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EDITORA CRISTÃ

CNPJ: 21.977.333/0001-45
FICHA CATALOGRÁFICA
Dados internacionais de catalogação e publicação na
(CIP) Biblioteca Pública Estadual Pio Vargas
Martins, Ericson L.
Sabedoria no Lar {Provérbios 1 e 2} / Ericson L. Martins
Goiânia: Editora Cristã, 2016.
152 p.; 140mm x 210mm
ISBN 978-85-916464-4-9
1. Teologia Devocional
2. Vida Cristã
3. Bíblia. I.
Martins, Ericson L. II. Título
CDU-000.0
SABEDORIA NO LAR
Provérbios 1 e 2
Instrução aos pais na educação cristã dos filhos

Revisão da Língua Portuguesa


Antônio César Martins Lopes
Capa e Design Gráfico
César França de Oliveira
As citações bíblicas foram extraídas da Nova Versão Internacional (NVI) publicada
oficialmente, pela Sociedade Bíblica Internacional, em 2001. A sua tradução se deu a partir
das línguas em que os textos bíblicos foram originalmente escritos (hebraico, aramaico e
grego) objetivando fidelidade textual e clareza para a Língua Portuguesa.
Nenhuma parte deste livro pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer meio (eletrônico,
mecânico, xerográfico, dentre outros) sem a devida permissão do autor.
Publicação em acordo com as orientações do Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa,
em vigor desde janeiro de 2009.
Goiânia - GO, março de 2016
facebook.com/ericsonmartins
Dedicatória
Aos pais que desejam ver seus filhos crescendo no amor e no temor do
Senhor!
Prefácio
Prefaciar um livro do Ericson é tanto uma honra quanto
oportunidade de reconhecer a ação de Deus na história daquele que
amou e chamou.
O conheci, ainda muito jovem, dando seus primeiros passos na
caminhada cristã, mas já comprometido a influenciar e conduzir outros
a Cristo. Reencontrei-o muito tempo depois adulto, casado, com dois
filhos, bom histórico de envolvimento no trabalho missionário e, como
sempre, disposto ao serviço cristão, através dos dons e talentos que
Deus lhe confiou.
Sua jornada literária vem crescendo, ano a ano, e é clara sua meta de
ensinar outros, por isso tem enfatizado o discipulado nos últimos anos,
praticando-o com maestria e compromisso de um verdadeiro discípulo
de Jesus na grande comissão.
Agora, neste novo livro, o autor foca numa das mais importantes
necessidades de pais crentes: o discipulado dos filhos. Baseando-se no
Livro de Provérbios, ele oferece uma série de preciosas lições para a
relação familiar, as quais servem eficazmente aos pais que desejam
guiar os filhos no caminho do amor e temor ao Senhor.
Além da relevância do tema, da profundidade dos estudos e da
habilidade com as palavras, o autor usa da simplicidade e aplicações
práticas, todas relacionadas às verdades espirituais e vida cotidiana.
Assim, ele enfatiza o ensino do texto bíblico e torna os dois primeiros
capítulos de Provérbios em lições acessíveis, de fácil compreensão
para toda a família.
Por fim, lembramos das palavras de Tiago 1:5: “Se algum de vocês
tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá livremente, de
boa vontade; e lhe será concedida.” É justamente este o objetivo desta
obra literária, isto é, reunir a família em torno da Palavra de Deus, na
busca da sabedoria que vem lá do alto e do consequente crescimento
no temor do Senhor! E que santo objetivo! Investir tempo para
aprender e ensinar as Sagradas Letras às novas gerações! Que grande e
eterno tesouro!
Deus abençoe você e sua família nessa jornada!
Jonas Cândido Ferreira
Casado e pai de dois filhos, é bacharel em Teologia pelo Seminário Presbiteriano do Sul
(Campinas-SP); especialista em Educação Cristã pelo Centro Presbiteriano de Pós-Graduação
Andrew Jumper (São Paulo-SP); pós-graduado em Gestão Educacional pela Uniseb (Goiânia-
GO).
Introdução
Todos os pais desejam o melhor para os filhos. Querem vê-los
crescendo com maturidade e optando por aquelas experiências que
enriquecem o caráter, as relações pessoais, as formações acadêmicas e
profissionais e a família. Além disso, pais confiantes na Bíblia
esperam que eles percorram o caminho do amor e temor ao Senhor.
Este aprendizado precisa receber atenção, desde cedo, quando as
crianças estão construindo as bases das suas vidas a partir de tudo o
que ouvem, veem, sentem e vivem dentro da família. Aos poucos
descobrimos que um simples “sermão” ou uma agenda rigorosa de
cultos domésticos semanais não são suficientes, senão tudo o que
envolve a relação pais e filhos. Lawrence Richards, em Teologia da
Educação Cristã, diz o seguinte: “Educação Cristã é fugir do esquema
escolar. Novas perguntas surgem sobre ensino e aprendizado, e
estamos abordando a educação cristã como envolvendo todas as
atividades e atitudes que têm lugar no Corpo de Cristo.”1
Obviamente, a educação dos filhos, sobretudo cristã, começa em
casa, informalmente, tendo em vista toda a relação pais e filhos, como
já dissemos, mas também as necessidades primordiais do
desenvolvimento dos filhos. Neste contexto, Sherron Kay George, em
Igreja Ensinadora, diz que a educação cristã “é um processo
deliberado e intencional pelo qual Cristo é formado nas pessoas,
visando a transformação, formação e crescimento da pessoa toda e da
igreja toda em todo o tempo.”2
Infelizmente, nem todos os pais crentes encaram com vigor e
disciplina a importância desta educação, acompanhando de perto cada
experiência que vivem no curso da vida. Paralelamente, muitos ainda
enfrentam uma escassez de cursos preparatórios, aconselhamento
pastoral fundamentalmente bíblico e materiais que os auxiliem a dar os
primeiros passos nesta tarefa prioritária que Deus lhes confiou. Joel
Beeke, em Family Worship - Culto Familiar, reafirma aquilo que
muitos de nós já percebemos, ao dizer que as igrejas desejam
crescimento, mas são poucas aquelas que investem nas famílias quanto
à educação das crianças, dentro de casa.
Eu acredito que uma das razões principais para esta falha é a falta de
preocupação com o culto familiar. Em muitas igrejas e famílias a
adoração em família é uma coisa opcional, ou, na maioria dos casos,
um exercício superficial tal como uma breve oração à mesa antes das
refeições. Consequentemente, muitas crianças crescem com nenhuma
experiência ou impressão da fé cristã e culto familiar como uma
realidade diária.3
A Segunda Confissão Helvética, no capítulo 25, cujo título é “Da
Catequese, do Conforto e das Visitas aos Doentes,” diz que:
A juventude deve ser instruída na piedade. O Senhor ordenou ao seu
povo antigo que tivesse o maior cuidado no sentido de que a mocidade,
desde a infância, fosse devidamente instruída, e mais do que isso,
expressamente ordenou em sua Lei, que a ensinasse e lhe interpretasse
os mistérios dos sacramentos. Sabe-se pelos escritos dos evangelistas
bem como dos apóstolos que não é menor o interesse de Deus, hoje,
pela juventude do povo da nova aliança, pois claramente nos dá
testemunho disso, dizendo: “Deixai vir a mim os pequeninos, não os
embaraces, porque dos tais é o reino de Deus” (Mc 10:14). Por isso, os
pastores das igrejas agem de maneira mais sábia, quando desde cedo e
com cuidado, catequizam a juventude, transmitindo-lhe os primeiros
fundamentos da fé, fielmente ensinando-lhe os rudimentos da nossa
religião pela explicação dos Dez Mandamentos, do Credo Apostólico,
da Oração Dominical e da doutrina dos sacramentos, com outros
princípios semelhantes e tópicos principais da nossa religião. Que a
Igreja mostre a sua fé e diligência trazendo as crianças para serem
catequizadas, desejosa e feliz de ter seus filhos bem instruídos.4
Com toda esta preocupação em mente, temos como objetivo auxiliar
os pais na consciência e na prática de educar os filhos, tendo como
instrumento as devocionais bíblicas semanais, baseadas em
Provérbios, capítulos 1 e 2. Acreditamos que nenhuma educação cristã
será bem-sucedida sem uma criteriosa atenção na Palavra de Deus,
pois ela é a fonte da sabedoria para tudo na vida. É a partir dela que
lançamos a base sobre a qual decisões e experiências são edificadas,
aprendendo e demonstrando amor e temor ao Senhor.
Você encontrará aqui instruções bem práticas, preparadas com
cautela bíblica e valiosa didática, que facilitarão o manuseio deste
livro, durante um ano. Esperamos que se sinta encorajado e auxiliado
nesta importante missão de educar os filhos no caminho do Senhor!
Ericson Martins
Goiânia-GO, março de 2016
1 RICHARDS, 1983, p. 9
2 GEORGE, 1993, p. 16
3 BEEKE, 2002, p. 3
4 “A Primeira Confissão Helvética teve origem, em 1536, devido a uma preocupação em harmonizar e consolidar o ensinamento da Reforma Protestante, fornecendo uma confissão
suíça comum.” A Segunda Confissão Helvética foi elaborada, em 1562, por Heinrich Bullinger, publicada, em 1566, por Frederico III da Palatina, adotada pelas Igrejas Reformadas da
Suíça, França, Escócia, Hungria, Polônia e outras. “Ela é de fato um manual compacto da Teologia Reformada, que contém trinta capítulos e quase 20 mil palavras. Escrita tendo
como cenário a edição definitiva das Institutas de Calvino (1559), ela formula a Teologia Reformada num resumo abrangente.” (BEEKE; & FERGUNSON, 2006, p. xi)
Pais, Filhos e a Bíblia
Reúnam o povo, homens, mulheres, crianças e os estrangeiros que
morarem nas suas cidades, para que ouçam e aprendam a temer o
Senhor, o seu Deus, e sigam fielmente todas as palavras desta Lei. Os
seus filhos, que não conhecem esta Lei, terão que ouvi-la e aprender a
temer o Senhor, o seu Deus, enquanto vocês viverem na terra da qual
tomarão posse quando atravessarem o Jordão. (Deuteronômio 31:9-
13)
Estava Moisés e o povo diante da terra que Deus havia prometido,
separados pelo Rio Jordão. Ele tinha chegado à idade de 120 anos, se
encontrava fraco e ciente da proximidade da sua morte (Dt 31:2, 34:5).
Poderia estar desanimado e deprimido o suficiente para abandonar a
esperança e se omitir da responsabilidade de ensinar naquelas
condições, mas não. Chamou todo o povo de Israel e o lembrou da
fidelidade e presença de Deus (Dt 31:1) como garantia da vitória sobre
os inimigos e posse da terra que Ele prometera (Dt 31:3-6). Também,
chamou Josué como o seu sucessor e o encorajou, diante de todo o
povo, a conduzir os israelitas (Dt 31:3, 7-8). E ainda, lembrou que a
Lei estava sob a guarda dos sacerdotes que deveriam lê-la,
repetidamente, a cada sete anos, para todo o povo. Eles deveriam
reunir a todos, homens, mulheres, crianças e os estrangeiros residentes
em Israel, para ouvirem a Lei, aprenderem sobre ela e a temer o
Senhor (Dt 31:9-12). Neste contexto, Moisés enfatizou a preocupação
com o ensino persistente dos mandamentos divinos, especialmente
para com as crianças. Elas, por serem pequenas, não conheciam tais
mandamentos, mas poderiam ouvi-los por seus pais e aprenderem a
temer o Senhor, desde cedo. Esta dedicação dos pais não era limitada
às primeiras fases de vida dos filhos, mas até o fim das suas próprias
vidas (Dt 31:13). Mesmo quando crescem, os pais necessitam persistir.
Moisés compreendia que se os pais falhassem na nobre tarefa de
ensinar os seus filhos, eles se esqueceriam do Senhor e sofreriam com
a decadência espiritual e moral, como aconteceu com sacerdote Eli,
que honrou mais os seus filhos que ao Senhor5, e estes desprezavam a
Deus.6 Isto resultou em um fim dramático.7
No contexto histórico do povo de Israel os homens sempre
representaram um alto nível de importância. Na política, eram reis,
príncipes e governadores. Na guerra, soldados dispostos a perderem
suas vidas na defesa de suas terras e na proteção das próprias famílias.
Na sociedade, proprietários de terras e administradores do comércio.
Na religião, a qual permeava todas essas disposições, sacerdotes,
levitas, presbíteros, diáconos e pais que tinham o dever primário de
ensinar a Palavra de Deus e cuidar da saúde espiritual das suas famílias
(Nm 1:4; 1 Co 11:3; Ef 6:4; 1 Tm 3:2-5, 12-13; Tt 1:5-6; 1 Pd 3:7).
Eram os homens os principais responsáveis pela liderança espiritual.
Agora temam o Senhor e sirvam-no com integridade e fidelidade.
Joguem fora os deuses que os seus antepassados adoraram além do
Eufrates e no Egito, e sirvam ao Senhor. Se, porém, não lhes agrada
servir ao Senhor, escolham hoje a quem irão servir, se aos deuses que
os seus antepassados serviram além do Eufrates, ou aos deuses dos
amorreus, em cuja terra vocês estão vivendo. Mas, eu e a minha
família serviremos ao Senhor. (Js 24:14-15)
Percebamos que Josué ordenou a todas as tribos de Israel, através
dos seus representantes (as autoridades, os líderes, os juízes e os
oficiais, Js 24:1), que temessem e servissem ao Senhor, isso não lhes
era uma mera opção, mas uma ordem claramente expressa. Também,
mesmo que escolhessem o caminho da desobediência, assegurou-lhes
que pelo menos ele e a sua família serviriam ao Senhor. Esta foi uma
posição de autoridade como líder em Israel e responsável por sua casa!
Joel Beeke comenta:
Deus organizou a raça humana através das famílias e das tribos, e
tratou largamente com eles por meio da liderança do pai. Como disse
Deus a Abraão, ‘...e por meio de você todos os povos da terra serão
abençoados’ (Gn 12:3). A economia mosaica continuou o princípio do
pai representando a família na adoração e na comunhão com Deus. O
livro de Números focaliza particularmente em Deus tratando de seus
povos nos termos das famílias e das suas cabeças. O pai devia conduzir
a família na adoração da Páscoa e instruir suas crianças do seu
significado. O papel da liderança do pai na adoração continuou durante
toda a monarquia em Israel e nos dias dos profetas do Velho
Testamento.8
Em sua obra, Sherron George9 destaca seis textos no Pentateuco
sobre perguntas que os filhos fariam aos pais, e como deveriam
responder de acordo com a orientação do próprio Deus:
Quando os seus filhos lhes perguntarem: ‘O que significa esta
cerimônia?,’ respondam-lhes: É o sacrifício da Páscoa ao Senhor, que
passou sobre as casas dos israelitas no Egito e poupou nossas casas
quando matou os egípcios.” Então o povo curvou-se em adoração. (Êx
12:26-27)
Nesse dia cada um dirá a seu filho: Assim faço pelo que o Senhor fez
por mim quando saí do Egito. (Êx ١٣:٨)
No futuro, quando os seus filhos lhes perguntarem: ‘Que significa
isto?’, digam-lhes: Com mão poderosa o Senhor nos tirou do Egito, da
terra da escravidão. (Êx 13:14)
No futuro, quando os seus filhos lhes perguntarem: ‘O que significam
estes preceitos, decretos e ordenanças que o Senhor, o nosso Deus,
ordenou a vocês?’ Vocês lhes responderão: ‘Fomos escravos do faraó,
no Egito, mas o Senhor nos tirou de lá com mão poderosa. (Dt 6:20-
21)
Elas servirão de sinal para vocês. No futuro, quando os seus filhos lhes
perguntarem: ‘Que significam essas pedras?’, respondam que as águas
do Jordão foram interrompidas diante da arca da aliança do Senhor.
Quando a arca atravessou o Jordão, as águas foram interrompidas.
Essas pedras serão um memorial perpétuo para o povo de Israel. (Js
4:6-7)
Disse ele aos israelitas: “No futuro, quando os filhos perguntarem aos
seus pais: ‘Que significam essas pedras?’. (Js 4:21)
Estes textos mostram a preocupação de Deus com o processo
educativo. E como as instruções sobre o ensino são dadas aos pais, fica
evidente que estes eram os educadores, isto é, os responsáveis pela
educação dos filhos.
Em nossos dias, temos testemunhado e sofrido uma crise de
autoridade fortíssima. Talvez, resultado dos anos de opressão política
no Brasil, seja sob o colonialismo ou em função do regime do
autoritarismo na ditadura, muitos buscam certa liberdade, tentando
resistir à subordinação, obediência, respeito às autoridades instituídas e
a oportunidade de serem ensinados por elas, optando por viverem de
acordo com os próprios pensamentos e assumindo a vida que querem.
De toda forma, o que sabemos é que, cada vez mais, a figura de
autoridade tem sido crescentemente menosprezada, desafiada com
desonra e suas decisões resistidas. Nesta direção, parece-nos inevitável
a omissão dos pais e a desobediência dos filhos. Por causa deste tipo
de conduta é que Salomão advertiu: “A vara e a correção10 dão
sabedoria,11 mas a criança, entregue a si mesma, envergonha a sua
mãe” (Pv 29:15). Percebamos a preocupação bíblica de que a criança
não pode ser entregue a si mesma, seja pela omissão dos pais, seja na
rebeldia dos filhos, porque no final, o resultado será vergonha para
ambos.
Não podemos deixar de considerar que existem diversas condições
familiares na sociedade e, por esta razão, o responsável pelo ensino das
crianças muda, de acordo com cada uma, sendo a tarefa do pai
assumida pela mãe ou responsável direto. Por exemplo:
— Pai que abandonou o lar e deixou a mãe só no cuidado diário
dos filhos;
— Filhos de outro casamento e criados por padrasto ou madrasta;
— Filhos que são cuidados por familiares ou por família adotiva
porque são órfãos;
— Mãe que é viúva e se tornou a maior responsável pela educação;
— Pai omisso e cheio de desculpas que pressiona a mãe a assumir a
condição principal na educação cristã dos filhos;
— Pai que trabalha com viagens e a mãe é quem possui as melhores
oportunidades;
— Casamento misto, quando apenas uma parte é crente e se
importa com a educação cristã;
— Pai e mãe que não são crentes e filhos que são, sendo apenas
ensinados e corrigidos pelo ensino bíblico nas igrejas que congregam;
— Filhos que não são crentes, mas os pais são e ainda desafiados
diariamente no ensino da Palavra de Deus e no testemunho;
— Além de outras estruturas familiares.
