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BOL ETI M
DA P ISCI CU LTU RA
E M ÁGUAS DA U NI ÃO
2 0 1 8 - 20 19
REL ATÓ R I O
ANUAL D E P R O D U ÇÃO
– RAP –
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

© 2020 Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Todos os direitos reservados. Permitida a reprodução parcial ou total desde que citada
a fonte e que não seja para venda ou qualquer fim comercial. A responsabilidade pelos
direitos autorais de textos e imagens desta obra é do autor.
1ª edição. Ano 2020
PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Jair Messias Bolsonaro
MINISTRA DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO

Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias
SECRETÁRIO DE AQUICULTURA E PESCA

Jorge Seif Júnior
DIRETOR DE ORDENAMENTO E DESENVOLVIMENTO DA AQUICULTURA

Maurício Nogueira da Cruz Pessôa
COORDENADORA - GERAL DE ORDENAMENTO

E DESENVOLVIMENTO DA AQUICULTURA EM ÁGUAS DA UNIÃO
Juliana Lopes da Silva
Elaboração, distribuição, informações:

Secretaria de Aquicultura e Pesca
Direção de Ordenamento e Desenvolvimento da Aquicultura
Coordenação- Geral de Ordenamento e Desenvolvimento da Aquicultura em Águas da União
Endereço: Esplanada dos Ministérios, Bloco D – 4º andar, Sala 405
CEP: 70043-900 Brasília - DF
Tel.: (61) (61) 3276 - 4472
e-mail: sinau.cgodau@agricultura.gov.br
Coordenação Editorial – Assessoria de Comunicação Social
Equipe Técnica: Juliana Lopes da Silva, Felipe Wilhelm Peixoto Bodens, Victor Hugo Barros Costa,
Susana Santos Sandes Gomes, Maria Janaína Martins dos Santos, Fábio Expedito dos Santos Neto,
Vanessa Souza Silva, Carlos Eduardo do Nascimento Oliveira, Ana Elisa Almeida Ayres, Fellipe Afonso de
Souza, Fernando Cony da Silva, Andréa Takeuti, Antônio Carlos de Oliveira e Vitor Marinho Loreto.
Créditos das Imagens: Bacia do Paraná: Mauro Yoshio Nakata, Sandro Shiquenobro More, Akemi More,
Tiemi Claudia More Baggio, Tilabras Aquacultura Ltda, Geneseas Aquacultura Ltda, Piscicultura Ipaussu,
Piscicultura Jatobá. Bacia do São Francisco: Associação dos Pequenos Criadores de Peixe Lagoa
do Junco, Cardume Brasil Ltda. Bacia do Tocantins-Araguaia: Marcio Ribeiro da Silva, Parque
Aquícola Brejinho I, Marcus Vinicíus Fier Girotto. Outras bacias: Claudio Marsaioli Doneux.
Sumário
PREFÁCIO................................................................................................................................. 4
APRESENTAÇÃO..................................................................................................................... 5
INTRODUÇÃO.......................................................................................................................... 6
METODOLOGIA....................................................................................................................... 7
CAPÍTULO 1
BACIA DO PARANÁ................................................................................................................ 8
CAPÍTULO 2
BACIA DO RIO SÃO FRANCISCO................................................................................... 20
CAPÍTULO 3
BACIA DO TOCANTINS-ARAGUAIA............................................................................... 25
CAPÍTULO 4
OUTRAS BACIAS................................................................................................................. 30
CAPÍTULO 5
PRODUÇÃO 2018................................................................................................................ 34
CAPÍTULO 6
A REDE NACIONAL DE PESQUISA E MONITORAMENTO AMBIENTAL
DA AQUICULTURA EM ÁGUAS DA UNIÃO – REDE................................................... 36
CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................................. 38
AGRADECIMENTOS............................................................................................................. 41
PREFÁCIO
D
Dados recentes da FAO (2020), mostram que em 2018 a pesca e a aquicultura juntas
atingiram uma produção de cerca de 179 milhões de toneladas, excluindo a produção de
algas. A pesca produziu 96,4 milhões de toneladas e a aquicultura produziu 82,1 milhões
de toneladas, mas ao incluir a produção de algas, a aquicultura atingiu uma produção
de 114,5 milhões de toneladas. Esses números confirmam a tendência dos últimos anos
do incremento de produção da aquicultura, superando o volume produzido pela pesca.
A Secretária de Aquicultura e Pesca do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abasteci-

mento – MAPA vem nos últimos dezoito meses trabalhando de forma sistemática para
reaver a estatística pesqueira nacional, através de parcerias com instituições de pesqui-
sa e outros órgãos do Governo Federal. Neste sentido, esforços vem sendo realizados
na modernização da coleta de dados, como exemplo, implantação de ferramenta digital
para mapas de bordos nas atividades de capturas e os relatórios anuais de produção
– RAP na aquicultura desenvolvida em Águas da União. Já como resultado desta ferra-
menta, foi publicado em junho último, o Boletim da Malacocultura 2017 a 2019 que traz
um perfil da atividade durante esse período.
Para fechar bem esse ano de 2020, lançamos agora o Boletim da Piscicultura em Águas
da União 2018 e 2019 que traz de forma simples e acessível as principais informações
da piscicultura em águas da União a partir dos dados informados pelos cessionários por
meio dos Relatórios Anuais de Produção.
O Relatório Anual de Produção em Águas da União é uma importante ferramenta de

ordenamento e desenvolvimento da aquicultura contribuindo para elaboração de polí-
ticas públicas e fomento da aquicultura nacional, além de fornecer dados para o plane-
jamento e investimento do setor privado. Além disso, os Boletins gerados a partir das
informações declaradas, servem para informar o público de que forma as Águas da
União - patrimônio de todos - estão sendo utilizadas na geração de emprego e renda,
oportunizando segurança alimentar e dignidade no campo.
Desejamos a todos uma boa leitura e contamos com todos os aquicultores do Brasil
para reportarem seus dados anualmente para que possamos juntos e melhorar e en-
grandecer os próximos relatórios
JORGE SEIF JÚNIOR

Secretário de Estado da Aquicultura e da Pesca
A PRESENTAÇ ÃO
A
As políticas públicas voltadas à atividade de aquicultura englobam mecanismos que visam
o aumento sustentável da produção aquícola, sendo um deles a cessão de uso de espaços
físicos em águas de domínio da União para fins de Aquicultura. A cessão é firmada por
meio de contratos que possui em seu escopo cláusula que solicita o relatório anual ao
cessionário, sendo o mesmo auto declaratório e de entrega obrigatória, quando solicitado,
para fins de acompanhamento do processo produtivo nas áreas cedidas.
Com o intuito de promover a melhor gestão dos contratos de cessão, foi instituído o Rela-
tório Anual de Produção da Aquicultura em Águas da União - RAP por meio da Instrução
Normativa nº 1, de 03 de fevereiro de 2020, propiciando maior controle e eficiência no
processo de fiscalização do cumprimento das cláusulas contratuais, além de importantes
informações para o ordenamento da atividade.
Com o RAP, é possível identificar diretamente com o produtor a realidade da sua produ-
ção, as áreas não produtivas, áreas ocupadas e não ocupadas, o desejo da rescisão de
contrato, os conflitos do uso múltiplo do espaço, entre outros, e assim elaborar planos e
ações para o ordenamento e desenvolvimento da política aquícola em águas da União.
Este boletim traz um recorte da atividade de aquicultura para o País, apresentando em
forma de capítulos, os resultados por Bacias Hidrográficas sendo abordados aspectos
geográficos, reservatórios existentes com produção regularizada, números de parques
e áreas aquícolas, e um comparativo da capacidade de produção plena das áreas regu-
larizadas com a produção declarada pelos cessionários, permitindo calcular a adesão da
obrigatoriedade de envio das informações pelos cessionários e estimar a real utilização
da capacidade de suporte dos reservatórios.
MAURÍCIO NOGUEIRA DA CRUZ PESSÔA

