOUVER REVÉS NO LAR?

Há algumas situações que representam grande dificuldade para a família,


como por exemplo:
 um filho rebelde;
 situações imprevisíveis;
 perdas de pessoas, bens, posição social, trabalho, etc.;
 contrair dívidas inesperadas;
 revés financeiro repentino, etc.

Todas estas situações são desagradáveis e ninguém está imune a elas. Na


verdade ninguém se prepara para enfrentá-las, sempre esperamos o melhor da vida, de
tudo e de todos. E ao estarmos aqui mencionando tais situações como possíveis,
certamente isto nos traz mal-estar e rejeição da idéia, mas se nos admitimos pensar
nelas, esta reflexão não é praticamente nada em relação a vivê-las. Viver tais situações
tem uma intensidade completamente diferente.
Se não acontecer conosco, certamente alguém cruzará o nosso caminho e
precisará da nossa compreensão e ministração. E se acontecer, precisaremos muito do
Senhor e do corpo de Cristo para nos apoiar e abençoar.
Deus deve estar envolvido em todas estas situações, nós devemos colocá-lO
nelas. Precisamos entregar a Ele a direção na hora em que nos sentimos confusos,
desorientados e inseguros.
A Palavra de Deus oferece orientação para todas as coisas e o nosso Senhor
conhece bem o assunto da “dor”, da humilhação, do sofrimento, da morte, da traição,
etc. Ele enfrentou tudo isto, passou por tudo isto, e VENCEU!
Com Ele poderemos vencer também, pois nos guiará “no caminho das pedras”,
pelo qual já trilhou.
Com o Senhor a nossa perspectiva futura é sempre de colher o melhor que Suas
Mãos podem derramar. Toda a sua obra para conosco é e será fruto do Seu amor. Só Ele
pode processar qualquer dor, o inesperado e qualquer tragédia ou drama em restauração
completa.
Os princípios bíblicos, a verdade bíblica deve estar, neste caso, especialmente
sobre cada situação, e deve Ter prioridade sobre todas as pessoas envolvidas, quer
sejam os que sofrem ou os que causam o sofrimento, voluntária ou involuntariamente.
Todos nós reagimos ao choque do imprevisível e inesperado. No primeiro
momento sentimos a angústia, o peso da situação, sua grandeza, a dor da ofensa, a
indignação por ela, e geralmente rejeitamos tudo isto e “negamos” – não é possível, não
posso acreditar, não é verdade, etc. Em seguida travamos uma luta com Deus, uma luta
teológica, uma luta com o nosso conhecimento e entendimento bíblico, questionamos, e
alguns tentam fazer uma barganha com Deus – se o Senhor fizer isto, então eu farei
aquilo... até que encaramos e aceitamos a realidade dos fatos. É a partir daí que Deus
começa o trabalho de restauração completa do nosso ser e de toda a situação e das
demais pessoas nela envolvidas.
Podemos fazer uma pergunta geral:
“ Por que tantas coisas ruins acontecem neste mundo? ”
A causa de todo o sofrimento está na queda do homem, no pecado.. Antes da
queda tudo era perfeito e harmonioso, agora estamos sofrendo as suas graves
conseqüências, em todo o planeta. Mas a “REDENÇÃO” está por vir, ela nos aguarda.
Deus em seu plano perfeito providenciou o meio, por causa do seu amor, de termos o
“socorro bem presente na hora da angústia”, até chegarmos no “novo céu e na nova

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terra”. Não adianta meu irmão, há situações irremediáveis “neste céu e nesta terra”. Lá
no nosso futuro lar celestial, tudo será e estará no estado que Deus planejou, e
viveremos em harmonia, comunhão e total satisfação e felicidade.
Hoje, dependemos inteiramente da graça de Deus para vivermos esta vida
confortados, apoiados e sustentados em meio às possibilidades que o mundo e a
humanidade decaídos nos trazem.
Jó descobriu algo: “Bem sei que tudo pode e que nenhum dos teus planos pode
ser frustrado” (Jó 42:2). A narrativa bíblica a respeito da vida deste patriarca, é um
exemplo claro de que o imprevisível, o impensado e inesperado pode acontecer. Esta
história nos ensina como podemos passar por estas situações e sairmos vitoriosos, mais
fortalecidos e restaurados completamente.
Que o Espírito Santo do Senhor Deus, o “PARACLETO” (Consolador chamado
para estar ao nosso lado), esteja operando poderosa e amorosamente sobre cada uma de
nossas vidas e famílias.

ANOTAÇÕES:

Exercício 1
Durante os anos de casamento situações poderão ocorrer, afetando diretamente o
casal e a família, vamos supor algumas dessas situações, e você deve responder como
reagiria a estas circunstâncias:
1. Um aborto

2. A morte de um filho

3. Grande dificuldade financeira

4. Demissão do emprego

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5.Esposa trabalhando fora, em vez de o marido

6. Grave doença pessoal

7. Impotência

8. Frigidez

9. Mudança para um apartamento, deixando a casa onde viveu cinco anos

10. Esterilidade, descobrindo que não pode Ter filhos

11. Marido abandonando o emprego para entrar em um negócio próprio

12. Marido abandonando o emprego para ingressar no ministério em tempo integral

13. Filhos não se comportando do modo como você esperava

14. Três crianças a mais do que o planejado

15. Um amigo impondo-se entre você e seu cônjuge

16. Cunhado(s) tornando-se hostis a você

17. Esposo(a) tendo que trabalhar à noite

18. Esposo(a) tendo que trabalhar em outra cidade

19. Descobrir-se atraído(a) por outra pessoa

20. Diferenças ministeriais que dificultam conciliação entre o casal

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Exercício 2
Leia os textos bíblicos assinalados e escreva qual é a idéia principal
Tg. 1:2,3
I Pe. 1:6,7
Tg. 1:12

ANOTAÇÕES:

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Exercício de Fixação – Unidade V

Marque um X na resposta correta:

1) Assinale a definição de comunicação:


( ) a. é o processo de falar, entender e responder
( ) b. é o processo verbal ou não verbal de transmitir uma informação a
uma outra pessoa de maneira que ela entenda o que você está dizendo
( ) c. é o processo de transmitir idéias de diversas maneiras, especialmente
verbais
( ) d. é o processo inteligente de se fazer entender a outro ser humano

2) Os três componentes na comunicação que devem complementar-se são:


( ) a. respiração, locução, interpretação
( ) b. idéia planejada, fala transmitida, mensagem ouvida
( ) c. pensamento, verbalização, transmissão não verbal
( ) d. o conteúdo da mensagem, o tom de voz, a comunicação não verbal

3) Às vezes falhamos em ouvir a mensagem porque:


( ) a. rejeitamos o locutor e assim perdemos o interesse pelo que está
sendo falado
( ) b. não entendemos a mensagem quando o tom de voz é alterado e
desagradável
( ) c. não gostamos da mensagem e temos dificuldade de relacionamento
com o interlocutor
( ) d. não gostamos da mensagem ou não gostamos do tom de voz e assim
perdemos o significado do que está sendo partilhado.

