Você está na página 1de 8

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA – UESB

Departamento de História – DH
História Antiga I – 2020.1
Alexandre Galvão Carvalho

A Mesopotâmia na Idade do Bronze Antigo e Médio

Jádisson da Silva Novaes

João Victor Santos Dias

1. Introdução:

De forma didática, o texto é dividido em quatro partes: a primeira, falaremos de como


se deu a construção e consolidação das chamadas cidades-templos e seu papel desenvolvido
na sociedade em questão. Na segunda parte, discorreremos sobre o discurso mítico como
forma ideológica de dominação e legitimação do poder. Na quarta parte, vamos expor como
seu deu a questão das tentativas de unificação da Mesopotâmia centrada, principalmente, em
dois desses agentes: Sargão e Hamurábi.

2. As Cidades-Templos no período Protodinástico

A Mesopotâmia foi palco de importantes passos da humanidade. Primeiro, vemos o


surgimento da organização estatal e expansão cultural da cidade de Uruk, pelo fato da
urbanização ter se desenvolvido em consequências dos excedentes na planície mesopotâmica,
conforme explica Liveranni: “(...) O esforço de uma urbanização, baseado em uma
centralização de excedentes e em uma grande organização de trabalho, parece ser dificilmente
sustentável em áreas fora da planície de origem, devido a estrutura e dimensões diversas. ”
(LIVERANI, 2020, p. 145) e também “(...)devido ao potencial produtivo da planície
mesopotâmica, a instituição urbana não é ameaçada de extinção” (LIVERANI, 2020, p. 147).

No entanto, sua crise repentina significou um hiato civilizatório nas regiões mais
afastadas, como as montanhas. Após a crise da primeira urbanização, centrada na capital de
Uruk, devido a não submissão cultural e política das periferias, emergem as cidades-estados
distribuídas em confederações:

A onda da “primeira urbanização” retrocede (...). O esforço de urbanização, baseado


em uma centralização de excedentes e em uma grande organização do trabalho
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA – UESB
Departamento de História – DH
História Antiga I – 2020.1
Alexandre Galvão Carvalho

parece ser dificilmente sustentável em áreas fora das planícies de origem, devido as
estruturas e dimensões diversas” (LIVERANI, 2020, p. 145).

Primeiramente, antes de iniciarmos como se dava a organização nesse período, é


importante falarmos da importância dos templos e porque essas cidades durante o
protodinástico recebem o nome de “cidades-templos”. Visto que esses centros urbanos se
desenvolvem, principalmente, em torno de templos que serviam como culto, como dito
anteriormente, os quais vão ser de extrema importância no surgimento e consolidação do
poder por parte do Estado, o qual servirá como centro “ideológico, cerimonial, decisório e
administrativo. ” (LIVERANI, 2020, p. 135). Esses centros emergem em torno dos templos,
os quais terão um papel fundamental em sua organização.

É válido ressaltar que o conceito cidade-templo é para referir-se ao período


protodinástico, apesar de os templos já existirem e exercerem certa influência anteriormente.
Embora, nesse momento, ele divide espaço administrativo - mediante o controle da taxação,
de posse de terras e organizacional - com os palácios, os quais irão surgir nesse período, eles
exercerão importante papel econômico e, principalmente, ideológico. “O templo, (...), torna-se
uma célula do Estado palaciano, compacta, mas semelhante a outras células e, portanto, um
módulo que pode multiplicar-se para sustentar uma larga e ampliável organização política. ”
(LIVERANI, 2020, p. 156)

Sabe-se que “(...) a divindade tem um domínio sobre as propriedades e seus


habitantes, e o rei as administram” (LIVERANI, 2020, p. 168) como servos divinos e
garantidores da ordem. Portanto, os reis dessas cidades-templos terão três papéis a cumprir: o
da administração, o da defesa e do culto. O da administração estava ligado diretamente a
questão de redistribuição, a qual distinguia-se o modo entre os homens livres e os
especialistas, os primeiros recebiam por meio de rações diárias medidas – considerada
também um meio de controle - e os últimos, na maioria das vezes, de terras. Além disso,
exerciam a administração das aldeias em seu entorno, no que se refere à gestão da produção
delas, o aumento e o desenvolvimento das obras hidráulicas. Essa organização e controle se
dará em forma dos textos administrativos ricos em detalhes com uma forte influência nesse
período.
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA – UESB
Departamento de História – DH
História Antiga I – 2020.1
Alexandre Galvão Carvalho

Essas cidades-templos eram organizadas em confederações e tinham uma relação entre


si de verticalidade, devido ao panteão de deuses, logo, algumas se consideravam maiores que
outras atribuindo a sua divindade a legitimidade desse engrandecimento. (LIVERANI, 2020).
Entre elas, destaca-se duas cidades: Nippur, onde seria a “capital religiosa” ocasionada pela
presença do templo de Enlil, o qual era considerado um deus supremo, e Uruk. Sabe-se que no
sul, esses centros tendiam ser teocráticos, igualitários, o templo fortemente atuante e setor
privado pouco desenvolvido; no norte, existia uma realeza forte e autoritária, sociedades mais
desiguais, uma forte presença da propriedade privada e escravidão. (CARVALHO, 2020).

