Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
UC05 Vol1 - Instalações Elétricas Prediais
UC05 Vol1 - Instalações Elétricas Prediais
UC05 Vol1 - Instalações Elétricas Prediais
INSTALAÇOES
ELÉTRICAS
PREDIAIS
VOLUME 1
i
INSTALAÇÕES
ELÉTRICAS
PREDIAIS
VOLUME 1
CONFEDERA ÇÃO NACIONAL DA IND ÚSTRIA - CNI
Robson Braga de Andrade
Presidente
Conselho Nacional
INSTALAÇÕES
ELETRICAS
PREDIAIS
VOLUME 1
.
© 2017 SENAI - Departamento Nacional
A reprodução total ou parcial desta publica çã o por quaisquer meios, seja eletrónico, me -
c ânico, fotoc ópia, de grava çã o ou outros, somente será permitida com pr é via autorizaçã o,
por escrito, do SENAI.
Esta publica çã o foi elaborada pela Equipe de Inova ção e Tecnologias Educacionais do
SENAI da Bahia, com a coordena çã o do SENAI Departamento Nacional, para ser utilizada
por todos os Departamentos Regionais do SENAI nos cursos presenciais e a dist â ncia.
FICHA CATALOGRÁFICA
S491i
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional.
Instalações elétricas prediais / Serviço Nacional de Aprendizagem
Industrial, Departamento Nacional , Departamento Regional da Bahia. -
Braslí ia: SENAI /DN, 2017.
212 p.: il . - (Série Energia - Geração, Transmissão e Distribuição , v .1).
ISBN 978-855050291- 5
CDU: 621.3
SENAI Sede
Servi ço Nacional de Setor Banc á rio Norte • Quadra 1 • Bloco C • Edifício Roberto
Aprendizagem Industrial Simonsen • 70040 -903 •Brasília - DF •Tel.: (0xx61 ) 3317 -9001
Departamento Nacional Fax: (Oxx ól ) 3317- 9190 •http:// www.senai.br
Lista de ilustrações
Figura 1 - Consumidores do grupo B 21
Figura 2 - Consumidores do grupo A 22
Figura 3 - Sistema elétrico de potência 23
Figura 4 - Distribuiçã o das concessioná rias no Brasil 27
Figura 5 - Rede primá ria de distribuiçã o elétrica 28
Figura 6 - Rede secundária de distribuição elétrica... 29
Figura 7 - Padrã o de entrada de baixa tensão 36
Figura 8 - Ligaçã o monofá sica 37
Figura 9 - Ligaçã o bifásica 37
Figura 10 - Ligaçãotrifásica 38
Figura 11 - Padrã o de entrada de média tensã o 39
Figura 12 - Ferramentas como extensã o das mã os ... 44
Figura 13 - Caixa de ferramentas 45
Figura 14 - Alicates em geral 46
Figura 15 - Alicate de bico redondo 46
Figura 16 - Alicates de bico fino 47
Figura 17 - Alicate de corte lateral 47
Figura 18 - Alicate universal 48
Figura 19 - Alicate descascador de fios 48
Figura 20 - Alicate compressor 49
Figura 21 - Chaves e parafuso de fenda 50
Figura 22 - Chaves e parafuso philips 51
Figura 23 - Canivetes e estiletes 51
Figura 24 - Tarraxa para eletroduto 52
Figura 25 - Linha de bater 52
Figura 26 - Limas 53
Figura 27 - Martelos e marretas 54
Figura 28 - Níveis 54
Figura 29 - Prumo de centro 55
Figura 30 - Dobrador de tubos 55
Figura 31 - Rebitadeira 56
Figura 32 - Arco de serra 56
Figura 33 - Soprador térmico 58
Figura 34 - Parafusadeira 59
Figura 35 - Furadeira manual 59
Figura 36 - Brocas 60
Figura 37 - Serra elétrica 60
Figura 38 - Serra tico-tico 61
Figura 39 - Multímetro 63
Figura 40 - Mediçã o de tensã o com multímetro 64
Figura 41 - Mediçã o de corrente com multímetro 64
Figura 42 - Mediçã o de resistência com multímetro 65
Figura 43 - Alicate amperímetro 66
Figura 44 - Mediçã o de corrente com alicate amperímetro 66
Figura 45 - Teste de tensão 67
Figura 46 - Trena 68
Figura 47 - Réguas 68
Figura 48 - Paquímetro 69
Figura 49 - Paquímetro e trena digitais 69
Figura 50 - Lubrificaçã o de ferramenta 70
Figura 51 - Organiza çã o de materiais 71
Figura 52 - Constituição dos condutores elétricos 77
Figura 53 - Cabos unipolares 78
Figura 54 - Cabo multipolar 79
Figura 55 - Condutores isolados 80
Figura 56 - Cond utores nus 81
Figura 57 - Conex ã o de fio rígido em prolongamento 82
Figura 58 - Emenda de prolongamento entre fio r ígido e cabo flex ível 83
Figura 59 - Emenda em prolongamento de cabos flex íveis 83
Figura 60 - Emenda de derivaçã o entre fios rígidos 84
Figura 61 - Emenda em deriva çã o entre fio rígido e cabo flexí vel 84
Figura 62 - Emenda em deriva ção entre cabos flexí veis 85
Figura 63 - Isola ção de emendas com fita isolante 85
Figura 64 - Implementação de um olhai 86
Figura 65 - Conectores 86
Figura 66 - Condutores de diferentes seções 87
Figura 67 - Escolha da seção do condutor 93
Figura 68 - Valores de queda de tensão por circuito 95
Figura 69 - Escolha do condutor depois da queda de tensão 98
Figura 70 - Condutor fixado em parede 101
Figura 71 - Argolas para fixaçã o de condutor 101
Figura 72 - Isoladores 102
Figura 73 - Condutores sobre isoladores em linhas aéreas 102
Figura 74 - Condutores em eletroduto aparente 103
Figura 75 - Condutores em eletroduto embutido 104
Figura 76 - Eletrocalha 105
Figura 77 - Condutores em eletrocalha 105
Figura 78 - Condutores para descarte 106
Figura 79 - Reciclar é preciso 106
Figura 80 - Racionalizaçã o das fontes de energia 107
Figura 81 - Eletroduto 113
Figura 82 - Quadro de distribuição 114
Figura 83 - Caixa de derivaçã o 115
Figura 84 - Rede de eletrodutos 118
Figura 85 - Eletroduto met á lico rígido 120
Figura 86 - Eletroduto de PVC rí gido 120
Figura 87 - Eletroduto met á lico flexí vel 121
Figura 88 - Eletroduto de PVC flexí vel 121
Figura 89 - Instalação de eletroduto aparente 122
Figura 90 - Instalaçã o de eletroduto embutido 122
Figura 91 - Barramento de fase central 123
Figura 92 - Barramento de fase em pente 124
Figura 93 - Barramentos de neutro e terra 124
Figura 94 - Canaletas 125
Figura 95 - Quadro de distribuiçã o de circuitos 126
Figura 96 - Organizaçã o do quadro de distribuiçã o 126
Figura 97 - Caixas de passagem 127
Figura 98 - Rede de cabeamento estruturado desorganizada ... 128
Figura 99 - Rede de cabeamento estruturado organizada 128
Figura 100 - Descarte de materiais elétricos 129
Figura 101 - Recicle - reúse - reduza 130
Figura 102 - Choque elétrico 134
Figura 103 - Efeito térmico 135
Figura 104 - Sobrecorrentes 136
Figura 105 - Tipos de dispositivos de proteçã o 141
Figura 106 - Fusí veis 142
Figura 107 - Fusível cartucho 142
Figura 108 - Disjuntores 143
Figura 109 - Dispositivo diferencial residual 146
Figura 110 - Dispositivo de proteçã o contra surtos 147
Figura 111 - Interruptores 155
Figura 112 - Identificaçã o de interruptores 156
Figura 113 - Interruptor simples de uma seçã o 157
Figura 114 - Interruptor de duas seções 157
Figura 115 - Interruptor de três seções 158
Figura 116 - Interruptorbipolar 158
Figura 117 - Interruptor paralelo 159
Figura 118 - Diagrama de ligaçã o de interruptor paralelo 159
Figura 119 - Interruptor intermediário 160
Figura 120 - Diagrama de ligação de interruptor intermediá rio 161
Figura 121 - Interruptor simples com tomada 162
Figura 122 - Dimmer 162
Figura 123 - Botões de comando 163
Figura 124 - Bot ão pulsador para campainha 164
Figura 125 - Bot ão pulsador para minuteria 165
Figura 126 - Contatores 165
Figura 127 - Sensor de presenç a 166
Figura 128 - Sensor de luminosidade 167
Figura 129 - Chave de boia 167
Figura 130 - Relé térmico de sobrecarga 168
Figura 131 - Relé de impulso 169
Figura 132 - Programador de horá rio 170
Figura 133 - Controlador lógico programá vel 171
Figura 134 - Economia de espa ço com uso de CLP 171
Figura 135 - Tomada de corrente 172
Figura 136 - Esquema de acoplamento de tomadas de corrente 173
Figura 137 - Tomadas de 10 A e 20 A 174
Figura 138 - Identificaçã o de tomadas de uso doméstico 176
Figura 139 - Tomada baixa 177
Figura 140 - Tomada média 177
Figura 141 - Tomada alta para ventilador 178
Figura 142 - Tomada de uso especí fico para chuveiro 179
Figura 143 - Tomada de uso especí fico para ar-condicionado 179
Figura 144 - Leitura de diagramas elétricos no ambiente de trabalho 184
Figura 145 - Import ância dos diagramas elétricos para a montagem da rede 185
Figura 146 - Planta de instala ção elétrica residencial 189
Figura 147 - Esquema unifilarde instalação de interruptor simples com uma lâ mpada .... 191
Figura 148 - Esquema unifilar de instalação de tomada simples 192
Figura 149 - Esquema multifilar de instalaçã o de interruptor simples com uma lâ mpada 193
Figura 150 - Esquema multifilar de instalaçã o de tomada simples 193
Figura 151 - Esquema funcional de instalaçã o de interruptor simples com uma lâ mpada 194
Figura 152 - Esquema funcional de instalaçã o de tomada simples 195
3 Ferramentas e equipamentos.. 43
3.1 Manuseio 44
3.2 Ferramentas manuais 45
3.3 Ferramentas elétricas 58
3.4 Instrumentos 62
3.4.1 Instrumentos de medidas elétricas 62
3.4.2 Instrumentos de mediçã o linear 67
3.5 Zelo 70
4 Condutores elétricos 75
4.1 Aplica ção conforme a norma da ABNT NBR 5410 76
4.2 Tipos 77
4.2.1 Rí gidos e flexí veis, unipolares e multipolares, isolados e nus 77
4.2.2 Conex ões: emendas e conectores 81
4.2.3 Caracterí sticas 87
4.2.4 Dimensionamento 88
4.2.5 Simbologia 99
4.3 Instala ção 100
4.3.1 Fixados em paredes 101
4.3.2 Sobre isoladores e em linha aérea 102
4.3.3 Em eletroduto aparente ou embutido 103
4.3.4 Em leitos de cabos e em eletrocalhas 104
4.4 Descartes adequados de resíduos 106
4.5 Reciclagem de resí duos 106
4.6 Racionalizaçã o do uso dos recursos naturais e fontes de energia 107
5 Infraestrutura 111
5.1 Aplica ções conforme a norma da ABNT NBR 5410 112
5.2 Características 112
5.3 Dimensionamento 112
5.4 Simbologia... 117
5.5 Identifica çã o 118
5.6 Tipos 118
5.6.1 Eletrodutose acessórios 119
5.6.2 Barramentos e acessórios 123
5.6.3 Canaletas e acessórios 125
5.6.4 Quadro de distribuição e caixas 125
5.6.5 Cabeamento estruturado 128
5.7 Descarte adequado de resíduos 129
5.8 Reciclagem de resí duos 130
Referências 199
(ndice 209
s
Introduçã o #!
m
Prezado aluno,
É com grande satisfaçã o que o Serviç o Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) traz o
livro didático de Instala ções El étricas Prediais, volume 1.
Este livro tem como objetivo conduzir o aluno a desenvolver as capacidades técnicas rela-
tivas à s instalações elétricas prediais, bem como as capacidades sociais, organizativas e meto-
dológicas, de acordo com a atua ção do técnico no mundo do trabalho.
Neste volume voc ê será capaz de aprender sobre instala ções elétricas prediais ao observar
os sistemas de alimentaçã o elétrica, conhecendo assim os ní veis de tensão das concessionárias
de energia do país. Compreenderá também quais são as ferramentas necessárias para a reali-
zaçã o de instala ções elétricas e manutençã o, aprendendo a forma correta de manuseá-las e os
cuidados que devem ser tomados.
Atravé s deste estudo você ter á a oportunidade de conhecer os componentes de uma ins-
tala ção elétrica, aprendendo suas características, aplicações conforme as normas técnicas e o
modo de dimensionar e identificar cada componente e equipamento corretamente; além de
estudar sobre os condutores elétricos, a infraestrutura de uma instalaçã o elétrica, os dispositi-
vos de proteçã o, os dispositivos de manobra e os diagramas elétricos, que são informações de
extrema import ância para que um profissional de eletrotécnica possa ler e fazer um diagrama
elétrico de maneira correta.
Para montar diagramas elétricos você vai perceber que utilizamos simbologias. As simbo-
logias referentes a cada componente de uma instalaçã o elétrica est ã o presentes em cada ca -
pítulo, sendo divididas para que o entendimento fique mais claro, assim como os tipos de
diagramas e a diferenç a entre cada tipo.
Os conteúdos aprendidos neste volume sã o de extrema import â ncia para a boa compre-
ensã o do segundo volume, onde veremos outros dispositivos essenciais para uma instala ção
elétrica.
Nos capí tulos a seguir, encontraremos as normas e procedimentos que correspondem ao
planejamento e à execução das atividades, tã o necessários ao desenvolvimento das compe-
t ências especí ficas para forma ção do profissional de eletrotécnica, uma vez que, quando mal
qualificado, pode gerar impactos nocivos à seguranç a pública e doméstica.
INSTALA ÇÕ ES ELÉTRICAS PREDIAIS - VOLUME I I
Por fim, esta unidade curricular servirá para despertar suas capacidades sociais, organizativas, metodo-
.
lógicas e t écnicas Queremos que você se preocupe com sua qualidade de vida, bem como com a quali-
dade de vida dos clientes e receptores dos seus serviç os e com os impactos que a á rea elétrica oferece à
popula çã o.
Os estudos desta unidade curricular lhe permitirã o desenvolver:
i) Demonstrar organizaçã o;
j) Estabelecer prioridades;
n) Terproatividade;
o) Ter responsabilidade;
p) Trabalhar em equipe.
CAPACIDADES TÉCNICAS
Lembre-se de que você é o principal responsá vel por sua forma ção e isso inclui ações proativas, como:
a) Consultar seu professor -tutor sempre que tiver dúvida;
b) Nã o deixar as dúvidas para depois;
Bons estudos!
Sistemas de alimentaçã o elé trica
Aprenderemos ao longo deste capítulo sobre os sistemas de alimenta ção elétrica e suas
principais caracterí sticas, estudando o sistema elétrico de pot ência do qual ele faz parte e as
etapas que o constituem, direcionando nosso foco para os sistemas de distribuição.
Para conhecer os sistemas, devemos ter conhecimento prévio sobre algumas normas que
precisam ser seguidas. Dessa maneira, vamos saber o que são normas técnicas e falaremos,
especificamente, sobre aquelas que regulamentam as instala ções elétricas.
É muito importante conhecer sobre o órgã o que regulamenta todo o sistema elétrico no
paí s, desde as unidades geradoras at é a comercializa ção de energia. Por isso, estudaremos
sobre ele e as regras que estabelecem as principais caracter ísticas do sistema elétrico de po-
t ência no Brasil, aprendendo sobre os níveis de tensã o correspondentes de cada etapa; co-
nheceremos, também, as empresas responsáveis por fazer a distribuiçã o de energia para os
consumidores de cada estado, os tipos de consumidores e a faixa de tensão regulamentada de
alimenta ção para cada um deles.
Veremos, ainda, as especificações e componentes exigidos pelas empresas de distribuição
para alimentaçã o dos clientes, construçã o do padr ã o de entrada, identificando cada compo-
nente; estudaremos, também, sobre o padr ão correto para cada tipo de cliente, bem como nos
familiarizaremos com as simbologias necessá rias para se trabalhar com instalação elétrica e as
especifica ções dos padrões, aprendendo como dimensioná-los corretamente.
O conteúdo abordado neste capítulo é indispensá vel para sua forma ção, pois é de extrema
import ância para o profissional da á rea conhecer sobre o sistema de alimenta ção elétrica, suas
normas e a forma correta de instala çã o exigida pelas concessioná rias, podendo, entã o, ser ca-
paz de trabalhar com instalações elétricas de média e baixa tensão com maior seguranç a .
Ficou curioso? Entã o, vamos começar!
INSTALA ÇÕ ES ELÉTRICAS PREDIAIS - VOLUME I
Antes de aprender sobre suas normas, vamos conhecer um pouco sobre a Associação Brasileira de Nor-
mas Técnicas (ABNT) que, como o próprio nome já diz, é a instituiçã o que se empenha em estabelecer,
formular, aplicar e manter as normatizações para inúmeros produtos, serviç os ou processos.
Portanto, as Normas da ABNT sã o uma série de documentos que fornecem as regras, diretrizes ou ca -
racterí sticas mínimas para a execuçã o de uma determinada atividade, preocupando-se sempre com a boa
ordenaçã o e com a seguranç a .
Se vamos lidar com eletricidade, nã o podemos nos esquecer da seguranç a, não é mesmo?
O homem pode manipular bem a eletricidade, mas nã o consegue dominá-la totalmente, logo, para
os profissionais desta á rea existe uma série de recomendações. A ABNT NBR, também chamada apenas
de NBR 1, é um acervo de normas que advertem os profissionais sobre as condutas bá sicas de instala ções
elétricas para que elas nã o ofereçam riscos a edifica ções, aos seres humanos, animais, bens materiais, etc.
Essas normas existem para regulamentar, padronizar as demais instalações elétricas, melhorando, dessa
forma, a qualidade das mesmas. As NBRs sã o aprovadas pela ABNT, que as disponibiliza.
Portanto, para que as instalações elétricas tenham seu bom funcionamento assegurado e a conserva-
çã o dos bens, é importante que as normas sejam seguidas.
Vamos conhecer, ent ão, algumas das NBRs que serã o muito utilizadas em nossa formaçã o? A NBR 5410
ea NBR 14039 existem justamente pela preocupaçã o com as instala ções elétricas de baixa e média tensão,
visando prevenir a incidência de acidentes, recorrentes neste tipo de instala ção com usuá rios que nem
sempre possuem um treinamento e qualificaçã o adequados.
O bom cumprimento dessas normas é uma forma de garantir que as instala ções estarã o dentro do que
é considerado um funcionamento seguro.
A ABNT NBR 5410 é a norma que estipula as condições necessárias para o bom funcionamento das
instalações elétricas de baixa tensão, fornecendo diretrizes para a maneira mais segura e adequada, visan-
do, acima de tudo, a seguranç a dos bens, pessoas e animais. Esta norma é aplicada, principalmente, em
instalações elétricas dos consumidores do grupo B, ou seja, consumidores cuja carga instalada é menor ou
igual a 75.000 W (75 kW), que sã o:
a ) BI: Residencial;
b) B2: Rural;
c) B3: Comercial;
d) B4: Iluminaçã o pública.
As instala ções elétricas de baixa tensão correspondem às instala ções em cliente de rede secundá ria, ou
seja, at é 1000 V em tensã o alternada e 1500 V em tensão cont ínua. Conheceremos mais sobre rede secun-
dária quando falarmos das caracter í sticas do sistema elétrico brasileiro.
A ABNT NBR 5410 funciona como uma orienta ção para o profissional da á rea, sempre nos ensinando
.
sobre o que se deve ou nã o fazer quando se trabalha com clientes de baixa tensão Ela nos proporciona
uma explicaçã o diferenciada e estipula regras para instalações elétricas em baixa tensã o, sendo de extre-
ma importâ ncia para o profissional da á rea conhecer a norma e aplicar os conhecimentos nela contidos.
Conhecer a norma e os tópicos propostos por ela esclarece muitas das dúvidas dos profissionais da á rea.
INSTALA ÇÕ ES ELÉTRICAS PREDIAIS - VOLUME I
A ABNT NBR 14039 estipula as condições necessárias para o bom funcionamento em instalações elé-
tricas de média tensã o, estabelecendo regras e fornecendo diretrizes adequadas e seguras para cada tipo
de instala ção. Esta norma é aplicada, principalmente, em instalações elétricas de alguns consumidores
do grupo A, clientes cuja carga instalada é superior a 75.000 W (75 kW), como escolas, indústrias, grandes
comércios, hospitais, entre outros.
%
O
HOSPITAL
I EKKK
!I
W K. IIRIII II
'
As regras contidas nesta norma apresentam as exigências mínimas que as instalações elétricas devem
obedecer para que nã o perturbem ou prejudiquem as instala ções vizinhas por conta de sua deficiência, ou
cause danos a pessoas, animais e à conservaçã o dos bens e do meio ambiente.
A instala ção elétrica deve estar disposta em locais que impeç a o seu contato com materiais inflamáveis,
evitando assim o risco de incêndio por causa das temperaturas elevadas ou arcos elétricos.
As instala ções elétricas de média tensã o correspondem às instala ções em cliente de rede primá ria, ou
seja, alimentaçã o em rede acima de 1 kV ( 1.000 V) e abaixo de 36,2 kV (36.200 V ) em tensão alternada. Co-
nheceremos mais sobre rede secund ária quando falarmos sobre as redes de distribuição de energia, ainda
neste capítulo.
Esta norma se aplica a clientes alimentados pela concessionária de energia e também àqueles alimenta-
dos por fonte pr ópria de energia em média tensã o. Ela fornece um passo a passo para o projeto e execução
de instala ções elétricas de média tensã o.
2 SISTEMAS DE ALIMENTA ÇÃ O ELÉTRICA
('" jjj SAIBA Se quiser conhecer um pouco mais sobre as normas da ABNT, é s ó acessar o site e con-
\w MAIS ferir as atualiza ções e demais normas regulamentadas pela associação.
Agora que já conhecemos as normas técnicas necessárias para as instalações em média tensão (MT) e
baixa tensã o (BT), vamos entender o cená rio do setor elétrico no Brasil.
Devemos ter conhecimento que a prestaçã o de serviço do setor de energia elétrica no Brasil segue as
regulamenta ções da Agencia Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). Mas, o que é a ANEEL?
ANEEL é o órgão que fiscaliza e cria as regras para que todo o sistema elétrico funcione corretamente,
desde a geraçã o, transmissã o, distribuição, at é a comercializa çã o da energia elétrica. Ela recebe as reclama-
ções de consumidores e agentes, mantendo o equilíbrio entre as partes, sendo responsável por mediar os
conflitos de interesse entre os agentes do setor elétrico e os consumidores.
A ANEEL tem como missã o proporcionar condições favor á veis para que o mercado de energia elétrica
se desenvolva com equilíbrio entre os agentes e em benefício da sociedade.
Voc ê sabe o que é o Sistema Elétrico de Potência? Veja a figura a seguir.
Geração
2,2 kV a 22 kV
«
Tranformador
Linhas de transmissão eleva a tensão
750, 500, 230, 138 kV
Distribuiçã o primá ria Distribuiçã o secundária
2, 2 a 36 kV 127, 220 ou 380 V
i Transformador
abaixador
'*
Tranformador
baixa a tensã o Consumidor primário Consumidor secundá rio
2,2 a 36 kV 127, 220 ou 380 V
Sistema Elétrico de Potência (SEP 2) é o conjunto de todas as instalações e equipamentos que consti-
tuem as trê s etapas do sistema elétrico, são elas: gera ção, transmissão e distribuição de energia. Vamos
conhecer um pouco mais sobre cada uma dessas etapas.
a ) Gera çã o: é a unidade responsá vel pela produçã o de energia elétrica por meio de usinas como
hidrelétricas, termelétricas, eólicas, entre outras. Tem seus ní veis de tensão entre 2,2 kV e 22 kV;
b) Transmissã o: é o sistema que faz a ligaçã o da geradora de energia elétrica com a rede de distri-
buiçã o. As linhas de transmissão sã o constituídas por grandes estruturas que podem ser vistas das
estradas, como nos exemplos mostrados no quadro a seguir. Têm seus ní veis de tensão estabele-
cidos pela ANEEL entre 220 kV e 765 kV;
c) Distribuição: é a rede elétrica que faz a liga ção das linhas de transmissão aos consumidores
em alta tensão ( AT), média tensã o (MT) e baixa tensão ( BT). As redes de distribuiçã o são as mais
presentes em nosso cotidiano e suas caracterí sticas já se enquadraram no padr ão das cidades,
estando presentes nos postes das concessioná rias nas ruas, avenidas e estradas do paí s. Como
vimos, elas sã o divididas em:
- AT - Alta tensã o: possui valores de tens ão entre fases iguais ou superiores a 36,2 kV;
.
- BT - Baixa tens ão: possui valores de tensã o entre fases iguais ou inferiores a 1 kV
A energia produzida pelas usinas de geração, normalmente, encontra- se na faixa de 2,2 kV a 22 kV,
precisando, ent ão, passar por uma subestaçã o elevadora, onde os ní veis de tensão são elevados e só ent ão
pode ser conduzida até os centros urbanos por meio das linhas de transmissão que operam com valores
de tensã o entre 220 kV e 765 kV, segundo determinaçã o da ANEEL.
As subestações são instala ções que contêm equipamentos responsá veis por controlar, principalmente,
a transmissã o e a distribuição de energia elétrica, a qual tem o transformador como equipamento prin-
cipal, responsá vel por fazer as transformações necessá rias para que o sistema elétrico se mantenha em
equilíbrio. As subesta ções elevadoras cont êm transformadores responsáveis por aumentar o nível de ten-
s ão. Mas, por que há a necessidade de se elevar a tensão? A tensão que sai da geradora precisa ser elevada
para que haja a diminuiçã o das perdas de energia no sistema de transmissão, que s ã o geradas devido as
grandes dist â ncias percorridas pela energia até chegar ao seu destino.
Por ém, estes altos ní veis de tensã o nã o são adequados para o uso dos consumidores, fazendo-se ne-
cess á ria, ent ão, a passagem por uma subestação abaixadora de tensão, responsável por reduzir os níveis
de tensã o para se adequar ao consumo. Apó s passar pela subestaçã o abaixadora, a energia poderá ser
utilizada pelos consumidores primá rios, que são alimentados com tensões entre 1 kV e 69 kV, ou passar
por outro transformador, para só ent ão ser consumida pelos consumidores secundá rios, dentre os quais se
enquadram os residenciais.
As redes de distribuiçã o primá ria e secundária são de responsabilidade da concessioná ria local de dis-
tribuição, assunto que estudaremos mais à frente. Mas, voc ê já sabe o que é uma concessioná ria de distri-
buiçã o elétrica ?
Concessionária de distribuiçã o elétrica é a empresa que tem liga çã o direta entre o setor elétrico e a
sociedade. As concessionárias de distribuiçã o recebem das companhias de transmissão a maior parte do
suprimento de energia elétrica com a finalidade de abastecer o paí s. Em cada estado existem as concessio-
ná rias responsáveis pela distribuiçã o de energia e atendimento ao consumidor da regiã o, podendo atuar
mais de uma empresa por estado.
O sistema de distribuição de energia elétrica do Brasil é operado por diversas empresas distribuídas em
todo territ ório nacional, conforme a figura seguinte, onde podemos identificar as empresas responsáveis
pela distribuiçã o de energia elétrica em cada região do paí s.
2 SISTEMAS DE ALIMENTA ÇÃ O ELÉTRICA
Cea
RR
- Cemar - ENEL
Eletrobras AL
Celtins
Sulgipe
Eletronorte Energisa
Eletronorte Coelba
Celmat Cemig
CFLa
Ceb DMEPC
Eletronorte
Celg
- ELFSM
Chesp
Enel Bandeirante
CDSA Bragantina
CFLO Furnas Caiuá
Cocei Light CLFM
Copei CLFSC
Forcei CMEE
Itaipu CPEE
CEEE CPFL
CGTEE
Norte
Celesc CSPE
Eletrosul
Demel Nordeste EEVP
Eletrocar Elektro
Eflul
Midropan
Centro-Oeste
lenergia Eletropaulo
Tractebel
Muxenergia Sudeste Jaguari
RGE Piratininga
Uhenpal
Sul
COOPERATIVA
Conseguiu identificar a concessioná ria responsá vel pela distribuiçã o em seu estado?
Agora que já conhecemos as empresas responsá veis pela distribuiçã o em cada região, vamos estudar
sobre as redes de distribuição de energia elétrica, que é de responsabilidade da concessioná ria local.
