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TEORIAS_SOBRE_ACEITACAO_DE_TECNOLOGIA_POR_QUE_OS_U (1)
TEORIAS_SOBRE_ACEITACAO_DE_TECNOLOGIA_POR_QUE_OS_U (1)
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RESUMO
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BJIS, v.1, n.2, p.69-91, jul./dez. 2007. Disponível em: <http://www.bjis.unesp.br/pt/>. ISSN: 1981-1640
INTRODUÇÃO
organizações, têm sido escritos nos últimos anos sob as mais diversas abordagens,
de 1990. Estes estudos são realizados com o intuito de buscar melhorias constantes,
al., 2003; SILVA, 2005; LÖBLER, 2006). O crescimento das pesquisas se justifica
tão vasta que é impossível manipular tal informação sem o auxilio da tecnologia,
performance técnica, se o usuário, por alguma razão, não adotar e não aceitar a
às empresas e/ou aos indivíduos (BUENO et al., 2004; SALEH, 2004). Porém, um
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problema perceptível que inquieta as atividades de gerenciamento de sistemas de
assim como na atitude dos usuários em utilizá-lo (BUENO et al., 2004). Entender e
mais difíceis áreas de pesquisa em relação aos sistemas de informação, uma das
é a sua não aceitação pelos usuários, bem como a sua subutilização ou uso
inadequado.
A relevância deste trabalho está no fato de que poucos estudos foram feitos
bastante singular e que tem como objeto um assunto de relevância atual na área de
Ciência da Informação, pois seu foco está nos aspectos humanos, não como
elemento que sofre os impactos da tecnologia, mas sim como elemento ativo e
estes sistemas.
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Utilizar um modelo que mensure a aceitação de um sistema, tanto numa
2 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
(2000) afirma que os sistemas de informação têm sido desenvolvidos para otimizar
Rowley (2002) afirma que de modo geral, existe um consenso de que um sistema de
informação deve ser estratégico e contribuir para que uma organização possa
informação, pois a rapidez com que se pode obter a informação, depende do uso de
desses sistemas, nos aponta para problemas de interação usuários versus sistemas
dos esforços estava mais focada às características técnicas dos sistemas. Hoje já
existe uma preocupação em entender que tal ferramenta é utilizada por uma pessoa
2005).
dos usuários. Para Oliveira (2004) os sistemas que tendem a incomodar ou frustrar
os usuários não podem ser sistemas eficazes, seja qual for seu grau de elegância
Mooers, porquanto defende que um sistema de informação não será usado se for
mais difícil obter a informação do que não obtê-la (MOOERS, 1996; SARACEVIC,
1996; DIAS et al., 2003). Como exemplo, poderíamos citar Machado (2003) que se
convertê-la em informação.
3 NECESSIDADE DE INFORMAÇÃO
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O conceito de necessidade é bastante discutido à luz de outras ciências,
estado no qual alguém está carente de algo básico e inerente a sua condição de
vida.
sistemas que atendam suas expectativas, pois pesquisas apontam que os usuários
Ferreira (1997) cita que em alguns estudos, o usuário que busca e usa
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com isso os pesquisadores a uma nova visão, cujo usuário passa a ser cliente e
como tal, seus processos cognitivos e comportamentais torna-se foco dos estudos.
mais comuns os estudos voltados para os componentes técnicos dos sistemas, por
outro lado a Ciência da Informação veio para modificar essa abordagem, dando mais
contudo neste artigo faremos uma breve revisão de literatura sobre três teorias que
de informação.
1979).
informação, derivado da atitude de uso, que pode ser positiva ou negativa, seguida
caso acreditem que determinada pessoa pensa que este deveria ser seu
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O modelo foi utilizado para fazer previsões precisas de escolha humana em
situações tão diversas como votar nas eleições e consumo de bebidas alcoólicas,
Figura 1:
(DAVIS, BAGOZZI; WARSHAW, 1989). Segundo Davis (1986) por ser tão
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TRA deveria ser perfeitamente apropriada para o estudo dos determinantes do uso
Segundo Ajzen (1991) a TBP é uma teoria projetada para prever e explicar o
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Para uma melhor compreensão sobre a TPB, pode-se observar, a partir de
um diagrama estrutural, a semelhança que essa Teoria tem com a TRA, conforme
percebido.
aceitação de tecnologia TAM, foi proposto por Davis (1989), sendo uma adaptação
Porém, segundo Davis (1989), por ser tão universal, o TRA foi modificado
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especificamente, para criar modelos de aceitação das tecnologias de informação,
da IBM Canadá com o Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos meados dos
anos 1980 para avaliar o potencial de mercado para novos produtos da marca e
Davis (1989) propôs o TAM para focar o por quê dos usuários aceitarem ou
desse modo, um suporte para prever e explicar a aceitação. Davis (1989) conduziu
aceitação de um software editor de texto (DAVIS, 1989; SÁ, 2006). Silva (2006)
acrescenta que Davis (1989) constatou, nesta amostra, que a utilidade percebida
vantagem de ser específico para tecnologias de informação e tem uma forte base
facilidade de utilização percebida por ele (DAVIS, 1989). Para Davis (1989) as
pessoas tendem a usar ou não uma tecnologia com o objetivo de melhorar seu
entenda que uma determinada tecnologia é útil, sua utilização poderá ser
prejudicada se o uso for muito complicado, de modo que o esforço não compensa o
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uso – facilidade percebida. Sendo assim, o TAM está baseado basicamente em dois
DILLON; MORRIS, 1996; LEE et al., 2003; VENKATESH et al., 2003). Davis (1989)
Facilidade de uso percebida - grau em que uma pessoa acredita que o uso
por sua vez, seria determinada em conjunto pela atitude de uso do indivíduo com
relação ao uso real do sistema e pela utilidade percebida, cada uma exercendo um
peso relativo. Esta relação entre atitude e intenção sugere que as pessoas formam
trabalho com o mesmo esforço, dessa forma obtém um efeito direto na utilidade
Os efeitos dos fatores externos na intenção de uso são mediados pela utilidade e
facilidade (DAVIS; BAGOZZI; WARSHA, 1989; DILLON; MORRIS, 1996; LEE et al.,
Esse modelo é útil não só para prever, mas também para descrever, de forma que
DAVIS 1989).
liberais), o que leva a crer em sua solidez (GAGNON; MCCARTHY, 2004; HONG et
al., 2002; LÖBLER, 2006; LEGRIS; INGHAM; COLLERETTE, 2003; LEE et al., 2003;
desde 1972, que apresenta o número de vezes em que um artigo analisado foi
citado nos periódicos cobertos pelo índice. O SSCI cobre a literatura produzida em
SALEH, 2004).
que lhe estão associados. Tal fato se deve, por um lado, à complexidade dos
CONCLUSÃO
informação.
apresentando? Os objetivos do TAM, TRA e TPB são de prover uma base genérica
teoricamente justificados. Esses modelos são úteis não só para prever, mas também
WARSHAW, 1989).
REFERÊNCIAS
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Informação. Ciência da Informação, Brasília, v.24, n.1, p.42-53, jan./abr., 1995.
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SILVA, M. F. da. Fatores humanos e sua influência na intenção de uso de
sistemas de informação. Rio de Janeiro: UFRJ, 2006. 144f. Tese (Doutorado em
Administração) – Instituto COPPEAD de Administração, Universidade Federal do Rio
de Janeiro.