Diretor de Ordenamento e Desenvolvimento da Aquicultura
5
INTRODUÇ ÃO
O
O cultivo de peixes em tanques rede é uma realidade bastante recente, que teve início na
década de 80 e encontra-se em plena expansão. No Brasil, a atividade apresenta gran-
de potencial de crescimento, principalmente nos reservatórios das Usinas Hidrelétricas
(UHE’s), onde a Agência Nacional de Águas calculou uma capacidade de produção de
3,929 milhões de toneladas de peixes por ano. Além das Usinas Hidrelétricas há potencial
para expansão da aquicultura em águas da União nos rios federais, mar territorial e zona
econômica exclusiva - ZEE.
O acesso às águas de domínio da União para produção de aquícola, foi regulamentado
três vezes por Decreto. A primeira vez há cerca de 25 anos, em 1995, por meio do Decreto
1.695/1995, sendo substituído pelo Decreto 2.869/1998, o qual definia a “Cessão de uso”
como o ato administrativo para repasse do bem público para utilização por particulares,
entre outras disposições. No ano de 2003, com a criação da Secretaria Especial de Aqui-
cultura e Pesca – SEAP, que recebeu a incumbência das políticas públicas para a pesca e
aquicultura, foi publicado Decreto 4.895/2003 regulamentado pela Instrução Normativa
Interministerial 06/2004, que trouxe os critérios, procedimentos e trâmites necessários
para que o aquicultor obtivesse sua cessão de uso.
Segundo a Pesquisa Agropecuária Municipal – PPM/IBGE, publicada em outubro de 2020,
a produção de peixes no ano de 2019 foi de 529,623 mil toneladas, sendo a tilápia a es-
pécie responsável por 61% desta produção. Essa prevalência foi também observada no
Relatório de Produção 2019, onde das 61,330 mil toneladas declaradas, a produção de
tilápia foi de 60,172 mil toneladas.
6
M E TODOLOG IA
C
Considerando a necessidade de melhorar a sistemática de preenchimento e envio do Re-
latório Anual de Produção – RAP, foi estruturado formulário on-line para receber os dados
de produção de peixes das áreas regularizadas em águas da União.
A estruturação foi feita no âmbito do Sistema de Formulários e Questionários – AGRO-

FORM do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA, com disponibili-
zação de manual de preenchimento, e realizados testes pela SAP/MAPA, setor produtivo
e responsáveis técnicos na região Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul para validar a
implementação do ferramenta.
O Formulário on-line RAP 2018 foi disponibilizado por 30 (trinta) dias no período de 01 a 31
de outubro de 2019 e prorrogado por mais 15 (quinze) dias, finalizando o prazo em 11 de
novembro de 2019, resultando no recebimento de 370 relatórios validados.
No ano de 2019, com a publicação da Instrução Normativa nº 1, de 03 de fevereiro de

2020, o RAP foi disponibilizado no período de 17 de fevereiro a 31 de março de 2020.
Em virtude ao apoio às medidas de enfrentamento da emergência de saúde decorrente
do Coronavírus – COVID 19, foi publicada a Instrução Normativa nº 2, de 26 de março de
2020 que prorrogou o prazo de entrega por mais 60 (sessenta) dias, finalizando em 31 de
maio de 2020, resultando em 527 relatórios validados.
Após a expiração do prazo, os relatórios foram exportados do AGROFORM, realizada a

validação dos dados de produção e dados cadastrais, análise e intepretação dos dados
para fins de gestão dos contratos de cessão de uso.
7
CAPÍTULO 1
BACIA DO PARANÁ
A bacia do Rio Paraná abastece as regiões mais populosas e industrializadas do Brasil.

Ela abrange seis Estados brasileiros - Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do
Sul, Goiás, Santa Catarina - e o Distrito Federal.
Essa bacia compreende grandes usinas hidrelétricas – UHE, sendo os reservatórios de
usos múltiplos, utilizados para produção de peixes em tanque rede. Atualmente existe
aquicultura regularizada nos reservatórios das UHEs de Água Vermelha, Canoas I, Canoas
II, Chavantes, Capivara, Igarapava, Ilha Solteira, Itaipu Itumbiara, Jaguará, Jupiá, Jurumirim,
Porto Primavera, Rosana, Salto Caxias, Segredo, Taquaraçu e Volta Grande.
Na Bacia do Paraná existem 233 processos regularizados, com contrato de cessão de uso,
que juntos somam uma capacidade produtiva de 269.122,15 toneladas de peixes por ano.
Em 2019 foram recebidos 108 relatórios com total de produção declarada de 38.309,48
toneladas de peixe.
Segundo o Relatório de produção as espécies produzidas nesta bacia são: tilápia (Oreo-
chromis spp), Pacu (Piaractus mesopotamicus) Piauçú (Leporinus macrocephalus) e Ma-
trinxã (Brycon amazonicus)
O Capítulo 1 compreende as informações dos empreendimentos aquícolas localizados em
Áreas e Parques Aquícolas nos reservatórios da bacia do rio Paraná.
8
B OLE T I M DO R E L ATÓ R IO DE P RO DU ÇÃO CAPÍTULO 1
DA PI SCI C ULT URA EM ÁG UAS DA UN IÃO - 2019 BACIA DO RIO PARANÁ
TOCANTINS-ARAGUAIA
SÃO FRANCISCO
PARAGUAI
PARANÁ
ATLÂNTICO SUDESTE
ATLÂNTICO SUL
URUGUAI
Coordenação Geral de Ordenamento

e Desenvolvimento da Aquicultura em Águas da União - CGODAU
Departamento de Ordenamento e Desenvolvimento da Aquicultura - DEPOA
ATLÂNTICO NORDESTE
Secretaria de Aquicultura e Pesca - SAP
OCIDENTAL
ATLÂNTICO Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA
NORDESTE
ORIENTAL
AMAZÔNICA Fonte:
PARNAÍBA Bacias Hidrográficas: Agência Nacional de Águas - ANA
TOCANTINS Imagem (QGIS Plugin): ESRI Satellite.
ARAGUAIA Datum Horizontal:
SÃO SIRGAS 2000
FRANCISCO
PARAGUAI ATLÂNTICO LESTE

Legenda Áreas Licitadas e Vendidas
Regiões Hidrográficas Bacia do Paraná
PARANÁ Outras Bacias
ATLÂNTICO SUDESTE
1:6.000.000
URUGUAI ATLÂNTICO SUL
9
9
RESERVATÓRIO DA UHE ILHA SOLTEIR A