Rede de distribuiçã o de energia é a rede responsável por fazer a liga ção do sistema de transmissão ao
consumidor final. É subdividida em duas, rede primária e rede secundária, podendo alimentar o consumi-
dor de média tensã o (MT) ou baixa tensã o (BT). Vamos conhecer as principais caracterí sticas de cada uma
delas?
a ) Rede primá ria: é a linha de distribuição de energia elétrica pertencente à concessionária local
que opera em média tensão (MT). A rede primária de distribuiçã o é responsável por ligar as linhas
de transmissã o aos consumidores primários e à rede secundá ria.
A rede primária encontra -se na região mais alta do poste e tem seus condutores sempre de alumínio ali-
nhados na horizontal. Trabalha com valores de tensão normalmente de 13,8 kV, 23 kVou 34,5 kV, podendo
variar de acordo com a concessionária local.
b) Rede secundária: é a linha de distribuiçã o de energia elétrica da concessioná ria local, que opera
em baixa tensã o (BT), ou seja, depois do transformador abaixador, que alimenta os consumidores
secundá rios.
2 SISTEMAS DE ALIMENTA ÇÃ O ELÉTRICA
A rede secundária encontra-se abaixo da rede primá ria e costuma ter seus condutores alinhados na ver-
tical. As tensões recomendadas pela ANEEL para as redes secundárias s ã o representadas conforme tabela
a seguir.
Na pr óxima tabela podemos identificar alguns valores de tensão utilizados pelas concessioná rias res-
ponsá veis pela distribuiçã o de cada estado.
Minas Gerais 13,8 || 23,1 || 34,5 220/ 127 || 240/ 220/ 127/ 120
Podemos perceber a grande variedade dos ní veis de tensã o adotados pelas concessioná rias de energia
de cada região, portanto, é de extrema importâ ncia saber qual a concessionária de energia de sua regiã o e
quais os níveis de tensão fornecidos por ela.
FIQUE Os ní veis de tensã o da rede elé trica de distribui çã o podem variar de acordo com a
concession ária local ou com a regi ã o. Portanto, consulte a concessioná ria local e se
ALERTA mantenha informado.
Agora que entendemos como funciona o sistema elétrico e os processos pelos quais a energia passa até
que esteja favor ável para o consumo, devemos aprender os requisitos necessá rios para que a concessioná-
ria local possa fazer a alimenta ção, seja ela em baixa tensão ou média tensão.
Para que a distribuidora de energia elétrica possa realizar a alimentaçã o dos clientes é necessá rio pre-
encher os requisitos de padr ão de entrada de cada concessionária. Mas, o que é padr ão de entrada de
energia?
Padr ão de entrada é o conjunto de componentes e instalações necessá rias para que a concessioná ria de
sua regiã o possa realizar a ligaçã o da unidade consumidora. A montagem do padrão deve seguir as regras
e especifica ções da concessionária local.
O modelo de padr ão de entrada depende do tipo de consumidor, primá rio ou secundário, devendo
seguir as especifica ções das normas ABNT NBR 5410 e NBR 14039 para a estipulaçã o do melhor padrã o de
entrada, de modo que atenda à s necessidades e às regras necessá rias a serem seguidas para o seu projeto
e montagem.
A montagem do padrã o de entrada depende do projeto e das regras estabelecidas pela concessionária.
Portanto, é de extrema importâ ncia conhecer as simbologias necessárias na hora da elabora ção e leitura
do projeto de um padrã o de entrada, sabendo identificar cada componente para executar a instala çã o da
maneira correta.
Vamos conhecer, entã o, as simbologias mais importantes para um projeto de padrã o de entrada ?
2.3.1 SIMB0L0GIA
Você já deve ter notado ao seu redor algumas placas de sinaliza çã o de tr ânsito nas vias da sua cidade.
Imagine se fosse necessá rio escrever cada detalhe nessas placas! Já pensou se os significados delas mudas-
INSTALA ÇÕ ES ELÉTRICAS PREDIAIS - VOLUME I I
sem de uma região para outra ? Por isso, criou-se, a partir de padrões, placas contendo alguns símbolos que
podem ser entendidos por condutores e pedestres de qualquer região do paí s.
Pois é, as simbologias servem para isso. Simbologias sã o padrões a ser seguidos para que haja o enten-
d imento do maior número de pessoas. Sã o criadas por normas, que especificam a utilidade de cada símbo-
lo e estes símbolos, na nossa á rea, existem para simplificar a comunicaçã o entre o projetista e o profissional
responsável por fazer a instala ção elétrica.
Fazer o uso e leitura correta das simbologias facilita a vida de qualquer técnico, quer seja na hora de
elaborar o projeto ou na hora da sua execuçã o.
Transformador de potência
Transformador de corrente
4 com 1 núcleo
Transformador de corrente
de com 2 núcleos
O
Transformador de potencial
Para - raios
Conhecer e entender as simbologias é muito importante, pois precisaremos elaborar e seguir projetos
elétricos durante toda a vida profissional. Ent ão, vamos conhecer alguns componentes importantes na
hora da definição do padrã o de entrada.
2 SISTEMAS DE ALIMENTA ÇÃ O ELÉTRICA
2.3.2 IDENTIFICAÇÃO
Para executar a instala ção correta do padrã o de entrada é preciso saber identificar alguns componentes
e suas funções. Dividiremos em baixa tensã o e média tensã o para facilitar o entendimento.
O padr ão de entrada para consumidores de baixa tensã o é o conjunto de instalações composto pela
caixa de mediçã o, sistema de aterramento, condutores, eletrodutos e outros acessórios indispensáveis
para que a concession ária de energia elétrica da sua cidade possa fazer a ligaçã o na rede secundá ria.
Na hora de determinar o padrã o de entrada a ser utilizado, é preciso saber que ele deve ser instalado no
limite de sua propriedade com a via p ública. Para isso, você dever á ter o conhecimento dos componentes
necessários para sua instalaçã o, conforme o quadro a seguir.
Caixa de mediçã o
Disjuntores
INSTALA ÇÕ ES ELÉTRICAS PREDIAIS - VOLUME I I
m .
Sistema de aterramento
Condutores
Eletrodutos
O padr ã o de entrada para média tensão é a instalaçã o incluindo o ramal de entrada, poste particular,
caixas, dispositivos de proteção, aterramento, entre outros componentes de responsabilidade dos con-
sumidores. O padr ão de entrada para média tensã o deve ser preparado de forma a permitir a ligaçã o das
unidades consumidoras à rede primária da concessioná ria.
Vamos, ent ão, conhecer alguns destes componentes:
a ) Ramal de entrada: é o conjunto de condutores e acessórios instalados pelos consumidores en-
tre o ponto de entrega e a proteçã o geral de média tensão ou medição de baixa tensão. A instala-
çã o do ramal de entrada é feita pelo consumidor, por ém, a ligaçã o no ponto de entrega será feita
pela concessioná ria;
b) Poste: os postes particulares a serem utilizados na entrada da unidade consumidora devem
atenderas especificações da concessioná ria;
2 SISTEMAS DE ALIMENTA ÇÃ O ELÉTRICA
c) Caixas: as caixas são subdivididas em caixa para medidor, caixa para dispositivos de proteçã o e
caixa para inspeçã o de aterramento:
e) Aterramento: a malha de aterramento da subesta ção deve ser executada pelo consumidor con-
siderando o número mínimo de eletrodos, que depende da capacidade de transforma ção da su-
besta ção e devem ser separados a uma dist ância menor ou igual ao tamanho da haste:
- Capacidade de transformaçã o da subesta ção menor ou igual a 150 kVA ser ão necessários
4 (quatro) eletrodos;
- Capacidade de transformação da subesta çã o maior que 150 kVA e menor que 500 kVA
ser ão necessários 8 (oito) eletrodos;
- Capacidade de transformaçã o da subesta ção maior ou igual a 500 kVA serã o necessários 12
.
( doze) eletrodos
f) Isoladores: devem ser utilizados isoladores que atendam às especificações da norma da ABNT e
prescrições da concessionária.
Agora que já conhecemos as simbologias e os componentes necessários para realizaçã o da obra civil do
padr ão de entrada, veremos os tipos de liga ção possí veis para cada consumidor.
Para realizar o pedido de liga ção da unidade consumidora, primeiro, devemos analisar o projeto elétri-
co, fazendo o c álculo de cargas elétricas para saber o valor da carga instalada e, assim, determinar o tipo
de consumidor e se este vai ser alimentado em média tensão ou baixa tensã o. Vamos conhecer, ent ão,
INSTALA ÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS - VOLUME I
algumas especifica ções para cada tipo de consumidor e sua alimenta ção e a maneira correta de instalar o
padr ão de entrada de cada um.
Apó s ser feito o c álculo de cargas e determinar a carga necessá ria para o consumidor, podemos, ent ão,
escolher o padrã o correto. Para valores de carga instalada abaixo de 75 kW deve ser feita a alimentaçã o em
baixa tensão (BT). Neste tipo de instalaçã o devemos seguir, principalmente, as especificações da ABNTNBR
5410. Consumidores que possuam a carga instalada acima de 75 kW devem realizar o pedido de liga ção
em média tensão.
Ramal de
i
\\
ligação
j
I
I
\
Qipdrode
distribuição
Circuitos terminais
3
Medidor
/
/
I
i
O —o
Circuito de distribuição
O padr ã o de entrada mais indicado para sua instala ção vai depender do tipo de ligaçã o, que pode ser
monof ásica, bif á sica ou trifá sica, e do local onde vai ser feita a liga ção, podendo ser em poste, muro, pare-
de ou pontalete 3. Os tipos de liga çã o dependem dos níveis de tensão da concessionária local, conforme a
carga instalada, e da necessidade do consumidor.
O que significam esses tipos de liga çã o? Vamos aprender um pouco sobre eles.
a ) Ligaçã o monofá sica: tipo de rede instalado somente em clientes que possuam a carga instalada
menor que 12 kW. A rede monofá sica é alimentada a dois fios (um fase e um neutro) e tem tensão,
na maioria das localidades, de 127V;
3 Pontalete: tubo de PVC, a ço ou madeira utilizado para fixaçã o do eletroduto do padrã o de entrada.
2 SISTEMAS DE ALIMENTA ÇÃ O ELÉTRICA
b) Liga ção bif á sica: tipo de rede instalado em clientes que possuam a carga instalada entre 12 kW
e 25 kW ou em á rea rural. A rede bifá sica é alimentada por tr ês fios (dois fase e um neutro) e per-
mite trabalhar em níveis de tensã o de 220 V ( fase-fase) ou 127 V ( fase-neutro);
c) Ligaçã o trifá sica: tipo de rede instalado em clientes que possuam a carga instalada entre 25 kW
e 75 kW. A rede trif ásica é alimentada por quatro fios (três fase e um neutro) e permite trabalhar
com ní veis de tensã o de 220 V (fase-fase) ou 127 V ( fase-neutro). A liga ção trif á sica permite um
maior equilíbrio da rede elétrica, podendo fazer o balanceamento de carga entre as fases.
INSTALA ÇÕ ES ELÉTRICAS PREDIAIS - VOLUME I
Figura 10 - Ligaçáotrifasica
Fonte: SENA) DR BA. 2017.
Lembrando que os ní veis de tensã o dos tipos de liga ção dependem da tensã o de alimenta ção secund á-
ria da concessioná ria local, portanto, fique atento!
Os consumidores que tiverem uma carga instalada entre 75 kW e 2.500 kW serã o alimentados em mé-
dia tensão. Nesse caso, deve ser enviado o projeto do padr ão e das instala ções para a concessioná ria com
o pedido de alimenta ção. Para que os projetos elétricos sejam analisados pela concessionária, devem ser
apresentados conforme as especifica ções da concessioná ria, levando em consideraçã o as normas ABNT.
Para os consumidores de média tensã o, a construção do padr ã o de entrada só dever á ser feita ap ós o
t écnico responsável pela instala ção, ou o consumidor entrar em contato com a concessioná ria e tomar co-
nhecimento dos detalhes t écnicos do padrã o a ser aplicado ao seu caso e das condições para sua ligaçã o. O
padr ão de entrada para este tipo de consumidor deve conter o dimensionamento correto do transforma-
dor abaixador, bem como do elo fusí vel, da malha de aterramento, do para-raios do transformador, entre
outros. Para este tipo de instala çã o devem ser seguidas, principalmente, as especificações da ABNT NBR
14039 e da ABNT NBR 5410 .
2 SISTEMAS DE ALIMENTA ÇÃ O ELÉTRICA
Alimentação em MT
i
Condutor do ramal de ligação
c
Chave
fusível Ponto de entrega
/ Para- raios
Subestação do
consumidor
Poste de
derivação yr V5 JS íVdíl
*^
Q *
Limite da
propriedade
/ : i :H Medidor
.
•* r •
71
A construçã o do padr ão de entrada e instalaçã o dos materiais e equipamentos que o constituem, bem
como as obras civis necessá rias para sua construçã o, devem ser realizadas pelos consumidores. O padr ão
de entrada de cada consumidor deve ser construí do dentro da propriedade particular com uma distâ ncia
máxima de 5 metros da divisa com a via pública.
A instalaçã o do ramal de entrada é feita pelo consumidor, no entanto, sua ligaçã o ao ponto de entrega
deve ser realizada pela concessioná ria e deve atender algumas prescrições, como os condutores serem
contínuos e sem emendas, e devem apresentar as mesmas caracterí sticas dos condutores do ramal de li-
ga ção. Devem ser observadas eventuais condições especí ficas nos casos de travessia de rodovias, ferrovias
e vias públicas em geral. O ramal de entrada pode ainda ser aéreo ou subterr âneo.
FIQUE Para sua pr ópria seguranç a, na hora de se trabalhar com eletricidade, certifique - se de
ALERTA que a instalação se encontra desligada.
INSTALA ÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS - VOLUME I
As subesta ções podem ser desprotegidas do tempo, chamadas de subestações desabrigadas; protegi-
das do tempo, chamadas de subestações abrigadas; ou até mesmo constituídas somente por um transfor-
mador instalado no topo do poste. Toda manutençã o nos equipamentos da subestação deve ser feita por
pessoa capacitada, que dever á se certificar se o mesmo est á desligado.
CASOS E RELATOS
"Dois funcionários de uma empresa, que trabalhavam na manutençã o de uma subestação, sofreram
uma grande descarga elétrica. Um funcionário morreu e outro ficou ferido, apó s serem eletrocuta -
dos por uma linha de alimentaçã o de 13,8 kV.
Segundo os bombeiros, os funcioná rios sofreram a descarga elétrica porque nà o teriam desligado a
esta ção para fazer os reparos necessá rios.
Após a descarga elétrica, a vítima fatal, de 39 anos, chegou a ser socorrida, mas ná o resistiu. O outro
funcioná rio, de 46 anos, foi levado para o Hospital Regional depois de sofrer uma parada cardiorres-
.
pirat ória "
Como vimos, o acidente por descargas elétricas pode causar sérios danos ao coraçá o, como arritmia
cardí aca, e até mesmo levar á morte, por isso a import â ncia de seguir a NR 10 de seguranç a em ele-
tricidade.
O padrã o de entrada para média tensão destinado ao consumidor primário deve ser feito conforme
as especificações da concessioná ria local, contendo os componentes exigidos para este tipo de ins-
talaçã o.
Agora que você já sabe as especificações de cada tipo de ligação, poder á dimensionar o padr ã o de
entrada correto para cada consumidor. Dimensionando o seu padrã o de entrada corretamente, você eco-
nomizará tempo, dinheiro, além de evitar possíveis danos futuros aos eletrodomésticos e agilizar a sua
ligaçã o.
2 SISTEMAS DE ALIMENTA ÇÃ O ELÉ TRICA W
RECAPITULANDO
Aprendemos neste capítulo que as redes de distribuiçã o elétrica t êm sua potência e tensão variadas
de acordo com a necessidade de consumo do cliente e ofertas das concessionárias locais. Vimos que
essas distribuições s ão regulamentadas a partir de um conjunto de normas vigentes regidas pela
ABNT e sua importâ ncia para o trabalho de um eletrotécnico.
Conhecemos as normas que regulamentam as instalações elétricas de baixa e média tensã o e suas
aplica ções, aprendendo sobre as suas prescrições referentes a cada tipo de consumidor.
Vimos também as caracterí sticas do sistema elétrico de pot ência, suas etapas e os ní veis de tensã o
relacionados a cada uma. Conhecemos as concessioná rias responsá veis pela distribuiçã o de energia
de cada estado e os valores de tensã o que fornecem, seja na rede primá ria ou secundá ria.
Conhecemos os tipos de consumidores e as regras dos padr ões de entrada exigidas pelas conces-
sioná rias para que possa ser realizada a ligaçã o de uma unidade consumidora; aprendemos sobre
as simbologias importantes para leitura e implementação de projetos elétricos e os equipamentos
que precisam ser identificados para que seja realizada a montagem dos padrões de forma correta.
Ferramentas e equipamentos
Vamos ver aqui as principais ferramentas e instrumentos utilizados nas instalações elétri-
cas e qual o papel dessas duas de uma maneira técnica. Veremos, ainda, a importâ ncia das
ferramentas elétricas que auxiliam os profissionais da área técnica a realizarem serviç os que
demandariam muito mais tempo e forç a sem o seu uso.
Lembrando dos cuidados que os profissionais devem tomar no manuseio de ferramentas e
equipamentos, conheceremos as principais diferenç as entre eles, o momento correto de utili-
zar cada um, bem como os instrumentos mais utilizados pelos eletrotécnicos em seu dia a dia,
abordando a forma correta de manusear cada um.
É importante saber que um bom técnico é cuidadoso, organizado e responsável com suas
ferramentas, tem conhecimento da forma correta de aplica ção e manuseio e se preocupa com
seus materiais, mantendo-os sempre em ordem e prontos para utiliza ção, por isso, aprendere-
mos os cuidados que um técnico deve ter para manter seus equipamentos sempre em perfeito
estado.
Curioso para aprender mais sobre o assunto? Ent ão vamos começ ar!
INSTALA ÇÕ ES ELÉTRICAS PREDIAIS - VOLUME I
3.1 MANUSEIO
Ferramenta é todo equipamento que permite ao homem uma maior facilidade em realizar determina -
das tarefas. Algumas ferramentas sã o indispensáveis e nã o seria possível realizar determinados trabalhos
sem o seu uso. É de extrema importâ ncia que saibamos a forma correta de manusear cada ferramenta, pois
grande parte dos acidentes envolvendo os t écnicos se dá por conta da realiza ção do procedimento de
forma errada ou pelo uso de ferramenta inadequada à quele trabalho. Devemos lembrar também que para
muitas ferramentas é necessá rio fazer uso de EPI4 para seu manuseio.
Devemos considerar alguns cuidados importantes com as ferramentas, como a escolha da ferramenta
adequada para cada tipo de serviço, não sendo recomendado que se improvise, pois cada tipo de serviço
requer um instrumento especí fico para sua realizaçã o.
Cada ferramenta requer um cuidado especial e atençã o no seu manuseio. As ferramentas sã o um pro-
longamento das mãos e, estatisticamente, os acidentes com as mã os representam a maior parte dos aci-
dentes ocorridos nas empresas ou na realizaçã o de serviç os.
Ferramenta manual é todo equipamento que exige um esfor ço fí sico do homem para seu funciona-
mento. Podemos considerar as ferramentas manuais como um prolongamento das mã os do trabalhador,
oferecendo mais facilidade e melhor forma de operaçã o na realizaçã o de trabalhos mec â nicos, proporcio-
nando maior for ç a e precisão.
«
í *
ar
r >» * Mí * *t
a %
9
Figura 13 - Caixa de ferramentas
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2017.
Ainda que a tecnologia continue a se desenvolver e que novas ferramentas elétricas sejam criadas, o
uso das ferramentas manuais permanece indispensável na maioria das tarefas a serem realizadas, desde as
mais simples até as mais sofisticadas.
Vamos, ent ão, conhecer as ferramentas manuais indispensá veis em nosso cotidiano.
ALICATE
Esta ferramenta é uma das mais antigas e também mais usadas pelo homem desde os tempos antigos.
Os alicates servem para multiplicar a for ça exercida pelo usuá rio atravé s de uma alavanca. Ao exercer a
for ça em um lado da alavanca, ela é multiplicada na cabeç a do alicate, permitindo, assim, realizar serviç os
com o emprego de uma menor quantidade de for ç a, por exemplo, cortar e dobrar materiais duros.
INSTALA ÇÕ ES ELÉTRICAS PREDIAIS - VOLUME I I
/ -
\
*
. ú
Figura 14 - Alicates em geral
.
Fonte: SH UTTERSTOCK 2017.
Com o passar dos tempos, o alicate foi ganhando novas formas e funções, mas seu princípio continua o
mesmo. Veremos aqui alguns modelos de alicate de extrema import ância para um profissional de eletro-
t écnica e suas utilidades.
A utiliza ção desse alicate é bastante restrita. Ele é eficiente no trabalho com fios rígidos. Por conta de
seu bico cônicos é possível fazer olhais de v ários diâmetros com mais rapidez e um excelente acabamento.
O alicate de bico redondo pode ter seus cabos isolados ou oxidados6.
I
I
1 • '*. .
Esse tipo de alicate é utilizado para segurar e guiar peç as, muito usado por quem trabalha com ele-
trónica, quando é necessá rio pegar componentes muito pequenos para fazer a soldagem, por exemplo.
Eles possuem um bico mais alongado e servem para segurar as peç as, torcer ou endireitar terminais, fazer
trabalhos mais delicados e podem até ser usados para desempenhar o papel do alicate de bico redondo,
devido a sua face externa ser arredondada. Esse tipo de alicate pode possuir uma lâ mina para corte lateral
e é encontrado com cabos isolados ou oxidados.
O alicate de corte é muito utilizado em instalações elétricas, principalmente para os cortes de conduto-
res de metal e de pequenas peç as plá sticas. Com a prá tica no manuseio dessa ferramenta voc ê aprenderá
a removera capa plástica isolantedos condutores (desencapar ). Ele é também um grande aliado na execu-
çã o dos projetos de eletr ónica, podendo auxiliar, quando for necessá rio, a cortar os pinos de componentes
e sobras de fio apó s a soldagem.
Para utilizar esse alicate para desencapar condutores, voc ê deverá seguir os seguintes passos:
- Comprima o condutor no local onde deseja desencapar de modo a mordê-lo sem aplicar muita for ç a
INSTALA ÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS - VOLUME I
- Puxe o alicate de modo a retirar somente a capa do condutor (quando necessário rode o fio para que
possa morder a seçã o por completo).
d) Alicate universal
O mais conhecido de todos os modelos de alicates. Ele é muito utilizado para segurar peç as com sua
.
ponta chata e mordida estriada e cortar condutores de cobre, pois possui uma lâmina de corte Lembran-
do que para serviç os elétricos voc ê deve manter os cabos isolados. Nã o é recomendado que use o alicate
universal para fazer movimento de giro, pois pode danificar o equipamento ou a peç a.
Esse alicate tem a funcionalidade exclusiva de remover a capa isolante dos condutores devido às suas
caracter ísticas, pode descascar os fios com rapidez e sem danificar o condutor. Alguns modelos vêm com
regulagem ou diferentes sulcos' para desencapar fios de diferentes seções, outros requerem uma maior
precisão do profissional.
0 Alicate de compressão
Também conhecido como alicate crimpador, serve para comprimir terminais, luvas de emendas, conec-
tores paralelos, entre outros.
Existem v ários tipos de alicates, portanto, deve - se tomar cuidado na hora de adquirir
FIQUE esse tipo de material. É importante que tenha certeza do modelo que melhor atende
ALERTA suas necessidades.
Existem dezenas de modelos de alicate compressor para diferentes tipos de conectores, desde alicate
crimpador para conector de rede RJ 45, até alicate crimpador para terminal elétrico. Voc ê deve ter muita
atençã o na hora de adquirir esse tipo de alicate para não comprar o modelo errado.
CHAVE DE FENDA
m m )
iW
w
)
Essa é uma ferramenta bastante comum, utilizada para apertar e desapertar parafusos de fenda. A ex-
tremidade do cabo é fixada por um sistema de alta pressã o, que dá maior seguranç a e firmeza à chave.
Existem várias medidas de chaves de fenda para cada tamanho de parafuso, é importante analisar a fenda
correta a ser utilizada para nã o danificar a chave ou a cabeç a do parafuso. Para garantir um trabalho de boa
qualidade, o profissional deve seguir as orientações seguintes:
a ) Verifique as condições da chave de fenda. Só é possível realizar um bom trabalho com ferramen-
tas de boa qualidade e em perfeito estado. Procure náo utilizar fendas que apresentem algum
tipo de defeito, como lâ mina arredondada. Utilizar a ferramenta nessas condições pode dificultar,
ou at é mesmo impossibilitar, o aperto e desaperto do parafuso ou danific á-lo;
b) Procure sempre checar se a fenda est á em perfeitas condições e se encaixa corretamente no
parafuso, observando se a largura da ponta se adéqua corretamente. A má utiliza ção desta ferra-
menta pode danificar a peç a e interferir no bom funcionamento do serviç o;
c ) Náo use fendas menores que o parafuso, isso pode danificar a sua ferramenta. Fendas menores
nã o dã o o apoio necessá rio para apertar ou desapertar parafusos maiores com maior firmeza;
d) A chave deve ser mantida alinhada ao parafuso. Nunca use a chave de fenda inclinada, pois pode
escorregar, danificando a fenda e provocando acidentes.
É importante reconhecer o tipo de parafuso que se está trabalhando. Alguns dispositivos elétricos,
como disjuntores, tomadas e aparelhos eletrodomésticos possuem algumas partes presas com parafusos
Philips. Para trabalhar com esse tipo de parafuso voc ê deve utilizar a ferramenta apropriada para nã o da -
nificar a chave ou o material.
3 FERRAMENTAS E EQUIPAMENTOS
A chave Philips é bem parecida com a chave de fenda. A diferenç a está na sua ponta que é mais apro-
priada para parafusos Philips. Um bom profissional deve ter sempre uma destas chaves a sua disposiçã o.
Os canivetes ou estiletes são bastante utilizados por quem trabalha na á rea da eletrónica, principal-
mente para auxiliar a desencapar ou retirar o verniz de isola ção dos fios, que, na maioria das vezes, são
bem finos. Esse procedimento, se for feito com um alicate por exemplo, pode cortar o fio condutor com
facilidade.
FIQUE Na hora de fazer uso de canivetes e estiletes o cuidado deve ser redobrado, portanto,
tome o má ximo de cuidado para n ã o se cortar. O í ndice de acidentes por neglig ência
ALERTA durante o uso dessas ferramentas é muito alto.
INSTALA ÇÕ ES ELÉTRICAS PREDIAIS - VOLUME I I
O canivete pode ser usado também em instala ções elétricas em geral, na falta de um alicate descasca-
dor, para auxiliar na hora de remover a capa isolante ou quando for necessá rio fazer a raspagem de alguns
materiais oxidados, como terminais, condutores, entre outros.
A tarraxa para eletroduto é uma ferramenta bastante usada em instala ções prediais. Sua finalidade é
fazer roscas em eletrodutos de PVC e metá licos para a instala ção de luvas, possibilitando, assim, unir v ários
eletrodutos, formando uma rede. A tarraxa também é utilizada para conectar os eletrodutos às caixas de
passagem com bucha. Algumas tarraxas s ão pr óprias para eletrodutos apenas de PVC e nâ o podem ser uti-
lizadas para eletrodutos met álicos, portanto, você deve ter atenção com o material que est á trabalhando
para utilizar a ferramenta adequada.
UNHA DE BATER
») -
» U|
t l
Essa ferramenta é bastante usada por pedreiros e gesseiros, mas também auxilia o eletrotécnico em
muitas situa ções. A linha de bater, ou linha de ní vel, consiste em um rolo de linha banhada com giz, deixan-
do, assim, sua marca onde for necessário. E bastante usada na instalação de luminárias no teto para marcar
de forma alinhada onde serão posicionadas as luminá rias.
UMAS
iia '
fm
£á .
-
53
v"-
lOHi
Figura 26 - Limas
Fonte: SENAI DR BA. 2017.
As limas são ferramentas de a ço- carbono usadas para fazer o acabamento nas extremidades das peç as
que normalmente sã o forjadas por serrotes ou talhadeiras. As limas são compostas por um cabo, que pode
ser madeira ou plástico; e pelo picado, que é onde se encontram os dentes responsáveis por fazer a raspa-
gem do material e tirar as rebarbas8. Existem limas para diferentes utiliza ções e elas podem se classificar
quando à sua forma, picado, número de dentes por centímetro ou tamanho, como mostrado no quadro a
seguir.
Para manter a qualidade da lima você deve tomar os devidos cuidados, mantendo-as sempre limpas e
utilizando a lima adequada para o acabamento que deseja fazer.
