Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Parecer Tecnico N° 25
Parecer Tecnico N° 25
Em Acidente de Trânsito
Assistente Técnico:
Formação:
Nível Superior em Geologia
Cursos:
Perito Criminal Oficial
Elétrica de Automóveis
Perícia Grafotécnica
Noções básicas em Perícia Documentoscopia
Requerentes:
2
Maylson Gimael Pereira
End: Rua Machado de Assis Nº3438 st 06 –Ariquemes/RO maylson.gimael@gmail.com Fone:
999591952
1. OBJETIVOS DO EXAMES
Este estudo tem como objetivo produzir prova técnica pericial para definir a
dinâmica e a responsabilidade pela causa de um acidente automobilístico em análise.
Serão aplicadas metodologias periciais adequadas, com base em princípios científicos
e normas específicas. Serão analisados, também, os vestígios relacionados ao
acidente, além de informações relevantes no corpo do processo n° 7001854-
12.2023.8.22.0002 e com isso realizar a reconstrução mais próxima dos eventos
reais que condicionaram o sinistro.
2. DA METODOLOGIA APLICADA
3
Maylson Gimael Pereira
End: Rua Machado de Assis Nº3438 st 06 –Ariquemes/RO maylson.gimael@gmail.com Fone:
999591952
Com relação a presença ou não de marcas de frenagem, ainda remanescentes
no local, é pertinente considerar que a via em questão apresenta um tráfego
constante de veículos. Nesse contexto, é esperado que ocorra dispersão de partículas
de óleo e outros elementos provenientes desse fluxo ao longo do tempo,
potencializado pelas chuvas frequentes registradas na região durante essa época do
ano, tendo por consequência a possibilidade do desaparecimento desse indício.
4
Maylson Gimael Pereira
End: Rua Machado de Assis Nº3438 st 06 –Ariquemes/RO maylson.gimael@gmail.com Fone:
999591952
4.2) VELOCIDADE EXCESSIVA COMO CAUSA
5
Maylson Gimael Pereira
End: Rua Machado de Assis Nº3438 st 06 –Ariquemes/RO maylson.gimael@gmail.com Fone:
999591952
IMAGEM 01: Mostra a vista da L200 TRITON de placa OXL0A90 (V1) após o acidente,
detalhe para maior incidência de deformações no setor angular anterior direito e com
maior conservação do setor angular esquerdo. Ref. LAUDO PERICIAL Nº PROTOCOLO Nº
23003724B01
IMAGEM 02: Mostra as avarias na região lateral anterior direita da L200 TRITON,
detalhe para maior incidência de deformações no setor angular anterior direito. Ref.
LAUDO PERICIAL Nº PROTOCOLO Nº 23003724B01
6
Maylson Gimael Pereira
End: Rua Machado de Assis Nº3438 st 06 –Ariquemes/RO maylson.gimael@gmail.com Fone:
999591952
IMAGEM 03: Mostra a lateral esquerda da L200 TRITON de placa OXL0A90, detalhe
para menor incidência de deformações no setor angular anterior esquerdo. Ref.
LAUDO PERICIAL Nº PROTOCOLO Nº 23003724B01
IMAGEM 04: Mostra a área onde foi aplicado o vetor de força principal que agiu
sobre V1 durante o acidente.
7
Maylson Gimael Pereira
End: Rua Machado de Assis Nº3438 st 06 –Ariquemes/RO maylson.gimael@gmail.com Fone:
999591952
Essa topologia deformacional foi gerada como resultado da colisão transversal
de V1 com relação a lateral direita da carroceria de V2, quando esta realizava uma
manobra de conversão transversal. Dados esses fundamentados a partir de
evidências ainda presentes nos veículos analisados.
IMAGEM 06: Mostra a área com a maior altura de deformação identificada em V1.