O reservatório da UHE de Ilha solteira abrange os estados São Paulo, Mato Grosso do Sul
e Minas Gerais. Além da importância da produção de energia e abastecimento da popu-
lação, o uso múltiplo de suas águas abrange a recreação, navegação, irrigação, pesca e
piscicultura.
O reservatório possui 91 áreas regularizadas, sendo 23 áreas aquícolas de demanda es-
pontânea e 68 áreas em Parques Aquícolas. A capacidade produtiva das 91 áreas aquícolas
é de 82.547,1 toneladas/ano.
De acordo com o Relatório Anual de Produção, no ano de 2019 o reservatório da UHE de
Ilha solteira produziu 23.348,76 toneladas de peixes.
82.547,1 91 38 23.348
T/ANO ÁREAS RELATÓRIOS
TONELADAS
CAPACIDADE REGULARIZADAS DE PRODUÇÃO
2019
PRODUTIVA 2019
10
CAPÍTULO 1
BACIA DO RIO PARANÁ
Área Aquícola
(demanda espontânea)
Das 23 áreas aquícolas regularizadas, até o
ano de 2019, foram recebidos 21 relatórios
de produção, conforme Figura 1. A Figura 2
traz um comparativo da produção regulari-
zada, capacidade produtiva dessas áreas 21
Entregue
(48.887.10 t/ano), com a produção declarada
no RAP 2019 que foi de 12.805,44 toneladas. 2
Não entregue
O RAP ainda nos traz quais as espécies

foram produzidas, sendo elas: tilápia
(Oreochromis spp.), seguido do Pacu
(Piaractus mesopotamicus ), Piauçú
(Leporinus macrocephalus) e Matrinxã Figura 1: Quantidade de RAP’s 2019 – Área
(Brycon amazonicus) (Figura 3). Aquícola (demanda espontânea).
50.000
48.887,10
t/ano
40.000 11.816t
Tilápia
Produção (t/ano)
811t
30.000 Pacu
150t
Piauçu
20.000
15,16t
Matrinxã
10.000 12.805,44 13,28t

t/ano Outras Espécies
-
Produção Regularizada (t/ano) Produção Declarada (t/ano)
Figura 2: Produção total Figura 3: Espécies utilizadas na produção.

regularizada x Produção declarada.
11
11
Parques Aquícolas
Dos três estados que abrangem o reservatório de Ilha Solteira o estado de Mato Grosso
do Sul é o único que possui Parques Aquícolas regularizados, sendo eles: Santa Quitéria,
Rio Grande, Rio do Pântano, Ribeirão Formoso e Brejo Cumprido, que juntos somam uma
capacidade produtiva de 33.660 t/ano. Das 68 áreas em Parques Aquícolas, apenas 17
enviaram o Relatório de Produção – RAP 2019 (Figura 4) declarando uma produção de
10.543,32 toneladas de peixes, representando 31,33 % da produção regularizada (Figura
5). Cabe ressaltar que a única espécie cultivada nas áreas abrangidas pelos parques é a
tilápia (Oreochromis spp.).
35.000
30.000
33.660
t/ano
Produção (t/ano)
25.000
17 20.000
Entregue
15.000
51
Não entregue
10.000
10.543,32
5.000
t/ano
-
Figura 4: Quantidade de RAP’s 2019 Figura 5: Produção total regularizada x Pro-

– área em Parque Aquícola. dução declarada.
RESERVATÓRIO DA UHE ENGENHEIRO

SOUZA DIAS (JUPIÁ )
A Usina Hidrelétrica Jupiá está localizada no rio Paraná, entre as cidades de Andradina e Cas-
tilho estado de São Paulo e Três Lagoas no estado do Mato Grosso do Sul. Com 330 km² e
tempo de residência da água de 6,2 dias, esse reservatório possui uma capacidade de suporte
para produção de peixes de 188.379 toneladas por ano, de acordo com a Agência Nacional de
Águas – ANA.
Com apenas uma área regularizada, a produção em 2019 foi de 3.909 toneladas de tilápia
(Oreochromis spp.).
12
RESERVATÓRIO DA UHE ENGENHEIRO

SÉRGIO MOTTA (PORTO PRIMAVER A )
Considerada a mais extensa do Brasil, a barragem da Usina Hidrelétrica Engenheiro Sér-
gio Motta (Porto Primavera) possui 10,2 km de extensão e um reservatório de 2.250 km²
e segundo a ANA a capacidade de suporte para produção de peixes é de 212.505,97 t/
ano. Quanto ao seu uso e ocupação para prática de piscicultura em tanques rede, existem
oito (8) Áreas Aquícolas regularizadas, com capacidade produtiva de 9.017,9 (nove mil e
dezessete) t/ano. Em 2019 foi declarada uma produção de 960 toneladas, representando
10,64% da produção total regularizada.
9.017,9 8 6 960
CAPACIDADE ÁREAS RELATÓRIOS
TONELADAS
PRODUTIVA REGULARIZADAS DE PRODUÇÃO
2019
T/ANO 2019
RESERVATÓRIO DA UHE ITAIPU

Esta Usina encontra-se situada no rio Paraná o qual é formado a partir da confluência de
dois rios principais, Grande e Paranaíba, os quais drenam parte das águas dos estados de
Goiás, Minas Gerais e São Paulo. Seu reservatório é o sétimo maior do Brasil, com 1.350
km² de área inundada.
Dados consultados da ANA informam que a capacidade de suporte para produção deste
reservatório é da ordem de 400.955,66 (quatrocentos mil novecentos e cinquenta e cinco)
toneladas por ano de peixe.
O cultivo de tilápias em tanques rede no reservatório de Itaipu não é permitido devido ao De-
creto nº 4.256, de 3 de junho de 2002, que promulga o Acordo bilateral entre Brasil e Paraguai,
e apesar da Portaria nº 145/98 do IBAMA colocar a tilápia como uma espécie detectada na
bacia do rio Paraná, este Acordo impede qualquer ato de introdução, reintrodução e o cultivo
de espécies exóticas no rios limítrofes aos dois países.
Ao longo do espelho d’água existem Áreas de demanda espontânea e Parques Aquícolas
demarcados. Em relação às Áreas Aquícolas de demanda espontânea, há apenas duas,
com uma capacidade produtiva de 40 t/ano cada uma, entretanto, nenhuma delas entre-
gou o relatório no ano de 2019.
13
Quanto as 63 áreas cedidas nos Parques Aquícolas Ocoí, São Francisco Falso e Verdadei-
ro, apenas sete (7) cessionários (Ocoí e São Francisco Verdadeiro) entregaram o relatório
anual, somando uma produção de 120 toneladas.
2.520 63 7 120
TONELADAS
2019
T/ANO 2019
RESERVATÓRIO DA UHE JAGUAR A

Localizada no rio Grande, município de Rifaina (SP), a Usina Hidrelétrica Jaguara tem um reser-
vatório a fio d’água com área de 34,6 km² e capacidade de suporte para produção de peixes
de 26.846 toneladas por ano, calculada pela Agência Nacional de Águas.
A capacidade produtiva das três (3) Áreas Aquícolas regularizadas no reservatório é de 17.340
toneladas de peixe por ano. No ano de 2019 os cessionários declararam uma produção de
3.484 toneladas, representando 20,09% da produção regularizada.
17.340 3 3 3.484
TONELADAS
2019
T/ANO 2019
RESERVATÓRIO DA UHE IGAR APAVA

Com um reservatório de apenas 36,5 km², a Usina Hidrelétrica de Igarapava está localizada
no rio Grande, numa área que abrange os municípios de Igarapava e Rifaina no estado de
São Paulo, e Conquista e Sacramento em Minas Gerais.
Apesar da Agência Nacional de Águas – ANA calcular uma capacidade de suporte de
27.796 toneladas de peixe por ano, as duas (2) áreas regularizadas somam apenas 900
t/ano de capacidade produtiva, que juntas declararam produzir 420 toneladas de tilápia
(Oreochromis niloticus).
14
14
RESERVATÓRIO DA UHE JOSÉ ERMÍRIO

DE MOR AES ( ÁGUA VERMELHA )
Oficialmente denominada Usina Hidrelétrica José Ermínio de Moraes, a UHE de Água
Vermelha situa-se no rio Grande a 80 km do encontro com o rio Paranaíba e formação do
rio Paraná. O lago formado pelo reservatório possui um perímetro de 174 km e tem como
municípios lindeiros Iturama, São Francisco de Sales, Campina Verde, Itapagipe e Frutal
no estado de Minas Gerais e Ouroeste, Indiaporã, Mira Estrela, Macedônia, Pedranópolis,
Cardoso, Riolândia, Pontes Gestal e Paulo de Faria no estado de São Paulo.
Neste reservatório existem apenas duas (2) áreas regularizadas que juntas possuem uma
capacidade de produção de 4.293 t/ano. As duas áreas regularizadas encaminharam o
Relatório Anual de Produção 2019 e afirmaram produzir 745,2 toneladas de tilápia (Oreo-
chromis niloticus), representando 17,35% da produção regularizada.
4.293 2 2 745,2
TONELADAS
2019
T/ANO 2019
RESERVATÓRIO DA UHE JURUMIRIM