4) O que faz com que não se possa resolver nenhum tipo de conflito:
( ) a. a distância física, emocional e intelectual entre as pessoas
( ) b. a dificuldade em descobrir a melhor forma de confrontar o culpado
( ) c. teimosia, o orgulho e as exigências da realização da vontade pessoal
exclusiva
( ) d. conflitos são carnais, eles deixarão de existir quando o casal se
converter realmente

5) As maneiras do casal lidar com os conflitos são:


( ) a. conversação, conclusão, continuidade ou separação
( ) b. retraimento, vitória, desvio, acordo, resolução
( ) c. atenção, conversação, acordo, resolução
( ) d. perdoar sem necessidade de conversação

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Unidade VI – Relacionamento Sexual

I - A LUA-DE-MEL

A lua-de-mel é um tempo belo, cheio de surpresas, descobrimentos, alegrias,


realmente saímos do mundo, e vamos prá lua. Parece que estamos numa esfera e
atmosfera diferentes.
Deus nos dá esta oportunidade de nos encontrarmos num ambiente e num clima
em si todo especial para cumprirmos o seu propósito em nos unir – “tornamo-nos uma
só carne”.
Pensando sempre que: “A primeira impressão é a que fica”, e que o nosso
envolvimento e desempenho físico é um privilégio, mas também algo de
responsabilidade, que precisamos de orientação sobre este tema.
Alguns problemas, especialmente no início do casamento, podem ser causados
no período antes do casamento ou na lua-de-mel. É importante pensar sobre o “tipo” de
lua-de-mel que o casal deseja ter, a qualidade da sua lua-de-mel.
Será, após as câmeras se afastarem de vocês, os convidados se despedirem, o
noivo tomar a noiva em seus braços ao entrar no ambiente da noite nupcial, que os dois
a sós, tendo o Senhor somente como testemunha do seu amor, que consumarão a sua
união, já envoltos com a benção de Deus e constituídos em família, publicamente, com
testemunhas, pelo celebrante, na sua cerimônia de casamento.
É neste lugar íntimo e especial que o idealizador do nosso amor – Deus, estará
para realizar mais um ato da sua criação – “não são mais dois, mas uma só carne, pelo
poder do Senhor e no Senhor,. Esta experiência não é algo muito bonito e maravilhoso
em muitos aspectos, bem como, tremendamente espiritual?
Por isso precisamos nos preparar para este momento, para que com entusiamo,
alegria e entendimento, possamos declarar profeticamente a palavra:
“o amor jamais acaba”.

Algumas Dicas e Sugestões:

1. A lua-de-mel é uma ótima prática, pensando na preparação para a vida a dois.


2. É o início da experiência de “uma só carne”.
3. É importante planejar bem esses dias, em conjunto, porque é uma experiência muito
marcante a ser lembrada com o passar dos anos.
4. É importante a preparação deste tempo porque a lua-de-mel, num certo sentido, é
mais importante do que a cerimônia na igreja e do que a festa.
5. Os medos que ambos podem ter, especialmente a noiva, podem causar eventuais
problemas emocionais logo no início do casamento.
6. Há grande necessidade dos noivos conversarem a respeito de assuntos sexuais, para
que haja compreensão. Isto ajudará nas primeiras experiências sexuais na lua-de-mel.
7. Até certo ponto é normal que o casal sinta alguns receios nesta área, e alguns destes
medos e dúvidas podem ser resolvidos através de uma conversa com um conselheiro
qualificado, ou médico de confiança, antes do casamento.
8. Todo jovem deve evitar dois extremos nesta área: que o sexo é tudo ou que o sexo é
nada. O sexo é uma experiência física, emocional e espiritual, para ambos, deve ter o
seu lugar de significado e importância na vida de casados, que supre necessidades de
ambos.

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9. É recomendável que a lua-de-mel tenha a duração mínima de 5 dias e no
máximo15.
10. Não é aconselhável viajar muito na lua-de-mel, especialmente depois da cerimônia
de casamento.
11. Um dos propósitos da lua-de-mel é conhecer um ao outro física, emocional e
espiritualmente. Não deve ser um período cheio de viagens e mudanças de hotéis.
12. Não se deve esperar realização total na primeira vez, nem necessariamente na
primeira semana ou mês, é um processo de aprendizagem. Leva tempo para conhecer
seu cônjuge, portanto se ficar desapontado(a) não desanime porque isto é natural.
13. O jogo de amor em que os dois desenvolverão suas carícias os levará à excitação.
Esse tempo varia entre ambos, e não deve ser negligenciado para que se tenha uma boa
relação sexual. Quanto mais excitada ela estiver, mais lubrificada ficará, o que será bom
para a penetração. A aproximação de ambos no coito deve ser gradual até que haja uma
penetração completa. O noivo deve Ter muita paciência e compreensão, especialmente
nas primeiras relações.
14. A lua-de-mel não deve ser misturada com negócios, com atividades ministeriais, e
muito menos com amigos e parentes. A lua-de-mel requer privacidade. É um tempo
100% para os dois.
15. A lua-de-mel adiada para mais tarde não é mais lua-de-mel é uma viagem de férias
do casal. Portanto planejem a lua-de-mel, e se necessário aguardem um pouco mais de
tempo para casar, a fim de poder realizá-la.
16. A higiene deve ser lembrada tanto na lua-de-mel como por toda a vida conjugal. É
necessário tomar banho durante o dia, ou antes das relações sexuais.
17. Tanto o noivo como a noiva poderão tomar a iniciativa para o ato sexual. Nas
primeiras experiências é muito provável que a iniciativa será dele, porém é necessário
que a noiva seja participativa, não passiva. Não existe o certo e o errado nisso. Tudo
depende do que o casal quer, por isso é importante ter comunicação a esse respeito.
18. Não há regras fixas a respeito de comportamento relacionado com a freqüência,
posições, lugar, etc. Mas o amor ágape deve permear o relacionamento do casal, e nunca
um pode violar a consciência do outro.

Exercício
Responda:
1 Lua de Mel para mim é: ( ) Muito importante ( ) Não é muito importante
2 Devemos separar dinheiro exclusivamente para a Lua de Mel? ( ) Sim ( ) Não
3 O tempo ideal de duração para a Lua de Mel é:
( )1 dia ( )3 dias ( )5 dias ( )1 semana ( )2 semanas ( )20 dias ( )1 mês
4 Se você já é casado(a), qual foi a duração de sua Lua de Mel?
5 Qual foi ou será o local preferido do casal?
6 Do que deve consistir uma Lua de Mel?

7 Você já comunicou a ele(a) como você idealizou sua Lua de Mel? ( ) Sim ( )
Não
Por que?
Quando falarão a respeito?
8 Como você espera(va) que seu cônjuge seja(fosse) em sua Lua de Mel?

9 Como você pretende(ia) ser na Lua de Mel?

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10 Para os casados: Há alguma memória a ser conversada a respeito da sua Lua de
Mel, tanto positiva quanto negativa, que você ainda não falou com ele(a)?
Você gostaria de tratar deste assunto?
Acredita que precisará fazê-lo na presença de um conselheiro(a)?

II. - O RELACIONAMENTO FÍSICO DO CASAL

O que a Bíblia fala sobre sexo?