3. A função mítica e a ideologia

É necessário nos atentarmos o importante papel que a função mítica vai exercer como
forma de dominação ideológica, apresentada na concepção do universo, em sua organização e
no desempenho das suas funções. Além do uso da força, é a partir da religião que o rei vai
controlar e manter a ordem por meio do discurso religioso-político, ou seja, a religião vai
operar diretamente na forma centrada no discurso político pela manutenção e estabelecimento
do poder.

Ademais, a própria noção de poder e organização social estava ligada diretamente a


questão mítica, como discorreremos no decorrer do texto. Como os mesopotâmicos se viam
impotentes na frente dos vários fenômenos naturais, o quais eram atribuídos a divindades,
“Seu caráter tornou-se tenso, sua falta de poder o proporcionou uma consciência aguda de
suas trágicas possibilidades” (FRANKFORT, WILSON e JACOBSEN, 1998, n.p.), e a partir da
experiência externa com eles [fenômenos], vão refletir o meio em que vive com a
regularidade do cosmos. Ou seja, o que acontece externamente é fruto da ordem cósmica, a
qual seria a realização das vontades dos panteões de deuses existentes atribuídos
(FRANKFORT, WILSON e JACOBSEN, 1998) a tais fenômenos e influenciando a
organização social. No entanto, é imprescindível diferenciar essa “vontade divina” da
“personalidade divina”:

Não é correto dizer que cada fenômeno era uma pessoa; devemos dizer que havia
uma vontade e uma personalidade em cada fenômeno – (...) – porque um fenômeno
concreto não limita a vontade e a personalidade que se associam a ele.
(FRANKFORT, WILSON e JACOBSEN, 1998, n.p)
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA – UESB
Departamento de História – DH
História Antiga I – 2020.1
Alexandre Galvão Carvalho

além disso, eles vão considerar essa “ordem cósmica” como a adequação para o
Estado que era considerado como parte do cosmo mesopotâmico.

Primeiramente, para entender todo esse conceito, é essencial saber como os


mesopotâmicos irão definir a formação do universo, o qual ocasionará a criação do Estado
cósmico que, por sua vez, gestará a sociedade mesopotâmica. Portanto, a sociedade
mesopotâmica e o Estado cósmico estariam ligados diretamente. Especificando melhor: os
primeiros cidadãos do mundo, no caso os deuses, desde a época primitiva, tomam decisões a
partir de uma assembleia, denominada Assembleia dos Deuses, à vista disso, podemos inferir
que se tratava de uma democracia primitiva, a qual era regida pelo deus Anu e seu filho Enlil.
Refletindo isso nas cidades-estados, as decisões também eram tomadas a partir de um
conselho de todos os homens livres. Mas, tudo o que acontecia em cada sociedade
mesopotâmica era fruto dos desejos e das vontades, por meio do agente, no caso, o deus Enlil,
da sociedade divina [cosmos].

Diante disso, nas cidades-templos, o agente dessas decisões era o rei, que apenas
servia a vontade dos deuses. Quando uma sociedade guerreava e/ou dominava a outra, foi
porque o deus daquela cidade, em uma decisão conjunta, guerreou e venceu o deus da outra
cidade, o que justificava a dominação, em linguagem mais brusca, era a seguinte lógica: “nós
vencemos porque o nosso deus quis assim e ele é mais forte que o deus da sua cidade. ”
Quando Sargão conquista outros territórios, assunto para o próximo conteúdo, Liverani aponta
que foi por concessão dos deuses:

(...) No caso da Acádia, a ideologia imperial já é sólida e monolítica: o deus Enlil,


diretamente, e outros deuses, indiretamente, “concedem” aos reis da Acádia o
domínio sobre todo o mundo até seus confins extremos estabelecidos pelo mar que
tudo rodeia. (LIVERANI, 2020, p. 213)

O discurso religioso de legitimação e dominação de outras sociedades, também vai


servir como legitimação e manutenção do poder exercido pelo rei local, que possuía a
incumbência das decisões, como podemos observar com Yoffee:

