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Monitoria
I. OBJETIVOS
(i) Investigar o papel do direito como instrumento de organização, controle e direção social, mediante o exame de suas categorias,
procedimentos e instituições, tendo como contraponto histórico a evolução socioeconômica da sociedade brasileira no século 20,
especialmente depois da Revolução de 30;
(ii) Examinar as relações entre direito e sociedade no sentido inverso, verificando os novos tipos de conflito surgidos no País com
o avanço da crescente complexidade social, política e econômica e os desafios que propõem ao direito, enquanto instrumento de
organização, direção e controle social;
(iii) Identificar os novos campos de ação, as novas fontes e as novas formas de produção do direito advindas com a universalização
da concorrência, a integração dos mercados, a relativização do princípio da soberania e a concentração do poder econômico;
(iv) Avaliar o impacto dessas mudanças nas profissões jurídicas no Brasil e no exterior.
II. EMENTA
A primeira parte do curso é introdutória e permeia os programas de Teoria Geral do Estado (que estuda questões relativas à
organização política da sociedade), de Economia (que estuda questões relativas às forças de produção e às relações de produção) e
de Teoria Geral do Direito (que, entre outros propósitos, apresenta os elementos estruturais da “dogmática jurídica”). Como a
Sociologia sempre se debateu entre tendências teóricas conflitantes, produzidas por diferentes visões de mundo e localizadas em
formações sociais contraditórias, o curso enfatizará os problemas da parte da disciplina que considera os elementos básicos da
estrutura e funcionamento da sociedade contemporânea – com especial atenção para a sociedade brasileira.
A segunda e a terceira partes do curso tratam da Sociologia do Direito, valorizando as sociedades marcadas por uma grande tradição
de Ciência formal do Direito, como a brasileira. Em seu início, a Sociologia do Direito absorveu de modo acrítico conceitos
propostos pela Teoria e pela Filosofia do Direito, o que limitou o alcance de suas análises. Essa é a razão pela qual o curso
pretende mostrar como, numa segunda etapa, a Sociologia do Direito passou a enfrentar os dilemas inerentes às múltiplas
transformações no interior das formações capitalistas – da consolidação e do ápice do Estado-nação, entre o final do século 17 e a
segunda metade do século 20, ao avanço, a partir dos anos 80 do século passado, dos fenômenos do policentrismo decisório e do
pluralismo jurídico. A parte final do curso é dedicada ao exame das mudanças provocadas no universo jurídico brasileiro pela
interconexão dos sistemas financeiros, pela integração mundial dos mercados de bens e serviços e pela crise econômica iniciada em
2007 e agravada em 2011 – um período que mostrou a necessidade de rearranjos institucionais a partir do questionamento da
capacidade, da eficácia e da legitimidade do poder público para governar a economia.
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VI. DINÂMICA DAS AULAS
VII. AVALIAÇÃO
Apresentação de um seminário (em grupo, mas nota individual): até 3,0 pontos
o O grupo deve disponibilizar um esquema (hand-out) para a turma em formato digital (drive ou whatsapp); e
entregar tal esquema (até 4 páginas, fichando os 2 ou 3 textos) em via impressa para os monitores
Participação ao longo do semestre: até 1,0 ponto
Prova semestral: até 6,0 pontos
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11/05: 7. A reconstrução econômica e as transformações do Estado
• José Eduardo Faria, “As mudanças do direito entre duas eras econômicas”, in O direito na economia globalizada, São
Paulo: Malheiros, 1999.
• José Manuel Pureza, “Para um internacionalismo pós-vestfaliano”, in Boaventura Santos (org.), A globalização e as
ciências sociais, São Paulo: Cortez, 2002.
• José Luís Fiori, “Cosmopolitismo de cócoras”, in Insight/Inteligência, Rio de Janeiro, 2000.
29/06: Revisão