Localizada no rio Paranapanema, totalmente no estado de São Paulo, o reservatório da UHE
de Jurumirim possui uma área, no nível máximo, de 470 km² e 7 bilhões de m³ de água,
margeados pelos municípios Piraju, Cerqueira César, Tejupá, Itaí, Paranapanema, Itatinga,
Avaré e Arandu.
O reservatório de Jurumirim, de acumulação, é muito importante no aproveitamento da região
do médio Paranapanema, pois garante a regularidade das águas para as próximas usinas,
Chavantes e Salto Grande.
Com cinco (5) Áreas Aquícolas regularizadas, ano de 2019 foi declarada uma produção total
de 298 toneladas de tilápia (Oreochromis spp.) que corresponde a 13% do total da capaci-
dade produtiva que é de 2.189 (dois mil cento e oitenta e nove) toneladas de peixe por ano.
15
15
B OLE T I M DO R E L ATÓ R IO DE P RO DU ÇÃO
DA PI SCI C ULT URA EM ÁG UAS DA UN IÃO - 2019
RESERVATÓRIO DA UHE CHAVANTES

Situada no rio Paranapanema, na divisa dos estados de Paraná e São Paulo, nos municípios
de Chavantes e Ribeirão Claro, a Usina hidrelétrica de Chavantes possui um reservatório
de múltiplos usos, com características de acumulação, que serve para regular a vazão das
hidrelétricas à jusante. Seu reservatório margeia ainda os municípios de Timburi, Fartura,
Itaporanga, Barão de Antonina, Taguaí e Coronel Macedo no estado de São Paulo e Salto
do Itararé, Siqueira Campos e Carlópolis no estado do Paraná.
8.063 11 9 3.280
TONELADAS
2019
T/ANO 2019
Nesse reservatório existem 11 áreas aquícolas regularizadas e em 2019 foram entregues

nove (9) relatórios de produção (Figura 8). A capacidade de produção dessas áreas é de
8.063 (oito mil e sessenta e três) toneladas de peixes por ano, no entanto, segundo os
dados declarados no RAP 2019 a produção foi de 3.280 toneladas de tilápia (Oreochromis
niloticus), representando 40,67% da produção regularizada (Figura 9).
9.000
8.000
8.063
7.000 t/ano
Produção (t/ano)
6.000
9 5.000
Entregue
4.000
2
Não entregue 3.000 3.280
t/ano
2.000
1.000
-
Figura 6: Quantidade de RAP’s 2019 Figura 7: Produção total

entregues. regularizada x Produção declarada.
16
16
RESERVATÓRIO DA UHE CANOAS I

O reservatório da Usina Hidrelétrica de Canoas I é do tipo fio d’água e está localizada
na região do médio Paranapanema entre os municípios de Itambaracá (PR) e de Cândido
Mota (SP). Com capacidade de suporte para produção de peixes de 13.360 toneladas, o
reservatório possui uma (1) área regularizada que declarou produziu 424,96 toneladas no
ano de 2019.
RESERVATÓRIO DA UHE CANOAS II

Sendo uma das mais novas hidrelétricas do Paranapanema, Canoas II possui uma capa-
cidade de suporte de 12.485 toneladas de peixe por ano. Das cinco áreas regularizadas,
foram recebidos quatro RAP’s que juntas produziram 90 toneladas em 2019.
17
17
RESERVATÓRIO DA UHE CAPIVAR A

O reservatório ocupa áreas dos municípios de Alvorada do Sul, Primeiro de Maio, Sertaneja
e Leópolis no estado do Paraná e Pedrinhas Paulista, Macaraí, Cruzália e Iepê e Nantes
no estado de São Paulo.
Entre os anos de 2010 e 2018 foram regularizadas 13 áreas aquícolas no reservatório de
Capivara, dos quais apenas dez entregaram o relatório de produção de 2019 (Figura 10).
Essas 13 áreas regularizadas somam uma capacidade de produção de aproximadamente
3.489 toneladas por ano, no entanto em 2019 foi produzido 893,89 toneladas de tilápia
(Oreochromis niloticus), aproximadamente 26% da produção regularizada (Figura 11).
3.489 13 10 893,89
TONELADAS
2019
T/ANO 2019
3.500
3.489
3.000 t/ano
2.500
Produção (t/ano)
3 2.000
Entregue
1.500
10
Não entregue
1.000
893,89
500 t/ano
-
Figura 8: Quantidade de RAP’s 2019 Figura 9: Produção total

entregues. regularizada x Produção declarada.
18
18
RESERVATÓRIO DA UHE ROSANA

A Usina Hidrelétrica de Rosana está localizada no Pontal do Paranapanema, próxima à
foz do rio. Sua capacidade de suporte para produção de peixes estipulada pela Agência
Nacional de Águas – ANA é de 46.490 toneladas por ano.
O reservatório possui quatro (4) áreas aquícolas regularizada com capacidade de produção
de 6.875 t/ano, sendo que apenas duas (2) delas enviaram o relatório do ano de 2019 e
juntas produziram 42,67 toneladas.
RESERVATÓRIO DA UHE ITUMBIAR A

Entre os municípios de Itumbiara (GO) e Araporã (MG), no rio Paranaíba, localiza-se a Usina
Hidrelétrica de Itumbiara, cuja Agência Nacional de Águas – ANA calculou uma capacidade
de suporte para produção de peixes de 35.686 toneladas por ano.
Apesar do potencial produtivo, existem apenas nove (9) áreas aquícolas no local, das quais
três (3) delas entregaram o relatório de produção. A capacidade produtiva das nove (9)
áreas é de 3.966,15 toneladas por ano, em 2019 foram produzidas 230 toneladas.
3.966,15 9 3 230
TONELADAS
2019
T/ANO 2019
RESERVATÓRIO DA UHE GOVERNADOR NEY

AMINTHAS DE BARROS BR AGA (SEGREDO)
A Usina Hidrelétrica de Segredo está localizada no rio Iguaçu, com uma área de 73,62 km² e
capacidade de suporte para produzir 32.259 toneladas de peixes por ano. Atualmente são
sete (7) Áreas regularizadas, que juntas declararam produzir 63 toneladas no ano de 2019.
19
19
CAPÍTULO 2
BACIA DO RIO
SÃO FRANCISCO
O O Capítulo 2 compreende as informações dos empreendimentos aquícolas locali-

zados no rio São Francisco e nos reservatórios das UHE’s Três Marias, Sobradinho, Luiz
Gonzaga (Itaparica), Apolônio Sales (Moxotó) e Xingó.
A bacia hidrográfica do rio São Francisco tem grande importância para o país não apenas
pelo volume de água transportado em uma região semiárida, mas, também, pelo potencial
hídrico passível de aproveitamento e por sua contribuição histórica e econômica para a
região. Devido sua dimensão territorial, estimada em 639.217 km², a bacia abrange 505
municípios distribuídos em sete unidades da federação – Bahia, Minas Gerais, Pernambuco,
Alagoas, Sergipe, Goiás e Distrito Federal.
Na bacia do São Francisco existem 72 áreas regularizadas, que juntas somam uma capa-
cidade produtiva de 53.947,68 toneladas de peixes por ano. Em 2019 foram recebidos 60
relatórios com total de produção declarada de 17.328,34 toneladas.
Dos 60 relatórios recebidos, sete (7) são de áreas diretamente no rio São Francisco, das quais
apenas uma delas declarou ter produzido em 2019, sendo essa produção de 25 toneladas.
O reservatório da UHE de Três Marias está localizado no alto rio São Francisco, no estado
de Minas Gerais. Com capacidade de suporte de 57 mil toneladas esse reservatório pos-
sui apenas 03 (três) Áreas aquícolas regularizadas que juntas, possuem capacidade de
produção de 504 toneladas/ano e declararam uma produção de 512 toneladas de tilápia
do Nilo (Oreochromis niloticus) em 2019.
Já no reservatório da UHE de Sobradinho existe apenas uma área regularizada com capa-
cidade produtiva de 192 t/ano, no entanto, não foi recebido relatório desse reservatório.
20
DA PI SCI C ULT URA EM ÁG UAS DA UN IÃO - 2019 BACIA DO RIO SÃO FRANCISCO
PARNAÍBA
TOCANTINS-ARAGUAIA SÃO FRANCISCO
ATLÂNTICO SUDESTE
ATLÂNTICO SUL
PARANÁ