Leia os versículos abaixo e relate o que você encontrou acerca do que a Bíblia
fala sobre sexo:

1 Pv. 5:1-9

2 I Co. 7:1-5

3 I Ts. 4: 1-8:

4 Hb. 13:4

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O propósito do Sexo no Casamento:

1. É para ser desfrutado no casamento


2. É criativo (para procriação)
3. É um meio de comunicação
4. É para o prazer conjugal
5. É uma experiência de entrega

Problemas de Ajustamento Sexual

1. Conflitos no relacionamento entre marido e esposa:

a. Do namoro e noivado transferidos para o casamento


b. Da Lua de Mel, desajustes nas primeiras experiências sexuais
c. Coisas que não gostam no outro, tais como idéias, atitudes, hábitos e
sentimentos de competição que bloqueiam
d. Conflitos em outras áreas como, muita diferença de idade, de
educação, comparação com mãe, pai ou irmãos

2. Problemas pessoais do marido:

a. Pelos seus fortes desejos sexuais, tende a ser egoísta na sua busca para a
satisfação sexual
b. Um marido inseguro é um marido dominante, e pode prejudicar o
relacionamento
c. Experiências sexuais do passado: masturbação, relacionamento com outras
mulheres, promiscuidade
d. Próprio medo de incapacidade sexual, ou não poder satisfazer sua esposa

3. Problemas pessoais da esposa:

a. Ter medo do sexo por causa da falta de instrução adequada pelos pais no
passado
b. Idéias acéticas de que o sexo não é espiritual
c. Culpa por experiências sexuais que tiveram no passado
d. Sentimentos de insegurança e inferioridade bloqueiam uma vida sexual
bem ajustada
e. Um período de ajustamento sexual muito longo faz com que ela esfrie e
tenha dificuldade em ter uma vida sexual normal e satisfatória
f. Às vezes ela é “feliz” com as coisas como estão. Ela queria um lar, um
marido, e um nenê. Simplesmente negligencia sua necessidade básica

4. Outros problemas gerais

a. Problema físico – deve ser corrigido por um médico de confiança


b. Falta de conhecimento sobre sexo
c. Falta de asseio corporal
d. Falta de lugar sossegado,
e. Falta de tempo na relação sexual

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f.Alguns casais pensam que o sexo vai ser fácil, rápido e automático e com
100% de satisfação. Quando isto não acontece, desenvolvem medos e
incertezas

III - CICLO DO IMPULSO SEXUAL MASCULINO E FEMININO

Há diferenças reais acerca do impulso sexual de um homem e de uma mulher, a


serem consideradas e observadas.
Após a Lua de Mel, o descobrimento sexual continua, e saberemos da
necessidade que ele(a) tem, no dia a dia, enfrentando e desempenhando as nossas
responsabilidades, agenda, etc.
É importante que cada pessoa conheça o seu corpo, o seu mapa erógeno, e de seu
cônjuge também. Ambos devem se ajudar nesse descobrimento.
Em geral, o estímulo sexual masculino se dá pela visão e pela imaginação, já a
mulher é estimulada através do toque e do tom de voz ao seu ouvido.

Passos para uma boa relação sexual:

1. Um bom relacionamento sexual começa desde o bom-dia agradável e


afetuoso
2. Dicas durante o dia, através do telefone ou de outras maneiras criativas em
que você sinaliza que deseja estar com seu cônjuge sexualmente
3. Condicionamento favorável para a relação sexual, e isto se refere à qualidade
do relacionamento, a boa comunicação entre ambos, pois um relacionamento
cheio de “espinhos” dificulta as boas relações sexuais
4. Estímulo Psicológico é necessário, o amor, a valorização, o elogio sincero, a
sensibilidade no suprimento das necessidades do outro estão neste aspecto. É
importante tocar o coração da pessoa amada, é o romance, é a preparação
emocional, antes do quarto e da cama
5. Estímulo Físico Específico. Aqui o casal já está no seu ambiente de amor, e lá
desfruta da sua intimidade. Carícias são desenvolvidas, um jogo de amor, onde
ambos se estimulam e se excitam através de suas zonas erógenas, o suficiente,
para que haja um bom clímax.
6. Resolução. Aqui o casal entra na relação sexual propriamente dita, nas
posições que escolherem, e este momento vai da penetração vaginal até o
orgasmo.
7. Período Refratário. O casal após o orgasmo entra num período de
relaxamento. A mulher demora mais para sair da relação, para esfriar, e
enquanto isto acontece o marido deve continuar demonstrando o seu carinho e
seu afeto física e verbalmente. Para o homem, após a ejaculação, seu pênis, em
geral, fica flácido, e ele poderia concluir o ato neste exato momento. Ele perde a
excitação rapidamente. Mas sua sensibilidade para com sua esposa, faz com que
ele desfrute mais deste momento especial.
Após o primeiro orgasmo, se a mulher for estimulada, poderá ter outros
orgasmos se desejar. Às vezes, os homens, pela forte excitação que sentem,
desejam manter outra(s) relação(ões), porém há mais mito do que realidade
nisto, mas dependendo da ocasião, do desejo, do estímulo, ele entrará
rapidamente num outro intercurso sexual.

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Cada um de nós tem um período refratário, ou seja, um tempo em que não sente
desejo sexual, e cada casal deve, através da comunicação, conhecer a
necessidade de freqüência sexual de ambos. Este período refratário é muito
variável, em termos de tempo. Por isso, quando o casal se conhece neste sentido,
consegue ajustar-se melhor. Neste ajuste, aquele que deseja menos relações que
o outro se esforça em ter um pouco mais , e aquele que deseja mais relações que
o outro, cede e se abstem um pouco, porque o amor “não busca os seus próprios
interesses”, inclusive na cama.

IV – UMA BREVE PALAVRA SOBRE DISFUNÇÕES SEXUAIS

O casal deve prestar atenção sobre a questão de perda de desejo sexual, tanto de
um como de outro, e tentar descobrir o motivo. Caso lhes seja difícil, devem procurar
aconselhamento pastoral capaz, ou um terapeuta cristão de preferência para ajudá-los
na resolução da questão. Não se descarta a possibilidade de problemas espirituais
envolvidos. Para isto é necessário checar as outras áreas: física e emocional, para
certificar-se a respeito desta possibilidade e então ministrar a libertação.
Caso haja perda de ereção, o casal deve “dar um tempo”, entrar em carícias
novamente, ou em um outro tempo, ou no próximo dia, retomar a relação. Isto é normal,
e algumas circunstâncias internas ou externas ao homem, podem gerar, eventualmente,
esta dificuldade. Se o problema persistir deve-se procurar descobrir a causa do
problema. Se físico – consultar o médico, se emocional – consultar um terapeuta, se
espiritual – buscar ministração pastoral.
Para os diversos problemas relacionados às disfunções sexuais, masculinas ou
femininas, temos atualmente muitos recursos, e felizes e eficazes meios de solução. O
casal, ou a pessoa que sofre de alguma disfunção ou distúrbio nesta área não deve
envergonhar-se e fugir do problema, mas deve procurar solucioná-lo nos meios
possíveis e de acesso.
Sobre as relações sexuais, os cônjuges devem perguntar: o que está bom?, o que
não está bom?, o que pode melhorar?

Sugestões para Pesquisas:


. Planejamento Familiar (métodos contraceptivos)
. Infertilidade e Reprodução Humana
. Sexo durante a gravidez
. Sexo depois dos 60..., 70..., 80....
. Menopausa e Andropausa
. Gestação e Parto
. Aborto
. Amamentação
. Desvios da Sexualidade
. Adoção, uma solução?

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V. – PERGUNTAS QUE MERECEM RESPOSTAS

Exercício: Estas questões o(a) ajudarão a perceber se há necessidade pessoal de


aconselhamento pastoral nesta área. Não é necessário que você as responda neste
formulário, mas é necessário que você trate dos problemas ou desinformações com
quem possa lhe ajudar. Então leia, reflita e se possível responda:
1. Qual a primeira pergunta sobre sexo que você lembra de ter feito a seus pais? Como
eles reagiram?

