Você está na página 1de 20

o

Publicação do Conselho
Federal de Nutricionistas
Periodicidade: Quadrimestral

SRTVS, Qd. 701, Editorial............................................................. 3


Ed. Assis Chateaubriand, Bloco II,
Sala 406 – Brasília/DF
CEP 70340-000
Site: www.cfn.org.br
E-mail: cfn@cfn.org.br AÇÕES & PARCERIAS ........................................... 4
Tel.: (61) 3225-6027

i
Fax: (61) 3323-7666

2ª EDIÇÃO DO POI............................................... 7
Presidente
Nelcy Ferreira da Silva (CRN4/801)
Vice-Presidente
Nina da Costa Corrêa (CRN-3/0055)
Secretária
ALIMENTAÇÃO ESCOLAR...................................... 8
Maria Emília Daudt von der Heyde (CRN-8/557)
Tesoureira
Ana Maria Calábria Cardoso (CRN-7/0015)
NUTRIÇÃO CLÍNICA.............................................. 9
COMISSÃO DE FISCALIZAÇÃO
r
Ana Célia Oliveira dos Santos (CRN6/0994)
Ana Lucia Rocha Faillace (CRN7/402)
Cinéa Alves Lacerda (CRN1/406)
Cláudia Stela de Araújo Medeiros Gonzaga (CRN-8/1873)
NUTRIÇÃO COLETIVA.......................................... 10
Nina da Costa Corrêa (CRN3/0055) (Coordenadora)
Rosemary da Rocha Fonseca (CRN5/1247)
Telma Suely Nery Ferreira Donza (CRN7/288)
NUTRIÇÃO ESPORTIVA........................................ 12
COMISSÃO DE ÉTICA PROFISSIONAL
Ana Lucia Rocha Faillace (CRN7/402)
Ana Maria Calábria Cardoso (CRN7/0015)
Cinéa Alves Lacerda (CRN1/406) (Coordenadora) FORMAÇÃO PROFISSIONAL .............................. 14
Liane Quintanilha Simões (CRN-4/2179)
á

Maria Emília Daudt von der Heyde (CRN8-557)

COMISSÃO DE COMUNICAÇÃO
Andréa Luiza Jorge (CRN3/2208)
CRN EM AÇÃO................................................... 15
Cleusa Maria de Almeida Mendes (CRN-2/0187)
Liane Quintanilha Simões (CRN4/2179)
Nelcy Ferreira da Silva (CRN-4/801)
Renato Santos Marques (CRN5/1037) (Coordenador) ÉTICA.................................................................. 18
COMISSÃO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL
Ana Célia Oliveira dos Santos (CRN6/0994) (Coordenadora)
Ana Maria Calábria Cardoso (CRN7/0015)
Andréa Luiza Jorge (CRN3/2208)
13ª CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE.......... 19
Liane Quintanilha Simões (CRN4/2179)
m

Maria Emília Daudt von der Heyde (CRN8-557)


COMUNICAÇÃO DO CFN.................................. 20
COMISSÃO DE LICITAÇÃO
Cinéa Alves Lacerda (CRN1/406) (Coordenadora)
Rita França da Silva – funcionária
Maria Cristina Conte Machado – funcionária

COMISSÃO DE TOMADA DE CONTAS


Carmen Silvia Machado Fontoura (CRN-2/0099) Revista CFN / Conselho Federal de Nutricionistas. – Ano I, n.
Cleusa Maria de Almeida Mendes (CRN-2/0187) 1 (ago. 2000)- . Brasília : CFN, 2000- .
Maria do Amparo S. da Silva (CRN-6/0194) (Coordenadora)
Maria Olimpia Marotta Gardino (CRN-1/003)

Editora
v.: il. color. ; 30 cm.
Socorro Aquino 3956/DF
u

estagiário
Quadrimestral.
José Roberto Paraíso ISSN 1982-2057
Revisão
Manoel Craveiro 1.Nutrição. 2. Alimentação. I. Conselho Federal de Nutri-
Diagramação cionistas. II. Título.
Eduardo Gregório

Impressão
Formula Gráfica

Tiragem CDU 612.3(05)


57.000 exemplares
s
EDITORIAL

Prato Colorido: alimentação saudável

A
estratégia política adotada No Congresso Nacional, duran- tipo de ação, pois contribui para a
este ano pelo Conselho te a realização do 1º Seminário de prevenção das mortes prematuras
Federal de Nutricionistas Educação Alimentar, realizado em por doenças cardíacas e para a er-
(CFN), na campanha nacional da setembro último, a campanha foi radicação das doenças crônicas não-
alimentação saudável, atingiu seu muito elogiada pelo representante transmissíveis como a obesidade, o
principal propósito: disseminar do Ministro da Agricultura, Pecuá- diabetes e a hipertensão.
em todo o país a importância do ria e Abastecimento, José Geraldo Não podemos deixar de ressal-
consumo do arroz, feijão, carnes Eugênio França. O tema também tar o envolvimento dos nutricionis-
e legumes. ganhou repercussão em diversos tas neste processo. Em diversos
A parceria com os Conselhos debates promovidos pelo Sistema hospitais, postos de saúde, clínicas,
Regionais de Nutricionistas (CRN) CFN/CRN nesta Casa e em outros academias e universidades, en-
foi fundamental neste processo, órgãos. contramos as peças da campanha
pois foram os responsáveis pela Ao disseminarmos campanhas estampadas, fruto do trabalho vo-
divulgação da campanha que como esta, estamos contribuindo luntário destes profissionais que se
alertou o público sobre a reto- para que o cidadão reconheça que engajou no processo, reafirmando
mada do consumo de alimentos é fundamental ter assegurado o a importância da mensagem da
básicos, acessíveis e nutritivos. Em direito à alimentação adequada, campanha.
atividades realizadas em pontos base da política de segurança ali- Para o ano que se aproxima,
estratégicos de diversas cidades, mentar e nutricional. Avançamos as perspectivas são ainda maiores.
os CRN tiveram a oportunidade ao conseguir levar a inúmeras pes- Vamos insistir na disseminação de
de expandir as metas da campanha, soas, inclusive àquelas que não têm mensagens em defesa da saúde que
alertando a população para os ris- acesso ao serviço público de saúde, assegurem maior visibilidade para
cos do fast food e da substituição de a importância do “prato popular e os nutricionistas e técnicos em nu-
alimentos saudáveis por produtos brasileiro” como fonte de saúde. trição. Contamos com todos vocês
industrializados, destacando que Ao mensurarmos o impacto em mais esta causa nobre.
alimentos saudáveis não são mais desta campanha, concluímos que é Que a noite de Natal seja de
caros. preciso repetir constantemente este alegria e o ano de 2008 de paz.

Nelcy Ferreira da Silva


Presidente do CFN
Ações & Parcerias

Serviços de Saúde Seminário


Os participantes da 4ª reunião da Câmara Setorial de Serviços de Saúde da
Internacional
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), realizada em 28 de agosto, O CFN participou do Semi-
aprovaram, por consenso e em caráter de urgência, a montagem de uma câ- nário Internacional de Análise
mara técnica na área de serviço de saúde. das Unidades de Recursos
Também foram acordados não só a ampla divulgação do manual do Pro- Humanos dos Minis-
grama Nacional de Avaliação de Serviço de Saúde bem como a sistematização térios da Saúde (MS).
da área de atuação do Programa, como também a criação de oficinas para o O evento objetivou
neonatal, em Recife, e a montagem do projeto paciente seguro. promover a troca de in-
Além do CFN, estiveram presentes representantes de associações de formações sobre gestão,
hospitais universitários (ABRAHUE), das indústrias de equipamentos médicos desenvolvimento e forta-
(ABIMO) e de alimentos dietéticos (ABIAD). lecimento das unidades
de Recursos Humanos.
Participaram, igual-
mente, da cerimônia de
abertura representantes dos

CAPDA realiza 1ª reunião Correios e Telégrafos, do Con-


selho Nacional de Segurança Ali-
mentar e Nutricional e do Conselho
A Comissão para Acompanhamento Seminários de Controle Social e DST,
Nacional de Saúde. Os Ministérios
das Políticas de Doenças Sexualmente realizados pelos estados, como também
da Saúde de vários países, junta-
Transmissíveis (CAPDA) e da Síndrome a elaboração de um documento com
mente com autoridades, também
da Imuno Deficiência Humana Adquiri- propostas para a 13ª Conferência Na-
enviaram representantes, abrindo o se-
da (AIDS) reuniu-se, pela primeira vez, cional de Saúde.
minário, realizado em 18 de setembro,
em 21 de agosto. O CFN participou do Além disso, a CAPDA definiu que a
em Brasília.
evento, onde foram discutidas não só a próxima reunião ocorrerá nos dias 21 e
dificuldade de acesso aos relatórios dos 22 de janeiro de 2008.