8
Maylson Gimael Pereira
End: Rua Machado de Assis Nº3438 st 06 –Ariquemes/RO maylson.gimael@gmail.com Fone:
999591952
Com base nas evidências apresentadas nas imagens 05 e 06, que ilustram um
conjunto de avarias geradas a partir do contato entre V1 e V2. Essas avarias
estabelecem que a colisão, de fato, ocorreu quando V2 se encontrava posicionado
dentro da via de forma transversal. Com isso pode-se inferir que o veículo V2 se
encontrava em processo de manobra de conversão à esquerda durante o acidente, a
qual difere do padrão comumente observado naquela via. Com base nessas avarias,
como será mostrado abaixo, é possível concluir que o início do arraste pneumático
ocorreu quando o veículo V1 começou a ser projetado para debaixo da carroceria de
V2, momento em que V2 se encontrava transversalmente à via. Essa projeção
ocorreu imediatamente após o tanque de combustível de V2 e a ausência de marcas
pneumáticas de V2 pode ser atribuída ao fato de que a região posterior direita de V2
foi elevada durante o impacto. Essas observações, embasadas em evidências visuais,
reforçam a análise do acidente e contribuem para a compreensão dos eventos
ocorridos.
9
Maylson Gimael Pereira
End: Rua Machado de Assis Nº3438 st 06 –Ariquemes/RO maylson.gimael@gmail.com Fone:
999591952
Portanto, para o cálculo do ângulo transversal de impacto, foram considerados
os padrões de deformação e o quebramento da estrutura de número 01 (chassi),
ainda visível no veículo V1, A escolha dessa extremidade do chassi se deu pelo fato
de ela ter mantido sua posição durante a passagem do pneu de V2 naquele ponto.
Logo, mantendo-se os parâmetros espaciais como largura e comprimento de V1, foi
possível estimar o ângulo médio de colisão transversal variando entre 30 e 35 graus
ao longo da dinâmica do sinistro. Como mostrado abaixo:
A 5,12m
Estrutura 01
IMAGEM 08: Mostra a sobreposição das imagens com a manutenção das escalas e
considerando o ângulo calculado em A, é possível observar que a sobreposição dos
veículos, em B, coincide quase perfeitamente com o ângulo aferido. Essa
sobreposição é observada tanto em relação às avarias presentes em ambos os
veículos quanto em relação à sua gênese, ou seja, à forma como o acidente ocorreu.
10
Maylson Gimael Pereira
End: Rua Machado de Assis Nº3438 st 06 –Ariquemes/RO maylson.gimael@gmail.com Fone:
999591952
Assim, conforme o exposto acima e levando em consideração as dimensões
indicadas na imagem 15 do parecer técnico da parte contraria, para efeito de
comparação, junto ao fato de que o veículo V1 iniciou sua projeção para debaixo do
caminhão imediatamente após o tanque de combustível de V2 (como mostra as
avarias ainda presentes nesse veículo). O veículo V1 manteve-se em uma trajetória
retilínea até o momento em que ocorreu o seu processo de giro. Logo, pode-se
inferir que o posicionamento dos veículos, V1 e V2, que mais se aproxima da situação
real é representado abaixo, com V2 obstruindo toda a passagem preferencial de V1.
11
Maylson Gimael Pereira
End: Rua Machado de Assis Nº3438 st 06 –Ariquemes/RO maylson.gimael@gmail.com Fone:
999591952
IMAGEM 10: Mostra o posicionamento dos veículos com relação ao Sitio de Colisão,
que indica o início da gênese do arraste pneumático, mostrando que o V2 ocupava
no momento do acidente analisado toda a faixa de direção e sentido na qual
trafegava o veículo V1.
12
Maylson Gimael Pereira
End: Rua Machado de Assis Nº3438 st 06 –Ariquemes/RO maylson.gimael@gmail.com Fone:
999591952
5.4) DO GIRO DE V1
IMAGEM 11: trajetória retilínea da L200 TRITON HPE D impulsionada pela força de
reação de alta intensidade originada pelo choque contra a roda posterior direita do
CAMINHÃO em sentido transversalmente oposto, aplicada em sua lateral que provoca
seu giro.
13
Maylson Gimael Pereira
End: Rua Machado de Assis Nº3438 st 06 –Ariquemes/RO maylson.gimael@gmail.com Fone:
999591952
Ao examinar o arraste pneumático apresentado na imagem 17 do parecer
técnico da parte contraria, foram observados elementos que corroboram a análise
proposta. A partir dessa análise, é possível inferir que a sequência do acidente teve
início com o arraste pneumático, quando o veículo V1 começou a ser projetado para
debaixo da carroceria de V2. A ausência de marcas pneumáticas de V2 são atribuídos
à elevação da região posterior direita de V2 durante o evento. Essas observações
fortalecem a dinâmica sugerida.