2. De que fonte (pais, amigos, livros) você recebeu as primeiras informações sobre
reprodução? Você pode lembrar de como se sentiu aos receber tais informações?

3. Enquanto crescia, você tinha alguém com quem se sentia à vontade para conversar
sobre questões sexuais? Quem era esta pessoa? O que tornava fácil a conversa com ela?

4. A palavra sexo significa...

5. No casamento sexo é...

6. Que livros você já leu sobre o sexo no casamento?

7. Como você relaciona amor e sexo?

8. O que você pensa sobre o relacionamento sexual antes do casamento?

9. Você teve alguma experiência sexual negativa em sua vida?

10. Que sentimentos essa lembrança lhe traz?

11. Esta experiência tem refletido negativamente em sua auto-imagem sexual?

12. Esta experiência tem refletido negativamente em sua identidade sexual?

13. Você já abordou este assunto com alguém de sua confiança, ou com um conselheiro
Espiritual? Por que? Ficou satisfeito(a)?

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14. Há algo, anterior a este relacionamento, no passado, que deva ser comunicado ao
seu
Noivo ou cônjuge, e você ainda não teve oportunidade ou coragem de fazê-lo?

15. Se namorados ou noivos: Vocês tem se defraudado (provocado desejos sexuais no


Outro, que não podem ser satisfeitos plena e legitimamente)?

16. Que medidas vocês tem tomado para evitar intimidades físicas excessivas no perío-
do de namoro e noivado?

17. Essas medidas tem dado certo?


18. Para os casados: Vocês se defraudavam no namoro e noivado?
19. Pediram perdão ao Senhor e um ao outro? Se não, então podem fazê-lo hoje?
20. Você tem medo do relacionamento sexual?
21. Já compartilhou este medo com ele(a)? Se não, deve fazê-lo
22. Você tem vergonha do relacionamento sexual? Por que?

23. Você tem vergonha do seu corpo? Por que?

24. Quem deve tomar a iniciativa no ato sexual?

25. Quem deve determinar o lugar, a freqüência e as posições no ato sexual?

26. Como você encara a nudez no relacionamento sexual?

27. É importante chegar ao orgasmo?

28. Você explica ou explicaria ao seu cônjuge o que mais lhe estimula sexualmente?

29. É certo ter relações sexuais durante a menstruação?

30. É certo ter relações sexuais durante o resguardo pós maternidade?

31. O casal deve tomar banho antes da relação sexual?


32. E depois?
33. Qual seria ou foi a sua reação ao descobrir que ele(a) não gosta do ato sexual?

34. Para ela: O que você faria ou faz se não chega ao orgasmo?

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35. Para ele: O que você faz ou faria se perdesse a ereção?

36. Quais são alguns assuntos sobre sexo que você gostaria de conversar com ele(a)?

37. Sexo oral é errado? ( ) sim ( ) não ( ) não sei


38. Sexo anal é errado? ( ) sim ( ) não ( ) não sei
39. Você acha importante que o casal converse sobre o ato sexual, antes e depois do
casamento?
40. Você acha importante que o casal converse sobre a relação sexual, após o ato?

41. A comunicação durante o ato sexual é importante? Por que?

42. Quantas vezes por semana, em média, você gosta(ria) de ter relações sexuais?

43. Quanto tempo você acha que o ato sexual deve durar?
44. Você acha importante ter uma fechadura na porta do seu quarto para poder trancá-la
durante a relação sexual?
45. Qual a hora que você acha mais apropriada para ter relação sexual?
( ) pela manhã, antes de levantar ( ) durante a hora do almoço
( ) à noite, antes de dormir ( ) outra hora
46. Para ela: O que você faria se ele tivesse ejaculação precoce?

47. E você marido, o que faria?


48. Se você é solteiro(a), como responderia as questões 40 e 41?

49. Você é capaz de recusar o desejo de seu cônjuge ter o ato sexual sem ofendê-lo(a)?

50. Você acha correto Ter relação sexual na presença do(a) seu filho(a) de 5 anos?
Por que?
51. O que você fez ou faria ao descobrir que ele(a) não é mais virgem?

52. Você gostaria de conversar sobre sexo na presença do pastor(a) ou conselheiro(a)?

53. Você acha que é válido receber aconselhamento quando existem problemas na área
sexual do seu casamento?
54. Você(s) estariam dispostos a buscar a ajuda médica ou psicológica se necessário?

55. Para os noivos: Você já fez exame pré-nupcial?


56. Você pertence(u) a algum grupo de risco em relação a AIDS ou DST?
57. Se sim, já fez o teste de HIV? Por que?

58. Para casados ou noivos: Você(s) receberam orientação médica para procedimentos
contraceptivos?
59. Se sim, estão satisfeitos com a orientação dada e com o método escolhido?

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60. Para ela: Você sofre de TPM? Já buscou ajuda médica para o problema?
61. Dos itens abaixo, qual ou quais você acha que criaram ou podem criar barreiras no
seu casamento? (pode assinalar mais que um)
Relacionamento Sexual no namoro e/ou noivado
Gravidez em momento inesperado
Aborto
Casar contra a vontade dos pais
Um ou outro, ou ambos, jovens demais para casar
Conflitos dos pais entre si
Diferenças de temperamento
Ex-homossexual, ex-lésbica ou ex-bissexual
Grande diferença de idade
Diferenças intelectuais
Diferenças culturais
Diferenças sociais
Diferenças raciais
Diferenças econômicas
Defeitos físicos
62. Como você reagiria ou procederá se, depois de casado, alguém sentir-se atraído por
você e aproximar-se?

63. O que fará se você mesmo sentir atração por outra pessoa?

64. Qual a importância do sexo num casamento cristão?

65. Qual deve ser o comportamento sexual do cristão no casamento?

ANOTAÇÕES:

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Exercício de Fixação – Unidade VI

Marque um X na resposta correta:

1) Na lua-de-mel:
( ) a. temos as melhores e mais significativas experiências físicas
( ) b. gozamos da liberdade sexual que desejávamos, mas devemos
confessar diariamente
( ) c. temos as maiores dificuldades sexuais para superarmos devido a falta
de experiência
( ) d. nos conhecemos física, emocional e espiritualmente

2) O sexo é:
( ) a. uma experiência física, emocional e espiritual para ambos
( ) b. uma experiência física para o marido e emocional para a esposa
( ) c. uma experiência transcendente, profética e somente espiritual
( ) d. uma experiência necessária mas indecorosa

3) A Bíblia revela o propósito do sexo no casamento, três deles são:


( ) a. o sexo é criativo, comunicativo e prazeroso
( ) b. o sexo é progressivo, previsível e prazeroso
( ) c. o sexo é expansivo, romântico, tentador
( ) d. o sexo é imaginativo, praticável, criativo

4) Quanto aos problemas de ajuste sexual do casal, um bloqueio pode ocorrer por:
( ) a. tentativas de mudanças dos hábitos pessoais do outro que revelam
rejeição
( ) b. conflitos não resolvidos na área espiritual do casal
( ) c. coisas que não gostamos no outro, tais como idéias, atitudes, hábitos
e sentimentos de competição
( ) d. aborrecimentos externos que levamos para casa e para o leito

5) Um dos passos para uma boa relação sexual é:


( ) a. aceitação incondicional
( ) b. inspiração emocional
( ) c. condicionamento favorável
( ) d. disposição favorável

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Unidade VII – A Herança do Senhor

I - A EDUCAÇÃO DE FILHOS – LEIA OS TEXTOS: EF. 6:4; CL. 3:21

Esta é uma área muito importante. Muitos pais ficam confusos, surpresos e
perdidos diante das reações dos seus filhos, e diante de todos os desafios que a criação e
a educação dos filhos nos apresentam.
Este capítulo pretende trazer algumas orientações básicas para os pais, a fim de
que possam entender sua responsabilidade, papel e privilégio e ter recebido a herança de
Deus aos pais – SEUS FILHOS.
Há três termos bíblicos importantes, acerca da educação de filhos, que temos que
entender:

O que significa PROVOCAÇÃO?