MARTELO
O martelo é uma ferramenta que merece uma atenção especial por ter v árias funcionalidades, mesmo
que a maioria das pessoas não saiba. As funcionalidades dos martelos e marretas podem variar, sendo utili-
zados para delicados acabamentos ou até mesmo para desmanche de alvenaria, no caso das marretas mais
pesadas, entre outras utilidades. Existem vá rios modelos desse equipamento e a escolha vai depender da
necessidade de quem vai utilizá-lo. Podem ser feitos totalmente de madeira ou com cabo de madeira e
cabeç a em borracha ou a ço.
O martelo mais conhecido é o chamado martelo unha, que tem como principal utilidade fixar e remover
pregos. Ele é também o mais utilizado pelos profissionais em geral.
NÍ VEIS
<. )
I . I . ....... ..............
I I •I I I I I I I I • I I I I I I I I I I I I I I I
Figura 28 - Ní veis
Fonte: SENAI DR BA. 2017.
Está em dúvida se a instala ção de um motor realmente encontra-se alinhada ? Essa é a ferramenta certa.
As ferramentas de níveis servem para auxiliar o profissional na hora de fazer alguma instala ção e nã o ser
3 FERRAMENTAS E EQUIPAMENTOS
enganado pelo olho, pois elas auxiliam na checagem do alinhamento, evitando que a instala ção do equi-
pamento fique desnivelada.
PRUMO DE CENTRO
O prumo é uma ferramenta bastante usada pelos pedreiros na construçã o civil, sendo usado para defi-
nir, verificar ou encontrar um ponto no sentido vertical de uma parede, por exemplo. O prumo de centro
tem a função semelhante ao prumo convencional, oferecendo uma melhor precis ã o no alinhamento, pois
sua ponta na parte inferior pode se fixar no local desejado, garantindo maior facilidade ao se deslocar para
outros planos horizontais. Essa ferramenta é bastante utilizada para fazer instalações de luminárias quando
é necessá rio encontrar o ponto correto do centro onde será realizado o furo.
DOBRADORES DE TUBOS
Essa ferramenta é fundamental para fazer pequenas curvas em eletrodutos metá licos. Na maioria dos
casos haverá a necessidade de realizar esse procedimento com o objetivo de contornar vigas, pilares ou
at é mesmo para interligar o eletroduto a outros no teto ou em caixas de parede. Utilizando os dobradores
de tubo voc ê poder á realizar curvas perfeitas sem deforma ções.
REBITADEIRA
Figura 31 - Rebitadeira
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2017.
A rebitadeira, ou rebitadora, é uma ferramenta utilizada para unir diferentes tipos de materiais, como
chapas, atrav és de rebites9 de a ço ou alumínio. Para a melhor utiliza çã o, o profissional deve ter noção
prévia das medidas dos materiais que ser ão unidos, devendo, entã o, fazer um furo onde os rebites ser ã o
introduzidos. O uso de rebites é bastante prá tico e proporciona uma boa fixaçã o, tendo a sua remoção
como ponto negativo, pois, para remover os rebites, será preciso utilizar uma furadeira.
ARCO DE SERRA
Arco Cabo
Ajuste Lâmina
9 Rebites: pequenos cilindros de metal que unem peç as ou chapas met á licas.
3 FERRAMENTAS E EQUIPAMENTOS
O arco de serra é uma ferramenta muito utilizada em instala ções elétricas prediais, principalmente na
hora de cortar tubos ou eletrodutos de PVC ou met á licos. As serras mais indicadas para tubos de PVC são
as de a ço flexível e as mais indicadas para tubos metá licos s ã o as serras de aç o rí gido. O arco de serra é
ideal para trabalhos de bancada, onde o material deve ser fixado para proporcionar um melhor apoio na
hora do corte.
O arco de serra é composto por um cabo que pode ser de plá stico ou madeira, sendo que a lâ mina e o
arco podem ser ajustados.
O arco é ajustado de acordo com o comprimento da lâ mina, podendo ser de 200, 250 e 300 mm ou 8,
10 e 12 polegadas. As lâ minas sâo caracterizadas também pelo número de dentes, que vai depender do
material a ser cortado. Na tabela seguinte veremos a lâmina ideal para cada tipo de material.
NÚMERO DE DENTES
MATERIAL A SER CORTADO
POR POLEGADA
Madeira dura, madeira maciça, a ço alto carbono, chapas met á licas de es-
24
pessura média, tubos, conduí tes r ígidos e flexí veis, latã o, alumínio, cobre
A escolha da lâ mina correta pode economizar tempo na hora do corte, além da conservaçã o da própria
lâ mina e um melhor acabamento do corte.
INSTALA ÇÕ ES ELÉTRICAS PREDIAIS - VOLUME I
.
As ferramentas elétricas est ã o cada vez mais presentes em nosso cotidiano Você já deve ter se de-
parado muitas vezes com a necessidade de fazer uso desse tipo de equipamento. Quem nunca precisou
colocar um parafuso na parede para pendurar um quadro? As ferramentas elétricas nos dã o a capacidade
de realizar as tarefas com mais agilidade, perfeição e menos esforço fí sico.
Imagine como era a realidade dos profissionais de antigamente, que nã o tinham a ajuda deste tipo de
equipamento. Todo o trabalho que hoje é realizado pelas ferramentas elétricas era feito de forma mec â nica,
manual e bastante exaustivo. Pelo fato dessas ferramentas terem se tornado comuns, muitas pessoas não
veem o seu real valor. As ferramentas elétricas representam um enorme avanç o em termos de eficiência e
produtividade, e a criaçã o de equipamentos menores e mais eficientes tem sido cada vez mais frequente.
é importante verificar a tensã o de funcionamento de cada equipamento elétrico se for alimentado dire-
tamente na rede elétrica para evitar danos.
Vamos conhecer alguns desses equipamentos e, assim, poderemos tirar algumas conclusões quanto à
sua utilidade. Ent ã o, vamos lá!
SOPRADOR TÉRMICO
Essa ferramenta é usada em vários segmentos e a temperatura de operaçã o depender á de sua aplica-
çã o. O soprador térmico é bastante utilizado na eletrónica para realizar soldagem e remoçã o de equipa-
mentos com estanho. Também pode ser usado em instala ções prediais para realizar solda de peças de PVC,
secagem de tintas, isolaçã o com isolantes termocontrá teis e para aquecimento de parafusos (facilitando
sua remoção), entre outras utilidades.
3 FERRAMENTAS E EQUIPAMENTOS
PARAFUSADEIRA
Figura 34 - Parafusadeira
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2017.
A parafusadeira é bastante usada na marcenaria, mas também auxilia nas instalações elétricas. Sua uti-
liza ção é especí fica para apertar e desapertar parafusos, podendo ser usada para diversos modelos de
parafusos, devido a fá cil substituiçã o da ponta da parafusadeira. Esse equipamento pode ser encontrado
com alimentação direta em rede elétrica para tensões 115 V, 127 V ou 220 V ou alimentado por bateria, o
que permite trabalhar em locais que não dispõem de energia elétrica.
FURADEIRA MANUAL
Ferramenta de extrema importâ ncia, a furadeira manual é usada por muitas pessoas em suas residên-
cias, sendo a ferramenta elétrica mais conhecida e popularizada. Ela executa furos em madeira, metal e
alvenaria. Esse equipamento é utilizado para preparar os furos seja para a passagem, seja para a instala ção
de bucha para parafuso. Também é utilizada para fazer rebaixamento ou alargar buracos. As furadeiras
utilizam brocas para realizar os furos. No momento da utiliza ção você deve prestar atençã o em relaçã o à
espessura do furo desejado.
INSTALA ÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS - VOLUME I
5
i
Figura 36 - Brocas
J
*
'1
(
-
Fonte: SENAI DR BA, 2017.
Brocas s ão ferramentas utilizadas nas furadeiras para abrir furos e seu formato facilita na hora de reali-
zar esse procedimento. Existem v ários tipos de broca, para diversas finalidades, por isso é importante ficar
atento quanto à sua utilidade. Elas podem variar de acordo com o material a ser furado (madeira, metal,
alvenaria) ou sua espessura, que é dada em milímetros ou polegadas.
Existem ainda equipamentos que desempenham o papel da furadeira e da parafusadeira, podendo ser
utilizados tanto para furar materiais como para parafusar, aumentando a sua utilidade.
SERRAS ELÉTRICAS
.
As serras elétricas sã o utilizadas em diversos setores e têm muitas utilidades Sua função principal é
realizar cortes em materiais de madeira, plástico ou metais. Elas são constituí das por uma folha de aço com
uma série de recortes e, ao serem ligadas, produzem um movimento contínuo ou alternado sobre o ma-
terial, resultando, assim, em seu corte. Existem vá rios modelos de serra com finalidades especí ficas, sendo
que as mais usadas em instalações prediais sã o as serras tico-tico, que s ão ideais para realizar cortes em
curvas, necessários na hora de cortar os eletrodutos do tamanho correto, quando necessário.
3 FERRAMENTAS E EQUIPAMENTOS
SERRA TICO-TICO
Dentre os modelos de serras, vale destacar a serra tico-tico, a mais utilizada em instala ções elétricas. Ela
é uma ferramenta elétrica muito eficaz, capaz de realizar cortes de vá rias formas, como os retos e curvos,
rasgos, chanfros, entre outros modelos de cortes. É usada para cortar diferentes tipos de materiais, entre
eles: materiais de madeira, cerâ mica e até mesmo metais.
Voc ê reconhece o valor das ferramentas elétricas ?
A funcionalidade de cada equipamento elétrico é indispensá vel para determinados tipos de trabalho.
Este tipo de equipamento requer maior cuidado e treinamento específico para conhecer as técnicas
utilizadas no seu manuseio e as normas de seguranç a para o profissional. Essa necessidade se deve ao fato
de que os acidentes envolvendo este tipo de equipamento pode at é mesmo invalidar o trabalhador.
Quando falamos de seguranç a envolvendo ferramentas elétricas, nã o podemos nos esquecer dos EPIs,
indispensáveis para o trabalho com esse tipo de equipamento. Vamos listá-los:
a ) Protetor auditivo: s ão equipamentos bastante funcionais que oferecem uma proteção eficiente
contra a exposição de ruí dos;
Por isso, é importante que você procure treinamento especí fico para o equipamento que vai utilizar e
que busque sempre se manter atualizado sobre as ferramentas elétricas.
INSTALA ÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS - VOLUME I
Vamos agora conhecer alguns equipamentos que v ão nos auxiliar muito em nosso dia a dia na checa-
gem dos materiais quanto a suas grandezas, sejam elas lineares'0 ou elétricas.
3.4 INSTRUMENTOS
Antes de falarmos sobre os instrumentos, devemos saber a diferença entre instrumento e ferramenta.
Ferramenta é um utensílio sem o qual nó s não conseguirí amos, ou se tornaria mais difícil, realizar de-
terminada atividade. Já um instrumento é um meio de checar se est á tudo conforme o esperado. Ou seja,
usamos as ferramentas para realizar os trabalhos e os instrumentos para medir se est á dentro do esperado.
Para um profissional de eletrotécnica, é indispensá vel saber a maneira correta de manusear cada instru-
mento, uma vez que estes equipamentos ter ão presenç a constante no seu cotidiano profissional.
Podemos, assim, dividir os instrumentos que sã o de maior importâ ncia para um eletrotécnico em dois
tipos: instrumentos de medidas elétricas e instrumentos de mediçã o linear. Vamos ent ão conhecer cada
um!
Instrumento de medidas elétricas é todo equipamento que tem como função realizar medição de gran-
dezas elétricas. Esses equipamentos existem em diversos modelos e para as mais diversas utilidades, va-
riando de acordo com sua funcionalidade. É de extrema importâ ncia para um profissional de eletrotécnica
saber a forma correta de manusear os instrumentos de medidas elétricas da forma correta.
MULT Í METRO
Figura 39 - Multímetro
Fonte: SENAI DR BA. 2017.
O mult ímetro é uma ferramenta bastante eficaz para o profissional que trabalha com eletricidade. Este
equipamento é muito útil, tanto na eletr ónica quanto em instala ções elétricas prediais. O multímetro exis-
te na versão digital e analógica, que tem seu funcionamento baseado nos galvanômetros ", por ém, nã o
tem a mesma precisão e pode apresentar erros de leitura.
O multímetro é um equipamento multiuso, como o próprio nome já diz. Ele pode ser usado de 3 formas
diferentes, que sã o: Voltímetro12, Amperímetro13 ou Ohmímetro14. Vamos, entã o, conhecer cada uma das
suas funcionalidades.
a ) Voltí metro: colocando o multímetro na escala de voltímetro você poderá realizar a mediçã o da
tensão dos equipamentos elétricos. Lembrando que existem duas escalas para voltí metro, que
s ã o divididas em tensão para corrente alternada e tensã o para corrente contínua.
Para realizara mediçã o de tensã o, o circuito precisa estar energizado e o multímetro deve ser colocado
em paralelo ao circuito, ou seja, deve ser ligado uma ponta na fase ou positivo e a outra ponta no neutro
ou negativo do dispositivo em quest ão, como mostrado na figura seguinte.
11 Galvanômetro: dispositivo eletromecâ nico que produz um torque em um ponteiro como resultado do campo
eletromagnético que se cria pela passagem da corrente elétrica.
12 Volt ímetro: instrumento usado para medir tensões elétricas.
13 Amper í metro: instrumento usado para medir correntes elé tricas.
14 Ohmí metro: instrumento usado para medir resistência elétrica.
INSTALA ÇÕ ES ELÉTRICAS PREDIAIS - VOLUME I
- Tensã o alternada: colocando o multímetro na escala de tensã o para corrente alternada você
poderá checar as condições da rede elétrica de baixa tensão, como mostrado na figura ante-
rior. É importante observara escala para nã o queimar o equipamento;
- Tensã o contínua: essa opçã o é muito utilizada na eletrónica para medir os ní veis de tensã o dos
equipamentos que se encontram sempre em corrente contínua. Na figura anterior podemos
ver uma mediçã o da tensã o de uma bateria de corrente contí nua.
b) Amperí metro: usando o aparelho nessa escala você poderá medir a corrente que está passando
no circuito de forma precisa e em tempo real. Realizar as medições de corrente requer certa pr á-
tica do profissional, pois o multímetro deve ser colocado em série no circuito, ou seja, deve ser
removido um dos lados do circuito e ligado a uma ponta do multímetro e a outra ponta do mul-
tímetro ligada à rede, tornando-se parte do circuito, como mostrado na figura seguinte. A função
de amper ímetro só deve ser usada para corrente contínua.
Multímetro
Lâ mpada
i i
I
+ *
Bateria
I
c) Ohmímetro: o multímetro é bastante usado com essa função por quem trabalha com eletrónica
e precisa realizar medições frequentes da resist ência dos materiais. Pode ser usado também em
instalações prediais para medir a resistência de chuveiros. Essa função é simples, só sendo ne-
cessá rio colocar uma ponta do multímetro em um lado e a outra ponta na outra extremidade do
equipamento a ser medido.
ttHVCATH
tOMVCATa
Existem versões de multímetro que possuem outras utilidades além dessas, como medir temperaturas,
frequência de sinais alternados, capacit ância de equipamentos capacitivos, etc.
CASOS E RELATOS
Uma apresentadora de TV, que em seu programa tentava incentivar as suas telespectadoras a faze-
rem serviç os elétricos em casa, resolveu mostrar a facilidade em fazer uso dos equipamentos vistos
neste capítulo.
Ela decidiu demonstrar como usar um multímetro para medir as tensões das tomadas, mas, ao colo-
car as pontas de teste no orifício da tomada, verificou que o equipamento apresentava variações e
nã o mostrava o valor correto.
Para tentar resolver o problema do equipamento, a apresentadora decidiu mudar a escala que es-
tava posicionada em tensão alternada, alterando para mediçã o de corrente. No mesmo instante
em que ela realizou esse procedimento, o equipamento apresentou um curto-circuito interno, que
resultou em uma pequena queimadura nas mã os da apresentadora.
INSTALA ÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS - VOLUME I
Na hora de realizar as medições com o seu multímetro, certifique-se de que o equipamento se en-
contra na escala correta a ser medida, a fim de evitar danos ao instrumento e até mesmo a voc ê.
Ele possui componentes internos que ao serem empregados da maneira errada podem explodir e
causar sérios danos a quem está manuseando.
O alicate amperímetro é um equipamento seguro, prá tico e de confiabilidade na precisã o de suas medi-
das. Esse instrumento tem a finalidade de medir corrente elétrica com mais rapidez e é conhecido por ser
um equipamento não invasivo, ou seja, sem a necessidade de ser introduzido no circuito, como no caso do
multímetro, o que pode dar agilidade e segurança nos serviç os. Para utilizar o alicate amperímetro basta
abrir suas garras e envolver o condutor que deseja realizar a mediçã o, como mostrado na figura seguinte.
Seu funcionamento consiste em fazer a relação da corrente elétrica do condutor com o campo eletro-
magnético que se cria por meio de induçã o.
DETECTOR DE TENSÃO
É um pequeno instrumento de extrema utilidade para as instala ções elétricas. Seu papel é verificar a
exist ência de tensã o em um determinado ponto da instalaçã o. Ele é constituí do por duas pontas de prova,
que sã o conectadas ao ponto onde se quer fazer o teste, e por uma lâmpada que se acender á se houver
tens ão. Existem também modelos pr óprios para teste de tomadas, como mostrado na figura anterior. Al-
guns modelos podem ser usados tanto para corrente contínua quanto para corrente alternada. A fim de
evitar acidentes, é importante verificar a sua utilidade e ter em mã os o instrumento correto.
TRENA
Figura 46 - Trena
Fonte: SENAI DR BA. 2017.
As trenas sã o instrumentos usados para definir ou verificar medidas de altura, largura, profundidade
ou extensã o de algum objeto. Existem diferentes tipos de trena, como as trenas manuais, que s ão as mais
conhecidas, usadas para realizar medições regulares; e as trenas longas, utilizadas em ambientes com
grandes extensões, pois podem atingir dist âncias maiores. Sua escala é dividida em metros, centímetros,
milímetros e polegadas. Dependendo do seu tipo, pode apresentar pés e polegadas.
R ÉGUAS
•>
* •
••
* ’
.
7 7;3
*4 : >
•
7
>
v
s
*
»
V**
iiíiiiiíiiiiiiiliililliiiiiíilniiiiilíiliiliili‘íii! ii lili jilliliili Inlil ln
Figura 47 - R éguas
Fonte: SHUTTERSTOCK 2017. .
Instrumento retilíneo que apresenta medidas lineares, sendo utilizado para traç ar linhas retas ou efe-
tuar medidas de determinado objetos. Seu tamanho varia de acordo com a utilidade: desde pequenas ré-
guas, para efetuar pequenas medidas; a grandes r éguas dobrá veis, para realizar medidas, principalmente,
de altura. Sua escala pode ser métrica ou imperial, dependendo do modelo .
3 FERRAMENTAS E EQUIPAMENTOS
PAQU Í METRO
Parafuso de fixação
4
gIL 111 , 1 1
Â
41 -
Orelhas
WL
r >. ; ii
. .
Nónio ou Vernier
LM ' 1' i i j H I | I
' !1 1•
'« , .
l
profundidade
rr
i i* < i i
- 4I«I
. •"
i
MliTil tx in •« flO
.iiiilmiU
fC 90
ifo t j
f Faces para
1Bico móvel
medição externa
Faces para medição
de profundidade
Para melhor precisão das medições no paquímetro em peças onde uma pequena fraçã o de milímetros
pode significar muito, a aná lise de seus dados exige paciência e um bom olho, pois, além da escala princi-
pal, dada em milímetros, ainda existe uma segunda r égua, denominada Nónio ou Vernier, responsável por
fazer as aproxima ções de forma precisa.
Hoje, temos também a ajuda de instrumentos que nos dão uma maior facilidade em seu manuseio e
mais clareza na exibição das informações, como o caso dos paquímetros digitais e das trenas a laser , con-
forme exemplificado na figura seguinte.
Com o uso desses recursos modernos da eletrónica é possível obter uma leitura precisa das dimensões
de um objeto ou ambiente, pois eles fornecem o resultado em um mostrador digital (ver figura anterior);
sem contar que também existe a vantagem dos dados serem apresentados em um tamanho relativamente
grande, se comparado à escala dos instrumentos convencionais, nã o deixando margem às dúvidas, possi-
bilitando também um maior conforto visual, sobretudo, para aqueles que t êm problemas de visão.
3.5 ZELO
Para manter as ferramentas sempre em boas condições, é preciso tomar os cuidados elementares du-
rante o manuseio, a fim de fazer o melhor uso de suas funcionalidades. Nã o podemos nos esquecer tam-
bém dos cuidados que devemos ter para aumentar a vida útil dos equipamentos.
A lubrifica ção é uma etapa muito importante para conservaçã o do ferramental. É recomendado que a
lubrificaçã o seja feita sempre apó s o seu uso e, logo após a lubrificaçã o, deve-se fazer a limpeza para poder
guardar os equipamentos, deixando-os prontos para o próximo serviço. Procure sempre proteger as ferra-
mentas da oxida çã o, pó, umidade, vibração e quedas.
As ferramentas devem ser guardadas de forma que facilite a sua utilizaçã o e acesso, devem ser dispos-
tas de modo que cada ferramenta tenha seu lugar próprio, possibilitando o controle e acessibilidade aos
equipamentos.
3 FERRAMENTAS E EQUIPAMENTOS
A organiza ção dos seus equipamentos também é um quesito muito importante. Saber onde est ão suas
ferramentas e nã o deixar tudo espalhado pelo local de trabalho é fundamental para o seu sucesso profis-
sional. Seja um profissional organizado e que est á sempre pronto para resolver as eventualidades, sabendo
onde est á a ferramenta correta para a realizaçã o do serviço.
INSTALA ÇÕ ES ELÉTRICAS PREDIAIS - VOLUME I
RECAPITULANDO
Neste capítulo pudemos aprender o que sã o ferramentas, quais as mais adequadas e sua utilidade,
tal como a forma correta de manusear cada uma. Pudemos ver aqui os diferentes tipos de ferramen-
tas que est ão a nossa disposiçã o para nos auxiliar nas nossas necessidades diárias.
Vimos também os cuidados essenciais que um profissional deve tomar quando est á operando al-
guns tipos de ferramenta e a necessidade e importâ ncia do uso dos equipamentos de proteçã o.
Pudemos conhecer algumas ferramentas elétricas essenciais para auxiliar em trabalhos que deman-
dam um emprego maior de forç a fí sica e vimos os EPIs indispensáveis quando se est á manuseando
esse tipo de equipamento.
Por fim, conhecemos os instrumentos de medição, que s ão equipamentos usados para realizar as
medições, aprendendo sobre a diferenç a entre as ferramentas e estudamos as suas utilidades para o
profissional em instalações elétricas.
Com os equipamentos adequados podemos ganhar tempo e executar o trabalho com mais qualida-
de e menor esfor ço.
3 FERRAMENTAS E EQUIPAMENTOS
Condutores elétricos ?
A eletricidade encanta o homem por suas possibilidades desde o seu descobrimento. É atra-
vé s da eletricidade que hoje podemos receber informa ções sem sair de casa e nos comunicar
com outras pessoas com mais rapidez, dentre outras inúmeras coisas que ela nos proporciona.
Por ém, toda a eletricidade de que necessitamos é gerada, normalmente, a uma distâ ncia
muito grande de nós e precisa ser transportada para sua utilizaçã o. Esse transporte de eletrici-
dade se dá atravé s dos condutores elétricos, que são insubstituí veis na função de transportar
a energia elétrica necessária. Neste capítulo, estudaremos sobre os condutores elétricos e suas
características e as recomenda ções conforme a norma que regulamenta as instala ções de bai-
xa tensão para sua boa utiliza ção.
Veremos também os tipos de condutores e as aplica ções mais adequadas para cada finalida-
de, conhecendo as principais caracterí sticas destes. Veremos, ainda, a maneira correta de fazer
emendas interligando dois ou mais condutores e como fazer o seu correto dimensionamento.
A forma como os condutores são instalados nas residências interfere também no dimensiona-
mento, por isso, veremos como escolher o diâ metro mais adequada para sua utilização.
Por fim, veremos a maneira correta de fazer o descarte de resí duos e a import ância da reci-
clagem. Existe um grande interesse na racionalizaçã o do uso dos recursos naturais e de ener-
gia, portanto, devemos sempre estar cientes dos riscos e tomar os devidos cuidados.
Conhecer bem sobre os condutores elétricos é de extrema import ância para o profissional
de eletrot écnica, portanto, o conteúdo apresentado aqui é indispensável para a boa formação
de qualquer profissional da área.
Está curioso para conhecer sobre os condutores, nã o é mesmo? Entã o, vamos lá!
INSTALA ÇÕ ES ELÉTRICAS PREDIAIS - VOLUME I I
Para estudar sobre os condutores precisamos conhecer as recomendações da ABNT NBR 5410 - Insta-
la ções Elétricas de Baixa Tensã o, que estabelece as regras e recomenda ções para esse tipo de instala ção .
A norma ABNT NBR 5410 nos fornece as medidas necessá rias para evitar a ocorrência de sobrecarga 15,
curtos-circuitos, choques elétricos, entre outros acidentes que podem ocorrer por conta do mau uso da
energia elétrica. Essa norma estabelece os valores mínimos no dimensionamento dos condutores na insta-
la çã o elétrica predial de acordo com a sua utilizaçã o nos diferentes tipos de circuitos.
A ABNT NBR 5410 estabelece ainda as cores dos condutores terra e neutro, deixando o condutor fase
de acordo com o instalador, possibilitando a cria ção de um padrã o na utiliza ção das cores dos condutores,
que podem variarem alguns locais.
Terra
Normalmente indicado por fio de cor
verde ou verde com amarelo, conforme a
N BR 5410. É o fio condutor de proteção
que tem a função de proteger os equipa -
mentos contra sobrecargas elétricas eos
usuá rios contra choques elétricos.
QuadroS - Condutoreselétricos
Fonte: SENAI DR BA; SHUTTERSTOCK, 2017.
Vamos agora conhecer os tipos de condutores indicados para determinadas instalações e suas caracte-
rí sticas principais.
4.2 TIPOS
Existem diversos tipos de condutores para diferentes utiliza ções, eles se diferem quanto ao material de
que são compostos, se r ígidos ou flexí veis, quanto à polaridade ou se s ão condutores sem capa deisola çáo,
chamados de condutores nus ou condutores isolados.
Dentre os materiais condutores que fornecem uma elevada condutividade e possuem maior diversi-
dade de utilizaçã o na área elétrica, sã o utilizados: chumbo, cobre, bronze, alumínio, platina, lat ão, prata e
mercúrio. Por ém, vamos focar nos condutores constituí dos pelos materiais mais utilizados em instala ções
elétricas, que sã o os de cobre e os de alumínio.
Vamos, agora, conhecer cada tipo.
Existem diversos tipos de condutores que podem ser usados nas instalações elétricas prediais. Vamos
conhecer as formas e caracterí sticas fí sicas dos condutores utilizados nesse tipo de instala ção.
Os condutores podem ser diferenciados em cabos ou fios.
a ) Fio: é formado por um único condutor de metal sólido, maciço, de seção circular, com ou sem
isolamento;
b) Cabo: é um condutor constituído por vá rios fios encordoados que podem ser isolados um dos
outros ou nã o. É mais flexí vel que um fio com mesma capacidade de conduçã o.
INSTALA ÇÕ ES ELÉTRICAS PREDIAIS - VOLUME I
I oo>nontor
É constituído, geralmente, por um pacote
CABO R Í GIDO agrupado de sete fios condutores e com
isolação de PVC (70°Q Coberlutd
isclarte
Fios conduxres
É constituído, geralmente, por um pacote
CABO FLEXÍ VEL agrupado de mais de sete fios condutores
e com isolação de PVC ( 70°C) Cobertura
isolaste
Os fios condutores têm uma maior dificuldade de maleabilidade na hora da instalaçã o e na implemen-
ta çã o de emendas, portanto, sã o menos utilizados em instala ções elétricas prediais.
Os cabos podem ser divididos em dois tipos: cabos unipolares e cabos multipolares. Vamos, ent ão,
conhecer as suas caracterí sticas.
CABO UNIPOLAR
O cabo unipolar é composto por um agrupamento de fios sem isola ção entre si e providos de uma co-
bertura para sua isolaçã o, geralmente de PVC.
Ele é bastante utilizado nas instala ções elétricas prediais por proporcionar uma boa maleabilidade e
facilidade na hora de realizar conexões com esse tipo de condutor.
