Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Slides Eletromagnestismo
Slides Eletromagnestismo
ELETROELETRÔNICA
Eletromagnetismo
Disciplina de Eletromagnetismo
Professor Tarcísio Pollnow Kruger
tarcisiokruger@gmail.com – tarcisio.kruger@ifsc.edu.br
Itajaí – SC
2016
TÉCNICO EM
ELETROELETRÔNICA
Sumário
• Introdução;
• Campo magnético criado por corrente;
• Fio retilíneo;
• Espira única;
• Solenoide;
• Fios Esmaltados;
• Formas de magnetização e desmagnetização;
• Aplicações práticas
TÉCNICO EM
ELETROELETRÔNICA
Sumário
No Capítulo 1 mostrou-se a relação que existe entre a eletricidade e
o magnetismo. As descobertas sobre a interconexão entre os fenômenos
da eletricidade e o magnetismo, possibilitaram o enunciado da seguinte lei
relacionando a eletricidade e o magnetismo.
Introdução
Revisão de conceitos:
Introdução
Revisão de conceitos:
Representação de vetores:
Entrando no plano
TÉCNICO EM
ELETROELETRÔNICA
Introdução
Permeabilidade magnética
Nas análises anteriores não se levou em consideração a influência
do tipo de material usado para o núcleo. A partir de agora esta situação
será estudada tomando-se como referência o circuito magnético da figura
abaixo.
TÉCNICO EM
ELETROELETRÔNICA
Permeabilidade magnética
Alimentando-se a bobina com uma fonte CC ajustável, e
aumentando-se gradativamente a tensão aplicada, ocorre um aumento da
corrente que circula pela bobina (I=V/R). Este aumento da corrente produz
um aumento na intensidade do campo indutor (H = NI/l) que, por sua vez,
provoca um aumento da indução no núcleo.
TÉCNICO EM
ELETROELETRÔNICA
Permeabilidade magnética
A forma como o núcleo magnético responde à variação do campo
indutor depende do tipo de material utilizado e é representada
graficamente através da “Curva de Magnetização”.
As figuras a seguir mostram as curvas de magnetização do ferro
fundido doce e do aço fundido.
TÉCNICO EM
ELETROELETRÔNICA
Permeabilidade magnética
TÉCNICO EM
ELETROELETRÔNICA
Permeabilidade magnética
TÉCNICO EM
ELETROELETRÔNICA
Permeabilidade magnética
Nos pontos iniciais da curva o crescimento do campo indutor é
acompanhado de um crescimento praticamente proporcional da indução.
Por outro lado, nos pontos finais, o crescimento do campo indutor
praticamente não produz crescimento na indução devido à saturação
magnética (ordenação de praticamente todos os ímãs elementares).
TÉCNICO EM
ELETROELETRÔNICA
Permeabilidade magnética
Analisando as curvas de magnetização do ferro fundido doce e do
aço fundido observa-se que para um mesmo campo indutor obtém-se
maior indução no ferro doce do que no aço, ou seja, o ferro doce se
magnetiza mais facilmente do que o aço. A grandeza que leva em
consideração este fenômeno é denominada permeabilidade magnética.
Assim, pode-se definir permeabilidade magnética como a facilidade que o
material possui de se magnetizar e expressá-la matematicamente como:
TÉCNICO EM
ELETROELETRÔNICA
Permeabilidade magnética
TÉCNICO EM
ELETROELETRÔNICA
Permeabilidade magnética
Exemplo 2.2: Calcule a indução magnética e a permeabilidade do
aço fundido para os seguintes campos indutores:
a) H = 2000 Ae/m
b) H = 4000 Ae/m
c) H = 10000 Ae/m
TÉCNICO EM
ELETROELETRÔNICA
Permeabilidade magnética
Os resultados deste exemplo mostram que a permeabilidade
magnética do aço fundido depende da intensidade de campo indutor.
Quanto maior o campo indutor, menor é a permeabilidade, ou seja, mais
difícil é magnetizar o material. Este comportamento é apresentado por
todos os materiais magnéticos.