A. Uso impróprio da autoridade


B. Ordem de obedecer sem exemplo a seguir
C. Ordens sem razão de ser
D. Ordens dadas sem amor
E. Disciplina no momento de irritação ou raiva
F. Disciplina sem boa comunicação:
1. Esclareça previamente as ordens
2. Tenha certeza de ter comunicado o que você quer e o que você não quer
3. Quando há desobediência explique ao seu filho que a disciplina vem por causa
da desobediência específica
G. Incoerência na disciplina – num dia disciplina por uma certa desobediência, noutro
dia não
H. Insistência por meio da palavra e não pelo ato
I. Prometer sem cumprir
J. Não ouvir os filhos
K. Não encorajar os filhos
L. Pais não admitirem que possam estar errados
M. Alvos dos pais, incoerentes com os alvos que Deus tem para os filhos

O que significa DISCIPLINA?

A. Disciplina significa treinar ou discipular


B. Os resultados da disciplina e da educação na vida dos filhos são diferentes.
Exemplo: Samuel – I Sm. 1:11; 2:26 e
Os filhos de Eli – I Sm.2:12-17;22-25;3:11-14
Se conscientemente diante de Deus você fez e deu o melhor para o seu filho, e os
resultados não foram os melhores não se culpe por isto. Lembre-se que seu filho é uma
pessoa, não um computador programado.
C. Lembre-se que na adolescência seus filhos fazem escolhas. Respeite-os, mostre-
lhes algumas alternativas boas de escolha, mas deixe-os decidir quais delas desejar
D. O amor pagará o preço (Hb.12:6)
E. O filho precisa entender que Deus disciplina os seus pais
F. Os pais devem treinar seu filho para que ele receba direção do Senhor Hb.12:11
G. A disciplina de filho para filho é diferente

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O que significa ADMOESTAÇÂO? – Dt. 6:1-9

Perguntas para ponderar:

1. Como pai, você ama o Senhor seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e
de toda a sua força?(v.5)
2. Como pai, a Palavra de Deus está no seu coração?(v.6)
3. Como pai, você natural e espontaneamente conversa com seu filho sobre as coisas de
Deus?(v.7)
4. Como pai, você está diligentemente instruindo, admoestando seu filho na Palavra do
Senhor?(v.7)
5. Quando?
( ) “assentado na casa” – culto doméstico
( ) “andando pelo caminho” – passeando juntos, no carro...
( ) “ao deitar-se” – orar com seu filho antes de dormir, repetir
versículos
( ) “ao levantar-se” – orando ao acordar e juntos nas refeições

II – ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO

Este tópico nos ajuda a compreender os comportamentos e atitudes de nossos


filhos:

1. Os Três Estágios do Desenvolvimento pré-natal


Estágio Germinativo Da fecundação a 2 semanas
Estágio Embrionário De 2 a 8 semanas
Estágio Fetal De 8 semanas ao nascimento

2. Atividades e Capacidades Pré-Natais:


a. Audição Fetal – O feto ouve
b. Sensibilidade Fetal aos estados maternos – O feto sente (Lc.1:41)
c. Atividade Fetal e ritmo cardíaco – variável de bebê para bebê mediante estímulos

3. Estado do Recém-Nascido - o que o seu bebê vai fazer:


 Sono regular
 Sono irregular
 Inatividade alerta
 Atividade desperta e choro

4. Primeiras capacidades dos Recém-Nascidos:


Visão: percepção de profundidade e preferência visual
Audição
Olfação: primeira maneira de reconhecer o Papai e a Mamãe
Paladar
Sensibilidade à temperatura
Dor

5. Algumas preocupações éticas básicas para com as crianças:

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1. Direito à privacidade
2. Direito à verdade
3. Direito ao consentimento informado
4. Direito à auto-estima

6. Você precisa saber:


1. Taxa de Aborto Expontâneo: 3 em 4 insucessos na gravidez ocorrem dentro
do primeiro trimestre, afetando uma taxa de 30 a 50% de todos os estados de
gravidez.

Quanto a preocupações e cuidados para evitar o aborto, Guttmacher (1962)


disse: Não se pode sacudir e arrancar um bom ovo humano do mesmo modo
que não se pode sacudir e arrancar uma boa maçã ainda verde da macieira.

Os Oito Estágios de Desenvolvimento (Erikson)

CRISE IDADE EVENTO


IMPORTANTE
Confiança Básica x Desconfiança Nascimento a 12-16 meses Alimentação
Básica
Autonomia x Vergonha e Dúvida 18 meses a 3 anos Uso do toilete
Iniciativa x Culpa 3 a 6 anos Locomoção
Produtividade x Inferioridade 6 a 12 anos Escola
Identidade x Confusão de Papel Adolescência Relacionamento
de Pares
Intimidade x Isolamento Adulto Jovem Relacionamento
de Amor
Geratividade x Estagnação Maturidade Progenitura e
Criação
Integridade do Ego x Desespero Velhice Reflexão e
Aceitação da Vida

7. Influências sobre a Inteligência:


a) Hereditariedade x Status-Econômico
b) Nutrição
c) Técnicas de Criação da criança
d) Trabalho com os pais

Algumas Dicas

1. É necessário uma boa nutrição materna durante a gravidez


2. A mulher precisa de uma gravidez tranqüila
3. Cuidado com a ingestão e administração de medicamentos – tenha sempre
orientação médica
4. Ao menor sinal de perigo de aborto ou em qualquer dúvida consulte o seu
obstetra
5. Não deixe de ligar para o seu médico ou para o pediatra, mesmo que você
ache que a pergunta é ridícula ou sem importância

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6. O marido e o médico devem ser chamados imediatamente quando das
contrações, independentemente da hora
7. Não fume, não coma coisas ácidas, cuidado com os temperos fortes durante
a gravidez e amamentação
8. Em caso de doença materna congênita, na concepção, durante a gestação, ou
transmissível, contate o médico
9. O exame de tipagem sangüínea dos pais deve ser feito para saber acerca da
incompatibilidade do sangue da mãe e do filho
10. Consulte o médico para saber acerca de defeitos de nascença transmitidos
pelo pai
11. Evite o stress pós parto através do excesso de visitas e assistência
inadequada de mãe, sogra ou outros assistentes da nova mãe
12. Condições ambientais influenciam o estado do recém-nascido, não estresse
o bebê, respeite seus horários
13. O lugar do bebê, à noite, após os 2 meses de vida é no berço e no quarto ou
espaço dele, tire-o de perto da cama do casal
14. Aos 10 meses de idade o bebê chorará, à noite, só para ver os pais, para
saber se estão por perto
15. O pediatra deve ser da confiança da mãe. Faça acompanhamento pediátrico
regular do desenvolvimento do seu bebê
16. A nutrição do bebê no primeiro ano é fundamental para toda a sua vida
17. Até os 7 anos de idade, a criança tem a sua personalidade e o seu caráter
moldados, dos 7 aos 14 anos são reforçados, após os 14 anos estarão
sedimentados (rocha) Pv.22:6; sejam sábios para investir em seus filhos no
tempo certo
18. Para que se alcance o diálogo com seu filho adolescente, construa uma
ponte favorável desde a infância
19. As influências ambientais podem retardar ou acelerar o desenvolvimento
motor da criança
20. O treinamento da toilete requer paciência, deve ser um momento que pais e
filho curtam juntos, celebrem as conquistas. Tire a fralda primeiro durante o
dia, depois de um tempo também à noite
21. Quando vier a primeira menstruação de sua filha dê-lhe flores num lindo
jantar em casa, e quando ele fizer a primeira barba dê-lhe uma cópia da
chave da casa num gostoso jantar em casa.