Elas [ as ideologias do Estado, a qual a religiosa é central] incorporam uma nova


ordem de relações sociais, que incluem, de modo crucial, o rei como categoria
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA – UESB
Departamento de História – DH
História Antiga I – 2020.1
Alexandre Galvão Carvalho

especial e o aparato governamental que denominamos Estado. Os deuses (...)


também fazem parte da nova ordem social e absorvem grande proporção de
excedente que flui para o Estado, mas o agente da transmissão é o governante”
(YOFFEE, 2013, p. 73)

4. As tentativas de unificação: de Sargão a Hamurábi


Conforme explicado no parágrafo anterior, devido as disputas entre as cidades-
estados, por áreas intermediárias férteis, existirão diversas tentativas de unificação. Em
suma, vão surgindo reis que se intitulam senhores de mais de uma cidade, ou que usam
títulos reais desta, indicando a conquista e dominação: “Mais claro é o caso de
Lugalzaggesi de Uruk, pois suas próprias inscrições indicam que venceu e submeteu Ur,
Larsa, Umma, Nippur e, por fim, também Lagash, controlando assim toda a Baixa
Mesopotamia” (LIVERANI, 2020, p. 174) , apesar dos feitos de Lugalzaggesi, a façanha
de construir um império mesopotâmico veio de fora das cidades da baixa Mesopotâmia,
na cidade de Kish, uma cidade do norte, onde estava sofrendo diversas ameaças por Uruk
[comandada por Lugalzaggesi], nesse contexto, vai emergir Sargão.

Após a ascensão de Sargão, ele vai se lançar para expansão demográfica e dominação
política em torno de outras cidades e tenderá a construir um “reino universal. ” Essas
expansões, de caráter comercial, tinham por objetivo a dominação do mercado: “(...) O
domínio dessas regiões, (...), tinham um caráter comercial: assegurar rotas - (...) - que
garantissem o aporte de matérias primas e produtos de luxo(...)” (CARVALHO, 2020, p. 343)

Após a conquista de diversos territórios, Sargão funda Acádia, a qual será a capital
dessa expansão caracterizada pelo alto nível militar, e firmará a imagem dele como o rei forte
e vencedor que não tem iguais e nem rivais. (LIVERANI, 2020). Como administração, ele
adotará algumas medidas: nomeará membros da família real em setores do império, controlará
as rotas comerciais e privatizará as terras. (CARVALHO, 2020)

Antes de prosseguirmos com a administração e consequências desse “reino universal”,


é necessário discorrermos sobre a questão da transição de “cidade-templo” para “cidade-
palácio”, que será iniciado nesse período. Uma das medidas de Sargão é centralizar o poder
real em torno do palácio, ou seja, o templo, que antes exercia papel de relevância na ordem
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA – UESB
Departamento de História – DH
História Antiga I – 2020.1
Alexandre Galvão Carvalho

política por meio da ideologia, passa a ser figura secundária, centralizado na função religiosa,
e o palácio ganha um espaço notório:

(...)A elevação do palácio a centro de gravidade do poder promove, (...), um


deslocamento do templo, que, sem desaparecer, assume novas feições e novos
papéis sociais: (...) como centro dinâmico da vida intelectual e, (...) um dos polos
cruciais da vida material” (REDE, 2011)

Após Sargão, virá diversos sucessores que vão se espelhar na imagem desse rei
invencível. Posteriormente a Naram-Sin, sucessor da linha sargônica, o qual teve uma postura
mais destrutiva nas expansões que alternavam entre militares e comerciais conseguindo
conquistar o território que o próprio Sargão almejava [do mar posterior ao mar inferior]
(LIVERANI, 2020), ocorrerá a dispersão dos acadianos e invasão dos grupos chamados
bárbaros ocasionando um colapso do “império” acadiano, principalmente, em centros
menores e, novamente, irá ser ocasionada a hegemonia de Ur:

(...). As incursões externas, amorreias ou gútias incidiram mais sobre as aldeias


indefesas que sobre as cidades amuralhadas, e provocaram um movimento de
centralização da população e centros urbanos. (LIVERANI, 2020, p. 237)

Hamurábi:

A tentativa de unificação e vitória em torno de uma capital não foi restringida apenas a
Sargão e sua dinastia. O Período Neossumério, após o colapso dos gútios houve a ascensão e
consolidação de Ur. A análise mais importante desse período foi o auge da centralização
estatal, principalmente sob o reinado de Sulghi, a qual regeu o controle da produção: “(...) Em
síntese, há uma evidente vontade de incrementar a racionalidade econômica para gerir com
eficiência e homogeneidade um império de dimensões sem precedentes” (LIVERANI, 2020,
p. 240). Logo, em razão disso, do controle produtivo administrativo irá ocasionar o
fortalecimento e unificação da cultura dos escribas, a partir da edubba (a escola dos escribas).