ATLÂNTICO NORDESTE
OCIDENTAL
NORDESTE
ORIENTAL
AMAZÔNICA Fonte:
SÃO SIRGAS 2000
FRANCISCO

ATLÂNTICO SUDESTE
1:8.000.000
21
RESERVATÓRIO DA UHE LUIZ GONZAGA

(ITAPARICA )
A Usina Hidrelétrica de Itaparica, renomeada de Luiz Gonzaga, em homenagem ao cantor e
compositor brasileiro Luiz Gonzaga do Nascimento (1912-1989), alaga áreas dos municípios
de Petrolândia, Floresta, Itacuruba e Belém do São Francisco no estado de Pernambuco,
e Glória, Rodelas e Abaré no estado da Bahia.
De acordo com a ANA, a capacidade de suporte para a produção de peixes é de 93.560
t/ano. No reservatório existem 30 Áreas Aquícolas regularizadas que juntas possui capa-
cidade de produção de 33.075,88 toneladas/ano.
Foram recebidos 27 relatórios, que correspondem a 90% do total de áreas regularizadas
(Figura 10). Destes, a produção declarada em 2019 foi de 12.209,95 toneladas de tilápia do
Nilo (Oreochromis niloticus), isso corresponde a 37% da produção regularizada (Figura 11).
33.075,88 30 27 12.209,95
TONELADAS
2019
T/ANO 2019
35.000
33.075,88
30.000
t/ano
25.000
Produção (t/ano)
27 20.000
Entregue
3 15.000
Não entregue
10.000 12.209,95
t/ano
5.000
-
Figura 10: Quantidade de RAP’s 2019. Figura 11: Produção total

22
RESERVATÓRIO DA UHE APOLÔNIO SALES

(MOXOTÓ)
A Usina de Apolônio Sales, administrada pela Companhia Hidrelétrica do São Francis-
co - CHESF, está instalada no rio São Francisco e seu reservatório é margeado pelos
estados da Bahia, Alagoas e Pernambuco. Assim como os demais reservatório possui
uso múltiplo, entre eles, o abastecimento de água, irrigação, turismo e piscicultura. A
capacidade de suporte para produção de peixes nesse reservatório é de 76.498 t/ano,
de acordo com a ANA.
Moxotó possui 19 áreas regularizadas, que juntas somam uma capacidade de produção
de 16.197,8 toneladas. Das 19 áreas regularizadas foram recebidos 13 relatórios (Figura 12),
que juntos somaram uma produção de 2.695,86 toneladas de tilápia do Nilo (Oreochromis
niloticus) (Figura 13).
16.197,8 19 13 2.695,86
TONELADAS
2019
T/ANO 2019
18.000
16.000
16.197,80
14.000 t/ano
Produção (t/ano)
12.000
13 10.000
Entregue
8.000
6
Não entregue 6.000
4.000
2.000 2.695,86
t/ano
-
Figura :12 Quantidade de RAP’s 2019. Figura 13: Produção total

23
RESERVATÓRIO DA UHE XINGÓ

O reservatório da UHE de Xingó está localizado entre os estados de Alagoas, Bahia e
Sergipe. Com 65 km de extensão esse reservatório está posicionado em um canyon, que
hoje é tido como uma fonte de turismo na região, através da navegação no trecho entre
Paulo Afonso (BA) e Piranhas (AL), além de prover o desenvolvimento de projetos de irri-
gação e abastecimento d’água para os municípios lindeiros.
O reservatório possui capacidade de suporte para a produção de 87.983 toneladas por
ano. Existem atualmente 12 Áreas Aquícolas regularizadas que juntas possui capacidade
de produção de 3.474,4 toneladas por ano. Das 12 áreas regularizadas, apenas 02 ces-
sionários não entregaram o RAP2019 (Figura 14). A produção total declarada no ano de
2019 foi de 1.885,53 toneladas de tilápia do Nilo (Oreochormis niloticus), correspondendo
a 54,7% da produção total regularizada (Figura 15).
3.474,4 12 10 1.885,53
TONELADAS
2019
T/ANO 2019
4.000
3.500
3.474,40
3.000 t/ano
Produção (t/ano)
2.500
10
Entregue 2.000
2 1.885,53
1.500 t/ano
Não entregue
1.000
500
-
Figura :14 Quantidade de RAP’s 2019. Figura 15: Produção total

24
CAPÍTULO 3
BACIA DO
TOCANTINS-ARAGUAIA
C om aproximadamente 2.400 km de extensão, o rio Tocantins é o segundo maior

curso d’água 100% brasileiro, ficando atrás somente do rio São Francisco, nasce entre os
municípios goianos de Ouro Verde de Goiás e Petrolina de Goiás, atravessa os estados
de Tocantins, Maranhão e Pará, e encontra-se com o rio Araguaia formando a Região
Hidrográfica do Tocantins-Araguaia. Nesta bacia estão instaladas as usinas hidrelétricas
de Serra da Mesa, Cana Brava, São Salvador, Peixe Angical, Lajeado, Estreito e Tucuruí.
Ao todo, nos reservatórios de Serra da Mesa, Cana Brava, Lajeado e Tucuruí, existem 1.271
áreas regularizadas, sendo 1.256 em Parques Aquícolas e 15 Áreas Aquícolas de demanda
espontânea, que juntas somam uma capacidade produtiva de 51.292,02 toneladas de
peixes por ano.
Em 2019 foram recebidos 66 relatórios com total de produção declarada de 3.387,85 to-
neladas de peixe. Cabe ressaltar que não houve recebimento de relatórios do reservatório
da UHE de Tucuruí.
25
B OLE T I M DO RE L ATÓ R IO DE P RO DU ÇÃO CAPÍTULO 3
DA PI SCI C ULT UR A EM ÁG UAS DA UN IÃO - 2019 BACIA DO RIO ARAGUAIA - TOCANTINS
ATLÂNTICO NORDESTE
OCIDENTAL
AMAZÔNICA
PARNAÍBA
TOCANTINS
ARAGUAIA
SÃO FRANCISCO
PARANÁ

