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Departamento de História
História Antiga
Prof. Rafael Scopacasa
Aluno: Pedro Henrique Pereira Aguiar (2022062145)
Ao decorrer da história Mesopotâmia Antiga, ela foi uma civilização composta por
diversos povos, várias conquistas e períodos até que chega ao seu fim com as invasões de
Ciro, o Grande, da Pérsia, em 539 a.C. e, por fim, de Alexandre Magno, em 311 a.C.
Critica geral:
O capitulo resenhado de Maria Thereza David João, cumpre seu objetivo de clarear a
história política das sociedades antigas (Egito e Mesopotâmia), focando mais no Egito antigo.
O capitulo não busca demonstrar estudos aprofundados sobre o tema e sim pavimentar para
um estudo posterior do leitor, a autora trabalha com especialistas renomados na pesquisa e
com especialistas de outras áreas a fim de desvendar a burocracia das sociedades antigas,
como Max Weber tratado na parte 1. O conceito de burocracia nas sociedades antigas,
que foi bastante pertinente o uso da autora em cima de sua obra e do conceito Burocracia
patrimonial, para entender o sistema burocrático nos povos egípcios e não cair em
anacronismo ao analisar a dita burocracia antiga com a contemporânea. Senti falta do
conceito de oikos entendido como provisão organizada de necessidades, ainda que lhe
possam estar agregadas empresas com economia aquisitiva, que Weber1 afirma que a
sociedade egípcia estava organizada, ideologicamente segundo este modelo. A autora entra
mais afundo no assunto no texto RELAÇÕES DE PATRONATO NO EGITO ANTIGO (2134-
2040 A.C), aonde da mais ênfase no patronato, abordado no texto por Fábio Faversani e J.
David Schloem.
Contudo na segunda parte Maria, explana maior a história do Egito, mostrando a
política e os modos de Estados dos faraós que governaram, novamente ela usufrui de diversas
fontes segundarias que deixa o texto rico em detalhes. Podemos perceber pela segunda parte
que a nação egípcia antiga nasceu e renasceu diversas vezes, achei bom a autora fazer um
panorama geral da história do Egito antigo e dos diversos governos que tiveram. Senti falta
do princípio maat, ao longo do capitulo, acho que a autora poderia ter abordado um pouco o
princípio nos governos dos faraós.
A terceira e última parte, segue o caminho da segunda em retomar a história do Egito,
mas agora falando da história da Mesopotâmia. Como trata-se de uma parte menor, a autora
não usa muitas fontes de outros pesquisadores, como dito acima e nessa parte fica evidente
ela busca da uma introdução sobre o tema para estudos posteriores. Um ponto importante
que Maria Thereza poderia ter aborda era a existências dos puhrum, que seriam fóruns
frequentados por cidadãos comuns, mesmo não tendo a certeza da existência deles, seria
interessante uma visão mais voltada para população.
Ao longo das aulas me interessei bastante sobre o tema Egito antigo, esse foi o motivo
da escolha do meu texto, como ele é mais introdutório serviu como uma “porta de entrada”
para ter um panorama geral do tema. Ainda não pude ler o livro de Maria Thereza João todo,
mas por esse capitulo se cria uma noção de alguns conceitos chaves para sociedades no
Egito e Mesopotâmia, o texto segue um caminho linear que é fácil de ler e não cansativo,
como a autora trabalha muito com fontes segundarias, tanto como outros escritores e
documentos, ao fim do capitulo o leitor se interessa bastante em pesquisar mais sobre os
temas abordados, fui atrás de outros trabalhos da autora para entender mais sobre o Egito.
Único ponto que não me agradou foi o fato de usar um conceito e no decorrer do texto
esquecer ele, além disso não tenho outro ponto a ressaltar.
1Maria Thereza David João entra mais afundo no estudo de Max Weber em sua tese de Mestrado; Dos Textos das Pirâmides
aos Textos dos Sarcófagos: a "democratização" da imortalidade como um processo sócio-político.
Referência bibliográfica:
JOÃO, Maria Thereza David, 2012. Tópicos de História Antiga Oriental. Curitiba, Intersaberes.
JOÃO, Maria Thereza David, RELAÇÕES DE PATRONATO NO EGITO ANTIGO (2134-2040
A.C) (1), NEARCO - REVISTA ELETRÔNICA DE ANTIGUIDADE, v.1, n.1 (2008), p.82 - 93.
JOÃO, Maria Thereza David. Dos Textos das Pirâmides aos Textos dos Sarcófagos:
considerações sobre a “democratização” da imortalidade como um processo sócio-político,
2008, São Paulo.