CABO MULTIPOLAR
O cabo multipolar é composto por uma junção de cabos internos isolados entre si, como mostrado na
figura a seguir. Esse tipo de cabo é mais utilizado em ramais de liga ção direta, onde não é necessá rio rea-
lizar conex ões ao longo do percurso. É ideal também para á reas externas por conter a capa de isolaçã o de
cada cabo e ainda a capa protetora que envolve todos eles.
Os condutores podem ser diferenciados também quanto à sua isola ção. Vamos conhecer os tipos de
condutores isolados e nus e as recomenda ções para sua utiliza ção.
CONDUTORES ISOLADOS
É todo condutor, fio ou cabo, que possui camada de materiais isolantes com a finalidade de isolá- lo
eletricamente do ambiente, sendo que a isola ção de PVC suporta temperaturas de até 70°C de utiliza ção
cont ínua. Os condutores isolados sã o os condutores permitidos em instalações elétricas prediais por pro-
porcionar maior seguranç a das instala ções.
INSTALA ÇÕ ES ELÉTRICAS PREDIAIS - VOLUME I I
Os condutores isolados também podem ter uma cobertura protetora de PVC além do isolamento ideal,
principalmente para as instalações direto no solo ou aérea onde fiquem suscetí veis'6 à açã o do tempo. O
material que constitui a isolação e a cobertura deve ser empregado de acordo com a utilizaçã o do circui-
to, que pode superaquecer17 o condutor. A tabela seguinte mostra a capacidade de temperatura de cada
material isolante.
TEMPERATURA DE
OPERAÇÃO EM TEMPERATURA DE TEMPERATURA DE
TIPO DE MATERIAL
REGIME PERMANENTE SOBRECARGA (°C) CURTO-CIRCUITO ( °C )
( °C )
Borracha - etileno -
90 130 250
propileno (EPR)
Polietileno reticulado
90 130 250
(XLPE)
CONDUTOR NU
O condutor nu é aquele que nã o possui qualquer tipo de camada de isolamento. Esse tipo de condutor
é bastante usado em linhas aéreas e postes de transformaçã o.
Existem vá rios tipos de condutores nus, como barra, vareta, tubo ou outros perfis, de acordo com a
utilização. Os condutores nus s ã o utilizados em linhas aéreas para transmissão e distribuição de energia
elétrica e sistemas de aterramento. Nã o devem ser utilizados em instala ções elétricas residenciais como
condutores vivos.
E importante saber os tipos de condutores utilizados nas instala ções elétricas, suas características e
como fazer a utiliza çã o de cada um. Vamos, entã o, conhecer a maneira correta de ligar um condutor ao
outro, aprendendo como fazer emendas e conex ões da forma correta para cada tipo de condutor.
Como forma de interligar componentes de um mesmo circuito ou fazer alguma derivaçã o, precisamos
fazer emendas para unir os condutores. Uma conex ã o entre dois condutores feita da forma correta pode
gerar uma perda de 20% da for ç a de traçã o do condutor. Uma emenda feita da maneira errada pode gerar
perdas significativas na capacidade de conduçã o do condutor, sobreaquecimento e mau contato na ins-
talação.
Veremos aqui algumas das emendas mais importantes no nosso dia a dia.
INSTALA ÇÕ ES ELÉTRICAS PREDIAIS - VOLUME I
Esse tipo de emenda é usado quando se precisa unir condutores para prolongar linhas. Sua utiliza ção
é recomendada para instalações de linha aberta ou em caixas de derivaçã o ou de passagem, levando-se
em conta que, se ocorrerem problemas com a conex ão, o instalador terá acesso com facilidade à emenda.
Esse tipo de conex ã o pode ser feito por diferentes tipos de condutores. Vamos demonstrar aqui alguns
dos casos mais frequentes.
a ) Conex ã o entre fios rígidos (procedimento):
- Segurando os condutores, inicie as primeiras voltas de um lado dos fios envolvendo o outro
condutor;
5
Figura 57 - Conexão de fio r ígido em prolongamento
Fonte: SENAI DR BA, 2017.
- Segurando os condutores, inicie as primeiras voltas do cabo flexí vel sobre o fio rí gido;
- Comece a fazer espirais sobre o cabo flexí vel com o fio rí gido com a ajuda de um alicate;
- Finalize a emenda ajustando bem com o alicate como mostrado na figura seguinte.
4 CONDUTORES ELÉTRICOS
I
I
l
I
,l
20d
- Retire a capa isolante dos condutores com auxí lio de um alicate ou canivete;
i 2 3 4
5 6
Esse tipo de emenda entre condutores flex íveis é o mais recomendado, considerando que oferece uma
boa tra ção e confianç a da conex ã o.
INSTALA ÇÕ ES ELÉTRICAS PREDIAIS - VOLUME I I
Esse tipo de emenda é necessário quando se precisa interligar o extremo de um condutor a uma rede
em região intermediá ria. Para fazer esse tipo de emenda é necessário desencapar com cuidado o condutor
do ramal a ser ligado para n âo cortar o condutor, mantendo uma distâ ncia de 12 vezes o seu diâ metro.
Vamos demonstrar alguns dos casos em que esse tipo de conex ão é necessá rio.
12 d O
t 1
50d
- Retire a capa isolante dos condutores com auxí lio de um alicate ou canivete;
- Divida os fios do cabo do ramal no meio, formando uma abertura;
Apó s fazer as emendas é importante finalizar com a isolaçã o usando fita isolante. A fita deve envolver a
emenda formando tr ês camadas acima do condutor como mostrado na figura seguinte.
Para realizar conexões de fios rí gidos diretamente em bornes18 de dispositivos, como os receptá culos,
disjuntores, entre outros, deve-se fazer essa operaçã o por meio de olhai '9.
FIQUE Uma emenda ou conex ã o mal feita pode causar s é rios danos à rede e at é mesmo à s
pessoas, podendo resultar em mau funcionamento dos equipamentos e até mesmo
ALERTA em inc êndio.
Alicate de bico
cónico ou de
bico meia- cana
Para realizar esse tipo de conex ã o com condutores flexí veis nã o é permitida a implementa ção de olhais.
A forma correta para realizar esse tipo de conex ã o é por meio de conectores, utilizando ferramentas de
compressã o, como mostrado na figura seguinte.
Figura 65 - Conectores
Fonte: SH UTTERSTOCK, 2017.
4 CONDUTORES ELÉTRICOS
Também é importante que você tenha conhecimento sobre as caracterí sticas dos condutores, assunto
que veremos no t ópico seguinte.
Todos os condutores são caracterizados pela sua seçã o nominal. Mas a seção nominal é igual à seção
transversal ?
Nã o, elas não s ão a mesma coisa. A seçã o nominal nã o corresponde a um valor unicamente geométrico,
e sim a um valor determinado por uma medida de resistência, denominada "Seçã o Elétrica Efetiva" .
As seções nominais s ão dadas em milímetros quadrados (mm2) e seguem as medidas do padr ã o IEC 20,
que é internacionalmente aceita. Podemos ver na tabela seguinte os valores das seções nominais divididos
em duas faixas.
50 - 1000 70 95 120 150 185 240 300 400 500 630 800 1000
Essas são as seções de condutores que podem ser encontrados no mercado. As seções utilizadas no cir-
cuito devem seguiras recomendações de capacidade de conduçã o que cada seçã o suporta, considerando
o tipo de instalaçã o que vai ser feita.
Para escolhera seção correta deve ser feito o dimensionamento. A seguir voc ê aprender á como fazer o
dimensionamento da maneira correta.
4.2.4 DIMENSIONAMENTO
O dimensionamento dos condutores é uma etapa muito importante das instala ções elétricas prediais.
O dimensionamento correto deve seguir as orientações do projeto elétrico e as recomenda ções da norma
ABNT NBR 5410, conforme veremos aqui .
A ABNT NBR 5410:2004 estabelece uma seção mínima de condutores para determinadas instala ções. A
seçã o mínima para condutores de cobre utilizados em instalações elétricas residenciais deve ser de 1,5mm2
para circuitos de ilumina ção e de 2,5mm 2 para circuitos de tomada de corrente, mesmo que a carga do pro-
jeto seja abaixo da capacidade do condutor.
A tabela a seguir estabelece a seção mínima dos condutores fase, de acordo com a norma ABNT NBR
5410:2004.
SEÇÃO MÍNIMA
UTILIZAÇÃO DO
TIPO DE LINHA DOS CONDUTORES
CIRCUITO
mmVMATERIAL
Circuito de
0,5/Cu
Instalações fixas sinalização e controle
em geral
10/ Cu
Circuito de força
16/ AI
Condutores nus
Circuito de
4/Cu
sinalização e controle
-
1 Seções mínimas ditadas por razões mecânicas.
2 - Os circuitos de tomadas de corrente sã o considerados circuitos de força.
-
3 Em circuitos de sinaliza ção e controle destinados a equipamentos
eletrónicos é admitida uma seçã o mínima 0,1mm2.
4 - Em cabos multipolares flexí veis contendo sete ou mais veias é admitida uma seçã o mínima 0,1 mm2.
Para instala ções que a corrente do circuito seja maior do que a capacidade de conduçã o dos conduto-
res mínimos estabelecidos pela norma, devem-se utilizar condutores com capacidade de conduçã o maior
que a do projeto.
Devemos ter também o conhecimento de que o condutor neutro, em um sistema elétrico de baixa ten-
s ã o, tem a finalidade de promover o equilíbrio e a proteção desse sistema. A norma ABNTNBR 5410:2004
determina algumas regras no dimensionamento desse condutor. Sã o elas:
a ) O condutor neutro não pode ser comum a mais de um circuito;
b) O condutor neutro de um circuito monofásico deve ter a mesma seçã o do condutor fase;
c) O condutor neutro de um circuito trifásico, caso os condutores fase sejam superiores a 25mm2,
podem ter seçã o inferior a dos condutores fase, seguindo recomendações da norma, conforme a
tabela seguinte.
SEÇÃO DOS CONDUTORES FASE ( mm2) SEÇÃO REDUZIDA DO CONDUTOR NEUTRO (mm2)
S < 25 S
35 25
50 25
70 35
95 50
120 70
150 70
185 95
240 120
300 150
400 185
Os valores sã o aplicá veis quando os condutores fase e o condutor neutro forem do mesmo material.
21 Cu: cobre.
22 AI: alum ínio.
INSTALA ÇÕ ES ELÉTRICAS PREDIAIS - VOLUME I I
Existem outros aspectos que v ão influenciar na hora de escolher a seçã o necessá ria para o circuito,
como o tipo de instala ção (em eletroduto embutido na parede, sobre isoladores, entre outros) e a quanti-
.
dade de condutores carregados Vamos entender como selecionar corretamente.
MÉTODO DE INSTALAÇÃO
Para fazer a instala ção correta de cada tipo e seção de condutor, devemos conhecer os métodos de
instalaçã o utilizados em instalações elétricas prediais.
Veremos no quadro seguinte os métodos de referência para os tipos de instalaçã o, conforme a norma
ABNT NBR 5410:2004.
MÉTODO DE
REFERÊ NCIA A
UTILIZAR PARA A
DESCRIÇÃO
CAPACIDADE DE
CONDUÇÃO DE
CORRENTE
Conhecer os métodos de instala ção utilizados em cada tipo de residência, auxilia o técnico a economi-
zar tempo na hora de escolher o tipo e seção de condutor de acordo com a necessidade do cliente.
Para conhecer mais sobre instalações, leia o livro: NISKIER, Julio; MACINTYRE, A. J. Ins-
^ SAIBA
MAIS
talaçõ es el étricas. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2013. Nesta publicação voc ê poder á co -
nhecer mais sobre os assuntos que tratamos aqui.
Após determinar o método de instala ção, devemos saber quantos condutores carregados o circuito
possui, o que veremos a seguir.
Condutor carregado é aquele que flui corrente elétrica, sendo assim, os condutores fase e condutor
neutro sã o considerados condutores carregados em um circuito. Veremos o número de condutores carre-
gados em um circuito na tabela seguinte.
NÚMERO DE CONDUTORES
TIPO DE CIRCUITO EXEMPLO DE APLICAÇÃO
CARREGADOS
Circuitos de distribuição de
Monof ásico a dois condutores 2
ilumina ção ou tomadas
Circuitos alimentados de
transformadores monofásicos
Monofá sico a tr ê s condutores 2
com derivaçã o central
no secundário
Circuitos de distribuição de
ar - condicionados, chuveiros
Duas fases sem neutro 2
el étricos ligados em
220 V fase- fase
Alimentadores gerais de
Trifá sico com neutro 3 ou 4
quadros trifá sicos
Podemos encontrar a corrente do condutor analisando o método de instala ção e sabendo a quantidade
de condutores carregados daquele circuito. Para isso, você deverá basear-se na seguinte tabela para con-
dutores de cobre.
M ÉTODOS DE INSTALA ÇÃ O
SEÇÃ O NOMINAL AI A2 BI B2
DO CONDUTOR
( mm 2) NÚ MERO DE CONDUTORES CARREGADOS
COBRE
0,5 7 7 7 7 9 8 9 8
0,75 9 9 9 9 11 10 11 10
1 11 10 11 10 14 12 13 12
4 26 24 25 23 32 28 30 27
6 34 31 32 29 41 36 38 34
10,0 46 42 43 39 57 50 52 46
16,0 61 56 57 52 76 68 69 62
25,0 80 73 75 68 101 89 90 80
EXEMPLO 1
Precisamos descobrir qual condutor devemos usar para um circuito de tomadas gerais, cuja carga total
encontrada no projeto elétrico foi de 2.100 W. O circuito é monofá sico 127 V e o método de instala ção
utilizado ser á em eletroduto embutido em alvenaria, com condutores de cobre.
Devemos, entã o, considerar algumas informações antes de determinarmos a seçã o necessária do con-
dutor:
a ) Para circuitos de tomadas a seçã o mínima do condutor é de 2,5 mm2;
4 CONDUTORES ELÉTRICOS
b) Levando em conta a pot ência e a tensã o de alimentaçã o do circuito é possível descobrir a corren-
te desse ramal. Ent ão, podemos utilizar a fórmula a seguir:
Pn 2.100
Ip = = 16,54 A
v 127
Em que:
Ip = Corrente de projeto;
V = Tensã o de alimenta çã o .
c) Conforme a informa ção, sabemos que o método de instalação é B 1;
d) Como é um circuito monofá sico de distribuiçã o, sabemos que tem dois condutores carregados.
Apó s descobrir a corrente necess á ria e o método de instala çã o, devemos procurá -los na tabela de ca-
pacidade de conduçã o para saber qual a seção do condutor indicada. Se for menor do que a seçã o mínima
exigida pela norma, devemos desconsider á -la e adotar a seção mínima exigida. Lembrando que se deve
utilizar sempre a seçã o com capacidade acima da corrente encontrada no projeto.
M étodos de instalação
Se ção
nominal do A1 A2 B1 B2
condutor Número de condutores carregados
(mm 2)
2 3 2 3 2 3 2 3
(D (2) (3) (4) (5) (6) (7) ( 8) (9)
Cobre
0,5 7 7 7 7 9 8 9 8
0,75 9 9 9 9 11 10 11 10
1,0 11 10 11 10 14 12 13 12
1,5 14,5 13,5 14 13 17,5 15,5 16, 5 15
2,5 mm2 19,5 18 18,5 1 7,5 24 21 23 20
4,0 mm2 26 24 25 23 32 28 30 27
6,0 mm2 34 31 32 29 41 36 38 34
10,0 mm2 46 42 43 39 57 50 52 46
16,0 mm2 61 56 57 52 76 68 69 62
25 ,0 mm2 80 73 75 68 101 89 90 80
Conforme pudemos analisar na tabela anterior, a seção do condutor indicada para a corrente de pro-
jeto é de 1,5 mm2, mas a seção mínima indicada pela ABNT NBR 5410:2004 para circuitos de tomadas é de
2,5mm2 .
INSTALA ÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS - VOLUME I
CASOS E RELATOS
Joã o foi contratado para fazer a instala ção elétrica de uma residência e aconselhado pelo cliente a
economizar o má ximo possível de material. Por conta do pedido do patrã o, Joã o decidiu interligar
circuitos de iluminação com os circuitos de tomada, economizando muito na quantidade de compo-
nentes elétricos, como condutores, disjuntores, entre outros.
Joã o, entã o, resolveu utilizar cabo flexí vel de 2,5 mm 2, como especifica a norma para seção mínima
de condutor para circuito de tomadas. Passaram-se alguns dias após a instalaçã o, quando ocorreu
um estouro que parou toda a rede da residência.
Quando o cliente chamou João para averiguar o que havia acontecido, não foi surpresa notar o
condutor que ele havia dimensionado estava queimado, sem a capa de isola çã o, o que acabou cau-
sando um curto-circuito na saída do disjuntor.
Joã o havia utilizado uma carga muito maior do que o condutor podia suportar, o que acabou aque-
cendo o cabo e causado sérios danos à rede.
O acidente causado por João poderia ter sido muito maior. Quando fizer o dimensionamento de uma
rede elétrica, utilize sempre os parâ metros necessá rios para evitar contratempos. Lembre-se sempre de
que o projetista e o instalador são os responsá veis legais por quaisquer danos que venham ocorrer na
instalaçã o.
Por conta das longas distâ ncias percorridas desde o ponto de entrega at é os circuitos terminais de uma
instalaçã o, acontece uma diminuição da tensão de entrada, que é chamada de queda de tensão, provoca-
da pela passagem da corrente por todos os equipamentos até o ponto final. A norma ABNT NBR 5410:2004
estabelece valores má ximos para essa queda de tensão, que não devem ser ultrapassados para que os
equipamentos conectados à rede não sejam prejudicados.
Os valores da queda de tensã o até o ponto mais afastado de uma instalaçã o nã o devem ser maiores que
os valores apresentados na tabela seguinte.
4 CONDUTORES ELÉTRICOS
A queda de tensão nos circuitos terminais de uma instalaçã o elétrica gera efeitos que podem causar a
diminuição da vida útil dos equipamentos ou até mesmo a sua queima. A queda de tensã o gerada faz com
que os equipamentos dos circuitos terminais recebam uma tensão bem abaixo da sua tensã o de funciona-
mento, o que prejudica o desempenho dos equipamentos.
Na imagem a seguir podemos ver detalhes de como fazer a queda de tensã o corretamente.
4% 4%
A
i— <x>
Iluminação
Quadro
terminal (QL )
Quadro
terminal (QF )
Motores
e tomada
1%
QG ( BT) e
Medidores
7%
1%
Caixa
SEC.
1%
AT
U
Figura 68 - Valores de queda de tensáo por circuito
Fonte: SENAI DR BA 2017.
INSTALA ÇÕ ES ELÉTRICAS PREDIAIS - VOLUME I I
c) Identificar qual o tipo de circuito, se monofá sico ou trifá sico; material do eletroduto (magnético
ou nã o magnético);
d) Identificar o ní vel de tensão de alimentaçã o do circuito ( v ou V);
j) Fazer o c á lculo da queda de tensã o unitá ria AVurtt. A queda de tensão unitá ria é encontrada em
( V/ A.km) e utilizada a seguinte fórmula:
e(%).V
AVunit =
.
Ip I
k) E, por fim, escolher o condutor usando a queda de tensã o unit ária (conforme a tabela seguinte).
Depois de encontrado o valor da queda de tensã o unitá ria ( AV n () usando a equaçã o anterior, utilizamos
a tabela seguinte para encontrar a seção indicada para a queda de tensã o dos condutores. Utilizamos o
valor cuja queda de tensão esteja igual ou imediatamente inferior à calculada, obtendo assim a seção do
condutor correspondente.
4 CONDUTORES ELÉTRICOS
4 8,96 7,79 9
EXEMPLO 2
a ) A tensã o é V = 127 V;
b) A corrente de projeto calculada foi de Ip = 16,54 A;
c) O circuito encontra-se a 50 metros, ou seja, I = 0,05 km;
d) O circuito est á relacionado ao ramal de entrada, devendo, ent ão, ser admitida a queda de tensão
de 7%, ou seja, e(%) = 0,07 .
INSTALA ÇÕ ES ELÉTRICAS PREDIAIS - VOLUME I I
0,07 . 127
AVunit =
16,54.0,05
AVunit = 10,75
Observando a tabela e pegando o valor imediatamente menor do que o encontrado pelos c álculos,
encontramos a seguinte seçã o do condutor:
Concluímos que, apó s a realiza ção dos c á lculos por queda de tensã o, o condutor para essa instala ção
deve ser de 4,0 mm2, pois, concluiu-se que é o maior condutor dentre os calculados.
Agora vamos conhecer as simbologias importantes para dimensionamento e instala ções de conduto-
res elétricos.
4 CONDUTORES ELÉTRICOS
4.2.5 SIMBOLOGIA
As simbologias s ã o muito importantes em todas as á reas e existem algumas que o profissional de ele-
trot écnica deve ter conhecimento quando se trata de condutores elétricos. A especifica çã o dos condu-
tores tem alguns dados que devem ser interpretados de maneira correta e que são determinados pela
simbologia pr ópria, como vemos a seguir.
a ) R: resist ência ôhmica do condutor, em Ohm (Q);
0 M: massa (kg);
g) Ip: corrente do projeto do circuito, em Ampères (A);
h) Pn: potência elétrica nominal do circuito, em watts (W);
i) v: tensão elétrica entre fase e neutro, em volts (V );
k ) l|
"
: rendimento;
L ) cosGl: fator de pot ência (cosseno do ângulo de defasagem entre a tensão e a corrente).
Para fazer a leitura de projetos elétricos residenciais é importante conhecer algumas simbologias quan-
do se trata de condutores. As simbologias adotadas est ão de acordo com a norma ABNT NBR 5444:1989,
que, apesar de estar em processo de cancelamento, é muito utilizada nos projetos elétricos prediais Veja .
as simbologias para condutores elétricos no quadro seguinte.
=i Condutor neutro
interior do eletroduto
no
condutor pertence.
Deve ser indicada
a bitola (seção) do
condutor, a menos que
I
interior do eletroduto
Condutor de proteção
Simbologia conforme a
(terra ) no interior do
NBR 5410
eletroduto
=F
Condutor combinando as
Simbologia conforme a
funções de neutro e de
NBR 5410
condutor de proteçã o
4.3 INSTALAÇÃ O
Em uma instalação elétrica é importante determinar a maneira como os condutores ser ão instalados, se
em eletrocalhas, bandejas, eletroduto embutido em alvenaria, entre outros modos de instalação.
A maneira como uma instalaçã o elétrica é feita exerce influência direta na capacidade de conduçã o dos
condutores elétricos e na capacidade t érmica entre os condutores.
A seguir conheceremos os modos de instalação mais frequentes para instala ções elétricas residenciais
e a forma correta de realizar cada uma delas.
4 CONDUTORES ELÉTRICOS
101
Os cabos fixados em paredes são bastante utilizados nos casos em que se precisa fazer uma deriva ção,
normalmente a partir de calhas e canaletas em fá bricas. O ideal é que se use cabo multipolar para esse tipo
de instala ção.
Para conex ões externas os condutores devem ser fixados em paredes ou no teto atravé s de argolas ou
outros meios de fixa ção, como mostrado na figura seguinte.
Este tipo de instala çã o de condutores é bastante utilizado em locais onde nã o se pode quebrar para
embutir os condutores na parede e se deseja fazer uma instalaçã o mais rápida. Uma desvantagem é a po-
luição visual do ambiente, deixando os cabos à mostra e sem proteçã o.
4 INSTALA ÇÕ ES ELÉTRICAS PREDIAIS - VOLUME I I
102
Veremos agora a instalaçã o dos condutores sobre isoladores em linhas aéreas, muito utilizada pelas
concessioná rias de energia elétrica em suas redes de distribuiçã o de energia.
Nesse tipo de instala çã o podem ser utilizados condutores nus ou isolados, que podem ser em feixe ou
barra, e os condutores sã o colocados sobre isoladores. Mas, o que s ão isoladores?
Figura 72 - Isoladores
Fonte: SENAI DR BA. 2017.
Isoladores sã o os equipamentos responsá veis por manter os condutores isolados da terra, evitando
fugas de corrente. Sã o também responsá veis pelo esfor ço mec â nico de sustentaçã o dos condutores elé-
tricos.
A montagem sobre isoladores é muito utilizada pelas concessionárias de energia elétrica ou por consu-
midores primá rios, que s ã o alimentados em MT. Podem ser utilizados condutores nus ou com cobertura
isolante. Veja na figura seguinte um exemplo desse tipo de instala ção.
Na imagem anterior pudemos ver uma rede de distribuição de energia elétrica de média tensã o com
seus condutores acima dos isoladores. Esse tipo de montagem possui algumas restrições, que sã o:
b) Deve ser considerado o esfor ço do cabo para que nã o ocorra o rompimento do mesmo ou do
isolador;
c ) Devem ser instalados fora do alcance das pessoas;
Este tipo de instalaçã o de condutores é utilizado somente em ambientes externos. Em instalações elé-
tricas internas devem ser utilizados outros modos de instala ção de condutores, que ser ão apresentados a
seguir.
Para instalações elétricas residenciais, o melhor método de instalação é no interior de eletrodutos apa-
rentes ou embutidos em paredes ou tetos.
Na figura anterior pudemos ver um exemplo de instalaçã o de eletrodutos embutidos na parede, pro-
porcionando melhor acabamento e conservaçã o do ambiente. Muitos locais, principalmente indústrias,
preferem fazer as instalações de seus condutores em leitos de cabos ou eletrocalhas, como vamos apren-
der a seguir, o que pode proporcionar maior maleabilidade e espaço para maiores quantidades de condu-
tores e manutençã o.
Veremos a seguir a instalaçã o dos condutores em leitos de cabos e em eletrocalhas, tipo de instala ção
bastante utilizado em indústrias.
O que s ão eletrocalhas?
4 CONDUTORES ELÉTRICOS
105
Figura 76 - Eletrocalha
Fonte: SENAI DR BA. 2017.
Eletrocalhase leitos de cabos são muito parecidos e têm mesma função: dar suporte à passagem de fios,
sejam de for ç a, telefonia, telecomunica ção ou informática. Sã o dutos metá licos feitos de chapas de a ç o.
Quando os condutores sã o retirados e ainda se percebe uma boa condiçã o de utilizaçã o, o mais reco-
mendado é reutilizar os materiais.
Quando se trata de condutores com grande desgaste, a forma mais correta de fazer o descarte dos resí-
duos é direcionar para reciclagem em cooperativas.
A reciclagem dos resíduos é uma etapa muito importante, levando em conta que a maioria dos con-
dutores é feito de cobre, alumínio e plá stico, materiais de grande valor energético e que têm um nível de
desgaste muito pequeno se descartados no meio ambiente. A forma correta de descartar esse tipo de
material é encaminhando-o a uma cooperativa que poder á realizar a reciclagem dos condutores elétricos.
r-
. r
Atualmente, no mercado brasileiro existem poucas instituições que fazem a separa ção desses materiais
e a reciclagem correta do cobre para poder ser reutilizado.
Portanto, a comunidade deve dar maior import ância para essa questã o e buscar fazer sempre a sua par-
te para que o problema seja minimizado, procurando as maneiras corretas de fazer o descarte desse tipo
de material, preservando, assim, o meio ambiente.
Veremos agora como fazer a racionaliza çã o do uso dos recursos naturais e fontes de energia.
Com os padr ões de consumo e produtividade dos dias atuais, é cada vez mais constante a pr ática do
desperdício, que ultrapassa padrões de classes sociais, estando presente em todas as camadas da popula-
çã o.
% 0
« •
%
/
Nos dias de hoje, a proteçã o ambiental tornou- se algo imprescindível e os atuais recursos tecnológicos
tendem a contribuir para a sua utiliza ção de forma favorá vel ao meio ambiente, como a busca cada vez
mais constante por fontes de energias renováveis que ajudem a preservar o meio ambiente utilizando a
energia solar, eólica, entre outras. Com o passar do tempo, tudo aquilo que não era percebido como po-
tencial recurso poderá vir a ser.
4 CONDUTORES ELÉTRICOS
109
RECAPITULANDO
Neste cap ítulo conhecemos os tipos de condutores para instala ções elétricas prediais, a diferenç a
entre cada um e suas funcionalidades.
Vimos também que em toda instala ção é indispensá vel o uso de emendas e aprendemos a forma
correta de realizara emenda em cada situaçã o.
Conhecemos a norma que regulamenta as instalações em redes de BT e os parâ metros que ela es-
tipula para fazer o dimensionamento correto dos condutores para instala ção predial. Vimos cada
passo para se fazer o dimensionamento, em que a escolha correta do condutor é muito importante.
Para realizar a montagem de uma infraestrutura ideal é preciso analisar todas as necessida-
des e construir a estrutura adequada à demanda de cada cliente, pensando em todos os cabos,
painéis, tomadas, eletrodutos, caixas, entre outros itens. A principal vantagem de um projeto e
montagem de infraestrutura é a facilidade em se trabalhar com a rede elétrica posteriormente.