Apesar da Bíblia tratar os pais (homens) como os maiores
responsáveis pela educação dos filhos,12 como quem um dia haverá de
prestar contas, a tarefa de ensinar varia, sendo muitas vezes assumida
pela mãe13 ou responsável legal. No contexto do povo de Israel, as
filhas eram orientadas, pelas mães e idosas, quanto aos deveres da
mulher na sociedade e no casamento (Tt 2:3-5). Além do pai,
percebemos que as mulheres ocupavam e ocupam função fundamental
nos cuidados de natureza espiritual da família (Pv 14:11). E ainda, a
Bíblia nos informa que muitas crianças recebiam educação formal por
parte de sacerdotes, como já vimos, mas também de amas e tutores
(aios), os quais eram contratados para esta função (Nm 11:12; 2 Rs
10:1; Is 49:23; Gl 3:24). Em geral, o propósito desta educação era
instruir e conduzir os filhos, desde cedo, no caminho da obediência
(evidência externa da fé) e no temor do Senhor (evidência interna da
fé), promovendo-lhes espiritualidade sadia e condutas morais
publicamente honradas.
William Arnot, destaca que em Provérbios:
O primeiro e grande mandamento é o temor do Senhor e o segundo,
próximo deste, é a obediência aos pais. Onde quer que a raiz é
plantada, este é o primeiro fruto que ela produz. O ensino do Decálogo
e dos Provérbios, embora circunstancialmente diferente, é
essencialmente o mesmo.14
Autor do livro O Pentateuco, Paul Hoff afirma:
Os pais não devem depender da instrução pública da religião, mas
devem instruir os seus filhos nos lares. Os israelitas falhavam neste
dever e apostatavam cada vez mais. Também, muitos cristãos
descuidam a instrução dos filhos nas coisas espirituais e depois estes se
apartam do caminho do Senhor.15
O lar é local mais importante desta educação, onde a criança deve
aprender as primeiras lições da vida, como resultado do compromisso
que os pais têm na aliança com Deus. Ele deve ser a primeira escola
dos filhos, onde devem herdar os princípios que influenciarão a sua
relação com Deus, e com o mundo, onde a sabedoria Divina deve ser
semeada e cultivada, onde os fundamentos morais são edificados. Ali,
os professores são pais e os alunos filhos.
Pois eu o escolhi, para que ordene aos seus filhos e aos seus
descendentes que se conservem no caminho do Senhor, fazendo o que
é justo e direito, para que o Senhor faça vir a Abraão o que lhe
prometeu. (Gn 18:19)
Gravem estas minhas palavras no coração e na mente; amarrem-nas
como sinal nas mãos e prendam-nas na testa. Ensinem-nas a seus
filhos, conversando a respeito delas quando estiverem sentados em
casa e quando estiverem andando pelo caminho, quando se deitarem e
quando se levantarem. (Dt 11:19)
Arthur W. Pink acrescenta:
“Derrama a tua ira sobre as nações que não te conhecem, sobre os
povos que não invocam o teu nome...” (Jr 10:25). Nós imaginamos
quantos de nossos leitores têm ponderado seriamente nestas temíveis
palavras! Observem que terríveis ameaças são pronunciadas contra
aqueles que negligenciam o culto familiar! Quão inefavelmente grave
é descobrir que as famílias que não oram são aqui comparadas aos
pagãos, que não conhecem ao Senhor. Mas, isto não deve nos
surpreender. Por que, existem muitas famílias pagãs que se reúnem em
adoração aos seus falsos deuses. E eles não envergonham milhares de
cristãos professos? [...] Nada deve ser permitido interferir neste dever:
todos os demais compromissos domésticos devem ser submetidos a
este. O chefe da família deve ser aquele que dirige as devoções, mas se
ele estiver ausente, ou gravemente enfermo, ou se não for convertido,
então a esposa pode substituí-lo. Sob nenhuma circunstância o culto
familiar deve ser omitido.16
Não restam dúvidas quanto à importância do homem, auxiliado pela
mulher (Jz 14:3-6; Lc 2:48 e 51) ou responsável, no dever de ser o
primeiro exemplo, dentro de casa, do aprendizado, obediência e ensino
da Palavra de Deus (Dt 6:5-7).
A Assembléia Geral da Igreja Reformada de Edinburgh (Escócia),
reunida em 24 de agosto de 1647, em sua Décima Sessão, aprovou,
entre outras, a seguinte instrução para a Igreja (famílias cristãs):
II. Os deveres ordinários compreendidos no exercício da piedade que
devem ser realizados em famílias, quando reunidas com este propósito,
são os seguintes: Primeiro, oração e louvores, com referência especial,
tanto à condição pública da igreja de Deus neste reino, como à
presente situação da família e de cada um dos seus membros. A seguir,
leitura das Escrituras e explicação de um modo claro, a fim de que a
compreensão dos mais simples possa ser melhor capacitada a tirar
proveito das ordenanças públicas e a entenderem melhor as Escrituras;
bem como conversas piedosas com vistas à edificação de todos os
membros na mais santa fé; assim como, admoestação e repreensão,
quando há justa razão, por parte daqueles que estiverem em posição de
autoridade na família.17
Como fonte da sabedoria no lar, a Bíblia nos fornece todos os
conselhos necessários para que os pais assumam firmemente o dever
de ensinar os seus filhos no caminho do bem, da honra aos pais e da
glória de Deus!
Deus honra a Sua própria ordem, a família. Ele dá aos pais a
autoridade nela depois de Si mesmo. [...] Deus é o autor da
constituição da família. Ele concebeu o plano e o executou. Suas leis
são gravadas na natureza humana e declaradas na Sua Palavra.18
Desde o início, Deus deu ordem específica acerca do ensino
religioso (e.g. Deuteronômio 6). A primeira parte deste mandamento é
para que os pais amem a Deus integralmente e guardem as Suas
palavras no coração (Dt 6:5-6); a segunda é para que instruem aos seus
filhos: “Ensine-as com persistência a seus filhos. Converse sobre elas
quando estiver sentado em casa, quando estiver andando pelo
caminho, quando se deitar e quando se levantar” (Dt 6:7). Por estas
instruções, entende-se que Deus não apenas quer ser amado por Seu
povo, mas também que ensine isto a seus filhos, que orientem a fé às
próximas gerações. Este é um protótipo da educação cristã: amar a
Deus e ensinar amá-Lo.
Se desejamos despertamento e crescimento das nossas famílias, da
Igreja e consequentemente da sociedade, necessitamos nos dedicar ao
ensino da Palavra de Deus aos nossos filhos, com perseverança!
5 “Por que vocês zombam de meu sacrifício e da oferta que determinei para a minha habitação? Por que você honra seus filhos, mais do que a mim, deixando-os engordar com as
melhores partes de todas as ofertas feitas por Israel, o meu povo?” (1 Sm 2:29).
6 “Os filhos de Eli eram ímpios; não se importavam com o Senhor nem cumpriam os deveres de sacerdotes para com o povo...” (1 Sm 2:12-13).
7 “Portanto, o Senhor, o Deus de Israel, declara: ‘Prometi à sua família e à linhagem de seu pai, que ministrariam diante de mim para sempre’. Mas agora o Senhor declara: ‘Longe de
mim tal coisa! Honrarei aqueles que me honram, mas aqueles que me desprezam serão tratados com desprezo. É chegada a hora em que eliminarei a sua força e a força da família de
seu pai, e não haverá mais nenhum idoso na sua família, e você verá aflição na minha habitação. Embora Israel prospere, na sua família ninguém alcançará idade avançada. E todo
descendente seu que eu não eliminar de meu altar será poupado apenas para lhe consumir os olhos com lágrimas e para lhe entristecer o coração, e todos os seus descendentes
morrerão no vigor da vida.’ E o que acontecer a seus dois filhos, Hofni e Finéias, será um sinal para você: os dois morrerão no mesmo dia.” (1 Sm 2:30-34).
8 BEEKE, 2002, p. 5
9 BRUEGGEMANN, 1982, apud GEORGE, 1993, p. 45-46
10 Hebraico: waw (conjunção) + Towkechah (substantivo), “e argumento”, “e reprovação”.
11 Tanto a vara como disciplina física (sem abuso ou desproporcional, Pv 19:18), quanto a correção como disciplina oral, por meio de firmes conselhos e decisões que combatem as
tentações e enganos no coração dos filhos, estão combinadas como resultantes da sabedoria. É um fardo pesado demais para eles agirem por si só e decidirem qual é o melhor caminho
a seguir. Os pais têm autoridade para ensinar e orientar quanto à vida religiosa, profissão, amizades, relacionamentos afetivos, preparação pré-nupcial, envolvimento com festas, redes
sociais, etc. e é responsabilidade dos filhos ouvir, atender e honrarem os seus pais diante de Deus (Ef 5:1-3 cf. Êx 20:12; Lv 19:3; Dt 27:16; Mt 15:4, 19:19; Mc 7:10, 10:19; Lc
18:20), atentos à Sua Palavra. O sistema cognitivo da criança ainda está em desenvolvimento, o que limita a capacidade de abstração. É neste caso que a disciplina física se faz
necessária (Pv 10:13, 13:24), pois é recebida como uma lição concreta e fácil de ser compreendida, sempre acompanhada de um longo diálogo. A disciplina cautelosa pode demonstrar
amor e servir de proteção (Pv 3:12, 22:15; Hb 12:9-11).
12 “Instrua a criança segundo os objetivos que você tem para ela, e mesmo com o passar dos anos, não se desviará deles” (Pv 22:6); “Pais, não irritem seus filhos; antes, criem-nos
segundo a instrução e o conselho do Senhor” (Ef 6:4).
13 “Ouça, meu filho, a instrução de seu pai e não despreze o ensino de sua mãe...” (Pv 1:8); “Meu filho, obedeça aos mandamentos de seu pai e não abandone o ensino de sua mãe”
(Pv 6:20); “Fala com sabedoria e ensina com amor. Cuida dos negócios de sua casa e não dá lugar à preguiça. Seus filhos se levantam e a elogiam; seu marido também a elogia,
dizendo: ‘Muitas mulheres são exemplares, mas você a todas supera’.” (Pv 31:26-29); “Recordo-me da sua fé não fingida, que primeiro habitou em sua avó Lóide e em sua mãe,
Eunice, e estou convencido de que também habita em você [...]. Quanto a você, porém, permaneça nas coisas que aprendeu e das quais tem convicção, pois você sabe de quem o
aprendeu. Porque desde criança você conhece as Sagradas Letras, que são capazes de torná-lo sábio para a salvação mediante a fé em Cristo Jesus” (2 Tm 1:5 e 3:14-15).
14 ARNOT, 1863, p. 25
15 HOFF, 2007, p. 230-231
16 PINK, 2015, p. 4
17 Center for Reformed Theology and Apologetics: “The Directory for Family Worship”: www.reformed.org/documents/index.html
18 ARNOT, 1863, p. 26
Instruções Para as Devocionais
Passaremos agora a fornecer algumas instruções sobre como utilizar
as devocionais desta obra. Antes, precisamos afirmar que qualquer que
seja a metodologia usada, a eficácia e o resultado jamais dependerão
dela, mas da graça que atua nas crianças segundo os meios e
propósitos de Deus. A metodologia aqui exposta servirá apenas como
uma bússola que guiará os pais. Neste sentido Gene Getz afirma:
Ninguém pode negar a importância da ‘transmissão de informações’
no processo de edificação. A igreja que não fornece um bom ensino
bíblico não pode ser classificada entre as que praticam os princípios
bíblicos neotestamentários para a vida da igreja. No entanto, esse
ensino assumiu enorme variedade de formas. Não há diretrizes
absolutas nem padrões estereotipados. Os métodos e técnicas - quer
usados por Jesus, pelos apóstolos, quer por outros membros do corpo
de Cristo - variavam de acordo com a situação [...]. Mas sempre havia
um objetivo em mira (quando se dava entre os cristãos): sua
edificação. Os métodos e as técnicas eram meios de atingir esse alvo
divino.19
O modo como nossos filhos aprendem deve orientar a maneira como
devemos ensiná-los. Isto é metodologia, nada mais. O essencial é a
Bíblia como instrumento desta educação!
Não é demais lembrarmos, também, que as devocionais são parte de
um contexto maior quando tratamos do ensino das nossas crianças.
Não podemos nos acomodar com o fato de, dirigida a devocional
semanal, a nossa missão enquanto pais está cumprida. Pois o ensino
envolve a oralidade (o que se fala) e a moralidade (o que se faz do que
se fala) dos pais. O que fazemos com aquilo que falamos revela o
quanto ele é verdade para nós mesmos. As crianças percebem e
tendem a reproduzir as nossas mesmas reações diante da Bíblia e de
Deus, pois servimos enquanto uma referência, como um modelo que
seguirão, mesmo que não queiramos.
Se não tivermos um evidente compromisso com a oração e a leitura
da Bíblia, prudência com finanças instáveis, sabedoria para administrar
relacionamentos conturbados, uso adequado da língua contra a
mentira, xingamentos, juízos precipitados, fofocas e críticas
excessivas, se não demonstrarmos como superar os fracassos,
honrando a Deus, se não participarmos das atividades da igreja, se
murmurarmos mais que agradecemos, se não demonstrarmos amor e
fidelidade em nossos casamentos, se deixarmos passar oportunidades
de socorrer aquele que nos pede ajuda ou de confortarmos aflitos em
suas enfermidades, dentre outras, quando falarmos aos nossos filhos
sobre a Bíblia e o que ela exige de nós nestas situações, por exemplo,
eles não reconhecerão quão séria deve ser a vida em obediência a
Deus. Recordemos do que foi dito no capítulo anterior sobre
Deuteronômio 6:5-7.
Estamos sempre ensinando os nossos filhos, mesmo quando não
estamos atentos a isto e a aprendizagem se consolida à medida que eles
crescem (Pv 22:6).
1. Considerações preliminares
A vida é vivida, em geral, em pelo menos cinco etapas: infância (do
nascimento aos nove anos); adolescência (entre dez e quatorze anos);
juventude (quinze a vinte e quatro anos); adulta (vinte e cinco a
cinquenta e nove anos) e idosa (sessenta anos acima). O nosso objetivo
foi desenvolver um material que servisse a uma faixa etária entre a
infância e a adolescência. Contudo, necessitamos delimitar a faixa
etária entre os cinco e doze anos, observando a teoria do
desenvolvimento cognitivo20 definida por Jean Piaget,21 pelas seguintes
razões:
- Até os dois anos a criança coordena as suas percepções em
comportamentos motores simples, sendo limitada a isto. Sem dúvidas,
ela ouve e aprende, mas exige padrões mais específicos de ensino do
que pretendemos aqui;
- Dos três aos cinco anos a criança representa a realidade em torno
de si através de imagens mentais e frequentemente distingue pouco a
sua compreensão da dos outros, por isto se inclina em transformar tudo
em verdade absoluta. Suas ações são guiadas mais por aquilo que
imagina ser do que pelo que compreende. Ela capta apenas partes do
que ouve e vê em sua memória, não é capaz de montar o cenário
completo, absorve mais em seus sentimentos que na mente, por isso os
pais precisam repetir constantemente o que querem que aprenda;
- Entre os seis e doze anos, ela já é capaz de construir raciocínios
lógicos básicos, pois faz combinações mentais, separa e organiza
conceitos e possui ações de maior consciência. Para ela, estas ações
são consideradas concretas porque a sua capacidade de compreensão é
maior.
Apesar desta delimitação de idade para a compreensão da linguagem
usada neste livro no ensino de Provérbios 1 e 2, também por seu estilo
literário, bem como dos assuntos a serem abordados, será necessário
aos pais estabelecerem pontes de ligação, ou seja, acomodar ou adaptar
a linguagem das devocionais apresentadas, por conhecerem, mais
precisamente, cada um e as circunstâncias em que vivem. Observemos
o que diz Lawrence Richards: “A compreensão das verdades bíblicas
sempre é limitada por nossa capacidade de percepção”.22 E:
...se nós tratarmos as verdades bíblicas como convicções intelectuais,
sem significado emocional ou decisório, a criança será levada a
integrá-los em sua personalidade exatamente da mesma maneira... a
Escritura tem de ser transmitida como realidade vivida e visível!23
Use a criatividade, não deixe que a rotina esvazie o prazer e
interesse dos filhos nas devocionais. Por exemplo, cite frases
incompletas para que eles a completem (serve como medidor da
compreensão); varie o tom da voz para enfatizar as palavras-chave;
gesticule para chamar e manter a atenção; utilize figuras ou símbolos;
ilustre contando experiências pessoais, etc. Provérbios foi escrito
numa linguagem paternal.
Quanto ao tempo, cremos que 20 minutos, no máximo 30, é o
suficiente de acordo com a idade das crianças ou adolescentes.
Especialmente crianças, entre cinco e dez anos apresentam baixo poder
de concentração e a brevidade é fundamental neste sentido. É claro que
poderá estender este tempo para ٣٠ minutos ou mais, no caso delas
terem idade acima de dez anos. A. W. Pink diz que “o culto familiar
deve ser realizado reverente, sincera e simplificadamente. Para que
então, os pequeninos recebam as suas primeiras impressões e formem
a sua concepção inicial a respeito do Senhor Deus.”24
Um ano tem 52 semanas. Todas as devocionais apresentadas neste
livro foram desenvolvidas para uso semanal, durante um ano, sendo 22
devocionais para o primeiro semestre e 22 para o segundo, somando
44 semanas (11 meses). Os dois meses restantes (oito semanas) foram
reservados para momentos exclusivos de oração, incluindo os meses
de férias escolares quando os pais poderão fazer uso de outros
materiais.
É muito importante manter a periodicidade para criar expectativa e
facilitar a organização do tempo de cada membro da família no
decorrer da semana. Sem este referencial os desencontros se tornam
inevitáveis. Portanto, é necessário diálogo e estabelecimento de mútuo
compromisso na família sobre um dia e horário na semana. Não
cedamos às pressões ou desculpas se desejamos seguir unidos pelo
mesmo caminho da fé no Senhor.
É claro que cada família vive a sua própria realidade e, portanto,
cada uma lida com oportunidades mais favoráveis que outras para,
semanalmente, se reunir em devoção a Deus e aprendizado bíblico. Há
aquelas que possuem pais crentes e filhos crentes, mas outras cuja
realidade é diferente. Tudo isto revela a imensa complexidade de
reunir os interesses de todos em um culto familiar harmonioso. O que
podemos fazer em contextos semelhantes? Bem, a resposta a esta
questão não é tão simples como pode-nos parecer, mas primeiramente
é preciso tomarmos a decisão e darmos os primeiros passos para reunir
a família, com muito diálogo, e perseverarmos na sua prática, mesmo
que com apenas parte dela presente. Segundo, orarmos frequentemente
por ela, especialmente por aqueles que não se interessam pelo
aprendizado bíblico em família, pois Deus pode despertar corações
para a profunda necessidade destas oportunidades. Terceiro, buscarmos
aconselhamento bíblico, com um pastor experiente, para melhor
entendermos como lidar com as situações, pois existem muito mais
detalhes a serem abordados.