ATLÂNTICO NORDESTE
OCIDENTAL
NORDESTE
ORIENTAL
AMAZÔNICA Fonte:
SÃO SIRGAS 2000
FRANCISCO

ATLÂNTICO SUDESTE
1:11.000.000
26
RESERVATÓRIO DA UHE SERRA DA MESA

A hidrelétrica de Serra da Mesa tem capacidade instalada para geração de 1.275MW,
segundo dados de Furnas, e atende ao mercado de energia elétrica do Sistema Inter-
ligado Sul/Sudeste/Centro-Oeste. Além disso, a hidrelétrica é responsável pela ligação
entre este sistema e o Sistema Norte/Nordeste, sendo o elo da Interligação Norte-Sul.
Com uma área de 1.784km², o reservatório da hidrelétrica é o maior do Brasil em volume
de água com 54,4 bilhões de metros cúbicos (m³). Serra da Mesa é um reservatório de
acumulação, ou seja, responsável por regular vasão dos demais reservatórios à jusante
e por isso possui características diferentes dos outros, como tempo de residência da
água elevado e grande variação do nível. Essa característica faz com que a capacidade
de suporte para produção de peixes seja baixa, apenas 51 mil toneladas por ano.
Esse reservatório possui 225 (Duzentos e Vinte e Cinco) aquicultores regularizados sen-
do, 12 (doze) localizados em Áreas Aquícolas com capacidade de produção de 4.856,52
toneladas/ano, e 213 (Duzentos e Treze) distribuídos nos 14 Parques Aquícolas (Borges
Vieira, Caiçara, Coral, Córrego Novo, Ema, Estreito, Nossa Senhora de Santana, Olho
d’Água, Passa Três, Quebra Pau, Serrinha, Toca do Lobo, Traíra e União) com capacidade
de produção de 14.040 toneladas/ano.
No ano de 2019 foram recebidos apenas 12 relatórios, que somam uma produção de
3.258 toneladas de tilápia.
27
RESERVATÓRIO DA UHE CANA BRAVA

O reservatório da Usina Hidrelétrica de Cana Brava está localizado entre os municípios lin-
deiros de Minaçu, Colinas do Sul e Cavalcante e por ser um reservatório à fio d’água possui
características apropriadas para produção de peixes em tanques rede, pois o nível varia pou-
co ao longo do ano. Cana Brava possui uma área de 139 km² e uma capacidade de suporte
calculada pela Agência Nacional de Águas – ANA de 35.700,21 toneladas de peixe por ano.
O cultivo de peixes em tanques rede neste reservatório ocorre tanto em Áreas Aquícolas, de de-
manda espontânea, quanto em Parques Aquícolas, criados para incentivar e fomentar a atividade.
Até o momento existem apenas três (3) áreas aquícolas regularizadas, com uma capacidade
produtiva de 5.568,5 (Cinco mil, quinhentos e sessenta e oito) toneladas. A SAP recebeu os
relatórios das 03 (três) áreas, no entanto apenas uma delas produziu em 2019, e a produção
foi de 20 toneladas.
Quanto os parques aquícolas temos o Carmo 01 e 02, Conquista, Renascer e Três Pontes,
que juntos somam 135 contratos com produção total de 7.584 (sete mil quinhentos e oitenta
e quatro) toneladas de peixe ao ano. Destes, foram recebidos 19 relatórios oriundos dos
Parques Aquícolas Três Pontes e Conquista, sendo que apenas este último produziu (Figura
16). O total dessa produção de 63 toneladas de tilápia.
13.152,5 138 22 83
TONELADAS
2019
T/ANO 2019
22
Entregue
116
Não entregue
Figura 16: Quantidade de RAP’s 2019.
28
RESERVATÓRIO DA UHE LUÍS EDUARDO

MAGALHÃES (L A JEADO)
O reservatório da Usina Hidrelétrica de Lajeado com aproximadamente 170 km de extensão
em uma área de 630 km², tem como municípios lindeiros Miracema do Tocantins, Lajeado,
Palmas, Porto Nacional, Brejinho de Nazaré e Ipueiras.
Esse reservatório possui capacidade de suporte para a produção de 89.238,112 toneladas
de peixes ao ano e no momento existe apenas aquicultura na modalidade Parques Aquí-
colas instalada, sendo eles: Brejinho II, Miracema-Lajeado e Sucupira.
Desses parques Aquícolas, foram recebidos apenas 32 relatórios de produção (Figura
17), distante do total existem de aquicultores regulados que são 226 cessionários. Dos 32
relatórios entregues a produção declarada foi de 46,85 toneladas, sendo 19,8 toneladas
e tilápia e 27,05 de tambaqui (Figura 18).
32 19,80t
Entregue Tilápia
210 27,05t
Não entregue Tambaqui
Figura 17: Quantidade de RAP’s 2019. Figura 18: Espécies utilizadas

na produção.
29
CAPÍTULO 4
OUTRAS BACIAS
O Capítulo 4 é dedicado aos dados dos demais corpos hídricos de diferentes bacias
hidrográficas, como: Mar Territorial, rio Mateus (Cricaré), reservatório da UHE Manso, re-
servatório da UHE Boa Esperança e Açude Público Padre Cícero (Castanhão).
PI SC I CU LTU R A M A R I N H A
O Brasil possui 8,5 mil quilômetros de costa e 12 milhas náuticas de mar territorial, além de
toda a Zona Econômica Exclusiva, ou seja, potencial incalculável para piscicultura marinha.
No entanto essa modalidade de aquicultura ainda é incipiente no país, com apenas uma
(1) área regularizada no litoral do estado de São Paulo.
Nessa área regularizada foi produzido 22,5 toneladas de bijupirá (Rachycentron canadum)
em 2019.
30
DA PI SCI C ULT UR A EM ÁG UAS DA UN IÃO - 2019 OUTRAS BACIAS
R I O SÃO M ATEUS (C R I C A R É )
O rio São Mateus (Cricaré) possui apenas uma aquicultura regularizada com capacidade de
produção de 100 (cem) toneladas/ano de pescado e em 2019 foi produzido 12 toneladas
da espécie tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus).
R E S E RVATÓ R I O DA U H E BOA E S PE R A N Ç A
O reservatório da Usina Hidrelétrica de Boa Esperança, localizado entre os estados de
Piauí e Maranhão, é formado pelo represamento do trecho médio do rio Parnaíba, possui
uma área de 269,57 km² e uma capacidade de suporte para produção de peixes de 24.615
toneladas por ano. Atualmente possui duas Áreas Aquícolas regularizadas que juntas pos-
suem capacidade de produção de 2.173,45 toneladas/ano, e segundo o RAP 2019, essas
duas áreas produziram 1.095 toneladas de tilápia do Nilo (Oreochomis niloticus) (Figura 19).
2.500
2.000 2.173,45
t/ano
Produção (t/ano)
1.500
1.000 1.095
t/ano
500
-
Figura 19: Produção total

31
AÇU D E PÚ B LI CO PA DR E C ÍC E RO
( AÇU D E C A S TA N H ÃO)
O Castanhão é o maior açude público para usos múltiplos do Brasil e constitui importante
reserva estratégica de água. É utilizado para irrigação, abastecimento urbano, piscicultura
e regularização da vazão do rio Jaguaribe. Já foi considerado o maior produtor de tilápias
do Brasil, no entanto a seca que vem prejudicando o sertão nordestino também impactou
a produção de peixes.
O Açude possui 683 aquicultores regularizados em três (3) Parques Aquícolas: Alto Santo,
Nova Jaguaribara e Jaguaribe/Jaguaratema, mas de acordo com os dados declarados
em 2019, apenas 280 cessionários entregaram o RAP correspondendo a 41% do total de
contratos (Figura 20).
Os dados declarados indicam que não houve produção no Parque Aquícola Jaguaribe/
Jaguaratema e o somatório da produção dos outros parques foi de 1.175,44 toneladas no
ano de 2019. Neste aspecto um dado importante a ser considerado é que 72% dos que
entregaram o RAP declararam que não houve produção em 2019 devido ao baixo nível
do reservatório.
280
Entregue
403
Não entregue
Figura 20: Quantidade de RAP’s 2019.
32
R E S E RVATÓ R I O DA U H E M A N SO
Localizado no rio Cuiabá, dentro da Chapada dos Guimarães, o reservatório da UHE de
Manso possui 56 Áreas Aquícolas regularizadas distribuídas em oito Parques Aquícolas.
No entanto, destas, foram recebidos apenas nove (9) relatório de produção em 2019 o
que equivale a 16% do total de contratos assinados. Os cessionários que responderam o
relatório de produção, afirmaram que não houve produção em 2019.
33
CAPÍTULO 5
PRODUÇÃO 2018
P ara fins de ilustração, optou-se pela apresentação dos dados de 2018 em tabela,
comparando a quantidade de contratos assinados (áreas regularizadas) e de relatórios
entregues durante o ano, evidenciando o nível de adesão dos produtores ao pedido de
envio de informação. Além disso, a Tabela 1 traz informações de produção regularizada
(t/ano) e declarada em 2018 (t/ano) por reservatório.
34
DA PI SCI C ULT UR A EM ÁG UAS DA UN IÃO - 2019 PRODUÇÃO 2018
Tabela 1: Produção Declarada no ano de 2018.
Contratos Produção Produção