O assunto abordado neste capítulo é de extrema importâ ncia para você, futuro eletrotéc-
nico, levando em conta que ir á se deparar com redes elétricas em toda sua carreira e é impres-
cindível que saiba fazer o projeto, fazer a leitura e identificar todos os itens que compõem uma
rede elétrica, principalmente sua infraestrutura.
Para se realizar o projeto e a montagem de uma infraestrutura elétrica, devemos seguir algumas regras
estabelecidas pela norma regulamentadora ABNT NBR 5410 para baixa tensã o. A norma estabelece regras
para o perfeito funcionamento da rede, delimitando as caracter í sticas mínimas para a seguranç a da rede e
o funcionamento normal para cada condição de utiliza çã o.
Ao longo do capítulo veremos algumas das prescrições da ABNT NBR 5410 para instala çã o de infraestru-
tura das instala ções elétricas, aprendendo como fazer a montagem correta dos equipamentos.
Quando falamos de equipamentos elétricos devemos ficar atento às suas caracterí sticas principais,
como: temperatura suportada, ní vel de oxidação, rigidez dielétrica e resistividade elétrica.
Os eletrodutos e quadros de distribuiçã o são elementos principais de uma rede de infraestrutura elé-
trica, s ã o equipamentos de grande resistividade elétrica e com grande resistência à s altas temperaturas
também. Mas, assim como todo equipamento, devem seguir algumas recomendações, que vamos estudar
quando falarmos do seu dimensionamento.
Quando falamos de eletrodutos, devemos ficar atentos a algumas caracterí sticas do material. Deve-se
verificar sua curvatura. Ap ós uma sequência de dobramentos, deve ser verificado se o eletroduto sofreu
grandes deformações ou se foram mantidas as caracterí sticas.
Eletrodutos que têm facilidade em deformar, diminuindo o diâ metro interno, podem dificultar a pas-
sagem dos condutores quando inseridos na instalaçã o. O eletroduto deve ter taxa de deformidade ins-
tantâ nea inferior a 25%, ou seja, ao implementar curvas e emendas tem- se que tomar cuidado para não
deformar demais o diâ metro interno do eletroduto.
5.3 DIMENSIONAMENTO
Todos os componentes de uma rede elétrica precisam ser bem dimensionados, se pensarmos em sua
utilidade e em possíveis mudanças futuras. Alguns equipamentos devem ter uma atenção maior, por con-
ta de sua difícil mudanç a, como é o caso de eletrodutos, quadros de distribuições e caixas de passagem.
Vamos entender como é feito o dimensionamento desses intens.
ELETRODUTO
Os eletrodutos sã o componentes chave da infraestrutura de uma rede elétrica, portanto, para fazer seu
dimensionamento é preciso seguir uma série de regras.
S INFRAESTRUTURA
113
Figura 81 - Eletroduto
Fonte: DREAMSTIME, 201 7.
A quantidade de condutores que irã o ocupar um eletroduto é importante na hora de fazer seu dimen-
sionamento, por isso, é preciso ter conhecimento de quantos circuitos vã o passar em cada eletroduto para
poder escolher a seção correta para a situa ção. As dimensões internas de um eletroduto e suas conexões
devem permitir que os condutores sejam inseridos e retirados com facilidade apó s a montagem.
8 I
CONDUTOR
( m m2 ) DI ÂMETRO NOMINAL DO ELETRODUTO ( mm )
1 ,5 16 16 16 16 16 16 20 20 20
2 ,5 16 16 16 20 20 20 20 25 25
4 16 16 20 20 20 25 25 25 25
6 16 20 20 25 25 25 25 32 32
10 20 20 25 25 32 32 32 40 40
16 20 25 25 32 32 40 40 40 40
25 25 32 32 40 40 40 50 50 50
35 25 32 40 40 50 50 50 50 60
50 32 40 40 50 50 60 60 60 75
70 40 40 50 50 60 60 75 75 75
Os eletrodutos devem ser instalados em trechos contínuos de, no má ximo, 15 metros de comprimento,
acima disso devem ser instaladas caixas de derivação. A dist ância de um eletroduto deve ser diminuí da 3
metros para cada curva de 90° que precisar ser instalada e s ó podem ser instaladas, no má ximo, 3 curvas de
90° em um ramal24 ou um total de 270°.
De forma alguma deve ser instalada curva com ângulo de flex ão superior a 90°. As curvas feitas direta-
mente nos eletrodutos não devem reduzir o seu diâ metro interno .
>
• fi ••! ••• <
Fi
|
M M
tj
Fp [Fç /> [Fr
«
H3 •
#
i •i
O dimensionamento do quadro de distribuição deve seguir o projeto, que indica quantos circuitos ele
tem, indicando, também, a quantidade de disjuntores necessá rios no quadro.
As caixas de passagem devem ser dimensionadas de acordo com a sua funcionalidade. Deve ser anali-
sada a quantidade de tomadas ou de interruptores necessários em cada caixa para, assim, poder dimensio-
nar a caixa do tamanho correto, evitando, futura mente, procedimentos de mudanç as.
As caixas de derivaçã o também servem para seccionar 2 b eletrodutos que nã o podem exceder o tama-
nho prescrito pela norma. As emendas necessárias em um ramal devem ser feitas dentro das caixas de
deriva ção, sendo que condutores emendados nã o devem, em hipótese alguma, ser colocados no interior
de eletrodutos.
CASOS E RELATOS
Ronaldo é um eletrotécnico autónomo que atua na á rea de instalações elétricas prediais. Certo dia,
foi acionado por um cliente para realizar algumas mudanç as na instalaçã o da sua residência. O clien-
te desejava mudar o padrã o de 127 V para 220 V para poder instalar alguns equipamentos a mais.
Chegando lá, Ronaldo percebeu que a infraestrutura da rede local nã o apresentava boas condições
para realizar a mudanç a. O quadro de distribuição que estava instalado, com capacidade para 6
disjuntores, já se encontrava com 5 disjuntores, os eletrodutos que faziam a liga ção at é o quadro
haviam sido mal dimensionados e estavam superlotados, o que dificultou muito o serviço.
Para atender à necessidade do cliente, seria preciso um quadro de distribuiçã o com espa ç o para 10
disjuntores e também seria necessá rio instalar mais eletrodutos, pois não era possível a enfiação de
novos condutores pelo eletroduto que estava sendo usado.
Esse serviço gerou grandes custos extras, pois foi necessário quebrar o local que já estava revestido
para trocar o quadro por um maior, com capacidade para 12 disjuntores, e instalar novos eletrodu-
tos.
Quando precisar fazer um projeto e instala ção de infraestrutura de instalação elétrica, fique atento para
seu dimensionamento correto e pense sempre em possíveis extensões futuras da rede.
As caixas devem ser colocadas em lugares acessí veis e devem conter tampa. Quando tiver interruptores
e tomadas, devem ser fechados pela tampa que compõe esses equipamentos.
5 INFRAESTRUTURA
117
5.4 SIMBOLOGIA
Conhecer e entender as simbologias é de extrema import ância para o eletrot écnico. Veremos aqui algu-
mas simbologias utilizadas para elaboraçã o e leitura de projetos de infraestrutura que simbolizam alguns
dos componentes da rede elétrica.
Quadro parcial de
luz e forç a aparente
Quadro parcial de
z ' /A
luz e for ç a embutido
Indicaras cargas de luz
Quadro geral de e for ç a em W ou kW
luz e forç a aparente
Quadro geral de
luz e for ç a embutido
As simbologias representadas seguem a norma ABNT NBR 5444, que, apesar de estar em processo de
cancelamento, ainda é muito utilizada por projetistas.
*118 INSTALA ÇÕ ES ELÉTRICAS PREDIAIS - VOLUME I I
Um técnico deve saber identificar os elementos que compõem uma rede de instala çã o elétrica. Deve
conhecer cada componente, saber dimensioná-lo e conhecer sua utilidade para cada circuito.
Uma rede elétrica bem instalada deve conter, além do projeto no papel, seus componentes bem identi-
ficados para facilitar o entendimento de qualquer técnico que venha fazer a manutençã o na rede.
Os circuitos também devem ser identificados no quadro de distribuição e os componentes de cada
circuito (fase, neutro e terra ) devem sempre seguir o caminho por um único eletroduto.
5.6 TIPOS
Existem vários tipos de materiais e equipamentos inseridos na infraestrutura de uma instalaçã o elétrica.
É muito importante que você conheç a e saiba fazer uso correto dos equipamentos que compõem uma
rede de eletrodutos.
Dentre os tipos de equipamentos que compõem a infraestrutura de uma instala ção, podemos destacar
os eletrodutos, barramentos, quadros de distribuiçã o e caixas de deriva çã o. A seguir veremos cada um
deles.
S INFRAESTRUTURA
119
Eletrodutos são tubos de metal ou PVC, responsáveis por alojar e proteger os condutores elétricos con-
tra a ções mec ânicas, corrosã o e agentes químicos, além de proteger o meio contra os perigos de inc êndio
que podem ser causados pelo superaquecimento dos condutores.
Os eletrodutos podem ser encontrados em v ários modelos, tamanhos e espessuras. Eles s ão caracteri-
zados, principalmente, por sua seçã o transversal. A partir da seçã o, é possí vel saber quantos condutores
podem ser inseridos no eletroduto.
Podemos ver na tabela seguinte as seções transversais de eletrodutos encontradas no mercado.
1 /2 15
3 /4 20
1 25
1.1/ 4 32
1.1/ 2 40
2 50
2.1/ 2 65
3 80
3.1/ 2 90
4 100
5 125
6 150
Os eletrodutos podem ser separados em met álicos rígidos, PVC rí gidos, met álicos flex íveis e PVC flexí-
veis. Vamos conhecer um pouco sobre cada tipo.
Eletrodutos met álicos s ão tubos de a ço que podem ser pintados internamente e externamente com
esmalte preto ou podem ser galvanizados. Estes tubos são encontrados com diferentes diâ metros de es-
pessura da parede. Existem os eletrodutos chamados de "eletrodutos pesados", que sã o compostos por
parede grossa, e os "eletrodutos leves", compostos por parede fina.
á INSTALA ÇÕ ES ELÉTRICAS PREDIAIS - VOLUME I I
120
Os eletrodutos sã o encontrados em barras de tr ês metros de comprimento, que podem ter suas extre-
midades rosqueadas para instala çã o de luvas. Esse tipo de eletroduto pode ser encontrado com bitolas26
que variam de Vi" at é 6" (meia polegada at é 6 polegadas).
b) PVC rí gidos
Os eletrodutos de PVC rí gidos são isolantes elétricos, nã o sofrem corrosã o e nã o são atacados pelos
á cidos. São os eletrodutos mais utilizados para instala ção de ramal geral para quadro de distribuiçã o.
Y7 >
*
& *•'
5
-* -
t'
* ;*
* *«T '
‘*
1
a- . V! .
f
v H
*
Esse tipo de eletroduto também é vendido em barras de 3 metros, alguns com roscas nas extremidades
para instalaçã o de luvas para emendas.
Esse tipo de eletroduto é formado por uma grande cinta de a ç o galvanizado, enrolado em espirais so-
brepostas e encaixadas de forma a proporcionar uma boa resist ência e grande flexibilidade no conjunto.
tf 4 •f
.A
Alguns eletrodutos metá licos flexí veis contêm revestimento de PVC para proporcionar maior resistên-
cia e durabilidade. Podem ser adquiridos em metros ou rolos de até 100 metros, sendo necessá rio especi-
ficar o diâmetro nominal que se deseja adquirir.
Esse tipo de eletroduto é utilizado em instalações elétricas expostas e na instala ção de má quinas elétri-
cas e motores, por conta de sua vibraçã o. São eletrodutos com um bom acabamento.
Esse tipo de eletroduto é fabricado com PVC autoextinguível27, o que proporciona uma boa flexibilida-
de. Mesmo com suas caracterí sticas de flexibilidade, s ão eletrodutos com alta resist ência a amassamento
que podem ser utilizados até mesmo para instalaçã o em lajes de concreto.
V /
27 PVC autoextinguí vel: caso a rede pegue fogo, o PVC extinguir á o fogo sem uso de extintor.
INSTALA ÇÕ ES ELÉTRICAS PREDIAIS - VOLUME I
122
Os eletrodutos flexíveis de PVC são os mais utilizados em instala ções elétricas em geral, podendo ser
utilizados em instala ções residenciais, comerciais e industriais.
Existem eletrodutos flexí veis com taxa de esforço que podem variar de esfor ço mec â nico leve de até
320N/5cm, utilizados para instalações em paredes em geral, até eletrodutos de esforç o mec â nico médio de
at é 750N/ 5cm, que podem ser utilizados nas instalações em lajes e piso. Esse tipo de eletroduto pode ser
adquirido por metro ou o rolo com 100 metros.
Os eletrodutos podem ser instalados ainda de forma aparente ou embutida. Vejamos cada uma delas:
a ) Eletroduto aparente
Os eletrodutos s ã o fixados na parede de forma aparente. Esse tipo de instalaçã o é utilizado em casos
onde não é possível inserir o eletroduto na parede ou quando a parede é de madeira ou gesso.
b) Eletroduto embutido
Os eletrodutos sã o embutidos28 em paredes de tijolo, cal ou lajes. Esse tipo de instalaçã o é o mais uti-
lizado em redes residenciais por manter as características do ambiente, deixando a infraestrutura da rede
oculta.
í
*Vv
Para montagem de uma rede de eletrodutos s ão necessários alguns acessórios, entre eles:
a ) Luvas: acessórios cilíndricos com rosca interna, utilizados para unir eletrodutos ou unir um ele-
troduto a uma curva;
b) Curvas: acessórios necessários para realizar mudanç as de direção em uma rede de eletrodutos.
Sã o encontradas com ângulos de 90°, 135° e 180°, com rosca ou ponta de bolsa;
c ) Buchas: sã o peç as utilizadas para dar o acabamento das pontas de eletrodutos que foram corta -
dos, a fim de impedir que os condutores sejam danificados no momento em que forem puxados;
d) Braçadeiras: sã o acessórios responsáveis pela fixa ção dos eletrodutos em paredes, tetos ou ou-
tros elementos estruturais.
Para saber mais sobre eletrodutos, recomendamos o livro: NEGRISOLI, Manoel Eduardo
^ SAIBA
MAIS
Miranda. Instalaçõ es el étricas: projetos prediais em baixa tensã o. 3. ed. S ã o Paulo:
Blucher, 1987.
Um barramento é uma tira grossa de alumínio ou cobre que tem a finalidade de conduzir eletricidade.
Existem alguns tipos de barramento que se diferenciam pelo circuito no qual vã o ser inseridos e pela sua
utiliza ção. Vamos estudar alguns tipos de barramentos.
a ) Barramento de fase central
Este barramento tem a finalidade de distribuir as fases entre os disjuntores de cada circuito, servindo
também para manter o equilíbrio das fases quando os disjuntores sã o posicionados seguindo o projeto
elétrico.
'K
g?
Figura 91 - Barramento de fase central
Fonte: SENAI DR BA. 2017.
á INSTALA ÇÕ ES ELÉTRICAS PREDIAIS - VOLUME I I
124
Esse tipo de barramento é bastante utilizado em quadros de distribuiçã o de indústrias por proporcionar
uma grande quantidade de circuitos a serem inseridos.
O barramento bifásico e trifá sico já vem com as fases alternadas, proporcionando um equilí brio entre
elas, desde que distribuí dos corretamente entre os disjuntores.
São barras de a ço ou alumínio furadas para permitir que sejam introduzidos os condutores terra e neu-
tro que serã o distribuí dos por toda a instalaçã o. Os barramentos de neutro e terra, em geral, costumam ser
iguais, no entanto, eles têm funcionalidades diferentes.
O barramento de neutro tem a função de conduzir a tensã o e corrente para alimentar os circuitos fase-
-neutro de um sistema. O barramento terra tem a função de interligar os circuitos de proteção. Todos os
circuitos s ã o ligados no barramento de terra, protegendo, assim, toda a instalaçã o.
As canaletas s ão bastante utilizadas também como parte da infraestrutura de uma instala ção elétrica.
Veremos agora mais sobre o assunto.
A canaleta tem o objetivo principal parecido com o dos eletrodutos. As canaletas ou perfis de PVC são
bastante utilizados em residências, escrit órios, lojas comerciais, laboratórios, entre outros locais, principal-
mente, por sua maneira segura e prá tica de instalar.
Figura 94 - Canaletas
Fonte: SENAI DR BA. 2017.
A canaleta é usada quando se deseja instalar ou ampliar a rede aparente em pontos que não haviam
sido previstos. Usando esse tipo de material, evita-se quebrar paredes, além de manter a rede segura, sem
deixar os fios expostos.
Os quadros de distribuiçã o sã o caixas que servem para alojar e fixar os disjuntores DR (Dispositivo Dire-
ferencial Residual) e DPS (Dispositivo de Proteçã o Contra Surtos), que sã o equipamentos de proteçã o que
ser ão estudados no capítulo seguinte; e os barramentos de instala ção elétrica. Sã o costituí dos de PVC ou
chapa met á lica e devem conter os barramentos de neutro e terra separados.
A INSTALA ÇÕ ES ELÉTRICAS PREDIAIS VOLUME I
126
O quadro de distribuiçã o deve ser montado deforma que os condutores dé cada circuito sejam de fá cil
identificaçã o e que permitam realizar as medições dos circuitos com facilidade.
Podemos diferenciar os tipos de caixa em funçã o da sua aplica ção, dimensões e da quantidade de con-
dutores que cada uma suporta, conforme a tabela seguinte.
Retangular 10 x 5 x 5 9 6 4
Quadrada 15 x 15 x 10 20 16 12 10
Octogonal 10 x 1 0 x 5
Ponto de luz no teto, 11 11 9 5
Octogonal 10 x 10 x 10
liga çõ es 11 11 9 5
As caixas de derivaçã o ou de passagem são indispensá veis para a execuçã o de instalações elétricas e
podem ter diversas aplicações, como vimos aqui.
Um sistema de cabeamento estruturado deve ser implementado de forma organizada, de modo que os
circuitos aos quais se destinam sejam de fácil entendimento. Um sistema desorganizado é prejudicial por
conta da demora que se leva para identificar cada saí da. Portanto, deve- se manter a estrutura totalmente
organizada e de maneira que permita um fácil entendimento.
Os técnicos de instala ções devem estar em constante processo de forma ção a fim de garantir o bom
dimensionamento e a boa montagem de uma rede de cabeamento e de todas as estruturas que ser ão
suportadas pelo cabeamento.
Apesar de os materiais utilizados na infraestrutura serem reciclá veis, o descarte de materiais recicláveis
ainda é feito sem a consciência ambiental e económica. O plá stico e o PVC que constituem grande parte
dos materiais utilizados na infraestrutura de uma rede elétrica s ão materiais com grande valor energético
e que têm um nível de degradaçã o muito demorado.
Esses materiais devem ser reutilizados quando possível e, ao notar neles um ní vel de desgaste elevado,
devem ser encaminhados para cooperativas de reciclagem para que o processo seja feito corretamente.
d INSTALA ÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS - VOLUME I
130
Os compostos de PVC s ão 100% recicláveis, podendo ser reciclados por meios fí sicos, químicos (para
composiçã o de novos materiais) ou até mesmo reciclagem energética, na qual esses materiais sã o utiliza -
dos como combust í veis eficientes para a produçã o de outros componentes.
O Brasil ainda tem grande déficit30 em número de cooperativas que realizam a reciclagem desses mate-
riais. Existe também a possibilidade de adquirir as má quinas necess á rias para realizar a reciclagem desses
materiais, o que pode gerar um lucro por parte de quem desejar investir nesse segmento.
29 Cooper Alliance: Instituiçã o que representa uma rede de centros regionais de cobre e seus membros líderes do setor,
mundial.
30 Déficit: saldo negativo.
S INFRAESTRUTURA
131
RECAPITULANDO
Neste capítulo estudamos sobre infraestrutura de uma instalaçã o elétrica predial. Vimos os princi-
pais itens que compõem a infraestrutura, aprendendo a diferenciar os tipos para cada utilização.
Aprendemos, também, como fazero dimensionamento correto dos principais componentes de uma
rede elétrica predial.
É de grande interesse para qualquer t écnico saber identificar cada componente de um projeto, por -
tanto, estudamos sobre as simbologias mais utilizadas em um projeto de infraestrutura.
A etapa da instala çã o da infraestrutura de uma rede elétrica requer atenção especial pelo fato de ter
vários componentes com utilidades diferentes. Aprendemos, entã o, sobre os tipos de cada compo-
nente, entendendo a maneira mais correta de utilizaçã o de cada um.
O descarte dos materiais também é de grande importâ ncia, por isso, devemos dar atenção especial
para os materiais utilizados na montagem da infraestrutura, como vimos aqui, que são materiais
produzidos em grande parte por componentes renov áveis, que podem ser reciclados. Aprendemos,
assim, a forma correta de encaminhar esses materiais para a reciclagem, deixando de poluir o meio
ambiente com materiais de difícil corrosã o.
Agora, estudaremos sobre componentes muito importantes em uma instalação elétrica, os dispositi-
vos de proteção. Aprenderemos no pr óximo capí tulo sobre esses dispositivos e suas funcionalidades
e a forma correta de dimensioná-los.
Dispositivos de prote ção
^
Em qualquer instalação elétrica, seja ela residencial, comercial ou industrial, garantir a segu-
ranç a no funcionamento da rede e dos dispositivos nela inseridos é de extrema importâ ncia.
Os dispositivos de proteção servem para garantir a segurança dos equipamentos e da rede elé-
trica contra acidentes que possam ser provocados por altera ção da corrente, efeitos t érmicos
e tensões fora da faixa.
Neste capítulo, estudaremos sobre esses dispositivos de extrema import â ncia nas instala-
ções elétricas e suas principais funcionalidades. Veremos a forma correta de instalação dos
dispositivos de proteçã o, conforme a norma ABNT NBR 5410:2004, e como as normas servem
para proteger a instalaçã o elétrica, os equipamentos e as pessoas.
Por fim, veremos os tipos de dispositivos de proteção mais utilizados em instalações elétri-
cas prediais.
O conteúdo apresentado neste capítulo é de extrema importâ ncia para a sua forma ção,
pois conhecer sobre os dispositivos de proteçã o e suas funcionalidades é indispensá vel para
qualquer eletrotécnico. Portanto, procure absorver os conhecimentos que ser ão aprendidos
aqui para que você possa aplic á-los na pr ática.
Os dispositivos de proteção desempenham papel de extrema importâ ncia no quesito mais importante
da norma ABNT NBR 5410:2004, que é a seguranç a das pessoas, animais domésticos e bens contra os peri-
gos e danos que possam ser causados pela utiliza ção das instala ções elétricas.
De acordo com a norma, o uso dos dispositivos de proteçã o é indispensável, devendo ser dimensiona-
dos e utilizados seguindo uma série de regras para que se garanta o bom funcionamento das instala ções.
Esses dispositivos devem seguir de forma rigorosa as prescrições da norma, conforme veremos ao lon-
go do capítulo.
Os dispositivos de proteçã o são caracterizados por sua funcionalidade ou pelo papel de proteçã o para
o qual foram projetados para desempenhar. Vamos conhecer suas utilidades mais importantes?
A funcionalidade desses dispositivos pode variar entre as listadas a seguir e pode ocorrer de um dispo-
sitivo desempenhar duas ou mais funções de proteção. Vamos conhecê-las.
E essencial a exist ência de proteçã o contra os choques elétricos que possam trazer perigo ao ser hu-
mano e animais. Os dispositivos de proteçã o contra choques elétricos sã o indispensá veis em instala ções
elétricas e devem ser inseridos de maneira correta, conforme a norma ABNT NBR 5410:2004.
O seu uso nos dispositivos elétricos é indispensá vel, devendo ser dimensionados e utilizados conforme
cada situaçã o.
6 DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO
135
Os equipamentos elétricos sofrem grande variaçã o de temperatura, podendo aquecer a ponto de cau-
sar incêndios, proporcionando grandes riscos ao ser humano. Alguns dispositivos s ã o protegidos contra os
efeitos térmicos, eles detectam o aumento de temperatura e atuam desligando o circuito, evitando que a
temperatura continue a subir, protegendo, assim, toda a instala ção.
Podemos ver na imagem a seguir exemplos de instalações elétricas que nã o possuem proteçã o contra
efeitos térmicos ou que a proteção não funciona corretamente. À esquerda podemos ver que o condutor
aqueceu ao ponto de pegar fogo em toda sua isola ção, à direita vemos como ficou a tomada em que esta
carga estava inserida.
"Tf
:• V*
A proteçã o contra efeitos térmicos atua nos equipamentos das seguintes formas:
a) Proteção contra queimaduras: a proteçã o contra efeitos térmicos deve atuar antes que ocorra
risco de queimadura para os seres humanos;
b) Proteçã o contra combust ão 31 ou degrada ção dos materiais: a proteçã o contra efeitos térmi-
cos deve atuar antes que possa ocorrer a combust ão dos equipamentos ou materiais envolvidos;
A proteção contra sobrecorrentes é a funcionalidade mais ativa nos dispositivos de proteção. Consiste
em desativar o circuito se forem detectadas correntes acima da corrente nominal32 do dispositivo.
Esse tipo de proteçã o serve para proteger a instala ção com seus componentes, especifica mente os
condutores, prevenindo contra incêndios causados por correntes acima da capacidade dos condutores. Os
tipos de dispositivos de proteção contra sobrecorrentes variam entre os que protegem contra correntes
de sobrecargas, contra correntes de curto- circuito, ou ainda os que protegem os condutores fase e neutro,
sendo de extrema importâ ncia identificar e conduzir a proteção de acordo com a necessidade de cada um.
A proteção contra sobrecorrentes age da seguinte forma:
a ) Proteção contra correntes de sobrecargas: age protegendo o circuito de eventuais cargas utili-
zadas acima do esperado pelo projeto. Exemplo: cargas adicionadas ao circuito após a finaliza ção
do projeto;
b) Proteçã o contra correntes de curto- circuito: age protegendo o circuito de eventuais picos de
correntes muito altos, que poderiam danificar os equipamentos presentes na rede ou causar aci-
dentes. Exemplo: equipamentos com fios desencapados;
a ) Proteção dos condutores de neutro e fase: age protegendo os condutores com uma corrente
inferior à corrente nominal do condutor, estando sempre ativa. Exemplo: se a corrente nominal
de proteçã o for maior que a corrente a ser protegida, corre- se o risco de pegar fogo, causando o
inverso do esperado.
32 Corrente nominal: corrente má xima de funcionamento do circuito de acordo com a carga instalada.
6 DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO
137
Sabemos que o funcionamento correto dos equipamentos elétricos depende de uma faixa de tensão
segura e que um pico de tensã o pode vir a causar danos aos equipamentos e até mesmo a toda rede elétri-
ca. Para evitar que isso aconteça, alguns dispositivos têm a funcionalidade extra de protegera rede contra
sobretensões tempor á rias ou permanentes, causadas por manobras na rede ou descargas atmosféricas.
Os dispositivos de proteçã o contra sobretensões não s ã o de uso obrigat ório nas instala ções elétricas,
mas um bom t écnico, conhecendo sua funcionalidade, não pode deixar de dimensioná-los proporcionan-
do maior seguranç a aos equipamentos.
6.3 DIMENSIONAMENTO
O dimensionamento dos dispositivos de proteçã o é simples e deve seguir as prescrições da norma NBR
5410, para que possa manter a coordena çã o entre os condutores do circuito e os dispositivos responsáveis
pela sua proteção.
Conforme a ABNT NBR 5410:2004, "os dispositivos de proteção devem ser previstos para que possam
interromper toda corrente de sobrecarga nos condutores dos circuitos antes que ela possa provocar um
aquecimento prejudicial à isola çã o, aos terminais ou à s vizinhanç as das linhas".
Para que essa coordena ção seja satisfeita, devemos adotar as seguintes condições na hora de dimen-
sionar esses dispositivos:
Ib In Iz
I2 1,45xlz
Sendo que:
Iz - capacidade de conduçã o de corrente dos condutores elétricos do circuito nas condições previstas
para sua instala ção, em Ampère ( A);
Para que os dispositivos de proteçã o funcionem corretamente, devem seguir algumas condições que
veremos a seguir.
a ) A corrente nominal do dispositivo de proteçã o deve ser superior à corrente do circuito, garantin-
do, assim, a nã o atua ção do dispositivo em situações normais de funcionamento;
b) A corrente nominal do dispositivo de proteção deve ser inferior à capacidade de conduçã o de
corrente dos condutores do circuito, garantindo, dessa forma, a proteçã o dos condutores contra
sobreaquecimento;
c) A corrente de projeto também não pode ser superior à capacidade má xima de condução de cor-
rente dos condutores do circuito;
d) Os dispositivos de proteçã o devem atuar quando a corrente se encontra com 45% de sobrecarga,
ou seja, 1,45 vezes a capacidade de condução da corrente dos condutores.