Quanto à versão bíblica adotada para as devocionais presentes neste
livro, optamos pela Nova Versão Internacional. A sua tradução se deu
a partir das línguas em que os textos bíblicos foram originalmente
escritos (hebraico, aramaico e grego) objetivando fidelidade textual e
uma linguagem mais acessível, levando em conta a transformação pela
qual a Língua Portuguesa passou nos últimos anos. Ela é mais fácil de
compreender e, certamente, mais apropriada para os nossos filhos. Se
desejar conhecer mais informações sobre esta versão, faça download,
gratuitamente, do título NVI: A Bíblia do Século 21, pelo website da
Bíblica Brasil, na aba “Tradução”: www.biblicabrasil.org.br.
2. Metodologia adotada
Passaremos agora a analisar uma metodologia para a condução das
devocionais, como um roteiro, cuja a intenção é eliminar o improviso,
a desordem e facilitar a preparação dos pais ou responsáveis, antes de
ensinar as crianças em casa.

Primeiro: Releitura dos versos anteriores


Antes de tudo, necessitaremos reler todos os versos anteriores até o
texto da devocional da semana. A faixa etária das crianças que
contemplamos aqui é de cinco a doze anos. Esta fase exige, mais que
outras, a repetição de lições porque a sua capacidade de memorização
é baixa e se ouvem apenas uma vez, logo se esquecem, mas se ouvem
repetidamente, as mesmas lições, o conhecimento se fixa em suas
mentes e passa a fazer parte da sua vida cotidiana. Esta é a mesma
estratégia das agências de publicidade, pois sabem que se as pessoas
ouvirem ou lerem as mesmas informações, mais de uma vez, elas não
se esquecem tão facilmente quando lhes são expostas numa só
oportunidade.
Segundo: Revisão da última devocional
Também, neste mesmo propósito de repetição, façamos uma breve
revisão da devocional anterior, cuja finalidade é contextualizar a
devocional da semana. Como já dissemos, as devocionais aqui
apresentadas possuem periodicidade semanal. Se não fizermos uma
revisão para os nossos filhos, eles podem perder a noção de
continuidade e encontrar dificuldade para entender a devocional em
questão. Sam Doherty diz que quando repetimos ou revisamos,
enfatizamos os fatos e princípios aprendidos e aproveitamos “a
oportunidade para fornecer uma perspectiva mais profunda e assim
aumentamos o conhecimento prévio”.25 Os textos de Provérbios
possuem conexão de raciocínio entre certos versos e, sem uma
contextualização, eles perdem o sentido próprio.
Terceiro: Leitura do texto
Uma vez feita a releitura dos versos anteriores e a revisão da última
devocional, leiamos o texto indicado para a semana. Esta leitura
necessita ser feita, de preferência, duas vezes, de modo mais lento e
enfatizando as palavras-chave.
Quarto: Explicação do Texto
Agora é hora de explicar o texto. Fornecemos para cada devocional
uma explicação que poderá ser lida. No entanto, cuidemos para não
tornarmos este momento enfadonho ou desmotivador, mas
entusiasmante. O ensino de crianças não pode envolver apenas
informações, mas recursos visuais, ilustrações, comparações, variação
do tom da voz, expressões faciais e dinâmicas. Todas estas dicas
podem nos ajudar a manter a concentração dos nossos filhos ao ensino
proposto do texto. Sam Doherty afirma: “Ensinar é ajudar outra pessoa
a aprender”. E ainda: “Se você contar algo a uma criança, isso não
significa necessariamente que ela aprendeu [...] Ensinar significa que
você investiu tempo para tornar uma verdade realmente compreensível
para aquele que ouve, o que envolve uma explicação cuidadosa.”26 Para
Telma Bueno: “O ensino precisa ser centrado no aluno, e não no
professor ou no conteúdo. Todas as nossas ações didáticas devem ser
elaboradas pensando no aluno, visando a sua aprendizagem.”27
Quinto: Perguntas para Participação
Chegamos agora à etapa da fixação. Façamos perguntas criativas,
pelo menos uma ou duas, relacionadas com o ensino da semana. Elas
não apenas despertam a curiosidade e cativam a atenção, mas também
encorajam o diálogo e a participação com interesse. Fornecemos, para
cada devocional, duas perguntas com este objetivo, mas os pais
poderão fazer outras mais adequadas se preferirem.
Sexto: Memorização do Texto
Ainda nesta etapa, objetivamos ajudar nossos filhos a decorar o
texto para que durmam e acordem pensando nele e se lembrem dele,
durante os dias, até a próxima devocional. Os pais podem ajudar
relembrando-os do texto decorado durante a semana. É claro que
algumas leituras poderão aumentar o grau de dificuldade para serem
decoradas, observando a idade dos filhos ou densidade do texto.
Nestes casos, os pais podem repetir a leitura, com eles, por algumas
vezes. Porém, a maior parte dos textos selecionados para as
devocionais semanais está organizada por apenas um verso, tornando a
sua memorização mais fácil. Sendo assim, dividimos o texto em partes
para que seja decorado, uma a uma, para depois todo ele ser
pronunciado sem qualquer ajuda. William Lasor diz que “o emprego
constante de paralelismo, base da poesia semita, era em si mesmo um
ajuda para a memorização.”28
Sétimo: Conselho Prático
Esta é a etapa da aplicação. Lawrence Richards relata: “A educação
cristã tem de levar todos os membros do Corpo a servir uns aos
outros.”29 O objetivo dessas devocionais não é apenas levar a criança à
compreensão do texto bíblico, mas também indicar como ela se aplica
às suas experiências diárias (Tg 1:22, 2:26). Segundo Sam Doherty:
Apenas afirmar (ou até mesmo ensinar) uma verdade não é suficiente.
A criança precisa aprender como esta verdade se aplica a ela
pessoalmente e em termos de sua compreensão. Sendo assim, ela
precisa ser desafiada com a verdade de forma a saber como vivê-la.30
Joel Beeke lembra que Deus deve ser cultuado pela leitura diária e
instruções da Sua Palavra e que através de perguntas, respostas e
instruções, pais e crianças interagem diariamente, um com o outro,
sobre verdades sagradas.31
O que se espera de quem sabe o que deve fazer é a obediência e,
como já dissemos, ela começa com o exemplo dos pais; afinal, eles são
as primeiras referências dos filhos e, portanto, com autoridade,
necessitam interferir diretamente nas experiências e escolhas que
fazem no curso da vida. Esta é uma oportunidade de, mediante a
Palavra de Deus, exercermos a função de conselheiros sábios. Leiamos
o que Sherron George reflete a respeito: “Tratando também da
sabedoria, o Livro de Provérbios tem muita instrução que é
diretamente didática. Os Provérbios não contêm teorias ou filosofias
especulativas, mas ensino muito prático.”32
É claro que não basta dizer para a criança como viver o princípio
ensinado, é igualmente necessário que os pais acompanhem a sua
prática. Por isto, fornecemos um conselho prático, de acordo com o
texto, para cada devocional, mas são conselhos genéricos porque
somente os pais, conhecendo os seus filhos e a capacidade de
compreensão de cada um, podem ser mais específicos e pessoais neste
momento. Por exemplo, evitamos aqui conselhos sobre namoro,
sexualidade, sensualidade, fornicação, pornografia, uso de redes
sociais, etc., pois estes assuntos podem ser precipitados a certas idades.
Deixamos, portanto, aos pais a liberdade de aconselhar estas áreas, se
necessário e oportuno ao contexto dos seus filhos.
Temos que considerar também que, um dos objetivos de Salomão,
nos capítulos 1 e 2, foi ganhar o coração do seu filho (Pv 1:8-10, 2:1
cf. 3:1, 4:1-2, etc), antes de outros que poderiam convencê-lo e guiá-lo
por caminhos que não são orientados pela sabedoria Divina. Portanto,
este será um dos nossos maiores objetivos práticos através do que
ensinaremos aos nossos filhos.
Oitavo: Motivos e Oração
Este é o último momento da devocional e igualmente importante!
Pela Bíblia Deus fala conosco, mas é na oração que falamos com Ele.
Ambas experiências constituem relacionamento. Aqui, dedicamos
tempo para anotar os motivos de orações de cada membro da família,
pelos quais cada um poderá orar, ordenadamente, um pelo outro.
Além dos motivos diretamente dedicados a Deus, como a adoração e
confissão de pecados, nos concentramos, também, naqueles que se
referem às nossas necessidades pessoais, como proteção das tentações,
sabedoria para lidar com desafios pessoais, cura de enfermidades,
gratidão, etc. Esta é uma ótima oportunidade para os pais abraçarem os
seus filhos e orarem por e com eles. Para facilitar, desenvolvemos um
quadro de motivos temáticos33 pelos quais os pais poderão se orientar
nesta direção:
19 GETZ, 1994, p. 108
20 PIAGET; & INHELDER, 2009, p. 11-94
21 Jean William Fritz Piaget (1896 - 1980) foi um epistemólogo suíço, considerado um dos mais importantes pensadores do Século XX. Wikipédia. As suas teorias do
desenvolvimento cognitivo tiveram um grande impacto sobre a educação secular e também estão tendo impacto sobre a educação religiosa.
22 RICHARDS, 1983, p. 149
23 Idem., 1983, p. 155
24 PINK, 2015, p. 4
25 DOHERTY, 2008, p. 111
26 DOHERTY, 2008, p. 94
27 BUENO, 2012, p. 20
28 LASOR, 1999, p. 501
29 RICHARDS, 1983, p. 20
30 DOHERTY, 2008, p. 113
31 BEEKE, 2002, p. 8-9
32 GEORGE, 1993, p. 51
33 Eles se combinam e, na prática, não são separáveis como demonstrados na tabela. Cremos que a vida humana integra a realidade espiritual e relacional. Porém, apenas para efeito
didático, separamos.
O Livro de Provérbios
O nome do livro é identificado no seu primeiro verso: mashal
Shelomoh, traduzido do hebraico como “provérbios de Salomão”. A
palavra “provérbio” vem do Latim34 e significa “ditos”, ou seja,
expressões curtas que comunicam a verdade e princípios morais por
analogias, comparações, linguagem figurada ou enigmática,
ilustrações, afirmações curtas extraídas de longas experiências de vida,
etc. Semelhante à citação de apenas parte de um poema. De acordo
com Robert Lowth:
Um poema é chamado em hebraico de Mizmor, isto é, como já
observado, uma composição curta e dividida em partes distintas. Ele é
assim chamado em referência ao verso e números. Novamente, um
poema é chamado, em referência à dicção e sentimentos, Mashal; que
considero ser a palavra expressamente correta quanto ao estilo
poético.35
Vilson Scholz, em Princípios de Interpretação Bíblica, diz que a
poesia prima pela linguagem concisa, uso de imagens vívidas e tudo
colocado na forma adequada.36 E William Arnot, em Laws from
Heaven for Life on Earth - “Leis dos Céus para Vida na Terra”,
acrescenta:
Provérbios são muito abundantes em todas as línguas e entre todos os
povos. Muitos deles, embora pareçam atuais e cheios de vitalidade em
nossos lábios, nos levam sempre ao passado. Eles lidam com todo tipo
de assunto, mas principalmente com as características mais amplas da
vida comum. A elegância peculiar e o poder do ditado são devidos a
uma combinação de vários elementos. Entre outros, são a forma
antitética de expressões curtas, mistos de evidências e significados
ocultos.37
Justamente por causa do impacto que causam nos interesses pessoais
cotidianos, provérbios sempre receberam atenção, desde a
Antiguidade, também porque cativam, despertam a reflexão e facilitam
a memorização.
O ensino deste livro é dirigido, enfaticamente, ao “filho meu”,38
“filhos”,39 “filho”40 e “filhos dos homens” (Pv 8:4). O foco da atenção
de Provérbios está na educação de filhos, porém, esta finalidade
alcança a todos: pais e filhos, crianças, jovens, adultos e idosos. As
crianças são, na verdade, o primeiro alvo dos provérbios, percorrendo
todas as faixas etárias na sequência, pois também necessitam aprender
e praticar a sabedoria Divina, cujo significado em Provérbios é o
conhecimento da vontade de Deus e a obediência a ela.41
“No temor do Senhor está a sabedoria,
e evitar o mal é ter entendimento.” Jó 28:28
Todos devem contemplá-la de forma prática, vivida por causa do
temor ao Senhor: “O temor do Senhor é o princípio do
conhecimento...”42 (Pv 1:7). Tal sabedoria é tratada como o maior
tesouro que um homem pode possuir (Pv 8:18-19, 16:16, 20:15).
Quando é reconhecido o seu valor, o homem faz tudo o que lhe é
possível para obtê-la: “Compre a verdade e não abra mão dela, nem
tampouco da sabedoria, da disciplina e do discernimento” (Pv 23:23).
Jesus disse: “O Reino dos céus é como um tesouro escondido num
campo. Certo homem, tendo-o encontrado, escondeu-o de novo e,
então, cheio de alegria, foi, vendeu tudo o que tinha e comprou aquele
campo” (Mt 13:44). Além de diversas citações de Provérbios no Novo
Testamento, a Epístola de Tiago é a que mais enfatiza a sabedoria,
demonstrando como deve ser vivida na prática.
O Livro de Provérbios contrasta a vida dos ímpios43 e a dos sábios.44
Este contraste é usado para advertir o povo que se encontra em aliança
com Deus quanto aos resultados indesejados por quem rejeita os Seus
conselhos, motivando-o a perseverar na obediência e a preservar os
seus filhos da vergonha (Pv 10:1 e 29:15). É neste sentido que a
palavra “temor” é usada, significando reverência ou profundo respeito
por Deus em tudo o que se fala e faz na vida diária. A sabedoria é o
resultado deste temor!
As pessoas que rejeitam a sabedoria atraem para si mesmas diversos
problemas na vida, como exemplo, problemas de relacionamento por
causa do mal uso da língua (Pv 13:13, 21:23), crises financeiras (Pv
15:6), calamidades (Pv 22:3), fracassos e a resposta da sua própria
maldade ou malícia (Pv 28:14). Por causa da sua falta de sabedoria e
temor a Deus tentam exercer má influência contra aqueles que desejam
viver de modo contrário (Pv 1:10-14, 4:14-19, 13:20, 20:19, 24:1-2,
28:9). Relativamente, são imorais (Pv 5:7-9, 9:14-15), omissas quanto
ao trabalho (Pv 6:6-11), usam a língua para semear xingamentos e
promiscuidade (Pv 4:24-27, 8:7-9), são materialistas (Pv 11:4 -6, 27-
28, 13:7-8 e 11, 18:11 e 23, 23:4-5), buscam vingança (Pv 20:22),
zombam dos outros (Pv 21:24, 22:10, 24:9, 29:8) e endurecem os seus
corações contra a Palavra de Deus (Pv 29:1). Mas aquelas pessoas que
desejam viver vida sábia e no temor ao Senhor, preservam a alma (Pv
16:17), experimentam longevidade da vida (Pv 9:11), felicidades (Pv
17:22, 28:14, 29:18), contentamento (Pv 19:23), riquezas, honra e vida
(Pv 22:4 e 29) e são mais prevenidas de problemas (Pv 19:23, 21:23).
E ainda têm uma atitude firme contra os seus próprios pecados:
“Temer o Senhor é odiar o mal; odeio o orgulho e a arrogância, o mau
comportamento e o falar perverso” (Pv 8:13, 13:5, 14:9). A pessoa
considerada sábia, para a Bíblia, é humilde (Pv 20:9, 22:4, 29:23,
28:13) e busca aquilo que agrada a Deus (Pv 11:1 e 20, 12:2-3).
Sobre o autor, ele é identificado no primeiro verso: “Salomão, filho
de Davi, rei de Israel”. Salomão, foi filho do rei Davi e o seu sucessor
no reinado de Israel. Ficou conhecido, dentre outros motivos, pela
sabedoria que recebeu de Deus (2 Cr 1:10-13). Em 1 Reis 4:29-34,
lemos:
Deus deu a Salomão sabedoria, discernimento extraordinário e uma
abrangência de conhecimento tão imensurável quanto a areia do mar.
A sabedoria de Salomão era maior do que a de todos os homens do
Oriente, e do que toda a sabedoria do Egito. Ele era mais sábio do que
qualquer outro homem, mais do que o ezraíta Etã; mais sábio do que
Hemã, Calcol e Darda, filhos de Maol. Sua fama espalhou-se por todas
as nações em redor. Ele compôs três mil provérbios, e os seus cânticos
chegaram a mil e cinco. Descreveu as plantas, desde o cedro do Líbano
até o hissopo que brota nos muros. Também discorreu sobre os
quadrúpedes, as aves, os animais que se movem rente ao chão e os
peixes. Homens de todas as nações vinham ouvir a sabedoria de
Salomão. Eram enviados por todos os reis que tinham ouvido falar de
sua sabedoria.
O livro possui 31 capítulos. A partir de Provérbios 24:23 a 31:31, o
texto é atribuído a outros sábios e os principais mencionados são: Agur
(Pv 30) e Lemuel (Pv 31). Não é possível afirmar com segurança, mas
o texto pode ter sido originado por Salomão e compilado por estes
outros sábios (Pv 25:1), ou simplesmente Salomão teria sido o autor
apenas os capítulos 1 ao 29 (exceto 24:25-34), sendo o restante (caps.
30 e 31) incorporado depois, fechando o Livro de Provérbios.
Quanto ao contexto canônico e estrutura do livro, Provérbios parte
do conjunto de cinco livros na Bíblia chamado de Poéticos (Jó,
Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cantares), por sua linguagem de
sabedoria e estilo literário. Mais ou menos uma terça parte do Antigo
Testamento foi escrita em forma de poesia45 e há pelo menos 58
citações de Provérbios, diretas e indiretas, no Novo Testamento. Por
exemplo, em Provérbios 8:22-31 encontramos uma forte similaridade
com João 1:1-3, destacando a eternidade e a soberania de Jesus, o
Filho de Deus, como Agente da criação do mundo. Provérbios
apresenta, também, orientações claramente práticas da Lei na aliança
com Deus (Pv 1:3) e uma esperança aos mais jovens (Pv 1:4), para que
evitem “alguns dos erros de seus antepassados”.46
Até o capítulo nove, percebemos mais enfática a estrutura poética e
elegante do seu gênero, a partir daí, o livro é composto por ditos
isolados, grande parte sem uma continuidade de raciocínio entre um e
outro versos. Os provérbios de Salomão podem ser divididos em seis
sessões: Provérbios 1:1 a 9:18, Provérbios 10:1 a 22:16, Provérbios
22:17 a 24:22 (v. 23 a 34 atribuídos a outros sábios), Provérbios 25:1 a
29:27 (os capítulos 30 e 31 são atribuídos a Agur e Lemuel).