Exercício – Responda:
1. Quem são/foram seus pais?

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2. Quem são/foram seus sogros?

3. Como você se vê como pai ou mãe?

4. Cite algumas coisas que seus pais fizeram com você que você não fará/fez com seus
filhos:

5. Cite algumas coisas que seus pais fizeram com você que você fará/faz com seus
filhos:

6. Que tipo de literatura você tem lido até agora, que trata do assunto de educação de
filhos?

7. Leia Dt. 6:5-9. Conforme esta passagem o que você acha mais importante na criação
dos filhos?

8. Cite dois ingredientes que você considera mais importantes na criação dos filhos:

9.Você recorda a atitude dos seus pais ao disciplinarem você como algo:
( ) positivo ( ) negativo ( ) não lembro
10. Deixar os filhos com babá é:

11. Qual a sua opinião sobre uma pessoa que se preocupa mais com seus filhos do que
com seu cônjuge?

12. Se você tem filhos de um casamento anterior, que tipo de relacionamento você
gostaria que eles tivessem com o novo pai/mãe?

13. Se você tem filhos de um casamento anterior quem você acha que deve disciplinar
esses filhos?

14. Eu tenho as seguintes dúvidas sobre a criação e educação dos filhos:

III - O CASAL COMO HERANÇA DE SEUS PRÓPRIOS PAIS

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O Relacionamento com os Sogros

Nosso relacionamento com nossos pais e sogros é muito importante. O


casamento tem um contexto a união das famílias.
Existe em nossa cultura um preconceito e uma certa resistência aos sogros, e
precisamos agir como cristãos nesse nosso relacionamento. A honra aos pais continua,
não a obediência. Então é nosso dever buscar honrar nossos pais e sogros como a Bíblia
recomenda – “honra a quem tem honra”.
Talvez, no período de namoro, noivado, preparação para o casamento, e nos
anos de convivência com eles após o casamento, você tenha ou tem tido algumas
experiências positivas e negativas. Temos que ter cuidado para não criar uma atmosfera
de rejeição, acepção e de pecados familiares, também nesse nível de relacionamento
familiar.
Fica a pergunta: Como a Palavra de Deus pode me ajudar, me orientar nesta
questão?
Lembre-se que seus pais não são perfeitos e você os ama, e que jamais deixarão
de ocupar este lugar de importância e afetividade em sua vida. Com ele(a) não é
diferente.
Peça a Deus que derrame um amor e uma comunhão especial para sua família,
Uma das razões pelas quais você deve gostar de seus sogros é porque eles lhe
deram uma pessoa muito especial: seu querido esposo ou sua querida esposa.
Deus disse que o homem e a mulher tem que deixar mãe e pai. Este é um “deixar
emocional”. Ambos assumem novo papel e nova função, o cordão umbilical deve ser
cortado. Não significa que os filhos vão cortar o contato com seus pais, nem vão
abandoná-los ou ignorá-los, mas vão se desligar emocionalmente da dependência dos
pais. Se o “deixar” não acontecer o “unir-se” será prejudicado. Um bom presente que os
pais podem dar aos seus filhos no dia do casamento é a LIBERTAÇÃO. Este presente
deve ser uma expressão verbal, comunicada pelos pais aos filhos. É uma forma positiva
e singular de participarem na concretização do novo relacionamento. O “deixar” é uma
das responsabilidades mais difíceis para os pais, e também o é para os filhos, mas é mais
fácil para estes, por isso a Bíblia ordena aos filhos deixarem pai e mãe.
Muitos cônjuges, erradamente, fazem comparações de seu esposo e esposa com
seu pai ou mãe. Lembre-se: seu marido é seu marido e não seu pai, sua esposa é sua
esposa e não sua mãe. Toda a comparação levanta defesas, obstáculos e rejeição no
relacionamento entre genro e sogro, nora e sogra.

Sugestões práticas para os recém-casados:

1. Não morem com seus pais depois de casados


2. Não pense que qualquer dos pais deve ajudá-los financeiramente
3. Cuidado com a atenção excessiva dada aos pais
4. Não use constantemente seus pais ou sogros como babás
5. Não esqueça do aniversário dos seus pais e sogros
6. De vez em quando, expresse verbalmente seus sentimentos positivos para
com os seus pais
7. Descubra que tipo de relacionamento seus pais e sogros esperam de vocês
8. Procure demonstrar amor para com seus sogros

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Exercício – Responda:
1. Descreva como você gostaria de passar o Natal e Ano Novo, estando casado:

2. Quais são as três coisas que você mais aprecia em seus sogros?

3. Quais as três coisas que você menos aprecia em seus sogros?

4. Como seus pais vêem seu noivo/cônjuge?

5. O que você tem feito para seus pais e para seus sogros para que saibam que são
importantes para você?

6. Durante estas duas últimas semanas, o que você fez para expressar sentimentos
positivos para com seus pais e sogros?

7. Que novas coisas você poderia dizer ou fazer para que eles soubessem que são
importantes para você?

8. Você já teve oportunidade de ajudar seus pais e sogros a suprir as próprias


necessidades ou a encontrar um maior significado para a vida? Como foi isso?

9. Como você pode melhorar seu relacionamento com eles ainda mais?

10. Leia: êx.20:12; Pv.30:17; Mc.7:8-13; Ef.6:1-4; Cl.3:20. À luz destas passagens
bíblicas você acha aconselhável tomar a decisão de casar contra a vontade dos seus
pais/sogros? ( ) sim ( ) não ( ) depende
Por que?

11. Se sua resposta for “sim”, então à luz de Rm.13:1-7 e I Pe. 2:18-23, como você
justificaria sua decisão de casar contra a vontade dos seus pais/sogros? Explique:

12. Como você descreve o tipo de relacionamento que você tem tido com os seus
sogros ou futuros sogros? (pode escolher mais do que um)
( ) excelente ( ) bom ( ) regular ( ) tolerável ( ) péssimo
( ) de rejeição ( ) de perseguição ( ) nenhum

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13. Com respeito ao meu casamento meus pais pensam que:

14. Com respeito ao nosso casamento meus sogros pensam que:

15.Você acha que o comportamento de vocês no período de namoro e noivado tem


agradado ou agradou
Seus pais: ( ) sim ( ) não ( ) não sei
Seus sogros ( ) sim ( ) não ( ) não sei
16.Você sente amargura e ressentimento para com os seus pais ou irmãos que poderiam
prejudicar o casamento? ( ) sim ( ) não ( ) não sei
17.Se sua resposta for sim, você pode compartilhar o que é?

18. Você sente amargura ou ressentimento para com seus futuros ou atuais sogros ou
parentes do seu noivo(a)/esposo(a) que podem prejudicar o seu casamento?
( ) sim ( ) não ( ) não sei
19. Se sua resposta for sim, você pode compartilhar o que é?