6.4 SIMBOLOGIA
Como já foi visto anteriormente, é de extrema importâ ncia conhecer as simbologias utilizadas nos pro-
jetos e diagramas dos dispositivos elétricos usados em redes de baixa e média tensã o. No intuito de garan-
tir a boa funcionalidade e seguranç a do projeto, vamos conhecer aqui as simbologias mais utilizadas no
nosso dia a dia, envolvendo os dispositivos de proteção.
SÍ MBOLO
TIPO OBSERVA ÇÕES
Unifilar Multifilar
Disjuntor monopolar
•1- *
X
t
•
i
•*•
I
Disjuntor bipolar
» *
a
i Devem ser indicadas as
correntes nominais desses
dispositivos.
*
vy
Disjuntor tripolar
1
Dispositivo DR
I
Dispositivo de Proteção
contra Surto (DPS)
1
r 0
s>
Agora que já conhecemos quais sã o as simbologias dos dispositivos mais utilizados, vamos aprender
como identific á -los, garantindo assim que não ser ão confundidos ou substituí dos no projeto.
Os dispositivos de proteçã o s ã o identificados por sua corrente nominal, que pode variar de acordo com
a inserção no circuito, e seu modelo podendo variar entre monopolar, bipolar e tripolar. A seguir, vamos
conhecer os tipos que podem ser encontrados com mais facilidade.
TIPO DESCRIÇÃ O
DISPOSITIVO MONOPOLAR
•
i)
•
Os dispositivos monopolares são
responsáveis por fazer a proteção do
condutor fase do circuito de redes
elétricas monofá sicas. Podem ser
encontrados diversos dispositivos de
prote ção monopolares, como disjun-
t • » tores, DPS, fusí veis, entre outros.
t
DISPOSITIVO BIPOLAR
• 0
DISPOSITIVO TRIPOLAR
DISPOSrTIVO TETRAPOLAR
6.6 TIPOS
Os tipos de dispositivos de proteçã o variam de acordo com a sua funcionalidade dentro do sistema em
que ser á inserido. Esses dispositivos variam entre as redes monof á sicas, bifá sicas ou trifá sica e se diferen-
ciam para atender a necessidade do perfil do circuito que será incorporado, podendo ser apenas resistivo
ou possuir motores interligados ao sistema, necessitando assim de uma proteçã o diferente.
V I
.
c ( I > '+ I t •••
o i I
__ • O
n 1
r ‘
r ;i
r ;» 1
t • **
i
Figura 105 - Tipos de dispositivos de proteção
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2017.
O fusível é o dispositivo de proteção de mais simples entendimento e aplicação. Sua inser ção no cir-
cuito é simples e seu funcionamento é bem limitado. E bastante utilizado em circuitos onde se tem uma
precisão da corrente que vai circular. Os fusíveis, na maioria das vezes, acabam por queimar 3 " quando sub-
metidos a grandes picos de correntes, já que s ão elementos mais fracos.
33 Queimar: termo usado para indicar que o fusí vel rompeu ( evitando danos à rede elétrica).
INSTALA ÇÕ ES ELÉTRICAS PREDIAIS - VOLUME I
142
* Jf.
ái *
Os fusí veis devem ser inseridos nos circuitos intercalados para que a passagem da corrente seja inter-
rompida sob condições anormais, como correntes de operaçã o acima da corrente do fusí vel. Em geral, há
alguns limites antes que um fusível venha a queimar. Sã o eles:
a ) A corrente nominal que o fusível suporta em opera ção contínua: a corrente direcionada para
a carga deve ser menor que a corrente nominal suportada pelo fusível; se essa corrente for maior
ocorrer á a queima do fusí vel;
b) A corrente de curto-circuito: é a má xima corrente que o fusí vel suporta circulando no circuito
para que nã o cause danos à instala ção. Em caso de um curto-circuito, o fusível queimará, prote-
gendo a instalaçã o;
c) A tensã o nominal que é importante para garantir a atuaçã o segura: se o fusível for inserido
em rede com tensão maior que a especificaçã o do mesmo, pode ocasionar a queima do elo e do
arco elétrico ou at é mesmo a explosão do fusí vel.
A queima de um fusí vel pode indicar o bom funcionamento da proteçã o, mas, deve -
FIQUE - se tomar cuidado se acontece mais de uma vez no mesmo circuito, pois a rede, pro -
ALERTA vavelmente, est á com algum problema que precisa de atençã o maior.
Os fusí veis de cartucho são os mais utilizados nas instala ções elétricas de baixa tensão.
Eles s ã o inseridos em um tubo protegido por material isolante e com contatos nas extremidades, como
mostrado na figura anterior.
Voc ê sabia que existem tipos diferentes de fusí veis ? Existem modelos de
fus í veis diferentes tanto em relaçã o ao circuito em que ser ã o inseridos,
CURIOSIDADES se em corrente cont ínua ou alternada; quanto em rela çã o ao modelo,
podendo ser de cartucho, rolha, cil í ndrico, entre outros. Por isso, você
deve ter atençã o na hora de adquirir estes equipamentos.
6.6.2 DISJUNTORES
Disjuntores são dispositivos que garantem a manobra 34 e a proteção contra correntes de sobrecarga e
contra correntes de curto-circuito.
Quando o circuito elétrico fica submetido a cargas acima da qual foi dimensionada, gera um aqueci-
mento na rede, principalmente nos condutores, que pode ainda atingir condutores próximos, gerando um
grande aquecimento no interior dos eletrodutos. São os disjuntores termomagnéticos os responsá veis por
interromper a rede quando se nota sinais de sobreaquecimento. Mas, como funciona essa interrupção?
O interior dos disjuntores cont ém um atuador bimet álico com duas placas de materiais d iferentes, ferro
e latã o, por exemplo, que ao aquecer acima do recomendado, abre o circuito, protegendo, assim, a rede
contra inc êndios.
Os disjuntores têm ainda a funcionalidade de proteção contra curtos-circuitos que podem gerar o r á -
pido aquecimento da rede. Esse tipo de proteçã o se deve a um atuador no interior dos disjuntores, que
detecta a varia ção brusca da corrente, desativando o circuito.
CASOS E RELATOS
Portanto, quando for fazer reparos em redes elétricas ou realizar medições, certifique-se de que o cir-
cuito encontra-se desenergizado e esteja sempre usando os equipamentos de proteção individual.
Os disjuntores podem ser encontrados com correntes nominais, conforme a tabela seguinte, podendo
variar, em alguns casos, de acordo com o fabricante.
CORRENTE NOMINAL (A )
6 10 13 16 20 25 32 40 50 63 80 100 125
Os disjuntores possuem especifica ções das curvas de atua ção diferenciadas em B, C e D, que definem
qual será a corrente máxima suportada em cada tipo para que o disjuntor possa atuar. Veja a seguir as
6 DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO
145
especificações das curvas de atua ção e em quais circuitos devem ser inseridos, conforme a norma IEC 3 b
60898:1998.
a ) Curve B: de 3 In a 5 In: devem ser utilizadas em circuitos resistivos sem picos eventuais de cor-
rente;
b) Curva C: de 5 In a 10 In: devem ser utilizadas em circuitos indutivos com eventuais picos de
correntes;
c ) Curva D: de 10 In a 20 In: este tipo de curva de disjuntor é utilizado para a proteçã o geral da
instalaçã o.
Ainda nã o entendeu como funciona? O exemplo a seguir ajudará você a escolher corretamente o
disjuntor.
Um disjuntor de curva B 25 A deverá atuar instantaneamente se houver uma corrente 5 vezes maior do
que sua corrente nominal, ou seja, 5 vezes 25 é igual a 125 A, entã o, este dispositivo só vai atuar quando
houver 125 A circulando pelo seu mecanismo.
Da mesma forma, os disjuntores curva C 25 A deverã o atuar quando houver 250 A ( 25 A x 10) e o disjun-
tor curva D 25 A só vai atuar quando houver 500 A ( 25 A x 20).
Cada disjuntor deve ser dimensionado para atender a sua funçã o especí fica, dessa forma, a total efici-
ência do dispositivo ser á mantida.
O Dispositivo Diferencial Residual ou apenas dispositivo DR, como é conhecido popularmente, é o mais
utilizado contra choques elétricos. Ele é indispensá vel nas instalações elétricas, conforme a ABNT NBR
5410:2004, e deve ser instalado corretamente para que sua funcionalidade seja desempenhada de manei-
ra eficaz.
Os dispositivos diferenciais desempenham múltiplas funções, pois, além de proteger as pessoas contra
choques elétricos, também oferecem proteção aos condutores contra sobrecorrentes e protegem o local
contra inc êndios.
nu
* r« i. r .
HMraft
40 A
nn m
*
O
:* oicr
l^
»1MJ
A proteçã o contra choques elétricos consiste em analisar as fugas de corrente ou, como também são
chamadas, correntes de falta.
FIQUE O dispositivo DR analisa faltas na corrente que deveria passar pelo circuito, cortando
a corrente quando for detectada. Em emendas malfeitas e mal -isoladas pode ocorrer
ALERTA falta de corrente e ocasionar o acionamento repentino do dispositivo diferencial.
O dispositivo compara a corrente que entra com a corrente que sai, sabendo, assim, se houve fuga de
corrente por outro caminho, cortando a corrente de entrada quando a fuga for detectada.
Sabemos da importâ ncia das tensões bem determinadas quando ocorrem fortes chuvas, uma vez que
as redes correm perigo de descargas atmosféricas, que, por sua vez, geram picos de tensão muito altos,
ocasionando a queima de muitos aparelhos e at é mesmo acidentes.
Os surtos de tensão também podem ser ocasionados por manobras feitas na rede de distribuiçã o para
manutenção. Essas manobras s ão seccionamentos da rede elétrica para realizaçã o de manutenção em
determinada área (ao religar o circuito são inseridas altas correntes e tensões na rede elétrica gerando os
surtos de tensã o).
Para evitar esse risco e prevenir a queima de equipamentos, existem os dispositivos de proteçã o contra
surtos, também chamados apenas de DPS.
6 DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO
147
A proteção do DPS consiste em identificar tensões transit órias presentes na rede e encaminha- las para o
sistema de aterramento antes que as sobretensões possam causar danos nos equipamentos da instala ção.
a ) Classe I: os DPS de classe I sã o dispositivos com capacidade de proteger contra surtos maiores,
capazes de drenar correntes parciais de raios provenientes de descargas atmosféricas. Este tipo
de dispositivo é utilizado em localidades expostas a descargas atmosféricas diretas, sendo insta-
lado, normalmente, em quadros de distribuiçã o primá rios;
b) Classe II: os DPS de classe II sã o dispositivos capazes de proteger contra surtos menores, ou seja,
correntes induzidas indiretamente (ocasionadas por descargas atmosféricas) que penetram nas
edifica ções. Este tipo de dispositivo é instalado em á reas urbanas nos quadros de distribuição
secundá rios;
c) Classe III: os DPS classe III s ã o dispositivos destinados a uma proteçã o mais dedicada, ou seja,
eles se destinam à proteção de equipamentos espec íficos conectados à rede elétrica, como gela-
deira, fogão, freezer , TV, entre outros tipos de equipamentos. São instalados próximos aos equipa-
mentos a que se destina a proteçã o.
Estudaremos agora sobre os dispositivos de manobra e tomadas de corrente, descobrindo a import ân-
cia desses dispositivos para o funcionamento da rede elétrica.
d INSTALA ÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS - VOLUME I
148
RECAPITULANDO
Neste cap ítulo estudamos sobre os dispositivos de proteçã o e conhecemos suas principais funciona-
lidades e a import ância desse tipo de equipamento em uma rede elétrica.
Vimos a forma correta de dimensionamento dos dispositivos de proteção, conforme a norma ABNT
NBR 5410:2004, para que seja garantido o funcionamento normal das instalações elétricas de baixa
tensã o.
Vimos também as simbologias utilizadas para esse tipo de dispositivo e quais as principais caracte-
rí sticas desses equipamentos.
Para se fazer manutenção em redes elétricas, ou at é mesmo desativar um ramal por alguns
instantes, é necessá rio fazer o uso de dispositivos de manobra. Mas, o que são os dispositivos
de manobra?
O conteúdo estudado neste capítulo é de extrema importâ ncia para a forma çã o de um bom
eletrotécnico. Um bom técnico deve conhecer o material apresentado aqui e saber a forma
correta de aplicar e fazer a manutençã o quando necessá rio.
Os dispositivos de manobra são aqueles que est ã o em contato direto com as pessoas, portanto, devem
seguir par âmetros para que seja garantida a segurança de seus usuá rios.
A norma da ABNT NBR 5410:2004 estabelece diretrizes para garantir o bom funcionamento das insta-
la ções elétricas de baixa tensão. Ela fornece também a localiza ção ideal para a instalaçã o de dispositivos
como interruptores, por exemplo, indicando seu uso nos cômodos de modo que o seu acionamento seja
o mais simples possí vel.
Veremos agora as principais caracterí sticas dos dispositivos de manobras e como fazer o seu correto
dimensionamento.
As caracterí sticas dos dispositivos de manobra variam de acordo com sua funcionalidade e com o tipo
de dispositivo em questã o, como os interruptores que podem ser unitá rios, duplos, triplos, entre outros,
e sã o acionados de forma direta; ou os controladores programados, que vã o se comportar de acordo com
uma programa ção prévia. Os dispositivos usados em instala ções elétricas funcionam em corrente alterna-
da monofásica ou bif á sica e normalmente trabalham com ní veis de tensã o de até 250 V, que é o limite de
isolamento para equipamentos elétricos de baixa tensã o.
Aqui, nesta seçã o, veremos as simbologias dos dispositivos de manobra e como identificá-los.
7.2.1 DIMENSIONAMENTO
Os interruptores, por exemplo, contam com uma variedade de configura ções e devem ser dimensiona-
dos considerando a quantidade de lâ mpadas necessárias a um cômodo e o pedido do cliente; podendo
inclusive ser instalado um interruptor triplo para controlar 3 lâ mpadas ou mais, em casos de cômodos
muito extensos.
7 DISPOSITIVO DE MANOBRAS E TOMADAS DE CORRENTE
153
7.2.2 SIMBOLOGIA
Conhecer as simbologias dos dispositivos de manobra é imprescindí vel para um eletrot écnico, seja para
fazer um projeto elétrico ou para fazer a instalaçã o seguindo um projeto. Um bom técnico conhece as sim-
bologias e interpreta cada símbolo da maneira correta.
Os símbolos apresentados aqui são utilizados nos diagramas elétricos do tipo unifilar e multifilar.
SIMBOLOGIA
TIPO
UNIFILAR MULTIFILAR
0
) 0 0
rj i
rj 0 0
0
r J »
# %
# %
#
0
V 0 t
0 t
% ê
%
% 0
% 0
#
#
Interruptor paralelo % %
•
m + #
a
i
JS
Interruptor intermediá rio
ÍR J
i xi
Dimmer LTJ
d INSTALA ÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS - VOLUME I
154
SIMBOLOGIA
TIPO
UNIFILAR MULTIFILAR
3
Minuteria
o :
l
o o
Pulsador para campanha
Contador
Relé de impulso
95 97
2 4 6 96 98
Relé térmico
120 O
i >
• Í
Sensor de presença
Relé fotoelétrico
Veremos agora como identificar os dispositivos de manobra para que nã o ocorram erros na hora da
instalaçã o.
7.2.3 IDENTIFICAÇÃO
Os dispositivos de manobra utilizados em instala ções elétricas prediais sã o aqueles de fá cil identifi-
ca ção e manuseio. Sã o dispositivos que, normalmente, vêm com indicações de suas funcionalidades em
forma de desenho ou com explicações sobre para que serve o dispositivo.
Para que os dispositivos sejam instalados corretamente, evitando curtos-circuitos, é importante que se
observe a forma correta de alimentar seus contatos. Cada dispositivo é alimentado de uma forma, por isso
deve-se tomar cuidado com essa etapa.
A forma correta de identificar os contatos dos dispositivos será mostrada a seguir, quando falarmos dos
tipos de dispositivos de manobra, e ser á explicado como fazer a instala ção de cada dispositivo.
7.3 TIPOS
Um bom técnico deve conhecer bem os dispositivos de manobra, suas funcionalidades e a maneira
correta de instalar cada um. Estes dispositivos t êm contato direto com as pessoas e, por isso, necessitam
de atenção especial.
Contamos, hoje, com uma variedade de dispositivos de manobras para diversas funções. Vamos co-
nhecer, aqui, os tipos mais utilizados para instala ções prediais, aqueles de extrema import ância para um
eletrotécnico.
7.3.1 INTERRUPTORES
a ) Os interruptores devem ter capacidade suficiente para suportar, por tempo indeterminado, as
correntes que passam por eles;
b) Nos cômodos, devem ser posicionados perto das luminárias que s ã o responsá veis por acionar;
c ) Em residências, devem ser posicionados perto das portas, a uma dist ância de 10 a 15 cm da guar-
niçã o.
Os interruptores cont êm contatos nos quais devem ser inseridos os condutores fase e retorno, e sua
instalaçã o deve ocorrer conforme a imagem seguinte.
I
Retorno
Figura 112 - Identificação de interruptores
Fonte: SENAI DR BA, 2017.
Existem diversos modelos de interruptores, que variam de acordo com a necessidade de cada cômodo.
Conheceremos as varia ções de interruptores mais usados em instala ções prediais.
É o dispositivo de manobra composto de um contato (liga /desliga) acionado por uma tecla. O interrup-
tor de uma seçã o tem como principal funçã o o comando de um ou mais pontos de iluminaçã o, acionando-
-os simultaneamente . Quando houver a necessidade de comandar mais de uma lâmpada, estas devem ser
ligadas em paralelo, mantendo os condutores nas duas lâmpadas em comum acionando os dois contatos
ao mesmo tempo.
7 DISPOSITIVO DE MANOBRAS E TOMADAS DE CORRENTE
157
i i i
Esse tipo de interruptor é o mais comum, bastante utilizado em instala ções prediais para comandar a
iluminaçã o de quartos e banheiros, principalmente, onde só costuma existir um ponto de ilumina çã o.
Esse tipo de interruptor é composto por dois contatos (liga/ desliga) com acionamento independente
um do outro. O interruptor de duas seções tem como funçã o principal controlar dois pontos de ilumina ção
independentes a partir de um mesmo local.
Esse tipo de interruptor é bastante utilizado nos cômodos em que existe a necessidade de se comandar
dois pontos de iluminaçã o, como salas, varandas ou garagens.
A INSTALA ÇÕ ES ELÉTRICAS PREDIAIS - VOLUME I I
158
INTERRUPTOR DE TR ÊS SEÇÕES
O interruptor de três seções é um dispositivo de manobra composto de três contatos (liga /desliga) com
acionamento independente um do outro. O interruptor de três seções tem como principal função coman-
dar tr ês pontos de iluminaçã o de um mesmo local, independentes simultaneamente.
c( /
c f
Esse tipo de interruptor é bastante utilizado em cômodos em que há a necessidade de se comandar três
pontos de ilumina çã o, como grandes salas, varandas ou garagens.
INTERRUPTOR BIPOLAR
O interruptor bipolar é o dispositivo de manobra composto por uma tecla com dois contatos (liga/des-
liga). Esse tipo de interruptor é utilizado em instalações elétricas bifásicas, onde a ilumina ção é alimentada
por duas fases.
Esse tipo de interruptor é recomendado para instala ções bifásicas pela segurança que oferece quando
se faz necessário realizar a manutençã o na instalaçã o ou trocar uma lâ mpada, garantindo, assim, a inexis-
t ência de corrente por seccionar as duas fases.
7 DISPOSITIVO DE MANOBRAS E TOMADAS DE CORRENTE
159
O interruptor Three Way, ou interruptor paralelo, como é conhecido, é um dispositivo de manobra com-
posto por um contato reversor 36. A principal funçã o desse tipo de interruptor é o comando de uma ou
mais lâ mpadas por dois pontos diferentes, proporcionando mais comodidade ao usuá rio por economizar
caminhadas desnecessá rias.
Os interruptores paralelos devem ser instalados em dupla e de acordo com a figura seguinte. No exem-
plo a seguir, podemos ver dois interruptores paralelos fazendo o acionamento de uma única lâ mpada,
podendo ser posicionados em pontos diferentes. Apenas o interruptor da esquerda é alimentado com o
condutor fase, interligando para o segundo interruptor atravé s dos dois condutores de retorno, permitin-
do assim que a lâ mpada seja acionada por qualquer um dos interruptores.
CONDUTOR FASE
CONDUTOR NEUTRO
.
*
A >
Figura 118 - Diagrama de liga çáo de interruptor paralelo
Fonte: SENAI DR BA, 2017.
Sua visã o frontal tem a apar ência de um interruptor simples. Para diferenciá-los é necessá rio olhar seus
contatos, onde o simples apresenta apenas dois contatos e os paralelos tr ês. Os interruptores paralelos
s ã o bastante utilizados em escadarias, posicionados no início e no final para comandar as lâ mpadas, em
quartos, posicionados na entrada do quarto e na cabeceira da cama, ou em c ômodos grandes onde há a
necessidade de comandar a iluminaçã o por mais de um ponto.
O interruptor intermediá rio, ou Four Way, como é também conhecido, é o dispositivo de manobra com-
posto de um conjunto de dois interruptores paralelos, com ligaçã o interna entre eles e com apenas uma
tecla de acionamento. A principal função desse tipo de interruptor é comandar a iluminação de uma ou
mais lâmpadas em mais de dois locais. O comando das lâ mpadas é feito atrav és dos dois interruptores
paralelos e um ou mais interruptores intermediá rios, permitindo assim que essas lâ mpadas possam ser
acionadas de diferentes pontos.
í »
»
I
‘
I
'
Figura 119 - Interruptor intermediá rio
Fonte: SENAI DR BA 2017.
Veja o diagrama a seguir, mostrando como fazer a liga ção deste dispositivo.
FASE
NEUTRO
»*
No diagrama mostrado anteriormente, pudemos ver a instalaçã o de uma lâ mpada com dois interrupto-
res paralelos e um intermedi á rio.
Observando a figura anterior, notamos que o fase só é ligado ao primeiro interruptor paralelo, que se
encarrega de distribuir á alimenta ção para os demais componentes do sistema, permitindo assim que esta
lâ mpada possa ser acionada de qualquer um dos pontos.
A INSTALA ÇÕ ES ELÉTRICAS PREDIAIS - VOLUME I I
162
O interruptor simples com tomada é o dispositivo de manobra composto por um interruptor simples e
uma tomada de corrente. Sua principal função é o comando de uma oumais lâ mpadas e ponto de tomada
de um mesmo local.
O interruptor com tomada é bastante utilizado em locais onde é necessário utilizaçã o de eletrodomésti-
cos perto do interruptor, como em banheiros, por exemplo. Podem ser encontrados também interruptores
duplos com tomada.
7.3.2 DIMMER
O dimmer é o dispositivo de manobra utilizado em instala ções prediais que permite a varia çã o da ten-
sã o para comandara luminosidade de uma lâ mpada.
Os dimmers s ã o usados para controlar a luminosidade de lâmpadas incandescentes e não devem ser
utilizados para lâmpadas fluorescentes ou eletrónicas.
7 DISPOSITIVO DE MANOBRAS E TOMADAS DE CORRENTE
163
Esses dispositivos possuem um circuito eletr ónico inversor, que transforma a tensã o, e, ao variar a ten-
sã o com o dimmer, as lâmpadas acabam se apagando totalmente .
7.3.3 BOTOES
BOTOES DE COMANDO
Existem alguns modelos de botões utilizados para quadros de comandos elétricos, principalmente para
controle de motores. Esses botões são dispositivos de manobra com diversas caracter í sticas, dentre elas os
botões pulsadores 37, bot ões seletores, bot ões com retenção 38, bot ões de contato normal aberto, bot ões de
contato normal fechado, entre outros.
.
a) Botã o pulsador: usado para emitir um pulso de tensã o em determinado equipamento Exemplo:
circuitos de comando que s ã o necessá rios apenas um pulso;
b) Botão seletor: usado para selecionar o circuito que deve ser alimentado ou desligado, contando
com retenção. Exemplo: circuitos que necessitam apenas de um comando para serem acionados;
c) Bot ão com retençã o: este tipo de botã o é bastante utilizado em sistemas de emergência e sele-
tores. Ao acionar um bot ão com retenção ele permanece no estado acionado até que o operador
retorne para a posiçã o inicial;
d) Botão normal aberto: é utilizado para energizar determinados circuitos. Ao ser acionado, permi-
te a passagem de corrente. O botã o normal aberto pode ser com ou sem retenção;
e) Bot ão normal fechado: é utilizado para desligar determinado circuito. Este botã o permite a pas-
sagem de corrente em seu estado inicial, desenergizando o circuito ao ser acionado. O bot ão
normal fechado pode ser com ou sem retenção.
Veremos agora os tipos de botões utilizados em instala ções prediais.
Dentre os bot ões utilizados nas instala ções prediais, destacam-se os botões pulsadores para campainha
e para minuteria, por serem os mais utilizados neste tipo de instalaçã o. Vamos conhecer sobre esses dois:
a ) Botã o pulsador para campainha: é um dispositivo de manobra composto por um contato nor-
mal aberto comandado por uma tecla. O fechamento do contato só acontece quando a tecla é
pressionada, retornando à sua posiçã o normal quando é solta, ou seja, sem retençã o. Este tipo de
botã o é utilizado em acionamento de campainhas em residências.
A representaçã o desse tipo de bot ão é feita por um símbolo de campainha em sua tecla.
7 DISPOSITIVO DE MANOBRAS E TOMADAS DE CORRENTE
165
b) Botão pulsador para minuteria: a minuteria é um dispositivo de manobra utilizado para co-
mando temporizado de lâmpadas. O bot ão pulsador de minuteria tem o funcionamento parecido
com o do bot ão para campainhas, sendo composto por um contato normal aberto e uma tecla
com o desenho de uma lâmpada. Pressionado o botã o, a minuteria transmite um pulso de tensão
que aciona a iluminaçã o do local por um tempo ajustado.
Esse tipo de dispositivo é utilizado em locais onde não é preciso ter ilumina ção contínua, por nã o haver
fluxo constante de pessoas, como corredores, escadarias, entre outros.
O bot ão de minuteria é representado por uma lâmpada em sua tecla.
7.3.4 C0NTAT0RES
O contator é um dispositivo eletromec â nico com acionamento eletromagnético por meio de uma bo-
bina. Este dispositivo é constituí do por contatos normais abertos e normais fechados, uma bobina e um
núcleo. Podemos ver na figura a seguir exemplos de contatores utilizados em comandos elétricos.
O conjunto bobina e núcleo estabelece uma for ça de atraçã o magnética que comanda os contatos
quando o dispositivo é alimentado. Os contatos normais abertos se fecham e os normais fechados se
abrem quando o contator est á acionado, retornando ao seu estado inicial quando o mesmo é desativado
do sistema.
Os contatores são utilizados para acionamentos elétricos de motores e na automa ção industrial.
7.3.5 SENSORES
Na instala ção predial, os sensores apresentam-se como dispositivos de automa ção que acionam uma
determinada carga sem a intervençã o do homem. Veremos a seguir exemplos de como os sensores podem
fazer as manobras de corrente sem que alguém esteja acionando-os. Observe a seguir os sensores utiliza -
dos na instalaçã o predial.
SENSOR DE PRESEN Ç A
O sensor de presenç a é sensí vel ao movimento, muito utilizado na instalaçã o predial para acionar auto-
maticamente cargas como lâ mpadas, port ões elétricos e outros. A funçã o do sensor de presenç a é detectar
o movimento de massa ( que emite calor), a exemplo de pessoas, animais, carros, entre outros, e fazer o
acionamento da iluminaçã o, por exemplo.
Esse tipo de sensor é bastante utilizado em ambientes que possuem tr áfego constante de pessoas, mas
se deseja obter uma economia consider ável de energia. Desse modo, evita-se deixar a luz acesa o tempo
todo.
Esse sensor encontra -se presente também em portas automá ticas de supermercados e shoppings , que
t êm o papel de abrir automaticamente quando detectada a presenç a de pessoas.
7 DISPOSITIVO DE MANOBRAS E TOMADAS DE CORRENTE
167
SENSOR DE LUMINOSIDADE
O sensor de luminosidade é o dispositivo de manobra que permite controlar lâmpadas através da lu-
minosidade do local. Este dispositivo é composto por um relé fotoelétrico, que capta em tempo real a
luminosidade do ambiente. Assim, é possí vel ligar e desligar uma carga.
O sensor de luminosidade é muito utilizado na iluminaçã o pública, ligando as lâ mpadas dos postes no
início da noite, quando o sol se põe, e desligando pela manhã, quando o sol começ a a aparecer.