TÉCNICO EM
ELETROELETRÔNICA
Permeabilidade magnética
Os materiais não magnéticos possuem permeabilidade
aproximadamente constante e bem menor do que a permeabilidade dos
materiais magnéticos. Para efeito de cálculos, a permeabilidade dos
materiais não magnéticos é considerada a seguinte constante magnética:
TÉCNICO EM
ELETROELETRÔNICA
Permeabilidade magnética
Portanto, os meios não magnéticos como o ar, o alumínio e a
madeira entre outros possui permeabilidade 4πx10-7 H/m.
Em muitos casos, a permeabilidade é expressa em relação a
constante μ0 . Assim, define-se como permeabilidade relativa à relação
entre a permeabilidade do material e a constante magnética, ou seja:
TÉCNICO EM
ELETROELETRÔNICA
Permeabilidade magnética
Esta equação mostra que a permeabilidade relativa (μr ) é um
número (sem unidade) que indica quantas vezes a permeabilidade do
material (μ) é maior do que a permeabilidade dos materiais não
magnéticos (μ0 ).
TÉCNICO EM
ELETROELETRÔNICA
Permeabilidade magnética
Para materiais não magnéticos a permeabilidade relativa é
aproximadamente igual à unidade (μr ≈ 1) e para materiais magnéticos é
bem maior do que a unidade (μr >>1).
TÉCNICO EM
ELETROELETRÔNICA
Permeabilidade magnética
Assim se pode relacionar B, μ e H, considere que os seguintes
solenoides possuem o mesmo formato, mesmo número de espiras,
mesma corrente elétrica e mesmo comprimento.
TÉCNICO EM
ELETROELETRÔNICA
Permeabilidade magnética
Como N1=N2=N3; I1=I2=I3 e L1=L2=L3 H1=H2=H3, e como
μ1<μ2<μ3, tem-se queB1<B2<B3.
TÉCNICO EM
ELETROELETRÔNICA
Permeabilidade magnética
Exemplo: Uma fonte CC de 100V alimenta a bobina do circuito
magnético da figura abaixo, que tem 1000 espiras e resistência de 100Ω.
Calcule:
a) Corrente na bobina;
b) Campo indutor;
c) Indução magnética;
d) Permeabilidade absoluta e permeabilidade relativa;
e) Fluxo magnético.
TÉCNICO EM
ELETROELETRÔNICA
Permeabilidade magnética
Exemplo:
TÉCNICO EM
ELETROELETRÔNICA
mas Ienvolvida = N.I e também que o somatório dos produtos de Hi.ΔI nada
mais é que o campo magnético do interior do solenoide multiplicado pelo
comprimento do interior mais o campo magnético do exterior do
solenoide multiplicado pelo comprimento do exterior. Assim
TÉCNICO EM
ELETROELETRÔNICA
Histerese magnética
Considere-se uma bobina enrolada em um núcleo magnético. A bobina é
alimentada por uma fonte que permite variar o valor da corrente e inverter o seu
sentido. Neste ensaio supõe-se que o material é magneticamente virgem, ou seja,
nunca tenha sido magnetizado antes. Inicialmente aumenta-se a corrente na
bobina,aumentando o campo indutor (H). A indução vai crescendo segundo a
curva 0 - 1 até que seja atingida a saturação magnética quando todos os domínios
estão orientados.
TÉCNICO EM
ELETROELETRÔNICA
Histerese magnética
Reduz-se o campo indutor e a indução decresce, porém o retorno não
acontece sobre a linha original e sim segundo a linha 1-2. Quando o campo indutor
se anula (H = 0) ainda resta certa indução, ou seja, mesmo sem campo indutor
externo os ímãs elementares se mantêm parcialmente orientados. Define-se como
Indução Residual ou Remanente como sendo a indução que se mantém quando o
campo indutor é anulado.
TÉCNICO EM
ELETROELETRÔNICA
Histerese magnética
Para anular a indução residual deve-se inverter a corrente (aplicar um
campo indutor ao contrário) e ir aumentando gradativamente até que a indução
anule-se (B = 0). O campo indutor capaz de levar a indução residual a zero é
chamado de campo coercitivo ou força coercitiva ( Hc ).