Educação
Educação Alimentar II
Alimentar I O CFN também participou do ciclo
de debates “Alimentação Escolar como
Estratégia de Segurança Alimentar e
A Comissão de Seguridade Social e Família/ CSSF da Câmara dos Deputados Nutricional”, realizado nos dias 18 e 19
promoveu, em 20 de setembro, o 1º Simpósio de Educação Alimentar com o prin- de setembro, no Plenário da Assembléia
cipal objetivo de discutir a educação alimentar e nutricional do Brasil e debater a Legislativa de Minas Gerais (MG), com o
qualidade dos alimentos fornecidos para a merenda escolar. Um dos focos do en- apoio de 19 entidades. O representante
contro foi conhecer normas técnicas para a publicidade de produtos destinados a
do Conselho, o assessor técnico An-
criança e adolescente e quais são as ações de prevenção de doenças associadas aos
tônio Augusto, abordou, no evento, a
maus hábitos alimentares adotadas pelos órgãos públicos e privados envolvidos com
gestão, execução e fiscalização do Pro-
a questão. Tudo isso porque dados da Organização Mundial da Saúde apontou que,
nos últimos 30 anos, o Brasil apresentou uma elevação no índice de mortalidade por
grama Nacional de Alimentação Escolar
doenças cardiovasculares. (PNAE).
A presidente do CFN, Nelcy Ferreira, que integrou a mesa dos trabalhos, enfo- O objetivo do debate foi estabele-
cou a importância da alimentação saudável e educação nutricional. Também parti- cer mecanismos de promoção do direi-
ciparam do evento representantes da Frente Parlamentar de Segurança Alimentar; to humano à alimentação saudável no
dos Ministérios da Saúde, Educação e Agricultura; do CRN-3, do Conar, Anvisa, ambiente escolar e destacar a alimen-
Asbran, Consea, ABIA e do Centro de Apoio e Atendimento ao Adolescente. tação dos estudantes como programa
estratégico de segurança alimentar e
nutricional.

4 Conselho Federal de Nutricionistas - Nº 23 - 2007


Ações & Parcerias

Semana de Extensão da UnB


A presidente do Conselho Federal cionista na Estratégia Saúde da Família
de Nutricionista (CFN), Nelcy Ferreira, (ESF). Para ela, os principais argumen-
participou, em 5 de outubro, da mesa tos são os encargos do profissional e
redonda “Construindo um campo de o perfil epidemiológico da população
práticas de nutrição em saúde da família brasileira.
no Sistema Único de Saúde (SUS)”, du- Já a consultora do Departamento de
rante a 7ª Semana de Extensão da Uni- Atenção Básica do MS, Aline Azevedo,
versidade de Brasília (UnB), falando da falou sobre a Política Nacional de Aten-
importância do debate para o amadure- ção Básica, que redefine as responsabi-
cimento e construção de fundamenta- lidades de cada esfera de governo, bem
ção para a inserção do nutricionista na como a infra-estrutura e os recursos
saúde da família. necessários, além das características do
A professora do departamento de processo de trabalho, as atribuições dos
nutrição da UnB, Anelise Rizzolo, dis- profissionais e as regras de financiamen-
correu sobre as atribuições do nutri- to, incluindo as especificidades da ESF. Debate sobre a Nutrição no SUS

Ato Médico Hábitos Alimentares


A reunião da Comissão de Tra-
balho, de Administração e Serviço A conselheira do
Público da Câmara dos Deputados, CFN, Maria Emília
em 19 de setembro, discutiu o Projeto Daudt von der Hey-
de Lei n° 7.703, de 2006, que define de, foi uma das pales-
as atividades privativas do médico e trantes da Audiência
estabelece que serão resguardadas as Pública do Projeto
competências próprias das diversas de Lei (PL) 6.848, de
profissões ligadas à área de saúde. Os 2002, que proíbe a
representantes dos conselhos, entida- comercialização e o
des e profissionais da saúde solicitaram consumo de gulosei-
alterações no PL, com o intuito de mas nas escolas de
assegurar a atuação multidisciplinar. O educação básica. Ma-
ria Emília destacou a
artigo 4º, que regulamenta as ativida-
responsabilidade da
des exclusivas do médico, constituiu o Audiência pública do PL 6.848/02
influência do ambien-
enfoque das discussões.
te familiar na forma-
Em 27 de novembro, na Câmara
ção do hábito alimentar da criança, construído também na escola. Realizada
dos Deputados, realizou-se o 1º Se- na Câmara dos Deputados, em 16 de outubro, a audiência contou também
minário Nacional de Regulamentação com a presença da Coordenadora de Gestão do Centro Colaborador em Ali-
da Profissão Médica, que discutiu o PL. mentação e Nutrição Escolar da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp),
Profissionais interessados no projeto Cristina Pereira Gaglianone, e da nutricionista Lorena Chaves, do Programa
participaram do evento para debater Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) do Ministério da Educação.
os pontos controversos como as atri- Além do relator do PL, o deputado Lobbe Neto (PSDB-SP), também parti-
buições de diagnóstico e terapêutica, cipou da mesa a professora da Universidade de Brasília (UnB), Maria de Lour-
dentre outros. des Rodrigues, que falou do programa Escola Promovendo Hábitos Alimen-
O deputado e relator do PL, Edinho tares. Com o objetivo de contribuir na promoção da saúde dos estudantes, o
Bez, afirmou que, até 30 de março de projeto já capacitou 60 donos de cantinas de escolas do Distrito Federal.
2008, apresentará seu relatório final.

Conselho Federal de Nutricionistas - Nº 23 - 2007 5


Ações & Parcerias

Mercosul Seminário sobre LOSAN


A Reunião do Fórum Perma- No dia 7 de novembro, o CFN participou do seminário promovido pela Fren-
nente Mercosul para o Trabalho em te Parlamentar da Segurança Alimentar e Nutricional da Câmara dos Deputados,
Saúde chegou à sua 16ª edição, em ocasião em que foram discutidos os avanços e desafios da implementação da Lei
26 de setembro. Representantes de Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional (Losan).
entidades da área, dos ministérios O seminário contou com a presença do ministro do Desenvolvimento Social e
da Saúde e da Educação debateram, de Combate à Fome (MDS), Patrus Ananias, que destacou a consciência nacional,
entre outros pontos, a implementa- existente hoje no Brasil, de que é preciso erradicar a fome e a miséria. O minis-
ção da Matriz Mínima de Registro tro citou a contribuição de brasileiros como Josué de Castro para este processo e
Profissional. o papel do Congresso Nacional que, também sensibilizado pela mensagem, está
Em abril de 2004, o Fórum foi mobilizado para operar mudanças. “A Losan foi aprovada em todas as comissões
criado no Departamento de Ges- do Congresso Nacional, sem necessidade de votação no plenário”, destacou.
tão e da Regulação do Trabalho Patrus Ananias garantiu que a Losan será regulamentada ainda este ano e
em Saúde do Ministério da Saúde; relatou seus avanços, em especial a promoção da 3ª Conferência Nacional de
é instância que busca estabelecer Segurança Alimentar e Nutricional, em julho último, realizada sob as diretrizes
permanente diálogo e cooperação desta Lei e a aprovação, neste fórum, da expansão da alimentação escolar para o
entre gestores e trabalhadores da ensino médio.
saúde. O Fórum defende, também, O Seminário foi uma iniciativa do deputado federal Nazareno Fonteles (PT-
as decisões da Coordenação da PI), coordenador-geral da Frente.
Subcomissão de Desenvolvimento
e Exercício Profissional.