Relatórios Regularizada
Corpo Hídrico assinados (áreas entregues até Declarada RAP
regularizadas) 2018 (t/ano) 2018 (t/ano)
UHE Ilha Solteira 88 38 69.398,10 22.663,15
UHE Água Vermelha 1 1 3.600,00 376,00
UHE Canoas I 0 - 0 -
UHE Canoas II 3 2 1.674,00 106,00
UHE Capivara 13 7 3.489,00 1.294,00
UHE Chavantes 7 5 5.921,00 2.120,00
UHE Igarapava 1 1 400,00 150,00
UHE Itaipú 63 7 1.320,00 98,70
Bacia do UHE Itumbiara 7 5 2.922,15 397,00
Paraná UHE Jaguara 2 2 17.280,00 3.390,00
UHE Jupiá 1 1 100.000,00 521,03
UHE Jurumirim 4 3 1.022,50 157,00
UHE Porto Primavera 6 3 8.139,50 694,00
UHE Rosana 3 - 6.345,00 -
UHE Salto Caxias 2 - 3.456,00 -
UHE Segredo 5 1 1.215,00 20,00
UHE Taquaraçu 1 - 1.422,00 -
Total 207 76 227.604,25 31.986,88
Rio São Francisco 7 7 504,00 49,70
UHE Itaparica 30 26 33.075,88 11.973,26
Bacia UHE Moxotó 16 12 10.797,80 2.923,99
do São UHE Sobradinho 1 - 192,00 -
Francisco UHE Três Marias 2 2 264,00 264,00
UHE Xingó 12 8 3.474,40 1.850,80
Total 68 55 48.308,08 17.061,75
UHE Cana Brava 137 27 6.780,00 43,08
Bacia UHE Serra da Mesa 218 2 16.668,00 1.542,00
Tocantins - UHE Lajeado 226 27 10.848,00 35,43
Araguaia UHE Tucuruí 682 - 8.395,00 -
Total 1.263 56 42.691,00 1.620,51
Mar Territorial 1 1 600 30
Rio Cricaré 1 - 100,00 -
Outras UHE Boa Esperança 2 - 2.173,45 -
Bacias UHE Manso 56 9 6.724,00 -
Açude Castanhão 683 173 32.520,00 5.108,42
Total 743 183 42.117,45 5.138,42
TOTAL 2.281 370 360.720,78 55.807,56
35
CAPÍTULO 6
A REDE NACIONAL DE PESQUISA E

MONITORAMENTO AMBIENTAL DA
AQUICULTURA EM ÁGUAS DA UNIÃO – REDE
C omo um produtor de alimentos, a aquicultura depende de boas condições ambientais

e de qualidade da água, o que significa que, a fim de proteger seus próprios negócios, a
aquicultura tem um interesse evidente na manutenção da boa qualidade da água, evitando
qualquer impacto negativo sobre o meio ambiente.
Deve-se considerar, portanto, que existe uma relação de interdependência entre o meio
ambiente e a aquicultura, pelo qual, um ambiente não saudável pode criar dificuldades para
o desenvolvimento dos organismos, bem como determinará uma péssima qualidade do
produto de um ponto de vista higiênico-sanitário. É de interesse da aquicultura, portanto,
manter a qualidade ambiental do meio para garantir sua produção de qualidade. Uma das
principais medidas que traz segurança à produção é o monitoramento ambiental.
Neste sentido, com o objetivo de gerar subsídio técnico científico à política aquícola para
planejamento, ordenamento e monitoramento sustentável da aquicultura em águas da União,
a Secretaria de Aquicultura e Pesca, ligada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abasteci-
mento, e a Embrapa Meio Ambiente criaram a Rede Nacional de Pesquisa e Monitoramento
Ambiental da Aquicultura em Águas da União (Rede). Composta pela conjugação de diversas
instituições, incluindo centros de pesquisa, universidades, órgãos estaduais de meio am-
biente e setor produtivo, a Rede forma um arranjo multi-institucional de cooperação cientí-
fica com a finalidade de facilitar o acesso aos dados, às informações e aos conhecimentos
técnico-científicos sobre a temática do monitoramento ambiental da aquicultura.
36
DA PI SCI C ULT UR A EM ÁG UAS DA UN IÃO - 2019 PRODUÇÃO 2018
Como resultado das parcerias da Rede, em 2019 foi publicado o Livro Monitoramento
Ambiental da Aquicultura em Águas da União – Subsídio para a Proposição de um Plano
Nacional e o Portfólio de Resultados do Monitoramento Ambiental da aquicultura em
Águas da União.
A implantação da Rede deverá contemplar ainda o estabelecimento de um programa
de monitoramento ambiental que forneça subsídios para a avaliação das condições am-
bientais das áreas de produção e sirva ainda para a tomada de decisões associada ao
gerenciamento dos recursos hídricos e a gestão da atividade produtiva.
É importante ressaltar que a implementação de práticas ambientais em empreendimentos
aquícolas é sempre interessante, trazendo benefícios ecológicos e financeiros, uma vez
que contribui para a sustentabilidade da atividade. Além disso, com a crescente crise
ambiental que a sociedade enfrenta, torna-se cada vez mais necessária a produção de
alimentos de forma ambientalmente correta, prezando tanto a qualidade do produto final
como o método de produção propriamente dito.
A implantação da Rede deverá contemplar ainda o estabelecimento de um programa
de monitoramento ambiental que forneça subsídios para a avaliação das condições am-
bientais das áreas de produção e sirva ainda para a tomada de decisões associada ao
gerenciamento dos recursos hídricos e a gestão da atividade produtiva.
É importante ressaltar que a implementação de práticas ambientais em empreendimentos
aquícolas é sempre interessante, trazendo benefícios ecológicos e financeiros, uma vez
que contribui para a sustentabilidade da atividade. Além disso, com a crescente crise
ambiental que a sociedade enfrenta, torna-se cada vez mais necessária a produção de
alimentos de forma ambientalmente correta, prezando tanto a qualidade do produto final
como o método de produção propriamente dito.
37
CONSIDERAÇÕES FINAIS
N o âmbito da gestão dos contratos, a Instrução Normativa nº 01, de 03 de fevereiro de