SENSOR DE N Í VEL
Existem alguns sensores de ní vel utilizados para automação do abastecimento de água de tanques e
reservat órios. Vamos conhecer aqui um dos sensores mais utilizados em instala ções elétricas, que é a cha-
ve de boia.
A chave de boia elétrica é um sensor automá tico que faz a detecçã o do nível de á gua, atuando confor-
me a sua fixaçã o no reservatório. A chave de boia pode sinalizar ou alarmar o ní vel de água, sinalizando se
est á no ní vel desejado e alarmando quando o ní vel estiver acima do má ximo ou abaixo do ní vel mínimo. A
chave de boia é tamb ém responsável por acionar ou desativar uma motobomba.
Chaves de boias sã o dispositivos muito utilizados também para acionar alarmes de nível, que são utili-
zados para serem acionados quando o nível estiver fora da faixa desejada. Quando o ní vel está acima do
máximo ou abaixo do mínimo, os alarmes de ní vel devem ser acionados pela chave de boia, alertando
assim o responsável de que algo est á errado.
7.3.6 RELÉS
Em instala ções elétricas contamos com o auxílio desses dispositivos eletromecâ nicos que nos auxiliam
no acionamento e proteção de cargas do ambiente residencial e industrial. Vamos conhecer alguns dos
relés ma is utilizados para proteçã o e manobra em nosso cotidiano.
O relé t érmico de sobrecarga é um dispositivo de proteçã o eletromec â nico utilizado para proteção de
motores contra sobrecarga, evitando o aquecimento das bobinas dos motores, que pode danific á -los.
Quando uma corrente de sobrecarga no motor é detectada, as lâ minas do relé, compostas por materiais
diferentes, dilatam- se com coeficientes diferentes, o que causa um efeito de curva e aciona o relé, que des-
liga o dispositivo responsá vel por alimentar o motor. Com isso, o motor é desligado.
RELÉ DE IMPULSO
Os relé s de impulso são muito utilizados em instalações prediais, principalmente, para substituir inter -
ruptores paralelos e intermediá rios. Eles são usados para acionar lâ mpadas através de bot ões pulsadores.
Usando o acionamento de lâmpadas por relé, podemos utilizar diversos botões pulsadores em diferen-
tes pontos, para fazer o acionamento do relé fechando os contatos abertos permitindo assim que a lâ mpa-
da seja ligada. Com a utiliza ção dos relés, economiza-se material e, pela facilidade na instala çã o, também
há uma economia de tempo.
Os programadores de hor ário, relé de hor ário ou interruptor de horá rio, s ã o dispositivos de comando
que possibilitam programar, ligar e desligar circuitos elétricos a partir de um tempo preestabelecido. Estes
dispositivos sã o compostos por um relógio de 24 horas e contatos NA e NF, que possibilitam determinar o
ligamento ou desligamento de cargas, conforme a programa çã o.
r~
& V %
m m
4'
!?:3S
6101.2010
^ ^
Figura 132 - Programador de horá rio
Fonte: SENAI DR BA. 2017.
Os programadores de hor ário são dispositivos eficientes, que auxiliam no gerenciamento do consumo
ícios, indústrias, comércios ou residências.
de energia, podendo ser instalados em edif
A programaçã o do interruptor de hor ário é bastante simples e r ápida e permite selecionar, entre a fun-
çã o liga ou desliga, se será acionado todos os dias ou em dias da semana especí ficos ou outras situa ções,
conforme a necessidade. São, geralmente, projetados para mais de uma programaçã o no alcance de mi-
nutos, horas, dias e semanas.
Quando falamos de automaçã o nã o podemos nos esquecer do controlador lógico programá vel, ou
CLP, como é conhecido. Esse dispositivo é um computador, programado pelo t écnico, que desempenha
funções especí ficas e funciona como um cérebro que controla sistemas mec â nicos e elétricos, principal-
mente em indústrias. Veja a seguir a estrutura fí sica ou hardwarede um CLP:
a ) Entradas: parte do CLP que recebe sinais de interruptores, bot ões, sensores, etc.;
b) CPU: parte interna do CLP onde s ão processados os sinais da entrada, conforme programa ção
elaborada;
c ) Saída: local onde é descarregado o resultado do processamento do programa elaborado para
ligaçã o de dispositivos externos de carga, como lâ mpadas, relés, contatores, etc.
7 DISPOSITIVO DE MANOBRAS E TOMADAS DE CORRENTE
171
Embora seu uso seja mais intenso em indústrias, o CLP vem ganhando mais espa ço na automa ção resi-
dencial em função da grande busca por conforto e comodidade no lar. O CLP executa funções espec íficas,
através de um programa, e tem a funçã o de executar processos de forma automatizada.
Uma caracter ística muito importante do CLP é a otimiza ção do espa ç o, como mostrado na figura an-
terior. Os controladores s ã o utilizados para substituir grandes quadros de comando, na maioria das vezes
acionados por contatores e que ocupam muito espa ço. Um CLP tem a possibilidade de desempenhar mui-
to mais funções com uma economia de espa ç o muito grande.
INSTALA ÇÕ ES ELÉTRICAS PREDIAIS - VOLUME I
172
Agora que já conhecemos os dispositivos de manobra e suas funcionalidades, vamos aprender sobre as
tomadas de corrente ou apenas tomadas, como sã o mais conhecidas.
Tomada é um ponto terminal da instalação elétrica para conex ã o dos plugues macho das extensões
elétricas. Ela fornece potência com ní veis de tensã o apropriados para ligação dos equipamentos elétricos.
No Brasil foi padronizado o modelo de tomadas conforme a norma ABNT NBR 14136 - Plugues e To-
madas de Uso Doméstico, estabelecendo, assim, um modelo para todo o território nacional, baseado na
norma internacional IEC 41 60906-1. Com a padronização, os modelos de tomadas brasileiras passaram a ter
3 pinos, sendo eles F42-N43-T44 ou F-F-T, que podem ser utilizados tanto em circuitos monofá sicos quanto
em circuitos bifásicos.
Veremos a seguir as recomenda ções da norma ABNT NBR 5410:2004, que dita as regras para as insta-
la ções elétricas de baixa tensã o. Ao longo da seçã o veremos a forma correta de dimensionamento, como
identificar e os tipos de tomadas de corrente que est ão presentes em nosso dia a dia.
A norma ABNT NBR 5410:2004 estabelece as condições para garantir o bom funcionamento das to-
madas de corrente e, assim, manter a seguranç a das instala ções. Entre as prescrições da norma, estã o as
recomendações de cores que devem conter espelhos na cor bege-palha ou branca. Estes espelhos são as
proteções que ficam na parte externa dos pontos de energia utilizados para interruptores, tomadas, etc.
Eles funcionam como uma espécie de tampa ao redor do interruptor /tomada, escondendo fios e a parte
posterior desses itens.
A norma exige ainda que todos os plugues de tomadas sejam de tr ê s pinos, sendo eles F-N-T eque pos-
.
suam isolamento de 250 V, constituído de material termoplástico autoextinguí vel A norma também esta-
belece corrente má xima de 20 A para tomadas de corrente, possuindo assim tomadas responsá veis pela
alimenta ção de dispositivos com correntes de at é 10 A e outras tomadas responsá veis pela alimentaçã o de
dispositivos com correntes até 20 A.
Apó s a padronizaçã o das tomadas brasileiras conforme ABNT NBR 14136:2012, as tomadas de corrente
tornaram-se mais seguras e eficientes, passando a ter três plugues ligados aos condutores F -N-T, como
ser á mostrado mais adiante.
Com o novo padrã o de tomadas, o risco de choques elétricos diminuiu bastante, graç as ao recuo nos
contatos internos, evitando que o dedo toque a parte condutiva. Além disso, elas também possuem um
rebaixo no encaixe do plugue, que evita que os dedos toquem no pino da tomada ao inseri- las ou retir á-las.
Veja na figura seguinte.
Os pinos dos condutores vivos encontram-se alinhados e não há diferenciaçã o quanto ao tipo de liga-
çã o, se monofásica ou bifá sica. O pino do condutor de proteção terra apresenta um recuo em rela ção aos
condutores vivos.
A eletricidade, se mal utilizada, pode ser fatal. Pesquisa feita aponta que nos ú ltimos
anos, em m édia 600 pessoas morrem por acidentes envolvendo energia elé trica . Fique
^ SAIBA
MAIS
por dentro de como prevenir esse tipo de acidente e conhe ça todas as taxas de aci-
dentes com eletricidade no site da Abracopel: Associa çã o Brasileira de Conscientiza çã o
para os Perigos da Eletricidade.
As tomadas de 10 A e de 20 A diferem-se pela espessura dos pinos que podem comportar. Como mos-
trado na figura seguinte, as tomadas de 20 A possuem suporte com furos para pinos mais grossos do que
INSTALA ÇÕ ES ELÉTRICAS PREDIAIS - VOLUME I
174
as tomadas de 10 A, que possuem furos com espessura de 4 mm de diâ metro; já as tomadas de 20 A têm
furos com 4,8 mm de diâ metro.
10 A
20 A
Vamos agora aprender como fazer o dimensionamento correto das tomadas de corrente.
7.4.3 DIMENSIONAMENTO
O dimensionamento das tomadas de corrente deve ser feito a partir de um projeto elétrico da residên-
cia em quest ã o. Nos casos em que não há projeto elétrico ou o projeto n âo está em conformidade com a
ABNT NBR 5410:2004, as tomadas devem ser dimensionadas pelo técnico responsável pela instalaçã o.
A ABNT NBR 5410:2004 estabelece a quantidade mí nima de tomadas de corrente das edifica ções, que
devem ser dimensionadas a partir do per ímetro e á rea de cada cômodo, da seguinte forma:
a ) Salas e dormitórios: devem conter 1 ponto de tomada para cada 5 m do perímetro. A quanti-
dade de tomadas necessárias para a sala de estar deve levar em conta os eletrodomésticos que
ser ão instalados;
b) Cozinha, copa e área de servi ço: nestes cômodos deve ser previsto 1 ponto de tomada para
cada 3,5 m de perí metro. Na bancada da pia devem ser instaladas duas tomadas de corrente;
c) Banheiros: deve conter, pelo menos, uma tomada pr óxima ao lavatório;
d) Demais cômodos: em cômodos com á rea de até 6 m2 deve ser instalado 1 ponto de tomada. Para
c ômodos maiores que 6 m2 deve ser instalado um ponto de tomada para cada 5 m de per ímetro.
Os condutores utilizados para alimentaçã o das tomadas de corrente sá o especificados pela norma NBR
.
5410 e devem ser usados com seções mínimas de 2,5 mm2 Os condutores podem ser: FASE, que é aquele
que possui uma tensã o ou diferenç a de potencial, ou seja, possui carga; NEUTRO, que é responsá vel por
alimentar as tomadas de corrente, permitindo que os equipa mentos sejam ligados; e TERRA, que é respon-
s á vel por promover a proteçã o dos dispositivos ligados a estas tomadas.
7 DISPOSITIVO DE MANOBRAS E TOMADAS DE CORRENTE
175
7.4.4 SIMBOLOGIA
Conhecer as simbologias é sempre importante quando falamos de instalações elétricas prediais. Vere-
mos aqui as principais simbologias para tomadas de corrente.
SIMBOLOGIA
TIPO
UNIFILAR MULTIFILAR
OO
O
Tomada média dupla
OO
O
L _ J
Tomada alta dupla
O uso e conhecimento acerca das simbologias é indispensável para a seguranç a e melhor execuçã o dos
projetos elétricos, garantindo que, independentemente de quem realizou o projeto, o profissional que o
executar á saber á o que precisa ser feito. Veremos agora o que precisamos identificar e como fazer as iden-
tificações das tomadas.
INSTALA ÇÕ ES ELÉTRICAS PREDIAIS - VOLUME I
176
7.4.5 IDENTIFICA ÇÃ O
Se verificarmos a parte frontal da tomada, veremos dois pontos alinhados e um no centro, abaixo dos
outros dois. Os pontos alinhados sã o onde devem ser inseridos os plugues dos condutores vivos, ou seja,
onde há corrente, no ponto mais centralizado deve ser inserido o plugue do condutor de proteção.
« Fase
o Terra
o Neutro
O condutor terra deve ser inserido na tomada de corrente para fornecer a proteção necessária para
alguns aparelhos, sabendo que nem todos os aparelhos contêm o plugue de proteção, ou seja, alguns apa-
relhos continuam apresentando plugues com apenas dois pinos, a exemplo da maioria dos carregadores
de celular. A única diferenç a entre os plugues com dois pinos e os plugues com tr ês pinos é que o primeiro
nã o possui condutor de proteçã o, mais conhecido como fio terra; já o segundo, possui.
Quando a rede el étrica for bifá sica, no lugar onde est á ilustrado para ser inserido o
FIQUE condutor neutro, deve ser inserido o outro condutor fase. Qualquer outro condutor
ALERTA que seja inserido vai interferir no funcionamento da tomada e pode at é mesmo cau-
sar acidentes.
Portanto, a partir disso podemos entender a import ância do terceiro pino e seu significado em um plu-
gue. Agora vamos conhecer os tipos de tomadas, suas diferenç as, caracterí sticas e funcionalidades.
7.4.6 TIPOS
As configurações de instalaçã o das tomadas nas residências podem ser divididas em: TUG (Tomada de
Uso Geral), que é subdividida em tomada média ou tomada baixa; e a TUE (Tomada de Uso Espec ífico).
Vamos aprender um pouco sobre cada uma delas:
a ) TUG: as tomadas de uso geral sã o aquelas de corrente que estã o distribuí das pela residên-
cia e que nã o t êm um aparelho espec í fico para alimentar, contendo corrente má xima de 10 A;
7 DISPOSITIVO DE MANOBRAS E TOMADAS DE CORRENTE
177
Para que essas tomadas de uso geral sejam instaladas a uma altura padrã o, a ABNT NBR 5410:2004
estabelece algumas dist â ncias de montagem em rela ção ao piso, s ã o elas:
- Tomada baixa: as tomadas baixas devem ser instaladas a 30 cm do piso.
As tomadas baixas são instaladas em toda a residência, principalmente em quartos e salas. Elas não
devem ser instaladas em ambientes externos ou que têm contato com água por conta do risco de choque
elétrico.
- Tomada média: as tomadas médias devem ser instaladas a dist â ncias de 1,30 m a 1,50 m do chã o.
Tomadas altas sá o muito utilizadas para aparelhos específicos, como ventiladores, monitor para c â me-
ra, modem de internet, entre outros.
CASOS E RELATOS
Por conta dos acidentes quem vinham acontecendo com os alunos, uma escola no interior paulista
precisou reposicionar todos os seus dispositivos de acionamentos elétricos, ou seja, seus interrup-
.
tores As crianç as se acidentavam ao tentarem ter acesso aos interruptores e tomadas para ligar as
lâmpadas e "brincar" com as tomadas.
Técnicos foram convocados para analisar o ambiente e encontrar a melhor soluçã o, já que na altura
em que estavam instalados não seguiam as recomendações das normas e facilitava o acesso das
crianças. Como medida imediata orientada pelos t écnicos, a direção resolveu adequara instituiçã o
nos padr ões estabelecidos pela ABNT NBR 5410:2004 .
Após a implantação da medida e adequaçã o aos padrões, os casos relatados dentre a comunidade
escolar foram reduzidos a zero. É importante seguir o projeto e adequar os ambientes comerciais e
domésticos às normas e leis, garantindo que a vida e a integridade fí sica estejam em seguranç a.
7 DISPOSITIVO DE MANOBRAS E TOMADAS DE CORRENTE
179
As tomadas de uso geral são muito importantes e servem para alimentar diversos equipamentos elétri-
cos em toda a residência.
Elas sã o dimensionadas no projeto elétrico da residência e possuem circuito específico separado das
tomadas de uso geral e com carga prevista e especí fica ao uso do equipamento em quest ão.
m.
As tomadas de uso espec ífico podem ser instaladas conforme a posi çã o do aparelho que ir ã o alimentar,
devendo ser instaladas a, no má ximo, 1,50 m do mesmo.
Esse tipo de tomada é muito utilizado nas residências para instala ção de ar -condicionado, forno elétri-
co, chuveiro elétrico, motor de port ã o automá tico, entre outros. Veja na figura seguinte uma tomada de
uso espec í fico para alimenta ção de ar -condicionado.
No capítulo seguinte aprenderemos a implementar e a fazer a leitura dos diagramas elétricos, conhe-
cendo os tipos mais utilizados em instala ções elétricas prediais. Veremos, ent ão, a forma correta de utilizar
as simbologias aprendidas neste capítulo.
RECAPITULANDO
Neste capítulo aprendemos sobre os dispositivos de manobra de corrente e suas principais funcio-
nalidades. Vimos aqui as recomenda ções de acordo com as normas técnicas e a aplica ção correta de
cada dispositivo. Aprendemos a identificar cada componente, conhecendo suas principais caracte-
rí sticas.
Conhecemos os principais dispositivos de manobra utilizados em instala ções prediais, suas princi-
pais caracterí sticas e aplicaçã o, e também estudamos sobre os controladores lógicos programá veis,
t ão utilizados em redes industriais.
Por fim, vimos todas as simbologias referentes aos dispositivos de manobra e tomadas de corrente,
conhecendo as simbologias para representaçã o uní filar e multifilar de cada componente.
7 DISPOSITIVO DE MANOBRAS E TOMADAS DE CORRENTE Ik
181
Diagramas elétricos
Ao longo do livro aprendemos sobre os componentes de uma rede elétrica predial e suas
funcionalidades, vimos também as simbologias referentes a cada dispositivo. Mas, para que
servem todas as simbologias que aprendemos anteriormente?
As simbologias servem para serem utilizadas nos diagramas elétricos, representando, assim,
as instalações elétricas e todos os seus componentes através de símbolos grá ficos para facilitar
a leitura. Os diagramas elétricos são também chamados de esquemas elétricos e servem como
guia para orientar a execuçã o, análise, orçamento e manutenção de uma instala ção.
Um diagrama elétrico nada mais é do que a representaçã o de uma instalaçã o elétrica por
meio de símbolos grá ficos. Com a utilizaçã o de um diagrama é possível entender as conexões
dos condutores e de todos os componentes da rede que são representados com seus símbo-
los, o que torna o entendimento sobre o funcionamento dos circuitos e sobre a função de cada
equipamento presente na rede mais fácil.
Neste capítulo aprenderemos sobre os diagramas elétricos a partir das prescrições aponta-
das pela ABNT NBR 5410:2004, assim como da ABNT NBR 5444:1989, que possui as simbologias
para projetos elétricos mais utilizadas. Veremos as principais caracter ísticas de um diagrama,
o que é necessá rio identificar quando se fala de diagrama e a forma correta de se fazer isso.
Por fim, veremos os tipos de diagramas utilizados nas instala ções elétricas prediais, como
elaborar cada tipo e como fazer a leitura correta. Conheceremos, ainda, as funcionalidades de
cada tipo de diagrama, concluindo qual o melhor para cada situa ção.
A INSTALA ÇÕ ES ELÉTRICAS PREDIAIS - VOLUME I
184
O assunto abordado neste capítulo é de extrema import ância para sua forma ção. Um bom eletrot écni-
co conhece as simbologias necessá rias para a elaboraçã o e leitura de um diagrama elétrico e sabe aplicar
corretamente as regras que dizem respeito aos diagramas. Portanto, o assunto tratado aqui deve ser estu-
dado e aprendido para que possa auxiliar no seu dia a dia.
Já está curioso para aprender sobre os diagramas elétricos, nã o é mesmo? Entã o, vamos lá!
Toda e qualquer instalaçã o elétrica de baixa tensão deve estar de acordo com a norma ABNT NBR 5410 -
Instalações Elétricas de Baixa Tensã o, por isso, é importante que a elabora ção dos diagramas elétricos siga
suas recomendações para que seja assegurado o bom funcionamento da instala çã o elétrica.
Outra norma importante é a ABNT NBR 5444 - Símbolos Grá ficos para Instalações Elétricas Prediais.
Ela regulamenta as simbologias padronizadas para os componentes utilizados nas instalações elétricas. A
ABNT NBR 5444:1989 divide as simbologias desses componentes nas seguintes categorias:
a ) Dutos e distribuição: simbologias dos dutos, conduítes e componentes responsá veis por alojar
os condutores para distribuir a eletricidade pela instalação;
b) Quadros de distribuiçã o: essa categoria cont ém os quadros de distribuição geral, parcial e até
mesmo a representaçã o da caixa de medidor de energia;
8.3 SIMBOLOGIA
As simbologias utilizadas nas instalações elétricas prediais dizem respeito a todos os símbolos que pos-
sam representar os componentes elétricos de uma instalação. Eles são representados por símbolos con-
tidos nas normas ABNT NBR 5410 e ABNT NBR 5444, mas podem também conter símbolos criados, neste
caso, com a necessidade de legendas.
As simbologias usadas em instala ções prediais foram divididas nas simbologias referentes a cada com-
ponente nesta unidade curricular, portanto, conhecemos neste volume as simbologias utilizadas em ins-
tala ções prediais para padr ões de entrada, condutores elétricos, infraestrutura, dispositivos de proteção
e dispositivos de manobra e tomadas de corrente. No volume seguinte, conheceremos mais simbologias
utilizadas em instalações prediais de baixa tensã o.
FIQUE Com a evoluçã o tecnoló gica, muitos componentes novos ainda nã o possuem simbo -
logia padr ã o. Entã o, cabe ao projetista criar a pr ó pria simbologia do componente e
ALERTA atribuir - lhe legenda para que a simbologia possa ser entendida por todos.
A ABNT NBR 5444:1989 est á em processo de cancelamento, mas a maioria dos símbolos utilizados em
projetos elétricos prediais est á de acordo com ela, com exceção dos símbolos de equipamentos novos, não
contidos na norma.
8.4 IDENTIFICAÇÃO
Na cria çã o de diagramas elétricos é preciso tomar cuidado para que os componentes sejam bem iden-
tificados, evitando problemas na leitura e montagem na instalaçã o elétrica. Existem quesitos importantes
que necessitam de identifica ção e que devem ser seguidos conforme o quadro a seguir.
Os desenhos e esquemas devem transmitir o objetivo, funcionamento e realidade fí sica de uma insta-
la çã o elétrica.
CASOS E RELATOS
Clá udio Barreto e Joã o Lima são dois eletrot écnicos que têm uma empresa de instala ções prediais
na cidade de São Luí s, no Maranhão. Joã o é o encarregado de fazer os projetos elétricos e Cláudio de
fazer a montagem da instalaçã o, juntamente com os eletricistas auxiliares.
Certo dia, Jo ã o estava fazendo o projeto de uma residência e nã o se atentou para o posicionamento
dos componentes e para a identificaçã o das seções dos condutores e do eletroduto na elaboraçã o
do diagrama unifilar .
O projeto foi encaminhado para que Clá udio, que executou a instalação com as dimensões mínimas
(já que nã o havia nele a indica ção das seções), sendo 1,5 mm 2 para condutores e eletrodutosde 16
mm de diâ metro. Ao fazer a introduçã o dos condutores nos eletrodutos aconteceu de muitos eletro-
dutos ficarem superlotados, nã o suportando a quantidade de condutores presentes.
Diante disso, Clá udio resolveu entrar em contato com Joã o para esclarecer o que estava no projeto.
Joã o foi imediatamente ao encontro de Clá udio para consertar os erros e evitar maiores complica -
ções, como a ligaçã o de componentes potentes com condutores de 1,5 mm2, que poderiam causar
um acidente.
Quando for fazer um projeto elétrico ou montagem de um diagrama em uma instala ção predial,
lembre-se de tomar cuidado com as prescrições das normas e dos itens que precisam ser identifica-
dos corretamente para que não haja complica ções.
Na figura seguinte podemos ver a representaçã o de uma planta elétrica residencial, montada com dia-
grama unifilar, com as simbologias adequadas.
8 DIAGRAMAS ELÉTRICOS
189
ir> m
N
«\
*t
”
** ! CD
CD c
N *
<N a
CN a
«I
•4
/ O
:
fM
E
/ O
O
E LO
3
/
á°
/
/
Figura 146 - Planta de instalado elé trica residencial
Fonte: SENAI DR BA, 2017.
INSTALA ÇÕ ES ELÉTRICAS PREDIAIS - VOLUME I
190
Pudemos ver na figura anterior os componentes bem identificados e representados com simbologias,
conforme a norma ABNT NBR 5444:1989 para instalações elétricas prediais. Uma instalaçã o bem identifica-
da economiza tempo e trabalho na hora da montagem.
8.5 TIPOS
Existem alguns tipos de diagramas que facilitam a compreensã o das instala ções elétricas. Em um pro-
jeto elétrico, devemos representar as instalações elétricas de forma clara. A seguir, veremos os tipos mais
utilizados de diagramas elétricos e qual o mais indicado para cada utilizaçã o.
Em projetos elétricos podemos utilizar alguns tipos de diagramas que facilitam a comunica ção entre o
projetista e o instalador, como os diagramas unifilares, multifilares e funcionais, que sã o bastante utilizados
no nosso dia a dia. Veremos a seguir as particularidades de cada um.
O diagrama unifilar ou esquema unifi lar, como também é conhecido, é a representaçã o simplificada, em
forma de desenho, de uma instalação elétrica. Na construçã o de um diagrama unifilar é necessário deixar
claro algumas informa ções. Veremos a seguir quais são as mais importantes:
- Potência dos componentes inseridos no diagrama. Exemplo: tomadas de corrente, pontos de ilumi-
na ção, entre outros.
-1-
LT
O
- -1 20W
Oa Condutor retorno
Condutor fase
Condutor neutro
/ Eletroduto
Figura 147 - Esquema unifilar de instalação de interruptor simples com uma lâ mpada
Fonte: SENAI DR BA. 2017.
Os diagramas unifilares, geralmente, representam a posição física dos componentes em uma instala ção
elétrica, mas sua organiza ção nã o reproduz com clareza o funcionamento e a sequência funcional do cir-
.
cuito O técnico responsável pela instalaçã o deve sempre observar as necessidades do cliente e inserir os
componentes de uma maneira que atenda melhor essas necessidades. Um exemplo disso é a instalaçã o de
pontos de tomadas de corrente em quartos. Se o técnico observar a necessidade de maior concentra ção
desses pontos em determinada região de acordo com a necessidade do cliente, eles devem ser inseridos.
Veremos outro exemplo de esquema unifilar. A figura a seguir mostra a representa ção unifilar de uma
instalaçã o de tomada simples. Podemos ver no exemplo seguinte um eletroduto contendo os condutores
referentes a uma instala çã o de tomada baixa simples, pertencente a um circuito de número 2 do projeto.
INSTALA ÇÕ ES ELÉTRICAS PREDIAIS - VOLUME I
192
- 2-
> i
2,5 mm2
> v
Retorno
Condutor terra
Condutor fase
Condutor neutro
Eletroduto
I
Figura 148 - Esquema unifilar de instalação de tomada simples
Fonte: SENAJ DR BA. 2017.
O diagrama unifilar é o tipo mais utilizado nas instalações elétricas prediais, principalmente nos pro-
jetos elétricos, pois gera uma economia de espaço muito grande no diagrama. Cada tra ço, no diagrama
unifilar, representa um eletroduto e nele pode conter diversos condutores indicados de acordo com a
simbologia de cada tipo e com a especifica ção do circuito referente, sempre em conformidade com a ABNT
NBR 5410:2008, podendo representar assim v ários circuitos com poucos tra ç os.
O diagrama multifilar ou esquema multifilar, como também é conhecido, representa em detalhes uma
instalaçã o elétrica, mostrando todos os condutores e contatos dos componentes contidos na instalação.
Cada componente presente em um diagrama multifilar é indicado na forma de símbolos e cada traço re-
presenta um fio a ser utilizado na ligaçã o dos componentes.
A imagem seguinte mostra a liga ção de um esquema multifilar para um interruptor simples e uma lâm-
pada, mesmo exemplo mostrado anteriormente com esquema unifilar. Na imagem podemos identificar a
representa çã o das duas linhas indicando os condutores fase e neutro que são conectados aos componen-
tes S 1 e H1, que são um interruptor e uma lâ mpada, respectivamente. Os componentes utilizados neste
tipo de diagrama utilizam a simbologia multifilar, como mostrado no exemplo a seguir.
8 DIAGRAMAS ELÉTRICOS
193
FASE
NEUTRO
\ 0-
SI Hl
Figura 149 - Esquema multifilar de instalação de interruptor simples com uma lá mpada
Fonte: SENAI DR BA 2017.
FASE
NEUTRO
TERRA
Na imagem anterior pudemos identificar a representa ção das três linhas indicando os condutores fase,
neutro e terra que sã o conectados à tomada, mostrando a ordem correta de alimenta çã o deste compo-
nente. A representaçã o dos componentes em esquemas multifilares devem ser sempre com simbologia
multifilar.