Conumer
Cantinas na Rede de Ensino
Nos dias 20 e 21 de novembro, Em audiência pública realizada em 12 legislação a ser (re)construída.
na sede da Federación Argentina de novembro de 2007, na Câmara Legis- Além do CFN e do CRN-1 (DF, GO,
de Graduados en Nutrición (FA- lativa do Distrito Federal, o CFN discutiu TO), participaram, também, da audiência
GRAN), em Buenos Aires/Argen- temas como a Alimentação Saudável nas a prof. Nina Amorim (OPSAN/UnB), o
tina, foi realizada a reunião do Co- Escolas Públicas do Distrito Federal e representante da Secretaria de Educação
mitê de Nutricionistas do Mercosul nas Cantinas Comerciais na Rede Pública do GDF, prof. Dalmo Vieira, a nutricionista
de Ensino. Lorena Chaves (FNDE/ PNAE), cantinei-
(Conumer), com o objetivo de
A deputada Érika Kokay, que convo- ras, donos de cantinas e estudantes.
debater as normas das atividades
cou e presidiu a audiência, fez um breve Nos comentários finais, a deputada
privativas do nutricionista, a serem
histórico do Projeto de Lei nº 3.695, de reconheceu que o direito humano à ali-
cumpridas em todos os países do mentação adequada das crianças não se
2005, do Distrito Federal, conhecido
Mercosul. Outra importante discus- como Lei das Cantinas, e que foi vetado deve contrapor ao direito de trabalho dos
são do encontro foi a observância pelo então Governador Roriz. A parla- comerciantes, mas destacou as irregula-
do código de ética por esses pro- mentar ressaltou a importância do con- ridades apontadas no funcionamento das
fissionais, além da necessidade da trole social, com ampla reflexão sobre cantinas, a partir de uma pesquisa.
criação de um Tribunal Superior de
Ética, composto de representantes
indicados pelos países-membros.
A retomada das discussões en- Saúde Suplementar
tre as entidades teve como foco Em 21 de novembro, a Agência a Tabela Nacional de Referência de
a futura permissão do trânsito de Nacional de Saúde Suplementar (ANS) Procedimentos Nutricionais, com 42
profissionais de nutrição nos países- apresentou proposta estabelecendo itens, mas não foi contemplado, assim
membros do Mercosul. A próxima um rol de procedimentos obrigatórios como outras profissões. Esta situação foi
reunião será realizada nos dias 25 e a serem oferecidos pelas operadoras contestada pelo representante do CFN
26 de abril de 2008, em Assunção, dos planos de saúde. Foram instituí- no Fórum dos Conselhos Federais da
no Paraguai. dos 2.894 procedimentos; os planos Área da Saúde (FCFAS), que conseguiu
que não ofertarem todos esses serão reabrir as discussões e agendar nova
autuados. reunião, para 5 de dezembro, na sede
O CFN encaminhou para a ANS da ANS.

6 Conselho Federal de Nutricionistas - Nº 23 - 2007


Integração do Sistema

Sistema debate suas


ciais fundamentais de todos os cidadãos.
A nutricionista e presidente do CRN-6,
Ruth Lemos, relatou as principais ati-

ações em Recife
vidades do Regional, que abrange oito
cidades do Nordeste, destacando o em-
penho da entidade com a modernização
do site para a eficiência do atendimento.
“Com mais este instrumento de comu-
nicação, proporcionamos, para a cate-
goria, o acesso a serviços importantes
como a atualização de dados cadastrais;
a aquisição on-line de boletos bancários
e outros documentos”, destacou.

Avaliação
Na avaliação dos participantes, este
tipo de evento deve ocorrer com mais
freqüência, pois possibilita a discussão
das ações das entidades diretamente
com os conselheiros federais e regionais.
Para a maioria deles, essas atividades
valorizam, ainda mais, a atuação do
nutricionista na região, ampliando seus
conhecimentos.
Paralelo ao POI, o CFN realizou
reunião mensal de diretoria e de suas
comissões, além de encontro com re-
presentantes dos Conselhos Regionais
POI de Recife contou com grande participação de Nutricionistas (CRN).

A
consolidação do processo de
aproximação dos Conselhos
Federal e Regionais de Nutricio-
nistas com a categoria teve mais uma
etapa concluída, em 26 de outubro. O
CFN e o CRN da 6ª Região realizaram,
em Recife, o Programa de Orientação
Itinerante (POI), que reuniu nutricionis-
tas, técnicos e estudantes num mesmo
debate com o objetivo de esclarecer
dúvidas sobre a inserção do profissional
em políticas públicas e o desenvolvi-
mento das ações dos Conselhos, além
de discutir formas de atuação da cate-
goria para ampliação de sua visibilidade.
Na abertura do evento, a presidente
do CFN, Nelcy Ferreira, apresentou
as diretrizes do CFN, norteadas por
sua missão de contribuir para a saúde
da população, assegurando assistência
nutricional e alimentar, mediante amplo
exercício ético, por profissionais habili-
tados e capacitados, como direitos so- Participantes esclareceram várias dúvidas no debate

Conselho Federal de Nutricionistas - Nº 23 - 2007 7


Integração do Sistema

Simpósio debate Resolução 358


A
inda em Recife, membros repre-
sentativos do CFN participaram
do 3º Congresso Internacional de
Alimentação Escolar para a América La-
tina, realizado de 28 a 31 de outubro. A
presidente do Conselho, Nelcy Ferreira,
foi relatora da oficina Alimentação Saudá-
vel e Adequada no Ambiente Escolar.
No dia 29 de outubro, o CFN pro-
moveu um simpósio para discutir a
Resolução CFN nº 358, de 18 de maio de
2005, que dispõe sobre as atribuições
do nutricionista no Programa Nacional
de Alimentação Escolar (PNAE) e sua Presidente do CFN na abertura do simpósio
responsabilidade técnica no Progra-
ma de Alimentação Escolar (PAE). O
processo de revisão da Resolução teve tão sendo compiladas por um Grupo de pela Associação Brasileira de Saúde e
início em julho de 2007, ocasião em que Trabalho, composto de representantes Alimentação Escolar (ABRAE) e Rede
efetivou-se consulta pública para coletar dos Regionais, para serem apresentadas de Alimentação Escolar para a América
sugestões para tal modificação. ao Plenário do CFN, que procederá à Latina (LA ERA).
Com as demandas surgidas das análise final.
ações fiscais dos CRN e diante das
avaliações do PAE, feitas pelo Fundo
Nacional de Desenvolvimento da Edu-
Divulgação
No 3º Congresso Internacional de
Comissão aprova
cação (FNDE), o CFN propôs a revisão
de alguns artigos da Resolução 358, com
Alimentação Escolar, o CFN também
montou stand visando esclarecer dúvi-
alimentação
o intuito de contemplar as necessidades das, oportunidade em que foi distribuí- escolar para o
apresentadas para a atuação do nutri- do material institucional das campanhas
cionista no PAE. A expansão da partici- sobre a alimentação saudável e escolar. ensino médio
pação do nutricionista no Programa e o O 3º Congresso teve o objetivo de
processo de conscientização dos gesto- integrar os países latino-americanos
res das prefeituras pelos CRN também e do Caribe em torno do tema Ali-
A Comissão de Educação e
contribuíram para a revisão da Resolu- mentação Escolar — Direito Humano
Cultura da Câmara dos Deputa-
ção. Atualmente, todas as sugestões es- e Direito Universal e foi promovido
dos aprovou, em 14 de novem-
bro, a inclusão de estudantes
jovens e adultos como benefici-
ários do Programa Nacional de
Alimentação Escolar (PNAE).
O projeto favorecerá estu-
dantes da educação básica e da
creche ao ensino médio. Antes
de seguir para votação em plená-
rio, o projeto ainda será analisa-
do, em caráter conclusivo, pelas
comissões de Finanças e Tributa-
ção, de Constituição e Justiça e
de Cidadania da Câmara.
Nutricionistas de diversos estados no debate sobre a alimentação escolar