2020 e a utilização do Sistema on-line de formulários do MAPA – AGROFORM, permitiu
ordenar a dinâmica de recebimento dos relatórios, visualizar em tempo real a quantidade
de relatórios e estruturar um banco de informações. Para os produtores permitiu o preen-
chimento do RAP de forma clara e objetiva, garantindo a segurança da entrega do docu-
mento e o cumprimento de prazos, além de contribuir para o fortalecimento da piscicultura.
Levando-se em conta os aspectos técnicos da consolidação e análise dos dados decla-
rados, a exportação da plataforma facilitou a verificação dos dados, especialmente, a sua
validação junto ao produtor, e a análise e interpretação de forma mais clara.
Na perspectiva da gestão e ordenamento, as novas ações da SAP/MAPA em parceria com
as Superintendências Federais da Agricultura – SFA’s, Agência Nacional de Águas - ANA,
Marinha do Brasil - MB e a Secretaria de Coordenação e Governança do Patrimônio da União
do Ministério da Economia – SPU/ME, são:
• Fiscalização in loco nas áreas;
• Rescisão de contratos de cessão de uso de Áreas Aquícolas não ocupadas; e
• Cancelamento de Parques Aquícolas sem produção;
38
38
DA PI SCI C ULT URA EM ÁG UAS DA UN IÃO - 2019 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com relação a produção declarada (t/ano) nos relatórios de produção, podemos observar
um acrescimento de 17% na produção 2019 em relação a produção 2018, isso se deu pelo
aumento das cessões de um ano para o outro, aumento da produção em alguns reserva-
tórios, além do nível de compliance por parte dos cessionários (45,8%) (Figura 21). A figura
22 evidencia a comparação da produção declarada por bacia nos anos de 2018 e 2019 e
a figura 23 evidencia o aumento geral no nível de compliance.
Figura 21: Relatórios de Produção entregues por bacia hidrográfica – 2018/2019.
300 293
250
Numero de Relatórios Entregues
200 183
150
108
100 76
60 56 66
55
50
-
Bacia do Paraná Bacia do São Francisco Bacia Tocantins-Araguaia Outras Bacias
2018 -2019 2018-2019 2018-2019 2018-2019
Relatórios Entregues 2018 Relatórios Entregues 2019
Figura 22: Relatórios de Produção (nível de compliance) – 2018/2019.

600
527
500
Numero de Relatórios Entregues
400
370
300
200
100
-
2018 2019
Ano
39
39
DA PI SCI C ULT URA EM ÁG UAS DA UN IÃO - 2019 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Figura 23: Produção declarada por bacia hidrográfica – 2018/2019.
40.000,0
38.309,5
35.000,0
t/ano
30.000,0 32.002,9
t/ano
25.000,0
Produção t/ano
20.000,0
15.000,0 17.328,4
13.771,8 t/ano
10.000,0 t/ano 3.387,9 5.108,4
1.620,5 t/ano t/ano 2.304,9
5.000,0
t/ano t/ano
-
Bacia do Paraná Bacia do São Francisco Bacia Tocantins-Araguaia Outras Bacias
2018 -2019 2018-2019 2018-2019 2018-2019
Produção Declarada RAP 2018 (t/ ano) Produção Declarada RAP 2019 (t/ ano)
Por fim, consideramos que o Relatório Anual de Produção é um instrumento ideal para o
acompanhamento dos contratos de cessão de uso em águas da União para fins de aqui-
cultura, além de firmar um espaço apropriado de comunicação e controle para a União e
cessionário.
40
40
AGRADECIMENTOS
O Boletim da Piscicultura em Águas da União 2018-2019 é um trabalho conjunto entre a

Secretaria de Aquicultura e Pesca – SAP/MAPA e produtores de peixe em águas da União,
com parceria das Superintendências Federais de Agricultura – SFA/MAPA.
A SAP/MAPA agradece o empenho de todos os atores envolvidos e parabeniza, espe-
cialmente, todos os produtores de peixes em águas da União que se empenharam para o
envio do Relatório Anual de Produção - RAP, contribuindo diretamente para a construção
de um banco de dados consolidado que subsidia a gestão estratégica do ordenamento
e desenvolvimento da piscicultura em águas da União.
Considerando a maior estabelecimento da consciência de compliance pelo setor produtivo,
esperamos contar com o mesmo empenho no envio dos dados de produção dos próximos
anos, e juntos promovermos uma aquicultura sustentável para o Brasil e o mundo.
41
41
CAPÍTULO 5
PRODUÇÃO 2018
B R ASÍ L I A 2020
42

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BOL ETI M

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

1ª edição. Ano 2020

MINISTRA DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO

SECRETÁRIO DE AQUICULTURA E PESCA

DIRETOR DE ORDENAMENTO E DESENVOLVIMENTO DA AQUICULTURA

COORDENADORA - GERAL DE ORDENAMENTO

Elaboração, distribuição, informações:

A Secretária de Aquicultura e Pesca do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abasteci-

O Relatório Anual de Produção em Águas da União é uma importante ferramenta de

JORGE SEIF JÚNIOR

MAURÍCIO NOGUEIRA DA CRUZ PESSÔA

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No ano de 2019, com a publicação da Instrução Normativa nº 1, de 03 de fevereiro de

Após a expiração do prazo, os relatórios foram exportados do AGROFORM, realizada a

A bacia do Rio Paraná abastece as regiões mais populosas e industrializadas do Brasil.

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PARAGUAI ATLÂNTICO LESTE

RESERVATÓRIO DA UHE ILHA SOLTEIR A

O RAP ainda nos traz quais as espécies

10.000 12.805,44 13,28t

Figura 2: Produção total Figura 3: Espécies utilizadas na produção.

Figura 4: Quantidade de RAP’s 2019 Figura 5: Produção total regularizada x Pro-

RESERVATÓRIO DA UHE ENGENHEIRO

RESERVATÓRIO DA UHE ENGENHEIRO

RESERVATÓRIO DA UHE ITAIPU

RESERVATÓRIO DA UHE JAGUAR A

RESERVATÓRIO DA UHE IGAR APAVA

RESERVATÓRIO DA UHE JOSÉ ERMÍRIO

RESERVATÓRIO DA UHE JURUMIRIM

RESERVATÓRIO DA UHE CHAVANTES

Nesse reservatório existem 11 áreas aquícolas regularizadas e em 2019 foram entregues

Figura 6: Quantidade de RAP’s 2019 Figura 7: Produção total

RESERVATÓRIO DA UHE CANOAS I

RESERVATÓRIO DA UHE CANOAS II

RESERVATÓRIO DA UHE CAPIVAR A

Figura 8: Quantidade de RAP’s 2019 Figura 9: Produção total

RESERVATÓRIO DA UHE ROSANA

RESERVATÓRIO DA UHE ITUMBIAR A

RESERVATÓRIO DA UHE GOVERNADOR NEY

O O Capítulo 2 compreende as informações dos empreendimentos aquícolas locali-

TOCANTINS-ARAGUAIA SÃO FRANCISCO

Coordenação Geral de Ordenamento

PARAGUAI ATLÂNTICO LESTE

RESERVATÓRIO DA UHE LUIZ GONZAGA

Figura 10: Quantidade de RAP’s 2019. Figura 11: Produção total

RESERVATÓRIO DA UHE APOLÔNIO SALES

Figura :12 Quantidade de RAP’s 2019. Figura 13: Produção total

RESERVATÓRIO DA UHE XINGÓ

Figura :14 Quantidade de RAP’s 2019. Figura 15: Produção total

C om aproximadamente 2.400 km de extensão, o rio Tocantins é o segundo maior

Coordenação Geral de Ordenamento

PARAGUAI ATLÂNTICO LESTE

RESERVATÓRIO DA UHE SERRA DA MESA

RESERVATÓRIO DA UHE CANA BRAVA

Figura 16: Quantidade de RAP’s 2019.

RESERVATÓRIO DA UHE LUÍS EDUARDO

Figura 17: Quantidade de RAP’s 2019. Figura 18: Espécies utilizadas

Figura 19: Produção total

Figura 20: Quantidade de RAP’s 2019.

Tabela 1: Produção Declarada no ano de 2018.

Contratos Produção Produção

TOTAL 2.281 370 360.720,78 55.807,56

A REDE NACIONAL DE PESQUISA E