Uma das características marcantes da poesia hebraica e que mais
descreve o estilo literário de Provérbios é a rima de ideias ou
pensamentos, chamada de paralelismo. O conceito de paralelismo na
literatura hebraica foi desenvolvido por Robert Lowth, em 1753. Ele
identificou três tipos de paralelismos (ou repetições): sinônimo,
antitético e sintético.47
No paralelismo sinônimo, a segunda linha é quase que uma
repetição da primeira. Um exemplo disso é Salmo 144:3:
Senhor, que é o homem para que te importes com ele, ou o filho do
homem para que por ele te interesses?
No paralelismo antitético, a segunda linha normalmente é
introduzida por um “mas” ou “porém”, se contrapondo ao que é dito na
primeira. O Salmo 20:7 é um exemplo disso:
Uns confiam em carros, outros em cavalos; nós, porém, nos gloriamos
em nome do Senhor nosso Deus
No sintético, as duas linhas se juntam para formar um pensamento
completo. Um exemplo é Salmo 94:11:
O Senhor conhece os pensamentos do homem,
e sabe como são fúteis
Em sua obra A História de Israel no Antigo Testamento, Samuel J.
Schultz comenta que o livro de Provérbios “é uma excelente antologia
de declarações sábias.”48
Um dos mais importantes desafios dos pais na educação de filhos
até à idade de doze anos, especialmente, é a repetição. Durante a
maturidade cognitiva que se desenvolve nesta etapa, eles não
conseguem memorizar tudo o que escutam, principalmente se ouvirem
conselho apenas uma vez. É por isso que, como pais ou responsáveis,
damos um conselho ou advertência, e logo no dia seguinte, agem como
se nunca tivessem recebido qualquer orientação. Conhecemos pais que
de tanto repetirem as mesmas lições perderam a paciência e desistiram
de ensinar, entregando os filhos a si mesmos, frente a um destino
incerto na vida. É preciso perseverar repetindo a mesma lição. O custo
é alto, mas a recompensa é maior depois! Como o Livros de
Provérbios foi organizado basicamente para a instrução de adultos,
mas principalmente de crianças, perceberemos que a repetição de
palavras, frases ou conceitos é muito frequente. As ênfases ou
repetições foram intencionais e, embora possa parecer cansativo
ensinar Provérbios, por esta razão, confiemos que a sabedoria de Deus
se revela na Sua Palavra, nos orientando na tarefa da educação dos
filhos, de acordo com os Seus poderosos propósitos!
34 “Ela vem do Latim Proverbium: PRO, “antes” e VERBIUM, “verbo”, “palavra”, significando “a favor da palavra”. Origem da Palavra - Site de etimologia:
http://origemdapalavra.com.br. É certo que a palavra se refere a uma citação retórica curta, uma introdução de lições orais maiores e mais elaboradas, contendo lições morais. No
Novo Testamento há duas palavras gregas que correspondem à palavra “provérbio”. Uma é traduzida por “parábola” (parabolê, Mt 13:3; Mc 4:10; Lc 4:23; Hb 9:9) e a outra por
“figura” ou “adágio” (paroimia, Jo 10:6, 16:25 e 29; 2 Pd 2:22).
35 LOWTH, 1835, p. 38-39
36 SCHOLZ, 2006, p. 86
37 ARNOT, 1863, p. 15
38 Provérbios 1:8, 10, 15, 2:1, 3:1 e 11, 3:21, 4:10 e 20, 5:1 e 20, 6:1, 3 e 20, 7:1, 19:27, 23:15, 19, 26, 24:13 e 21, 27:11, 31:2
39 Provérbios 4:1, 8:32
40 Provérbios 5:7, 7:24, 10:1 e 5, 13:1, 15:20
41 Tradução da palavra hebraica chokmah e corresponde à palavra grega sophia no Novo Testamento, ela possui 149 ocorrências no Antigo Testamento (39 em Provérbios), sempre
significando: habilidade, astúcia, prudência, ética religiosa. Para o pensamento hebraico a “sabedoria” era muito mais a aplicação do conhecimento da Lei de Deus nas condutas
diárias que especulações filosóficas, limitadas apenas a discussões de conceitos. A sabedoria, então, é tratada como retidão espiritual e moral, movida pelo profundo respeito a Deus.
42 Cf. “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria” (Pv 9:10). “Conhecimento” (Hb. daath): “percepção”, “discernimento”, “entendimento”, “sabedoria” (BibleWorks v. 8). Este
verso pode ter sido uma versão de Jó 28:28: “No temor do Senhor está a sabedoria, e evitar o mal é ter entendimento.”
43 Também chamados de tolos, loucos, imprudentes e insensatos, porque ouvem conselhos e vivem desprezando a sabedoria.
44 LASOR, 1999, p. 502
45 KAISER; e SILVA, 1994, p. 87
46 MACDONALD, 2010, p. 529
47 LOWTH, 1835, p. 200-216
48 SCHULTZ, 2009, p. 177
Visão Geral de Provérbios 1:1-33
Provérbios, capítulo 1, consiste de uma fraterna advertência aos
filhos sobre o perigo de serem seduzidos pela insensatez, encorajando-
os a percorrer os caminhos da sabedoria e da prudência (v. 1-6), tendo
o temor do Senhor como princípio (v. 7). Também, sobre a importância
de ouvir os pais (v. 8-9), o perigo das más amizades (v. 10-19) e as
oportunidades que ainda restam para atender a sabedoria (v. 20-33).
Semana 1
Estes são os provérbios de Salomão, filho de Davi, rei de Israel. Eles
ajudarão a experimentar a sabedoria e a disciplina; a compreender as
palavras que dão entendimento; a viver com disciplina e sensatez,
fazendo o que é justo, direito e correto; ajudarão a dar prudência aos
inexperientes e conhecimento e bom senso aos jovens. Provérbios 1:1-
4
Explicação do texto:
Salomão foi um importante rei do povo de Deus, há muito tempo
atrás. Deus lhe deu tanta sabedoria que pôde ensinar diversos assuntos.
No texto que acabei de ler ele diz porquê escreveu os provérbios para
que as pessoas conheçam a sabedoria de Deus e corrijam o modo de
viver, sabendo praticar a justiça, falando somente aquilo que é certo e
aprendendo a se comportar assim. Eles ajudam tanto crianças quanto
jovens a serem prevenidos, discernir e optar pelo o que é bom.
Perguntas para fixação:
1. Pode dizer pelo menos um motivo pelo qual os Provérbios foram
escritos?
2. Se aprendermos o que a Bíblia ensina, aprendemos a viver uma
vida melhor?
Conselho prático:
Dê atenção ao ensino da Bíblia, ouvindo e se dispondo a obedecer.
Se tiver este cuidado, você será muito inteligente e crescerá protegido
de muitos problemas.
Memorização:
1. Estes são os provérbios de Salomão, filho de Davi, rei de Israel;
2. Eles ajudarão a experimentar a sabedoria e a disciplina;
3. A compreender as palavras que dão entendimento;
4. A viver com disciplina e sensatez, fazendo o que é justo, direito e
correto;
5. Ajudarão a dar prudência aos inexperientes e conhecimento e
bom senso aos jovens.
Motivos para oração:
Semana 2
Releitura: Provérbios 1:1-4
Revisão da devocional anterior:
Em nossa última devocional aprendemos que Salomão escreveu os
Provérbios para que as pessoas aprendam a sabedoria e a pratiquem.
Hoje aprenderemos os resultados que ela produz.
Se o sábio lhes der ouvidos, aumentará seu conhecimento, e quem tem
discernimento obterá orientação para compreender provérbios e
parábolas, ditados e enigmas dos sábios. Provérbios 1:5-6
Explicação do texto:
Todos nós necessitamos da sabedoria para sabermos como melhor
tratar os problemas e relacionamentos, evitarmos decepções e aquilo
que não agrada a Deus. Nós a aprendemos aos pouquinhos, ouvindo
atentamente o que a Bíblia ensina, pois através dela Deus fala conosco.
E quem descobre o quanto isto é importante para a vida, cresce em
conhecimento, mesmo quando ele parece ser tão difícil de aprender.
Perguntas para fixação:
1. Se aprendermos o que a Bíblia diz descobriremos a vontade de
Deus para nós?
2. O ensino da Bíblia pode nos fazer mais inteligentes?
Conselho prático:
Nunca deixe passar a oportunidade de ler e ouvir o ensino da Bíblia.
Ele nos fornece orientação para crescermos no conhecimento que nos
ajuda a fazer a vontade de Deus, sempre. Para cada devocional que
fizermos, se prepare antes, não faça qualquer compromisso e priorize
este momento tão importante.
Memorização:
1. Se o sábio lhes der ouvidos, aumentará seu conhecimento;
2. E quem tem discernimento obterá orientação;
3. Para compreender provérbios e parábolas;
4. Ditados e enigmas dos sábios.
Motivos para oração:
Semana 3
Releitura: Provérbios 1:1-6
Revisão da devocional anterior:
Em nossa última devocional aprendemos que o conhecimento da
vontade de Deus e obediência a ela é adquirido ouvindo atentamente o
ensino da Bíblia. Hoje, descobriremos qual é base deste conhecimento.
O temor do Senhor é o princípio do conhecimento, mas os insensatos
desprezam a sabedoria e a disciplina. Provérbios 1:7
Explicação do texto:
O que significa “temor”? Bem, esta palavra significa tanto “medo”
quanto “respeito”. Quando Deus nos ensina algo, necessitamos
obedecer, pelo medo da punição por causa de desobediência, mas
principalmente porque respeitamos quem Ele é, o nosso maior Pai.
Este respeito deve ser motivo de procurarmos entender qual é a
vontade de Deus para viver uma vida de obediência e paz. Só uma
pessoa que não pensa antes de agir é capaz de desprezar este ensino.
Perguntas para fixação:
1. O que significa o “temor do Senhor”?
2. O respeito a Deus é o motivo de conhecermos a Sua vontade e
obedecer?
Conselho prático:
Tudo o que fizer ou falar, lembre-se que deve ser feito pelo respeito
a Deus. Quando o respeitamos, pensamos bem antes de agir, optando
sempre por aquilo que é correto para os pais, no relacionamento com
irmãos e amigos, em benefício do nosso crescimento, para o uso das
nossas palavras e decisões que tomarmos.
Memorização:
1. O temor do Senhor é o princípio do conhecimento;
2. Mas os insensatos desprezam a sabedoria e a disciplina.
Motivos para oração:
Semana 4
Releitura: Provérbios 1:1-7
Revisão da devocional anterior:
Aprendemos na última devocional que o respeito ao Senhor é o
início de uma vida cheia de conhecimento e inteligência. Hoje
aprenderemos sobre a importância de os filhos ouvirem, sobre a Bíblia,
através dos seus pais.
Ouça, meu filho, a instrução de seu pai e não despreze o ensino de sua
mãe. Eles serão um enfeite para a sua cabeça, um adorno para o seu
pescoço. Provérbios 1:8-9
Explicação do texto:
Como seu pai (mãe ou responsável), tenho uma grande
responsabilidade de te ajudar a crescer fazendo a vontade de Deus,
ensinando e corrigindo. Eu quero muito que você entenda isto, por
respeito ao Senhor. Provérbios diz que o filho tem de ouvir o ensino
dos pais. Se me ouvir e atender os conselhos que tenho te dado
receberá uma grande recompensa: será admirado por sua obediência e
honra ao Senhor. Eu ficarei muito feliz por isto!
Perguntas para fixação:
1. Qual é o seu dever como filho?
2. Que recompensa receberá por isto?
Conselho prático:
Filho, é meu dever te ajudar a conhecer a vontade de Deus e
obedecê-la. Sempre que eu te ensinar terei este cuidado, pois quero o
melhor para você. Não deixe de me ouvir e conte para mim o que se
passa em seu coração. Algumas vezes, quando eu te aconselhar, poderá
achar que estarei te impedindo de fazer o que quer, mas depois
entenderá que estou cuidando de você, em função do seu bem, para
não se esquecer do quanto é preciso honrar a Deus e a seus pais.
Memorização:
1. Ouça, meu filho, a instrução de seu pai e não despreze o ensino
de sua mãe;
2. Eles serão um enfeite para a sua cabeça;
3. Um adorno para o seu pescoço.
Motivos para oração:
Semana 5
Releitura: Provérbios 1:1-9
Revisão da devocional anterior:
Em nossa última devocional aprendemos o quanto a Bíblia dá
importância aos pais na educação. Eles devem ser ouvidos e atendidos,
visando o bem dos próprios filhos. Hoje, aprenderemos que os filhos
não podem deixar de ouvir e atender os pais para ouvir e atender outras
pessoas.
Meu filho, se os maus tentarem seduzi-lo, não ceda! Provérbios 1:10
Explicação do texto:
Este mundo está cheio de pessoas que desprezam o que diz a Bíblia
e fazem muitas coisas erradas (v. 10 a 19). Você perceberá isto quando
algum amigo tentar te convencer a desobedecer aos seus pais e
acompanhá-lo a certos lugares onde farão coisas erradas. A Bíblia
chama isto de pecado. Como criança (ou jovem) você deseja ter
amigos e isto é ótimo, não é mesmo? Mas precisa ter coragem e dizer
“não” para certos amigos, convites e conselhos que são contrários aos
que eu te ensino através da Bíblia.
Perguntas para fixação:
1. Como saber se um amigo é bom ou não?
2. Quando receber o conselho ou convite ruim, o que deve fazer?
Conselho prático:
Meu filho, é muito bom ter bons amigos na escola e pela vizinhança,
mas nem todos influenciam a sua vida para fazer o que é bom. Fique
atento! Se algum deles tentar te induzir a praticar coisas erradas, diga
“não”. Não aceite viver como aqueles que não amam a Deus e
desprezam os seus pais. Escolha ser amigo somente daqueles que te
ajudarão a crescer para fazer sempre o bem. É melhor ter poucos
amigos bons que muitos deles maus.
Memorização:
1. Meu filho, se os maus tentarem seduzi-lo;
2. Não ceda!
Motivos para oração:
Semana 6
Releitura: Provérbios 1:1-10
Revisão da devocional anterior:
Aprendemos na última devocional que é preciso dizer “não” a certas
amizades e convites, priorizando o conselho da Bíblia através dos pais.
Hoje, aprenderemos como agem aqueles que não respeitam o nosso
Deus.
Se disserem: “Venha conosco; fiquemos de tocaia para matar alguém,
vamos divertir-nos armando emboscada contra quem de nada
suspeita! Vamos engoli-los vivos, como a sepultura engole os mortos;
vamos destruí-los inteiros, como são destruídos os que descem à
cova... Provérbios 1:11-12
Explicação do texto:
Este texto ilustra uma turma de maus amigos tocando as suas
emoções (“venha conosco”), planejando fazer o mal a alguém e
pensando que será pura diversão (“vamos divertir-nos”). Nos primeiros
momentos parece ser um convite legal, mas depois descobrimos que
fomos enganados. As más amizades agem assim, se não estiver atento
aos conselhos dos seus pais: tentam atraí-lo e convencê-lo a fazer o
que é errado.
Perguntas para fixação:
1. Toda diversão é boa? Por quê?
2. Como você sabe que um amigo não é uma companhia?
Conselho prático:
Na escola, ou na vizinhança, você é cercado de amigos. Fique atento
se alguns deles incentivarem você a criticar outros por causa da
aparência que têm, dizer palavrões, mentir para a professora,
desrespeitar os seus pais, faltar aulas, roubar ou brigar. Amigos que te
incentivam a fazer estes atos são más companhias. Não ande com eles.
Memorização:
1. Se disserem: “Venha conosco;
2. Fiquemos de tocaia para matar alguém;
3. Vamos divertir-nos armando emboscada contra quem de nada
suspeita!;
4. Vamos engoli-los vivos, como a sepultura engole os mortos;
5. Vamos destruí-los inteiros, como são destruídos os que descem à
cova.
Motivos para oração:
Semana 7
Releitura: Provérbios 1:1-12
Revisão da devocional anterior:
Em nossa última devocional aprendemos o quanto necessitamos de
firmeza para recusarmos andar no mesmo caminho que alguns amigos
trilham, afastados de Deus. Hoje, veremos o que oferecem para nos
convencer.
...acharemos todo tipo de objetos valiosos e encheremos as nossas
casas com o que roubarmos; junte-se ao nosso bando; dividiremos em
partes iguais tudo o que conseguirmos!” Provérbios 1:13-14
Explicação do texto:
Aqui, o texto ainda ilustra como agem as más companhias.
Oferecem todo tipo de vantagem através de comportamentos errados.
Mais uma vez lemos: “Junte-se ao nosso bando.” Crianças,
adolescentes e jovens têm muita necessidade de serem aceitos por
grupos de amigos e, por isto, correm maiores riscos de se envolver
com pessoas erradas.
Perguntas para fixação:
1. Vale a pena fazer o que é errado para receber alguma vantagem?
2. Qual é o risco de se envolver com um grupo sem saber o que ele
pretende?
Conselho prático:
As más companhias atraem fazendo-o sentir-se aceito por elas e
ainda oferecem vantagem se fizer o que é errado diante de Deus e dos
seus pais. Tome muito cuidado com estes relacionamentos. Ore por
estas pessoas e peça a Deus que converta os seus corações. Conte a
eles o quanto é melhor fazer somente aquilo que agrada a Deus.
Memorização:
1. Acharemos todo tipo de objetos valiosos;
2. E encheremos as nossas casas com o que roubarmos;
3. Junte-se ao nosso bando; dividiremos em partes iguais tudo o que
conseguirmos!
Motivos para oração:
Semana 8
Releitura: Provérbios 1:1-14
Revisão da devocional anterior:
Vimos na última devocional como as más companhias tentam atraí-
lo para fazer o que é errado diante de Deus. Agora, veremos qual é o
conselho que precisa para saber como lidar com elas.
Meu filho, não vá pela vereda dessa gente! Afaste os pés do caminho
que eles seguem, pois os pés deles correm para fazer o mal, estão
sempre prontos para derramar sangue. Provérbios 1:15-16
Explicação do texto:
Lemos nos versos anteriores que as más amizades tentam atraí-lo
fazendo-se sentir-se aceito por elas, para levá-lo a caminhos distantes
de Deus. O texto que acabei de ler inicia dizendo: “Meu filho.” Você é
o meu filho, é aceito por mim e te amo mais que qualquer outra
pessoa. Para o seu bem, não ande com más amizades, elas só trarão
problemas para você porque não respeitam a Deus, nem os seus pais.