O esquema multifilar é utilizado para representar pequenos circuitos de modo que fiquem mais claros
no projeto, porém, circuitos elétricos muito extensos acabam ficando muito confusos por conta da quan-
tidade de linhas que devem ser inseridas para a sua representação. Em um projeto elétrico residencial, se
fôssemos representar de forma multifilar, cada condutor deveria ser representado com um tra ço, o que
seria impossí vel em alguns casos pela quantidade de circuitos que cont ém .
INSTALA ÇÕ ES ELÉTRICAS PREDIAIS - VOLUME I
194
O diagrama funcional é usado quando se deseja representar uma determinada fração da instalaçã o de
maneira que essa fique mais simples, ou para explicar detalhadamente a alunos que nã o conhecem as sim-
bologias unifilares e multifilares de cada dispositivo. Os componentes inseridos em um esquema funcional
s ão representados em fotografias ou desenhos do componente real.
O diagrama funcional permite interpretar com clareza e rapidez o funcionamento dos circuitos. O es-
quema do diagrama funcional nã o se preocupa com a posiçã o física dos componentes, sendo representa-
do por meio de linhas retas.
A seguir podemos ver a representação em esquema funcional da ligaçã o de uma lâ mpada acionada
por um interruptor simples, mesmo exemplo mostrado anteriormente com esquema unifilar e multifilar.
FASE
NEUTRO
i
I
— •
Figura 151 - Esquema funcional de instala ção de interruptor simplescom uma lâmpada
Fonte: SENA] DR BA. 2017.
No exemplo anterior pudemos notar a grande semelhanç a entre o esquema funcional e multifilar. Pu-
demos ver a representa ção dos condutores fase e neutro, cada um representado por uma linha, assim
como mostrado no multifilar, sendo conectados aos componentes.
As imagens e desenhos dos componentes mostrados no diagrama funcional representam os equipa-
mentos exatamente como eles são encontrados à venda no mercado.
Veremos na figura a seguir mais uma representaçã o em esquema funcional, dessa vez da instalaçã o de
tomada simples, mesmo exemplo mostrado anteriormente com esquema unifilar e multifilar.
FASE
NEUTRO
TERRA
No exemplo mostrado anteriormente pudemos ver a representaçã o dos condutores fase, neutro e terra,
cada um representado por uma linha independente ligada diretamente ao componente. Os componentes,
neste tipo de diagrama, são ilustrados como explicado anteriormente, em forma de desenho ou imagem
real do componente.
Este tipo de esquema é utilizado apenas para ilustrar, eventualmente, algum circuito de forma que
fique mais fácil o entendimento da instalaçã o.
d INSTALA ÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS - VOLUME I
196
RECAPITULANDO
Neste capítulo aprendemos sobre os diagramas elétricos e a importâ ncia deles para as instala ções
elétricas. Saber montar um diagrama elétrico e saber fazer a leitura e interpretação sã o de extrema
importâ ncia para um eletrotécnico.
Vimos aqui as prescrições da norma ABNT NBR 5410 para o uso de diagramas elétricos nas instala -
ções de baixa tensã o e também vimos as categorias de símbolos presentes nas normas ABNT NBR
5444 e ABNT NBR 5410. Os símbolos referentes a cada componente de instalações elétricas prediais
já foram estudados nos capítulos anteriores. Pudemos aprender neste capí tulo como inserir esses
símbolos nos projetos de diagramas unifilares, multifilares e também nos diagramas funcionais.
Aprendemos, ainda, o que é preciso identificar na hora da elaboraçã o e leitura de um diagrama elé -
trico e quais as caracterí sticas ma is importantes dos diagramas.
Por fim, conhecemos os tipos de diagramas elétricos utilizados para nos auxiliar na montagem das
instala ções elétricas, que sã o: diagrama unifilar, multifilar e funcional, aprendendo as particularida -
des de cada tipo.
Chegamos ao fim deste volume e pudemos concluir que os conhecimentos adquiridos s ã o de suma
importâ ncia para a forma çã o de um bom profissional eletrotécnico.
Aprenderemos no volume seguinte sobre as caracter í sticas, simbologias e como fazer a identificaçã o
e dimensionamento de outros dispositivos presentes em instala çã o elétricas prediais, como os dis-
positivos de comunicaçã o e seguranç a patrimonial e os dispositivos de iluminaçã o.
Bons estudos.
8 DIAGRAMAS ELÉTRICOS
197
REFERÊNCIAS
AGÊ NCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA (ANEEL). Tensões nominais: tensões no-
minais secundá rias por Municí pio. 2016. Disponível em: <http:// www.aneel.gov.br /ten-
soes-nominais>. Acesso em: 24 maio 2017.
. A tarifa de energia elétrica. 2016. Disponível em: <http:/ /www.aneel.gov.br/
tarifasx Acesso em: 25 maio 2017.
. Fiscalização do serviço público de energia elétrica. [20--]. Disponível em:
<http:// www.aneel.gov.br /fiscalizacao-do-setor-eletrico>. Acesso em: 22 maio 2017.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CONSCIENTIZAÇÃO PARA OS PERIGOS DA ELETRICIDADE.
Anuá rio Estatí stico Brasileiro dos Acidentes de Origem Elétrica. São Paulo: ABRACO-
PEL. 2017
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMASTÉCNICAS. IEC 60898: disjuntores para proteção
de sobrecorrentes para instalações domésticas e similares ( IEC 60898: 1995, MOD). Rio
de Janeiro, 2004.
. NBR 5410: Instala ções elétricas de baixa tens ão. Rio de Janeiro, 2004. Versã o
corrigida 2008 .
. NBR 5444: símbolos gráficos para instalações elétricas prediais. Rio de Janeiro,
1989.
. NBR 14039: instalações elétricas de média tensão de 1 kV a 36,2 kV. Rio de
Janeiro, 2003. Emenda 1:2005.
. NBR 14136: plugues e tomadas para uso doméstico e aná logo até 20 A/ 250 V
em corrente alternada: padroniza çã o. Rio de Janeiro, 2012. Versão corrigida 4:2013.
BIBLIOTECA virtual do Governo do Estado de São Paulo. Reciclagem: metal. 2017. Dis -
ponível em: <http:// www.bibliotecavirtual.sp.gov.br/temas/ meio-ambiente/reciclagem-
metal.php>. Acesso em: 18 out. 2017.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Portaria n° 3.214, 08 de junho de 1978: apro-
va as normas regulamentadoras - NR - do Capítulo V, Título II, da Consolidação das Leis
doTrabalho, relativas à Seguranç a e Medicina doTrabalho. Diá rio Oficial [da ] Repúbli-
.
ca Federativa do Brasil, Brasília, DF, 08 dejul , 1978 .
.
CAVALIN, Geraldo; CERVELIN, Severino. Instala çõ es elétricas prediais. 21. ed São Pau-
lo: É rica, 2013.
CREDER, Hélio. Instalações elétricas. 15. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2007.
DREAMSTIME. Eletroduto. Figura 81.2017. Disponível em: <https://www.dreamstime.
com/ stock -photos-group -plastic -pipes-image25945043>. Acesso em: 17 out. 2017.
HOMEM morre após ser eletrocutado em Taubaté, SP. G1, jul. 2015. Disponível em: <
http:// g 1.globo.com/ sp/vale -do-paraiba -regiao/noticia/ 2015/ 07/homem-morre-apos-
ser-eletrocutado-em-taubate- sp.html>. Acesso em: 16 out. 2017.
LIMA FILHO, Domingos Leite. Projetos elétricos prediais. 12. Ed. Sã o Paulo: Saraiva,
2014.
PIXNIO. Importância dos diagramas elétricos para a montagem da rede. Figura 145.
2017. Disponível em: <https://pixnio.corn/free-images/2017/09/09/2017-09-09-07 -08-
43 -400x300.jpg>. Acesso em: 16 out. 2017.
NISKIER, Julio; MACINTYRE, Archibald J. Instala ções elétricas. 5. ed. Rio de Janeiro: LTC,
2008.
QUANTOS tipos de tomadas existem e por que há tantos diferentes ?. BBC Brasil, set.
2016. Disponível em: <http://tecnologia.ig.com.br/2016-09-05 /tipos-tomadas.html>.
Acesso em: 18 out. 2017.
SENAI. Departamento Nacional. Departamento Regional da Bahia. Inovação eTecnolo -
gias educacionais. Brasília: SENAI DN; Salvador: SENAI DR BA, 2017.
SHUTTERSTOCK. Sistema elétrico de potência. Figura 3.2017. Disponível em: <https://
www.shutterstock.com /pt/ image- vector/isometric -hydroelectricity- conceptual-de-
sign-693336418>. Acesso em: 19 out. 2017.
. . . . Disponível em: <https://www.shutterstock.com/pt/
image- vector /vector-isometric -icon-infographic -element -representing-304390844>.
Acesso em: 19 out. 2017.
. . . . Disponível em: <https://www.shutterstock.com/pt/
image-vector/electric-transformer-isometric-building-info - graphic -422169637>. Acesso
em: 19 out. 2017.
. Rede primária de distribuição elétrica. Figura 5.2017. Disponível em:
<https:// www.shutterstock.com/pt/image - photo/electric -pole-low -voltage-blue
-sky-480941137 >. Acesso em: 16 out. 2017.
. Rede secundá ria de distribuição elétrica. Figura 6.2017. Disponível em: <ht -
.
tps:// www.shutterstock.com/pt/image -photo/high -voltage -pole - 435744436> Acesso
em: 16 out. 2017.
. Ferramentas como extensão das mãos. Figura 12.2017. Disponível em:
<https:// www.shutterstock.com/pt/image - photo/ diy-tools- set -collage-isolated
-on-152822789>. Acesso em: 16 out. 2017.
. Caixa de ferramentas. Figura 13.2017. Disponível em: <https://www.shutters-
tock.com/ pt/ image -photo/garage -tool-box -work-isolated-160250423 >. Acesso em: 16
.
out 2017 .
. Alicates em geral. Figura 14.2017. Disponível em: <https:// www.shutterstock.
com/pt /image -photo/closeup -assorted-hand-tools-row -144329095 >. Acesso em: 16
.
out 2017 .
. Chaves e parafuso philips. Figura 22. 2017. Disponível em: <https:// www.shu-
tterstock.com/pt/image- photo/ screwd river-isolated -white -background- 238983040>.
Acesso em: 16 out. 2017.
. Canivetes e estiletes. Figura 23.2017. Disponível em: <https:/ /www.shuttersto -
ck.com/ pt/image -photo/penknife-isolated -474599104>. Acesso em: 16 out. 2017.
. Prumo de centro. Figura 29.2017. Disponí vel em: <https:// www.shutterstock.
com/pt /image-photo/vertical -plumb- bob -isolated -on-white -216883933>. Acesso em:
16 out. 2017.
SHUTTERSTOCK. Dobrador de tubos. Figura 30.2017. Disponível em: chttps://
www.shutterstock.com/pt/ image -photo/tube- bender -isolated -on-white -backgrou -
nd-101276521>. Acesso em: 16 out. 2017.
. Rebitadeira. Figura 31.2017. Disponível em: <https:// www.shutterstock.com/
.
pt/ image-photo/rivet -620126708> Acesso em: 17 out. 2017 .
. Parafusadeira. Figura 34.2017. Disponível em: <https:/ /www.shutterstock.
com/ pt/ image-photo/cordless - orange -drill -black-battery-isolated -109750148>. Acesso
em: 17 out. 2017.
. Furadeira manual. Figura 35.2017. Disponível em: <https:// www.shutterstock.
com/ pt/ image-photo/hand-electric -drill-dose -606466097>. Acesso em: 17 out. 2017.
. Medição de tensão com multímetro. Figura 40. 2017. Disponível em: <https://
www.shutterstock.com/pt/image -photo/electrician -measurements-multimeter -tes-
ter -529590637>. Acesso em: 17 out. 2017 .
. . . . Disponível em: <https:// www.shutterstock.com/pt/
image-photo/selective -focus-auto -mechanic-uses-multimeter-560248822>. Acesso em:
17 out. 2017.
. Mediação de corrente com multímetro. Figura 41.2017. Disponível em: <ht-
- .
tps://www.shutterstock.com/pt /image- vector /digital multimeter -617249693 > Acesso
em: 17 out. 2017.
. Mediação de resistência com multímetro. Figura 42.2017. Disponível
em: <https://www.shutterstock.com/pt/image - vector /digital- multimeter-resis-
tor -617348186 >. Acesso em: 17 out. 2017.
. Paquímetro e trena digitais. Figura 49.2017. Disponível em: <https:/ /www.
shutterstock.com/ pt/ image -photo/vernier -caliper-isolated- on- white -backgrou-
.
nd-63050899>. Acesso em: 17 out 2017 .
. Constituiçã o dos condutores elétricos. Figura 52.2017. Disponível em: <ht-
tps://www.shutterstock.com/pt /image-photo/underground-power -cable -33 -kilovolt
.
-kv- 557912035> Acesso em: 19 out. 2017 .
. Cabos unipolares. Figura 53.2017. Disponível em: <https:// www.shutterstock.
com/ pt/ image-photo/four -colors-electrical-power-cable-80803909>. Acesso em: 17 out.
2017.
. Cabo multipolar. Figura 54. 2017. Disponível em: <https:// www.shutterstock.
com/ pt/ image-photo/macro -detail-cable -391189216>. Acesso em: 17 out. 2017.
. Condutores isolados. Figura 55.2017. Disponível em: <https://www.shutters -
tock.com/ pt/image -illustration/copper - power-cable-black -plastic -cover- 243193177>.
Acesso em: 17 out. 2017.
. Condutores nus. Figura 56.2017. Disponível em: <https:// www.shutterstock.
com/ pt/ image-photo/cleared-copper -electric-power -cable -119264341 >. Acesso em: 17
.
out 2017 .
. Conectores. Figura 65.2017. Disponível em: <https:// www.shutterstock.com/
pt/ image-photo/cable-lug-different -colors-sizes-on-623940635>. Acesso em: 19 out.
2017.
SHUTTERSTOCK. . Disponível em: <https:// www.shutterstock.
com/pt /image -photo/electrical-cable-lug-564884257>. Acesso em: 19 out. 2017.
. Condutores de diferentes seções. Figura 66.2017. Disponível em: <https://
www.shutterstock.com /pt/ image-photo/closeup -electric -cable-on- white-backgrou -
nd-355939394>. Acesso em: 17 out. 2017.
. Condutores sobre isoladores em linhas aéreas. Figura 73.2017. Dispo -
nível em: <https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/electricity - post -blue
-sky-363051893 >. Acesso em: 17 out. 2017.
. Condutores em eletroduto aparente. Figura 74.2017. Disponível em:
<https:// www.shutterstock.com/pt/image-photo/ light-bulbs-long-metal-pipe -de -
sign-430655164>. Acesso em: 19 out. 2017.
. . . . Disponível em: <https://www.shutterstock.com/pt/
image-photo/thailand-electric - socket -outlets -on-concrete- 707148475 >. Acesso em: 19
out. 2017.
. Condutores em eletroduto embutido. Figura 75.2017. Disponível em: <ht-
tps:// www.shutterstock.com/pt/image-photo/ electricity-conduit-installation-light -wei-
ght -concrete -625174631>. Acesso em: 17 out. 2017.
. Condutores em eletrocalha. Figura 77.2017. Disponível em: <https:/ / www.
shutterstock.com /pt/ image-photo/cable-tray - piping-construction- on-site-403271086>.
Acesso em: 17 out. 2017.
. Condutores para descarte. Figura 78.2017. Disponível em: <https:// www.
shutterstock.com /pt/ image-photo/abandoned -commercial- wireabandoned- plastic - wi-
.
re- 137000336> Acesso em: 17 out. 2017 .
. Racionaliza çã o das fontes de energia. Figura 80.2017. Disponível em:
<https:// www.shutterstock.com/pt/image- vector /global-ecology-concept- vector
-eps10-108032945 >. Acesso em: 17 out. 2017.
. Quadro de distribuiçã o. Figura 82.2017. Disponível em: <https://www.shut-
terstock.com/pt/image-photo/fusebox -46013935 >. Acesso em: 17 out. 2017.
. Caixa de derivaçã o. Figura 83.2017. Disponível em: <https://www.shuttersto -
ck.com/ pt/image -photo/structure- wiring-diagrams -new -buildings-654489670>. Acesso
em: 19 out. 2017.
. Rede de eletrodutos. Figura 84.2017. Disponível em: <https:/ /www.shuttersto -
ck.com/ pt/image -photo/electrical -wiring-accessories-fixed-side-concrete-690684187>.
Acesso em: 17 out. 2017.
. Eletroduto metálico rígido. Figura 85.2017. Disponível em: <https:/ /www.
shutterstock.com /pt/ image-photo/metal-conduit-tube- 516523999>. Acesso em: 17 out.
2017.
. Eletroduto de PVC rígido. Figura 86.2017. Disponível em: <https:/ /www.shu-
tterstock.com/pt/image- photo/ yellow- pvc -pipes -electric -conduit -458306581 >. Acesso
em: 17 out. 2017.
SHUTTERSTOCK. Eletroduto metálico flex í vel. Figura 87. 2017. Disponível em: chttps://
www.shutterstock.com/pt/image -photo/corrugated-pipe-metal-electrical-wire -isola -
ted-639519760>. Acesso em: 18 out. 2017.
. Eletroduto de PVC flexí vel. Figura 88.2017. Disponível em: <https:/ /www.shu-
tterstock.com/pt/image-photo/plastic -corrugated-pipe-color -yellow -on-331912172>.
Acesso em: 18 out. 2017.
. Instala ção de eletroduto embutido. Figura 90.2017. Disponível em: <https:/ /
www.shutterstock.com/pt/ image -photo/electrician -installing-electrical-boxes - pvc -pi-
pe -186839453>. Acesso em: 18 out. 2017.
. Barramentos de neutro e terra. Figura 93.2017. Disponí vel em: <https:// www.
shutterstock.com/ pt/ image -photo/photo -wiring- wirework-focus-on- 2 - 1361860>. Aces-
so em: 18 out. 2017.
. Organização do quadro de distribuiçã o. Figura 96.2017. Disponível em:
<https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/ open-distribution-board -integrated
-wall- 567533011>. Acesso em: 18 out. 2017.
. . . . Disponível em: <https:// www.shutterstock.com/pt/
image- photo/electical-distribution-fuseboard-electrical-supplies-panel-582746860>.
Acesso em: 18 out. 2017.
. Rede de cabeamento estruturado desorganizada. Figura 98.2017. Disponí-
vel em: <https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/stressed-technician-looking
-open- server-locker- 345737093>. Acesso em: 18 out. 2017.
. Rede de cabeamento estruturado organizada. Figura 99.2017. Disponí vel
em: <https:// www.shutterstock.com/pt/image- photo/engineer - work-being- serious-
ly-90305851>. Acesso em: 18 out. 2017.
. Recicle - reú se - reduza. Figura 101.2017. Disponí-
vel em: <https:/ /www.shutterstock.com/pt/image- vector /sketch-doo-
dle -recycle-reuse -symbol-isolated-422144959?src=HZOdFGAQLvc 76OLp_ stDxg-1-0>.
Acesso em: 18 out. 2017.
. Choque elétrico. Figura 102.2017. Disponível em: <https:// www.shutterstock.
com/ pt/ image-vector /electric -shock -risk -caution-sign-282732296>. Acesso em: 18 out.
2017.
. Efeito térmico. Figura 103.2017. Disponível em: <https:// www.shutterstock.
com/pt/image -photo/electricity-short - circuit -electrical-failure-resulting-616577615 >.
Acesso em: 18 out. 2017.
. . . . Disponível em: <https:// www.shutterstock.com/pt/
image-photo/electrical-failure -power-outlet -isolated-120013960>. Acesso em: 18 out.
2017.
. Sobrecorrentes. Figura 104.2017. Disponível em: <https://www.shutterstock.
com/pt/image -photo/two -electric -cables -221499976>. Acesso em: 18 out. 2017.
. Tipos de dispositivos de proteçã o. Figura 105.2017. Disponível em: <https://
www.shutterstock.com/ pt/ image -photo/many-residual-current - devices-standing
.
-row-650590537> Acesso em: 18 out. 2017 .
SHUTTERSTOCK. Fusí veis. Figura 106.2017. Disponí vel em: <https:// www.shutterstock.
com/pt /image -photo/fuse -electrical-protection-component -isolated-on-326168777>.
Acesso em: 18 out. 2017.
. . . . Disponível em: <https://www.shutterstock.com/pt/
image-photo/ old-type -fuses-used-protect -installation-390551470>. Acesso em: 18 out.
2017.
. Disjuntores. Figura 108.2017. Disponível em: <https://www.shutterstock.com/
pt /image-photo/various -automatic -circuit -breakers -isolated- on-389475976>. Acesso
em: 18 out. 2017.
. Dispositivo diferencial residual. Figura 109.2017. Disponível em: chttps://
www.shutterstock.com /pt/ image-photo/saransk -russia -january-13 - 2017-dekra-
ft-558075502>. Acesso em: 18 out. 2017.
. Dispositivo de proteção contra surtos. Figura 110.2017. Disponível em: <ht-
tps:// www.shutterstock.com/pt/image-photo/ saransk -russia-january - 13 - 2017-schnei -
.
der- 558075496> Acesso em: 18 out. 2017.
. Interruptores. Figura 111.2017. Disponível em: <https:/ / www.shutterstock.
com/pt /image-photo/save -energy-switch-off- 530429125>. Acesso em: 18 out. 2017.
. Dimmer. Figura 122.2017. Disponível em: <https://www.shutterstock.com/pt/
image - photo/light -switch-260170160>. Acesso em: 19 out. 2017.
. Relé térmico de sobrecarga. Figura 130.2017. Disponível em: <https://
www.shutterstock.com /pt/ image-photo/electrical- overload-relay-isolated-on- whi -
te -213936136>. Acesso em: 18 out. 2017.
. Tomada de uso específico para ar- condicionado. Figura 143.2018. Disponí-
vel em: < https:// www.shutterstock.com/ pt/ image -photo/plugged -air-conditioner -on
-wall-88135561>. Acesso em: 22 maio 2018.
. Componentes para padrão de entrada de baixa tensã o. Quadro 4.2017.
Disponí vel em: <https:// www.shutterstock.com/pt/image -photo/corporation-electricity
-box-new -modern-apartment-144990760>. Acesso em: 16 out. 2017.
. . . . Disponível em: <https://www.shutterstock.com/pt/
image- photo/ electric -meter-468772880>. Acesso em: 16 out. 2017.
. . . . Disponível em: <https://www.shutterstock.com/pt/
image - photo/modern-digital-electric -meter- 58098787>. Acesso em: 16 out. 2017.
. Componentes para padrão de entrada de baixa tensã o. Quadro 4.2017.
Disponí vel em: <https:// www.shutterstock.com/pt/image -illustration/set -automaticcir -
cuit -breakers -isolated- on- white-311817524>. Acesso em: 16 out. 2017.
. . . . Disponível em: <https://www.shutterstock.com/pt/
image - photo/ dose- safety -copper -ground-rod-use-641269408>. Acesso em: 16 out.
2017.
. . . . Disponível em: <https://www.shutterstock.com/pt/
image-illustration/ wire- wired -wires- on- white -background -74392210>. Acesso em: 16
out. 2017.
. . . . Disponível em: <https:// www.shutterstock.com/pty
image-photo/wiring-electrical-computer -networks- 145913480>. Acesso em: 16 out.
2017.
SHUTTERSTOCK. Condutores elétricos. Quadro 6.2017. Disponível em: <httpsy /www.
shutterstock.com/pt/ image -photo/red- wire -twisted -653615227>. Acesso em: 16 out.
2017.
. . . . Disponível em: <https:// www.shutterstock.com/pt/
image-photo/wire -isolated-on- wood -blue-background-600306086>. Acesso em: 16 out.
2017.
. . . . Disponível em: <https:// www.shutterstock.com/fr/ima-
ge -photo/ skein-yellow -green-copper - wire-insulation-440471959 >. Acesso em: 16 out.
2017.
. Simbologias dos dispositivos de proteçã o. Quadro 11.2017. Disponível em:
<https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/ old-type -fuses -used-protect -installa-
.
tion-390551470> Acesso em: 18 out. 2017.
. . . . Disponível em: <https:// www.shutterstock.com/pt/
.
image-photo/automatic -electricity-switch-isolated-on- white-406187206> Acesso em:
18 out. 2017.
. . . . Disponível em: <https:// www.shutterstock.com/pt/
.
image-photo/saransk-russia -january-13- 2017- schneider -557929126> Acesso em: 18
out. 2017.
. . . . Disponível em: <https:// www.shutterstock.com/pt/
image-photo/automatic -circuit -breaker -isolated-on- white-81800434>. Acesso em: 18
out. 2017.
. . . . Disponível em: <https:// www.shutterstock.com/pt/
image-photo/saransk -russia -january- 13 - 2017-dekraft -557929147>. Acesso em: 18 out.
2017.
. Tipos de dispositivos de proteção. Quadro 12.2017. Disponível em: <https://
www.shutterstock.com/pt/image -photo/automatic -electricity- switch- isolated-on- whi-
.
te - 406187206> Acesso em: 18 out. 2017 .
. . . . Disponível em: https:// www.shutterstock.com/pt/ima-
ge -photo/ saransk-russia-january -13 - 2017 -schneider- 557929126>. Acesso em: 18 out.
2017.
. . . . Disponível em: <https:// www.shutterstock.com/pt/
image-photo/automatic -circuit -breaker-isolated-on- white-81800434>. Acesso em: 18
out. 2017.
. . . . Disponível em: <https:// www.shutterstock.com/pt/
image-photo/automatic -circuit -breaker-isolated-on- white-52596316>. Acesso em: 18
out. 2017.
. Simbologias de dispositivos de manobra. Quadro 13.2017. Disponível em:
<https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/ electrical-overload -relay-isolated-on
-white- 213936136>. Acesso em: 18 out. 2017.
. Simbologias de dispositivos de manobra. Quadro 13.2017. Dis-
ponível em: <https:// www.shutterstock.com/image -illustration/digital- ti-
mer-switch-mount -on-din-714039886 ?src=HMW 7ukWldJTo15 t 7taln 1 w- 1 - 29>. Acesso
em: 18 out. 2017.
WIKIMEDIA C0MM0NS. Controlador lógico programável. Figura 133. 2007. Disponível
em: <https://commons.wikimedia.Org /wiki/File:PLC _ AB _ lnstaladoV 1 JPG>. Acesso em:
18 out. 2017.
. Economia de espaço com uso de CLP. Figura 134.2007. Disponível em: <ht-
. .
tps://commons.wikimedia org /wiki/File:PLC _ AB _ lnstaladoV1.JPG> Acesso em: 18 out .
2017.
. Leitura de diagramas elétricos no ambiente de trabalho. Figura 144.
2009. Disponível em: <https://commons.wikimedia.Org/ wiki/ File:US _ Navy_ 090429-A
-0109B -009_ Navy_chief_ petty_ officer _Jason_Marino,_ with _the_Joint_ Task_ Force _
Guantanamo_ engineers,_ meets_ with_ civilian_contractors_ to _ review _ plans_ for _ an_
upcoming_ project _ at_JTF _Guantanamo_Camp_ 6.jpg>. Acesso em: 18 out. 2017.
MINICURRÍCULO DO AUTOR
A
AI 89
Amper ímetro 63, 64, 66
B
Bitolas 120
Bornes 85
C
Combust ão 135
Cónico 46
Contato reversor 159
Cooper Alliance 130
Corrente nominal 136, 137, 138, 140, 142, 145
Cu 88
D
D éficit 130
E
Embutidos 122
EPI 44
F
F 172, 173
G
Galvanômetros 63
I
IEC 87, 145, 172
L
Lineares 62, 68
M
Maleabilidade 111
Manobra 143, 147
N
N 172, 173
NA 169
NBR 20, 21, 22, 31, 35, 36, 38
NF 169
Normatizados 185
O
Ohmímetro 63, 65
Olhai 85, 86
Oxidados 46, 47, 52
P
Pontalete 36
Pulsadores 163, 164, 169
PVC autoextinguí vel 121
Q
Queimar 141, 142
R
Ramal 114, 115, 120
Rebarba 53
Rebites 56
Retençã o 163, 164
S
Seccionar 115
SEP 24
Sobrecarga 76
Sulcos 49
Superaquecer 80
Suscetí veis 80
T
T 172, 173
V
Voltímetro 63
SENAI - DEPARTAMENTO NACIONAL
UNIDADE DE EDUCA ÇÃ O PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA - UNIEP
Marcelle Minho
Coordena çã o Educacional
i- Comunicaçã o
Projeto Grá fico
Iniciativa da CNI - Confederação
Nacional da Indústria
9 788550 5 D 2915