8 Conselho Federal de Nutricionistas - Nº 23 - 2007


Nutrição Clínica

Doenças cardiovasculares
aumentam no Brasil
A
nutricionista Maria Goretti Pessoa epidemiológicos sinalizam a necessidade demos um paciente com apenas uma
de Araújo Burgos (CRN-6/464) urgente de prevenção desta síndrome, destas patologias, precisamos cons-
atua em consultório, na área de que pode ser realizada tanto em nível cientizá-lo da importância da modi-
Síndrome Metabólica. Desde 1984, ela ambulatorial, quanto em consultórios, ficação do padrão alimentar para o
trabalha no Hospital das Clínicas da escolas, ou, ainda, por meio de ações resto de sua vida, além da prevenção
Universidade Federal de Pernambuco, governamentais, a exemplo de progra- de outras de que ele terá alto risco de
no serviço de diabetes com adultos por- mas de alimentação saudável e promo- ser acometido, pois a resistência à in-
tadores de síndrome metabólica. Nesta ção da atividade física. sulina é a causa inicial de todas elas. É
entrevista, ela revela, de acordo com sua importante que tudo isto esteja sem-
experiência, a importância do nutricionis- CFN - Quais as alterações me- pre associado a um tipo de atividade
ta no combate à Síndrome. tabólicas mais relevantes acarre- física. O nutricionista deve atuar da
tadas pela Síndrome? melhor maneira possível na preven-
CFN - Existem várias definições Maria Goretti – São as alterações ção e tratamento da patologia, enten-
para a Síndrome Metabólica (SM), metabólicas que incluem hipertensão dendo a realidade social e econômica
o que realmente ela é? arterial, obesidade, alterações lipídicas, de cada clientela, e, acima de tudo,
Maria Goretti – Síndrome Meta- principalmente com elevação de trigli- valorizando-se como profissional im-
bólica é o conjunto de fatores descritos cerídeos e redução do hdl-c; alterações prescindível no tratamento desta Sín-
desde 1923 (Kylin), redefinida por do metabolismo dos carboidratos, drome, não se subestimando diante
Reaven em 1988, como síndrome x, como intolerância a carboidrato e dia- de outros profissionais nas equipes de
que implica risco elevado para doença betes mellitus tipo 2, aos quais se asso- tratamento.
cardiovascular, obesidade abdominal, ciam a hiperinsulinemia, resultante da
Resistência Insulínica (RI), intolerância inadequada resposta de alguns tecidos CFN – O controle da obesida-
à glicose/dm2, dislipidemia e hiperten- periféricos à ação da insulina. de tendo como principal caminho
são arterial sistêmica. Denominações: a alimentação poderia, por si só,
síndrome x, síndrome plurimetabóli- CFN - De que forma o nutri- reduzir a incidência da Síndrome?
ca, síndrome de RI, quarteto mortal, cionista pode contribuir para seu Maria Goretti – Depende do
síndrome da civilização. Os critérios controle? tempo e do grau de obesidade, além
para o seu diagnóstico são determi- Maria Goretti – Atuando em pro- da presença ou não de patologias asso-
nados pela Organização Mundial da gramas de prevenção públicos e/ou ciadas. Portando, na maioria dos casos
Saúde(OMS), pela Federação Interna- privados, através de campanhas de em que recebemos um paciente com a
cional de Diabetes e pelo NECEP/ATP aleitamento materno, do Programa Na- Síndrome, este precisa do tratamento
III (órgão internacional). cional de Alimentação Escolar (PNAE), farmacológico associado, além, como
escola saudável, alimentação do traba- já falei, de atividade física freqüente.
CFN - Qual a importância epide- lhador (PAT), dentro dos padrões de
miológica da Síndrome Metabólica? alimentação saudável, o que não vem CFN - Em 2005, o Brasil foi pio-
Maria Goretti - Atualmente, ob- ocorrendo atualmente; na atuação em neiro ao divulgar a primeira di-
servam-se os crescentes dados da sín- educação alimentar ambulatorial; e, retriz brasileira de diagnóstico e
drome em países desenvolvidos ou em ainda, mediante ações no consultório e tratamento da SM. O aumento da
desenvolvimento, que apresentam as na divulgação de programas educacio- obesidade na atualidade exigiu a
doenças cardiovasculares como resulta- nais por meio da mídia. atualização dessa diretriz?
do, com elevado índice de morbimorta- Maria Goretti - Não só o aumen-
lidade. Existe a previsão epidemiológica CFN - O  nutricionista é im- to da obesidade como também dos
de que, em 2.040, o Brasil será o primei- portante na sua prevenção e/ou casos de hipertensão, do diabetes e
ro colocado em aumento percentual de tratamento? da morbimortalidade elevada por do-
mortes por doenças cardiovasculares Maria Goretti - Sim, nas duas enças cardiovasculares, provocaram
no mundo. Por outro lado, os dados fases; lembrando que quando aten- esta revisão.

Conselho Federal de Nutricionistas - Nº 23 - 2007 9


Nutrição Coletiva

Alimentação segura
com trabalho do nutricionista
N
o período de 2003 a 2006, o Popular do Rio de Janeiro, e publica-
Ministério do Desenvolvimen- mos as experiências das nutricionistas
to Social e Combate à Fome Mariana Gomes e Leide Graciela, que
(MDS) apoiou a implementação de 100 trabalham nas regiões Nordeste e Sul,
unidades de Restaurantes Populares em respectivamente.
todo o Brasil, dos quais 30 se encontram
em pleno funcionamento. Em 2007, fo- Legislação
ram selecionados, por meio de editais, A inserção do nutricionista nesta po-
mais 22 propostas para a implantação lítica pública é ratificada pela Resolução
de novos restaurantes e efetivada a do CFN n° 380, de 2005, que define
modernização de seis unidades em as áreas de atuação do profissional e
funcionamento. suas atribuições, dentre elas, a nutrição
O MDS determina que todos os coletiva que engloba os estabelecimen-
Restaurantes Populares sob seu apoio tos que comercializam refeições. Esta
devem possuir, pelo menos, um nutri- legislação define, ainda, os parâmetros
cionista como responsável técnico da numéricos de referência, por área de
unidade, e esse quantitativo aumenta atuação.
proporcionalmente em razão do núme- Os Restaurantes Populares são Uni-
ro de refeições produzidas. dade de Alimentação e Nutrição desti-
Assim, todas as unidades em funcio- nadas ao preparo e à comercialização de
namento contam, minimamente, com refeições saudáveis oferecidas a preços
um profissional de nutrição para cada acessíveis à população, localizadas, pre-
turno de trabalho. Nesta edição, en- ferencialmente, em grandes centros
trevistamos a nutricionista Roberta urbanos com mais de 100 mil
Mariz, que atua no Restaurante habitantes.

10 Conselho Federal de Nutricionistas - Nº 23 - 2007


Nutrição Coletiva

Atuação do Nutricionista
A
atuação do nutricionista composto pela população mais caren- dos pratos oferecidos?
em restaurantes popula- te, mas temos também muitos idosos Roberta Mariz – Sim. Realizamos
que utilizam o nosso serviço, além dos uma pesquisa para saber quais os pra-
res é mais um espaço em
trabalhadores que freqüentam o res- tos que o público gostaria que fossem
que este profissional está pro- taurante no horário de almoço e que servidos e qual a aceitação do cardápio
movendo a adoção de hábitos buscam uma refeição de qualidade por do dia (incluindo sopas, sobremesas,
alimentares saudáveis junto à preço bem acessível. guarnições) e, a partir daí, elaboramos
população. Em diversas cida- uma bateria de cardápios equilibrados
des, o nutricionista participa CFN - Quais os critérios para nutricionalmente. Mas, se algum cliente
definir o cardápio? quiser, poderá deixar suas sugestões
diretamente do incentivo ao
Roberta Mariz - O cardápio va- de pratos conosco para que possamos
consumo de alimentos ricos ria de acordo com a região, fatores melhorar, cada vez mais, nosso forne-
em nutrientes e vitaminas, en- culturais, a safra e com a aceitação cimento de refeições.
contrados na própria região. da população. Mas, principalmente, é
Confira, a seguir, algumas definido de forma a garantir a qualida- CFN - Os alimentos ofertados,
experiências que têm dado de de vida em todas as faixas etárias, em sua maioria, são regionais?
promovendo a recuperação e a manu- Roberta Mariz - Sim, pois, nas
certo:
tenção da saúde, sem perder de vista a regiões mais rurais são ofertados car-
cidadania e o prazer que uma refeição dápios com maior componente de ve-
CFN - Que tipo de público fre- digna deve proporcionar, independente getais devido a grande aceitação desta
qüenta os restaurantes? de seu preço. população. Dispomos, ainda, de pratos
Roberta Mariz - O público do de outras regiões, disponibilizados em
restaurante, em sua maior parte, é CFN- Há pesquisa de aceitação datas comemorativas.

