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Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB

Departamento de Ciências Sociais Aplicadas – DCSA


Componente: História do Pensamento Econômico
Curso: Licenciatura em História
Docente: Pedro Henrique Cavalcante Moraes
Discentes: Ailane dos Santos Souza, Ana Clara Rabello Leite, Bruna Costa Barrocas,
João Victor Santos Dias, Laudimeri mercês e Silva e Lindielson Silva de Jesus.

Mercantilismo e Fisiocracismo

O Mercantilismo e o Fisiocracismo foram importantes escolas econômicas que


abrigaram um importante conjunto teórico que refletiria desde o período vigente até as
outras teorias e/ou escolas que as sucederiam. O Mercantilismo ultrapassou a restrição
de doutrina econômica apresentando argumentos que entoaria no poder político de sua
época. Já a Fisiocracia, além de se opor ao Mercantilismo, estaria concentrada na
agricultura e teria a providência divina e o excedente agrícola como base de sustentação
de sua teoria.

Em primeira análise, em relação aos pontos positivos de cada doutrina,


verificamos que no Mercantilismo houve uma expansão comercial e, consequentemente,
uma expansão marítima, que permitiu/permitiria trocas culturais e conhecimentos
geográficos e biológicos de outras áreas. Paralelamente, a Fisiocracia dava-se grande
ênfase e importância à agricultura que tinha como base o fundo de adiantamentos, o
qual serviria como base para o princípio da multiplicação do excedente e, com efeito, da
mobilidade da riqueza.

Em segunda análise, ao observarmos os pontos negativos das escolas/teorias


supracitadas, verificamos que no Mercantilismo, devido ao princípio do protecionismo,
houve grandes disparidades em relação ao comércio com outros países, principalmente
quando esses tratavam da metrópole e suas colônias, e em razão desse confronto os
Estados Europeus viviam momentos instáveis, somado a isso, o acumulo de metais
ocasionaria um congelamento no mercado entre países do recente Estados Nacionais.
Ademais, em relação ao Fisiocracismo, é possível observar que um dos principais
pontos negativos foi a não intervenção do Estado, segundo a norma laissez faire, laissez
passer, que acrescentado junto com o mérito divino, ocasionaria grandes disparidades
econômicas (entre setores) e sociais. Outro ponto negativo e discutível em relação a essa
doutrina, é o encargo do imposto somente para agricultura, visto que, segundo eles, era
o cerne que sustentava toda a sociedade.

Portanto, observa-se que mesmo verificando pontos positivos e negativos de


ambas doutrinas, nós acordamos que elas buscavam a garantia de direitos, privilégios e
ascensão do grupo vigente dos Estados Nacionais Europeus, ou seja, da burguesia. O
Mercantilismo trouxe necessariamente o embargo das desvantagens das colônias e o
Fisiocracia, mesmo sendo criticada e posicionada pelos clássicos, trouxe para esses o
Estado mínimo que serviria como base de sustentação de suas teorias. Além disso, é
interessante observar que o Fisiocracia partia de premissas neolíticas (o acúmulo de
excedentes) e mesmo sendo concomitante, consideravelmente, ao período Iluminista,
ainda tinha a providência divina como base de sustentação.

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