20.Você acha que deve corrigir alguma coisa no relacionamento com sua família ou
com a dele(a) pedindo perdão ou perdoando qualquer ofensa?
( ) sim ( ) não
21.Se sua resposta for sim, você está disposto(a) a tratar da ofensa?
( ) sim ( ) não
22. Você tem dificuldade em aceitar completamente seus sogros como eles são?
( ) sim ( ) não
23. Se sua resposta for sim, então em que área você tem dificuldade?

24. Você trata seus sogros com o mesmo respeito e consideração que você demonstra
aos seus amigos? ( ) sim ( ) não ( ) às vezes
25. Você tem a tendência de criticar seus sogros na presença do seu cônjuge ou
noivo(a)? ( ) sim ( ) não ( ) às vezes
26. Você tem disposição de aceitar e avaliar os conselhos dos seus sogros ou futuros
sogros? ( ) sim ( ) não ( ) às vezes
27. Você procura ver os pontos positivos na vida dos seus sogros ou focalize-se mais
nos pontos fracos?
28.Você pretende morar ou mora junto com seus sogros?
( ) sim ( ) não ( ) talvez
29. Você está ou pretende estar envolvido(a) financeiramente com os seus sogros?
( ) sim ( ) não ( ) não sei
30. Se sim, que envolvimento você tem ou terá?

31. Eu acho que os pais ou sogros devem estar dispostos a cuidar de nossos filhos:
( ) sempre ( ) às vezes ( ) nunca
32. Na minha concepção, nós devemos visitar nossos pais ou sogros:
( ) todos os dias ( ) 1 vez por semana ( ) 2,3 vezes por semana

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( ) 1,2 vezes por mês ( ) 2, 3 vezes por ano ( ) não devemos visitá-los
33. O que você fará ou está fazendo caso seus pais precisarem de vocês na velhice, nos
casos de:
Viuvez:
Habitação:
Alimentação:
Doença
Quando não podem mais se sustentar financeiramente:

34. Eu tenho ou prevejo os seguintes problemas com meus sogros:

35. Eu tenho as seguintes dúvidas sobre meus sogros:

Note este artigo interessante sobre os idosos no mundo:

Esticando a existência:

Aumenta o número de idosos no mundo:


Número de pessoas no mundo Em 2000 Em 2050 Taxa de
com Crescimento
* de 60 a 79 anos 580 milhões 2 bilhões 245%
* de 80 a 99 anos 66 milhões 370 milhões 460%
* 100 anos ou mais 135.000 2,2 milhões 1.530%

As idades assim se classificam:


1ª idade Infância e adolescência Até 19 anos
2ª idade Maturidade de 20 a 59 anos
3ª idade Velhice Insipiente de 60 a 80 anos
4ª idade Senescência de 80 a 100 anos
5ª idade Pós-senescência Acima de 100 anos
( Do Artigo: A Força dos Centenários, por Samuel Rodrigues de Souza, RJ – jornalista,
Revista Visão Missionária 1T2000, págs. 20,21)

É uma necessidade nos prepararmos para o nosso futuro e para lidarmos com a
idade avançada de nossos pais e sogros.

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Exercício de Fixação – Unidade VII

Marque um X na resposta correta:

1) A Bíblia diz que a Herança dos Pais são:


( ) a. seus filhos
( ) b. seus bens
( ) c. seus filhos e netos
( ) d. seus filhos e seus bens

2) Três aspectos do que significa provocação são:


( ) a. irritar os filhos ao ponto deles se revoltarem e pecarem contra seus
pais
( ) b. uso impróprio da autoridade, disciplina sem boa comunicação, pais
não admitirem que possam estar errados
( ) c. estímulo emocional negativo, por parte dos pais, que gera irritação
através da atividade ou comunicação
( ) d. uma tentação mental e emocional para o filho que lhe sugere
transgressão da disciplina

3) O que significa disciplina?


( ) a. autoridade aplicada
( ) b. treinar ou discipular
( ) c. segurança paternal
( ) d. processo restritivo

4) O que significa admoestação?


( ) a. eficientemente aconselhar e motivar seu filho segundo a Palavra de
Deus
( ) b. pacientemente instruir intelectualmente seu filho segundo os seus
princípio pessoais oriundos da tradição familiar e pela Palavra de Deus
( ) c. diligentemente instruir admoestando (corrigindo) seu filho na
Palavra do Senhor; tendo-a primeiro em seu próprio coração.
( ) d. o processo verbal de educar seus filhos custe o que custar, segundo a
Palavra de Deus e a consciência pessoal

5) Quanto ao relacionamento com os sogros devemos:


( ) a. dar “honra” e mantê-los a uma certa distância que seja segura para o
bem estar do casal
( ) b. dar “honra” trazendo-os sempre conosco e compartilhar o nosso
dia-a-dia
( ) c. dar “honra” e ter cuidado para não criar uma esfera de rejeição,
acepção e de pecados familiares
( ) d. dar “honra” assumindo a vida espiritual e financeira deles

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Unidade VIII – A Família e seu Mundo Espiritual

I - VIDA ESPIRITUAL DO CASAL

A vida espiritual, em termos da própria constituição humana, quanto da própria


fé, é a área de nossa vida mais importante, visto sermos seres imortais e possuirmos um
espírito à imagem e semelhança de Deus.
Damos muito atenção a várias áreas importantes da nossa vida, e devemos fazê-
lo, mas a espiritual tem haver com a nossa eternidade, portanto é a mais importante de
todas.
A vida espiritual do casal, desenvolvida por ambos, é a base fundamental para a
edificação do Lar Cristão e para o sucesso do casamento e de toda a família.
Os jovens namorados e noivos devem ser desafiados a desenvolverem hábitos
saudáveis de intimidade espiritual com o parceiro. Essa intimidade espiritual ajuda a
controlar a intimidade física. Quando a intimidade física se desenvolve antes da
intimidade espiritual há sérias conseqüências, tais como: sentimentos de culpa, barreira
na comunicação, desconfianças, ressentimentos e amarguras.
Se o casal não cria hábitos espirituais antes do casamento, provavelmente não o
fazem na sua vida conjugal. Será uma batalha e um grande exercício de auto-disciplina
para desenvolverem este hábito após o casamento. Mas devem fazê-lo.
O inimigo de nossas almas sabe que a união espiritual do casal determina a sua
vitória, portanto lutará para que o casal não tenha o hábito de orar juntos, concordarem
em oração, lerem a Bíblia juntos, etc.
Ele tenta amarrar o “valente” da casa, ou seja, o marido, ou a pessoa
responsável pela liderança de uma família, e assim atingir a família e saquear a casa.
Cuidado, não despreze a vida espiritual do casal e da família. Não se deixe amarrar. A
posição do crente é de ataque e não somente de defesa.
Outro aspecto da vida espiritual que quero mencionar é a comunhão fraternal da
família. Nos preocupamos em Ter um bom relacionamento com nossos irmãos em
Cristo, membro do corpo do Senhor, com quem temos comunhão na igreja, cuidamos
para não termos pecados entre nós. Mas muitas vezes negligenciamos esta atitude para
com os membros da nossa família, cometemos uma série de pecados entre nós,
quebramos relacionamentos e corações, etc. Precisamos nos preocupar em resolver os
conflitos e restaurar a comunhão espiritual da família. Confessem seus pecados
familiares a Deus e entre si, peçam e dêem perdão. Não se desqualifiquem ou se
desautorizem espiritualmente. O acusador de nossas almas é o diabo, não faça este papel
dentro da sua casa. Procure “dar graça” aos membros da sua família, da mesma maneira
que tem recebido “graça” diária da parte de Deus.
Jó intercedia pela sua família, confessava os possíveis pecados familiares,
oferecia sacrifícios, preocupado com o que seus filhos pudessem ter feito de errado
entre si e diante de Deus, quando estavam reunidos em sua casa. Siga este exemplo!