Outras Experiências

Restaurante Popular de Campina Tradição é utilizada no


Grande dá preferência para 3ª idade cardápio de Toledo
Com um público diverso, o Restaurante Popular de Campi- Alimentos típicos como a batata-doce ca-
na Grande (Paraíba) reserva o horário inicial de atendimento, ramelizada, o feijão preto e a carne suína são
que é de 11h às 11h30, para as pessoas da 3ª idade, gestantes utilizados no Restaurante Popular de Toledo, no
e crianças. Paraná, pois fazem parte do hábito alimentar
“Nós trabalhamos com um cardápio bem variado”, explica a e da tradição do município, como assegura a
nutricionista Mariana Gomes de Menezes. “Utilizamos o mínimo responsável técnica pelo restaurante, a nutri-
possível de sal e óleos para atendermos usuários que tenham cionista Leide Graciela Blanco.
algum tipo de patologia, como a hipertensão arterial, hiperco- Segundo Leide, o público-alvo do restauran-
lesterolemias, entre outras, ao mesmo tempo que tentamos te são pessoas em situação de risco alimentar e
prevenir o aparecimento dessas patologias”, completa. de pequeno orçamento familiar. Para atendê-los,
Segundo Mariana, além de produtos que estão na safra, o a quantidade, qualidade, adequação e harmonia
restaurante oferece também alimentos adquiridos por meio são usadas para definir o cardápio. “Ainda é
do programa Compra Direta. “Neste programa, os pequenos levado em consideração a mão-de-obra, tempo
agricultores da região fornecem diretamente a maioria dos e tipos de produtos ofertados pela Compra
gêneros alimentícios, a exemplo de verduras, frutas, legumes Direta”, completa Leide Graciela.
e grãos”, explica a nutricionista.

Conselho Federal de Nutricionistas - Nº 23 - 2007 11


Nutrição Esportiva

Nutricionista conquista
espaço em equipe de box
A
nutricionista Alessandra Paula Nu- Alessandra - Desde que o
nes (CRN-3/9945) é mestre em trabalho de nutrição foi im-
plantado na Seleção Bra-
Ciências aplicadas à Cardiologia e
atua na Confederação Brasileira de Boxe sileira de Boxe, começa-
e na Equipe de Basquete Janeth Arcain. mos a monitorar o peso
É docente do Centro Universitário São dos atletas, para que as
manobras de redução
Camilo e Proprietária da clínica Holística
de Emagrecimento. Nos Jogos Pan-Ame- de peso (muito co-
ricanos Rio-2007, o Comitê Olímpico mum nas lutas de
Brasileiro (COB) reconheceu a importân- contato) fossem
cia da sua atuação no acompanhamento cada vez menos
dos atletas do box e integrou Alessadra utilizadas. As-
Nunes na equipe de profissionais que sim, elabo-
participaram dos Jogos acompanhando ramos uma
os atletas. Nesta entrevista, ela relataestratégia,
sua experiência e destaca o diferencial correspon-
da Nutrição Esportiva. Leia! dente a
dois pesos:
CFN – Como foi o acompanha- o de ren-
mento da equipe de boxe nos Jo- dimento e o
gos Pan-Americanos Rio-2007? de categoria.
Alessandra - A Seleção de Boxe Peso de rendi-
conta com 11 atletas que defendem as mento é o que o
categorias de peso (desde os 48 kg até atleta deve manter du-
a categoria acima de 91 kg). Tinha que rante todo o período de treina-
acompanhá-los em todas as refeições, mento, e o de categoria, aquele que estará com 48 kg. Anteriormente, os
e isso era bastante exaustivo. Após a o atleta deve apresentar na hora da atletas faziam a redução de peso na
pesagem, os atletas faziam o desjejum. pesagem. Por exemplo, para um atle- véspera da competição, usando mano-
O refeitório da ta que luta na ca- bras como o uso de roupas de plástico
Vila Pan-America- tegoria de 48 kg, para desidratar e jejum ou semijejum,
na disponibilizou “Somente apresentando seu peso de ren- e é lógico que tal procedimento com-
uma infinidade nossos conhecimentos e dimento é de 51 prometia o rendimento esportivo.
de alimentos aos demonstrando que po- kg; isso significa
atletas e, mesmo que, durante os CFN – Há algum controle na
assim, não tive demos potencializar os períodos de trei- alimentação?
nenhum proble- resultados dos atletas, por no, esse atleta Alessandra - Durante as com-
ma nesse sentido. meio de alimentação equi- não pode passar petições, como foi explicado, temos
Isso se deve ao desse limiar de que monitorar o peso do atleta, e as
longo trabalho de librada, é que, realmente peso. Uma sema- condutas nutricionais são desenvolvidas
conscientização ganhamos nosso espaço.” na antes da com- em cima desse resultado de peso. A
realizado há mais petição, vamos suplementação e a hidratação também
de dois anos. procedendo aos devem ser controladas. A hidratação,
ajustes na alimentação, e, assim, ele por exemplo, segue rigorosamente
CFN - Que estratégias nutri- vai perdendo, gradativamente, peso, critérios de horários. Cerca de 90
cionais foram utilizadas nas com- até que, no dia da competição, quando minutos antes de iniciarmos as lutas,
petições? ocorre a pesagem oficial, esse atleta paramos de oferecer líquidos para não