Perguntas para fixação:
1. Como deve lidar com as más amizades?
2. Por que elas são consideradas más?
Conselho prático:
Meu filho, o conselho da Bíblia para você é: Não ande pelo mesmo
caminho das más amizades, aceitando viver suas mesmas experiências.
Faça o possível para ajudá-las a conhecer a vontade de Deus, mas não
deixe que te influenciem.
Memorização:
1. Meu filho, não vá pela vereda dessa gente!;
3. Afaste os pés do caminho que eles seguem;
4. Pois os pés deles correm para fazer o mal;
5. Estão sempre prontos para derramar sangue.
Motivos para oração:
Semana 9
Releitura: Provérbios 1:1-16
Revisão da devocional anterior:
Aprendemos na última devocional que não devemos andar no
mesmo caminho daqueles que não amam a Deus. Hoje veremos como
os passarinhos são mais espertos que eles.
Assim como é inútil estender a rede se as aves o observam...
Provérbios 1:17
Explicação do texto:
Este ensinamento ilustra como os passarinhos são capazes de
desviar-se das armadilhas (redes) preparadas para aprisioná-los. Quem
quer capturá-los, perde o seu tempo armando armadilhas diante deles.
Salomão faz uma comparação aqui para demonstrar que até os
passarinhos, quando percebem mal, são inteligentes para se desviar
dele, para a sua segurança. Se lembra do que estudamos no verso 11?
Pois é, os que se armam para fazer o mal contra os inocentes, estão
prejudicando, na verdade, é a si mesmos.
Perguntas para fixação:
1. Quando os passarinhos se desviam das armadilhas?
2. Quando percebe-se o que pode trazer problemas, como se deve
agir?
Conselho prático:
Filho, se for convidado para fazer companhia a amigos que vivem
fazendo coisas erradas, seja sábio, e inteligente como os passarinhos
que percebem os riscos e se afastam deles. Procure sempre os seus pais
(ou responsável) para conversar sobre isto. Mas proteja-se, não faça
como os maus amigos, ignorando as consequências ruins que eles
mesmos sofrerão.
Memorização:
1. Assim como é inútil estender a rede;
2. Se as aves o observam.
Motivos para oração:
Semana 10
Releitura: Provérbios 1:1-17
Revisão da devocional anterior:
Aprendemos em nossa última devocional o quanto os passarinhos
são espertos, quando veem a armadilha e fogem dela. Hoje,
aprenderemos que certos amigos ignoram as “armadilhas” ao fazerem
o que não é certo, sofrem por isso e ainda tentam envolver outras
pessoas.
...também esses homens não percebem que fazem tocaia contra a
própria vida; armam emboscadas contra eles mesmos! Tal é o
caminho de todos os gananciosos; quem assim procede a si mesmo se
destrói. Provérbios 1:18-19
Explicação do texto:
O provérbio que acabei de ler é uma comparação ao que diz no
verso anterior (v. 17). Aqueles que andam fazendo e desejando coisas
erradas, ao final, descobrirão que fazem mal a si mesmos, deixam
passar oportunidades importantes na vida e nunca crescem. Muitos,
inclusive, perdem as suas vidas por causa de crimes que tentam
realizar.
Perguntas para fixação:
1. Quem faz o mal contra outra pessoa pratica o mal a si mesmo?
2. Por que, então, tantas pessoas decidem fazer o mal?
Conselho prático:
A prática do pecado (agir contra a vontade de Deus), mais cedo ou
mais tarde, traz vergonha e prejuízos graves. Não se deixe ser
influenciado por maus amigos. Eu sei que você deseja ter amigos e se
sentir aceito por eles, mas nem todos te incentivarão a fazer e a falar o
que é bom. Então, faça a escolha certa: se os amigos não são bons, não
insista com eles. Procure se aproximar daqueles que te ajudam a
crescer e a desfrutar das alegrias que só Deus por te dar.
Memorização:
1. Também esses homens não percebem que fazem tocaia contra a
própria vida;
2. Armam emboscadas contra eles mesmos!;
3. Tal é o caminho de todos os gananciosos;
4. Quem assim procede a si mesmo se destrói.
Motivos para oração:
Semana 11
Releitura: Provérbios 1:1-19
Revisão da devocional anterior:
Em nossas últimas devocionais descobrimos o quanto é importante
atender aos conselhos dos pais e escolher andar apenas com bons
amigos. Hoje, aprenderemos que esta decisão atende a voz da
sabedoria de Deus.
A sabedoria clama em alta voz nas ruas, ergue a voz nas praças
públicas; nas esquinas das ruas barulhentas ela clama, nas portas da
cidade faz o seu discurso... Provérbios 1:20-21
Explicação do texto:
A sabedoria clama, ela anuncia uma mensagem insistente para que
crianças, jovens e adultos ouçam. Como uma pessoa, ela percorre ruas,
praças, esquinas e por onde passam pessoas (portas), tentando desviar
aqueles que caminham rumo à mais severa punição dos seus erros para
o Caminho da salvação em Jesus (1 Co 1:21-24 e 30). A sua
mensagem é convincente e confrontadora, só a rejeita aquele que é
ignorante.
Perguntas para fixação:
1. Como a sabedoria de Deus, anunciada pela Bíblia, nos livra do
mal?
2. Por que Deus enviou o Seu Filho Jesus ao mundo?
Conselho prático:
Meu filho, ouça a voz do nosso Deus, pelo ensino e correção da
Bíblia, nunca despreze a Sua sabedoria. Se está praticando coisas
erradas e escondidos, diga o que está fazendo, peça perdão agora
mesmo e prometa mudar. Jesus veio para te salvar, aceite-o em seu
coração.
Memorização:
1. A sabedoria clama em alta voz nas ruas, ergue a voz nas praças
públicas;
2. Nas esquinas das ruas barulhentas ela clama;
3. Nas portas da cidade faz o seu discurso.
Motivos para oração:
Semana 12
Releitura: Provérbios 1:1-21
Revisão da devocional anterior:
Aprendemos na última devocional que a sabedoria de Deus é
comparada a uma pessoa que sai ao encontro de outras, chamando a
sua atenção com uma reflexão. Hoje aprenderemos que esta mensagem
confronta o nosso pecado para que atendamos os conselhos de Deus.
“Até quando vocês, inexperientes, irão contentar-se com a sua
inexperiência? Vocês, zombadores, até quando terão prazer na
zombaria? E vocês, tolos, até quando desprezarão o conhecimento?
Provérbios 1:22
Explicação do texto:
Neste versículo Salomão chama de “inexperientes”, “zombadores” e
“tolos” todos aqueles que não aprendem a lidar com o perigo de serem
guiados para o mal, que criticam e ainda riem dos conselhos de Deus e,
ainda, aqueles que ignoram e não têm o conhecimento da Bíblia. Esta
mensagem confronta a realidade pessoal e nos chama atenção para que
abandonemos esta maneira de viver, obedecendo os conselhos de
Deus, encontrados na Bíblia, em nossa vida diária.
Perguntas para fixação:
1. Por que precisamos ser confrontados pela mensagem da Bíblia?
2. Quem a Bíblia chama de tolo?
Conselho prático:
Filho, Deus quer o melhor para você! Confie n’Ele e escolha o
caminho da sabedoria, aceitando, respeitando e atendendo os Seus
conselhos. Lembre-se do que tem sido ensinado, a cada dia, e a cada
situação que vive diariamente.
Memorização:
1. “Até quando vocês, inexperientes, irão contentar-se com a sua
inexperiência?;
2. Vocês, zombadores, até quando terão prazer na zombaria?;
3. E vocês, tolos, até quando desprezarão o conhecimento?
Motivos para oração:
Semana 13
Releitura: Provérbios 1:1-22
Revisão da devocional anterior:
Em nossa última devocional, o que compreendemos? Aprendemos
que algumas pessoas não respeitam a Deus e Seus conselhos, por isto
são advertidas a parar de viver assim. Tal advertência se aplica a nós se
vivemos da mesma maneira. Hoje, descobriremos quais são as
promessas de Deus se fizermos a escolha certa.
Se acatarem a minha repreensão, eu lhes darei um espírito de
sabedoria e lhes revelarei os meus pensamentos. Provérbios 1:23
Explicação do texto:
O conteúdo demonstra duas promessas de Deus se ouvirmos o
ensino da Bíblia e obedecermos, rejeitando viver como uma pessoa
que não conhece ou menospreza os conselhos para o seu próprio bem.
Primeiro, receberemos uma grande influência ou disposição, em
nossos corações, para sempre agirmos a favor do bem. Segundo,
teremos amplo conhecimento da vontade de Deus.
Perguntas para fixação:
1. Por que as promessas de Deus nos motivam?
2. Quais são as duas promessas que recebemos?
Conselho prático:
Filho, a experiência mais importante que você pode ter nesta vida é
amar a Deus e respeitar o Seu ensino através da Bíblia. Ele promete te
abençoar (ou recompensar) se viver em obediência. Rejeite viver de
modo contrário, isto só te fará perder tempo e sofrer muitas
consequências ruins. Se está desanimado, me diga o que acontece em
seu coração, pois eu quero te ajudar. Quero andar ao seu lado no
caminho do Senhor.
Memorização:
1. Se acatarem a minha repreensão, eu lhes darei um espírito de
sabedoria;
2. E lhes revelarei os meus pensamentos.
Motivos para oração:
Semana 14
Releitura: Provérbios 1:1-23
Revisão da devocional anterior:
Na última devocional conhecemos duas promessas de Deus para
deixarmos a desobediência e vivermos como é ensinado na Bíblia. A
partir de hoje (v. 24-32), veremos como Deus trata os que rejeitam os
Seus conselhos e o quanto sofrem por isto.
Vocês, porém, rejeitaram o meu convite; ninguém se importou quando
estendi minha mão! Visto que desprezaram totalmente o meu conselho
e não quiseram aceitar a minha repreensão... Provérbios 1:24-25
Explicação do texto:
Estes versículos montam um cenário em nossas mentes: apesar de
certas pessoas terem praticado o mal (v. 10-19) e rejeitado os
conselhos de Deus (v. 20-22), elas rejeitaram e escolheram persistir em
um estilo de vida contrário ao que ensina a Bíblia. Aprendemos aqui
que quem rejeita a bondade de Deus recebe a punição d’Ele. Por isto
nos adverte e proporciona a chance de corrigir o comportamento que
não o agrada, antes que soframos o resultado da nossa própria rebeldia
(v. 18).
Perguntas para fixação:
1. Deus se importa conosco?
2. Por que Ele nos aconselha, pelo ensino da Bíblia, a viver em
obediência?
Conselho prático:
Meu querido filho, eu te amo demais e Deus muito mais ainda. O
ensino que tenho te dado é para o seu bem. Ouça e atenda, pois Deus
quer te dar muitas felicidades nesta vida e quando for morar com Ele.
Mas se não atender, a sua punição será inevitável. Estas oportunidades
existem para que creia em Jesus e seja salvo. Confesse o que tem feito
de errado e peça perdão, Ele estende as Suas mãos para te salvar.
Memorização:
1. Vocês, porém, rejeitaram o meu convite;
2. Ninguém se importou quando estendi minha mão!;
3. Visto que desprezaram totalmente o meu conselho;
4. E não quiseram aceitar a minha repreensão.
Motivos para oração:
Semana 15
Releitura: Provérbios 1:1-25
Revisão da devocional anterior:
Aprendemos, em nossa última devocional, como Deus se importa
com as pessoas, dando conselhos e estendendo a mão para salvá-las.
Mas por não atenderem, trocam a oferta do bem e felicidade pela
punição do seu erro. Hoje veremos como Deus pune estas pessoas.
...eu, de minha parte, vou rir-me da sua desgraça; zombarei quando o
que temem se abater sobre vocês... Provérbios 1:26
Explicação do texto:
O maior sofrimento que uma pessoa pode receber é a perda da
comunhão com Deus, do relacionamento de amizade com Ele. Por
causa da rebeldia, seja por não buscar o conhecimento da Bíblia, ou
por desprezar, agir contra a vontade de Deus, o que mais teme
acontecer de ruim em sua vida, mais cedo ou mais tarde, acontecerá! E
Deus mesmo menospreza nesta ocasião, porque ela rejeitou acreditar
nos avisos quanto aos perigos que corria.
Perguntas para fixação:
1. Qual é o maior sofrimento que uma pessoa pode viver?
2. O que acontece quando não ouvimos os conselhos de Deus?
Conselho prático:
Você aprendeu, hoje, o quanto é preciso escutar e atender o conselho
dos seus pais para não sofrer disciplina, é preciso ouvir e atender,
ainda mais, o conselho de Deus. Infelizmente, muitos aprendem isto
somente através da dor e sofrimento, mas agora você está recebendo a
oportunidade de saber estas coisas e melhorar os seus relacionamentos
e decisões enquanto há tempo. Não desperdice esta oportunidade.
Memorização:
1. Eu, de minha parte, vou rir-me da sua desgraça;
2. Zombarei quando o que temem se abater sobre vocês.
Motivos para oração:
Semana 16
Releitura: Provérbios 1:1-26
Revisão da devocional anterior:
Reafirmamos em nossa última devocional que Deus menospreza
aqueles que persistem no erro, quando sofrem por causa disto. Hoje,
aprenderemos o segundo resultado da desobediência.
...quando aquilo que temem abater-se sobre vocês como uma
tempestade, quando a desgraça os atingir como um vendaval, quando
a angústia e a dor os dominarem. Provérbios 1:27
Explicação do texto:
O versículo anterior diz que aqueles que insistem em desobedecer
acabam sofrendo sozinhos, como se Deus mesmo não estivesse
presente com eles, com toda a Sua bondade. No versículo que acabei
de ler, descobrimos que este sofrimento chega como uma tempestade,
vendaval, uma angústia e dor. Ou seja, ele atinge tudo o que temos, as
nossas circunstâncias estáveis e a paz em nossos corações. Sofremos,
em todos os aspectos, e não há nada mais temível do que isto.
Perguntas para fixação:
1. Por que sofremos?
2. O que Deus faz para nos prevenir do sofrimento?
Conselho prático:
Como vimos, é melhor seguir o caminho da obediência a Deus e
nunca afastar do Seu ensino, do que passar por aquilo que te faz sofrer.
Deus, muitas vezes, usa a disciplina para corrigir a nossa vida do erro.
Por amor, da mesma forma como os pais, o disciplinamos desejando
que cresça para o bem, amando e respeitando os seus pais e,
principalmente, o Senhor.
Memorização:
1. Quando aquilo que temem abater-se sobre vocês como uma
tempestade;
2. Quando a desgraça os atingir como um vendaval;
3. Quando a angústia e a dor os dominarem.
Motivos para oração:
Semana 17
Releitura: Provérbios 1:1-27
Revisão da devocional anterior:
Na devocional anterior vimos quão temível é o sofrimento previsto
para quem insiste desobedecer a Deus (inclusive os pais). Hoje
aprenderemos como Deus age com os desobedientes.
“Então vocês me chamarão, mas não responderei; procurarão por
mim, mas não me encontrarão. Provérbios 1:28
Explicação do texto:
Pessoas desobedientes desperdiçam muitas oportunidades de serem
corrigidas em seus erros, mais cedo ou mais tarde chega o dia em que
não haverá mais oportunidade. Chamarão pelo Senhor, mas não serão
mais ouvidas; procurarão, mas não o encontrarão. Isto que está
previsto quando Jesus voltar: muitos serão punidos de tal forma que
não haverá retorno, pois desprezaram a misericórdia quando ela foi
oferecida.
Perguntas para fixação:
1. Temos de aproveitar o tempo no qual Deus oferece ajuda contra o
pecado?
2. O que podemos sofrer se não aproveitarmos estas oportunidades?
Conselho prático:
Meu filho, para tudo há limite. Deus é bondoso, mas não significa
que Ele recompensa com privilégios os que insistem na desobediência.
Da mesma forma eu, como seu pai (mãe ou responsável), tenho te
ensinado e ajudado, te dado a oportunidade de me ouvir, mas também
isto tem limite. Não perca esta chance em atender ao Senhor, ouvindo
e obedecendo os Seus conselhos através da Bíblia. E também de estar
próximo a mim, mais que a qualquer outro, porque eu sou o seu pai
(mãe ou responsável) e é meu dever te ajudar a crescer com amor e
respeito por Deus em tudo o que fizer na vida.
Memorização:
1. “Então vocês me chamarão, mas não responderei;
2. Procurarão por mim, mas não me encontrarão.
Motivos para oração:
Semana 18
Releitura: Provérbios 1:1-28
Revisão da devocional anterior:
Aprendemos na devocional passada a temer o Senhor nesses dias em
que Ele oferece conselhos e ajuda para aprendermos e agirmos como
ensina na Bíblia, pois chegará um dia em que não haverá oportunidade.
Hoje aprenderemos mais sobre isto.
Visto que desprezaram o conhecimento e recusaram o temor do
Senhor... Provérbios 1:29
Explicação do texto:
A Bíblia chama de pecadores todos aqueles que preferem viver na
desobediência, recusando-se a ouvir e atender os sábios conselhos do
Senhor. Somente em Deus encontramos conforto, alegria e paz, sem
Ele tudo se transforma em grandes problemas. Podem passar dias,
meses e anos desfrutando dos prazeres deste mundo, mas estes dias
acabam e depois não adiantará reclamar, porque desprezaram o
conhecimento do Senhor e recusaram respeitá-Lo.
Perguntas para fixação:
1. Quem a Bíblia chama de pecadores?
2. Por que Deus dá chances para mudarmos, fazendo tudo com
respeito a Ele?
Conselho prático:
Meu querido filho, Deus é muito bom e quer que sigamos o caminho
que Ele tem nos ensinado através da Bíblia. Eu te garanto que vale a
pena andar por este caminho, mesmo se todos os seus amigos
recusarem. Busque a cada dia, mais e mais, conhecer a Deus e a Sua
vontade para você. Não deixe de ler a Bíblia, ainda que seja apenas
alguns versículos por dia, para aprender como viver em respeito a
Deus e por aquilo que Ele fez, por amor, através do Filho Jesus na cruz
para que seja salvo.
Memorização:
1. Visto que desprezaram o conhecimento;
2. E recusaram o temor do Senhor.
Motivos para oração:
Semana 19
Releitura: Provérbios 1:1-29
Revisão da devocional anterior:
Na devocional da semana passada aprendemos como agem os
pecadores em relação a Deus. Hoje saberemos, mais uma vez, sobre
isto.