II - SUGESTÕES PARA DESENVOLVER A VIDA ESPIRITUAL:

1. Estudem a Bíblia juntos, fazendo pelo menos uma leitura bíblica todos os
dias que se encontram
2. Orem juntos sempre que se encontrarem. A oração em conjunto entre vocês
promove, restaura e fortalece a unidade espiritual do casal e da família
3. Cante com suja família

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4. Ouçam fitas e cd juntos de músicas cristãs, leituras bíblicas, mensagens e
estudos bíblicos.
O aprofundamento da intimidade do casal é fator importante na solução dos
casamentos que estão naufragando, nestes dias tão conturbados. Este é o segredo
de um relacionamento feliz!

Exercício:
1. Leia o Salmo 127 e escreva que princípios para a vida espiritual do casal você
descobre nesta passagem:

2. Leia o Salmo 128 e escreva que princípios para a vida espiritual do casal você
descobre nesta passagem:

3. Dê a sua definição sobre “Casamento Cristão”

4. Dê a sua definição sobre “Lar Cristão”

5. Ao seu ver, quem deve tomar a liderança espiritual no lar?


6. Com que freqüência você pretende ler a Palavra e orar junto, fazer o momento
devocional ou culto doméstico com seu cônjuge? E juntamente com seus filhos?

7. Quem deve ser responsável pelo clima emocional e espiritual no lar?


8. Quem deve se responsabilizar pelo crescimento espiritual dos filhos?
9. Que princípios você retira das passagens abaixo: (escreva no carderno)
Ef. 5:22-6:4 Cl. 3:21 I Pe. 3:7 Tt. 2:3-5 I Pe. 3:1-6
10. Você e seu noivo ou cônjuge tem alguma discórdia na vida espiritual? Qual(is)?

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11. Você acha que o divórcio é uma opção para um casal que tem discórdias e que não
consegue, ou não está disposto a resolvê-las?
12. Qual é a atitude de Deus a respeito do divórcio com base nas seguintes passagens:
Ml. 2:14-16; Mt. 5:31-32; Mt. 19:3-12; I Co. 7:10-16

14. Eu tenho dúvidas sobre a vida espiritual do(a) meu noivo(a) ou cônjuge nas seguintes
áreas:
( ) Se ele(a) realmente tem Jesus Cristo como Senhor e Salvador de sua vida
( ) Se ele(a) se compromete a seguir os padrões bíblicos de um lar cristão
( ) Se ele(a) vai freqüentar a igreja comigo semanalmente
( ) Se ele(a) vai querer se envolver no serviço da Igreja
( ) Se ele(a) vai me apoiar na instrução e disciplina dos nossos filhos
( ) Se ele(a) é uma pessoa honesta e íntegra
( ) Se ele(a) está cheio do Espírito Santo

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0,Exercício de Fixação – Unidade VIII

1) A vida espiritual do casal é:


( ) a. a base fundamental para a edificação e o sucesso do lar e da família
cristã
( ) b. importante mas não deve sobrepujar as emergências do dia-dia
( ) c. necessária para manter a atmosfera espiritual do lar
( ) d. importante para o seu testemunho junto à vizinhança e sua
comunidade religiosa

2) Os namorados e noivos devem ser desafiados a:


( ) a. aproveitar ao máximo este período pois a vida espiritual tem que ser
desenvolvida na esfera de casamento
( ) b. somente desenvolver práticas espirituais durante este período
( ) c. encontrar modelos que possam ser imitados no âmbito espiritual
familiar
( ) d. desenvolver hábitos saudáveis de intimidade espiritual com o
parceiro

3) A união espiritual do casal é:


( ) a. um alvo difícil de ser alcançado
( ) b. uma área de batalha e determina a sua vitória
( ) c. uma questão de maturidade
( ) d. algo que só ocorrerá no céu

4) Alguns aspectos da vida espiritual do casal são:


( ) a. orar e ler a Palavra juntos, concordar em oração e comunhão
fraternal entre ambos
( ) b. visitar os órfãos, consolar as viúvas, ajudar aos pobres
( ) c. hospitalidade, fraternidade, religiosidade
( ) d. testemunho, ministério, aperfeiçoamento

5) Como casal precisamos nos preocupar em:


( ) a. orar pelos conflitos
( ) b. não deixar transparecer os conflitos a terceiros
( ) c. resolver os conflitos e restaurar a comunhão espiritual da família
( ) d. resolver os conflitos de uma forma definitiva e que traga a felicidade
pessoal

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Bibliografia

1-ALBERT FRIESEN, Cuidando do Ser, Editora Evangélica Esperança

2-CAIRO MARQUES, Apostila do Curso de Noivos

3-CRAIG HILL, Seminário Veredas Antigas (apostila), Family Foundations

4-ED WHEAT, O Amor que não se Apaga, Editora Mundo Cristão


5-ED WHEAT, GAYE WHEAT, Sexo e Intimidade, Editora Mundo Cristão

6-INGRID TROBISCH, A Alegria de Ser Mulher, Núcleo – Centro de Publicações


Cristãs

7-JAIME KEMP, Antes de Dizer Sim, Editora Mundo Cristão, 1ª edição, junho de 1984
8-JAIME KEMP, Namoro, Noivado, Casamento e Sexo, Editora Sepal
9-JAIME KEMP, Lar Cristão Vol. 1, Editora Sepal
10-JAIME KEMP, Lar Cristão Vol. 2, Editora Sepal
11-JAIME KEMP, Temos Filhos, Editora Sepal
12-JAIME KEMP, Turbulentos Anos da Adolescência, Editora Sepal

13-JAMES DOBSON, Ouse Disciplinar, Editora Vida

14-JOÃO FERREIRA DE ALMEIDA, Bíblia Sagrada (Versão Atualizada e Corrigida)

15-MARCO ANTONIO Teixeira Lapa, Apostila “Para Dizer Sim” – Curso de Noivos
16-MARCO ANTONIO Teixeira Lapa, Apostila de Orientação Familiar, ITQ

17-PAPALIA, DIANE E. E OLDS, SALLU WENDKOS, O Mundo da Criança,


Editora McGraw-Hill

18-Revista “Noivas e Noivos” – Editora Globo

19-ROBERTS, WES E WRIGHT, H. NORMAN, Antes do Sim, CPAD

Contato com o autor pelo e-mail: familialapa@bol.com.br

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Gabarito dos Exercícios

I UNIDADE

1) A

2) A

3) A

4) D

5) B

II UNIDADE

1) B

2) A

3) D

4) C

5) D

III UNIDADE

1) D

2) A

3) A

4) B

5) D

IV UNIDADE

1) B

2) C

3) C

4) A

5) B

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V UNIDADE

1) B

2) D

3) D

4) C

5) C

VI UNIDADE

1) D

2) A

3) A

4) C

5) C

VII UNIDADE

1) A

2) B

3) B

4) C

5) C

VIII UNIDADE

1) A

2) D

3) B

4) A

5) C

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