12 Conselho Federal de Nutricionistas - Nº 23 - 2007


Nutrição Esportiva

ta, até que con- muito baixa, ou por pancadas na região


cluíram que eu do fígado. Assim, o uso de aminoácios
estava certa, por- com eles não é recomendado. Já os
que o rendimen- aminoácidos de cadeia ramificada (Iso-
to de cada um leucina, Leucina e Valina = os BCAAs)
melhorou mui- são recomendados por serem hepato-
to. Atualmente, protetores. Em algumas competições,
todos os atletas usamos gel de carboidrato 30 minutos
têm seu squezze, antes da luta, para evitar a colocação
e este passou a de água e maltodextrina.
fazer parte obri-
gatória das suas CFN – Os atletas sabem como
mochilas. usar a suplementação?
Alessandra – Atualmente, depois
O pugilista Pedro Lima foi medalha de ouro no Pan CFN – Como de muita conversa e muitas palestras,
se processa a os atletas têm consciência do risco da
hidratação du- suplementação sem a devida orien-
deixar conteúdo líquido na região gás- rante as competições? tação. Outro ponto importante a ser
trica, pois esse atleta vai receber golpes Alessandra - Procuramos seguir considerado é o do medo do dopping,
(pancadas) no estômago, e isso poderá os critérios de horário, parando de ofe- pois muitos suplementos à base de er-
comprometer seu rendimento. Após as recer água cerca de 90 minutos antes vas contêm substâncias consideradas
competições, nossa principal preocu- das lutas; durante o embate, os boxea- proibidas pelo comitê antidoping.
pação é com a hidratação e a reposição dores, em geral, não tomam água. Nos
de carboidratos. Assim, o nutricionista intervalos, entre um round e outro, o CFN – Na sua avaliação, por
deve estar sempre atento aos horários boxeador vai para a esquina do ringue que ainda não é rotina dispor de
e às necessidades de cada atleta. para receber orientações, e o técnico um nutricionista nas delegações?
vai jogando água na boca do atleta, que, Alessandra - Acho que a nutri-
CFN- Quanto a hidratação, via de regra, não engole. Apenas mo- ção esportiva é uma área muito nova.
quais as estratégias utilizadas com lham a boca e desprezam o conteúdo Em virtude disso, as pessoas acham
a equipe? para não correr o risco de conteúdo que o nutricionista só sabe elaborar
Alessandra - A hidratação sempre líquido no estômago. cardápio para empresas e trabalhar
foi um problema dentro do boxe e nas em hospitais; além disso, há poucos
demais lutas de contato. Os atletas, CFN – No Pan houve uso de su- profissionais atuando nessa área. Um
por culpa dos técnicos, em geral não se plementos? outro aspecto é o de que os próprios
hidratam, porque dizem que a água au- Alessandra - Sim. A conduta de nutricionistas acabam perdendo mer-
menta o peso. Assim, lidamos com um suplementação é individualizada e cado pela falta de conhecimento. Den-
organismo com níveis sempre baixos depende de vários fatores criteriosa- tro do boxe, percebi que os técni-
de hidratação. Quando introduzi água mente controlados. Temos a facilidade cos assumiam todas essas tarefas por
durante os treinos e, juntamente com de realizar exames bioquímicos a cada desconhecerem a atuação de outros
a água, o suplemento de carboidrato três meses, e isso facilita muito na hora profissionais. Hoje, dispomos de uma
(no caso, a maltodextrina), enfrentei de traçar a conduta de suplementação. equipe com sete profissionais; fui a úl-
problemas sérios com os técnicos da Normalmente, usamos Vitamina C, tima a entrar e, em virtude disso, sofri
Seleção Brasileira que são cubanos e, principalmente em épocas de frio, ou muito para introduzir meu trabalho e
em Cuba, a cultura é a de não oferecer quando a equipe vai treinar em regiões conquistar espaço. Temos que mostrar
água durante os treinamentos e condi- muito frias, evitando não só queda no resultados e sabermos do que estamos
cionar o organismo a quantidades cada sistema imunológico como também falando. Acho também que há pouco
vez menores de água. Para se ter uma infecções no trato respiratório. Utili- interesse dos profissionais em desen-
idéia, nos ginásios é proibido torneiras zamos maltodextrina na reposição de volver trabalhos científicos. Somente
por perto. Assim, tive que me impor e carboidrato. A maltodextrina foi es- apresentando nossos conhecimentos
enfrentar os técnicos usando meus co- colhida pela palatabilidade e facilidade e demonstrando que podemos poten-
nhecimentos de nutrição, e isso não foi de ser misturada à água. A maioria dos cializar os resultados dos atletas, por
fácil. Precisei realizar testes de desem- boxeadores apresenta alterações nas meio de alimentação equilibrada, é que
penho e trabalhar muito com cada atle- transaminases, seja pela hidratação, realmente conquistamos nosso espaço.

Conselho Federal de Nutricionistas - Nº 23 - 2007 13


13ª CNS

Foto: Alejandro Zambrana/Assessoria de comunicação da 130 Conferência Nacional de Saúde

Entidades garantem
políticas de nutrição e alimentação
A
13ª edição da Conferên-
cia Nacional de Saúde foi
bastante positiva para a
Propostas das Entidades Aprovadas
área de alimentação e nutrição.
Dentre as propostas aprovadas, • Que o Ministério da Saúde regulamente a propaganda e publicidade de ali-
estão questões fundamentais mentos com vistas à promoção de alimentação saudável e adequada, priorizando a
como a implantação do Sistema de defesa da criança e proibindo a publicidade de alimentos e bebidas com baixo valor
Vigilância Alimentar e Nutricional nutricional ou alto teor de açúcares, sal ou gorduras direcionada ao público infantil,
(Sisvan), na rede básica de saúde, em qualquer meio de comunicação.
e a inclusão do nutricionista nos
núcleos de apoio à família (NASF), • Implementar a Política Nacional de Alimentação e Nutrição na Rede de Aten-
da Estratégia da Saúde da Família. ção à Saúde do SUS, incluindo a promoção de alimentação saudável e adequada; a
No contexto geral, 63 pro- vigilância, a orientação e a educação alimentar e nutricional; o controle e a prevenção
postas da área foram aprovadas. de deficiências e distúrbios nutricionais em todas as fases do ciclo da vida, contando
A maioria é resultado das Confe- com a ampliação dos repasses financeiros às secretarias estaduais e municipais de
rências municipais e estaduais de saúde para organização dos serviços, contribuindo, desse modo, para o Sistema de
Saúde, mas quatro (ver quadro) Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN).
foram definidas em reunião entre
o CFN, a Associação Brasileira • Realização sistemática de auditoria nos gastos com alimentação e nutrição
de Nutrição (Asbran) e a Coor- dos pacientes internados pelo SUS.
denação Geral da Política Nacio-
• Que o Conselho Nacional de Saúde convoque, dentre outras conferências,
nal de Alimentação e Nutrição
a 1ª Conferência de Alimentação e Nutrição no SUS.
(CGPAN/MS).

14 Conselho Federal de Nutricionistas - Nº 23 - 2007


Cursos de Nutrição

CFN garante, no MEC,


rediscussão da carga horária
O
CFN tem atuado, desde 2004,
com muita eficácia em defesa
da melhor carga horária para
os cursos de nutrição. Neste ano, o
Conselho Nacional de Educação (CNE)
iria estabelecer como carga horária mí-
nima para o curso de Nutrição, três mil
e duzentas horas, o que já contrariava
as discussões do Sistema Conselhos
Federal e Regionais de Nutricionistas
(CFN/CRN).
Em 2005, o indicativo do 2º Workshop
de Ensino, promovido pelo CFN em
parceria com a Comissão de Avaliação
da área de Nutrição do INEP, com a
participação de 82 coordenadores de
cursos do país, foi defender quatro mil
horas como carga horária mínima para
os cursos de graduação em Nutrição.
Neste mesmo ano, o CFN solicitou ao Reunião do Sistema CFN/CRN com MEC discute a carga horária
CNE a retirada deste curso do seu pare-
cer, garantindo que o mesmo não fosse estão acontecendo nos Estados, com nutricionista, capacitado que é para atuar
incluído na Resolução CNE/CES nº.2, de as Instituições de Ensino Superior (IES). em benefício da segurança alimentar e da
18 de junho de 2007, fator que assegurou Estes encontros discutem, entre outros atenção dietética. “O nutricionista deve
a rediscussão do assunto. temas, a carga horária mínima para os ser capaz de pensar criticamente, de
Em 5 de novembro, próximo passa- cursos, com a perspectiva de se conhe- analisar os problemas da sociedade e de
do, após quatro meses de implantação cer a que é praticada por cada uma das procurar soluções para essas questões”,
de link no site do CFN para consulta aos IES, assim como a que melhor atende destaca a presidente.
coordenadores de curso sobre o tema, as Diretrizes. Segundo Antônio Carlos Ronca, foi
o Conselho restabeleceu a discussão criada uma comissão para avaliar a carga
com o Ministério da Educação. Assim, Reforço horária dos cursos da área da saúde. In-
reuniu, em Brasília, representantes das No dia 7 do mesmo mês, a presiden- formou, ainda, que o pleito do CFN será
Comissões de Formação Profissional dos te do CFN, Nelcy Ferreira, reforçou o analisado e que a comissão convidará as
oito CRN, visando debater o assunto interesse da categoria ao participar de representações de cada profissão para
com o diretor do Departamento de reunião com o presidente da Câmara tratar do assunto.
Políticas e de Supervisão da Educação de Educação Superior do CNE, Antônio
Superior (Desup/MEC), prof. Dirceu Carlos Ronca, oportunidade em que lhe
do Nascimento (foto), com o intuito de foi entregue documento destacando a
garantir a carga horária mínima adequada importância de quatro mil horas, como Coordenador de curso!
para atender o previsto nas Diretrizes carga horária mínima, para a formação Atenda o chamado do
Curriculares Nacionais de Curso de dos nutricionistas, conforme indicativo seu Conselho Regional de
Graduação em Nutrição, dispostas na do 2º Workshop. Nutricionistas e participe
Resolução CNE/CES nº 5, de 2001. O documento enfatiza, principalmen- das discussões. Esta luta é de
Na reunião, os representantes pla- te, os riscos da formação generalista e todos nós.
nejaram os encontros regionais, que já defende a visão humanista e crítica do
crnem ação