TÉCNICO EM
ELETROELETRÔNICA
Histerese magnética
Aumentando-se o campo indutor (H) no sentido negativo chega-se à
saturação do material em sentido contrário (ponto 4).
Reduzindo-se a excitação da bobina magnetizadora a densidade magnética B
diminui até chegar ao ponto 5 (H = 0) sobrando uma indução residual Br negativa.
Para anular esta indução residual deve-se inverter o campo indutor e
aumentá-lo até alcançar Hc.
TÉCNICO EM
ELETROELETRÔNICA
Histerese magnética
Continuando-se a aumentar o campo indutor chega-se novamente à
saturação no sentido positivo.
Como se percebeu o valor da indução segue o valor do campo indutor H
com certo atraso, ou seja, quando H chega à zero B ainda não chegou, H atinge
valores negativos antes dos valores de B atingirem.
TÉCNICO EM
ELETROELETRÔNICA
Histerese magnética
De modo geral, quando o material não está magnetizado seus domínios
magnéticos estão dispostos de maneira aleatória. Porém, ao aplicar-se uma força
magnetizante, os domínios se alinham com o campo aplicado. Se invertermos o
sentido do campo os domínios também inverterão sua orientação. Ao inverter sua
orientação, os domínios precisam superar o atrito e a inércia. Ao fazer isto
dissipam certa quantidade de energia na forma de calor, que é chamada de PERDA
POR HISTERESE. Quanto maior a força coercitiva mais difícil se torna a
desmagnetização do material e, portanto, mais perdas ocorrem.
TÉCNICO EM
ELETROELETRÔNICA
Histerese magnética
Pode-se provar matematicamente que a área dentro do laço de histerese
representa as perdas histeréticas. Assim, para o trabalho com corrente variável
(ou alternada), é necessário que o laço seja o mais estreito possível para que as
perdas sejam o menor possível.
TÉCNICO EM
ELETROELETRÔNICA
Histerese magnética
Para redução dessas perdas deve-se usar material de baixa força coercitiva,
indução magnética baixa (material não saturado) e reduzir a frequência da
variação do fluxo (quando for possível).
A curva B-H dos materiais é que diferenciam as suas propriedades para
fabricação de ímãs e de eletroímãs.
TÉCNICO EM
ELETROELETRÔNICA
Histerese magnética
Os ímãs permanentes ideais devem ter alta coercitividade para que sejam
difíceis de serem desmagnetizados e alta remanência para que apresentem uma
boa indução de trabalho. Os ímãs reais dificilmente apresentam as duas
características completas juntas. Os materiais mais usados em ímãs permanentes
são: Aço com alto teor de carbono, Ferrite, Alnico, Samário- Cobalto, Neodímio-
Ferro-Boro.
TÉCNICO EM
ELETROELETRÔNICA
Histerese magnética
Para fabricar eletroímãs o importante é que a indução seja alta para
pequenos valores de H (alta permeabilidade) e que a coercitividade e remanência
sejam pequenas para que, quando a corrente seja extinta a indução residual
anule-se facilmente. O material ideal para eletroímãs deve ter, portanto, o laço de
histerese representando uma reta que passa pela origem e tenha grande
inclinação (grande permeabilidade).
TÉCNICO EM
ELETROELETRÔNICA
Histerese magnética
Para fabricação de eletroímãs são usados normalmente aço-doce e o aço-
silício. Estes materiais têm alta permeabilidade e pequena força coercitiva,
porém, possuem alta indução residual, o que não chega a ser um problema pois é
facilmente reduzida já que a força coercitiva é muito baixa.
TÉCNICO EM
ELETROELETRÔNICA
Fios esmaltados
Os fios usados para confecção de bobinas de motores, transformadores e
outros equipamentos eletromagnéticos são feitos de cobre ou alumínio e
revestidos por esmalte isolante. Alguns condutores podem possuir,
adicionalmente ao esmalte, uma cobertura de papel Kraft, algodão ou fibra de
vidro impregnada com diferentes tipos de vernizes.