IMAGEM 12: Mostra que inicialmente, a distância entre as linhas paralelas do arraste
se mantém constante, indicada pelo n° 1. Em seguida, há um aumento na pressão,
que devido a subida de V2 sobre V1, causa uma dilatação na largura do pneu de V1,
indicada pelo n° 02. Logo após, ocorre o movimento de giro de V1 simultaneamente
à descida do caminhão, V2, da região anterior de V1, ponto 03. Essa descida,
ocorrendo ao mesmo tempo que o movimento de giro e pode ser observada a partir
diminuição da largura do pneu, seguida por um arraste em direção angular.
14
Maylson Gimael Pereira
End: Rua Machado de Assis Nº3438 st 06 –Ariquemes/RO maylson.gimael@gmail.com Fone:
999591952
5.5) DA LEGISLAÇÃO RELACIONADA AO CASO
15
Maylson Gimael Pereira
End: Rua Machado de Assis Nº3438 st 06 –Ariquemes/RO maylson.gimael@gmail.com Fone:
999591952
IMAGEM 13: Na imagem é possível observar as divergências entre a conduta de
conversão realizada do veículo V2 na data do acidente, indicada pela seta de cor
vermelha, e a estabelecida na lei de trânsito de acordo com os artigos 37 e 38 do
CTB, indicada pela seta de cor escura.
16
Maylson Gimael Pereira
End: Rua Machado de Assis Nº3438 st 06 –Ariquemes/RO maylson.gimael@gmail.com Fone:
999591952
5.6) DA VELOCIDADE COMO CAUSA DETERMINANTE
TABELA:01
17
Maylson Gimael Pereira
End: Rua Machado de Assis Nº3438 st 06 –Ariquemes/RO maylson.gimael@gmail.com Fone:
999591952
Assim, ao considerar o veículo V1 trafegando a uma velocidade regulamentar
de 80 km/h no intervalo de tempo retroagido, se tem a distância teórica percorrida
por V1 a essa velocidade, denominada Dpista. Logo, uma vez que a velocidade
regulamentar é inferior à velocidade sugerida para V1, haverá sempre um pequeno
espaço a ser percorrido, resultando em um intervalo de tempo remanescente até o
ponto de colisão. Esse tempo remanescente é utilizado para calcular a distância
percorrida por V2, conhecida como distância de livramento. Também foi
considerado a velocidade média de aproximadamente 15 km/h para V2 e a distância
de travessia cerca de aproximadamente 7,8 metros, ou seja, a distância para que V2
saia completamente da via preferencial, com base no croqui esboçado. Assim, se a
distância de livramento for menor do que a distância de travessia, isso indica que a
distância disponível é insuficiente para que o veículo sem prioridade possa desocupar
completamente a pista antes da ocorrência do acidente. Portanto, ao multiplicar a
velocidade média de V2 (aproximadamente 15 km/h) pelo tempo remanescente,
chegamos a um resultado de 7,27 metros, o qual é inferior aos 7,8 metros
necessários para V2 se livrar do acidente mesmo com V1 animado com a velocidade
regulamentar. Portanto, conclui-se que mesmo aceitando de forma subjetiva
que V1 tivesse ou não a percepção de V2, o acidente ainda assim ocorreria.
IMAGEM 14: Mostra um croqui sem escala exemplificando as medidas tomadas para
efeito de cálculo.
18
Maylson Gimael Pereira
End: Rua Machado de Assis Nº3438 st 06 –Ariquemes/RO maylson.gimael@gmail.com Fone:
999591952
6. DA CONCLUSÃO
Portanto, diante dos fatos acima expostos conclui este assistente técnico que
a causa determinante do acidente foi a manobra irregular de conversão à
esquerda levada a efeito pelo condutor do veículo 2 (V2), resultando interceptar
a trajetória preferencial do veículo 1 (V1) e com ele colidir, nas circunstâncias
analisadas.
19
Maylson Gimael Pereira
End: Rua Machado de Assis Nº3438 st 06 –Ariquemes/RO maylson.gimael@gmail.com Fone:
999591952