crn 1 Novo Colegiado I


DF • GO •TO •MT
crn 2 Parceria positiva
SC • RS

A eleição no CRN-1 inovou este ano: em parceria Uma das ações marcantes do CRN-2, em 2007, foi a parceria
com o Tribunal Regional Eleitoral (TRE), foram utilizadas firmada com o Centro Colaborador em Alimentação e Nutrição
urnas eletrônicas para eleger o novo colegiado da gestão Escolar Sul (CECANE SUL), na qualificação de nutricionistas
2007-2010. A posse dos novos conselheiros aconteceu em vinculados às Secretarias de Educação.
5 de outubro, com a presença da presidente do Conselho Para o ano de 2008, o Regional investirá na geração de
Federal de Nutricionistas, Nelcy Ferreira. Na ocasião, foi maior visibilidade do nutricionista, promovendo ações de ca-
anunciada a nova diretoria do Regional, composta pela pacitação profissional por meio de eventos, principalmente, na
presidente Simone Rocha, vice-presidente Iara Ramires, área de Alimentação Institucional e de Hotelaria, com ênfase na
tesoureira Carla Caputo e pela secretária Ana Flávia fiscalização. Para tanto, parcerias com entidades dos segmentos
Gomes. Refeições Coletivas e Vigilâncias Estadual e Municipais estão
Os novos conselheiros definiram, como prioridade sendo promovidas.
para 2008, maior aproximação com as instituições de Ações políticas junto aos gestores municipais, para maior
ensino, para que o futuro nutricionista, desde o curso de inserção do nutricionista nas ações de atenção básica em saúde,
graduação, adquira consciência da importância do Con- igualmente foram intensificadas.
selho. Isto não só o nutricionista, mas também o técnico
em nutrição e dietética, que foi inserido no Sistema CFN/
CRN, mas de presença ainda tímida.

crn 3 Inauguração de delegacias


regionais e nova sede crn 4 Novas perspectivas para 2008
RJ • ES • MG
SP • MS
O CRN-4 tem várias perspectivas para 2008, com ênfase
Uma das metas definidas pelo atual Colegiado do CRN
na maior participação junto aos parlamentares, objetivando não
da 3ª Região (CRN-3), para 2007, foi a da continuidade de
só a inserção dos nutricionistas nos Programas de Alimentação
instalação das delegacias do Regional, abrangendo toda a
Escolar como também a atuação junto a equipe do Programa de
sua jurisdição, plano iniciado em dezembro de 2006, com
Saúde da Família e a equiparação da carga horária do nutricionista
a implantação da delegacia de Campo Grande (MS).
com os demais profissionais da saúde na rede pública hospitalar.
Aprovada a previsão orçamentária para a instalação
O Regional promoverá a inauguração de sua nova sede e, em
de sete delegacias no decorrer do ano, foram adotados
seguida, procederá ao treinamento de seus funcionários.
os seguintes passos: procura dos imóveis para locação e
Outras ações merecem destaque: eleição do novo CRN/9
treinamento dos funcionários das delegacias (nutricionistas
e participação no CONBRAN no Rio de Janeiro; realização de
fiscais e auxiliares administrativos), na sede do Conselho,
novas parcerias e promoção não só de cursos gratuitos para a
em São Paulo.
categoria regularmente inscrita assim como de ações para o Dia
Finalmente, nos meses de outubro e novembro,
do Nutricionista.
foram inauguradas delegacias nas cidades de Presidente
Para o Regional, tais iniciativas servirão de instrumentos para
Prudente e Campinas (ambas em 19 de outubro), Bauru
aspectos importantes de interesse de todos os profissionais da
(25 de outubro), São José do Rio Preto (26 de outubro),
Nutrição.
São José dos Campos (8 de novembro), Ribeirão Preto (9
de novembro) e Santos (23 de novembro).
Outra importante meta cumprida este ano foi a da
inauguração da nova sede do CRN-3 que, após a sua
aquisição, foi totalmente reformada e inaugurada em
29 de março, ampliando e tornando mais confortáveis e
acessíveis os espaços de trabalho e de atendimento ao
público.

16 Conselho Federal de Nutricionistas - Nº 23 - 2007


crnem ação

crn 5 Novo Colegiado II


BA • SE
crn 6 Agilidade na Comunicação
PE • AL •PB •RN • PI • MA • CE

Dando continuidade aos trabalhos realizados na gestão O ano de 2007 tem sido rico em realizações para o
anterior, os novos membros do Conselho, empossados em CRN-6. Ao longo do período, o Regional promoveu a rea-
9 de outubro, estão ampliando a atuação em Sergipe com a lização de importantes eventos, entre os quais destacam-se
nova delegacia. A sede recém-adquirida será muito útil aos dois deles: o 1o Encontro dos Fiscais do CRN6 – que contou
nutricionistas e técnicos de Nutrição, que não mais necessi- com a participação de todos os delegados da jurisdição; e
tarão deslocar-se para outro estado para resolução de suas o 2o Encontro dos Funcionários Administrativos, evento
pendências. As conselheiras Telma Sales e Janine Santos, que teve duração de dois dias e serviu para promover
representantes do regional em Sergipe, já estão adotando maior integração entre os funcionários das delegacias com
providências para que a delegacia funcione a contento. o Conselho. Outra realização importante do Regional
O CRN-5 vem apoiando os estudantes de Nutrição no neste ano foi a criação do Boletim Eletrônico, que se junta
ENENUT, buscando fortalecer mais os laços entre os acadê- à Revista De Gestão como uma das principais formas de
micos e profissionais. diálogo com o nutricionista da região. Com periodicida-
de quinzenal, o boletim apresenta, de forma mais ágil,
informações e notícias de interesse para a categoria. O
Boletim Eletrônico do CRN-6 pode ser acessado no site
www.crn6.org.br e é enviado via e-mail para todos os
nutricionistas cadastrados no Regional.

crn 7 Fiscalização em todos os Estados


PA • AC •AM •AP • RO • RR

Este ano, o Setor de Fiscalização imple- foram realizadas 302 visitas distribuídas outubro. Durante o último trimestre deste
mentou o projeto de visitas de orientação em três áreas de atuação: 67 em Nutrição ano, os Roteiros de Visitas foram aplicados
em todos os seis estados da jurisdição Clínica, 47 em Saúde Coletiva e 188 em na Região Metropolitana de Belém no Pará
(AC, AP, RR, RO, PA, AM), com recursos Alimentação Coletiva. e, para o próximo ano, o Plano de Metas
implementados pelo CFN. Os resultados da fiscalização nos prevê a interiorização nos estados.
O roteiro de visitas foi realizado de estados foram apresentados para repre-
janeiro a setembro. Durante este período, sentantes de Universidades no mês de

crn 8 Regulamentação da Profissão


PARANÁ

Durante o ano de 2007, o CRN-8 profissionais mais experientes do Paraná, o Regional terá como metas a implantação
promoveu evento comemorativo dos dras. Marídia Scarpari de Castro e Marina da câmara técnica sobre o nutricionista
40 anos de regulamentação da profissão Tomie Miyahira. no serviço público; a continuidade do
do nutricionista, com palestra sobre Além disso, organizou a 1ª Oficina programa de organização administrativa e a
“Nutrição: 40 anos de evolução no Brasil”, Integrada de Formação Profissional, em melhoria do sistema de informação entre o
proferida pela dra. Sandra Chemim. parceria com as Instituições de Ensino Conselho e seus inscritos, além da aquisição
Ainda nesta atividade, homenageou as Superior do Paraná. Para o próximo ano, de sede própria.