Devido à escassez de poder de Ur sobre as regiões circunvizinhas houve uma


instabilidade no controle político (LIVERANI, 2020, p. 249), houve a decadência da cidade,
aliada aos fatores naturais e invasão, novamente, dos bárbaros haverá a decadência de Ur.
Após todo um período de instabilidade e intermediação do controle de Isin e Larsa, Hamurábi
emerge na Babilônia como um homem forte e com uma grande tendência de expansão e
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA – UESB
Departamento de História – DH
História Antiga I – 2020.1
Alexandre Galvão Carvalho

unificação. Em função disso, ele vai contar com alianças entre reis e elites próximas, mas ao
mesmo tempo essas alianças, que seria uma forma de apaziguamento entre as cidades, era
fruto do desejo de Hamurábi de conquista-las e dominá-las:

(...)Como se vê, quando Hamurábi decidiu sair a campo aberto, não fez distinção
entre adversários e velhos aliados: depois de ter colocado uns contra os outros,
destinou a todos o mesmo fim. (...) (LIVERANI, 2020, p. 342-343)

Apesar da grande expansão e conquista pelo império babilônico, a unidade da


sociedade mesopotâmica em torno de Hamurábi teve seu começo, ápice e fim. O período de
dominação dele e de Sargão é comparado como uma parábola matemática. Um importante
ponto a destacar na unificação babilônica é que a influência das cidades-templos foram
diminuindo mais ainda durante o império paleobabilônico.

Hamurábi se apresentava como um salvador e unificador, o pai dos órfãos e amparador


das viúvas. Além disso, nesse período, estava ocorrendo uma crise agrícola a qual aconteceu
devido diversos fatores, como podemos analisa-los a seguir:

A crise agrícola (...) tinha causas de caráter sociojurídico e estruturais de caráter


físico: os antigos problemas da salinização, do excesso de irrigação e de exploração,
da competição pelo uso da água (...)” (LIVERANI, 2020, p. 345)

Por conseguinte, nessa sociedade, como o rei justo e bom para o povo, Hamurábi, por
meio de seu código jurídico, “equacionava” toda a sociedade, legitimava e consolidava seu
poder:

(...), o famoso código de lei Hamurábi foi designado ou, (...), adotado como um
documento de propaganda política para conquistar os corações e as mentes dos
cidadãos (...) (YOFFEE, 2013, p. 149)

Mas, esse código não necessariamente é visto como um conjunto de regras jurídicas
aplicadas, em termos contemporâneos, como uma “Constituição”. Quando uma decisão
jurídica era tomada pelos juízes, já eram baseadas em toda uma tradição cultural-histórica e
por costumes locais de acordo com seus princípios. O Código funcionava mais como um
dispositivo política para reduzir o poder político das elites e autoridades locais (YOFFEE,
2013) logo,ele “(...) foi formulado por meio de frases estereotipadas, evidenciando a maneira
como os governantes (...) alegavam simplificar o complexo processo de decidir disputas e
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA – UESB
Departamento de História – DH
História Antiga I – 2020.1
Alexandre Galvão Carvalho

instituir a ordem.” (YOFFEE, 2013, p. 149), e, principalmente, um espelhamento de como “a


justiça e imperava no reino da Babilônia sob seu governo.” (LIVERANI, 2020, p. 348). O
código tratado é referido ao de Hamurábi, no entanto, todos os outros códigos e éditos de
outros governos, até mesmo anteriores, tinham essas características.

A sociedade discutida, apesar de ser voltada para uma centralização e estatização, teve
como fator as identidades que eram autônomos do poder estatal. A depender da identidade,
em prol de uma vantagem, ela poderia ser renegada ou engrandecida.

Obras Citadas
CARVALHO, A. G. Sargão de Acádia - Entre lendas e legados. In: REDE, M. Vidas Antigas. São Paulo:
Intermeios, v. 2, 2020. Cap. 12.

FRANKFORT, H.; WILSON, J. A.; JACOBSEN, T. El pensamiento prefilosofico l. Egipto y Mesopotamia.


México: Fondo de cultura econômica, 1998. n.p p.

LIVERANI, M. Antigo Oriente: História,Sociedade e Econômia. Tradução de Ivan Esperança RoCHA.


São Paulo: EDUSP, 2020. 77 p.

REDE, M. Da Sociedade-Templo à Cidade-Reino na Antiga Mesoptâmia: Aspectos da Transição. In:


ALDROVANDI, C. E. V.; PASSOS, M. C. N. K.; HIRATA, E. F. V. Estudos sobre o Espaço na Antiguidade.
São Paulo: Edusp, 2011.

YOFFEE, N. Mitos do Estado Arcaico. São Paulo: Edusp, 2013.

Você também pode gostar