...não quiseram aceitar o meu conselho e fizeram pouco caso da minha
advertência... Provérbios 1:30
Explicação do texto:
No versículo anterior vimos que os pecadores, ou seja, os
desobedientes a Deus, não se importam de buscar o conhecimento
sobre Ele e ainda se recusam agir com respeito ao que o Senhor ensina,
fazendo o que é contrário à Sua vontade. Neste versículo que acabei de
ler encontramos uma repetição disto. Os pecadores não aceitam
conselhos e ainda desprezam a advertência que Deus lhes faz, através
do ensino da Bíblia, para que não sejam enganados e, frustrados,
sofram problemas que podem ser evitados se obedecerem ao Senhor.
Perguntas para fixação:
1. Quem anda em desobediência a Deus?
2. Como podemos viver em obediência a Deus?
Conselho prático:
Filho, o meu maior desejo é que não cresça como os pecadores,
deixando de buscar o Senhor além de obedecê-Lo. Sou seu pai (mãe ou
responsável), mas quero ser também o seu amigo, estando sempre ao
seu lado para ajudá-lo a manter-se no caminho do Senhor. Conte
comigo confie no que estou te ensinando, pois sei que o único caminho
para ser feliz é entregando sua vida e seu futuro nas mãos de Deus,
acreditando que Jesus morreu em seu lugar para te perdoar dos
pecados e dar-lhe uma nova vida, totalmente diferente daqueles que
ignoram a Bíblia e desprezam o Senhor.
Memorização:
1. Não quiseram aceitar o meu conselho;
2. E fizeram pouco caso da minha advertência.
Motivos para oração:
Semana 20
Releitura: Provérbios 1:1-30
Revisão da devocional anterior:
Como já vimos, os pecadores se recusam aprender sobre Deus e
porque não o conhecem, agem com falta de respeito a Ele e ao que
ensina a Bíblia. Hoje veremos, outra vez, que quem age assim
prejudica a si mesmo.
...comerão do fruto da sua conduta e se fartarão de suas próprias
maquinações. Provérbios 1:31
Explicação do texto:
A pessoa que trabalha no campo só colhe aquilo que ela plantou. Por
exemplo: se plantar manga só poderá colher mangas, não é? Pois bem,
este texto que acabei de ler ilustra todo aquele que vive em
desobediência a Deus, ele usa os seus dias fazendo o que não agrada a
Deus e depois, como resultado disso, recebe muitas disciplinas. As
palavras “conduta” e “maquinações” demonstram que a desobediência
é um estilo de vida, não apenas uma situação isolada, e ainda é guiada
por um plano organizado. A pessoa decide viver assim sabendo que
está errada. Ela sabe muito bem qual será o resultado, por que já foi
informada, mesmo assim insiste.
Perguntas para fixação:
1. É possível plantar manga e colher limão?
2. É possível viver em desobediência a Deus e depois ser
recompensado?
Conselho prático:
Meu filho, a desobediência sempre resulta em muitos prejuízos na
vida. Realmente, não vale a pena persistir no erro. Você gostaria de me
contar algo que tem feito de errado e deseja mudar? Eu te ouvirei,
orarei com você e te ajudarei.
Memorização:
1. Comerão do fruto da sua conduta;
2. E se fartarão de suas próprias maquinações.
Motivos para oração:
Semana 21
Releitura: Provérbios 1:1-31
Revisão da devocional anterior:
Aprendemos no ensino anterior que quem vive em desobediência
acaba recebendo a devida disciplina por isto. No texto de hoje
aprenderemos que a falta de conhecimento da vontade de Deus só nos
prejudica.
Pois a inconstância dos inexperientes os matará, e a falsa segurança
dos tolos os destruirá... Provérbios 1:32
Explicação do texto:
Neste texto a inconstância está relacionada com a falsa segurança.
Uma pessoa que cresce sem o conhecimento de Deus e da Sua vontade
vive inquieta e infeliz, porque somente Deus pode dar a verdadeira paz
ao seu coração. Por causa da sua insegurança espiritual, a cada
momento, precisa buscar uma nova experiência e desafios que não
pode suportar muito tempo. Como um skatista que não se satisfaz com
a rampa, aumenta a altura, depois cai e se machuca, assim é aquele que
não tem a sabedoria de Deus para guiar a sua vida.
Perguntas para fixação:
1. Por que precisamos crescer no conhecimento de Deus?
2. Qual é o resultado por não buscarmos tal conhecimento?
Conselho prático:
Filho, a sua segurança nesta vida depende de fazer escolhas certas,
como ouvir os conselhos que tenho te dado, afastar-se das más
amizades, buscar o conhecimento de Deus e obedecer às orientações
que a Bíblia te dá. Não deixe que nada prejudique o seu crescimento
no caminho do Senhor. Em toda parte há crianças, jovens e adultos que
incentivam a fazer o que não é certo, porque não creem ou não
respeitam o Senhor e, se deixar de ouvir o que tenho te ensinado,
sofrerá muito. E eu não quero isto para você.
Memorização:
1. Pois a inconstância dos inexperientes os matará;
2. E a falsa segurança dos tolos os destruirá.
Motivos para oração:
Semana 22
Releitura: Provérbios 1:1-32
Revisão da devocional anterior:
Aprendemos na devocional da semana passada que a falta de
conhecimento sobre Deus é como uma casa construída em cima da
areia, logo na primeira tempestade cai e fica em ruínas. Hoje
aprenderemos que se ouvir e atender a sabedoria de Deus, será como
construir uma casa firmada sobre a rocha e que receberá muitas
bênçãos, inúmeras alegrias.
“...mas quem me ouvir viverá em segurança e estará tranquilo, sem
temer nenhum mal.” Provérbios 1:33
Explicação do texto:
Ao contrário dos “inexperientes” e “tolos” citados no versículo
anterior, se ouvirmos com atenção o ensino da Bíblia, que é a Palavra
de Deus, e tivermos disposição para seguir os Seus conselhos,
viveremos em segurança e com muita tranquilidade, porque o próprio
Deus nos protegerá, não teremos qualquer motivo para ficarmos com
medo por recusarmos andar com más amizades e atendermos as
motivações que criam em nós. A Bíblia promete que, mesmo em meio
às dificuldades, teremos aquela tranquilidade, em nossos corações, que
só Deus pode nos dar.
Perguntas para fixação:
1. Uma casa construída sobre a rocha pode cair?
2. Quais são as duas promessas que Deus nos faz se o ouvirmos?
Conselho prático:
Que maravilha é saber que o nosso Deus nos dá segurança e paz
quando o ouvimos e obedecemos! Você, meu filho, não tem qualquer
motivo para se sentir inseguro ao ter de dizer “não” àqueles convites
que te afastam do compromisso com a sua família, dos estudos e da
Igreja, do cuidado consigo mesmo e, principalmente, da amizade com
Deus. Confie no Senhor desfrute das alegrias que só Ele pode te dar.
Memorização:
1. Mas quem me ouvir viverá em segurança e estará tranquilo;
2. Sem temer nenhum mal.
Motivos para oração:
Visão Geral de Provérbios 2:1-22
Provérbios, capítulo 2, ensina-nos como obter o temor do Senhor,
bem como revela-nos os benefícios para os que ouvem a sabedoria e a
praticam, pois ela nos habilita a lidar com as experiências, agindo com
maturidade e inteligência em todas as áreas. Esta sabedoria santifica (v.
1-6), protege (v. 7-9), satisfaz (v. 10) e salva (v. 11-22).
Semana 23
Meu filho, se você aceitar as minhas palavras e guardar no coração os
meus mandamentos... Provérbios 2:1
Explicação do texto:
No capítulo 1 aprendemos a necessidade de respeitarmos ao Senhor
em tudo o que fazemos no dia a dia (cap. 1), agora aprendemos, mais
claramente, o quanto podemos ser abençoados por praticarmos a
sabedoria. Entre os versículos 1 e 4, Salomão apresenta oito condições.
Para começar, no versículo 1, encontramos duas delas: aceitar o ensino
bíblico oferecido pelos pais com desejo sincero de obedecê-lo e
guardá-lo no coração, ou seja, se lembrar dele em todo instante, não
deixando que seja substituído por outro, contrário ao que a Bíblia diz.
Podemos perder tudo o que é material, mas o que estiver em nosso
coração carregamos conosco por toda parte.
Perguntas para fixação:
1. Como aceitamos o ensino bíblico pelos pais (ou responsáveis)?
2. O que devemos fazer para guardar este ensino no coração?
Conselho prático:
Meu filho, dê ouvidos ao que tenho te ensinado na Bíblia, a Palavra
de Deus, e guarde em seu coraçãozinho tudo o que tem aprendido. Ela
nos foi dada para limpar o nosso coração de toda maldade e
indisposição para amar o Senhor. Se aceitar o seu ensino, crescerá
como uma pessoa admirável e preparada para lidar com as situações
mais difíceis desta vida, confiando em nosso Deus. Isto trará para você
boa condição espiritual e nos relacionamentos, e para mim será uma
grande alegria e honra!
Memorização:
1. Meu filho, se você aceitar as minhas palavras;
2. E guardar no coração os meus mandamentos.
Motivos para oração:
Semana 24
Releitura: Provérbios 2:1
Revisão da devocional anterior:
Em nossa última devocional aprendemos a necessidade de aceitar e
guardar o ensino da Bíblia em nossos corações, para sermos
abençoados. Hoje aprenderemos mais duas condições para isto.
...se der ouvidos à sabedoria e inclinar o coração para o
discernimento... Provérbios 2:2
Explicação do texto:
Aqui Salomão chama a nossa atenção para outras necessidades: dar
ouvidos à sabedoria e inclinar o coração para o discernimento. Ambos
são importantes para o aprendizado, pois, com o ouvido se recebe o
ensino e através do coração se entende o que é ensinado. Não basta
ouvir, é necessário também entender o que está ouvindo e este esforço
só traz benefícios, se quisermos crescer com sabedoria, sendo capazes
para distinguir entre o que é bom e o que é mau, para tomarmos
decisões certas na vida.
Perguntas para fixação:
1. Quais são as duas condições aqui para se obter o temor (respeito)
do Senhor?
2. Qual é a importância de ouvir e inclinar o coração para o ensino?
Conselho prático:
Na escola, se você não ouvir atentamente o que a professora ensina,
na hora da prova, não saberá responder às questões e será reprovado,
não é? Da mesma maneira, se não ouvir o ensino da Bíblia que tenho
te passado, na hora que mais necessitar não saberá dar a resposta
correta às tentações deste mundo, aos convites das más amizades e
para o seu coração, pois ele possui uma disposição natural para fazer
aquilo que não agrada a Deus. Então, dê muita atenção a tudo o que
tenho dito, aproveitando cada momento como este que estamos tendo
agora.
Memorização:
1. Se der ouvidos à sabedoria;
2. E inclinar o coração para o discernimento.
Motivos para oração:
Semana 25
Releitura: Provérbios 2:1-2
Revisão da devocional anterior:
Em nossas últimas devocionais aprendemos quatro condições para
se obter o temor ao Senhor: aceitar e guardar o ensino da Bíblia, ouvir
e entendê-lo com o coração. Aqui aprenderemos mais duas.
...se clamar por entendimento e por discernimento gritar bem alto.
Provérbios 2:3
Explicação do texto:
A palavra discernimento, aqui, também significa “entendimento”.
Um bom aluno, quando ouve a professora ensinar e não entende a
lição, ao invés de ficar calado e guardar a dúvida, levanta a voz e diz:
“Professora, não entendi isto. Poderia explicar novamente?”. Da
mesma forma, os que querem aprender a temer o Senhor, para saber o
melhor caminho a seguir, necessitam clamar bem alto por
entendimento. Isto demonstra o verdadeiro interesse em aprender e por
isto não andam inseguros sobre o que a Bíblia ensina a respeito da
vontade de Deus.
Perguntas para fixação:
1. Se não entender uma lição, o que deve fazer?
2. Você tem alguma dúvida sobre o que está sendo ensinado?
Conselho prático:
O entendimento depende de ouvir, com atenção, o que é ensinado.
Não deixe dúvidas em seu coração, levante a voz e peça melhores
explicações até entender bem o ensino. Se aprender a temer o Senhor,
passará a ser um fiel seguidor de Jesus, o nosso Salvador, e será muito,
enormemente abençoado nesta vida.
Memorização:
1. Se clamar por entendimento;
2. E por discernimento gritar bem alto.
Motivos para oração:
Semana 26
Releitura: Provérbios 2:1-3
Revisão da devocional anterior:
Nas três últimas devocionais aprendemos seis condições para se
obter o temor ao Senhor: aceitar e guardar o ensino, ouvir e entender
com o coração, pedir entendimento e insistir por ele. Hoje, veremos
mais duas condições.
...se procurar a sabedoria como se procura a prata e buscá-la como
quem busca um tesouro escondido... Provérbios 2:4
Explicação do texto:
Pensemos na sabedoria como uma pedra preciosíssima. Por causa
dela o garimpeiro deixa tudo, dedica dias e noites trabalhando muito,
passa até fome e sede e, às vezes, nem descansa, até encontrar o
tesouro. Este é o valor da sabedoria de Deus, ela é preciosa demais
para nós e quando a encontramos, descobrimos tudo o que precisamos.
Como um mapa, ela nos guia pelo caminho da paz com Deus e faz de
nós as pessoas mais “ricas” do mundo por isto. Deus a tornou
disponível, basta buscarmos com persistência até encontrá-la.
Perguntas para fixação:
1. Qual é o valor da sabedoria de Deus para nós?
2. Como encontramos esta sabedoria?
Conselho prático:
A sabedoria de Deus é um conjunto de instruções que recebemos
através da Bíblia e revela a Sua vontade para nós. Você pode e deve
buscá-la, como já ensinei, ouvindo o ensino e conselhos que tem
aprendido, organizando o seu tempo para ler a Bíblia frequentemente e
se esforçando para obedecer. Quanto mais encher o seu coração desta
sabedoria, mais será sábio e crescerá seguro sobre a aliança
(compromisso) que nós, como família, temos com o único e verdadeiro
Deus.
Memorização:
1. Se procurar a sabedoria como se procura a prata;
2. E buscá-la como quem busca um tesouro escondido.
Motivos para oração:
Semana 27
Releitura: Provérbios 2:1-4
Revisão da devocional anterior:
Todas as oito condições que Salomão revelou até aqui são
acompanhadas de uma preciosa promessa, a qual verificaremos nesta
devocional.
...então você entenderá o que é temer o Senhor e achará o
conhecimento de Deus. Provérbios 2:5
Explicação do texto:
Para Deus não é inútil qualquer esforço que fazemos para obedecê-
Lo. A Bíblia é muita clara quando ensina que Deus controla tudo e, ao
mesmo tempo, pede de nós compromisso com aquilo que aprendemos
d’Ele, como caminho para obtermos muitos benefícios. Este texto nos
ensina isto. Se aceitarmos e guardarmos o ensino, ouvirmos e
entendermos com o coração, pedirmos entendimento e insistirmos por
ele, buscarmos a sabedoria com persistência, obteremos o
conhecimento e o entendimento do que é temer ao Senhor. É claro, em
Provérbios, que o conhecimento não significa apenas guardar
informações na mente, mas aplicá-las na prática, exercendo o que é
bom e seguindo a verdade.
Perguntas para fixação:
1. Se Deus controla tudo, por que Ele pede o seu compromisso?
2. Que promessa recebemos se obedecermos ao ensino da Bíblia?
Conselho prático:
Meu filho, é maravilhoso demais sabermos que todo o nosso esforço
é recompensado com o temor do Senhor. Se você aprender a temê-Lo
(respeitá-Lo) viverá afastado de tudo o que pode prejudicar o seu
relacionamento com Ele e a sua vida será abençoada! Quero te motivar
a continuar se esforçando. Às vezes, poderá se sentir desanimado,
nestas ocasiões, fale comigo. Quero estar ao seu lado a cada instante
para, juntos, andarmos no caminho do Senhor.
Memorização:
1. Então você entenderá o que é temer o Senhor;
2. E achará o conhecimento de Deus.
Motivos para oração:
Semana 28
Releitura: Provérbios 2:1-5
Revisão da devocional anterior:
Aprendemos, no último ensino devocional, que Deus recompensa os
obedientes com entendimento sobre o que é respeitar o Senhor e
permitirá ser conhecido por aqueles que buscam conhecê-Lo. Como
uma continuação deste assunto, agora aprenderemos que Deus é a
fonte desta sabedoria.
Pois o Senhor é quem dá sabedoria; de sua boca procedem o
conhecimento e o discernimento. Provérbios 2:6
Explicação do texto:
Se pudéssemos reunir todos os livros deste mundo, todas as palavras
e conhecimentos, nada poderia ser comparado com a sabedoria de
Deus. Ele é incomparável e, por isso, somente d’Ele vem a verdadeira
sabedoria e somente com Ele se aprende a pensar e comportar
corretamente. Perceba que a sabedoria é compreendida como
conhecimento (da Bíblia) e discernimento (procedimento). É através
dela que Ele fala conosco, da sua boca é que aprendemos como agir.
Ninguém pode encontrar a sabedoria, como a que o Senhor oferece, a
menos que a busque, como aprendemos nas últimas devocionais.
Perguntas para fixação:
1. O significa a sabedoria neste texto?
2. Por que o Senhor é a origem da verdadeira sabedoria?
Conselho prático:
Você notou meu filho? Somente buscando a Deus é que
encontramos a segurança do que é verdadeiro e de estarmos fazendo o
que é correto. O conhecimento de Deus é mais profundo e valioso que
qualquer outro que pode receber neste mundo. Não deixe de ler a sua
Bíblia e buscar ao Senhor através da oração e obediência.
Memorização:
1. Pois o Senhor é quem dá sabedoria;
2. De sua boca procedem o conhecimento e o discernimento.
Motivos para oração:
Semana 29
Releitura: Provérbios 2:1-6
Revisão da devocional anterior:
Em nossa última devocional aprendemos que somente Deus, através
da Bíblia, pode nos tornar sábios, capazes de aprender e a fazer o que é
puro aos Seus olhos. Hoje aprenderemos que Deus não apenas nos
fala, mas também age em nós e a favor de nós.
Ele reserva a sensatez para o justo; como um escudo protege quem
anda com integridade... Provérbios 2:7
Explicação do texto:
Este versículo indica que Deus reserva o som, a palavra de
sabedoria para a boca daquele que é honesto. Este sempre tem boas
palavras nos lábios e é um bom exemplo para os que o conhecem.
Assim, Deus o protege, como um escudo nas mãos do guerreiro,
quando flechas tentam atingi-lo. É claro que sozinhos não percebemos
todos os perigos que corremos nos relacionamentos, principalmente
quando incentivados a ignorar as armadilhas escondidas pelos
caminhos em busca de prazeres e sucessos, mas Deus promete nos
proteger, dando-nos sabedoria para distinguir todos eles e a chance de
sermos livrados.