Conselho Federal de Nutricionistas - Nº 23 - 2007 17


ética

Profissionais de Nutrição
precisam conhecer sua legislação
A
missão do Sistema CFN/CRN é Leite, o nutricionista so-
a de garantir para a sociedade o mente poderá prescrever
exercício ético do nutricionista e produtos com indicações
dos técnicos em Nutrição e Dietética. E, terapêuticas relacionados
para tanto, norteia a categoria por meio ao seu campo de conhe-
de resoluções, que devem ser orienta- cimento científico. Além
das, em seu detalhamento, aos alunos disso, recomenda que
por Instituições de Ensino Superior e o nutricionista seja de-
Técnico, em cursos de graduação, e vidamente capacitado
também pelos Conselhos Regionais, em para realizar tal pres-
processos de fiscalização. crição com segurança
Atualmente, inúmeros questionamen- e eficácia.
tos estão sendo dirigidos ao Sistema sobre
a prescrição de suplementos nutricionais O código
(Resolução n° 390, de 2006) e de plantas Na avaliação da
in natura (Resolução n° 402, de 2007), representante do
conforme informações da nutricionista CRN-8, essas ques-
Christiane Leite da Comissão de Ética do tões dizem respeito
CRN-8/Paraná. Segundo ela, de acordo à prescrição e à co-
com essas dúvidas apresentadas, eviden- mercialização des-
cia-se que este assunto ainda não está ses produtos pelo
bem esclarecido entre alguns nutricionis- nutricionista. Para
tas. “A Resolução n° 390, que regulamenta sanar dúvidas, é
a prescrição dietética, pelo nutricionista, necessário estar
de suplementos nutricionais, deve ser atento para o
elaborada individualmente, com base nas artigo 18, Inciso
diretrizes estabelecidas no diagnóstico IV do Código
nutricional, de forma associada à correção de Ética do
do padrão alimentar, respeitando-se os Nutricionista,
níveis definidos como Limite de Ingestão que veda ao
Máxima Tolerável e os regulamentados profissional
pela ANVISA,” alerta. “exercer a
profissão com in-
Plantas teração ou dependência, para obtenção
Para a prescrição fitoterápica (ex- de vantagem de empresas que fabricam,
cluindo as registradas como medicamen- manipulam ou comercializam produtos
tos) de plantas in natura frescas, ou como de qualquer natureza e que venham ou O Sistema recomenda aos profis-
droga vegetal nas suas diferentes formas possam vir a ser objeto de prescrição sionais que se atualizem e se apropriem
farmacêuticas, de que trata a Resolução dietética”. Cabe também ressaltar o ar- das Resoluções do CFN, vigentes e que
n° 402, a nutricionista alerta para o fato tigo 6, Inciso VI, que traz como dever do respaldem suas ações em consensos
de que os produtos industrializados nutricionista “analisar, com rigor técnico oficiais brasileiros e internacionais, a fim
devam possuir rotulagem adequada às e científico, qualquer tipo de prática ou de evitar transgressões éticas no exer-
normas da ANVISA, ou, quando in natu- pesquisa, abstendo-se de adotá-la se cício profissional. Assim, poderão obter
ra, sejam observadas as suas condições não estiver convencido de sua correção amparo científico e legal nas prescrições
higiênico-sanitárias. Para Christiane e eficácia”. desses produtos.

18 Conselho Federal de Nutricionistas - Nº 23 - 2007


comunicação

Prato colorido em material de


campanha faz sucesso
A
imagem de um prato com arroz, posta é intensificar as ações de comu-
feijão, carne, tomate, cenoura e nicação, para dar maior visibilidade ao
alface foi o símbolo da Campanha trabalho desenvolvido pelos nutricio-
Nacional de Alimentação Saudável de nistas e técnicos.
2007, lançada no Dia do Nutricionista,
31 de agosto. A idéia foi reforçar o con-
sumo de alimentos acessíveis, baratos e
ricos em nutrientes.
Durante a Campanha, o símbolo
circulou estampado em folder,
adesivo, ímã de geladeira,
adesivo de carro e em
comercial de TV, rádio,
revista e jornal. O
material foi tão bem
aceito pelos estu-
dantes, técnicos,
nutricionistas e, até
mesmo, pela popu-
lação, que o CFN
ampliou sua distri-
buição nos eventos
que participou e pro-
moveu.
No site do CFN,
todo este material está
disponível. Para 2008, a pro-

Revista do CFN ganha mais credibilidade

A
partir desta edição, a Revista do único e definitivo. Seu uso é definido pela No trabalho contínuo em defesa da
CFN é publicada com seu Nú- norma técnica internacional da Internatio- credibilidade de seus meios de comu-
mero Internacional Normalizado nal Standards Organization ISO 3297. nicação, esta é mais uma importante
para Publicações Seriadas (International O ISSN é operacionalizado por ação do CFN, sempre preocupado em
Standard Serial Number), o ISSN. Este uma rede internacional, e, no Brasil, o ampliar os conhecimentos dos nutri-
número é o identificador aceito interna- Instituto Brasileiro de Informação em cionistas e técnicos e para divulgar as
cionalmente para individualizar o título Ciência e Tecnologia (IBICT) atua como atividades que desempenha em nome
de uma publicação seriada, tornando-o Centro Nacional dessa rede. desses profissionais.

Conselho Federal de Nutricionistas - Nº 23 - 2007 19


endereços CRN
1
•CRN - 1ª REGIÃO
GO - Goiás
MT - Mato Grosso
2
TO - Tocantins •CRN - 2ª REGIÃO
DF - Distrito Federal SC - Santa Catarina

3
CONTATO: RS - Rio Grande do Sul
SCN Qd. 01 - Bloco E - Sala 1611 CONTATO:
Ed. Central Park Av. Taquara, 586 - S. 503
CEP: 70.710-902 - Brasília-DF Bairro Petrópolis
FONE: (61) 3328-3078 CEP: 90.460-210 - Porto Alegre-RS
E-MAIL: crn1@crn1.org.br - •CRN - 3ª REGIÃO
FONE: (51) 3330-9324 ou
www.crn1.org.br MS - Mato Grosso do Sul
3330-5674 (Direto)
SP - São Paulo
FAX: (51) 3330-9324
CONTATO:
E-MAIL: crn2@crn2.org.br
Av. Brigadeiro Faria Lima, 1461 - 3º
www.crn2.org.br

4
andar - Torre Sul
Jardim Paulistano - São Paulo -
CEP:01452-002

5
Telefones:
Cadastro: (11) 3034-2166
•CRN - 4ª REGIÃO Fiscalização: (11) 3034-2165
MG - Minas Gerais Financeiro: (11) 3034-6016
ES - Espírito Santo •CRN - 5ª REGIÃO Ética: (11) 3034-2199
RJ - Rio de Janeiro SE - Sergipe E-mail: crn3@crn3.org.br
CONTATO: BA - Bahia www.crn3.org.br
Av. Graça Aranha, 145 - Grupo 807 CONTATO:
CEP: 20.030-003 - Rio de Janeiro- RJ AV. Centenário 2883, Ed. Victória
FONE/FAX: (21) 2262-8678 Center Salas 106/107/109
E-MAIL: crn4@crn4.org.br

6
Chame Chame - Salvador-BA
www.crn4.org.br CEP: 40.155 -150
FONE: (71) 3237 - 5652
FAX: (71) 3245 - 0753
E-MAIL: crncinco@atarde.com.br
www.crn5.org.br •CRN - 6ª REGIÃO

7
AL - Alagoas
PB - Paraíba
PI - Piauí,
MA - Maranhão

8
RN - Rio Grande do Norte
•CRN - 7ª REGIÃO CE - Ceará
AC - Acre Fernando de Noronha
AM - Amazonas, RO - Rondônia, PE - Pernambuco
RR - Roraima, AP - Amapá, PA CONTATO:
- Pará •CRN - 8ª REGIÃO
PR - Paraná Rua Bulhões Marques, 19
CONTATO: Salas 801/802
AV. Generalíssimo Deodoro, 1978, CONTATO:
R. Senador Xavier da Silva, 488 - Conjun- Boa Vista
Cremação CEP: 50.060-050 Recife - PE
CEP: 66.045-190 Belém - PA to 306 A e B – Centro Cívico Curitiba-PR.
CEP.: 80 530-060 FONE: (81) 3222-2495
FONE: (91) 3241-0412 - Fax: (81) 3421- 8308
(91) 3230-2949 FONE: (41) 3224 0008
FAX: (41) 3224 0018 E-MAIL: crn6@crn6.org.br -
Fax: (91) 3241-0412 www.crn6.com.br
E-MAIL: crn7@ig.com.br - E-MAIL: crn8@crn8.org.br -
www.crn7.org.br www.crn8.org.br

Você também pode gostar