Os materiais isolantes usados em dispositivos eletromagnéticos devem
ocupar pouco espaço e suportar temperaturas altas. Dependendo da temperatura
máxima suportada, existe uma classificação em classes de isolamento, segundo o
padrão IEC (International Electrotechnical Commission – Comissão Eletrotécnica
Internacional), que se apresenta na tabela a seguir.
TÉCNICO EM
ELETROELETRÔNICA
Fios esmaltados
TÉCNICO EM
ELETROELETRÔNICA
Fios esmaltados
Os condutores podem ter seção transversal circular, quadrada ou
retangular. Para pequenas seções usam-se, geralmente, fios circulares.
Os condutores esmaltados são acondicionados em carretéis com
pesos que vão desde frações de quilograma até mais de uma centena de
quilogramas. Ao contrário dos condutores para instalações elétricas, que
são vendidos por metro, os fios esmaltados são vendidos por quilograma.
No Brasil a seção dos fios é especificada de duas formas:
• Escala AWG ou B&S.
• Escala milimétrica.
TÉCNICO EM
ELETROELETRÔNICA
Fios esmaltados
Escala AWG
TÉCNICO EM
ELETROELETRÔNICA
Formas de magnetização
De um modo geral, para magnetizar uma peça deve-se submetê-la à
ação de um campo magnético externo, denominado genericamente de
campo indutor.
A seguir serão estudados dois métodos de magnetização:
• Método da bobina
• Método do atrito
TÉCNICO EM
ELETROELETRÔNICA
Formas de magnetização
Porém, antes de um estudo mais detalhado, é conveniente fazer uma
apresentação sucinta sobre os compostos de ferro.
O ferro puro tem um uso limitado devido ao alto custo, assim,
sempre existe uma percentagem de Carbono junto com o ferro. O ferro
doce (dúctil, dócil, flexível, elástico) é aquele que tem até
aproximadamente 0,36% de Carbono. O aço (duro) tem de 0,36% a 1,5%
de Carbono. O gusa tem mais de 2,5% de carbono. A quantidade de
Carbono afeta a retentividade do ferro. Quanto maior a quantidade de
Carbono presente no ferro, maior é a sua retentividade (capacidade de
reter o magnetismo).
TÉCNICO EM
ELETROELETRÔNICA
Formas de magnetização
Método da bobina
Para exemplificar este método, mostra-se na figura abaixo uma
chave de fenda que é magnetizada pela ação da corrente que passa pela
bobina. O campo magnético criado pela bobina ordena os ímãs
elementares da chave de fenda que, então, cria o seu próprio campo
magnético, denominado campo induzido.
TÉCNICO EM
ELETROELETRÔNICA
Formas de magnetização
Método da bobina
Executando o mesmo método em uma peça de ferro doce observa-
se que quando o campo indutor cessa o material fica praticamente
desmagnetizado. Isto ocorre porque o ferro doce tem baixa retentividade
e presta-se para construção de ímãs temporários.
TÉCNICO EM
ELETROELETRÔNICA
Formas de magnetização
Método do atrito
Atritando-se um ímã permanente com uma peça magnética também
se consegue ordenar os ímãs elementares e criar um campo induzido. As
observações do item anterior quanto ao tipo de ferro continuam válidas.
TÉCNICO EM
ELETROELETRÔNICA
Formas de magnetização
Método do atrito
Quando todos os ímãs elementares ficam ordenados de tal modo
que mesmo aumentando o campo indutor o campo induzido não
aumenta, o material atinge a saturação magnética. A saturação magnética
existe em qualquer material magnético qualquer que seja o método de
magnetização.
TÉCNICO EM
ELETROELETRÔNICA
Formas de desmagnetização
Referências bibliográficas:
TAVARES, A. M., BRAUNSTEIN, S. H.. Apostila de Eletromagnetismo.
Curso de Eletrotécnica, Centro Federal de Educação Tecnológica de
Pelotas, 2005;
MUSSOI, Fernando. Fundamentos de Eletromagnetismo,
Departamento Acadêmico de Eletrônica, Centro Federal de Educação
Tecnológica de Santa Catarina, 2007.