Perguntas para fixação:
1. O que Deus te promete se for honesto, seguindo os Seus
conselhos?
2. Por que não conseguimos, sozinhos, perceber os perigos que nos
cercam?
Conselho prático:
Filho, Deus é a sua proteção contra os enganos e armadilhas que se
escondem nos relacionamentos. Não deixe de considerar isto que tem
aprendido ao fazer amizades, lidar com os seus pais (ou responsáveis)
e irmãos, usar a sua boca, planejar e reservar-se para sua futura esposa.
Dedique-se aos estudos e se prepare para a profissão que terá lá na
frente. Concentre-se, seja firme, não perca de vista as prioridades que
necessita e confie no Senhor que te protegerá de todo mal.
Memorização:
1. Ele reserva a sensatez para o justo;
2. Como um escudo protege quem anda com integridade.
Motivos para oração:
Semana 30
Releitura: Provérbios 2:1-7
Revisão da devocional anterior:
Aprendemos na devocional anterior que Deus dá sabedoria e protege
aqueles que andam em integridade, como um escudo nas mãos de um
guerreiro. Hoje veremos, mais uma vez, esta promessa e o porquê os
íntegros podem se sentir seguros.
...pois guarda a vereda do justo e protege o caminho de seus fiéis.
Provérbios 2:8
Explicação do texto:
Depois de aprendermos que Deus reserva a sabedoria para o que
vive em integridade, dedicando-se à Sua vontade, agora vemos a razão
dele sentir-se seguro. O próprio Deus, pessoalmente, se encarrega de
guardar a vereda do justo, do santo, do crente, daquele que confia
n’Ele e o busca. A ideia transmitida aqui é a de um jovem que escolhe
se desviar de um caminho ruim e entra por um atalho. A sua prudência
é abençoada por Deus e ele é protegido dos perigos que reconheceu e
dos quais se afastou.
Perguntas para fixação:
1. Quando percebe um perigo o que deve fazer?
2. Como os seus pais te ajudam nisto?
Conselho prático:
Neste texto você aprendeu que se afastar de qualquer experiência
imprudente nos relacionamentos, dos vícios e imoralidades, e escolher
buscar o conhecimento de Deus, atendendo os Seus conselhos, como
ouvir os seus pais, será preservado do pecado de viver contra os bons
conselhos e das inúmeras infelicidades em seu coração. Filho, vale a
pena viver honestamente, sendo fiel ao ensino da sabedoria de Deus.
Por isto, não fale mentiras, nem ofenda seus colegas por causa da
aparência que possuem. Fique atento a cada provocação que receber na
escola, agindo a favor da verdade e, em troca da maldade, ofensa e
incompreensão, faça sempre o bem aos outros, perdoe e confie que
Deus está ao seu lado, te fortalecendo quando estiver desanimado.
Memorização:
1. Pois guarda a vereda do justo;
2. E protege o caminho de seus fiéis.
Motivos para oração:
Semana 31
Releitura: Provérbios 2:1-8
Revisão da devocional anterior:
Na devocional anterior vimos que Deus protege o caminho daqueles
que são d’Ele. Hoje aprenderemos, mais uma vez, sobre os benefícios
reservados àqueles que percorrem neste caminho.
Então você entenderá o que é justo, direito e certo, e aprenderá os
caminhos do bem. Provérbios 2:9
Explicação do texto:
Este versículo é muito semelhante ao versículo 5, ambos começam
dizendo: “Então você entenderá...” e também demonstram os
benefícios por viver no caminho do Senhor. No versículo 5 os
benefícios são resultados daquele que pratica a obediência (v. 1-4),
enquanto que nos versículos 6 a 8, descobrimos as suas razões que é a
bondade de Deus. No versículo, de hoje, percebemos, mais uma vez,
duas bênçãos que Deus dá para aqueles que Lhe obedecem:
entendimento do que é honesto, justo e, por causa disto, aprenderá
distinguir os caminhos do bem.
Perguntas para fixação:
1. Quais são as duas bênçãos que Deus dá aos que vivem em
obediência?
2. O que significa ser santo (justo) em relação a Deus e com este
mundo?
Conselho prático:
Está aqui mais uma promessa por escolhermos andar no caminho do
Senhor, com compromisso. Imagine uma pessoa trilhando no escuro,
sem condições para enxergar o caminho. Facilmente poderia cair em
um buraco, ou ainda ser assaltado, não é? Quão terrível seria esta
experiência! Mas se permanecer buscando o Senhor, conhecendo o que
Ele tem para te dizer, através da Bíblia, terá entendimento do que é
viver vida justa e ainda poderá enxergar o caminho que deve seguir.
Memorização:
1. Então você entenderá o que é justo, direito e certo;
2. E aprenderá os caminhos do bem.
Motivos para oração:
Semana 32
Releitura: Provérbios 2:1-9
Revisão da devocional anterior:
Na última devocional aprendemos o quanto Deus nos abençoa por
praticarmos a obediência, como se estivesse iluminando o nosso
caminho no escuro. Hoje aprenderemos como esta experiência é boa
para a nossa vida.
Pois a sabedoria entrará em seu coração, e o conhecimento será
agradável à sua alma. Provérbios 2:10
Explicação do texto:
No versículo anterior lemos que Deus nos abençoa quando o
obedecemos, atendendo ao ensino que a Bíblia nos dá. No versículo,
de hoje, descobrimos que esta vida de obediência a Deus não é ruim ou
sem importância, como muitos dizem. Pelo contrário, ela é agradável e
atraente, como algo que nos dá muita alegria. Em Salmos 1:1-2 lemos:
“Como é feliz aquele que não segue o conselho dos ímpios, não imita
a conduta dos pecadores, nem se assenta na roda dos zombadores! Ao
contrário, sua satisfação está na lei do Senhor, e nessa lei medita dia e
noite.” Com a sabedoria no coração nos tornamos muito habilidosos,
aproveitando somente o que é bom, mesmo quando os nossos pais (ou
responsáveis) não estão por perto.
Perguntas para fixação:
1. Você tem prazer, alegria de buscar o conhecimento do Senhor?
2. Por que a sabedoria, o conhecimento de Deus é prazeroso?
Conselho prático:
Filho, você notou que a recomendação é para que a sabedoria deva
estar em seu coração, como diz também no versículo 2. Esta busca não
pode ser apenas porque estou te ensinando, mas principalmente porque
você a quer, se interessa e não abre mão dela. É uma atitude do
coração! Conscientize-se disto e desfrute de toda a alegria que pode ter
por crescer em amor, pureza e compromisso com o Senhor da sua vida.
Eu te amo!
Memorização:
1. Pois a sabedoria entrará em seu coração;
2. E o conhecimento será agradável à sua alma.
Motivos para oração:
Semana 33
Releitura: Provérbios 2:1-10
Revisão da devocional anterior:
Estudamos na devocional anterior o quanto é prazeroso conhecer a
Deus através da Bíblia e praticar o que aprendemos. Hoje, estudaremos
mais um desses benefícios quando recebemos, no coração, a sabedoria
de Deus.
O bom senso o guardará, e o discernimento o protegerá. Provérbios
2:11
Explicação do texto:
Neste versículo percebemos os verbos “guardar” e “proteger”,
ambos indicam a mesma promessa de Deus: Ele preservará ou nos
livrará do que é mal. Agora, como Ele faz isto? Através de nós, dando-
nos o bom senso e entendimento. O que isto significa? Bom senso ou
discrição referem-se ao modo de agir na vida, com inteligência e
cuidado. O entendimento é a causa destas ações. Uma pessoa que não
possua entendimento acreditará em tudo, mas aquela que tem está
sempre avaliando e perguntando se isto ou aquilo é da vontade de
Deus, antes de agir. É assim que Deus nos protege.
Perguntas para fixação:
1. Como Deus nos protege?
2. Qual é a importância em conhecer e entender a vontade de Deus?
Conselho prático:
Filho, como temos aprendido, há coisas que Deus pode fazer em
você, mas outras que Ele faz por você. Grande parte dos prejuízos na
vida, reprovações na escola, advertências, suspensões, fraqueza
espiritual, desânimo para ler a Bíblia e orar, por exemplo, são
resultados da falta de conhecimento da vontade de Deus e disposição
para obedecer aos Seus conselhos. Ele quer te proteger de todas estas
experiências ruins e muitas outras, mas é preciso buscar conhecê-Lo, a
cada dia, mais e mais.
Memorização:
1. O bom senso o guardará;
2. E o discernimento o protegerá.
Motivos para oração:
Semana 34
Releitura: Provérbios 2:1-11
Revisão da devocional anterior:
Aprendemos na última devocional que Deus nos protege quando
conhecemos a Sua vontade e a atendemos. A partir de hoje
aprenderemos de quem Ele nos protege: das más amizades (v. 12-15) e
da mulher imoral (v. 16-19), a qual representa todos aqueles que
abandonaram a aliança, o compromisso com Deus.
A sabedoria o livrará do caminho dos maus, dos homens de palavras
perversas... Provérbios 2:12
Explicação do texto:
A sabedoria, no livro de Provérbios, significa entender o ensino
(teoria) e obedecê-lo (prática). Lá no Novo Testamento há um texto
que diz assim: “Sejam praticantes da palavra, e não apenas ouvintes”
(Tiago 1:22). Isto é o que significa sabedoria. Ela nos é ensinada para
sabermos como nos preservar das más amizades e daquilo que nos
incentivam a fazer. Por exemplo: conversar sobre besteiras e mentiras
pode nos seduzir, nos convencer de que tudo isto é normal e não faz
mal algum. Só a sabedoria de Deus pode nos ajudar a perceber as
armadilhas que nos cercam e a superá-las pelo compromisso naquilo
que temos aprendido na Bíblia.
Perguntas para fixação:
1. A sabedoria combina duas coisas. Quais são?
2. Todas as amizades são boas?
Conselho prático:
Se agir assim, ouvindo e praticando o ensino bíblico, estará
protegido, percebendo que nem todos podem ser bons amigos, pois
provocam em você dúvidas sobre quem Deus é, te incentivam a
desobedecer aos seus pais, ensinam palavrões e a mentir, estimulam o
bullying (críticas e violência a outras crianças ou jovens), te ensinam te
fazem acreditar que faltar aos estudos e desrespeitar os professores é
legal.
Memorização:
1. A sabedoria o livrará do caminho dos maus;
2. Dos homens de palavras perversas.
Motivos para oração:
Semana 35
Releitura: Provérbios 2:1-12
Revisão da devocional anterior:
Na última devocional descobrimos que não andar pelo mesmo
caminho daqueles que não se preocupam em conhecer a Bíblia e a
obedecê-la, nos preserva de viver como se não tivéssemos
compromisso com Deus. Hoje, aprenderemos como andam estas
pessoas.
...que abandonam as veredas retas para andarem por caminhos de
trevas... Provérbios 2:13
Explicação do texto:
Este versículo nos mostra claramente que muitas pessoas trocam o
que é bom para elas por aquilo que é ruim, apenas para desfrutar de
prazeres ocasionais e terem experiências emocionantes, mas
passageiras. Como se estivessem trocando ruas iluminadas pela
verdade de Deus e da honestidade nos relacionamentos para andarem
por becos escuros (trevas), cheios de confusões, incertezas e perigos
reais. Viver assim não é sábio, nem é inteligente e torna impossível
receber as bênçãos de Deus.
Perguntas para fixação:
1. Quem troca as veredas retas por caminhos de trevas?
2. É inteligente viver assim?
Conselho prático:
Como você percebeu, nem todos fazem escolhas certas e isto não
significa que tem de agir da mesma maneira. Você pode agir usando
mais inteligência, perseverando no caminho que eu tenho te ensinado.
Preciso te dizer também que, apesar de nem todos agirem como você
tem aprendido, não pode deixar de orar por eles e de ajudá-los a crer
em Jesus, falando-lhes sobre a Bíblia, para que também aprendam a
amar a Deus. Lembre-se quem nem todos os seus colegas/amigos têm
a mesma oportunidade que você tem tido.
Memorização:
1. Que abandonam as veredas retas;
2. Para andarem por caminhos de trevas.
Motivos para oração:
Semana 36
Releitura: Provérbios 2:1-13
Revisão da devocional anterior:
Aprendemos na última devocional que alguns dos nossos
relacionamentos não nos fazem bem, porque trocam o caminho bom
por aquele que traz vergonha. Hoje, continuaremos a entender como
vivem como uma advertência para nós.
...têm prazer em fazer o mal, exultam com a maldade dos perversos...
Provérbios 2:14
Explicação do texto:
Este versículo descreve, um pouco mais, os que desprezam o
conhecimento de Deus e vivem por caminhos que só levam a um fim
muito triste. Eles fazem o que é mal, não porque são obrigados, mas
por ter prazer e ainda contam o que praticam como se merecessem
admiração. Não é nem um pouco admirável alguém que apoia brigas,
ofensas a outros colegas, fica sem conversar com os pais e os
desrespeita, acessa páginas cheias de imoralidade na internet, fala
palavrões o tempo todo, pega coisas que não são suas e mantém isto
em segredo, além de outros comportamentos.
Perguntas para fixação:
1. Quem tem prazer em fazer o mal?
2. Por que estas pessoas não podem ser os nossos melhores amigos?
Conselho prático:
Mais uma vez você está aprendendo o cuidado que necessita ter com
os seus relacionamentos. Aqueles que contam a maior vantagem por
estarem fazendo ou falando aquilo que não agrada a Deus, você não
pode deixar que influenciem a sua vida. Você gostaria de me contar se
está enfrentado alguma dificuldade nesta área?
Memorização:
1. Têm prazer em fazer o mal;
2. Exultam com a maldade dos perversos.
Motivos para oração:
Semana 37
Releitura: Provérbios 2:1-14
Revisão da devocional anterior:
No versículo 13 lemos que os desobedientes a Deus abandonaram as
veredas retas “para andarem por caminhos de trevas”, se alegrando
por fazerem maldades (v. 14). Hoje veremos mais uma descrição das
más amizades.
...andam por veredas tortuosas e no caminho se extraviam. Provérbios
2:15
Explicação do texto:
Como já vimos nos últimos versículos, as más companhias são
pessoas que até conheceram ou conhecem o ensino da Bíblia, mas o
abandonaram, perderam o interesse pelo conhecimento de Deus e a
correção das suas vidas por causa do pecado. Trocam os caminhos
retos por rumos cheios de curvas, por isto andam mais e perdem tantas
oportunidades boas. Por se sentirem em um grande labirinto, não
encontram logo a saída e, desanimados, abandoam qualquer esforço
para obedecer a Deus. Tudo isto acontece por escolherem outros
caminhos além do que o Senhor nos mostra em Sua Palavra, a Bíblia.
Se erram no início e não voltam, o fim será muito ruim para eles.
Perguntas para fixação:
1. Por que alguém deixaria de andar no caminho certo por aquele
que é errado?
2. Como corrigir o erro de andar no rumo errado?
Conselho prático:
Meu filho, o caminho daqueles que resolvem viver em
desobediência ao ensino da Bíblia é cheio de espinhos, de frustrações e
perda das oportunidades de viver uma vida aprovada por Deus. Não é
neste sentido que deve caminhar, como se não conhecesse o Senhor da
sua vida. Jamais deixe o caminho reto por outro cheio de curvas e
enganos. E alerte os seus colegas que ainda não conhecem a Deus,
para que mudem do caminho ruim para o bom, aprendendo sobre
Jesus, o que Ele fez na cruz para lhes perdoar os pecados e lhes dar
uma nova vida.
Memorização:
1. Andam por veredas tortuosas;
2. E no caminho se extraviam.
Motivos para oração:
Semana 38
Releitura: Provérbios 2:1-15
Revisão da devocional anterior:
Entre os versículos 12-15 aprendemos que a sabedoria de Deus nos
preserva das más amizades, inclusive da influência daqueles que já
conheceram o Senhor e abandonaram os Seus caminhos. Agora, entre
os versículos 16-19, repetidamente, aprenderemos que somos
protegidos da mulher imoral, a qual representa todos aqueles que
abandonaram a aliança, o compromisso com Deus.
Ela também o livrará da mulher imoral, da pervertida que seduz com
suas palavras... Provérbios 2:16
Explicação do texto:
A mulher imoral, aqui, diz respeito àquela que estava casada com
seu esposo, mesmo casada, fez compromisso de viver com outro
homem. Na Bíblia, aqueles que estabelecem compromisso com Deus,
mas se comprometem com ídolos e a eles prestaram culto, são
chamados de adúlteros, porque mudam o seu compromisso com o
Senhor para servir a outros deuses. Neste versículo, a mulher imoral
representa aquelas pessoas que abandonaram a sua aliança com Deus e
ainda tentam convencer quem quer ser fiel para, também, abandonar
ao Senhor.
Perguntas para fixação:
1. O que a mulher imoral representa neste versículo?
2. Por que os infiéis a Deus podem nos incentivar a agir como eles?
Conselho prático:
Filho, há aqueles que até conhecem a Deus, mas não se interessam
pelo ensino da Bíblia e não aceitam ser corrigidos nisto. Outros se
negam acreditar que Deus exista e ainda, ambos, tentam criar dúvidas
em seus corações, porque não confiam no que diz a Bíblia. Você
precisa aprender a sabedoria de Deus para saber lidar com estas
tentativas em te tornar infiel ao Senhor, dando respostas firmes a estas
pessoas e não fazer como elas, deixando de obedecer a Deus para fazer
o que querem.
Memorização:
1. Ela também o livrará da mulher imoral;
2. Da pervertida que seduz com suas palavras.
Motivos para oração:
Semana 39
Releitura: Provérbios 2:1-16
Revisão da devocional anterior:
Em nossa última devocional aprendemos que pessoas infiéis para
com Deus não se conformam em viver como escolheram, em geral,
tentam convencer aqueles que querem manter o seu compromisso com
Deus a desistir. Hoje veremos mais uma descrição desta má amizade.
...que abandona aquele que, desde a juventude, foi seu companheiro e
ignora a aliança que fez diante de Deus. Provérbios 2:17
Explicação do texto:
Neste versículo encontramos uma característica básica daquele que
é uma má amizade para nós. Salomão fez uma ilustração, como vimos
no versículo anterior, de uma mulher que tinha aliança com o seu
esposo, como se tivesse assinado um contrato para confirmar este
compromisso, mas ignorou a aliança e o abandonou, da mesma
maneira daquele que fez compromisso com Deus, mas nega a
responsabilidade de honrá-lo, vivendo com sabedoria e respeito por
Ele, não envergonhando o Seu nome.
Perguntas para fixação:
1. O que significa quebra de aliança ou abandono de compromisso?
2. Como podemos descrever uma pessoa infiel para com Deus?
Conselho prático:
Você está aprendendo a identificar aqueles que não servem para ser
o seu melhor amigo, mas não significa que não se relacionará com
eles. É claro que isto é inevitável, então, o que deve se cuidar é para
não andar com eles, permitindo-se ser aconselhado e induzido ao erro
de ignorar o seu compromisso com Deus acima de qualquer outro. Em
Salmos 1:1 diz: “Como é feliz aquele que não segue o conselho dos
ímpios, não imita a conduta dos pecadores, nem se assenta na roda
dos zombadores!”
Memorização:
1. Que abandona aquele que, desde a juventude, foi seu
companheiro;
2. E ignora a aliança que fez diante de Deus.
Motivos para oração:
Semana 40
Releitura: Provérbios 2:1-17
Revisão da devocional anterior:
Em nossas últimas devocionais aprendemos que a mulher imoral
representa aqueles que abandonaram o Senhor para viver em
desobediência a Ele. Hoje veremos que será o fim deles.
A mulher imoral se dirige para a morte, que é a sua casa, e os seus
caminhos levam às sombras. Provérbios 2:18
Explicação do texto:
Se uma pessoa comete crime é punida, se não estudar é reprovada,
se não cumprir as suas responsabilidades no trabalho é despedida, se
não cuidar da saúde adoece, se não respeitar as pessoas é rejeitada, não
é mesmo? Pois bem, da mesma forma, aqueles que abandonam o
caminho do Senhor, seguem em caminhos que os guiam para a morte e
estes caminhos são cheios de escuridão, enganos e incertezas. Quando
Jesus voltar Ele julgará a todos. Os fiéis a Deus viverão com Ele para
sempre, mas os infiéis serão enviados para uma “casa” que a Bíblia
chama “lago de fogo” (Apocalipse 20:15), ali o sofrimento nunca
acabará e ninguém escapará desta condição.
Perguntas para fixação:
1. Se a desobediência guia para a punição, por que muitos
desobedecem a Deus?
2. Qual será o fim dos desobedientes quando Jesus voltar?
Conselho prático:
Como percebeu, não vale a pena andar pelo mesmo caminho
daqueles que não têm compromisso com o ensino da Bíblia, por mais
atrativo e inocente que pareça ser, pois o fim é de uma terrível punição.
Deus te amou tanto que enviou Jesus para morrer numa cruz, onde
cumpriu a justiça Divina, em seu lugar, e te justificou dos seus
pecados, infidelidades com Ele. Agora, você pode ser perdoado, ter
nova vida comprometida com os Seus conselhos e a certeza que
viverá, para sempre, na presença de Deus. Este é o melhor caminho
para você seguir! Creia e aceite esta verdade.
Memorização:
1. A mulher imoral se dirige para a morte, que é a sua casa;
2. E os seus caminhos levam às sombras.
Motivos para oração:
Semana 41
Releitura: Provérbios 2:1-18
Revisão da devocional anterior:
Aprendemos nas últimas devocionais como agem aqueles que
abandonaram o Senhor e as consequências da sua infidelidade. Hoje
aprendemos novamente, como no versículo anterior, o resultado de
terem recusado honrar o compromisso com Deus.
Os que a procuram jamais voltarão, nem tornarão a encontrar as
veredas da vida. Provérbios 2:19
Explicação do texto:
Há uma nova perspectiva aqui. No versículo anterior Salomão tratou
sobre a “mulher imoral”, como representante daqueles que
abandonaram o Senhor e ainda tentam atrair os que querem ser fiéis.
No versículo de hoje o foco são aqueles que, enquanto fiéis, aceitam as
propostas dos desobedientes e os seguem, abandonando também o
Senhor. Como um homem que é atraído por uma prostituta e se
contamina por uma doença incurável, estes desejarão nunca ter se
desviado do caminho do Senhor, mas não poderão voltar atrás.
Perguntas para fixação:
1. Como somos atraídos por este mundo a deixarmos o Senhor?
2. Quando os infiéis não terão mais oportunidade de serem salvos
por Jesus?
Conselho prático:
Meu filho, como tem percebido, a punição de Deus é tanto para
aqueles que abandonaram os Seus caminhos, e ainda tentam seduzir
outros a fazerem o mesmo, como para aqueles que ignoram os
conselhos da Bíblia para atendê-los. Deus trata cada um de acordo com
a Sua justiça, porque Ele é justo. Persevere no caminho do Senhor,
recuse qualquer convite ou incentivo para os vícios, imoralidades, falta
de compromisso com os pais e a igreja, dentre outros e será preservado
de muitos sofrimentos. Você é filho de Deus e Ele tem lhe ensinado
porque te ama e quer o melhor para você!
Memorização:
1. Os que a procuram jamais voltarão;
2. Nem tornarão a encontrar as veredas da vida.
Motivos para oração:
Semana 42
Releitura: Provérbios 2:1-19
Revisão da devocional anterior:
Em nossa última devocional aprendemos que terrível experiência é
trocar o caminho do Senhor pelo da desobediência a Ele. Hoje
veremos, mais uma vez, como a sabedoria nos guia e nos preserva das
tentações deste mundo.
A sabedoria o fará andar nos caminhos dos homens de bem e a
manter-se nas veredas dos justos. Provérbios 2:20
Explicação do texto:
Entre os versículos 6 e 12 aprendemos muitas lições, entre elas,
como Deus usa a sabedoria bíblica para nos proteger. No versículo de
hoje vemos exatamente isto. Todo o ensino da sabedoria de Deus é
dado para nos ajudar a fazer escolhas certas, recusando as que não
combinam com a Sua vontade e ainda trazem tantos problemas. Como
um pai que pega na mão do filho para atravessar a rua, a sabedoria nos
guia e nos protege no caminho que temos de percorrer. Da mesma
forma, conhecer a Deus e o Seu ensino através da Bíblia, é como andar
no escuro com uma ótima lanterna em mãos, a qual ilumina o caminho
(Salmo 119:105) dos homens de bem, das boas amizades que nos
ajudam a amar e temer o Senhor, a sermos íntegros e comprometidos
mais e mais.
Perguntas para fixação:
1. Como a sabedoria de Deus nos ajuda a fazer escolhas certas?
2. Quem você sabe que é uma boa amizade?
Conselho prático:
Meu filho, eu tenho te ensinado tudo isto por saber que somente a
sabedoria de Deus poderá te conduzir para a salvação (Romanos
10:13-14). Ouça atentamente estes conselhos, seja obediente a Deus
por amor e respeito, ande somente com boas amizades e se afaste de
qualquer situação que envolva a prática do pecado, da maldade aos
outros, da imoralidade nos relacionamentos e na internet, das mentiras
para se dar bem, e muitas outras. Faça a escolha certa e Deus te
abençoará!
Memorização:
1. A sabedoria o fará andar nos caminhos dos homens de bem;
2. E a manter-se nas veredas dos justos.
Motivos para oração:
Semana 43
Releitura: Provérbios 2:1-20
Revisão da devocional anterior:
Aprendemos que a sabedoria de Deus nos preserva no caminho que
devemos andar. Hoje, saberemos para onde, ao final, ela está nos
guiando.
Pois os justos habitarão na terra, e os íntegros nela permanecerão...
Provérbios 2:21
Explicação do texto:
A Bíblia nos conta a história de Josué, um homem que Deus chamou
para liderar o Seu povo para a terra que havia prometido. Todos os que
confiaram nesta promessa e seguiram os Seus conselhos foram
recompensados com uma parte dela, quando foi conquistada dos
inimigos. Temos no versículo de hoje uma promessa ainda mais
excelente, pois ela aponta para a nossa vitória, sob a liderança de
Jesus, sobre os nossos inimigos e o benefício de vivermos, para
sempre, ao lado de Deus. Também, aponta para o fato que estas
bênçãos espirituais já podem ser experimentadas aqui na Terra, se
andarmos praticarmos a honestidade em nossos relacionamentos e a
obediência a Deus.
Perguntas para fixação:
1. Qual é a promessa de Deus para os íntegros, moral e
espiritualmente?
2. Se somos pecadores, como Deus pode nos dar uma promessa tão
especial?
Conselho prático:
Meu filho, me lembro de uma ilustração que temos na Bíblia sobre
dois homens: um construiu a sua casa na rocha e o outro na areia.
Quando veio uma forte tempestade a casa que foi construída na rocha
permaneceu firme e aquela erguida, na areia, caiu (Mateus 7:24-27).
Assim é todo aquele que organiza a sua vida sobre os conselhos de
Deus e os que não fazem isto. Se você ouvir os Seus conselhos, e
praticá-los será recompensado com bênçãos para sempre, porque Jesus
te dá esta oportunidade, diferente daquele que seguir outro caminho,
ouvindo, mas não praticando.
Memorização:
1. Pois os justos habitarão na terra;
2. E os íntegros nela permanecerão.
Motivos para oração:
Semana 44
Releitura: Provérbios 2:1-21
Revisão da devocional anterior:
Na devocional anterior aprendemos o quanto Deus reserva bênçãos
que nunca passam para aqueles que ouvem e praticam os Seus
conselhos. Hoje, veremos qual será o destino daqueles que ouvem, mas
se negam obedecer.
...mas os ímpios serão eliminados da terra, e dela os infiéis serão
arrancados. Provérbios 2:22
Explicação do texto:
A integridade que lemos em nossa última devocional é uma virtude
espiritual que dá saúde àquele que crê em Jesus, o Filho de Deus.
Como uma árvore que possui boas raízes, então, ela cresce e dá muitos
frutos agradáveis. Agora, pense em uma pessoa que não tem saúde
espiritual, porque não se cuida ouvindo e praticando os conselhos de
Deus. Este, por ter raízes ruins, não cresce o suficiente e muito menos
dá frutos agradáveis. Por isso, um dia, quando Jesus voltar, serão
privados ou impedidos de desfrutar das bênçãos maravilhosas de Deus
(Mateus 15:13). É muito triste isso, mas também é justo e necessário.
Este é o tempo que temos para buscar a Deus e deixar a desobediência,
e este tempo está passando até quando ninguém mais poderá voltar
atrás.
Perguntas para fixação:
1. Qual será o fim dos desobedientes a Deus?
2. Por que Deus pune tais pessoas?
Conselho prático:
O fim daqueles que escolhem se rebelar contra Deus é trágico, mas
para aqueles que o temem, andando em sabedoria, quando Jesus voltar,
será de alegria que nunca se acabará. Portanto, meu querido filho, ouça
e atenda aos meus conselhos, não despreze a sabedoria e o temor do
Senhor, pois este é o melhor caminho pelo qual deve andar.
Memorização:
1. Mas os ímpios serão eliminados da terra;
2. E dela os infiéis serão arrancados.
Motivos para oração:
Considerações Finais
Desde os tempos mais antigos a educação cristã dos filhos tem sido
a mais alta prioridade na preservação da unidade familiar e construção
de uma sociedade profundamente ética. E o aspecto religioso desta
educação sempre esteve presente, como uma base determinante para os
seus propósitos.
Quando lemos o Antigo Testamento descobrimos que a função dos
pais, em educar os filhos, dando-lhes testemunho a respeito de Deus e
conselhos para seguirem na mesma fé, era central em cada família
hebraica. Para elas, a vida começava na família e era nela que o ensino
deveria começar. Jay Adams ensina que “vida longa e feliz vem
mediante a guarda dos mandamentos de Deus”49 e esta é uma das
maiores ênfases no livro de Provérbios.
Não seja sábio aos seus próprios olhos; tema o Senhor e evite o mal.
Isso lhe dará saúde ao corpo e vigor aos ossos. (Pv 3:7-8)
Dedique alta estima à sabedoria, e ela o exaltará; abrace-a, e ela o
honrará. [...] Ouça, meu filho, e aceite o que digo, e você terá vida
longa. (Pv 4:8 e 10)
Meu filho, escute o que lhe digo; preste atenção às minhas palavras.
Nunca as perca de vista; guarde-as no fundo do coração, pois são vida
para quem as encontra e saúde para todo o seu ser. (Pv 4:20-22)
Portanto, se desejamos valorizar o crescimento dos nossos filhos,
com integridade, é preciso ensinar-lhes a sabedoria no lar e a temerem
ao Senhor, o único que pode salvar, gratuitamente, as suas vidas da
condenação do pecado, por meio da fé em Jesus Cristo (Ef 2:8),
dando-lhes saúde espiritual e vida longa. Com estas expectativas é que
este livro foi escrito, como um auxílio aos pais na educação dos seus
filhos. Focalizamos o fortalecimento da consciência nesta importante
tarefa (capítulo 1), fornecemos instruções e recursos didáticos bem
claros sobre o uso das devocionais (capítulo 2) e uma necessária
introdução do livro de Provérbios para entendermos os capítulos 1 e 2,
a partir de uma compreensão mais ampla (capítulo 3), tendo em vista
as intenções do próprio texto. Somente depois é que oferecemos as
devocionais, todas preparadas de modo a facilitar o seu uso, durante
um ano, e a compreensão dos conselhos de Deus comunicados por
elas.
Continuando assim, oramos que as nossas famílias sejam ricamente
abençoadas por Deus, preservadas das ciladas deste tempo e
santificadas para a Sua eterna glória!
49 ADAMS, 1982, p. 125
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TOMPSON, J. A.. Deuteronômio – Introdução e Comentário. São Paulo-SP: Vida Nova, 2008.
REPETIÇÃO
EXPLICAÇÃO
FIXAÇÃO
APLICAÇÃO
ORAÇÃO

Conselho Prático
Motivos e Oração
Releitura
Leitura
Perguntas
Revisão
Explicação
Memorização
MUNDO
RELACIONAL
FAMILIAR
ESPIRITUAL
PESSOAL
Capacidade para aprender o bem e exercitá-lo
Discernimento e preservação do maldade
Honrar pais com respeito e obediência
Por seus amigos e pessoas próximas
Conversão genuína por Deus
Afastamento de vícios e promiscuidade
Amor e harmonia entre irmãos
Restauração daquele que está desanimado
Desempenho escolar e profissional
Por seus professores ou patrões
Assistência aos pobres e solitários
Firmea para recusar más amizades
Paz e mútua cooperação dentro de casa
Amor a Deus e condução pela Bíblia
Boa saúde emocional e física
Superação do medo ou carência que induzem ao erro
Proteção das tentações e enganos
Bom caráter moral e testemunho
Seus futuros cônjuges
Despertamento missionário
Sabedoria para fazer escolhas certas na vida
Prática de interceder pelos governantes
Responsabilidade em todas as suas obrigações
Fidelidade no namoro e no casamento
Compromisso e serviço cristão pela Igreja
Lista de abreviaturas dos livros da bíblia
ANTIGO TESTAMENTO
Gênesis Gn
Êxodo Êx
Levítico Lv
Números Nm
Deuteronômio Dt
Josué Js
Juízes Jz
Rute Rt
1 Samuel 1 Sm
2 Samuel 2 Sm
1 Reis 1 Rs
2 Reis 2 Rs
1 Crônicas 1 Cr
2 Crônicas 2 Cr
Esdras Ed
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2 João 2 Jo
3 João 3 Jo
Judas Jd
Apocalipse Ap
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Série: Discipulado Bíblico


A missão para a qual Jesus enviou os Seus discípulos combinou a
evangelização e o ensino. É tão importante para a Igreja evangelizar os
perdidos, quanto ensinar os alcançados. A falta de uma destas ações
inibe o crescimento da Igreja ou superficializa o testemunho cristão.
Esta série foi preparada para auxiliar a Igreja, neste sentido,
focalizando o essencial dessa importante missão, sem as cargas
legalistas, esquemas exaustivos e complexos, que mais produzem
frustrações naqueles que genuinamente desejam consagrar suas vidas
ao serviço cristão.
Reflexões Bíblicas
Em dias de superstição e negação da realidade, de relativismo e
incredulidade, necessitamos cultivar em nossas mentes e ações,
confiança na Palavra de Deus, para perseverarmos na fé.
Cada livro se propõe oferecer 50 temas desenvolvidos com
sensibilidade doutrinária, todos relacionados a aspectos da vida
cotidiana.
Table of Contents
Dedicatória
Prefácio
Introdução
Pais, Filhos e a Bíblia
Instruções Para as Devocionais
O Livro de Provérbios
Visão Geral de Provérbios 1:1-33
Semana 1
Semana 2
Releitura: Provérbios 1:1-4
Semana 3
Releitura: Provérbios 1:1-6
Semana 4
Releitura: Provérbios 1:1-7
Semana 5
Releitura: Provérbios 1:1-9
Semana 6
Releitura: Provérbios 1:1-10
Semana 7
Releitura: Provérbios 1:1-12
Semana 8
Releitura: Provérbios 1:1-14
Semana 9
Releitura: Provérbios 1:1-16
Semana 10
Releitura: Provérbios 1:1-17
Semana 11
Releitura: Provérbios 1:1-19
Semana 12
Releitura: Provérbios 1:1-21
Semana 13
Releitura: Provérbios 1:1-22
Semana 14
Releitura: Provérbios 1:1-23
Semana 15
Releitura: Provérbios 1:1-25
Semana 16
Releitura: Provérbios 1:1-26
Semana 17
Releitura: Provérbios 1:1-27
Semana 18
Releitura: Provérbios 1:1-28
Semana 19
Releitura: Provérbios 1:1-29
Semana 20
Releitura: Provérbios 1:1-30
Semana 21
Releitura: Provérbios 1:1-31
Semana 22
Releitura: Provérbios 1:1-32
Visão Geral de Provérbios 2:1-22
Semana 23
Semana 24
Releitura: Provérbios 2:1
Semana 25
Releitura: Provérbios 2:1-2
Semana 26
Releitura: Provérbios 2:1-3
Semana 27
Releitura: Provérbios 2:1-4
Semana 28
Releitura: Provérbios 2:1-5
Semana 29
Releitura: Provérbios 2:1-6
Semana 30
Releitura: Provérbios 2:1-7
Semana 31
Releitura: Provérbios 2:1-8
Semana 32
Releitura: Provérbios 2:1-9
Semana 33
Releitura: Provérbios 2:1-10
Semana 34
Releitura: Provérbios 2:1-11
Semana 35
Releitura: Provérbios 2:1-12
Semana 36
Releitura: Provérbios 2:1-13
Semana 37
Releitura: Provérbios 2:1-14
Semana 38
Releitura: Provérbios 2:1-15
Semana 39
Releitura: Provérbios 2:1-16
Semana 40
Releitura: Provérbios 2:1-17
Semana 41
Releitura: Provérbios 2:1-18
Semana 42
Releitura: Provérbios 2:1-19
Semana 43
Releitura: Provérbios 2:1-20
Semana 44
Releitura: Provérbios 2:1-21
Considerações Finais
Referências
Lista de abreviaturas dos livros da bíblia
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